Textos Formação Crise Ecológica, Capitalismo, Altermundialismo Um Ponto de Vista Ecossocialista

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    http://www.boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=16787-684 

    Título: Margem Esquerda n.14

    Autor(a): Vários autoresPáginas: 160Ano de u!li"a#$o: %010&': 16*+*,6+4Pre#o: - %+/00&ndique ara um amigoom tetos de Mi"2ael 35/ Mi7e 8a9is/ Perr Anderson e 'la9o ;imero 14 da -e9ista Margem Esquerda. ? n>mero "onta ainda "om 8ossi@&merialismo/ e"ologia e "rise estruturalB/ alCm de teto "lássi"o de -osa 3uem!urgoso!re a -e9olu#$o -ussa e 2omenagens a 8aniel ensaid e Dio9anni Arrig2i/

    imortantes intele"tuais ale"idos re"entemente. onira aresenta#$o e sumário a!aio.

    Aresenta#$o

    A "rise e"olFgi"a maniesta uma "ontradi#$o undamental do "aitalismo: entre osistema roduti9o e as "ondi#Ges de rodu#$o. 8esde os rimFrdios da a"umula#$o

     rimiti9a do "aital/ a "onquista de mais e mais lu"ro se dá "om a destrui#$o detra!al2adores e da natureHa. ontraditoriamente/ o "aitalismo destrFi sua !ase/minando a rFria "aa"idade de rerodu#$o. A sorte das "lasses tra!al2adoras e a domeio am!iente est$o diretamente 9in"uladas. A "omreens$o "ríti"a do 9ín"ulo entreluta de "lasses e e"ologia se torna tema indisensá9el ao ensamento marista.

    ?rganiHado or arla Ierreira e Mat2ias 3u"e/ o dossi@ deste 9olume re>ne tetosdedi"ados ao meio am!iente/ onde/ segundo 3u"e/ a "rise "limáti"a C aenas a onta doi"e!erg da ati9a#$o dos limites do "aital/ quando o imerialismo se torna maisagressi9o e e"2a o "ír"ulo 9i"ioso que "olo"a em eque o uturo da 2umanidadeB. ?sso"iFlogos norte,ameri"anos Jo2n ellam Ioster e rett lar7 dis"orrem so!re as"ontri!ui#Ges de Mar e MCsHáros K "ríti"a da "is$o no meta!olismo e"olFgi"o e noso"iometa!olismo ro9o"ada elo un"ionamento do "aital. ? teto do geFgraoarlos Lalter Porto,Don#al9es "riti"a o aetite do "aital/ que/ or meio de atentesindustriais e !ioirataria/ ri9atiHa o "on2e"imento indígena. Mi"2ael 35 relete

    so!re a insustenta!ilidade do modo de rodu#$o e "onsumo dos aíses "aitalistasa9an#ados. 'egundo Mat2ias 3u"e/ o teto de 35 ressalta que a "onsigna mudar o

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    tam!Cm a Dildo Mar#al rand$o/ Oo5ard inn/ Diorgio aratta e tantos outros queemen2aram seus dias em aHer deste um mundo mais usto e igualitário.

    &9ana Jin7ings e Jo$o Aleandre Pes"2ans7i

    'umário

    Aresenta#$o

    ET-EV&'TAJean 3o7ineOE-&ZUE AM?-&M

    8?''&[: &MPE-&A3&'M?/ E?3?D&A E -&'E E'T-UTU-A3A dialCti"a do meta!olismo so"ioe"olFgi"o: Mar/ MCsHáros e os limites a!solutos do"aital

    -ETT 3A-\ e J?O E33AM] I?'TE- 

    Por uma e"ologia olíti"a "ríti"a da AmaH=niaA-3?' LA3TE- P?-T?,D?^A3VE'

    rise e"olFgi"a/ "aitalismo/ altermundialismo: um onto de 9ista e"osso"ialistaM&OAE3 3_L]

    ? "aitalismo e a grie suínaM&\E 8AV&'

    A-T&D?'

