Terra Boa Agronegócios - Ed 15 Nov/Dez 2014 - Alvo da Exportação

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Girolando no Alvo da Exportação Girolando no Alvo da Exportação Um grande mercado à espera do Brasil Um grande mercado à espera do Brasil Raça Sindi comprova eficiência Sindi Os recordes de José Coelho Vitor Gir Leiteiro A trajetória no martelo João Gabriel ano 3 | edição 15 | novembro/dezembro 2014 agronegócios

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Uma nova edição da Revista Terra Boa Agronegócios está no ar. Neste caderno, o destaque está sobre a pecuária leiteira através das matérias sobre a raça Gir Leiteiro, Sindi e a exportação de animais da raça Girolando para a Venezuela. Mas você encontrará muitas outras informações nos artigos técnicos e vai se deliciar com a nossa seção de gastronomia. Boa leitura e até a próxima edição.

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girolando no alvo da exportaçãogirolando no alvo da exportaçãogirolando no alvo da exportaçãoUm grande mercado à espera do BrasilUm grande mercado à espera do BrasilUm grande mercado à espera do BrasilUm grande mercado à espera do Brasil

Raça Sindi comprova efi ciênciaSindi

Os recordes de José Coelho Vitorgir leiteiro

A trajetória no marteloJoão gabriel

ano 3 | edição 15 | novembro/dezembro 2014

a g r o n e g ó c i o s

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PREMIADOS NELORE FEST 2014

NELORE DE OUROExcelência no Agronegócio/ OUROFINO SAÚDE ANIMAL; Compromisso com o Nelore/ PRODUQUÍMICA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A; Nova Geração/ BRUNO GRUBISICH; Amigo do Nelore/ DALILA BOTELHO DE MORAES TOLEDO; Criador Modelo/ FAMÍLIA DE CLÁUDIO SABINO CARVALHO; Incentivador da Raça/ ARNALDO MANUEL DE SOUZA MACHADO BORGES; Família Nelorista/ FAMÍLIA BALUARTE; Liderança de Destaque na Pecuária Nacional/ Ronaldo Caiado; 60 anos ACNB/ MARCA TORTUGA ; 60 anos ACNB/ SÉRGIO ASSUNÇÃO DE TOLEDO PIZA - 1968/1971; 60 anos ACNB/ JOSÉ LUIZ NIEMEYER DOS SANTOS - 1980/1983; 60 anos ACNB/ OVÍDIO CARLOS DE BRITO - 1986/1989 - 1989/1992; 60 anos ACNB/ EDUARDO BIAGI - 1992/1995; 60 anos ACNB/ JAYME SANTOS MIRANDA - 1996/1999; 60 anos ACNB/ CARLOS VIACAVA - 1999/2002 - 2002/2005; 60 anos ACNB/ ALICE MARIA BARRETO PRADO FERREIRA - 2005/2008; 60 anos ACNB/ VILEMONDES GARCIA DE ANDRADE FILHO - 2008/2010; 60 anos ACNB/ FELIPE CARNEIRO MONTEIRO

PICCIANI - 2010/2012; 60 anos ACNB/ PEDRO GUSTAVO DE BRITTO NOVIS - 2012/2014 - 2014/2016

RANKING NACIONAL NELORE E NELORE MOCHO 2013/2014AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS LTDA; AGROPECUARIA NAVIRAÍ LTDA; ANTONIO CELSO CHAVES GAIOTTO; CASSIANO TERRA SIMÃO; DALILA BOTELHO DE MORAES TOLEDO; DORIVAL ANTONIO BIANCHI;FAZENDA ANGICO; FAZENDA BRUMADO; FAZENDA GUADALUPE; FAZENDA DO SABIÁ; FAZENDA DOURADO PAULICÉIA; JATOBÁ AGRICULTURA E PECUÁRIA S/A; JOSE PEDRO DE SOUZA BUDIB; LOURIVAL LOUZA JUNIOR; LUIZ APARECIDO DE ANDRADE e FILHOS; MARCELO RIBEIRO MENDONÇA E IRMÃOS; PAULO

PEREIRA CUNHA; PEDRO VENÂNCIO BARBOSA; RIMA AGROPECUÁRIA ; MIGUEL PINTO DE SANTANA FILHO.

RANKING NACIONAL NELORE 2013/2014MARIA FERNANDA CHIMENTÃO SARAIVA; FAZENDA VILA REAL; NELORE MACHADINHO

RANKING REGIONAL NELORE MOCHO 2013/2014LOURIVAL LOUZA JUNIOR; GOYA AGROPECUÁRIA E COMERCIAL LTDA; FAZENDA ANGICO;

DALILA BOTELHO DE MORAES TOLEDO

RANKING REGIONAL NELORE 2013/2014MIGUEL PINTO DE SANTANA FILHO; CARNNEL PECUÁRIA SELETIVA; ELSON CASCÃO; DALTON DIAS HERINGER; IRMÃOS DE MARCHI; DARCY GETÚLIO FERRARIN; ANTONIO CELSO CHAVES GAIOTTO; CíCERO ANTONIO DE SOUZA, NELORE 42; PEDRO VENÂNCIO BARBOSA; JUVÊNCIO PEREIRA DA SILVA - FAZENDA TAPAJÓS; BEATRIZ CAMPINHA GARCIA CID E FILHOS; AGROPECUÁRIA VILA DOS

PINHEIROS LTDA; MARCELO RIBEIRO MENDONÇA E IRMÃOS; AGROBILARA - GRUPO MONTE VERDE ; FAZENDA SANTA EDWIGES

COPA INTER-REGIONAL - COPA DO ATLÂNTICO 2013/2014MIGUEL PINTO DE SANTANA FILHO;FAZENDA SANTA EDWIGES;PAULO CESAR BOAVENTURA BRANDÃO;

DALTON DIAS HERINGER; AGROBILARA - GRUPO MONTE VERDE

COPA INTER-REGIONAL - COPA PARANÁ - SÃO PAULO 2013/2014AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS LTDA; DORIVAL ANTONIO BIANCHI; JOAO AGUIAR ALVAREZ;

MARCELO RIBEIRO MENDONÇA E IRMÃOS; BEATRIZ CAMPINHA GARCIA CID E FILHOS

SUPER COPA CÍCERO ANTÔNIO DE SOUZA, NELORE 42; BEATRIZ CAMPINHA GARCIA CID E FILHOS; PEDRO VENÂNCIO BARBOSA;

DORIVAL ANTONIO BIANCHI; FAZENDA VILA REAL

LIGA DOS CAMPEÕES 10º A 2º COLOCADOAGROPECUÁRIA MAFRA; AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS LTDA; ANTONIO CELSO CHAVES GAIOTTO; BEATRIZ CAMPINHA GARCIA CID E FILHOS; DORIVAL ANTONIO BIANCHI; FAZENDA DO SABIÁ; FAZENDA GUADALUPE; IRMÃOS DE MARCHI; JATOBÁ AGRICULTURA E PECUÁRIA S/A; JOSÉ PEDRO DE SOUZA BUDIB, NELORE JÓIA RARA; MARCELO RIBEIRO MENDONÇA E IRMÃOS; MARIA FERNANDA

CHIMENTÃO SARAIVA; RIMA AGROPECUARIA

RANKING NACIONAL NELORE MOCHO 2013/2014DALILA BOTELHO DE MORAES TOLEDO

RANKING NACIONAL NELORE 2013/2014Premiado: AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS LTDA.

Premiado: RIMA AGROPECUÁRIA

12º CIRCUITO BOI VERDE DE JULGAMENTO DE CARCAÇASMelhor Compra de Boi/ EQUIPE MARFRIG BEEF - BATAGUASSU/MS; 3º Colocado Melhor Lote de Carcaças/ FAZENDAS REUNIDAS BAUMGART - RIO VERDE/GO; Vice-Campeão Melhor Lote de Carcaças/ JACYRA DE LOURDES HOFIG RAMOS - FAZENDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - BRASILÂNDIA/MS; Campeão Melhor Lote de Carcaças/ DILTON BOFF CARDOSO - FAZENDA SEGREDO -

BATAGUASSU/MS

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4 nov/dez 2014

10 ESPECIALTouro de Ouro

22 PEC. DE LEITESão José do Can Can

28 PROFISSÃOcompra e venda de animais

20 ARTIGOTecnologia Simbiótica

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Revista Terra Boa Agronegócios 5

14 CAPAMercado do Brasil

Neste Caderno

O mercado aquecido da raça Girolando nas palavras de Marcelo Guandalini, da Alvoagro. As experiências de quem cria e de quem vende, nas matérias especiais com José Coelho Vitor, João Gabriel e Limírio Bizinotto. E mais a importância do probiótico no manejo do rebanho, as conquistas da raça Sindi, Fazenda Ipê e Gastronomia.

BOA Leitura

32 EM FOCOO que aconteceu

38 INFORMEEmbral Leilões

44 QUAlIDADESilagem 46 NUTRIÇÃO

Silagem Faz. Ipê

40 PEC. DE LEITERaça Sindi

50 GASTRONOMIAPamonha Assada

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6 nov/dez 2014

editorialFoto CANAL RURAL

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Revista Terra Boa Agronegócios 7

Direção execultiva Bolivar [email protected] Conselho editorialBolivar Filho e Denise BuenoEdiçãoBolivar Filho e Denise BuenoProjeto GráficoEdição de Imagns e DTPThiago [email protected]

Jornalista responsávelDenise Bueno - DRT/MG [email protected]çãoDenise Bueno, Mônica Cussi RevisãoRuller [email protected]ábio FatoriZZNPeres

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138Fone: (35) 3522-6252

www.facebook.com/[email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

Expediente

Marcela MuzettiReginaldo FariaImpressão3 Pinti Editora e GráficaTiragem10 mil exemplares

A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.

A Revista Terra Boa Agronegócios chega para os seus leitores em dezembro, tempo de estarmos com a família, amigos e fazermos um balanço do ano que passou; 2014 foi marcado por acontecimentos que movimentaram a nossa agenda e que nos deixaram, de alguma forma, descontentes.

Mas pensando que é para frente que “o carro canta”, chegamos até vocês, após enfrentarmos uma série de desafios, que atrasaram a nossa publicação, mas com um novo layout, como gostamos de dizer: de “cara” nova. Nessa nova fase da revista, que-remos interagir mais com os nossos leitores, conhecer a sua opinião, o que acontece na sua região, divulgar os belos registros fotográficos feitos diariamente em todo Brasil. Para isso, a interação é o melhor caminho, seja através de nossos e-mails ou das redes sociais. Contamos com a sua participação.

Em nossas editorias, ressaltamos temas atuais como a seca, um problema que atinge a todos nós e que exigirá medidas sérias para que 2015 não seja um ano tão difícil, com restrição no consumo da água. É assustador, mas precisamos nos preparar. As chuvas chegaram no final de novembro, um mês após as previsões. Isso nos indica um período menor das águas, o que atinge o plantio e a estação de monta, que podem sofrer menor impacto contando com a tecnologia.

