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CURSO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL - Texto Guia Aula 5

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Dr. MIGUEL RIET CORREA Jr.

SETOR DE EDUCAÇÃO PERMANENTE HU FURG PROF. Dr. EDAIANE BARROS

PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM: VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS/HGT/PESO,

OXIGENOTERAPIA, AEROSSOLTERAPIA, COLETA DE MATERIAIS PARA EXAME, SUPORTE NA REALIZAÇÃO DE TÉCNICAS ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO (aula 5)

Verificação de Sinais Vitais

Normalmente, a temperatura, pulso e respiração permanecem mais ou menos constantes. São chamados "Sinais Vitais", porque suas variações podem indicar alteração. Devido à importância dos mesmos a Enfermagem deve ser bem exata na sua verificação e anotação. Refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. Os quatro sinais vitais são: pulso, temperatura, respiração, pressão sanguínea.

Existem situações em que é indispensável a verificação dos sinais vitais, como: quando o cliente é admitido em um hospital ou outro serviço de saúde; em um hospital dentro da rotina de atendimento ou de acordo com as prescrições; Durante consulta ambulatorial ou consultório particular; Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico; Antes e depois de qualquer procedimento invasivo de diagnóstico; Antes e depois da administração de medicações que afetam a função cardiovascular, respiratória e de controle de temperatura; Sempre que as condições físicas gerais do cliente pioram repentinamente (com perda de consciência ou aumento da intensidade da dor); Antes de intervenções de enfermagem que possam alterar os sinais vitais (tais como fazer um cliente sair da cama e andar, ou antes de o cliente executar exercícios variados de movimentação); Sempre que o cliente manifestar quaisquer sintomas inespecíficos de desconforto físico (se o cliente estiver sentindo se “diferente, estranho”).

Pulso É o nome que se dá à dilatação pequena e sensível das artérias, produzida pela corrente circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura. Locais onde pode ser verificado = Normalmente faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial. Quando o pulso radial se apresenta muito filiforme, artérias mais calibrosas como a carótida e femoral poderão facilitar o controle. Outras artérias, como a braquial, poplítea e a do dorso do pé (artéria pediosa) podem também ser utilizadas para a verificação.

Frequência Fisiológica: Corresponde de maneira indireta o nº de batimentos cardíacos por minuto e varia de acordo com a idade e o sexo.

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Homem 60 a 80 RN: 120 a 140 Crianças/adolescentes: 80 a 100 Lactentes 100 a 130 Observação: Existem fatores que alteram a frequência normal do pulso, como: Fatores Fisiológicos: Emoções - digestão - banho frio - exercícios físicos (aceleram) Certas drogas como a digitalina (diminuem) Fatores Patológicos: Febre - doenças agudas (aceleram) Choque - colapso (diminuem) Regularidade: Rítmico - bate com regularidade Arrítmico - bate sem regularidade O intervalo de tempo entre os batimentos em condições normais é igual e o ritmo nestas condições é denominado normal ou sinusal. O pulso irregular é chamado arrítmico. Tipos de Pulso: Bradisfigmico – lento Taquisfígmico – acelerado Dicrótico - dá a impressão de dois batimentos Volume: cheio ou filiforme Observação: o volume de cada batimento cardíaco é igual em condições normais. Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado de cheio. Porém se o volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o pulso fino ou filiforme. Tensão ou compressibilidade das artérias: Macio – fraco Duro – forte Terminologia: - Nomocardia: frequência normal - Bradicardia: frequência abaixo do normal - Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico - Taquicardia: frequência acima do normal - Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico Material para verificação do pulso: - Relógio com ponteiro de segundos. Procedimento: - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento ao paciente - Coloca-lo em posição confortável, de preferência deitado ou sentado com o braço apoiado e a palma da mão voltada pra baixo. - Colocar as polpas dos três dedos médios sobre o local escolhido pra a verificação; - Pressionar suavemente até localizar os batimentos;

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- Procurar sentir bem o pulso, pressionar suavemente a artéria e iniciar a contagem dos batimentos; - Contar as pulsações durante um minuto (avaliar frequência, tensão, volume e ritmo); - Lavar as mãos; - Registrar, anotar as anormalidades e assinar. Pulso apical (Apex ou ictus cordis): Verifica-se o pulso apical no ápice do coração à altura do quinto espaço intercostal. Observações importantes: - Evitar verificar o pulso em membros afetados de paciente com lesões neurológicas ou vasculares; - Não verificar o pulso em membro com fístula arteriovenosa; - Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente; - Nunca verificar o pulso com as mãos frias; - Em caso de dúvida, repetir a contagem; - Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir o batimento do pulso. Respiração

Processo complexo que envolve o aparelho cardiorrespiratório, consiste nas trocas gasosas e o meio ambiente com captação de oxigênio e eliminação de gás carbônico. O termo „respiração‟ refere-se mais ao processo celular. Seria mais adequado o termo „ventilação‟ para o processo de entrada e saída de ar nos pulmões.