    3inguagem/ 9iol@n"ia e n$o 9iol@n"ia'3AV?J ;&;E\ 

    Deorg 3u7á"s: ilFsoo e udeu na Euroa do sC"ulo ``?3T TA-- e JU8&TO MA-U'

    VoHes da resist@n"ia: risioneiras olíti"as na Argentina (1R*4,1R+S)AI-b&? ME8E' ATA& e -EAT? D&3&?3&

    8os estudos da orma#$o K gre9e "omo orma#$o3U& -EAT? MA-T&'

    Algumas notas 2istFri"as so!re 2egemoniaPE--] A8E-'?

    3''&?

    'o!re a -e9olu#$o -ussa (1R1+)-?'A 3U`EMU-D?

    O?MEADE'

    S

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    Dio9anni Arrig2i: um ensamento ara o sC"ulo ``&A-3?' E8UA-8? MA-T&'

    8aniel ensaYd: militQn"ia olíti"a "omo ilosoia

    J?c? MAOA8?

    -E'EOA'

    ? ensamento de um intele"tual insu!stituí9elV&-D&A I?TE'

    Maniesto "ontra a delinqu@n"ia a"ad@mi"a e a edanto"ra"iaMAU-? 3U&' &A'&

     ?TA' 8E 3E&TU-A

    A orma#$o do mer"ado de tra!al2o no rasil3U& E-A-8? PE-&'

    Estado/ olíti"a e "lasses so"iais: ensaios teFri"os e 2istFri"osE8&3'? J?'X D-A&?33&

    8a misCria ideolFgi"a K "rise do "aital: uma re"on"ilia#$o 2istFri"aM&DUE3 VE88A

    P?E'&A

     $o te rendasM-&? EE8ETT&

    &MADE'

    ? L?3IE'? E -&A-8? 8&A'

    AP-E'ETA^c? 8A' &MADE'

    AtC quando3U& -EAT? MA-T&'

    PU3&A^fE' A &MP-E'A:

    %40h%010 , Ag@n"ia arta Maior , rise e"olFgi"a/ "aitalismo/ altermundialismo:um onto de 9ista e"osso"ialista , Mi"2ael 35

     

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    MatCria da Editoria:Meio Am!iente

    %+0h%010

    rise e"olFgi"a/ "aitalismo/ altermundialismo:um onto de 9ista e"osso"ialista

    ?s e"ologistas se enganam se "r@em oder a!rir m$o da "ríti"a de Mar ao "aitalismo:uma e"ologia que n$o le9e em "onta a rela#$o entre roduti9ismoB e lFgi"a do lu"roestá destinada ao ra"asso ou ior/ K sua re"uera#$o elo sistema. ?s eemlos n$o

    altam... A aus@n"ia de uma ostura anti"aitalista "oerente le9ou a maior arte dos artidos 9erde euroeus Iran#a/ Aleman2a/ &tália/ Clgi"a a tornar,se simles ar"eiro e"oreormistaB da gest$o so"ial,li!eral do "aitalismo elos go9ernos de"entro,esquerda. ? artigo C de Mi"2ael 35 e integra o n 14 da re9ista MargemEsquerda.

    Mi"2ael 358ata: %40h%010

    Aresenta#$o e sumário da re9ista Margem Esquerda/ n 14.

    DrandeHas e limites da e"ologiaA grande "ontri!ui#$o da e"ologia oi e "ontinua sendo nos aHer tomar "ons"i@n"ia dos

     erigos que amea#am o laneta "omo "onsequ@n"ia do atual modelo de rodu#$o e"onsumo. ? "res"imento eonen"ial das agressGes ao meio am!iente e a amea#a"res"ente de uma rutura do equilí!rio e"olFgi"o "oniguram um quadro "atastrFi"oque "olo"a em quest$o a rFria so!re9i9@n"ia da 9ida 2umana. Estamos diante de uma"rise de "i9iliHa#$o que eige mudan#as radi"ais.