Entre outros temas importantes como a segurança no campo e entrevistas, temos um especial sobre equinocultura feito no Texas, onde acompanhamos a final do AQHA Show e a abertura do Futurity, a prova mais importante do mundo da raça Quarto de Milha de trabalho, que distribui U$$ 3,5 milhões de dólares em prêmios. Foi um grande prazer participar desse momento. Como conhecedor desse segmento, afinal comecei minha vida profissional trabalhando com equinos, senti-me honrado em estar no Texas e emocionado de conhecer o garanhão High Brow Cat, uma lenda da raça Quarto de Milha, considerado o maior produtor da raça. Trabalhamos todas essas informações com muito carinho para vocês. Esperamos que gostem!

Deixamos aqui o nosso abraço e desejos de que 2015 seja um ano promissor e de muito sucesso para o agronegócio brasileiro.

a g r o n e g ó c i o s

facebook/terraboa/agroinstagram/terraboa

issuu.com/terraboa

Acompanhe a Revista Terra Boa Agronegócios nas redes sociais e leiatambém a sua edição digital.

inovação

Revista Terra Boa Agronegócios 7

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8 nov/dez 2014

ColaBoradoreS

É gaúcho, de Porto Alegre, mas reside em Minas Gerais há alguns anos. Médico veterinário, atuou no Rio Grande e Pará por alguns anos. Em férias nas Minas Gerais, foi convi-dado a participar dos leilões e, desde então, não parou mais. Já são 25 anos em atuação tanto na pecuária de leite como de corte. Há 16 anos é o leiloeiro da Fazenda Querença, no seu tradicional leilão de Brahman.

ClaudioGAspeRiNi

Os leiloeiroS

É leiloeiro há 20 anos. Começou aos 17 anos tra-balhando com o manejo dos animais. As oportuni-dades da vida o levaram a leiloar. Baseado no Sul de Minas Gerais atua forte-mente na pecuária leiteira, mas tem passagens pela pecuária de corte com atu-ações na Bahia e Nordeste. Em 2014 liderou os dois leilões da Fazenda Santa Luzia: o Noite de Gala e o Leilão anual da fazenda.

WellerSonsiLvA

Começoucxacedobba trabalhar. Aos 14 anos já narrava corridas de cavalo e chegou aos leilões aos 20 anos. A sua primeira participação como leiloeiro foi pela Programa Leilões e na sequência também foi contratado pela Remate Leilões. A experiência aliada à competência o fizeram o melhor leiloeiro do País em 1990. O seu leilão símbolo é o Noite dos Campeões.

nilSonGeNOvesi

Começou a trabalhar em leilões como pisteiro, em 1977. Foi levado pelo pai, o primeiro comentarista de leilões da região Sudeste, Antônio Carlos Rachou Vaz de Almeida, que imprimiu um novo modelo, mais americanizado na arte de vender animais para um grande público. Em 1.989 começou a leiloar e não parou mais. A atividade ainda traria outras surpresas ao levá-lo para a televisão como narrador esportivo da Rede Bandeirantes, hoje está na Record. É também o nar-rador oficial das exposições de cavalos Árabes.

eduardovAz

N o agronegócio, é na batida do martelo que eles comandam a compra e a venda de animais de Norte a Sul do Brasil e conhecem como ninguém o mercado de toda pecuária nacional. Com linguagem própria do meio, emoção e conhecimento eles comandam a venda de animais ao mesmo tempo em que ressaltam a qualidade do rebanho e a história dos criatórios brasileiros.

Cada leilão é uma aula diferente, mas o jargão da classe é o mesmo para todos os tipos de leilão.

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Revista Terra Boa Agronegócios 9

Saiu do setor de ven-das comerciais, mais pre-cisamente de consórcios, e foi atraído pelo universo dos leilões. Começou pela extinta Repique Leilões de Araçatuba. Estudou muito as raças e seus criatórios, hoje já contabiliza 15 anos de atuação como leiloeiro.

agnaldoAGOstiNhO

É agrônomo e filho de produtor rural. Suas raízes o levaram ao universo dos leilões. Em 1991 criou a CP Leilões e atua na leiloeira em todo Estado de Minas Gerais e outros mais da federação. Em setembro de 2014 bateu o seu recorde do ano ao leiloar 50% de uma vaca da raça Girolando por R$ 600.000,00.

CáSSiopAivA

É um dos mais reno-mados leiloeiros rurais do Brasil. Já recebeu vários prêmios pelo seu reconhe-cimento profissional, entre eles o Mérito Pecuário e o Martelo de Ouro. É também presidente do Sindicato Nacional dos Leiloeiros Rurais (Gestão 2013 – 2015).

JoãoGAbRieL

“DOU-Lhe UmA, DOU-Lhe DUAs e vOU veNDeR. dou-lhe trêS: vendido!”

É conhecedor do grande universo dos leilões. Seu pai é o fundador da Rural Negócios e a sua trajetória também influenciou a sua profissão. Começou a leiloar aos 19 anos, sendo emancipado em 1989 para exercer a função. Já são 25 anos de atuação por todo País. Nessa trajetória, ele destaca a contribuição da classe para o crescimento da pecuária nacional, com destaque para a importação do produto na década de 1980 e a liderança na expor-tação nesse ano de 2014.

PaulobRAsiL

Zzn

Pere

s

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10 nov/dez 2014

eSPeCial

F alou em leilões, o seu nome é um dos que surgem no imaginário de todos os envolvi-dos nesse meio de compra e venda de animais. João Antônio Gabriel Brasileiro, mais conhecido apenas como João Gabriel, é um dos mais renomados leiloeiros rurais do Brasil e atual presidente do Sindicato Nacional dos Leiloeiros Rurais (Gestão 2013 –

2015). Com uma carreira longa e solidificada no meio já recebeu prêmios importantes como o Mérito Pecuário (ABCZ 2005), Martelo de Ouro (ACNB 2007) e Touro de Ouro, este reconhe-cido por seis anos consecutivos como o melhor leiloeiro do Brasil (2009-2014). Em maio deste ano foi novamente homenageado pela ABCZ pelos serviços prestados às raças zebuínas, nas comemorações de 80 anos da entidade.

A sua trajetória de mais de 30 anos começou oportunamente em 1975, quando já havia percorrido muitas outras profissões como comerciante, bancário e locutor. Na função de leiloeiro, começou como freelancer em atuações nos finais de semana no Jóquei Club de Taquarituba/SP. Em um desses remates, foi descoberto por Sérgio Piza, fundador da Programa Leilões. Começou a sua carreira profissional nesta empresa, hoje dirigida por Paulo Horto, e não parou mais. Hoje, divide o microfone e o palco dos grandes leilões com vários parceiros como Nilson Genovesi e Paulo Brasil.

No início, tinha como referência profissional Trajano Silva, Pinheiro Machado e Jarbas Kino. Hoje é referência para muitos outros leiloeiros. Bateu vários recordes. Entre eles o mundial com a venda de mais de dez animais acima de um milhão de dólares.

Acostumado ao ambiente de leilões, João Gabriel observa que 2014 foi um ano de ofertas mais amplas, principalmente em se tratando de animais puros e registrados. Na opinião dele, os compradores estão mais exigentes em relação à qualidade, procurando animais jovens e prenhes. “De uma maneira geral, o mercado se comportou com boa liquidez e preços razoáveis. Penso que foi o ano de comprar matrizes de grandes criatórios e muita qualidade. Acredito no reajuste de preços para cima a partir do próximo ano, arroba em alta, bezerros

A sua voz já mostrava que seria um grande leiloeiro, mesmo quando nem sonhava com essa profissão; mas o destino, a sorte e a vocação o transformaria

em um dos grandes leiloeiros da atualidade.

tOURO de ouro

Por mÔNiCA CUssi / DeNise bUeNO FotoS fábiO fAtORi / zzN peRes

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Revista Terra Boa Agronegócios 11

O agronegócio já provou

que o Brasil tem solidez

suficiente para garantir com

produção qualquer “intem-

périe” do setor. Com paz

no campo, um pouco de

compreensão do governo,

e uma política voltada para

o agronegócio, poderemos

levantar a bandeira dos que

produzem e garantem

o futuro da humanidade

Revista Terra Boa Agronegócios 11

Foto

Fáb

io F

ator

i

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12 nov/dez 2014

eSPeCial

[email protected]

(14) 3762-1830

Consagração

em 2014, mais prêmios coroa

a carreira do leiloeiro ao ser

indicado pelo sexto ano con-

secutivo ao prêmio touro de

Ouro. A promoção é da Revista

AG e sociedade Rural brasileira.

segundo João Gabriel, o prêmio

é uma grande honra e o torna

ainda mais responsável na presta-

ção dos seus serviços. “Agradeço

a toda equipe que juntamente

comigo forma o time vencedor do

agronegócio: criadores, tratadores

e profissionais técnicos envolvidos

na cadeia produtiva”, declarou.

valorizados e boi magro escasso. Acho que em 2015 teremos o grande ano para a pecuária de corte do país”, visualiza.

Por dentro da porteira

Atualmente, ele comanda também a JG Agropecuária- Estância Santa Maria, cujas iniciais são de seu nome e tem como base a Fazenda Caixa D´água, herança do avô materno Cel. João Quintino de Almeida Primo e dos pais Trajano Gabriel e Madalena, dos quais herdou o gosto pela criação de muares e jumentos. Representa a quarta geração de muladeiros e mantém criação de éguas em par-ceria com grandes criadores de Mangalarga e Mangalarga Marchador. O foco é a criação de mulas e burros de excelência, de andamento marchado e progressivo aliado à boa índole e bela conformação. É parceiro do Centro de Treinamento Professor Paulo Cunha, onde adestra seus garanhões Quarto de Milha. Ainda mantém uma linhagem fechada de éguas Paint Horse. A diversificação fica por conta dos animais Nelore PO e fêmeas da raça Brahman vermelho, para a produção de tourinhos. Os cães têm espaço especial na fazenda com a criação de Australian Catle Dog.

O leiloeiro em uma de suas participações no Pérolas do Nelore

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Revista Terra Boa Agronegócios 13

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14 nov/dez 2014

CaPa

há Um GRANDe meRCADOÀ eSPera do BraSil

O Brasil é o segundo maior exportador de carne do mundo, mas pode ser o primeiro com facilidade. Acordos sanitários e políticos são necessários para que o pecuarista possa produzir com foco no mercado mundial

 H oje a agropecuária não exporta nada. As pessoas é que compram o nosso produto”. A afirmação

é do zootecnista e sócio-proprietário da Alvo Consultoria e Agronegócio, Marcelo Eduardo Guandalini. Ele fala com propriedade sobre o tema, como grande conhecedor do mercado inter-nacional, principalmente da América Latina, América Central, Oriente Médio e África. Desde 2006, a sua empresa a Alvoagro exporta animais, produ-tos e máquinas. Além desses anos de experiência, contabiliza outros mais em que trabalhou na Venezuela como zoo-tecnista; é um grande conhecedor do mercado para a pecuária naquele país.