A respiração constitui uma das funções vitais do organismo. Por meio da respiração é que se efetua a troca de gases dos alvéolos, transformando o sangue venoso rico em dióxido de carbono e o sangue arterial rico em oxigênio. O tronco cerebral é a sede do controle da respiração automática, porém recebe influências do córtex cerebral, possibilitando também, em parte, um controle voluntário. Certos fatores, como exercícios físicos, emoções, choro, variações climáticas, drogas podem provocar alterações respiratórias. O controle da respiração compreende a verificação da frequência e outras características, como ritmo e profundidade.

VALORES NORMAIS •Recém-nascido: 30 a 40 por minuto •Adulto: 16 a 20 por minuto

TERMINOLOGIA •Eupnéia: respiração normal •Bradpnéia: freqüência respiratória abaixo da normal; •Taquipnéia: freqüência respiratória acima do normal; •Dispnéia: dificuldade respiratória; •Ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical; •Apnéia: parada respiratória; •Respiração de Cheyne Stokes: caracteriza-se por aumento gradual na profundidade, seguido por decréscimo gradual na profundidade das respirações e, após, segue-se um período de apnéia; •Respiração estertorosa: respiração ruidosa. Temperatura

É o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, ocorridas por meio dos pulmões, pele e excreções corporais. Pode ser verificada na região axilar, inguinal, bucal ou retal. A axilar é a mais comumente verificada e o seu valor normal varia no adulto entre 35,8° e 37º C.

A temperatura corporal é proveniente do calor produzido pela atividade metabólica. Vários processos físicos e químicos promovem a produção ou perda de calor, mantendo o nosso organismo com temperatura mais ou menos constante, independente das variações do meio externo. A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo, de suas atividades físicas recentes, do consumo de alimentos, do horário e do dia, nas mulheres, do estágio do ciclo menstrual, Sono e repouso; Idade; Emoções. Desnutrição: indivíduos desnutridos geralmente apresentam temperatura mais baixa, devido a falta de nutrientes para o metabolismo celular.

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O equilíbrio entre a produção e a perda de calor deve-se basicamente ao seguinte mecanismo, controlado pelo HIPOTÁLAMO: quando há necessidade de perda de calor, impulsos nervosos provocam vasodilatação periférica com aumento do fluxo sanguíneo na superfície corporal e estimulação das glândulas sudoríparas, promovendo a saída de calor.

Quando há necessidade de retenção de calor, estímulos nervosos provocam vasoconstrição periférica com diminuição do sangue circulante local e, portanto, menor quantidade de calor é transportado e perdida na superfície corpórea.

São variações normais de temperatura (Atkinson): Temperatura axilar: 35,8°C - 37,°C; Temperatura oral: 36,3°C - 37,4°C; Temperatura retal: 37°C - 38°C. TERMINOLOGIA •Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal. Caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose e tremores; •Hipertermia: aumento da temperatura corporal. É uma condição em que se verifica: pele quente e seca, sede, secura na boca, calafrios, dores musculares generalizadas, sensação de fraqueza, taquicardia, taquipnéia, cefaléia, delírios e até convulsões. . Febre: elevação da temperatura do corpo. •Afebril: sem febre. •Pirogênio: substância que produz febre. •Antipirético: medicamento que reduz a febre. TIPOS DE HIPERTERMIA: •CONTÍNUA: mantém-se elevada com poucas oscilações. •INTERMITENTE: quando ocorre regularmente alternância entre um período de hipertermia e um período de temperatura normal ou subnormal. •REMITENTE: é a hipertermia que oscila em vários graus, porém, sem nunca chegar ao patamar normal. RECRUDENTE OU RECORRENTE: após um período normal de temperatura, há nova manifestação de hipertermia. •FEBRÍCULA OU ESTADO SUBFEBRIL: variações de temperatura entre 37°C a 37,5° C. •F.O.I.: febre de origem indeterminada VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: É realizada utilizando-se um instrumento denominado termômetro, constituído de bulbo e pedúnculo. No bulbo existe uma substância química termossensível denominada mercúrio, que se dilata sob ação do calor. Conforme a temperatura aumenta, o mercúrio sofre maior ou menor dilatação e sobe pelo interior do pedúnculo que possui uma graduação em valores Centígrados(C) ou Fahrenheit(F). O mercúrio é tóxico quando absorvido pelo organismo, motivo pelo qual, em certas situações, é restrito seu uso por via oral. Atualmente existem termômetros digitais, descartáveis e eletrônicos. CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL

ORAL: o bulbo do termômetro deve estar posicionado sob a língua e seguro com os lábios fechados. A verificação da temperatura oral é contra indicada em crianças, idosos, doentes graves, inconscientes, com distúrbios mentais, portadores de lesões orofaríngeas, temporariamente após o ato de fumar e após a ingestão de alimentos a temperaturas extremas. O termômetro de uso oral possui bulbo alongado e achatado. Seu uso é individual;

RETAL: O termômetro possui bulbo arredondado e proeminente. A verificação de temperatura retal

é contra-indicada em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo e em processos inflamatórios locais. O termômetro deve ser lubrificado e colocado na paciente em decúbito lateral, e inserido cerca de 2 cm em indivíduo adulto. É de uso individual e após o uso deve ser lavado com água e sabão. A temperatura retaI é considerada a mais fidedigna;

AXILAR: é de verificação mais frequente no nosso meio, porém oferece menor precisão que a

tomada por via oral e retal.

PROCEDIMENTO

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•Lavar as mãos; •Providenciar o material necessário: bandeja, termômetro, bolas de algodão (seco e com álcool 70 %), bloco de papel e lápis ou caneta; •Explicar o procedimento ao paciente; •Observar se a coluna de mercúrio está igual ou inferior a 35°C; fazer manobras para abaixar até este nível se for necessário; •Solicitar ao paciente para secar a axila; •Colocar o bulbo do termômetro na axila do paciente e posicionar ao braço sobre o peito, com a mão direcionada para o ombro oposto; . Manter o termômetro de 05 à 10 minutos; •Retirar, segurando-o pelo oposto ao bulbo e proceder à leitura; •Lavar o termômetro com água e sabão e secá-Io, ou limpar com algodão embebido com álcool, da extremidade para o bulbo; •Baixar a coluna de mercúrio e guardar o termômetro em local apropriado; •Registrar o valor da temperatura conforme a rotina da Unidade (evolução de enfermagem, gráfico, tabela). TEMPO DE PERMANÊNCIA DO TERMÔMETRO NO PACIENTE (Atkinson) : •ORAL: 3 minutos •AXILAR: 05 à 10 minutos •RETAL: 3 minutos Cuidados Integrais de Enfermagem:

HIPERTERMIA: aumentar a ingesta líquida, usar roupas leves, providenciar banho morno, ambiente arejado, aplicação de compressas frias; aplicação de água e álcool e repouso. Recomenda-se alternar a aplicação de compressas com massagens, para estimular a circulação de sangue através da pele, proporcionando maior perda de calor pela superfície corpórea. Durante o período de calafrios, o paciente deve ser coberto e devidamente protegido de corrente de ar.

HIPOTERMIA: aquecer o paciente com agasalhos e cobertores, manter o ambiente aquecido, repouso e ingestão de alimentos quentes;

•EM AMBOS OS CASOS: - controlar a temperatura com maior frequência até a sua estabilização. - anotar e comunicar ao enfermeiro e/ou ao médico. - medicar conforme a prescrição médica. Pressão arterial A pressão arterial reflete a tensão que o sangue exerce nas paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e a pressão mínima ou diastólica. A pressão sistólica é a maior força exercida pelo batimento cardíaco; e a diastólica, a menor. A pressão sistólica representa a intensidade da contração ventricular, e a diastólica, o grau de resistência periférica. A pressão arterial depende de: •débito cardíaco: representa a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para o leito vascular em um minuto. Decorre do bom funcionamento da bomba cardíaca; •resistência, vascular periférica: determinada pelo lúmen (calibre), pela elasticidade dos vasos e pela viscosidade sanguínea. Traduz uma força que se opõe ao fluxo sanguíneo; •viscosidade do sangue: decorre das proteínas e elementos figurados do sangue.