    ?s e"ologistas se enganam se "r@em oder a!rir m$o da "ríti"a mariana do"aitalismo: uma e"ologia que n$o le9e em "onta a rela#$o entre roduti9ismoB e

    lFgi"a do lu"ro está destinada ao ra"asso ou ior/ K sua re"uera#$o elo sistema. ?seemlos n$o altam... A aus@n"ia de uma ostura anti"aitalista "oerente le9ou a maior  arte dos artidos 9erde euroeus Iran#a/ Aleman2a/ &tália/ Clgi"a a tornar,sesimles ar"eiro e"oreormistaB da gest$o so"ial,li!eral do "aitalismo elos go9ernosde "entro,esquerda.

    onsiderando os tra!al2adores irremedia9elmente destinados ao roduti9ismo/ algunse"ologistas ignoramdes"artam o mo9imento oerário e ins"re9em em suas !andeiras:nem esquerda/ nem direitaB.

    E,maristas "on9ertidos K e"ologia de"laram aressadamente adeus K "lasse oeráriaB

    (AndrC DorH)/ enquanto outros autores (Alain 3iietH) insistem na ne"essidade de

    h

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    a!andonar o 9ermel2oB isto C/ o marismo ou o so"ialismo ara aderir ao 9erdeB/no9o aradigma que trará uma resosta a todos os ro!lemas e"on=mi"os e so"iais.

    ? e"osso"ialismo? que C ent$o o e"osso"ialismo Trata,se de uma "orrente de ensamento e a#$o

    e"olFgi"os que toma "omo suas as aquisi#Ges undamentais do marismo ao mesmotemo que se li9ra de seus entul2os roduti9istas.

    Para os e"osso"ialistas a lFgi"a do mer"ado e do lu"ro !em "omo aquela do deuntodo autoritarismo !uro"ráti"o/ o so"ialismo realB s$o in"omatí9eis "om as eig@n"iasde reser9a#$o do meio am!iente. Ao mesmo temo que "riti"am a ideologia das"orrentes dominantes do mo9imento oerário/ eles sa!em que os tra!al2adores e suasorganiHa#Ges s$o uma or#a essen"ial ara uma transorma#$o radi"al do sistema e araa "onstru#$o de uma no9a so"iedade so"ialista e e"olFgi"a.

    Essa "orrente está longe de ser oliti"amente 2omog@nea/ mas a maior arte de seus

    reresentantes "omartil2a alguns temas. -omendo "om a ideologia roduti9ista do rogresso em sua orma "aitalista eou !uro"ráti"a e oosta K eans$o ao ininitode um modo de rodu#$o e "onsumo destruidor da natureHa/ o e"osso"ialismoreresenta uma tentati9a original de arti"ular as ideias undamentais do so"ialismomarista "om as "ontri!ui#Ges da "ríti"a e"olFgi"a.

    ? ra"io"ínio e"osso"ialista se aoia em dois argumentos essen"iais:

    1) o modo de rodu#$o e "onsumo atual dos aíses "aitalistas a9an#ados/ undadoso!re uma lFgi"a de a"umula#$o ilimitada (do "aital/ dos lu"ros/ das mer"adorias)/deserdí"io de re"ursos/ "onsumo ostentatFrio e destrui#$o a"elerada do meio am!iente/n$o ode de orma alguma ser estendido ara o "onunto do laneta/ so! ena de uma"rise e"olFgi"a maior. 'egundo "ál"ulos re"entes/ se o "onsumo mCdio de energia dosEUA osse generaliHado ara o "onunto da oula#$o mundial/ as reser9as "on2e"idasde etrFleo seriam esgotadas em 1R dias. Esse sistema está/ ortanto/ ne"essariamenteundado na manuten#$o e agra9amento da desigualdade entre o orte e o 'ulj