Marcelo que trabalha, nesse perío-do do ano, na comercialização de 12 mil cabeças de animais para a Venezuela com foco na produção de leite e corte, acredita que esse mercado é extremamente grande. “Vendemos para alguns países, mas podemos

vender para mais. Muitos ainda não conhecem a genética brasileira e pre-cisam conhecer. Algumas associações fazem este trabalho de divulgação, mas eu ainda considero que é pouco. Precisamos mostrar o Brasil pecuário para o mundo”, destacou.

O empresário acredita no mercado internacional e ressalta as possibili-dades de crescimento mesmo entre os países que já conhecem a genética brasileira. Ele enfatiza alguns fatores que dificultam o processo de compra e venda como a qualidade dos animais e os custos operacionais com logísti-ca, impostos e as oscilações do câm-bio. “Competimos com outros países que subsidiam seus produtos. Além desse quesito, o Brasil tem grandes dimensões e temos que montar uma super logística para transportar os animais até os portos ou aeroportos, enfrentando a realidade das nossas estradas e portos. Esses processos oneram o nosso produto e, mesmo

assim, ainda somos competitivos. Na América Latina, por exemplo, a proximi-dade com os países e a nossa genética nos tornam imbatíveis”, ressaltou.

Para Marcelo, o pequeno criador precisa saber da existência desse mer-cado e trabalhar buscando a qualidade, cruzar os animais com os touros cer-tos para ter crias de qualidade. “Hoje, se percorrermos a bacia leiteira de Minas Gerais, encontramos mercado para vários países, com animais de produção média de leite de 6 Kg até 20 Kg”, ressalta.

Mesmo com essa abertura do País para a exportação, se comparado a outros países, o Brasil está engatinhan-do na análise da Alvo. “Eu não concordo em sermos tributados o quanto somos. Estamos levando a nossa genética, tra-zendo dinheiro de fora e ajudando o produtor primário a se desenvolver e ainda temos que pagar impostos. Temos alguns benefícios, mas são muito poucos”, destacou Marcelo.

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Revista Terra Boa Agronegócios 15

As operações da Alvo são dire-cionadas, a maior parte delas, para a Venezuela, cerca de 70%, embora haja alterações previstas. Em 2014, por exemplo, o Oriente Médio pas-sou a comprar mais. A empresa atua também na África, maIs precisamente em Angola, Moçambique, Senegal e São Tomé e Príncipe com gado para a reprodução, sementes e máquinas. No Oriente Médio, Líbano, Jordânia e Egito, com boi gordo para abate e, nos países da América Latina e América Central, com animais para reprodução, cria, recria e engorda.

As exportações melhoram a cada área livre da aftosa que é liberada no País. “Precisamos de um trabalho nesse sentido mais forte no Nordeste. Áreas livres naquela localidade facilitariam

a criação de quarentenas perto das áreas de embarque”.

Sobre a sanidade do rebanho brasileiro, Marcelo destaca que o País precisa de uma solução para a febre aftosa, brucelose e tuberculose; o que infelizmente não depende somente de programas governamentais, mas tam-bém da consciência do criador em vaci-nar o seu rebanho. Segundo ele, mui-tos países têm interesse na pecuária brasileira, como os EUA, mas as questões sanitárias e, principalmente as políticas, restringem o mercado.

Trajetória

Marcelo é natural de Itápolis/SP, mas cursou zootecnia em Uberaba. Na faculdade encontrou a esposa,

Fabiana de Miranda Guandalini e jun-tos fundaram a Alvo Consultoria Rural. Com pós-graduação em nutrição e manejo de pastagens, iniciou o tra-balho de consultoria para fazendas. Através desse trabalho conheceu os países da América Latina e atuou forte-mente na Venezuela, onde além da consultoria trabalhou na administração de uma grande fazenda agropecuária. De volta ao Brasil, em 2006, passou a atuar com exportações. Sua liga-ção com a Venezuela é grande. Hoje, trabalha também exportando para o governo venezuelano. “Nós crescemos porque os clientes sentiram confian-ça no nosso trabalho e exportamos porque amamos a pecuária, o gado. Tudo o que fazemos com amor, dá certo”, disse.

Imagem meramente ilustrativa

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16 nov/dez 2014

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Revista Terra Boa Agronegócios 17

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CaPa

Desde 2008, a Alvo assessora o Governo Venezuelano com indicações para investimento na pecuária de corte e de leite. O país enfrenta um déficit entre a produção e o consumo. A falta de produtos, no caso a carne e o leite, levou à importação de rebanho brasileiro. No primeiro momento, a Alvo exportou animais de elite e, na atual etapa do projeto, trabalham com animais mais comerciais, para a formação da base do rebanho venezuelano. A procura maior é pelas raças Girolando e Nelore, mas já foram exportados Gir Leiteiro e Guzerá. “Vendemos grife, que é o nosso foco, mas hoje atuamos também com o gado comer-cial mais voltado a produção”, disse o zootecnista. Segundo Marcelo, existem demandas por outras raças, mas o Brasil ganha pela sua genética e localização. Além da Venezuela, eles atuam ainda em toda América Latina, América Central, África e Oriente Médio.

Complexidade

Na primeira semana de novembro, enquanto produzi-mos esta matéria para a Terra Boa Agronegócios, duas mil cabeças de Girolando estavam em quarentena na fazenda da Alvo, em Uberaba, aguardando o fim dos exames sanitários para o embarque. O processo é burocrático e exige uma série de medidas de segurança para que não saia nenhum animal do Brasil com algum tipo de enfermidade. A sanidade do rebanho é a garantia da comercialização.

O processo de exportação é com-plexo. “A compra é simples, mas os prazos, a coordenação, a logística e a infraestrutura exigem conhecimento e investimento alto. Não é só o confina-mento, mas o processo que leva os animais ao curral por até cinco vezes exige uma operação bem formada. Trabalhamos a céu aberto, sujeito a tudo: chuva, sol etc. Nós temos que garantir a sanidade dos animais tanto

para o Ministério da Agricultura do Brasil como para a Venezuela”, expli-cou Marcelo.

América

Na Venezuela produzir leite é uma atividade muito lucrativa. Segundo Marcelo, eles ordenham animais de qualquer raça e não fazem controle leiteiro, na maioria das propriedades. Uma produção de 1.000 litros no País garante uma boa remuneração. México e Panamá têm muito interesse na genética brasileira, mas enfrentam restrições sanitárias e políticas. “Se conseguir-mos vender para esses países ter-emos um crescimento acelerado do

18 nov/dez 2014

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setor”. O Panamá é o País que mais importa embriões de bovinos e o único que criou um protocolo de importação. Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Paraguai, Argentina e Uruguai todos têm interesse e acesso à genética brasileira. A Venezuela é o único país que se interessa por volume de ani-mais, os demais países buscam genética para melhorar o seu rebanho. “Imagine se tivéssemos um escritório da APEX em Xangai, que loucura que seria, levar a nossa pecuária para a Ásia”.

Futuro

A Alvo tem mantido cresci-mento nos últimos anos, mas opta pelo crescimento respon-sável, sem afetar a qualidade da sua prestação de serviços. “Temos evitado alguns negócios para evitar erros. Acreditamos que vamos crescer de maneira sustentável e com qualidade. Crescer no nosso setor significa ter estrutura”, informou.

A empresa tem hoje capa-cidade para embarcar de 6 a 8 mil bois por mês. Para isso con-tam com duas unidades, uma em Uberaba e outra no Pará. Para organizar a sua logística, a Alvo mantém a contratação de navio para o transporte entre os vários países em que atua.

“Precisamos orientar o criador para produzir bem. Nós vamos fazer a nossa parte; a nossa missão é expor-tar. Se temos um produto melhor, vou vender melhor. O consumidor final existe, cabe ao produtor ser profis-sional e produzir”, concluiu.

Revista Terra Boa Agronegócios 19

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20 nov/dez 2014

ARtiGO SimBiótiCo

A importância econômica da pecuária no Brasil é in-discutível, contudo, o rebanho brasileiro ainda sofre com os baixos índices de produtividade, mesmo com a produção crescendo de forma constante

“ “

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Revista Terra Boa Agronegócios 21

A teCNOLOGiA simbiÓtiCA na Criação de BovinoS

S ob a ótica da eficiência de produção, o desempenho produtivo visa a melhorar a eficiência reprodutiva e o

aproveitamento de nutrientes da dieta para maior deposição mus-cular e produção de leite. Com a evolução genética das raças bovi-nas, houve também o aumento das exigências nutricionais dos ani-mais, proporcional ao seu nível de produção. Assim, a nutrição, que é a maior parte do custo em um sistema de produção, tem buscado sua máxima eficiência. Muitos adi-tivos, entre eles os antibióticos, são utilizados via sal ou rações para melhorar índices zootécnicos. No entanto, é crescente a restrição no mundo todo, ao uso de antibióticos em doses subclínicas como aditivos na nutrição animal.

Neste contexto, o uso dos simbióticos - produtos com base em probióticos e prebióticos - se mostra uma tecnologia extrema-mente viável no aumento dos índi-

ces produtivos, não somente por maximizar a ganho de peso e a produção leiteira, mas também pela qualidade do produto final, sanidade e bem-estar do rebanho. Vale lembrar que a eficiência de um simbiótico é dependente da quanti-dade e características da linhagem (cepa) dos microrganismos de sua composição. Existem diferentes composições de microrganismos e mesmo em produtos que possuem o mesmo tipo, a cepa pode ser dife-rente e não apresentar resultados positivos.

Probióticos, Prebióticos e Simbióticos

Probióticos são microrganismos vivos, que administrados em quan-tidades adequadas, produzem efei-tos benéficos aos animais. Entre eles podemos citar os Lactobacillus, Bifidobacterium e a levedura Saccharomyces cerevisiae. Já os pre-bióticos são ingredientes que tem o

Antônio Pelo

José Antônio de PaulaMédico Veterinário - (35) 9116-9355

Antônio Pelo de MeloGer. de Vendas Biosyn - (35) 8427-7066

• Melhora a eficiência ruminal – concentrados/forragens;

• Aumenta a taxa de celulólise, a sín-tese de proteína bacteriana e melhora a digestibilidade da matéria seca e fibra;

• Aumenta a absorção de nutrien-tes e melhora a conversão alimentar, aumentando o desempenho produtivo.

