Terceira Idade e Redes Sociais: Como os Idosos de Imperatriz … · 2018-12-03 · Terceira Idade e...

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Terceira Idade e Redes Sociais: Como os Idosos de Imperatriz Consomem Informações e Notícias na Web 1 Gustavo ARAÚJO 2 Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, MA Thaísa BUENO 3 Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, MA RESUMO: A pesquisa tem o objetivo de saber um pouco mais sobre como os idosos de Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, usam a internet e que tipo de informação consomem por meio delas. O trabalho pretende identificar quais são as redes sociais mais usadas pelos idosos, os modos de usos que eles costumam dar a elas, saber como buscam informações e qual importância dão ao conteúdo ali encontrado e/ou compartilhado. O caminho metodológico percorrido passou pelo levantamento bibliográfico, a pesquisa quantitativa por meio da aplicação de questionário e a entrevista em profundidade com os membros da Casa do Idoso. Os resultados apontaram que os mais velhos estão interessados em usar as ferramentas digitais para uma melhor imersão no contexto do ciberespaço. Assuntos como política e saúde são os principais temas que os anciãos buscam na web. PALAVRAS-CHAVE: Redes Sociais; Idosos; Casa do Idoso. 1 INTRODUÇÃO As redes sociais digitais não mudaram apenas o mundo do trabalho ou a relação entre os jovens, os idosos estão, cada dia, mais incluídos no ciberespaço e influenciados por suas possibilidades de acesso à informação e a outros internautas. Segundo pesquisa publicada pelo Instituto Locomotiva (2016), nos últimos oito anos o Brasil contabilizou 4,8 milhões de pessoas com mais de 60 anos que utilizam a web regularmente. Com o aumento no número de idosos no Brasil e no mundo, o uso de internet por parte deste grupo de pessoas deve ser cada vez mais considerado. 1 Trabalho submetido para apresentação no GT3 Comunicação e Cibercultura, do XII Simpósio de Comunicação da Região Tocantina (XII SIMCOM), entre os dias 5 e 7 de dezembro de 2018, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em Imperatriz-MA. 2 Graduando em Comunicação Social Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 3 Professora do curso de Comunicação Social Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, doutora em Comunicação pela PUC-RS, coordenadora do grupo GCiber. E-mail: [email protected]

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Terceira Idade e Redes Sociais: Como os Idosos de Imperatriz Consomem Informações

e Notícias na Web1

Gustavo ARAÚJO2

Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, MA

Thaísa BUENO3

Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, MA

RESUMO: A pesquisa tem o objetivo de saber um pouco mais sobre como os idosos de

Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, usam a internet e que tipo de informação

consomem por meio delas. O trabalho pretende identificar quais são as redes sociais mais

usadas pelos idosos, os modos de usos que eles costumam dar a elas, saber como buscam

informações e qual importância dão ao conteúdo ali encontrado e/ou compartilhado. O caminho

metodológico percorrido passou pelo levantamento bibliográfico, a pesquisa quantitativa por

meio da aplicação de questionário e a entrevista em profundidade com os membros da Casa do

Idoso. Os resultados apontaram que os mais velhos estão interessados em usar as ferramentas

digitais para uma melhor imersão no contexto do ciberespaço. Assuntos como política e saúde

são os principais temas que os anciãos buscam na web.

PALAVRAS-CHAVE: Redes Sociais; Idosos; Casa do Idoso.

1 INTRODUÇÃO

As redes sociais digitais não mudaram apenas o mundo do trabalho ou a relação entre

os jovens, os idosos estão, cada dia, mais incluídos no ciberespaço e influenciados por suas

possibilidades de acesso à informação e a outros internautas. Segundo pesquisa publicada pelo

Instituto Locomotiva (2016), nos últimos oito anos o Brasil contabilizou 4,8 milhões de pessoas

com mais de 60 anos que utilizam a web regularmente. Com o aumento no número de idosos

no Brasil e no mundo, o uso de internet por parte deste grupo de pessoas deve ser cada vez

mais considerado.