    %) de qualquer maneira/ a "ontinuidade do rogressoB "aitalista e a eans$o da"i9iliHa#$o undada na e"onomia de mer"ado atC mesmo so! esta orma !rutalmentedesigual amea#a diretamente/ a mCdio raHo (toda re9is$o seria arris"ada)/ a rFriaso!re9i9@n"ia da esC"ie 2umana/ em ese"ial or "ausa das "onsequ@n"ias

    "atastrFi"as da mudan#a "limáti"a.A ra"ionalidade limitada do mer"ado "aitalista/ "om seu "ál"ulo imediatista das erdase lu"ros/ C intrinse"amente "ontraditFria "om uma ra"ionalidade e"olFgi"a/ que le9e em"onta a temoralidade longa dos "i"los naturais.

     $o se trata de oor os mausB "aitalistas e"o"idas aos !onsB "aitalistas 9erdes: C o rFrio sistema/ undado na "ometi#$o imiedosa/ nas eig@n"ias de renta!ilidade/ na"orrida elo lu"ro ráido/ que C destruidor dos equilí!rios naturais. ? retenso"aitalismo 9erde n$o assa de uma mano!ra u!li"itária/ uma etiqueta !us"ando9ender uma mer"adoria/ ou/ no mel2or dos "asos/ uma ini"iati9a lo"al equi9alente a

    uma gota,dNágua so!re o solo árido do deserto "aitalista.

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    ontra o eti"2ismo da mer"adoria e a autonomiHa#$o reii"ada da e"onomia eloneoli!eralismo/ o que está em ogo no uturo ara os e"osso"ialistas C =r em ráti"auma e"onomia moralB no sentido dado or Ed5ard P. T2omson a este termo/ isto C/uma olíti"a e"on=mi"a undada em "ritCrios n$o monetários e etrae"on=mi"os: emoutras ala9ras/ a re"on"ilia#$o do e"on=mi"o no e"olFgi"o/ no so"ial e no olíti"o.

    As reormas ar"iais s$o totalmente insui"ientes: C re"iso su!stituir ami"rorra"ionalidade do lu"ro ela ma"rorra"ionalidade so"ial e e"olFgi"a/ algo queeige uma 9erdadeira mudan#a de "i9iliHa#$o . &sso C imossí9el sem uma roundareorienta#$o te"nolFgi"a/ 9isando a su!stitui#$o das ontes atuais de energia or outrasn$o oluentes e reno9á9eis/ "omo a eFli"a ou solar . A rimeira quest$o "olo"ada C/

     ortanto/ a do "ontrole so!re os meios de rodu#$o e/ rin"ialmente/ so!re as de"isGesde in9estimento e transorma#$o te"nolFgi"a/ que de9em ser arran"ados dos !an"os eemresas "aitalistas ara tornarem,se um !em "omum da so"iedade.

    ertamente/ a mudan#a radi"al se rela"iona n$o sF "om a rodu#$o/ mas tam!Cm "om o

    "onsumo. Entretanto/ o ro!lema da "i9iliHa#$o !urgu@s,industrial n$o C "omo muitas9eHes os e"ologistas argumentam o "onsumo e"essi9oB ela oula#$o e a solu#$on$o C uma limita#$oB geral do "onsumo/ so!retudo nos aíses "aitalistas a9an#ados. Xo tio de "onsumo atual/ undado na ostenta#$o/ no deserdí"io/ na aliena#$o mer"antil/na o!sess$o a"umuladora/ que de9e ser "olo"ado em quest$o.