• Regula e estabiliza o pH ruminal e intestinal, reduzindo a ocorrência de acidose subclínica e problemas asso-ciados - laminites, timpanismo, fertili-dade e estresse.

papel de nutrir e favorecer o cresci-mento e a atividade dos probióticos.Os simbióticos unem probióticos com substâncias prebióticas espe-cificas para potencializar o efeito de ambos. Com tecnologia única, a empresa brasileira Biosyn produz simbióticos compostos por levedura hidrolisada (fonte de mananos e betaglucanos) e lactobacilos micro-encapsulados, associados a uma cepa ativa (viva) de Saccharomyces cerevisiae. Esta cepa exclusiva é pro-cessada em meios de cultura espe-cíficos, possui uma taxa de cresci-mento extremamente rápida, alta concentração – bilhões de unidades formadoras de colônia, aplicações e resultados diferenciados, além de manter sua viabilidade mesmo após o processo de peletização.

Efeito do uso da tecnologia simbiótica em bovinos

José Antônio

• Coloniza o intestino e reduz a ação e proliferação de patógenos,

• Promove maior capacidade diges-tiva e absortiva do intestino delgado,

• Em bezerros, promove o estabeleci-mento precoce da microbiota ruminal, acelerando o desenvolvimento do rúmen e atua na prevenção de diarreias.

• O uso contínuo de leveduras vivas, comprovado na literatura especializa-da, melhora a resposta imunológica, aumentando a resistência a desafios sanitários e resposta a vacinações.

• Aumenta as defesas naturais, diminuindo a contagem de célula somática no leite e aumenta os teores sólidos no leite (gordura e proteína).

• Previne diarreias causadas por estresse alimentar - mudança brusca na alimentação, como troca de pastagem.

• Aumenta a produção de leite em média 8% e o ganho de peso em bovi-nos de corte em média 11%.

• Totalmente natural - sem resíduos.• Pode ser utilizado em todas as fases

da produção de bovinos de corte e leiteiros.

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22 nov/dez 201422 nov/dez 2014

Os DestAQUes DASão JoSÉ do Can Can

peCUáRiA de leitePor DeNise bUeNO FotoS mARCeLA mUzetti

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Revista Terra Boa Agronegócios 23

Os DestAQUes DASão JoSÉ do Can Can

Alta lactação, belos animais,

qualidade e as premiações do criatório de

José Coelho Vítor

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24 nov/dez 2014

E le tem uma longa experiência na pecuária, mas como criador na Fazenda São José do Can Can, na seleção genética do Gir

Leiteiro, é um jovem empreendedor. Há 08 anos, José Coelho Vitor, ou José Cabo Verde, dedica-se à seleção gené-tica da raça. Os animais, frutos do seu criatório, já começam a se destacar nas pistas. Resultado do trabalho diário e da paixão que o criador dedica à raça e a tudo o que faz. José Coelho Vitor segue a sua máxima já enfatizada em muitas outras entrevistas, inclusive aqui nas páginas da Terra Boa Agronegócios: “eu sempre procuro fazer o melhor que eu posso”.

E foi exatamente este “melhor que eu posso” que fomos ver na Fazenda um ano depois de passarmos por lá. O período era bem diferente desta vez. A seca prolongada castigava os pastos, situação ainda agravada pelas queima-das. Mesmo assim, encontramos ani-mais vistosos, sadios e com a produção em alta. A rusticidade do Gir Leiteiro,

peCUáRiA de leite

associada ao bom manejo da fazenda, resistiu ao período de longa estiagem nunca antes vista na região do Sul de Minas, onde a fazenda está localizada, em São José da Barra. Com 800 animais entre machos e fêmeas e média de 15kg, a fazenda mantém produção de 1.500 litros de leite dia e projeção para 3.000 litros.

Em outubro de 2014, o criador comemorava as conquistas de seus ani-mais nesse segundo semestre do ano. Entre os títulos, o reprodutor Astro FIV Cabo Verde, em coleta na CRV Lagoa garantiu dois grandes campeonatos como Reservado Grande Campeão da Megaleite 2014 e na Exposição de Ituverava/SP, sendo o atual Reservado Campeão da raça. Filho de um dos grandes raçadores do Gir Leiteiro, Radar dos Poções, é destaque nas pistas desde 2010 quando venceu Expozebu, Franca, Uberlândia, Megaleite e Feileite como Campeão Touro Adulto. Está em teste de progênie com resultados previstos para 2018. Sua mãe Dulce TE de Brasília

produziu 10.690 kg e sua irmã própria Teca FIV Cabo Verde produziu 7.318 Kg.

Focado na seleção genética para animais de alta produção de leite, José Coelho Vitor disse que não há segredo no seu trabalho. “Trabalhamos duro em busca de bons animais com base genética de alta lactação; os resultados vão surgindo. É preciso ter desprendi-mento para vender quando é preciso e não sonhar que todos os animais têm genética garantida. Nós procuramos tra-balhar da melhor maneira, escolhendo os melhores animais, o melhor manejo, boa pastagem. Tudo isso em busca da alta produção de leite”, ressaltou.

No caminho do Astro está o jovem Valetim FIV Cabo Verde, vigoroso, valente e forte são significados do seu nome, a sua postura em campo já mostra a que veio. Em 2014 conquistou o Campeonato Júnior de Uberlândia. É também o Reservado Grande Campeão de Dores do Indaiá e Reservado Campeão Júnior Menor da Megaleite. Nada mal para quem está começando

O premiado reprodutor Astro FIV Cabo Verde, destaque nas pistas desde 2010 e Reservado Campeão da raça

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Revista Terra Boa Agronegócios 25

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26 nov/dez 2014

Santa Luziae São José do Can Can

O fundador do Grupo Cabo Verde (Fazendas Santa Luzia, Santa Lúcia, União e Instituto Dona Oilda), ressalta que a genética selecionada da Fazenda São José do Can Can é utilizada nos animais da Fazenda Santa Luzia, cujo criatório de Girolando é reconhecido em todo País. “Trabalhamos bastante na genética Gir Leiteiro e temos excelentes resultados. Em 2014, na São José do Can Can, começamos a investir também na criação de Girolando”.

as suas atividades nas pistas de julga-mento com apenas 14 meses.

As fêmeas

As matrizes selecionadas na São José do Can Can, resultado do olhar experiente de José Cabo Verde, já começaram a garantir um lugar de destaque nas pistas. O que deve acon-tecer de forma cada vez mais frequente, com o critério de seleção empregado na fazenda em busca de animais de alta

lactação. “Eu tenho um bom rebanho, mas o foco não é ter muitas vacas. Trabalhamos pela seleção genética e a produção atual de 1.500 litros/dia é destinada à manutenção da fazenda. Também realizamos de 3 a 4 leilões de produção por ano. Os animais que não entram no processo de seleção genética, mas que mantém excelente produção, são comercializados. Todos têm ficado satisfeitos”, disse José Cabo Verde se referindo aos compradores. Ele ainda complementou: “muitos ani-mais ainda vão se destacar dentro do criatório. A vaca para afirmarmos que é raçadora tem que produzir muito leite, respeitando o seu potencial, e temos que continuar produzindo animais de boa qualidade, para manter os animais de alta lactação”, explicou.

Entre as suas matrizes, frutos da São José do Can Can, são destaque em 2014 Parreira FIV JCVL 145 como Grande Campeã de Pompéu com pico de produção de 66 Kg de leite e média de 59.319 Kg/leite. Na Megaleite con-quistou o título de Melhor Úbere Vaca Adulta. Outra matriz destaque do cri-atório é Sedução JCVL 695 que arre-banhou vários troféus como Campeã. Entre eles Vaca Jovem de Pompéu e de Uberlândia e Melhor Úbere Jovem

peCUáRiA de leite

de Uberlândia. Talya JCVL 1089 foi o grande destaque do criatório. Ela arre-banhou os títulos de Campeã Fêmea Jovem do Torneio Leiteiro de Pompéu e na mesma exposição Melhor Sistema Mamário Jovem e Reservada Grande Campeã. Em Uberlândia, no Camaru, foi a Reservada Campeã Fêmea Jovem com média acima de 45 kg de leite e pico de 52,13 0 Kg, nas últimas três ordenhas, e Campeã Fêmea Jovem na pista. Em Sete Lagoas, foi Campeã Fêmea Jovem com média de 41 kg de leite.

Com todos esses bons resultados e com foco no futuro, José Cabo Verde é categórico ao reconhecer que o mer-cado, de uma forma geral, não estava aquecido em outubro de 2014. “ A lou-cura passou, agora é hora de trabalhar dentro de um mercado mais sólido, sem sonhos de valorização excessiva sobre o animal. Venderemos por aqui-lo que o animal produzir”, disse.

Com a experiência de pecuarista que conhece muito bem o mercado nacional, ele enfatiza sempre o seu foco de trabalho direcionado à seleção genética que oferta excelentes animais de produção ao mercado. “ Temos a nossa base genética já selecionada e, em determinados, momentos compra-mos outras linhagens. Trabalhamos com os animais que temos e aumenta-mos o número de vacas de alta lacta-ção. Nós procuramos a melhor forma, o melhor pastejo, o melhor animal”.

Com foco na reprodução de ani-mais por FIV, José Cabo Verde inau-gurará em breve um bezerreiro para cuidados especiais com as

bastante na genética Gir Leiteiro e temos excelentes resultados. Em 2014, na São José do Can Can, começamos a investir também na criação de Girolando”.

mos outras linhagens. Trabalhamos com os animais que temos e aumenta-mos o número de vacas de alta lacta-ção. Nós procuramos a melhor forma, o melhor pastejo, o melhor animal”.

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Revista Terra Boa Agronegócios 27

O trabalho do incansável José Coelho Vitor foi reconhecido recentemente na cidade de Alfenas quando recebeu o Prêmio Empreendedor Ozires Silva na categoria Agronegócio. O prêmio foi entregue no dia 26 de setembro. Ozires Silva é o fundador da Embraer e um dos maiores empreendedores do Brasil. O prêmio é uma iniciativa de reconhecimento de empreendedores das áreas da Indústria, Comércio, Associativismo, Agronegócio, Educação, Saúde, Transportes, Social, Governamental, ONGs, Cooperativismo, Científico, Responsabilidade Social e Cívico.

Fazenda São José do Can-Can(35) 9133.1840

futuras matrizes. Os mesmos cuidados serão estendidos à pastagem, hoje com Tifton e Braquiarão. No cruza-mento, a atenção especial recai sobre a escolha do touro de linhagens já consagradas como Radar dos Poções, Jaguar, Espetáculo. “ Sempre surgirão bons animais. Se Deus quiser vou fazer um bom reprodutor da São José do Can Can. O nosso criatório é jovem. Grandes estrelas sairão a partir de agora, novos animais que vão concorrer no mercado. Nós vamos colher aquilo que estamos plantando, eu tenho a certeza disso”, concluiu.

