Texto Guia Aula 11
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Dr. MIGUEL RIET CORREA Jr.
SETOR DE EDUCAÇÃO PERMANENTE HU FURG PROF. Dr. EDAIANE BARROS
ENFERMAGEM NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: USO DE MATERIAL ESTÉRIL;
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS – AUTOCLAVES, SELADORA TÉRMICA, LAVADORA
AUTOMÁTICA ULTRASSÔNICA (aula 11)
É o local específico destinado a receber, preparar, esterilizar, guardar e distribuir os materiais para as
unidades consumidoras. É uma unidade de apoio técnico que tem por finalidade o fornecimento de materiais
adequadamente processados, proporcionando assim condições para o atendimento direto a assistência a saúde
dos indivíduos.
Localização: o ideal é que o CME se localize
1. Nas proximidades dos centros fornecedores (almoxarifado e lavanderia) e
2. Permita comunicação e transporte fáceis para os centros consumidores (centro cirúrgico, centro obstétrico,
UTI e pronto socorro)
3. Atendimento a situações de emergência com precisão e eficácia e,
4. Sejam evitadas áreas de muita circulação, diminuindo a contaminação.
5. Localizado distante da circulação do público e ser de uso restrito aos funcionários que ali atuam.
Finalidades do CME:
1. Concentrar os artigos e o instrumental esterilizados ou não, tornando mais fácil seu controle, conservação
e manutenção.
2. Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização, assegurando economia de
pessoal, material e tempo.
3. Distribuir artigos esterilizados para as diversas unidades de atendimento a pacientes.
4. Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior produtividade.
5. Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos artigos e das técnicas de esterilização, aumentando a
segurança do uso.
6. Manter estoque de artigos, a fim de atender prontamente à necessidade de qualquer unidade do hospital.
Forma de apresentação: deve ser retangular ou quadrada para facilitar a supervisão e a visão da unidade como
um todo e permitir o fluxo de trabalho progressivo e unidirecional, desde a área de expurgo até a de
armazenamento e distribuição, no sentido de evitar qualquer eventualidade de contaminação. A dimensão
(tamanho) deve atender a demanda do hospital. A sala de chefia de enfermagem e secretaria devem ser
centralizadas, com divisórias de material transparente, de modo que sejam visualizados todos os setores. O CME
deve conter as seguintes áreas:
1. Recepção e expurgo
2. Preparo de materiais e roupas:
3. Esterilização física:
4. Esterilização química:
5. Armazenagem e distribuição de artigos
Fluxograma:
Além do aspecto dimensional, é de suma importância considerar o fluxo de pessoas e de materiais dentro
do CME. As áreas destinadas a receber os artigos contaminados, ao proceder à sua descontaminação, limpeza e
secagem, devem ser separadas da área limpa, onde os artigos são preparados, acondicionados, esterilizados,
armazenados e distribuídos.
A disposição dos equipamentos, pias e das bancadas de trabalho deve permitir um fluxo prático, contínuo,
racional e sem cruzamento do artigo limpo com o contaminado. Recomenda-se que haja uma barreira física
separando a área contaminada da área limpa.
O fluxo de trabalho deve ser unidirecional, contínuo, de acordo com as atividades ali realizadas, para
evitar o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como também o de pessoal, evitando que o
funcionário escalado para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa.
Os artigos a serem processados no CME vêm das unidades consumidoras (Unidades de Internação,
Pronto Atendimento, Centro Cirúrgico, Centro obstétrico,...) e das unidades fornecedoras (lavanderia e
almoxarifado).
Os artigos encaminhados pelo almoxarifado, quando de uso único, devem ser armazenados em área
própria dentro do CME, onde são controlados e distribuídos. São recebidos na área de preparo e
acondicionamento para preparo e posterior esterilização, armazenamento em área própria e distribuída para as
unidades consumidoras de acordo com as necessidades.
As roupas enviadas pela lavanderia, como compressas, aventais e campos cirúrgicos, são recebidas na
área de preparo e acondicionamento.