    E"ologia e altermundialismo'im/ nos resonder$o/ C simáti"a essa utoia/ mas or enquanto C re"iso i"ar de

     !ra#os "ruHados ertamente n$ok X re"iso lutar or "ada a9an#o/ "ada medida deregulamenta#$o/ "ada a#$o de deesa do meio am!iente. ada quil=metro de estrada

     !loqueado/ "ada medida a9orá9el aos transortes "oleti9os C imortantej n$o somente orque retarda a "orrida em dire#$o ao a!ismo/ mas orque ermite Ks essoas/ aostra!al2adores/ aos indi9íduos se organiHar/ lutar e tomar "ons"i@n"ia do que está em

     ogo nesse "om!ate/ de "omreender/ or sua eeri@n"ia "oleti9a/ a al@n"ia do sistema"aitalista e a ne"essidade de uma mudan#a de "i9iliHa#$o.

    X nesse esírito que as or#as mais ati9as da e"ologia est$o engaadas/ desde o iní"io/ nomo9imento altermundialista. Tal engaamento "orresonde K tomada de "ons"i@n"ia deque os grandes em!ates da "rise e"olFgi"a s$o lanetários e/ ortanto/ sF odem ser enrentados or uma dCmar"2e resolutamente "osmoolíti"a/ surana"ional/ mundial. ?mo9imento altermundialista C sem d>9ida o mais imortante en=meno de resist@n"ia

    antisist@mi"a do iní"io do sC"ulo ``&.Essa 9asta ne!ulosa/ esC"ie de mo9imento dos mo9imentosB que se maniesta deorma 9isí9el nos IFruns 'o"iais regionais e mundiais e nas grandes maniesta#Gesde rotesto "ontra a ?rganiHa#$o Mundial do omCr"io (?M)/ o D+ ou a guerraimerial no &raque n$o "orresonde Ks ormas 2a!ituais de a#$o so"ial ou olíti"a.Amla rede des"entraliHada/ ele C m>ltilo/ di9erso e 2eterog@neo/ asso"iandosindi"atos oerários e mo9imentos "amoneses/ ?Ds e organiHa#Ges indígenas/mo9imentos de mul2eres e asso"ia#Ges e"olFgi"as/ intele"tuais e o9ens ati9istas. 3ongede ser uma raqueHa/ essa luralidade C uma das ontes da or#a/ "res"ente e eansi9a/do mo9imento.

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    Pode,se airmar que o ato de nas"imento do altermundialismo oi a grande maniesta#$o oular que eH ra"assar a reuni$o da ?M em 'eattle/ em 1RRR. A "a!e#a 9isí9eldesse "om!ate era a "on9erg@n"ia surreendente de duas or#as: turtles and teamsters/e"ologistas 9estidos de tartarugas (esC"ie amea#ada de etin#$o) e sindi"alistas dosetor de transortes. Portanto/ a quest$o e"olFgi"a esta9a resente/ desde o iní"io/ no

    "ora#$o das mo!iliHa#Ges "ontra a glo!aliHa#$o "aitalista neoli!eral. A ala9ra deordem "entral desse mo9imento/ o mundo n$o C uma mer"adoriaB/ 9isa tam!Cm/e9identemente/ o ar/ a água/ a terra/ isto C/ o am!iente natural/ "ada 9eH mais su!metidoaos ditames do "aital.

    Podemos airmar que o altermundialismo "omorta tr@s momentos: 1) o rotesto radi"al"ontra a ordem eistente e suas sinistras institui#Ges: o IM&/ o an"o Mundial/ a ?M/o D+j %) um "onunto de medidas "on"retas/ roostas assí9eis de seremimediatamente realiHadas: a taa#$o dos "aitais inan"eiros/ a suress$o da dí9ida doTer"eiro Mundo/ o im das guerras imerialistasj S) a utoia de um outro mundo

     ossí9elB/ undado so!re 9alores "omuns "omo li!erdade/ demo"ra"ia arti"iati9a/

     usti#a so"ial e deesa do meio am!iente.