Estrelas da São José do Can-Can: Sedução e Talya

Leite em abundância para ganartir o crescimento saudável dos bezerros

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28 nov/dez 2014

O zootecnista é um dos profissionais que participa do processo de seleção de animais e garante a qualidade do rebanho que é enviado para além das fronteiras do Brasil

28 nov/dez 2014

ProFiSSãoPor DeNise bUeNO FotoS fábiO fAtORi

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Revista Terra Boa Agronegócios 29 Revista Terra Boa Agronegócios 29

ele deCide a ComPrae A veNDA De ANimAis

M ineiro de Uberaba, mas atuando em todo País, o zootecnista conhece bem a produção nacional

e afirma que se houver demanda constante para exportação, o País tem condições de produzir animais para este segmento. “Temos uma comercialização que é oportuna e conseguimos atender diante da produção focada no mercado inter-no, que mantém rebanho excedente”. Segundo Limirio, a adaptabilidade da raça para a produção em países de clima tropical faz o seu grande dife-rencial, diante da sua resistência ao calor e adaptabilidade a diferentes manejos, podendo ser diferenciado diante das condições climáticas, sem que os animais sofram stress físico. Atualmente, o técnico representa a Girolando no trabalho de seleção de animais que são comercializados para a Venezuela, para o fomento da pecuária leiteira naquele país.

Mercado Interno e externo

Países da América Latina e a África do Sul são os que mais buscam ani-mais da raça Girolando. “Esses países demandam animais para o fomento da pecuária leiteira e, como são países de clima tropical, o Girolando se torna a melhor opção, pois tem adaptabilidade ao clima e seleção genética em evolução”. Segundo ele, a Venezuela há sete anos leva ani-mais do Brasil para o fomento da

O crescimento

do Girolando dentro

do Brasil é enorme.

O mercado é cada

vez mais exigente.

A associação vem

dirigindo o trabalho

com total maestria.

ele é um grande conhecedor da raça Girolando, pois atua há 22 anos diretamente na Associação dos Criadores de Girolando, a raça nacional que se consolidou e hoje colhe os frutos do trabalho realizado por cen-tenas de criadores em todo país. Limirio Cezar bizinotto é zootecnista, inspetor da Associação e jurado da raça.

““sua pecuária leiteira. São animais

mais rústicos com menor grau de sangue Holandês e que farão a base genética do rebanho venezuelano. Nesta etapa de comercialização, eles buscam dois mil animais. Embora a exportação não tenha a interferên-cia da Associação, ela promove a raça e garante a venda de produtos de qualidade.

A qualidade também é priorizada no mercado interno. Limirio destaca os programas de seleção genética da raça que são realizados via Associação, como os testes de progênie para os touros e as provas zootécnicas para as matrizes, resultando em excelente material genético que fomenta a constante evolução da raça no País. “O crescimento do Girolando dentro do Brasil é enorme. A qualidade genética tem expandido, o mercado é cada vez mais exigente. A associação vem dirigindo o trabalho com total maestria e os criadores se empenham cada vez mais nessa missão”.

Ele ressalta a pesquisa dos tes-tes de progênie e a facilidade em comprar o que já está pronto e comprovado através das Centrais de Inseminação. “Os animais da raça Girolando enfrentam bem a mudan-ça de manejo e conseguem esta-bilizar rebanhos de qualidade, com melhores resultados, sem grandes interferências na sua produção. Há muito profissionalismo dentro da raça”.

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30 nov/dez 2014

História

Na Girolando há 22 anos, ele acompanhou toda a trajetória da Associação que completou em 2014 seu jubileu de prata, ou seja, 25 anos de trabalho pela raça. Segundo Limirio, hoje vivemos a explosão do melho-ramento genético. “Tudo começou com o trabalho dos mascates que, além dos tourinhos Gir, começaram a trazer touros Holandeses e o cru-zamento aconteceu de forma natural originando uma raça que tem mel-hores condições para produzir em país de clima quente como o nosso”. Ele afirma que a Girolando faz um excelente trabalho derrubando para-digmas. “Eu sempre acreditei na raça e esperava que o Girolando chegasse aonde chegou, podendo ir muito mais longe. Acompanhar o melhoramento genético, as verdades sobre a raça aparecendo, isso é maravilhoso”.

Minas Gerais

A equipe da Terra Boa encontrou-se com limirio em Passos, um dos

grandes redutos da raça Girolando. Na sua missão, ele estava em busca de animais de 16 a 30 meses e com prenhes até quatro meses. “Temos ofertas de animais, mas não é fácil encontrar um grande volume com as características solicitadas como idade, prenhes e grau de sangue”. Segundo ele, Minas Gerais gera a maior oferta de animais, seguindo-se de São Paulo e Goiás. “Como zootecnista, avalio esse momento como positivo por podermos mostrar o potencial da cadeia produ-tiva da pecuária leiteira, que vai muito além da produção do leite. Temos o criador, o recriador, uma série de pes-soas envolvidas nesse segmento que movimenta a nossa economia. Cada vez mais países buscam informações pela raça Girolando, mas ainda não temos um mercado assegurado. Se conquistarmos esse mercado, temos condições de garantir a oferta de ani-mais. Se em um ano conseguirmos triplicar a produção, tivermos demanda de mercado e quebrarmos as barreiras sanitárias, o nosso potencial é enorme. Temos condições de exportar muito mais”, concluiu.

“Eu sempre acreditei

na raça e esperava

que o Girolando

chegasse aonde

chegou, podendo

ir muito mais longe.

Acompanhar

o melhoramento

genético, as verdades

sobre a raça

aparecendo, isso é

maravilhoso”

ProFiSSão

30 nov/dez 2014

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32 nov/dez 2014

Foi uma carreira digna de campeão. O touro 1HO07235 JENNY-LOU MRSHL TOYSTORY-ET, o famoso TOYSTORY da CRI Genética, faleceu no dia 28 de novembro, aos 13 anos, algumas semanas após de ter tido sua aposentadoria anunciada. O mais influente reprodutor da raça holandesa, tanto em âmbito nacional,

aBQm inaugura museu virtual do hall da Fama quartistaA diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) reinaugurou a galeria Hall da Fama e

lançou um museu virtual sobre a história dos 32 homenageados (16 quartistas e 16 animais) que já entraram para a galeria. A inauguração foi realizada no dia 25 de agosto, na sede da ABQM, no Parque Água Branca, em São Paulo/SP, com a pre-sença de diretores e conselheiros da associação. O painel do Hall da Fama ganhou uma escultura em bronze do artista Kiko Azevedo e um totem digital que dá acesso ao arquivo do museu virtual. Por meio de fotos, textos e depoimentos em vídeo, os quartistas já homenageados no Hall da Fama nos últimos quatro anos contam sua trajetória de vida no mundo Quarto de Milha e revelam a história da raça no Brasil.

em FoCo

como mundial chegou a produzir 2,4 milhões de doses de sêmen. Teve mais de 99.000 filhas avaliadas em sua prova; foi usado, provado e aprovado em todos os sistemas de produção.

No ano de 2012, Toystory foi consagrado como o grande líder do mercado de insemi-nação artificial ao pro-duzir mais de 2 milhões de doses, se tornando assim o touro que mais vendeu semên

na história da inseminação artificial. Em toda sua vida como reprodutor, imprimiu produção de leite elevada, longevidade, saúde, tipo funcional e conformação, com vacas excep-cionais em fazendas de produção, destaques em controles leiteiros, além de grandes recordistas de tor-neios leiteiros e campeãs em pistas

de julgamento - sem contar os mais de 100 filhos hoje em coleta pelo mundo.

No Brasil, resultados importantes para a raça e para o melhoramento genético do rebanho nacional foram alcançados a partir de Toystory com destaque em ranking oficiais de produção e nas mais conceitua-das feiras da pecuária leiteira, como Megaleite, Agroleite e Expointer.

Toystory veio de uma família genética de consistência inquestion-ável. Era um filho de MARA-THON BW MARSHALL-ET (linha alta) e JENNY-LOU PATRON TOYANE (linha baixa). Apesar de seu falecimento, segundo Bruno Scarpa Nilo, gerente de produto leite da CRI Genética, a genética superior de TOYSTORY continuará trazendo melhorias para a raça. “A CRI Genética ainda possui sêmen convencional e sexado do grande TOYSTORY, assim poderemos continuar utilizando e vendo os filhos e filhas de TOYSTORY sendo destaque pelo mundo”.

FaleCimento de toYStorY

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Revista Terra Boa Agronegócios 33

os mineiros da Zona da mataProdutores da Zona da Mata se

encontraram na 62ª Exposição de Juiz de Fora, realizada nos dias 25 e 28 de setembro. A equipe da Revista Terra Boa esteve no evento e registrou o momento vivido pelos produtores e o fomento da pecuária leiteira na Zona da Mata.

Realizada no Parque de Exposições de Juiz de Fora, o evento atraiu 80 mil pessoas e movimentou R$ 1, 5 milhão superando a expectativa dos organizadores, que tra-balham pela divulgação do potencial da região voltado à pecuária leiteira. Shopping rural, leilões e torneio leiteiro atraíram produtores e criadores de Minas, Espírito Santo e Goiás. Na exposição, animais de genética comprovada da Fazenda HD de Horácio Dias, Imperial de Leonardo Xavier, Amarela de João Marcos e Meu Sonho de Vitor Cezar, entre outras que trabalham com seleção genética e mantêm animais top de linha em seus criatórios.

Um grupo de criadores liderados pelo produtor e criador Horácio Dias tem tra-

balhado para fomentar as atividades na feira e resgatar a tradição da Zona da Mata como produtora de leite, além de promover a seleção genética visando ao aumento da produção leiteira e à qualidade do produto. “A feira é um ponto de encontro de produtores que ofertam uma boa genética visando ao aumento da produção do leite e à sus-tentabilidade do homem do campo”, disse Horácio. Com foco na seleção genética, Horácio e outros oito parceiros criaram uma Central de Inseminação e Fertilização de nome Ativa para atuação na Zona da Mata e outras regiões.

Para o produtor João Marcos, a Zona da Mata é uma região rica com tradição na pecuária leiteira e com a facilidade de organização entre os grupos. Para ele, os resultados da feira mostram o trabalho sério realizado pelo grupo de

criadores liderados por Horácio Dias. “A divulgação do nosso trabalho começa na exposição e se multiplica pela fazenda. A nossa vocação é estar entre a oferta e a demanda, com o menor custo de media-ção”, afirmou.

No Torneio Leiteiro a premiação con-templou os vencedores das 11 provas realizadas de maio a agosto nas comu-nidades, no maior evento de circuitos rurais do Estado. O primeiro lugar entre as vacas de maior produção ficou com o animal Espetáculo, que justificou o nome com uma produção média de 64,916kg de leite por dia. Na categoria novilha, o campeonato ficou com o animal Fortaleza, do proprietário José Mauro Toledo.

A Expoequestre integrou o calendário do evento e promoveu a exposição de exemplares inéditos da raça Mangalarga, as melhores genéticas de animais da região, a V Copa de Marcha da raça Mangalarga Marchador e o I Leilão de Elite Caminho da Marcha.