Os artigos encaminhados pelas unidades consumidoras são recebidos na área de expurgo e submetidos à
limpeza, secagem, conferidos e separados conforme o tipo (instrumental cirúrgico, artigos em aço inoxidável, de
vidro, artigos específicos como sondas, cânulas, peças de equipamentos, extensões de borracha e de aparelhos
de ventilação mecânica). A seguir são encaminhados a área de preparo e acondicionamento, posteriormente
esterilizados, e finalizando o processo armazenados e distribuídos de acordo com a necessidade de cada área
consumidora.
Algumas unidades consumidoras lavam, secam e acondicionam os artigos, e os pacotes são recebidos
somente para serem esterilizados, posteriormente armazenados e distribuídos para as unidades de origem.
Diferença entre desinfecção e esterilização:
Desinfecção método capaz de eliminar muitos ou todos os microorganismos patogênicos (bactérias,
fungos e vírus), com exceção dos esporos.
Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos,
protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos.
ÁREA SUJA
1. RECEPÇÃO E EXPURGO: destina-se a recepção, descontaminação, lavagem e separação de artigos
utilizados pelas unidades consumidoras. Considerada insalubre, concentra grande parte de artigos sujos, com
sangue, secreções (uretrais, vaginais, salivares,...) e excreções (fezes, urina, suor,...). neste local se desenvolve o
primeiro passo dos procedimentos de desinfecção e esterilização. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavagem
dos instrumentais através da vibração do som adicionado com solução desincrostante, promovendo uma limpeza
mais eficaz e maior segurança para o funcionário.
Centro de Material e
Esterilização
Recepção de artigos
contaminados
Barreira física
(guichê)
Preparo e
acondicionamento
Esterilização
Armazenamento de
artigos processados
Distribuição
Unidades
consumidoras Unidades
fornecedoras
Para facilitar o trabalho desenvolvido nessa área, devem fazer parte: pias com cubas profundas de aço
inoxidável; torneiras de água quente e fria, com bicos adequados para lavagem de artigos tubulares; balcões para
guardar produtos químicos e para dispor os artigos após a limpeza; carrinhos para transportar o material limpo
para o setor de preparo; hampers, recipientes para lixo, pias para lavagem das mãos com dispositivo para sabão
líquido e toalhas descartáveis.
No setor de expurgo, por ser um local onde se manipulam muitos artigos sujos e no qual existe grande
disseminação de microrganismos, é indicado que haja ar condicionado com pressão negativa, de forma a evitar
sua propagação para as áreas e corredores adjacentes.
A área de expurgo requer do funcionário responsabilidade, pois as atividades desenvolvidas nesse local
são o ponto de partida de todo o trabalho realizado no CME.
Objetivo da limpeza:
1. Remoção das sujidades
2. Remoção, redução ou destruição dos microrganismos patogênicos.
3. Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização
É fundamental que os artigos sejam selecionados e desinfetados imediatamente após o seu recebimento,
evitando o seu acúmulo e, consequentemente, que matérias orgânicas fiquem aderidas, tornando difícil a limpeza.
A limpeza é o procedimento de remoção mecânica de sujidades, realizado com água, adicionada ou não
de soluções detergentes, desincrostantes ou produtos enzimáticos, num determinado tempo, de forma manual ou
por ação de equipamentos mecânicos.
A falha na limpeza ocasiona a falta de esterilização porque a matéria orgânica (óleo, gordura, sangue, pus,
e outras secreções) atua como fator de proteção para os microorganismos, impedindo o contato com o agente
esterilizante.
Limpeza manual: é o processo mais usado, no qual os artigos são limpos por peça, sob água corrente fria
ou morna, utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes e com detergentes preferencialmente neutros ou
produtos enzimáticos. O movimento da escovação das partes serrilhadas dos instrumentos deve seguir a linha das
serrilhas.
A utilização de produtos enzimáticos promove rapidamente uma limpeza química em locais de difícil
acesso, como lumens longos e estreitos, como os endoscópios, que requerem escovas próprias, maleáveis e
adaptáveis a diferentes diâmetros.