    A dimens$o e"olFgi"a está resente nesses tr@s momentos: ela insira tanto a re9olta"ontra um sistema que "onduH a 2umanidade a um trági"o imasse/ quanto um "onuntode roostas re"isas moratFria so!re os ?DMs (?rganismos Deneti"amenteModii"ados)/ desen9ol9imento de transortes "oleti9os gratuitos / !em "omo a utoiade uma so"iedade 9i9endo em 2armonia "om os e"ossistemas/ es!o#ada elosdo"umentos do mo9imento. &sso n$o quer diHer que n$o eistam "ontradi#Ges/ rutotanto da resist@n"ia de setores do sindi"alismo Ks rei9indi"a#Ges e"olFgi"as/ er"e!idas"omo uma amea#a ao emregoB/ quanto da natureHa míoe e ou"o so"ial de algumasorganiHa#Ges e"olFgi"as. Mas uma das "ara"terísti"as mais ositi9as dos IFruns 'o"iais/e do altermundialismo em seu "onunto/ C a ossi!ilidade do en"ontro/ de!ate/ diálogo eda arendiHagem re"íro"a de dierentes tios de mo9imentos.

    X re"iso a"res"entar que o rFrio mo9imento e"olFgi"o está longe de ser 2omog@neo:C muito di9erso e "ontem um ese"tro que 9ai desde ?Ds moderadas 2a!ituadas aolo!! "omo orma de ress$o/ atC os mo9imentos "om!ati9os inseridos num tra!al2o de

     !ase militantej da gest$o realistaB do Estado (no ní9el lo"al ou na"ional) Ks lutas que"olo"am em quest$o a lFgi"a do sistemaj da "orre#$o dos e"essosB da e"onomia demer"ado Ks ini"iati9as de orienta#$o e"osso"ialista.

    Essa 2eterogeneidade "ara"teriHa/ diga,se de assagem/ todo o mo9imentoaltermundialista/ mesmo "om a redominQn"ia de uma sensi!ilidade anti"aitalista/so!retudo na AmCri"a 3atina. X a raH$o ela qual o IFrum 'o"ial Mundial/ re"iosolugar de en"ontro "omo eli"a t$o !em nosso amigo 2i"o L2ita7er ondedierentes ini"iati9as odem in"ar raíHes/ n$o ode se tornar um mo9imentoso"ioolíti"o estruturado/ "om uma lin2aB "omum/ resolu#Ges adotadas or maioriaet".

    X imortante su!lin2ar que a resen#a da e"ologia no mo9imento dos mo9imentosBn$o se limita Ks organiHa#Ges e"olFgi"as Dreenea"e/ LLI/ entre outras. Ela se torna"ada 9eH mais uma dimens$o le9ada em "onta/ na a#$o e rele$o/ or dierentes

    mo9imentos so"iais/ "amoneses/ indígenas/ eministas/ religiosos (Teologia da3i!erta#$o).

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    Um eemlo imressionante dessa integra#$o orgQni"aB das questGes e"olFgi"as or outros mo9imentos C o Mo9imento dos Tra!al2adores -urais 'em Terra (M'T) que/"om seus "amaradas da rede interna"ional Via amesina/ C um dos ilares do IFrum'o"ial Mundial e do mo9imento altermundialista. Oostil desde sua origem ao

    "aitalismo e sua eress$o rural/ o agronegF"io/ o M'T integrou "ada 9eH mais adimens$o e"olFgi"a no seu "om!ate or uma reorma agrária radi"al e um outro modelode agri"ultura. 8urante a "ele!ra#$o do 9igCsimo ani9ersário do mo9imento/ no -io deJaneiro em %00h/ o do"umento dos organiHadores de"lara9a: nosso son2o de ummundo igualitário/ que so"ialiHe as riqueHas materiais e "ulturaisB/ um no9o "amin2o

     ara a so"iedade/ undado na igualdade entre os seres 2umanos e nos rin"íiose"olFgi"osB.