A pressão sanguínea varia ao longo do ciclo vital, assim como ocorre com a respiração, temperatura e pulso. A pressão sanguínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao acordar, podendo ter um ligeiro aumento no final da tarde. Via de regra, um indivíduo deitado apresenta pressão mais baixa do que quando está em pé ou sentado. A ingestão de alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse, aumentam a pressão arterial.

VALORES NOMAIS Em indivíduo adulto, são considerados normais os seguintes parâmetros: •pressão sistólica: de 90 a 140 mmHg; •pressão diastólica: de 60 a 90 mmHg.

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TERMINOLOGIA •hipertensão arterial: significa pressão arterial elevada; •hipotensão arterial: pressão arterial abaixo do normal.

LOCAIS PARA VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO •nos membros superiores, através da artéria braquial; •nos membros inferiores, através da artéria poplítea.

PROCEDIMENTO •lavar as mãos; •providenciar o material necessário: esfignomanômetro, estetoscópio, algodão com álcool, papel e caneta; •limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio;

PROCEDIMENTO DE MEDIDA DE PRESSÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 1. Explicar o procedimento ao paciente, orientar que não fale e deixar que descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco. 2. Certifica-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas. 3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. 4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido. 5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente. 7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 8. Inflar rapidamente, de 10em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. 9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), anotar valores da sistólica/ diastólica/ zero. 10. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 11. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.

REALIZAÇÃO DE HGT O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento. Descrição da Técnica:

• Lavar as mãos. • Reunir o material. • Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito. • Colocar a fita teste no aparelho próprio para aferição de glicemia capilar. • Calçar as luvas de procedimento. • Abrir o invólucro da lanceta ou da agulha. • Escolher um dos quirodáctilos que esteja com uma boa perfusão periférica. • Segurar o quirodáctilo com a mão não dominante, fazendo uma leve pressão para “acúmulo sanguíneo”

no local.

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• Fazer a antissepsia com o algodão embebida no álcool a 70%. • Com a mão dominante, dar uma picada superficial com a lanceta ou agulha 13 x 4,5 na ponta do

quirodáctilo do cliente. • Ao sair sangue do quirodáctilo, colocar uma gota do mesmo na fita teste. • No local perfurado pressionar com o algodão seco. • Aguardar a leitura realizada pelo aparelho. • Recolher o material. • Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las. • Lavas as mãos. • Comunicar o resultado ao enfermeiro da unidade ou ao médico se necessário (hipoglicêmia ou

hiperglicemia). • Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

VERIFICAÇÃO DE PESO

Tem como objetivo fornecer subsídios para as dosagens de medicamentos e anestésicos, detectar as variações patológicas. # Avaliar o estado nutricional, ganhos e perdas, retenção de líquidos e adequar a hidratação e dieta para o paciente. Descrição dos Passos

• Realizar a higienização das mãos . • Explicar o procedimento ao paciente. • Verificar as condições da balança, destravar (balança mecânica), tarar a balança, ligar (balança

eletrônica). • Forrar a base da balança com papel toalha. • Solicitar ao paciente que retire calçados e roupas pesadas, auxiliando-o a subir na balança. • Ler o valor obtido no painel digital (balança eletrônica), ajustar massores e verificar o peso (balança

mecânica) • Auxiliar o paciente a descer. • Remover o papel toalha da balança. • Realizar a higienização das mãos. • Checar e anotar o procedimento realizado registrando o valor obtido.

Verificar o peso preferencialmente pela manhã com o paciente em jejum; Verificar o peso em pacientes que permanecem em jejum há mais de 03 dias, em suporte nutricional

enteral ou parenteral, em pré-operatório e com patologias degenerativas.

OXIGENOTERAPIA

É uma terapia com a administração de oxigênio com pressão superior a do ambiente para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. Sinais de hipóxia: respiratórios - respiração acelerada, forçada, coloração azulada progressiva da face; cardíacos - batimento acelerado ou muito lento, pressão baixa; neurológicos - inquietação, confusão, cansaço, convulsão e coma; outros – palidez.

