Teste Diagnóstico 8º-Port

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Ficha de avaliação diagnóstica de Língua Portuguesa 8º ANO Ano letivo 2013/14 Data _____ / _____ / ______ ____º Ano Turma: _____ Aluno _______________________________________ Nº _______ O Encarregado de Educação _________________________________________ A Professora ………………..….…….…. Grupo I PARTE A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. O mais traiçoeiro dos predadores 1 5 10 Um dos símbolos tradicionais da Índia está a desaparecer a um ritmo alarmante. Dos 40 mil tigres-de-bengala que viviam nas florestas indianas há um século, restam apenas mil. Na semana passada foi noticiado que a segunda maior reserva natural da Índia, o parque nacional de Panna, não tem nem um dos 24 tigres que abrigava até 2006. Em 2004, desapareceram os últimos felinos da maior das reservas indianas, o parque nacional de Sariska, e segundo relatórios de organizações ambientais, o 30 35 40 aos cartéis 3 do tráfico de drogas. Desde os tempos ancestrais 4 que o homem teme os animais predadores. Ainda hoje há registos de ataques frequentes a humanos. Na Tanzânia, país onde vive o maior contingente de leões selvagens, mais de 500 pessoas foram devoradas pelos felinos desde o início dos anos noventa. Acredita-se que os ataques ocorram por dois motivos: o avanço das populações sobre o território que pertence aos animais e a redução do número das suas presas naturais, como gazelas 1

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Ficha de avaliação diagnóstica de Língua Portuguesa 8º ANO Ano letivo 2013/14

Data _____ / _____ / ______ ____º Ano Turma: _____

Aluno _______________________________________ Nº _______

O Encarregado de Educação_________________________________________

A Professora

………………..….…….….

Grupo I

PARTE A

Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

O mais traiçoeiro dos predadores1

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Um dos símbolos tradicionais da Índiaestá a desaparecer a um ritmo alarmante.Dos 40 mil tigres-de-bengala que viviam nas florestas indianas há um século, restam apenas mil. Na semana passada foi noticiado que a segunda maior reserva natural da Índia, o parque nacional de Panna, não tem nem um dos 24 tigres que abrigava até 2006. Em 2004, desapareceram os últimos felinos da maior das reservas indianas, o parque nacional de Sariska, e segundo relatórios de organizações ambientais, o mesmo está a acontecer no parque de Sanjay. O motivo para o desaparecimento dos animais é um só – a ação implacável2 dos caçadores. Vender um tigre, nem que seja aos pedaços, pode render até 36 mil euros. […] Os parques nacionais indianos foram criados nos anos 70, justamente com o objetivo de evitar a caça indiscriminada. Durante algum tempo, a estratégia resultou. Durante uma década, a população de tigres deu um salto de 1800 espécimes para quatro mil. Porém, o ímpeto dos caçadores aumentou e o comércio de animais cresceu associado

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aos cartéis3 do tráfico de drogas.Desde os tempos ancestrais4 que o

homem teme os animais predadores. Ainda hoje há registos de ataques frequentes a humanos. Na Tanzânia, país onde vive o maior contingente de leões selvagens, mais de 500 pessoas foram devoradas pelos felinos desde o início dos anos noventa. Acredita-se que os ataques ocorram por dois motivos: o avanço das populações sobre o território que pertence aos animais e a redução do número das suas presas naturais, como gazelas e antílopes, em consequência da caça e da devastação da vegetação. Nenhum animal se compara ao ser humano na voracidade em caçar outras espécies, mesmo que elas se encontrem sob risco de desaparecer do Planeta. “As principais causas da extinção de animais estão direta ou indiretamente ligadas ao Homem, como a destruição dos habitats, a introdução de espécies que desequilibram os ecossistemas e a caça”, disse à FOCUS o biólogo equa-toriano Arturo Mora, da International

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Union for Conservation of Nature, sedia-da na Suíça.