Revista Terra Boa Agronegócios 33

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34 nov/dez 2014

em FoCo

Filipe Masetti Leite, o Cavaleiro das Américas, encerrou a sua longa jornada de dois anos de caval-gada em setembro, quando chegou a sua terra natal, Espírito Santo do Pinhal/SP, em dia de muita festa. Os seus conterrâneos se reuniram para recebê-lo com muito carinho, comemorações e agradecimento.

A chegada teve direito a cavalgada, missa de agra-decimento, banda de música e, claro, muita emoção. Felipe é considerado um herói pelos conterrâneos, após sair de Calgary, no Canadá, e percorrer 10 países e 16 mil quilômetros a cavalo. Amigos de toda uma vida e familiares se reuniram para festejar a sua chegada.

No Brasil, Filipe trabalha na nova etapa do projeto que é a produção do documentário e livro que contam a sua experiência. Ambos serão lançados em 2015. Ele também tem se dedicado a fazer palestras moti-vacionais. O seus fieis escudeiros, os cavalos Dude, Bruisier e Frenchie foram aposentados e estão no sítio de Filipe, em Pinhal.

O fim de uma jornada

O competidor Silvano Alves conquistou o Campeonato Mundial de Montaria em Touros da PBR (Professional Bull Riders) no dia 26 de outubro, em Las Vegas, EUA, e se igualou ao então invencível, Adriano Moraes. O campeonato atrai competidores de todo mundo. Silvano venceu o touro Asteroid e conquistou 87,25 pontos ganhando também a fivela referente a etapa de Las Vegas e o prêmio de US$ 1.250 milhão de dólares.

Com a vitória de Silvano, apenas os dois brasileiros detém o título de tetracampeão mundial o que eleva o nível dos competidores brasileiros nesse campeonato. Adriano Moraes venceu em (1994, 2001 e 2006) e Silvano Alves em 2011, 2012 e 2014. Após Las Vegas, Silvano Alves venceu o torneio de Caboolture, na Austrália, com 87,5 pontos montando o touro Astro Boy. Somente nove competidores con-seguiram cravar os 8 segundos sobre o touro. Silvano Alves conquistou durante as montarias 175,5 pontos, apenas meio ponto a frente do tetracampeão, Dave Kennedy.

Silvano Alves é tricampeão

34 nov/dez 2014

O fim de uma jornada

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Revista Terra Boa Agronegócios 35

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) realizou durante a Expoinel, em Uberaba/MG, a 4ª Convenção Nacional das Associações de Nelore com a participação de presidentes de quatro Associações. O balanço das atividades como o Programa de Qualidade Nelore Natural, Ranking Nacional ACNB e Ranking Regionais, Universidade do Boi e da Carne, Circuito Boi Verde e Leilões Oficiais foram pauta da reunião. Outros temas específicos foram discutidos como os abates técnicos em outras regiões e novas exposições regionais.

ACNB

Premiações sobre a qualidade do leite, em âmbito nacional, e alta produ-tividade marcaram a festa da Associação dos Produtores de Leite do Sudoeste de Minas, com sede em Passos, que reuniu no dia 29 de novembro associados e parceiros para juntos comemorarem e conhecerem a nova diretoria. A Associação, que tem 74 associados, registrou ganho em relação

ao ano anterior de 16% sobre a produção de 173.689 litros de leite/dia. Com pro-gramas focados na qualidade do leite e 11 anos de atuação, a APROLEITE torna-se cada vez mais forte. Sobre a qualidade do leite, prêmio concedido pela Danone, foram vencedores Marcelo Maldonato Cassoli, que assume a presidência em 2015. E, também, Antônio José Freire, em segundo lugar e Maurício Silveira Coelho, que garantiu ainda o primeiro lugar em

aProleite crescimento na categoria acima de 4 mil litros/dia. Nilceu Vilela garantiu o primeiro lugar na categoria crescimento de 1001 a 4.000 litros. Compõem a diretoria com Marcelo na próxima gestão, Horácio José Ferreira, Paulo Sérgio Soares que deixou a presidência, Maurício Silveira Coelho e Luiz Carlos Moraes Vasconcelos. No Conselho Fiscal Daniel Evergisto dos Santos, Dilson Martins Vilela, Murilo Marques e Sérgio Silveira.

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36 nov/dez 2014

em FoCo

Girolando nas Américas Pró-Fêmeas O potencial da raça Girolando para produção

de leite foi um dos temas apresentados durante o 20º Congreso Nacional Lechero, que aconteceu na Costa Rica, entre os dias 21 e 22 de outubro. O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ronaldo Braga Reis, ministrou palestra sobre o tema “Girolando de alta produção – Uma alternativa viável para produção de leite – Experiência brasileira”, para 600 pessoas

A agenda do professor da UFMG, que também é membro do Conselho Deliberativo Técnico da Girolando, na Costa Rica incluiu ainda palestras e reuniões na Escola de Zootecnia da Universidade da Costa Rica, Cooperativa de Produtores de Leite e Instituto Nacional de Aprendizagem e visitas a fazendas de produção de leite.

O professor apresentou como sugestão ao Ministério da Agricultura da Costa Rica o investimento na raça Girolando. Criadores desse país e do Panamá e Nicarágua querem investir na raça para viabilizar a produção leiteira na América Central. A importação de embriões do Brasil é considerada uma alternativa para acelerar o melhoramento genético dos rebanhos. “Agora que a fronteira agrícola foi aberta, os costa-riquenhos poderão fazer um bom trabalho. Eles têm muitos desafios de ambiência (calor e umidade), mas possuem boas condições de produção de pastagens. Desde que os criadores adotem melhorias nas práticas de manejo, a raça Girolando pode alavancar a produção”, afirma Reis.

A expectativa é de que um grupo de visitantes estrangeiros da América Central participe da Megaleite 2015 com o intuito de conhecer a pecuária leiteira do Brasil.

Maior produtor de leite do país, o Estado de Minas Gerais prepara-se para ampliar os investi-mentos no melhoramento genético das fêmeas de seu rebanho bovino e, com isso, aumentar os índices de produtividade das propriedades rurais de menor porte. Em reunião ocorrida no mês de outubro, em Belo Horizonte, ficou definida a criação do Pró-Fêmeas, programa que garantirá a pequenos e médios produtores a aquisição de matrizes de alto valor genético utilizando linhas de crédito com baixa taxa de juros e prazo maior de carência. A reunião contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, da EMATER-MG, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A solenidade de assinatura do convênio entre as entidades parceiras para implan-tação do programa deve ocorrer até o final de 2014.

O Pró-Fêmeas faz parte do projeto de ampliação do Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino de Minas Gerais (Pró-Genética), que até então só permitia a comercialização de touros registrados. Assim como o Pró-Genética, o Pró-Fêmeas fará a maior parte da comercialização por meio de feiras, que serão realizadas em vários municípios de Minas Gerais a partir de 2015. “O Estado é referência em genética bovina leiteira não só no Brasil como em outros países da América Latina e o programa facilitará o acesso a essa gené-tica superior para os pequenos e os médios produ-tores. Para os criadores de Girolando, o programa abrirá um mercado importante. Será um grande salto para a raça no maior Estado produtor de leite do Brasil e com maior rebanho de Girolando”, destaca o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Jônadan Ma.

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38 nov/dez 2014

INFORME PUBLICITÁRIO

GRANDES REMATES

A Embral Leilões comandou mais uma temporada de liquidações em grande estilo. Dessa vez, foram

três remates que comercializaram juntos cerca de 700 animais das raças Holandesa, Girolando, Gir, Jersey e Jersolando.

Mostrando a força e o vigor dos pregões virtuais, o Leilão Virtual Liquidação Total Fazenda Santa Fé, fez bonito e obteve excelente faturamento de R$ 963.900,00. José Manoel Azevedo Marcondes de Souza, da cidade de Barbacena, em Minas Gerais, liquidou seu rebanho de gado Holandês no dia 5 de setembro, confiante na efici-ente gestão do evento. Os 37 anos dedicados à criteriosa seleção da

raça lhe proporcionaram excelen-tes médias: R$ 2.244,44 para as bezerras, novilhas vendidas por R$ 8.863,16 e as vacas em R$ 9.923,08.

Começando pelos animais da Fazenda Ressaca que mostraram qualidade e produtividade aos compradores do leilão de liquida-ção de rebanho que aconteceu no dia 14 de setembro, em São Sebastião do Paraíso/MG. Antônio Jacinto Caetano comercializou 330 fêmeas registradas das raças Gir e Girolando com boas médias: as bezerras saíram por de R$ 1.366,67, as novilhas chegaram a R$ 3.366,66 e as vacas foram comercializadas por R$ 4.437,66.

Quem aproveitou a oportuni-dade da Liquidação Total do Sítio

Santo Inácio, em Orizona/GO, saiu ganhando. No dia 24 de agosto foram comercializados tratores, máquinas, equipamentos de leite e cavalos. O plantel era variado e as médias foram muito boas. Confira: para animais da raça Girolando novilhas tiveram média de R$ 3.600,00 e vacas R$ 4.050,00. Na raça Holandesa as novilhas tiveram média de R$ 4.033,33, as vacas de R$ 4.698,11 e os machos de R$ 4.500,00. Vacas Gir saíram por R$ 6.600,00/média. As novilhas e vacas Jersey alcançaram média de R$ 3.900,00 e R$ 3.660,00 respec-tivamente. E para finalizar as vacas e novilhas Jersolando fizeram média de R$ 5.100,00 e R$ 4.200,00 respectivamente.

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Revista Terra Boa Agronegócios 39

Fazenda São Francisco de Assis comemora30 anos de seleção

Para comemorar os 30 anos de seleção da raça Holandesa e Girolando de alta quali-dade genética, a Fazenda São Francisco de Assis & Convidados Especiais realizaram no dia 30 de agosto o 2º Leilão Barão da Bocaina, em Areia/SP. Leilão com liquidez total! Na raça Girolando as novilhas foram arrematadas pela média de R$ 4.685,71 e as vacas por R$ 7.408,33. As bezerras, novilhas e vacas Holandesas tiveram média de R$ 6.000,00, R$ 5.571,43 e R$ 10.080,00, respec-tivamente. Já as novilhas e vacas Jersey saíram, pela ordem, por R$ 6.000,00 e R$ 5.400,00.

Qualidade no Virtual Campo e Sonhos

Em 29 de agosto a Fazenda São Luís Gonzaga, da região mineira de Guaxupé/Muzambinho, realizou o 3º Leilão Virtual Campo e Sonhos – mais um com a marca “Liquidez 100%” da Embral. O remate colocou à venda 60 animais com média geral de R$ 5.810,00. As bezerras, novilhas e vacas Holandesas tiveram média de R$ 4.740,00, R$ 5.856,00 e R$ 6.600,00. Os machos foram vendidos pela média de R$ 4.020,00. Na raça Girolando as bezerras tiveram média de R$ 6.000,00 e as novilhas de R$ 8.250,00.