Para a limpeza de artigos tubulares pode-se utilizar uma pistola de água sob pressão. Trata-se de um
dispositivo específico para limpeza de artigos com lúmen.
O método de limpeza manual deve ser destinado à artigos delicados que não possam ser processados por
métodos mecânicos.
Porque utilizar detergente para lavar os artigos?
A limpeza dos artigos hospitalares somente com água não é eficaz. A água por mais estranho que pareça,
não molha bem as superfícies em que é aplicada. Ela forma gotas esféricas, fenômeno que pode ser observado
quando se coloca água sobre uma superfície de vidro. O aparecimento dessas gotas é devido ao fenômeno
chamado de tensão superficial. Para melhorar a eficiência da água na remoção de sujidades, adicionam-se
substancias que reduzem a tensão superficial, favorecendo o seu espalhamento e promovendo o seu contato mais
íntimo com a superfície do artigo a ser limpo. As substâncias que proporcionam esse tipo de mudança na tensão
superficial da água são denominados tensoativos e estão nas formulações dos detergentes.
Desvantagens da limpeza manual:
1. Riscos ocupacionais
2. Ocorrência de ferimentos
3. Contato constante com a umidade
4. Produtos químicos
5. Aerossóis gerados durante a escovação
Para reduzir esses risco é imprescindível a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs):
Gorro ou touca descartável: devem fornecer proteção aos cabelos
Máscara facial descartável: para reduzir a inalação do vapor dos desinfetantes e esterilizantes
Óculos com protetores laterais: previnem a exposição da conjuntiva ocular a agentes biológicos e
a irritação causada por vapores de substancias químicas.
Avental impermeável de manga longa devem proteger abdômen e os membros inferiores.
Luvas de borracha antiderrapantes, com canos longos o suficiente para proteger os antebraços
dos respingos
Protetor para ruídos, no caso de uso de máquina ultrassônica
Botas de borracha.
Limpeza mecânica: consiste em lavar o artigo por meio de equipamentos que facilitam a limpeza dos
artigos, que operam em diferentes condições de temperatura e tempo. Esse tipo de limpeza diminui sensivelmente
a exposição dos profissionais aos riscos ocupacionais de origem biológica. Para a limpeza mecânica podem ser
utilizados os seguintes equipamentos:
1. Lavadora ultrassônica: utiliza as ondas ultrassônicas da água para promover a limpeza. O processo se
dá pela combinação de energia química (detergentes neutro ou produtos enzimáticos) mais a energia
mecânica (vibração) mais a energia térmica (temperatura entre 50-55ºC). a onda ultrassônica produz
microborbulhamentos na agua que, assim, implodem com a agitação provocada em suas moléculas e
formam minúsculas áreas de vácuo que se dissolvem e dispersam, provocando o deslocamento das
sujidades da superfície dos artigos. As limpadoras ultrassônicas não realizam desinfecção ou
esterilização. O tempo de exposição de cada tipo de artigo varia, uma vez que a borracha se danifica com
mais facilidade.
2. Lavadora termodesinfetadora: a limpeza mecânica automatizada é realizada pela ação da força do
spray e de jatos de água associados à ação de detergentes para remoção da sujidade. Esse processo
envolve as etapas de pré-lavagem com água fria, lavagem propriamente dita com detergente, enxágue e
secagem com ar quente.
3. Lavadora esterilizadora: é um equipamento que promove a limpeza com vigorosos jatos de água e
injeção de ar vaporizado, gerando turbulência. Trata-se de um dos mais eficientes equipamentos de
limpeza, pois além de lavar e esterilizar, preenche o requisito básico e inicial do processamento que é a
descontaminação dos artigos.
4. Lavadora descontaminadora: lava e realiza a descontaminação de artigos e utensílios de qualquer
natureza (comadres, papagaios, vidros de aspiração) por meio de jatos de água associados ao detergente
neutro ou produto enzimático, com ação de braços rotativos e bicos direcionados sob pressão. O
programa “flusher” abrange pré-lavagem com agua fria, descarga dos dejetos, lavagem com água quente
e desinfecção por meio de vapor. A limpeza e a desinfecção são realizadas com água a 85ºC por cinco
minutos. Apresenta por vantagem a não manipulação das secreções biológicas do paciente pela equipe
de enfermagem. Na fase inicial do processo de limpeza e descontaminação, os dejetos são eliminados
dos artigos diretamente no esgoto, impedindo de voltar a circular nas etapas subsequentes.