Medidas para manter permeáveis as vias áreas Avaliar o posicionamento do paciente e sus consciência; Orienta-lo sobre o mecanismo de tosse e sua importância; Orienta-lo sobre a importância da aspiração (técnica de retirada de substâncias das vias áreas, usando

instrumental estéril), se necessário; Alívio da dor ou do desconforto ao respirar (uso de analgésico, ...); Orienta-lo na realização de respiração profunda; Orienta-lo quanto à importância da realização de pequenas refeições; Utilização de roupas de cama leves; Realização de exercícios passivos e ativos.

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Cuidados de enfermagem com o O2 e com sua Administração Coloque aviso de "Não Fumar" no quarto do paciente, Coloque umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado com intuito de umidificar o

oxigênio e evitar o ressecamento das membranas da mucosa do trato respiratório, Verifique com freqüência a cânula, umidificador, máscara e cateter expostos à umidade e os

dispositivos apropriados, Avalie o funcionamento do aparelho observando sempre o volume de água do umidificador e os litros

por minuto, Avalie com freqüência as condições do paciente e seus sinais vitais, presença de hipóxia, anotar e dar

assistência adequada, Manter vias aéreas desobstruídas. Manter os cilindros na vertical, longe de aparelhos elétricos e do

calor Não administra-lo sem o redutor de pressão (válvulas) e o fluxômetro (regula o controle de O2 em litros

por minuto); Observar se a máscara ou catéter estão bem adaptados e em bom funcionamento; Dar apoio psicológico ao paciente; mostrando-lhe a importância do tratamento e seus benefícios Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade; Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e pedir para

não fumar; Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão; Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter) e a higienização com SF 0.9%; Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor;

Métodos de Administração de Oxigênio:

Existem vários dispositivos para a administração de O2, sendo que cada um deles deve ser escolhido de acordo com a necessidade de umidificação, tolerância do cliente, gravidade da hipoxemia e quantidade do fluxo de O2 a ser ofertado. a) Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. Material Utilizado: Luvas de procedimento; Fluxômetro de O2; Fonte de O2; Umidificador; Frasco de Água Destilada; Borracha de extensão; Cânula de O2; Gazes

Técnica: Lavar as mãos; Organizar o material; Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado e sua finalidade; Instalar o fluxômetro na fonte de O2; Preencher o umidificador com água destilada até a marca correta; Conectar o umidificador ao fluxômetro; Testar fluxômetro (borbulhas na água do umidificador); Conectar a borracha de extensão ao umidificador; Calçar as luvas; Posicionar o paciente em semifowler, se possível; Realizar a higienização das narinas deste paciente com gaze umedecida em SF 0.9% e colocar a

cânula nasal; Regular o volume de O2 de acordo com a prescrição médica; Deixar a unidade em ordem, retirar as luvas de procedimento, lavar as mãos e realizar as anotações de

enfermagem

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b) Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças. Geralmente nº 6, 8, 10, de acordo com a idade do paciente e o fluxo de O2 adequado. Material Utilizado: Luvas de procedimento; Fluxômetro de O2; Fonte de O2; Umidificador; Frasco de Água Destilada; Borracha de extensão; Cateter de O2; Gazes

Técnica:

Lavar as mãos; Organizar o material; Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado e sua finalidade; Instalar o fluxômetro na fonte de O2; Preencher o umidificador com água destilada até a marca correta; Conectar o umidificador ao fluxômetro; Testar fluxômetro (borbulhas na água do umidificador); Conectar a borracha de extensão ao umidificador; Calçar as luvas; Posicionar o paciente em semifowler, se possível; Realizar a higienização das narinas deste paciente com gaze umedecida em SF 0.9%; Medir o tamanho do cateter a ser inserido, ou seja, do lóbulo da orelha à extremidade nasal do

paciente; Passar o cateter nasal em uma das narinas com auxílio de uma gaze; Observar as reações do paciente; Regular o volume de O2 de acordo com a prescrição médica; Deixar a unidade em ordem, retirar as luvas de procedimento, lavar as mãos e realizar as anotações de

enfermagem.

c) Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. Trocar a água destilada estéril a cada 6 hs e todo o circuito a cada 48 hs ou QN. Material utilizado: Fluxômetro; Nebulizador; Máscara de nebulizador simples ou de Venturi; Extensão (traquéia); Água destilada esterilizada.