1 Trabalho submetido para apresentação no GT3 – Comunicação e Cibercultura, do XII Simpósio de

Comunicação da Região Tocantina (XII SIMCOM), entre os dias 5 e 7 de dezembro de 2018, na Universidade

Federal do Maranhão (UFMA), em Imperatriz-MA. 2 Graduando em Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão. E-mail:

[email protected] 3 Professora do curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, doutora em

Comunicação pela PUC-RS, coordenadora do grupo GCiber. E-mail: [email protected]

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Segundo Krug (2017), o uso de internet por parte de pessoas idosas pode proporcionar

conhecimento, lazer, emprego, maior comunicação com familiares e amigos, fortalecer as

relações com outros idosos e melhorar a autonomia. Ainda segundo o autor (2017, p. 42),

“idosos que fazem uso de internet sentem-se menos excluídos na sociedade, tendo em vista que

a sociedade está cada vez mais tecnológica”. Ou seja, o idoso tende a se tornar mais ativo

socialmente com o uso de tecnologias digitais.

Em 2020 o Brasil terá mais de 40 milhões de pessoas na terceira idade tornando-se o 6º

país com mais idosos no mundo. De acordo com dados do IBGE (2010) no Maranhão existem

mais de 900 mil idosos. Ainda de acordo com os dados, o número de pessoas idosas no estado

cresceu 16% de 2012 a 2016, um crescimento aproximado em 80 mil idosos em apenas quatro

anos. Em Imperatriz, a população idosa totaliza 20.377 segundo informações da última

pesquisa elaborada em 2010.

Diante desse cenário, é pertinente refletirmos sobre como esse grupo de pessoas está se

inserindo neste novo ambiente e como isso afeta o comportamento e o consumo das mídias

digitais. Nesse sentido esta pesquisa tem por objetivo saber um pouco mais sobre como idosos

de Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, usam a internet para consumir

informações e notícias. O trabalho pretende também identificar quais são as redes sociais mais

usadas pelos idosos, os modos de usos que eles costumam dar a elas, saber como buscam

informações e qual importância dão ao conteúdo ali encontrado e/ou compartilhado.

2 IDOSOS, TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Como mencionado nos tópicos anteriores o número de idosos na sociedade tende a

aumentar conforme o passar dos anos. E estes estão cada vez mais tentando inserir-se num

ambiente mais tecnológico e atualizado como uma maneira de se sentirem mais partícipes e

ativos da vida em comunidade (EVANS, 2013). Seja conversando com parentes e amigos nas

redes ou buscando informações e notícias. Os mais velhos buscam na Internet a possibilidade

de se reinserir na sociedade e em seus grupos de relacionamentos.

Um fator que pode contribuir para o crescimento da presença de idosos nas redes sociais

é o uso de dispositivos móveis. O uso de smartphones não é mais novidade para a população

em geral e o público da terceira idade está cada vez mais conectado a estas tecnologias,

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atualizando-se, constantemente e usufruindo os recursos que oferecem. De acordo com

Nogueira (2015):

Segundo levantamento do IBGE (2010), a partir das informações da Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD, de 2005 a 2011 aumentou em

223,3% o número de pessoas mais velhas acessando esses dispositivos e a

tendência é aumentar esses números. Alban et al (2012, s/p) salienta que

“Diretamente proporcional ao envelhecimento populacional, encontra-se o

aumento no uso da Internet por idosos. ” (NOGUEIRA, 2015, p. 13)

Ainda de acordo com Nogueira (2015), a mobilidade desses dispositivos é considerada

uma das principais características que atrai idosos para o seu uso, no intuito de estar conectado

com familiares e amigos em qualquer hora e lugar. Segundo Evans (2013), está renascendo

uma geração de idosos disposta a não ter fronteiras e quebrar os antigos rótulos que um dia

impuseram a ela. Estão nas redes sociais, trocam e-mails, se comunicam com o universo por

meio das novas tecnologias.