5. Pasteurizadora/estufa: pasteurização é o processo de inativação das bactérias patogênicas e dos vírus
por meio de calor. A pasteurizadora é um equipamento destinado a limpeza e descontaminação de artigos
em substituição aos produtos químicos. O processo inicia-se com o ciclo de lavagem por 30 minutos,
possibilitando a destruição da maioria dos microrganismos patogênicos. A relação tempo/temperatura
varia de acordo com o tipo de artigo a ser tratado. Após o termino do ciclo de pasteurização, deve-se
cuidar dos artigos com técnica asséptica (uso de máscara, luva e avental estéril). Secá-los com
compressas estéreis ou ar comprimido filtrado ou ainda secadora elétrica. Acondicionar os artigos em
embalagens conforme a rotina da unidade e armazená-los em armários limpos e fechados por um período
de 15 dias.
CONTROLE DO PROCESSO DE LIMPEZA
Após passar por um dos processos de limpeza/lavagem, o artigo deve ser avaliado na intenção de
detectar se o processo de limpeza foi efetivo. Essa avaliação pode ser realizada por meio de controles
microbiológicos, químico e visual. O método de avaliação depende do método utilizado para a lavagem.
1. Controle visual: após o processo de limpeza, os artigos devem ser inspecionados para verificação da
limpeza e de seu funcionamento. Em condições inadequadas, eles se tornam inseguros para o paciente e
para a equipe. O controle pode ser feito a olho nu ou com uso de lupa.
2. Controle Microbiológico: o controle microbiológico das termodesinfecctadoras é feito por meio de
parafuso de aço inoxidável previamente contaminado em meio de cultura de streptococcus faecium seca.
Os parafusos são colocados em pontos estratégicos e expostos ao processo de lavagem e desinfecção
térmica. Após exposição, são retirados, semeados em meios de cultura e incubados a 36º₢ por sete dias.
Espera-se que o resultado não indique crescimento de microrganismos. Esse método de avaliação do
processo de limpeza fornece informações sobre a eficiência da limpeza no equipamento.
3. Controle químico: utiliza-se o soil test, que corresponde a um pó que misturado com água simula o
sangue e é aplicado sobre um instrumental teste. Por meio de resíduos, detectam-se possíveis falhas no
processo de limpeza. Outro teste é o des check, utilizado para a lavadora termodesinfectadora. Quando
ocorre o processo efetivo de termodesinfecção, em temperatura de 93ºC a dez minutos, ocorre uma
mudança na coloração, passando de amarelo para azul.
SECAGEM DOS ARTIGOS
Após a limpeza dos artigos, procede-se a secagem rigorosa devendo esta ser realizada de maneira mais
rápida possível para evitar o crescimento de microrganismos no meio líquido. A secagem pode ser feita da
seguinte maneira:
1. Pano limpo: utilizar panos limpo, sem fiapos, de cor branca, para melhor visualização de possíveis
sujidades nos artigos.
2. Ar comprimido: utilizar em tubos, orifícios, lumens de difícil acesso, para garantir a remoção das
partículas de água, pois elas interferem na qualidade da esterilização.
3. Secadoras: secam rápida e facilmente os artigos como traqueias, cânulas de entubação, etc.
ÁREA LIMPA
Compreende o setor de preparo de materiais para a esterilização e armazenamento. As etapas que se
segue nesta área são:
1. Sempre lavar as mãos antes do preparo do material
2. Inspecionar o artigo quanto a limpeza
3. Selecionar a embalagem de acordo com o processo e o tamanho do artigo
4. Avaliar a necessidade de embalagem dupla
5. Fazer a identificação do tipo de artigo, nome do operador e data
6. Empregar a técnica de empacotamento universal
Seleção da embalagem: ser apropriada e resistente; ser barreira microbiana; permitir a penetração e remoção do
agente esterilizante; já ter impresso na embalagem indicador químico; ser de fácil obtenção no mercado (custo-
benefício); não oferecer dificuldade de abertura permitindo técnica correta. O sistema de embalagem deve ser
compatível com o tipo de esterilização.