Assim como os tigres indianos, outros animais selvagens de grande porte encontram-se ameaçados de extinção pela ação humana. Em 100 anos, a população de orangotangos decresceu em 91 por cento. Os 30 mil espécimes que restam continuam a ser caçados e vendidos como alimento. A situação dos orangotangos tende a piorar – nos últimos vinte anos, 80 por cento do seu habitat foi destruído. Os elefantes africanos não têm melhor sorte. Nos últimos 60 anos, o número de espécimes foi reduzido de cinco milhões para 700 mil. Neste caso, a cobiça dos caçadores recai sobre as presas de marfim. Todos os anos a organização ambiental World Wildlife Fund divulga uma lista com os principais animais ameaçados de extin-ção. Na lista de 2009, entre os mamíferos,

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figuram espécies de elefantes, rinoce-rontes e ursos.

A escalada na eliminação de animais selvagens em África e na Ásia deve-se, em parte, à exploração económica das regiões. A instalação de madeireiras, empresas mineiras e carvoarias nas selvas exige que se rasguem estradas para o escoamento da produção. Essas mesmas estradas servem para que os caçadores penetrem cada vez mais nas selvas em busca das suas presas. No caso dos parques nacionais, o problema é de outra ordem. Eles são feitos para preservar os animais e permitir que se reproduzam, mas os governos não conseguem controlar a ação dos caçadores, que muitas vezes contam com a conivência de guardas corruptos.

Renata Morais / Veja, com reportagem de Carolina Romanini, in FOCUS, 512/2009

(texto com supressões)

1. predadores: animais que atacam outros, destruindo-os. 2. implacável: insensível, a que não se pode escapar.3. cartéis: associações de indivíduos com interesses comuns. 4. ancestrais: antigos.

1. Para cada uma das afirmações que se seguem (1.1. a 1.8.), escreve a letra correspondente a verdadeira (V) ou falsa (F), de acordo com o sentido do texto.

1.1. O tigre-de-bengala é um animal característico da Índia.

1.2. Em cem anos desapareceram das florestas indianas 39 mil tigres-de-bengala.

1.3. Nas duas maiores reservas naturais da Índia já restam muito poucos tigres-de--bengala.

1.4. Os tigres desaparecem porque é compensador para os caçadores vendê-los.

1.5. Há algumas dezenas de anos, foram criados parques nacionais na Índia para acabar com a caça.

1.6. Porém, a criação daqueles parques nunca deu bons resultados.

1.7. Tem-se registado o desaparecimento progressivo de outros animais nos continentes africano e asiático.

1.8. As causas para o desaparecimento dos animais nas florestas e nos parques nacionais são as mesmas.

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2. Seleciona, em cada item (2.1. a 2.5.), a opção que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. Os ataques de leões a humanos, na Tanzânia, são devidos

a. à entrada dos homens no território dos leões.

b. à diminuição do território e do alimento dos leões.

c. à falta de gazelas e antílopes, o principal alimento dos leões.

d. a uma maior proximidade entre os homens e os leões.

2.2. Na expressão “a redução do número das suas presas” (ll. 40-41), o determinante possessivo sublinhado refere-se

a. às populações.

b. aos seres humanos.

c. aos animais.

d. às gazelas e antílopes.

2.3. De acordo com as palavras do biólogo Arturo Mora (ll. 47-53), o desaparecimento de animais

a. é sempre da responsabilidade do Homem.

b. é, em parte, da responsabilidade do Homem.

c. deve-se à ação humana e a fatores naturais.

d. é consequência da caça indiscriminada.

2.4. A frase “Os elefantes africanos não têm melhor sorte.” (ll. 67-68) significa que

a. os elefantes africanos têm menos sorte que os orangotangos.

b. os elefantes africanos estão numa situação idêntica à dos orangotangos.

c. os elefantes africanos não têm tanta sorte como os orangotangos.

d. os elefantes africanos não têm um destino semelhante ao dos orangotangos.

2.5. A palavra “conivência” (l. 95) significa

a. convívio.

b. oposição.

c. confrontação.

d. cumplicidade.

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PARTE B

Lê com atenção o texto seguinte.

Página de um diário19 de fevereiro

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Hoje houve um debate sobre droga lá na escola e fiz uma triste figura. Ainda coro, só de recordar. E tudo por causa da minha fraca sabedoria a História.

