Tetralogia de Fallot (T4F)

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Dr Ernesto F. Cisneros Cirurgião Cardiovascular

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Dr Ernesto F. CisnerosCirurgião Cardiovascular

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ETIÈNNE FALLOT (1850-1911)

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Cardiopatia complexa que ocorre por um desenvolvimento anormal no coração fetal nas primeiras 8 semanas de gravidez.

Cardiopatia congênita cianogênica mais comum.

T4F: 68% acianóticas – 32% cianóticas

2/10 000 nascidos vivos.

H/M = 1/1

INTRODUCÇÃO:

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4 PATOLOGIAS

DESVIO ANTERO-SUPERIOR

SEPTO INFUNDIBULAR

DESALINHAMENTO

FISIOPATOLOGIA

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1.- COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR

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FISIOPATOLOGIA

CIV

Perimembranosa

Grande

Não restritivo

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2.- ESTENOSE PULMONAR

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FISIOPATOLOGIA

ESTENOSE PULMONAR

Estenose pulmonar valvar (EPV): 59%Estenose pulmonar Infundibular (EPI): 9%EPV + EPI: 32%

Se discreta shunt E-D sem cianoseSe acentuada shunt D-E com cianose progressiva

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3.- CAVALGAMENTO DA AORTA

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FISIOPATOLOGIA

CAVALGAMENTO DA AORTA

Variável de 15-50% SIV

>50% = DVSVD

Alargamento da Ao (sobrecarga de vol.)

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4.- HIPERTROFIA DE VD

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FISIOPATOLOGIA

HIPERTROFIA DE VD

Sobrecarga de volume

Dependente da EP

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T4F com EP:

Infundíbulo hipoplásico. Associado a EVP. Extensão até tronco pulmonar. Ramos pulmonares arteriais normais. Arborização arterial pulmonar normal. T4F de boa anatomia. Bom prognóstico.

T4F com AP:

Grau extremo do Fallot. Associado a hipoplasia de TAP e ramos pulmonares. Dependente de PCA. Presença de colaterais sistêmico-pulmonares. Arborização arterial pulmonar pobre ou subdesenvolvida. Pior prognóstico.

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QUADRO CLÍNICO:

CIANOSE: Ocorre precocemente em RN com grave EI associado a EVP. Mais tardia em pacientes com EI dominante. Normalmente a cianose é constante. Pode se agravar ou ser intermitente entre as crises hipóxicas.

SOPRO: SS moderado, ejetivo no BEE (EP). Desaparece nas crises de hipóxia (grave reação infundibular). Sopro permanente (PCA/Colaterais S-P).

POLICITEMIA: Eritropoiese estimulada pela hipóxia crônica.

BAQUETEAMENTO DIGITAL: A partir do 6o. mês pela hipóxia crônica.

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Situação grave. Choro inexplicado Taquipnéia Piora da cianose Alterações da Consciência Convulsão. Tendência do sopro diminuir. Óbito. Cirurgia paliativa de Urgência.

POSIÇÃO DE CÓCORAS:

Aumenta a Saturação arterial de O2. 3 mecanismos:Diminuição do Retorno venoso sistêmico: atrapa o sangue venoso nos MMII e diminui shunt D-E.Diminuição do fluxo de sangue arterial às pernas, diminuindo o drenagem venoso dos músculos.Aumento da RVS diminuindo o shunt D-E.

CRISE HIPÓXICA:

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ECG

Desvio para a direita

Hipertrofia Ventricular Direita (R dominante em precordiais direitas, T positiva em V1 e V4)

Pode ocorrer sobrecarga de AD

DIAGNÓSTICO

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DIAGNÓSTICO

Área Cardíaca Normal

Elevação do ápex cardíaco hipertrofia VD

Bordo esquerdo côncavo art. pulmonar hipoplásica

Circulação Pulmonar geralmente diminuída, mas pode estar normal ou aumentada

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

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DIAGNÓSTICO

CORAÇÃO EM BOTA OU SAPATO SUECO

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

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ECOCARDIOGRAMA

Tamanho e localização da CIV

Confluência e tamanho das artérias pulmonares

Lateralidade do arco aórtico

Anomalias associadas

Origem e trajeto das artérias coronárias

DIAGNÓSTICO

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DIAGNÓSTICO

TAP

INF

VD

Invasivo

Indicação: ecocardiograma não elucidativo

Confluência dos ramos pulmonares

Colaterais sistemicopulmonares

CATETERISMO

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Arco aórtico à direita 20-25%P.C.A. 15%Colaterais S-P 8%Estenose ramos pulmonares 6-10%Hipoplasia do anel e tronco pulmonar 12%Valva pulmonar ausente 3-5%Anomalia coronariana 4%Defeito do septo A/V 6%CIV múltipla 1,6%VE hipoplásico 0,7 -1%

DEFEITOS ASSOCIADOS

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TRATAMENTO: CIRÚRGICO

CORREÇÃO TOTAL:

Evitar a hipertrofia de VD e fibrose miocárdica. Fechamento CIV.Tto da EP: infundibulectomia , ampliação da VSVD, homoenxerto, comissurotomia valvular pulmonar, Troca VP.Indicação: Assintomáticos entre 3-12 m.

PALIATIVAS:

Aumentar o fluxo sanguíneo pulmonar. Indicações: Fallot extremo ou urgência (crises hipóxicas, anatomia desfavorável.Blalock-Taussig clássico ou modificado.

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COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS

ARRITMIAS CARDIACAS: a mais freqüente.MORTE SÚBITA.DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA: esquerda, direita ou biventricular.ENFERMIDADE VALVAR PULMONAR: estenose ou insuficiência.FENÔMENOS TROMBOEMBÔLICOS.MORTALIDADE CIRÚRGICA: 2-5%.

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EVOLUÇÃO

Não-operados

23% chegam aos 10 anos30% morrem no 1º ano de vidaEmbolia paradoxal, trombose cerebral e pulmonar, endocardite infecciosa

Operados

Bom prognósticoSobrevida em 5 anos: 90%

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