Para respaldar o argumento de Evans (2013), segundo dados divulgados pelo Instituto

Infobase Interativa cerca de 66% dos idosos no Brasil utilizam Internet regularmente. E quanto

ao uso de dispositivos móveis o índice é maior ainda: 97% dos idosos na faixa dos 60 anos

possuem um celular. Essas informações indicam um contexto de pessoas idosas que estão

conectadas e que, possivelmente, têm um volume considerável no consumo de conteúdo na

web e por isso é importante voltar o olhar para esse público que tende a crescer cada vez mais.

2.1 Acesso à informação também é saúde

Um estudo feito por Jantsch et al (2012) voltada para o uso das redes sociais digitais

pelos idosos apontou que, em relação ao uso, os anciãos buscam as redes para fins de

comunicação. Ou seja, a comunicação predomina como o principal objetivo no uso das

ferramentas digitais. Por outro lado, conforme Skura et al (2013), a busca por informações ou

notícias também se configura como um objetivo pretendido pelos idosos ao tentar explorar e

se inserir no universo digital.

Ainda segundo os autores, mais do que o simples requerimento de estar inserido no

ciberespaço, para se manter ativo e saudável na comunidade o idoso precisa manter-se

informado a respeito de tudo que gira em torno de seu bem-estar. Ou seja, a promoção da saúde

da pessoa idosa também passa pelo acesso à informação.

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Compreender o consumo de notícias dos idosos por meio da internet e das redes sociais

também é uma maneira de promover a saúde e a cidadania dos idosos. Uma vez que,

entendendo as motivações e os interesses dos mais velhos no consumo das mídias digitais a

comunicação com este grupo da sociedade se torna mais ativa e ajuda a descontruir a realidade

de desvalorização que muitos idosos sofrem no Brasil.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

O trabalho se divide em três partes: o levantamento bibliográfico, a pesquisa

quantitativa e a análise qualitativa aliada com a entrevista em profundidade. Este tópico é

dedicado à descrição dos resultados obtidos na aplicação do questionário e das entrevistas na

Casa do Idoso no mês de dezembro de 2017 e junho/julho de 2018. A intenção com a coleta

dessas informações foi selecionar os idosos que fazem uso regular da internet e das redes

sociais para com isso respaldar a fase qualitativa da pesquisa.

A elaboração do questionário iniciou-se no dia 05/dezembro/2017. No dia 12 de

dezembro do mesmo ano executou-se o pré-teste com a aplicação das perguntas para um grupo

de 15 idosos reunidos na Casa do Idoso. A intenção foi encontrar possíveis falhas e melhorar a

construção das questões.

No total foram 10 perguntas, sendo duas abertas e o restante com alternativas pré-

estabelecidas. O questionário buscou basicamente identificar o nome do entrevistado, o sexo,

idade, se o idoso tinha acesso à internet, se utilizava alguma rede social e qual usava, bem como

o motivo que o levava acessar as redes, o tempo de uso e por qual aparelho acessava.

3.1 A perspectiva dos participantes

A execução das entrevistas em profundidade iniciou-se no dia 26/junho/2018 numa

reunião com os 10 idosos que responderam o questionário e disseram fazer o uso regular da

internet para consumir informações e notícias. Foram dois dias de gravações em áudio, cinco

idosos concederam entrevista no dia 26 e o restante na semana seguinte no dia 03/junho/2018.

No geral foram duas tardes de gravações realizadas numa sala reservada da Casa do Idoso.

Foram convidados 15 idosos para as entrevistas, mas apenas 10 compareceram.

A pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas de profundidade, buscou saber dos

próprios idosos como enxergam e, substancialmente, como lidam com a possibilidade de

consumir informações e notícias na internet na sua rotina diária. Segundo Jorge Duarte (2005),

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a entrevista em profundidade é uma técnica dinâmica e flexível, útil para apreensão de uma

realidade tanto para tratar de questões relacionadas ao íntimo do entrevistado, como para

descrição de processos complexos nos quais está ou esteve o entrevistado. Em outras palavras,

o foco principal está na perspectiva dos participantes em relação a determinado tema. Portanto,

como bem observa Duarte (2005, p.63), o método “não permite testar hipóteses, dar tratamento

estatístico às informações, definir a amplitude ou quantidade de um fenômeno.”