    &sto se traduHiu nas a#Ges or di9ersas 9eHes K margem da legalidadeB do M'T"ontra os ?DMs/ o que C tanto um "om!ate "ontra a tentati9a das multina"ionais  Monsanto/ 'ngenta de "ontrolar totalmente as sementes/ su!metendo os "amoneses

    K sua domina#$o/ "omo uma luta "ontra um ator de olui#$o e "ontamina#$oin"ontrolá9el do "amo. Assim/ gra#as a uma o"ua#$o sel9agemB/ o M'T o!te9e em%006 a eroria#$o do "amo de mil2o e soa transg@ni"os da 'ngenta 'eeds noEstado do Paraná/ que se tornou o assentamento "amon@s Terra 3i9re. X re"isomen"ionar tam!Cm seu enrentamento Ks multina"ionais de "elulose que multili"am/so!re "entenas de mil2ares de 2e"tares/ 9erdadeiros desertos 9erdesB/ lorestas deeu"alitos (mono"ultura) que se"am todas as ontes dNágua e destroem toda a

     !iodi9ersidade. Esses "om!ates s$o inseará9eis/ ara os quadros e ati9istas do M'T/ deuma erse"ti9a anti"aitalista radi"al.

    As "ooerati9as agrí"olas do M'T desen9ol9em/ "ada 9eH mais/ uma agri"ultura !iologi"amente reo"uada "om a !iodi9ersidade e "om o meio am!iente em geral/"onstituindo assim eemlos "on"retos de uma orma de rodu#$o alternati9a. Em ul2ode %00*/ o M'T e seus ar"eiros do mo9imento Via amesina organiHaram emuriti!a uma Jornada de Agroe"ologia/ "om a resen#a de "entenas de delegados/engen2eiros agr=nomos/ uni9ersitários e teFlogos da li!erta#$o (3eonardo o/ Ireietto).

     aturalmente/ essas eeri@n"ias de luta n$o se limitam ao rasil/ sendo en"ontradasso! ormas dierentes em muitos outros aíses/ n$o aenas no Ter"eiro Mundo/"onstituindo,se numa arte signii"ati9a do arsenal "om!ati9o do altermundialismo e da

    no9a "ultura "osmoolíti"a da qual ele C um dos ortadores.

    ? ra"asso retum!ante da oner@n"ia das a#Ges Unidas so!re a Mudan#a limáti"a/de deHem!ro de %00R/ "onirma mais uma 9eH/ ara quem ainda tin2a d>9idas/ ain"aa"idade de go9ernos K ser9i#o dos interesses do "aital em enrentar o ro!lema.Em 9eH de um a"ordo interna"ional o!rigatFrio/ "om redu#Ges su!stan"iais de emissGesde gaHes "om eeito estua nos aíses industrialiHados um mínimo de 40 seriane"essário seguida de medidas mais modestas nos aíses emergentes (2ina/ ndia/rasil)/ os Estados Unidos imuseram/ "om o aoio da Euroa e a "umli"idade da

    2ina/ uma de"lara#$oB "omletamente 9aHia/ que aH sen$o reiterar o F!9io : re"isamos imedir que a temeratura do laneta su!a mais de %.

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  • 8/15/2019 Textos Formação Crise Ecológica, Capitalismo, Altermundialismo Um Ponto de Vista Ecossocialista

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    A >ni"a eseran#a C o mo9imento so"ial/ altermundialista e e"olFgi"o/ que se eressouem oen2agen numa grande maniesta#$o de rua 100 mil essoas "om o aoio deE9o Morales/ "uas de"lara#Ges anti"aitalistas sem am!iguidades oram uma das

     ou"as eressGes "riti"as na "oneren"ia oi"ialB. ?s maniestantes/ assim "omo o

    IFrum alternati9o \limaIorum/ le9antaram a ala9ra de ordem Mudemos o sistema/n$o o "limakB E9o Morales "on9o"ou um en"ontro de go9ernos rogressistas emo9imentos so"iais em o"2a!am!a (a!ril de %010) "om o o!eti9o de organiHar a luta

     ara sal9ar a M$e,Terra/ a Pa"2a,Mama/ da destrui#$o "aitalista.

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