Parada da Perfeição faz R$ 11,2 mil

de média nas novilhas

O 5º Leilão Parada da Perfeição que aconteceu durante a 23ª Exphomig 2014, em Barbacena/MG, teve um saldo positivo na opinião dos organizadores. Na noite de 11 de setembro, as bezerras foram vendidas pela média de R$ 8.850,00, as novilhas por R$ 11.250,00 e vacas saíram por R$ 15.150,00. O evento teve como ponto de apoio o estande da Associação dos Criadores de Gado Holandês.

RAÇAS MÉDIA (R$)

GIROLANDO - Bezerras 1.350,00 - Novilhas 5.925,00 - Vacas 5.620,00

HOLANDÊS - Bezerras 1.973,68 - Novilhas 7.906,45 - Vacas 8.550,00

JERSEY - Bezerras 1.350,00 - Novilhas 6.000,00 - Vacas 5.825,00

JERSOLANDO - Novilhas 5.700,00 - Vacas 6.138,46

MÉDIA GERAL 5.558,60

Criadores do Vale fecham em R$ 872,7 mil

em 2ª edição virtual

Grandes criadores do Vale do Paraíba se uniram para promover um evento único, o 2º Leilão Virtual Criadores do Vale que deu show de médias e um faturamento de R$ 872.700,00 na venda de vacas em lactação, novilhas prenhas e bezer-ras. Promovido pela Agropecuária Marajoara (Lorena/SP), Fazenda Santanna (Cachoeira Paulista/SP) e os convidados especiais Chácara Paraíso (Casa Branca/SP) e Fazenda Vargem Grande (Campo Belo/MG) o leilão teve diversidade de oferta com fêmeas HPB, Girolando, Jersey e Jersolando negociadas no dia 21 de setembro pelo NovoCanal com audiência qualificada. Confira as médias:

DEST

AQUE

S

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40 nov/dez 2014

peCUáRiA de leite

A pRODUtiviDADe e feRtiLiDADeda raça Sindi

O s resultados mensurados a cada ano e avaliados conforme desempenho dos animais geram dados

comprobatórios que atestam, cada vez mais, a fertilidade, precocidade, ganho de peso, entre outros quesi-tos importantes para os pecuaristas que preferem investir com segurança. Cada associação tem seus programas para atestar a evolução. Para as raças zebuínas, a ABCZ criou alguns índi-ces, entre eles o iABCZ e o Prêmio Matriz Claudio Sabino de Carvalho, que são referência para os criadores e para aqueles que querem investir em genética comprovada.

O Prêmio Claudio Sabino de Carvalho e o iABCZ, projetos da ABCZ, têm como proposta destacar a importância da reprodução no melhoramento genético. Segundo o Superintendente Técnico da ABCZ, Luis Antônio Josahkian, é consenso na literatura técnica que as características reprodutivas têm maiores impactos do que outras características, como ganho de peso e qualidade da carne, em percentual de cinco a dez vezes. “A explicação é muito simples: não se seleciona o que não existe e é melhor ter uma unidade de venda (bezerro) regular do que não ter nenhuma. Além disso, a reprodução é um grande indicativo de que o animal está bem dentro de seu sistema de produção:

se ela vai bem, o animal está adaptado; caso contrário, problemas à vista”, disse Josahkian.

No Prêmio Claudio Sabino, as matrizes concorrentes são as que pos-suem índices de avaliação genética positiva, com classificação entre as 20% melhores da raça, com excelente

avaliação genética e alto índice de desempenho reprodutivo, ou seja, começam a procriar cedo e têm em média uma cria por ano.

Na raça Sindi, uma mesma vaca venceu o Prêmio por três anos con-secutivos, Lagoa da Estiva de proprie-

dade de Adaldio José de Castilho. Do mesmo criatório, também concorreram ao Prêmio Jandaia da Estiva, Mogiana da Estiva e Malícia da Estiva. As matrizes para serem indicados ao Prêmio pre-cisam estar com idade entre 05 a 10 anos e ter quatro filhos ou mais, frutos de monta natural controlada ou insemi-nação artificial, com RGN ou aptos a receber o documento; avaliação gené-tica com iABCZ até TOP 20% e IPP (idade do primeiro parto) igual ao inferior a 40 meses. O último requisito do concurso é IEP de até 390 dias.

Adaldio Castilho destaca que a Lagoa da Estiva gerou nos últimos sete anos, sete filhos, quatro machos e três fêmeas, todas as crias por monta natural, resultados que confirmam a sua capacidade de reprodução como propõe o Prêmio. “A Lagoa é uma vaca destaque com seus índices de reprodução, gerando uma cria a cada ano. Ela e a Jandaia são animais muito férteis, muito produtivos”, destacou.

Segundo Adaldio, os bezerros da raça Sindi têm a particularidade de nascer menores e este fator, na sua análise, contribui para a recuperação mais rápida das fêmeas, o que as faz ciclarem mais rápido, entre 32 a 35 dias após o parto, resultando, assim, em mais produtividade e fertilidade garan-tida. “O bezerro da raça Sindi cresce no pasto”, enfatizou o criador justificando o tamanho dos bezerros considerados

A evolução genética da pecuária de corte nacional tem possibilitado a criação de vários instrumentos que comprovam o seu desempenho, bem como as conquistas de cada raça.

A ABCZ criou alguns

índices, entre eles o

iABCZ e o Prêmio

Matriz Claudio Sabino

de Carvalho, que

são referência para os

criadores e para aqueles

que querem investir em

genética comprovada

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Revista Terra Boa Agronegócios 41

Índices de avaliação

atestam a seleção

genética de animais e

características como

rusticidade e fertilidade

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peCUáRiA de leite

menores que outras raças ao nasci-mento. Como exemplo, ele cita um dos filhos da própria Lagoa que pesou na desmama 68% do peso da mãe, naquele período registrado em 302 kg. “ Esses índices existem. O mercado sonha com o bezerro pesando na desmama em 50% do peso da mãe. Quanto maior o animal, mais energia ele vai exigir para produzir leite. O Sindi, pela sua alta produtividade, tem este equilíbrio”, ressaltou Adaldio.

Ele enfatiza ainda que, ao longo da seleção genética feita por sua família, foram empregados sempre métodos naturais. Adaldio acredita que os ani-

mais têm melhor aproveitamento do cio durante a monta natural, com a estimulação hormonal de forma natu-ral. Outra característica da raça é a mantença do escore corporal, mesmo em período de seca ou pós-parto, o que faz as fêmeas ter o cio precoce-mente, sem estimulação, devido a sua alta fertilidade.

A Lagoa da Estiva, que já está emprenhada novamente nesse novembro de 2014, deverá ser aspi-rada no seu próximo ciclo para a produção de FIVs. A raça tem sido pro-curada por criadores do Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Goiás, Rio Grande do Sul e da Bolívia. “O Sindi é uma raça paquistanesa que sobrevive a tem-peraturas altas e baixas do deserto, com oscilações entre 40º e 6º. Por isso tem se adaptado bem no Sul do País”, disse.

Adaldio ressaltou que está muito feliz com os resultados do Sindi. “Tenho trabalhado através dos Programas de Avaliação para mostrar o potencial da raça. Esses resultados nos dão respaldo para divulgar o que realmente a raça proporciona aos criadores. A conquis-ta de novos mercados a cada ano é um estímulo para nós. Enquanto tiver condições, vou ajudar o desenvolvimen-to da raça, que considero um presente de Deus para a pecuária”, concluiu.

Na versão do Prêmio Claudio Sabino de Carvalho de 2014 foram eleitas seis matrizes, sendo três da raça Nelore, duas da raça Sindi e uma Gir Leiteiro. O desempenho da raça Sindi mostra a sua evolução genética diante de outras raças já consagradas

42 nov/dez 2014

Reunidas Castilho(17) 3542-1491

Luis Antônio Josahkian

Adaldio Castilho

na pecuária nacional. Outros índices como o iABCZ tam-

bém refletem o potencial dos animais em processo de seleção genética e sua capacidade reprodutiva. O iABCZ con-templa características de importância econômica, sugerido como critério de seleção dos animais dentro do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). “O iABCZ é composto por três classes de valores genéticos (as dep’s): uma, é o complexo das características de crescimento; outra é da parte maternal; e um terceiro relativo à reprodução. Creio que ele reflete bem a sinalização geral que a ABCZ propõe na seleção, que é a de escolher animais geneticamente equilibrados nos diversos aspectos de interesse econômico. Importante res-saltar que o PMGZ apenas propõe um formato de índice de seleção, mas que o programa permite (e sugerimos isso fortemente) que se construam índices alternativos, mais condizentes com o momento genético do plantel e do mercado”, concluiu Josahkian.

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Revista Terra Boa Agronegócios 43

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44 nov/dez 201444 44 44 nov/dez 2014nov/dez 2014nov/dez 2014nov/dez 2014

inativação de FungoS

e LeveDURAs em siLAGeNsUtilização da bactéria propionibacterium Acidipropionici na estabilização Aeróbica de silagens

N Na conservação das silagens, é fato comprovado que a queda rápida do pH e a sua conservação após a abertura dos silos são fatores essenciais na diminuição das perdas da Matéria Seca, na

palatabilidade e na sanidade das silagens. A queda rápida do pH esta associada às bactérias

lácticas homoláticas (ou homofermentativas) e a uma con-tagem suficientemente alta delas. Sua principal função é impedir o desenvolvimento dos clostrídios presentes na forragem e sua fermentação butírica.

A conservação da silagem, após a abertura do silo, depende de uma perfeita compactação, em primeiro lugar, como forma de impedir o desenvolvimento de fungos e leveduras, que consomem MS, elevam a temperatura e produzem micotoxinas.

Quando a uma compactação perfeita é impossível, por qualquer motivo (silos aéreos, picado grande, alta matéria seca, etc.), a conservação dependerá de substâncias que bloqueiem o crescimento de fungos e leveduras (que são fungos unicelulares).

Sabemos que os ácidos graxos de cadeia curta pos-suem ação fungistática. Dentre estes ácidos, interessam-nos o acético e propiônico. Sabemos também que o ácido

propiônico é quinze vezes mais potente como agente fun-gistático que o ácido acético. Portanto, podemos dizer que para obtermos o efeito fungistático de 1 grama de ácido propiônico precisaríamos de 15 gramas de acido acético.

Algumas bactérias nos chamam atenção ao estudá-las: Lactobacillus plantarum e Pediococcus acidilacticci pela sua atuação na queda rápida do pH; e Propionibacterium acidipropionici na utilização do ácido láctico para produção de ácido propiônico e acético: ambos são produzidos por ela numa proporção de 2 gramas de ácido propiônico para 1 grama de ácido acético .

A eficiência destas bactérias, em nível de pesquisa ou a campo, está demonstrada há mais de 20 anos em diferen-tes silagens.