O encontro foi na sala polivalente, a minha turma foi uma das selecionadas, veio um psicólogo convidado e outra pessoa que não cheguei a perceber quem era.

Primeiro falaram um bocado, suponho que disseram as coisas do costume, mas eu não ouvi porque não despregava os olhos do relógio. Se o debate animasse, havia ordens para não interromper; caso contrário acabava a sessão e nós ao último tempo tínhamos teste de História. Não me serviu de nada tentar convencer a professora a dispensar-me, porque era um teste de revisão, só sobre a matéria do primeiro período. Ora o pouco que sabia já esqueci. Estava a rezar a todos os santos para a sessão animar. Olhava para o relógio, olhava para os meus colegas a ver se adivinhava qual deles faria perguntas, também olhava para a malta da outra turma a ver quem tinha cara de ir meter o bedelho. Por azar, pareciam todos hipnotizados. Se tivessem selecionado a minha turma do ano passado, nunca mais se calavam. Mesmo que só dissessem baboseiras, haviam de prolongar a sessão para evitar o teste. De facto, as boas turmas têm muitos inconvenientes!

O tempo ia passando, os psicólogos já não sabiam que mais haviam de dizer, só houve duas ou três perguntas bastante chochas. Então resolvi encher-me de coragem e perguntei a primeira coisa que veio à cabeça:

– Quando uma pessoa experimenta droga por brincadeira e afinal gosta, o que deve fazer?

Ainda tremo quando revejo a sala polivalente em peso a olhar para mim. Fiquei roxa até aos cabelos e com a atrapalhação vieram-me as lágrimas aos olhos. A esta hora toda a gente lá na escola deve estar convencida de que experimentei droga por causa do acidente1

ou por outro motivo qualquer. Se a diretora de turma estivesse presente, já sei que tínhamos programa, pois ela ia logo chamar-me para uma conversa em privado e depois era capaz de chamar a minha mãe. Como faltou talvez me safe.

Do teste de História já me safei, pois a minha pergunta funcionou como pedrada no charco e nunca mais se calaram. Ao menos isso!

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Diário de Camila, 4.ª ed., Ed. Caminho, 2003

1. Uma queda que obrigou a uma operação ao joelho.

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Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

3. Tal como o título anuncia, o texto anterior é uma página de um diário.Transcreve do texto palavras ou expressões que comprovam as seguintes características de um diário:

a. Uso de discurso na 1.ª pessoa.

b. Escrita quase simultânea com os acontecimentos narrados (referências temporais específicas).

4. Transcreve do primeiro parágrafo do texto as palavras que provam que a autora da página do diário não se encontra na escola no momento em que narra o episódio.

5. Pensas que o tema da droga deve ser debatido na escola? Expõe a tua opinião no máximo de cinco linhas.

Grupo II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Indica a forma que deves procurar no dicionário se quiseres saber o significado de cada uma das palavras seguintes, conforme o exemplo:

■ predadores ➞ predador

■ espécies ■ estratégia ■ abrigava

■ ambientais ■ acredita-se ■ cartéis

2. Completa as frases seguintes com advérbios ou locuções adverbiais da subclasse indicada entre parênteses.

a. Os alunos estavam (lugar) para participar num debate sobre droga.

b. (tempo), a Camila fez uma pergunta (modo).

3. Indica a classe e a subclasse de cada uma das palavras destacadas nestas frases:

Hoje foi o segundo debate sobre droga. A minha turma foi uma das selecionadas. Houve dois convidados, mas achei a sessão desinteressante.

4. Divide e classifica as orações das seguintes frases complexas:

a. Pedi dispensa do teste, mas a professora não autorizou.

b. Prolonguei o debate, pois não queria o teste de História.

5. Reescreve o texto seguinte, colocando os sinais de pontuação em falta:

No fim do debate o André perguntou à Camila por que razão fizeste aquela pergunta tu andas a experimentar drogas

6. Passa para o discurso indireto:

– Ó Camila, vem aqui para o pé de mim e diz-me o que sabes sobre este assunto – pediu a professora.

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