Técnica: Lavar as mãos; Organizar o material; Explicar o procedimento ao cliente; Instalar o fluxômetro na fonte de O2; Encher o copo de nebulizador com água destilada até a marca correta; Conectar o copo do nebulizador no fluxômetro; Testar fluxômetro (borbulhas na água do umidificador); Conectar a extensão ao copo do nebulizador e à máscara (simples ou Venturi); Instalar a máscara no rosto do cliente, fazendo os ajustes necessários; Regular o fluxo de O2 conforme prescrição médica; Manter a unidade em ordem, lavar as mãos e realizar as anotações de enfermagem

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d) Máscara de Aerosol (nebulização/inalação) – Troca do micronebulizador: a cada 24 hs. Fluxo de 6 a 8 L/min.Tem o objetivo de fluidificar as secreções aderidas na parede brônquica ou para dilatar os brônquios. Cuidado de Enfermagem: Após a nebulização, estimular o paciente a tossir, respirar profundamente e, se, possível, orienta-lo a inclinar o tronco para a frente, auxiliando a drenagem de secreções broncopulmonares e, auscultar os pulmões para verificar a eficácia da inalação. Material utilizado: Fluxômetro; Rede de oxigênio ou ar comprimido; Micronebulizador estéril; Máscara; Extensão; SF 0.9% ou água destilada; Medicamento conforme prescrição médica.

Técnica: Lavar as mãos; Organizar o material; Explicar o procedimento ao paciente; Instalar o fluxômetro na fonte de O2; Encher o copo do micronebulizador com AD estéril ou SF 0.9%; Acrescentar a medicação prescrita; Conectar o copo do micronebulizador à borracha de extensão; Conectar a borracha de extensão ao fluxômetro; Conectar o micronebulizador à máscara; Testar fluxômetro (borbulhas na água do umidificador); Regular o fluxômetro em L/min conforme prescrição médica; Ajustar a máscara entre o nariz e a boca; Orientar o paciente que respire com os lábios entreabertos; Manter a nebulização até o término da solução e fechar o fluxômetro no término; Recolher o material Manter a unidade em ordem, lavar as mãos e realizar as anotações de enfermagem.

Observações: Droga não volátil é inalada pelo trato respiratório; Fluxo de O2 ou ar comprimido passa através da solução e capta pequenas partículas que vão formar

um pulverizado; Deve ser aspirado profundamente para chegar no trato respiratório inferior com eficácia; Avaliar o tipo de droga a ser administrada, freqüência e quantidade, anotar condição do paciente; Duração: de 15 a 20 min, até que a medicação seja inalada

Efeitos Tóxicos e Colaterais na Administração de O2

Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o estímulo respiratório - apnéia;

Resseca a mucosa do sistema respiratório; Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações pulmonares

(atelectasias, hemorragia e outros) e favorecendo a hipercapnia (aumento da concentração de gás carbônico);

Altas concentrações de O2 (acima de 100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina, determinando a fibroplasia retrolenticular.

Aerosolterapia Conceito: É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias aéreas superiores. É o procedimento realizado conforme prescrição médica para favorecer o processo de fluidificação de secreções respiratórias do cliente e/ou aumentar a oferta de O2, através de um método não invasivo.

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Finalidade: - Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos; - Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas; - Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas; - Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos; - Administração de corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa; - Administração dos agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão. Indicações: - Obstrução inflamatória aguda subglótica ou laríngea; - Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas; - Sinusites, bronquites, asma brônquica, pneumonias, edema agudo de pulmão e outros; - Pós-operatório. Cuidados na terapêutica de nebulização: - Preparar o material necessário de forma asséptica; - Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador); - Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto. - Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi - fowler (maior expansão diafragmática); - Orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela boca; - Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; - Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos; - Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização, SOS; - Providenciar a limpeza e desinfecção dos materiais usados (aparelho); - Usar solução nebulizadora ou umidificadora estéril. Umidificação ou Vaporização: Conceito: É um processo terapêutico que distribui água na forma molecular de vapor, associado ou não a medicamentos nas vias aéreas para alivio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos. Indicações: Quando a patologia tratada ou condições do paciente requerem maior umidade e/ou aquecimento do ar inspirado como traqueostomias, respiração bucal em pacientes comatosos ou debilitados, desidratação, pacientes com secreção brônquica espessa, em pós-cirurgias torácicas ou cirurgias onde tenham sido administrados gases secos. A névoa de vapor é normalmente criada por misturas de ar e oxigênio que são quebradas em pequenas bolhas e captam moléculas de água, formando vapor d'água. O aquecimento da água aumenta o vapor produzido; Neste último caso o vapor é produzido sem resfriamento, impedindo maior irritação da mucosa traqueobrônquica. Certos umidificadores já incorporam um aquecedor de imersão no sistema de umidificação (ex. umidificador em cascata) Cuidados de Enfermagem: 1- Evitar dirigir o jato de vapor diretamente para o rosto do paciente; 2- Evitar correntes de ar (portas, janelas e outros); 3- Dar assistência direta ao paciente durante o procedimento. 4- Durante a vaporização (15') orientar o paciente para manter os olhos fechados; 5- Caso a temperatura esteja elevada, não aplicar a vaporização; 6- Colocar uma tenda no leito (criança) deixando a abertura para a penetração do vapor; 7- Manter o vaporizador a uma distância de 50 cm do leito; 8- Evitar queimaduras pelo vapor e a água quente; 9- Evitar resfriamento súbito, retirando a tenda aos poucos; 10- Trocar a roupa do paciente e da cama (SOS);