Tipos de embalagem: tecido de algodão; papel grau cirúrgico; papel crepado; filme transparente; lâmina de
alumínio; containers; caixa metálica; vidro refratário; Tyvec, tecido não tecido (TNT), etc.
Tecido de algodão: Possuem boa resistência; Facilmente dobráveis e conveniente de serem utilizados;
Podem ser reutilizados.
Papel: são de uso único, não podendo ser reaproveitadas.
Papel crepado: mais resistente e áspero
Tecido não-tecido (TNT): São muito resistentes; facilmente dobráveis; Permitem a retirada do ar e a
penetração do agente esterilizador; Possuem poros muito pequenos, resultando em uma barreira microbiana
eficaz; Não soltam pelos e estão livres de partículas e fibras soltas; Repelem líquidos (hidrofóbicos) e os fluidos
não são absorvidos pelo tecido; devem ser utilizados uma única vez.
Esterilização: processo que visa a destruição completa de todas as formas de vida microbiana viável, incluindo os
esporos. A esterilização pode dos seguintes tipos:
1. Processos físicos: vapor saturado sob pressão (autoclave a vapor); calor seco (estufa); radiação (raios
gama, cobalto 60: alteram a composição molecular das células); Ultra rápida (“flash Esterilization”)
Autoclave: esteriliza pelo vapor saturado sob pressão, destrói todas as formas de microrganismos. É
eficaz pelo alto poder de penetração, levando consigo o calor. Validade: 7 dias
Estufa: esteriliza pelo calor seco.
2. Processos químicos: a esterilização química, conhecida também como esterilização a frio, é realizada
por meio da imersão dos artigos em um germicida químico. Os germicidas são agentes químicos que
inibem ou destroem os microrganismos, podendo ou não destruir esporos. Ex: grupo de aldeídos
(glutaraldeido, formaldeído); acido peracético (atua na parede celular destruindo o microrganismo).
Fatores que influenciam na eficácia do germicida químico:
a. Presença de matéria orgânica sobre o artigo;
b. Lavagem, enxágue e secagem prévia do item;
c. Concentração do germicida químico;
d. Tempo de exposição do material ao germicida químico;
e. Configuração física do artigo (fissuras, dobradiças, lumens)
3. Processos físico-químicos: óxido de etileno (ETO); plasma de peróxido de hidrogênio (H2O2: interage com
as membranas celulares, eliminando-as); paraformaldeído (coloca as pastilhas na estufa, libram gás).
Por que embalar artigos esterilizados?
Ao término de um procedimento correto de esterilização, os produtos no interior da câmara do esterilizador
estarão esterilizados. O ar da sala onde o esterilizador estiver instalado contém partículas de poeira que podem
conter microrganismos. Logo, ao remover a carga do esterilizador, esta será novamente contaminada. Além do
mais, normalmente os artigos esterilizados são armazenados por algum tempo antes de serem utilizados e ainda
por cima são transportados dentro do ambiente hospitalar até o local onde serão utilizados. Fica claro que
qualquer artigo, quando não protegido, será (re) contaminado até o momento de ser usado.
Armazenamento: área de estocagem deve favorecer a localização do item; a temperatura deve ser ambiente;
manusear o mínimo os pacotes; considerar contaminados os pacotes que caírem no chão.
Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco
de recontaminação e que facilite a distribuição.
O prazo de validade da esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições
de armazenamento
Referências
CHEREGATI, AL. Enfermagem em clínica cirúrgica no pré e no pós operatório. São Paulo: Martinari, 2012. MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 9ed. Curitiba: Os autores, 2007.
Bom estudo queridos colegas!!! Prof Edaiane
Acad Enf Cristiane Amarijo, Taís Ebling