Resultados comprovados

1) Fazenda Tambo das Pedras – Três Pontas/a MG. Para avaliar a estabilidade aeróbica e a perda da MS

utilizou-se uma preparação bacteriana composta por Pediococcus acidilacticci e Propionibacterium acidipropionici numa contagem de 200.000 UFC/grama em silagem de milho que, após o período de fermentação, foi exposta ao ar.

QUALiDADe nutriCional

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Revista Terra Boa Agronegócios 45 Revista Terra Boa AgronegóciosRevista Revista Terra Boa AgronegóciosTerra Boa AgronegóciosRevista Terra Boa Agronegócios 45 4545

Controle silagem sem inocular Como vemos, o inoculante diminui a perda de MS

em 30,4% com relação à silagem controle e aumentou em 18 horas a estabilidade aeróbica.

2) Os pesquisadores J. Dairy Science (81: 1015-1021), T. E Dawson, S.R.Rust, M.T. Yokoyana do Depto Animal Science da Michigan State University avaliaram os efei-tos de uma bactéria produtora de ácido propiônico, Propionibacterium acidipropionici, na fermentação e estabilidade aeróbica de silagem de milho grão úmido. Eles concluíram que ela aumentou o teor de ácido propiônico com relação a uma silagem não inoculada na proporção de 0,35 VS. 0,03gr./100gr de MS, além de possuir maior teor de ácido acético, menor pH, menor contagem de fungos, leveduras, bactérias aeróbicas e matéria seca mais alta.

Após cinco dias exposta ao ar, a silagem inoculada não subiu a temperatura, apresentou 0,61 gramas de ácido propiônico por 100 gramas de MS vs.“zero” gramas na silagem não inoculada, e a matéria seca foi mais alta.

3) O Departamento Animal Science da Faculty of Agriculture de Bursa, Turkey, publicou no Journal

of Applied microbiology (2004 – 97- 818 – 826) uma análise sobre a eficiência da inoculação com Propionibacterium acidipropionici na estabilidade aeróbica de silagens de milho, sorgo e trigo, compara-das a silos controles. Após o período de fermentação as silagens foram expostas ao ar.

As silagens inoculadas com Propionibacterium aci-dipropionici apresentaram maiores teores de acido acético e propiônico; a contagem de fungos e leve-duras foi menor, bem como a produção de CO² (gás carbônico) e a estabilidade aeróbica foi maior.

Na conclusão os mesmos pesquisadores relatam: “Propionibacterium acidipropionici foi muito efetiva na proteção de silagens de trigo, sorgo e milho expostas ao ar, o que demonstra que as condições ácidas do silo foram benéficas para esse micro- organismo”.

Como dito anteriormente, a utilização de bactérias com propriedades fungistáticas é aconselhada sempre nas silagens de grão úmido/hidratado; em forragens, sua utilização somente é necessária quando seja impossível garantir uma perfeita compactação do silo.

Observação

Ao selecionar bactérias produtoras de ácido propiônico, observe que sejam da espécie Propionobacterium acidicipropionici. Há vários trabalhos publicados que demonstram a ineficiência da propionibacteriun freudenrichi, por exemplo, e a razão é simples: esta bactéria se inativa a pH 5,2 e não tolera, portanto, o baixo pH de uma silagem, que varia entre 3,8, e 4,0.

EstabilidadeAerobica (Hr.)

Avaliação dos resultados

Controle Silagem Inoculada

13,8 9,6

23 41

Perda MS% com respeito a MS da forragem fresca; Est. Ae. Hr: Tempo em horas necessária para elevar a temperatura em 2 °C

Perda de MS. (%)

Maria Regina Ferreto FloresDiretoria Administrativa

[email protected]

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46 nov/dez 2014

NUtRiÇÃO animal

E stá tudo planejado para o aumento da produção na Fazenda Ipê/Morro Alto, do produtor Mauro Paim Beraldo

e irmãos. Para atingir a meta, a fazenda passa por modificações que preveem aumento da área de plan-tio, aumento da área de conforto dos animais com a construção de um novo fre-stall. A nova sala de ordenha, já inaugurada, tem visual novo e arrojado com espaço para o escritório, sala para os tanques e uma ampla sala de ordenha. Tudo mais prático visando a melhor higien-ização dos ambientes. O tanque do leite, por exemplo, ocupa pequeno espaço em uma das salas de circu-lação. Apenas a parte destinada a

entrada do leite fica visível, adaptada em uma das paredes que esconde o restante do maquinário. Com capa-cidade de 10 mil litros, o tanque fica em outra sala e não é visto pelas pes-soas que trabalham no local. Tudo isso para manter a praticidade e fac-ilidade na higienização. As inovações da fazenda Mauro busca nas mui-tas viagens que faz tanto no Brasil como no exterior e adapta a sua realidade. Recentemente esteve na Alemanha conhecendo as inovações tecnológicas para a mistura de ração e silagem. Os resultados do trabalho vão surgindo. O leite mantém a quali-dade e a média de produção chega a 34 litros, excelente para a região do

Sul de Minas. Mauro quer aumentar a média e afirma que os animais têm condições de produzir mais. Segundo o produtor, as médias altas são reflexos de uma série de fatores que compõem: nutrição, manejo, conforto, genética e sanidade. A raça trabalhada na Ipê\ Morro Alto é a Holandesa. O produtor mantém o processo de seleção; os acasa-lamentos são planejados por ele mesmo. Nas demais áreas conta com a ajuda de profissionais espe-cializados. Para colocar o seu projeto em prática terá 1.000 animais em ordenha. Hoje, tem esse mesmo número na fazenda. Para garantir os 13 mil litros são realizadas três ordenhas.

Ele produz 13 mil litros de leite/dia, mas o seu projeto de ordenha prevê 30 mil. Com a atual produção está entre os 100 maiores produtores de leite do Brasil, na 62ª colocação do ranking TOP 100 Milkpoint. Ao dobrar a produção ficará nas primeiras colocações

Ele produz 13 mil litros de leite/dia, mas o seu projeto de ordenha prevê 30 mil. Com a atual produção está entre os 100 maiores produtores de leite do Brasil, na 62ª colocação do ranking TOP 100 Milkpoint. Ao dobrar a produção ficará nas primeiras colocações

Ele produz 13 mil litros de leite/dia, mas o seu projeto de ordenha prevê 30 mil. Com a atual produção está entre os 100 maiores produtores de leite do Brasil, na 62ª colocação do ranking TOP 100 Milkpoint. Ao dobrar a produção ficará nas primeiras colocações

SilagemA pRODUÇÃO e A pRODUtiviDADe NA fAzeNDA ipÊ

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Revista Terra Boa Agronegócios 47

(35) 3522-1104

Produtor Mauro Paim Beraldo

da fazenda Ipê/Morro Alto

Nutrição

Com uma quantidade grande de ani-mais, a alimentação do rebanho tem que ser garantida, para não correr os riscos causados pela seca, por exem-plo, quando os produtores viram seus pastos secarem. Em novembro de 2014, Mauro afirmou que tem silagem para alimentar o seu rebanho até o mês de março, quando já terá produ-zido a silagem para 2015. Precavido, ele prefere trabalhar com larga escala para não passar apertos. Para próxi-ma colheita serão produzidas 15 mil toneladas de silagem, usando apenas o milho 2B 688 da Dow AgroSciences, considerado o melhor para a sila-gem segundo consultoria da Triângulo

forme as necessidades de cada lote de animais. Com esse procedimento reduziu a quantidade de silagem, mas garantiu a qualidade da alimen-tação e o estoque de silo para todo o período da seca, ou melhor, até março de 2015.

Agro. A qualidade do 2B 688 é res-saltada por Mauro que já mantém o plantio dessa variedade há alguns anos. Na sua região deve estar entre os poucos que não estão preocupa-dos com o alimento para o rebanho. Para o próximo ano aumentou 25% na área de plantio. “ Com tantos ani-mais eu não posso correr o risco de mais uma seca prolongada. É preciso se precaver”, disse.

Alimentação

Para garantir a quantidade de ali-mentação certa para o rebanho, quando a seca deu indícios do seu prolongamento, Mauro acrescentou na silagem outros nutrientes, con-

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50 nov/dez 2014

bOLO tipiCAmeNtemineiroJ á era tempo de trazer para as pági-

nas da Terra Boa Agronegócios uma receita que destacasse o leite no seu preparo. Afinal, a

pecuária leiteira é responsável por boa parte do PIB e o Estado de Minas Gerais, o maior produtor nacional.

Diante dessa missão, fomos bus-car a receita desta edição com Carla Cristina Marques Pinto Coelho, da Fazenda Santa Luzia, que recentemente teve uma de suas receitas publicada no livro “Minas Gerais, Fazendas e Sabores do Leite”, de Clesio Barbosa e Patrícia Soutto Mayor Assumpção.

Carla desenvolveu um bolo cuja inspiração é a pamonha, um quitute tradicional de Minas Gerais, feito à base de milho verde e leite. Carla, embora não tenha suas raízes na roça, identificou-se muito com o setor ao se casar com Maurício Silveira Coelho e morar na Fazenda Santa Luzia. Sempre gostou muito de cozinhar e aprendeu muito com sua avó, Maria do Leonor, salgadeira de mão cheia como cos-tumamos dizer, e com Dona Oilda, sua sogra, com a qual aprendeu também os segredos culinários da fazenda. Conheceu a pamonha assa-

da em visita à Fazenda Santa Lúcia, propriedade do Grupo Cabo Verde no Pará, e criou a sua receita.

Conhecimentos tradicionais e regionais se uniram a sua espe-cialidade em misturar alimentos e transformá-los em pratos delicio-sos e especiais. Herdeira dos dons da avó e apaixonada pela culinária, Carla ressalta que esta é uma das receitas que faz o maior sucesso na sua família. Uma nova leitura da massa de pamonha tão conhecida nas Minas Gerais, com o seu toque culinário.

gaStronomia

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Revista Terra Boa Agronegócios 51

ReceitaBolo de Milho VerdeCarla Cristina Marques Pinto Coelho

Ingredientes

1 litro de leite1 lata de creme de leite20 espigas de milho500 gramas de queijo curado3 colheres de sopa de manteiga5 colheres de sopa de óleo1 pitada de sal1 xícara de chá de açúcarou a gostoAçúcar refinado ou canela em pó para polvilhar

Preparo

Corte o milho, tirando os grãos. Bata-os no liquidificador com o leite e passe a massa em uma peneira. Depois de coada a massa, misture os outros ingredientes e prove o tempero.

Leve o bolo para assar em forma ou pirex untado com manteiga. Após retirá-lo do forno, salpique açúcar refinado ou canela e sirva quente.

Forno: 180º Tempo aproximado: 40 minutos

“Carla desenvolveu

um bolo cuja

inspiração é a

pamonha, um quitute

tradicional de Minas

Gerais, feito

à base de milho verde

e leite”

Foto

Mar

cela

Muz

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Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252

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