Segundo Dalfovo (2008, p. 10), o foco da pesquisa qualitativa é dar “ênfase na

subjetividade ao invés de na objetividade: aceita-se que a busca de objetividade é um tanto

quanto inadequada, já que o foco de interesse é justamente a perspectiva dos participantes”.

Ainda segundo o autor, nesse modo de pesquisa os levantamentos se apresentam de maneira

descritiva, dando importância na compreensão dos significados dos próprios sujeitos

entrevistados. O que dialoga diretamente com a definição de Duarte (2005) e justifica a escolha

da pesquisa qualitativa, uma vez que neste estudo busca-se compreender como os idosos se

relacionam no ambiente da web.

4 RESULTADOS E ANÁLISES

Os questionários foram aplicados durante as reuniões de convivência organizadas no

espaço da Casa do Idoso. Em média esses encontros reúnem 300 idosos. Para esta etapa do

estudo 146 pessoas participaram da investigação. Esse número corresponde ao total de

participantes nos cinco dias úteis da semana 12/março/2018. Dos 146 que responderam ao

questionário sobre o uso de internet na melhor idade, 109 eram mulheres (74,7%) e 37 os

homens representando (23,3%) do total. O perfil de idade dos integrantes está entre 71 e 80

anos (45,2%) como mostra o gráfico número 1:

Gráfico 1 – Idade dos idosos

Fonte: Autor (2018)

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Para que a pessoa seja considerada idosa o Estatuto do Idoso (2003) estabelece a idade

mínima de 60 anos. O gráfico mostra que efetivamente o perfil dos frequentadores é formado

por pessoas com 60 anos ou mais, quase 80% com pelo menos 66 anos. O documento pondera

ainda que o envelhecimento da população brasileira e a maior longevidade das pessoas idosas

são, sem dúvida, um novo desafio que aponta novas perspectivas de vida.

A segunda questão voltou-se mais diretamente para o uso da internet e tecnologias

digitais por esta faixa etária. Segundo Krug (2017), dados atuais mostram que cerca de 81%

dos idosos no Brasil não fazem uso da internet e quanto mais a idade avança menos se tem

contato com o uso dessa tecnologia. Essa informação dialoga com os dados obtidos no

questionário, das 146 respostas 100 (68,5%) responderam não fazer uso da internet. Se

somados os percentuais dos mais velhos do gráfico 1 pode-se constatar a coerência da

informação. A maioria dos idosos que usam a internet possuem idade entre 60 e 65 anos, já dos

que não usam têm entre 66 e 80 anos.

Gráfico 2 – Uso de internet dos idosos

Fonte: Autor (2018)

Ou seja, quanto mais avança a idade, menos condições ou interesse há no uso de internet

e aparelhos celulares mais “modernos”. Exatos 100 (68,5%) pessoas dizem não fazer uso da

internet o que sinaliza a importância de trabalhar e pesquisar a relação “Idosos X Internet” uma

vez que o uso da mesma pode proporcionar, como já mencionado em tópicos anteriores, o

fortalecimento dos laços sociais, a manutenção da capacidade cognitiva, reduzir limitações

físicas e serve também como uma forma de lazer para a pessoa idosa.

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De acordo com Krug (2017), mesmo com todos os benefícios que a internet

proporciona, ainda sim, existe muitas desigualdades de acesso a esta tecnologia, onde uma

parte significativa da população se encontra digitalmente excluída. Custo do acesso e a falta de

conhecimento sobre a internet pode ser considerada fatores que atrapalhem essa relação mais

intima com a tecnologia.

Por outro lado, existe uma minoria nesta pesquisa, exatos 46 idosos (31,5%,) que fazem

uso regular da internet e das redes sociais. Como mencionado na introdução deste estudo, esta

etapa quantitativa é fundamental para a análise qualitativa posterior. O que se objetiva nesta

fase é, justamente, a identificação dos idosos que fazem uso regular da internet e das redes para

entender como esses idosos estão interagindo na web e, principalmente, como consomem

notícias por meio do Facebook, Instagram, Whatsapp, YouTube e outros. O gráfico 3 mostra

as respostas dos 46 idosos, que representam os 31,5%, sobre quais redes sociais mais utilizam

no dia-a-dia.