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11- Oferecer líquidos para o paciente; 12- Registrar o procedimento, anotando as reações se houver.

Coleta de sangue para exames O sangue é a porção líquida do meio interno que circula rapidamente dentro de um sistema fechado de vasos denominado sistema circulatório. É constituído por um fluido no qual existem células em suspensão, moléculas e íons dissolvidos em água. Composição: O sangue é constituído de duas frações combinadas, na proporção de 55% de plasma e 45% de células. Plasma: contém 91,5% de água que serve de solvente das substâncias orgânicas e minerais e ainda de veículo para as células, moléculas e íons. Porção celular: glóbulos vermelhos (hemácias, hemátias, ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos), plaquetas ou trombócitos. Formação do sangue: o plasma é formado a partir da ingestão de água, alimentos e da difusão e trocas líquidas entre os vários componentes do organismo. As substancias orgânicas resultam da digestão dos alimentos. A parte celular tem origem múltipla. As hemácias, plaquetas e leucócitos granulócitos são originários da medula óssea, enquanto que os linfócitos e monócitos têm origem no sistema retículo-endotelial (linfonodo e baço), que atuam também como órgãos hemocateréticos. Funções: o sangue é um meio de transporte que realiza as trocas de substâncias entre os diversos sistemas do organismo. Suas principais funções são: respiração, nutrição, excreção, correlação humoral, regulação do balanço hídrico, regulação do equilíbrio iônico e ácido-básico, regulação térmica, imunidade, regulação da pressão sanguínea, hemostasia. O sangue é amostra de exames rotineiros Sangue venoso É conseguido pela punção venosa que fornece quantidade apreciável de sangue usado nos exames hematológicos e bioquímicos. Locais de punção: fossa cúbita (dobra do cotovelo), dorso da mão, jugular externa, dorso do pé. Material utilizado na coleta do sangue venoso: - Seringas descartáveis de 5, 10 ou 20 ml; - Agulhas descartáveis: 25x7 ou 25x8(calibre usual); - Tubos de plástico cônicos graduados - Frascos de penicilina; - Solução anti-séptica (álcool a 70%); - Garrote; - Anticoagulantes (heparina, citrato de sódio...) - Algodão, esparadrapo ou curativos especiais. Procedimento: Preparar a seringa e a agulha, garrotear 5 cm acima do local de coleta, pedir ao paciente para fechar a mão. Escolher a veia mais proeminente apalpando-a (mediana, basílica, cefálica). Fazer a assepsia, esperar secar, fixar a veia (distendendo a pele do paciente). Introduzir a agulha de uma só vez atingindo o interior da veia. Pedir a paciente para abrir a mão e colher o volume desejado. Soltar o garrote e só depois retirar a agulha. Faça compressão com o algodão. Distribuir o sangue nos frascos adequados. Desprezar o material adequadamente. Sangue arterial: Indicação absoluta: quando se trata de gasometria arterial.

