Território populaçao
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Se esta Rua fosse Minha!
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TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
Ordenamento do Território
Se esta Rua fosse Minha!
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Introdução
A Rua dos Bons Amigos surgiu de
uma operação de loteamento de
iniciativa privada, a Sudoeste do centro
urbano de Mêda, tendo início na EN 331,
constituindo-se como um, dos
dois acessos ao novo tecido urbano.
O loteamento é constituído por lotes destinados a edifício de comércio/serviços e
habitação colectiva na frente Norte, moradias unifamiliares de dois pisos com anexo e um lote
destinado a Hotel situado no extremo Sul.
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Insuficiências
“A cidade e o automóvel convivem cada vez mais e cada vez pior”.
A Rua dos Bons Amigos inicialmente projectada como via local, passou por força das
circunstâncias a ter acesso à via principal a Norte. Por força dessa ligação passou a ser uma via
de passagem, sem características para tal.
A sua plataforma com 9 metros de largura, a que correspondem 6 metros de faixa de
rodagem e passeios em ambos os lados com 1.5 metros cada. No passeio pedonal a Nascente
foram plantadas árvores em toda a sua extensão. Este local não está servido por baias de
estacionamento, o que leva a que o estacionamento seja feito junto do passeio ao longo da via
que permite circulação nos dois sentidos.
As construções implantadas nesta urbanização são todas relativamente recentes,
maioritariamente unifamiliares, verificando-se ainda alguns vazios em lotes que ainda não
foram construídos, o deficiente tratamento dos espaços públicos.
A sua situação periférica levou a que se localizasse junto ao loteamento industrial,
paredes meias com oficinas e armazéns. Muito embora a presença de indústria dita pesada
seja praticamente inexistente, a verdade é que a transição não foi devidamente acautelada de
forma garantir condições de isolamento salubridade que se exigiam.
A população é maioritariamente jovem, com predominância de habitantes ligados ao
sector terciário. Verifica-se ainda a presença de um grande número de jovens em idade
escolar, que na falta de equipamentos desportivos e de lazer desenvolvem as suas actividades
no arruamento ou nos lotes não construídos.
Os lotes que ladeiam a estrada 331 a Norte, permitem o uso comercial ao nível do
r/chão e habitação multifamiliar ao nível do 1.º e 2.ºs andares marcando a frente edificada,
quer através da sua volumetria, quer pela oferta de serviços de restauração e bebidas e loja de
produtos alimentares.
O espaço público é algo impessoal e embora permita uma relação de proximidade dos
seus habitantes, não proporciona a vivência do exterior pela ausência de espaços ajardinados
e equipamentos de utilização colectiva adequados, levando-o a transformar-se num bairro
dormitório.
De salientar ainda, a débil ligação ao centro da cidade que não convida à deslocação
pedonal sobretudo, pela ausência de caminhos para o efeito, mas também pela distância a
percorrer o que leva inevitavelmente à utilização do automóvel.
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Oportunidades
“A cidade pode ser redescoberta”.
O local deve ser visto e pensado no conjunto da estrutura urbana da cidade,
valorizando a paisagem urbana e requalificação de espaço público.
Aquilo que são debilidades, devem ser transformadas em oportunidades, com
redefinição da lógica de mobilidade e dos espaços para circulação de peões. Uma mais valia
neste aspecto poderia ser o aumento da largura dos passeios e a transformação das vias em
trânsito de sentido único desincentivando o seu uso e reduzindo os conflitos passando a ser as
pessoas o actor principal - o cidadão, a pessoa, o peão.
A proximidade à zona industrial pode ser uma mais valia, desde que garantida a
qualidade ambiental e criando uma verdadeira barreira verde através da efectivação da cortina
arbórea prevista no plano da mesma. Esta proximidade permite que quem ali trabalha possa
habitar no bairro, evitando assim o uso do automóvel para se deslocar para o emprego.
A criação de um contínuo verde, uma ciclo via ou o reforço das comunicações pedonais
poderia atenuar a distância e permitir um melhor diálogo com o centro cívico onde se
concentram os principais equipamentos públicos.
Transformar este novo espaço de habitar num local com identidade, de espaços de
convívio, de vegetação e de lazer é um grande desafio. Não basta estar num local mais ou
menos calmo, longe da confusão, são necessárias novas dinâmicas!
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Visão
“A nossa cidade é diariamente o nosso cenário”.
Crente que o espaço nos condiciona e nos molda, o local onde vivemos é fundamental
para a nossa qualidade de vida. Não basta a casa ser confortável, o jardim ser bonito, é
necessário que tudo o que nos rodeia esteja adaptado à nossa vivência.
O automóvel é importante mas acaba por não ser essencial!
Em cada caminhada, em cada passeio de bicicleta, podemos vislumbrar novos
horizontes sobre a nossa cidade. Longe do volante; a pé, de autocarro, de comboio ou até de
elevador abre-se o campo de visão sobre o espaço que habitamos. A cidade parece que
cresce...
A intervenção teria que começar na rua, no bairro e chegar à escala da cidade.
Os objectivos essenciais para a qualificação do espaço seriam:
Reordenamento da rede viária e do estacionamento;
Novos planos de circulação pedonal;
Criação de espaços verdes e equipamentos de lazer;
Efectivar a cortina arbórea com a zona industrial;
Construção de uma ciclo via até ao centro;
Reforço do comércio/serviços de proximidade;
Conclusão das obras na urbanização.