Gráfico 3 – Frequência no uso das redes

Fonte: Autor (2018)

Whatsapp e Facebook são os mais populares entre os anciões que fazem uso regular das

redes. Em seguida o YouTube e por último aparece o Instagram com apenas três respostas. O

curioso de se observar com esse dado é que a presença dos idosos é mais forte em redes que

oferecem uma maior facilidade de conversação. Instagram e YouTube onde o foco, em tese,

está no compartilhamento de imagens e vídeos aparecem com menos uso por parte dos

entrevistados. Essa ideia sugere que a pessoa idosa está mais inclinada na interação por meio

de conversas do que eventuais postagens de imagens e vídeos.

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Mas um fator é preciso levar em consideração: os idosos são novatos neste universo.

Cerca de 18 pessoas (41,3%) responderam utilizar as redes sociais há apenas dois anos. 10

idosos (23,9%) não souberam responder e 9 (19,6%) de três a cinco anos. O que significa que

os idosos têm muito a explorar as diversas possibilidades de interação para além da simples

troca de mensagens com amigos ou familiares.

O gráfico número 4 tem a pretensão de identificar a razão ou motivo que leva os idosos

usarem as redes sociais. A ordem das alternativas, de cima para baixo, são: a busca por

informação ou notícia, a comunicação entre parentes e amigos, entretenimento, “não utiliza” e,

por fim, a alternativa “outros”. Vale ressaltar que nesta questão os idosos poderiam marcar

mais de uma resposta.

Gráfico 4 – Razão que leva os idosos a usar as redes?

Fonte: Autor (2018)

Dos que usam a internet regularmente a maioria respondeu usar as redes para conversar

com parentes ou amigos, que confirma a inclinação na busca por conversas. Esta pergunta é

muito importante para elucidar a questão deste artigo: como os idosos usam as redes sociais

para obter informações e qual importância dão ao conteúdo ali encontrado e/ou compartilhado?

É a partir desta questão que se deu a seleção dos idosos que usam as redes sociais para consumir

informações e notícias totalizando 15 idosos.

Outro dado interessante desta parte quantitativa é por onde a pessoa idosa costuma

acessar as redes sociais. 31,5% dos 146 entrevistados disseram se conectar por meio do

aparelho celular, o que mostra uma predisposição ou interesse para explorar os recursos dos

smartphones. Os cem idosos que responderam não usar a internet (68,5%) fazem uso mais

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básico do celular: ligar e receber com 52 respostas (52%) e o restante (46%) não possuem

celular.

4.1 A conversa com os idosos

Um roteiro com 12 perguntas serviu como guia para a condução das entrevistas. As

questões obedeceram ao critério de duas categorias elaboradas para esta pesquisa, são elas: a)

consumo; b) manuseio e sentimento de participação.

Na primeira buscou-se compreender como e o que tipo de informação/notícia os idosos

estão consumindo na internet e nas redes sociais. Ou seja, saber qual ou quais redes sociais

mais utilizam para buscar informações, qual o assunto mais procurado, se costuma leem as

notícias até o final, se compartilha e comenta nas publicações.

Na segunda categoria, o foco foi saber como os idosos aprenderam a manusear as redes

sociais, aplicativos, sites de notícias, etc. ou seja, se houve ajuda de parentes, se fizeram cursos

básicos de informática e buscou-se saber também a abertura dos idosos para adquirir mais

conhecimento para manusear smartphones ou computadores. Buscou-se identificar também

como os idosos se sentem em relação ao fato de estar, de alguma maneira, inserido num

ambiente mais conectado. Ou seja, como o pessoal da terceira idade se sentia antes de estar

inserido num contexto mais tecnológico e como se sentem agora. Os idosos estão identificados

por números para preservar a identidade dos participantes.