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Eventualidades: recém-nascidos, pressão muito baixa, choque. Locais de punção: artéria radial, artéria femoral, artéria braquial. Procedimento: Fazer a assepsia. Preparar o material. Para a punção arterial não se deve garrotear. Na gasometria oi sangue não pode ser retirado da seringa. Observação: ao término da punção arterial o local deve ser fortemente comprimido durante, no mínimo, 10 minutos para evitar os hematomas graves. Sangue capilar: é conseguido pela punção do calcanhar, nas crianças e do lóbulo da orelha na polpa digital, no adulto. Não fornece um volume muito grande de sangue. Indicações: demonstração de técnicas para tipagem sanguínea, exame do pezinho, exame de glicemia. Locais de punção: face palmar dos dedos (4º dedo) da mão, margem livre do lóbulo da orelha, calcanhar. Procedimento: aquecer o local se estiver frio, fazer assepsia. Perfurar com uma agulha os locais indicados. Deve-se desprezar a primeira gota. Ao término da coleta, limpar o local e colocar o curativo. Complicações decorrentes das punções - Hematomas: pode ocorrer se o profissional tirar a agulha antes do garrote, transfixar a veia ou, em punção arterial, não for comprimido adequadamente o local; - Alergia: ao álcool iodado (deve-se perguntar antes); - Contaminações: devido à assepsia mal feita ou ao uso de material não-descartável (estéril) contaminado. Coleta de materiais para exame - Escarro: indicada para auxiliar no diagnóstico da tuberculose e da pneumonia, entre outras doenças pulmonares. Material:

• Luva de procedimento. • Frasco estéril fornecido pelo laboratório. • Etiqueta de identificação

Descrição da Técnica:

• Lavar as mãos. • Separar o material. • Orientar o cliente em relação à coleta se o mesmo tiver condições. • Antes de colher, escovar os dentes e enxaguar a boca com bastante água, para reduzir a contaminação

com a flora bucal. Não usar pasta de dentes e nem enxágues com flúor (tipo listerine). • O escarro deve ser colhido em frasco estéril, fornecido pelo Laboratório. • Abrir o frasco, tirando a tampa e colocando-a virada para cima. • Tossir profundamente e coletar o escarro diretamente dentro do frasco. Não tocar no frasco ou na

tampa por dentro. Procurar não contaminar o lado de fora do recipiente com escarro. • Caso necessário, realizar uma nebulização ou vaporização com água (ou permanecer no box com

chuveiro quente ligado por 5 minutos) e proceder a tapotagem. • Tampar bem o frasco, imediatamente após a coleta. • Identificar o frasco com os dados do cliente, data e hora da coleta. • Encaminhar o material coletado o mais rapidamente possível ao Laboratório. • Lavar as mãos. • Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Atentar no aspecto da amostra, pois pode não ser escarro e sim saliva e caso seja necessário você pode guardar a mostra por até 24 horas na geladeira, mas sempre é bom consultar as normas e rotinas do laboratório da Instituição. Hemocultura é um exame que pesquisa bactérias no sangue através do uso meios de cultura específicos. A cultura do sangue é um dos exames bacteriológicos mais importantes, porque o achado de microorganismos é

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geralmente bastante significativo. Sabe-se que a partir do sangue as bactérias podem atingir qualquer sítio do organismo, produzindo o que se chama de focos infecciosos, podendo agravar o quadro clínico e até mesmo levar a óbito. As bactérias responsáveis pela infecção podem ser identificadas pela realização da hemocultura e são úteis no diagnóstico etiológico e na escolha da terapia. Coleta de EQU: A urina é um material de coleta simples, não invasiva e indolor, e seu exame fornece importantes informações tanto do sistema urinário como do metabolismo e de outras partes do corpo. Para o exame ser fidedigno, é necessário anotar certos aspectos da coleta, hora, duração, dieta e medicamento ingerido e métodos da coleta. Coleta de DCE – urina de 24h: O volume de urina é normalmente determinado como parte do exame do clearence de creatinina ou qualquer exame que meça a quantidade de uma substância eliminada em um dia (por exemplo, aldosterona, sódio, potássio, nitrogênio urêico). O volume de urina também é determinado em clientes com poliúria, como no caso de diabetes insípido.

Referências

BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Guanabara Koogan, 12ª ed. Rio de Janeiro, 2011. MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 9ed. Curitiba: Os autores, 2007.

PIANUCCI, A. Saber cuidar: procedimentos básicos de Enfermagem. 6 ed. São Paulo: Editora SENAC SP, 2005. (Apontamentos Saúde)

http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Artigos/Oxigenoterapia.htm. Capturado dia 17/03/13 às 11:36 hs.

Bom estudo queridos colegas!!! Prof Edaiane