4.2 Consumo de informações e notícias

Indagados a respeito do tipo de informações que os anciãos consomem na internet as

respostas foram parecidas apontando uma boa procura por assuntos que envolvem a política e

saúde. A busca pelo entretenimento também aparece na fala dos idosos. Sobre comentar ou

compartilhar as notícias e informações os anciãos são mais tímidos salvo algumas exceções

como pode se observar nas falas abaixo:

Eu procuro na maioria das vezes sobre leitura, sobre os cursos que tem no

YouTube, eu gosto das explicações dos professores, e também eu busco

notícias, né!? Política e saúde eu gosto muito. Sobre comentar não costumo

muito não. (IDOSO 1, 2018 – informação verbal)4

4 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 26 de junho, de 14h30 às 17h30.

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Eu gosto de ver muito programa no YouTube de plantas medicinais e sobre

produtos de beleza, como eu trabalho com Avon, fico buscando informações

desse tipo para melhorar meu trabalho. (IDOSO 2, 2018 – Informação

verbal)5

Eu gosto de procurar notícias no Google de saúde para emagrecer, de

exercício e gosto de mensagem de leitura bíblica, e faço tudo no celular.

(IDOSO 3, 2018 – informação verbal)6

Eu gosto de acessar o YouTube, fico vendo aqueles vídeos de política

até altas horas da noite. (IDOSO 4, 2018 – informação verbal)7

Um dado que se repete nas entrevistas com os idosos é o interesse no uso das redes

sociais para a comunicação com parentes e amigos como fica evidente nas falas a seguir:

Eu acesso Facebook, Youtube, WhatsApp e o Instagram também, mas não

uso muito. Gosto de procurar coisas que fala da saúde da gente. A gente

precisa se cuidar direitinho né!? Política de vez em quando tô dando uma

olhadinha também. Gosto mesmo é de ficar vendo foto dos meus netinhos no

Facebook e no WhatsApp meus filhos ficam mandando. (IDOSO 5, 2018 –

informação verbal)8

O pessoal fica mandando mensagem nos grupos do WhatsApp e aí eu vou

lendo. Eles gostam de mandar muita notícia de como cuidar melhor da saúde

e coisa de política. (IDOSO 6, 2018 – Informação verbal)9

Às vezes minha filha me manda alguma coisa no WhatsApp sobre saúde e eu

leio, mas nem sempre ela manda. Aí eu busco pelo Google. Por lá eu vou

sempre colhendo as notícias. (IDOSO 7, 2018 – informação verbal)10

A maioria dos idosos responderam consumir e ler as notícias até o final. Isso mostra o

grau de interesse por determinados assuntos. É interessante observar também que na fala de

alguns entrevistados fica evidente a preocupação com a correta interpretação dos fatos e,

mesmo que intuitivamente, o cuidado com as informações falsas. A seguir os idosos comentam

a respeito do assunto:

5 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 26 de junho, de 14h30 às 17h30 6 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 26 de junho, de 14h30 às 17h30. 7 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 26 de junho, de 14h30 às 17h30. 8 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 26 de junho, de 14h30 às 17h30 9 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 3 de julho, de 14h30 às 17h30. 10 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 3 de julho, de 14h30 às 17h30.

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Costumo consumir notícia tanto pelo Facebook como pelos sites. Por aí eu

vou sempre procurando as notícias. Em geral, procuro de tudo um pouco:

politica, esporte, saúde, etc. Eu tenho essa mania de ler a notícia completa

porque se você não ler a notícia completa pode ter uma interpretação

completamente errada. E sempre que eu julgo necessário, compartilho.

Sempre que tem um assunto polêmico que eu tô vendo que está tendo alguma

coisa que não é aquilo que realmente está acontecendo, eu costumo comentar.

Principalmente, criticando. (IDOSO 8, 2018 – informação verbal)11

Uso internet mais pra ficar passando o tempo. Meus filhos ficam perguntando

como eu tô! Mas a gente precisa ficar informado, aí eu fico vendo umas

notícias que as pessoas botam no Facebook, as vezes eu não sei se é verdade

mas aí a gente lê, né! (IDOSO 9, 2018 – informação verbal)12

Quando eu quero procurar uma notícia sobre alguma coisa do dia eu jogo lá

no Google, que lá tem de tudo nesse mundo, e aparece uns sites pra mim.

Então eu aperto lá e já vai. Também o povo que fica mandando notícia pelos

grupos do zap mas aí tem que tomar cuidado o povo também gosta de mandar

muito boato. (IDOSO 10, 2018 – informação verbal)13

No tópico a seguir buscou-se saber como foi o processo de aprendizado dos idosos ao

manusear os smartphones, redes sociais, aplicativos e sites.

4.3 Como aprendi a mexer no celular e minhas dificuldades

Duas respostas marcaram o relato das experiências nesta categoria: “meus filhos me

ensinaram” e “aprendi sozinho”. O interesse em aprender e se atualizar está bastante presente

dos idosos desta pesquisa. A curiosidade e a vontade de estar inserido num ambiente cada vez

mais tecnológico é o motor que gera força para os obstáculos das letras e das telas pequenas.

“Aprendi a mexer primeiro no computador. Meu filho que me ajudou. Mas a

maioria das coisas eu fui buscando sozinha. Porque meu filho estuda, trabalha

e ele não tem tempo. Aí eu fui mexendo, as vezes quando eu não acerto eu

peço ajuda, aí alguém me diz como fazer. ” (IDOSO 1, 2018 – informação

verbal)

“Eu tenho dificuldade de acessar, onde que eu vou entrar. Aí eu fico

procurando perdida sem saber para onde é que vai. Abro janela para todo

11 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 3 de julho, de 14h30 às 17h30 12 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 3 de julho, de 14h30 às 17h30 13 Entrevista concedida pelo participante da Casa do Idoso para este estudo no dia 3 de julho, de 14h30 às 17h30

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canto e acabo fechando tudo de novo. Não tenho muita prática não. Aprendi

sozinha, tenho vontade de aprender mais, queria estudar para aprender mais.

Cheguei a fazer alguns cursinhos de informática coisa básica, mas logo parei.

(IDOSO 2, 2018 – informação verbal)

Os meus meninos me deram umas dicas e aí fui me embora. Às vezes fico

perdida, aperto numa coisa vai para outra, mas consigo mexer e vou me

achando. Tenho vontade de aprender mais, lá em casa tem computador, tem

notebook, mas como eu não tenho uma pessoa para me ensinar eu fico

aprendendo sozinho mesmo no celular, tenho vontade de chegar no

computador e revirar ele, sabe? (IDOSO 3, 2018 – informação verbal)

Como pode se observar os filhos possuem um papel importante na alfabetização digital

dos mais velhos. Alguns idosos possuem mais facilidade do que outros, seja pela

disponibilização dos aparelhos em casa ou por ter a curiosidade mais aguçada. É interessante

observar uma informação comum entre os entrevistados: o interesse em continuar aprendendo

mais sobre o universo dos smartphones, computadores, tablets, etc. isso é ótimo indicador de

que estes idosos estão abertos para se aprofundar no ciberespaço, mostrando que isso também

pode ser a praia deles.

Os meus filhos, meus vizinhos que me ensinaram, tenho vontade de aprender

mais. Quem sabe fazer um cursinho. (IDOSO 4, 2018 – informação verbal)

A minha dificuldade é no computador eu já fiz um curso, mas eu dei o

computador para o meu filho aí eu esqueci. Eu tenho condição de comprar

um, mas eu queria fazer um cursinho. (IDOSO 5, 2018 – informação verbal)

Sou uma pessoa muito curiosa com as coisas, então eu fui buscando sempre

e adquirindo conhecimento próprio. Muita pouca coisa foi que me ensinaram,

mas a gente vai buscando mesmo aprendendo sozinho. (IDOSO 8, 2018 –

informação verbal)

Os idosos 6, 7, 9 e 10 disseram ter aprendido com ajuda de filhos e netos. E também

demonstraram interesse em aprender mais: “se tiver um curso pra gente aprender mais é sempre

bom, né!? A gente fica mais informado e faz as coisas mais só. ” (IDOSO 8, 2018 – informação

verbal)

A possibilidade de acessar a internet e consumir conteúdo, segundo os idosos desta

pesquisa, os deixam mais contentes e permitem se se sentirem mais participativos da vida

digital. Conforme explica o idoso 8:

A partir do momento que eu comecei a mexer nesse universo eu vi a

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importância dele. Porque você passa a se atualizar mais. Antes quando não

tinha esses recursos a gente só sabia mais pela Tv ou jornal escrito, depois

desses recursos que eu julguei necessário e importante me sinto bem mais

informado e contente. (IDOSO 8, 2018 – informação verbal)

Os idosos 1, 2 e 5 também comentaram a respeito dizendo se sentirem empolgados por

estarem mais informados e que isso alimenta a vontade de aprender e evoluir constantemente.

“Eu me sinto tão informada. Me sinto tão empolgada que se tivesse um cursinho para eu me

aperfeiçoar mais eu iria fazer. “ (IDOSO 1, 2018 – informação verbal).

Antes de aprender a mexer nessas coisas me sentia com muita vontade de

buscar conhecer isso, tanto que até hoje tenho vontade de ir pra aula de

informática para me atualizar. Quando é pra eu entrar não tem quem me

ensine e eu fico agoniadinha, mas eu futuco lá e aparece alguma coisa. ”

(IDOSO 2, 2018 – informação verbal)

Antes disso minha vontade era de aprender. É tão tal que eu busquei sozinha,

eu gosto de ler, e quando dava eu comprava jornal pra eu saber o que que tava

acontecendo. Ontem tava falando com uma amiga, eu disse pra ela que eu

senti que eu evolui foi muito no termo conhecimento. A gente vai evoluindo

né! (IDOSO 5, 2018 – informação verbal)

No tópico a seguir as considerações e ponderações deste estudo que pretende contribuir

com o olhar mais sensível para este grupo social.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como refletido ao longo deste trabalho o envelhecimento da população brasileira e a

maior longevidade das pessoas idosas são, sem dúvida, um novo desafio que aponta novas

perspectivas de vida. O acesso à informação como uma promoção da saúde do idoso é umas

dessas novas formas de vida. A possibilidade de acessar a internet e consumir conteúdo,

segundo os idosos desta pesquisa, os deixam mais contentes e permitem se se sentirem mais

participativos da vida digital. Isso gera uma sensação de participação da vida em comunidade

e ajuda a construir uma sociedade mais respeitosa com os idosos

Este trabalho teve a pretensão de entender a partir da perspectiva dos sêniores como

consomem notícia por meio das redes sociais, as dificuldades que encontram nesse universo

digital e como se sentem em relação a isso. Os resultados ajudam entender a ressignificação do

envelhecimento pelos próprios idosos na tentativa de reposicionar o que é ser idoso na

sociedade contemporânea. Eles estão se conectando.

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Sabe-se que ainda há um longo caminho para percorrer nestas pesquisas e reflexões que

envolve a relação “Internet e Idosos”. Principalmente nos dias atuais em que o envelhecimento

da população brasileira tende a aumentar cada vez mais por conta de avanços no cuidado com

a saúde, vive-se por mais tempo hoje. Por isso, não é intenção deste trabalho encerrar uma

discussão, mas sim, abrir possibilidades para outras questões que possam surgir a partir deste

artigo.

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IDOSO 1. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 26 jun. 2018.

IDOSO 2. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 26 jun. 2018.

IDOSO 3. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 26 jun. 2018.

IDOSO 4. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 26 jun. 2018.

IDOSO 5. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 26 jun. 2018.

IDOSO 6. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 03 jul. 2018.

IDOSO 7. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 03 jul. 2018.

IDOSO 8. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 03 jul. 2018.

IDOSO 9. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 03 jul. 2018.

IDOSO 10. Entrevista concedida em Imperatriz – MA, 03 jul. 2018.

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OLIVEIRA, Verônica Macário de; MARTINS, Maria de Fátima; VASCONCELOS, Ana Cecília

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