Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

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17 principios para se obter a chave mestra do sucesso

“Tudo o que a mente pode conceber e acreditar, ela pode realizar.”

“Todo fracasso traz consigo a semente de um sucesso equivalente.”

“Ensino superior não é sinônimo de educação superior…”

(Napoleon Hill)

Série de comentários sobre o famoso escritor norte-americano, Napoleon Hill.

Gravada no início dos anos 1960, com a apresentação de W. Clement Stone, empresário e

também autor de livros de auto-ajuda. Nessa série , Napoleon nos apresenta os 17 Princípios

para se obter a Chave Mestra do Sucesso. Quem já conhece o autor não irá se espantar

com o fato de que mesmo em vídeo, Napoleon não dá o “ouro” ( ou melhor, não conta

diretamente o segredo). Tudo o que ele faz é dar pistas, e se o leitor estiver preparado e

verdadeiramente buscando por isso, a “Chave Mestra” – que abre qualquer porta e

possibilita sucesso em qualquer área da vida – poderá ser descoberta e utilizada.

Napoleon Hill, para os que não o conhecem ou conhecem pouco, foi o responsável por

desenvolver uma filosofia, ou melhor, Ciência para o Sucesso. De família humilde, não possuía

boa educação (no sentido de ter frequentado boas escolas), e aos 15 anos começou como

repórter para jornais de cidades pequenas, na região de Wise County, Virgínia, EUA. Foi aí, em

1908, que teve a oportunidade de entrevistar um dos homens mais poderosos do mundo na

época, o industriário Andrew Carnegie, que ficou impressionado com Hill e resolveu lhe dar

uma oportunidade única (e não remunerada, diga-se de passagem!). A tal oportunidade era

conhecer e entrevistar as pessoas mais famosas e bem-sucedidas do seu tempo, mais de 500

homens e mulheres, a maioria milionários, e “descobrir” e difundir a fórmula do sucesso, que

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Carnegie já sabia existir (por experiência própria). Napoleon conversou e analisou pessoas

comoThomas A. Edison (considerado o maior inventor de todos os tempos), Alexander

Graham Bell(cientista e inventor), Henry Ford (empresário, inventor e fundador da Ford Motor

Company), John D. Rockefeller (magnata do óleo e filantropo – considerado o homem mais

rico de todos os tempos), King C. Gillette (inventor da lâmina de barbear) e Theodore

Roosevelt (o 26° presidente dos EUA), entre outros.

Hill foi bem-sucedido em sua pesquisa e descobriu uma fórmula, um padrão de pensamento

(tudo começa com um pensamento…), comportamento e ação compartilhado por todos os

seus entrevistados, que foi publicada inicialmente em 1928 como um curso, entitulado “The

Law of Success” (conhecido no Brasil como “A Lei do Triunfo“). Em 1937 ele publicou o seu

maior best-seller: “Pense e Enriqueça” (Think and Grow Rich), que vendeu mais de 30 milhões

de cópias.

Napoleon Hill, 1937

As ideias de Napoleon estavam tão a frente do seu tempo que ainda hoje nos chegam frescas

e atuais. A esmagadora maioria dos autores modernos de auto-ajuda e crescimento pessoal,

assim como palestrantes, coaches e outros profissionais, tem Napoleon Hill como uma de suas

influências principais. A grande sacada de Hill, foi saber explicar de um modo popular e

acessível (para quem realmente estiver buscando, é preciso frisar) verdades muito anteriores a

ele.

O princípio de tudo: a Definição de Propósito.

É a velha e batida história (ou não é?): sem saber para onde está indo, não há como

chegar lá…

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A maioria das pessoas nunca chega a lugar algum simplesmente porque não sabem aonde

querem chegar! A definição de propósito nada mais é do que saber exatamente aonde quer

chegar, e dessa forma, tomar as rédeas da própria vida nas mãos.

Qual é a SUA ideia de sucesso? Sucesso não é sinônimo de dinheiro e sim de realização

pessoal. As pessoas normalmente confundem as duas coisas porque a realização pessoal

frequentemente é recompensada com prosperidade financeira. Fazer o que! Mas já que

dinheiro costuma estar relacionado, tenha sempre em mente duas coisas:

1 – Dinheiro é consequência,

2 – Dinheiro é um amplificador do seu estado emocional e da sua atitude mental. É por

isso que se diz tanto que primeiro você deve se sentir bem em seu estado atual, e depois se

preocupar com dinheiro. Pessoas financeiramente inseguras “com razão” (pobres) quando

conseguem enriquecer costumam se manter financeiramente inseguras, “sem razão”

(avarentas). É por isso também que se diz que “dinheiro não traz felicidade”. Se o único poder

que ele tem é o de amplificar o que você já tem em si, então se você é triste e frustrado sem

dinheiro, certamente será mais triste e frustrado ainda com dinheiro…

Por isso, antes de tudo é preciso ter uma visão clara e objetiva daquilo que deseja. E lembrar-

se de que o sucesso, em qualquer área da vida (não apenas a profissional) começa sempre na

mente. Não há como ser de outro jeito.

- Segundo Princípio: A Mente Mestra

A Mente Mestra pode ser definida como: “Coordenação de conhecimento e esforço, em um

espírito de harmonia, entre duas ou mais pessoas, para a realização de um propósito

específico.”

“Sucesso é o conhecimento com o qual você pode conseguir qualquer coisa na vida, sem violar

os direitos dos outros, mas ajudando-os a consegui-lo.”

(Napoleon Hill)

Nessa segundo principio de Napoleon Hill, ele nos introduz ao Princípio da Mente Mestra.

A Mente Mestra nada mais é do que a cooperação entre duas ou mais mentes, de

modo harmonioso(do contrário não há Mente Mestra!), visando alcançar um propósito

específico. À primeira vista este princípio pode parecer pouco importante, talvez até

dispensável, mas não se engane. A grande sacada da Mente Mestra, como proposta por Hill, é

diminuir o tempo que você levaria sozinho para conseguir alguma coisa. É muito mais difícil

conseguir ou conquistar algo quando se está totalmente sozinho. Não é impossível, claro, mas

o tempo, o esforço ou os recursos que você poupa tendo o auxílio de pessoas-chave, podem

ser investidos de outras formas melhores.

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Perceba que foi dito “pessoas-chave”. Quando se fala em Mente Mestra, ou melhor, em criar

uma aliança de Mente Mestra, é preciso ter em mente que as pessoas com quem você gostaria

ou pretende se associar devem possuir características, habilidades, qualidades, recursos etc.,

que você não possui, mas que são importantes para o objetivo que você deseja alcançar.

Por exemplo, você tem somente uma ideia, mas você é tímido e ainda lhe falta a motivação.

Uma boa aliança de Mente Mestra nesse caso seria com pessoas de personalidade magnética

e motivadoras. Muitas vezes, as pessoas com quem você possui vínculos mais íntimos não são

as pessoas ideais para uma aliança do tipo. Em resumo, procure por pessoas que possuem

o que falta a você atualmente, e com quem você consiga manter um relacionamento

harmonioso, tolerante e criativo.

O sucesso de uma Mente Mestra está exatamente na diversidade de habilidades,

personalidades e experiências de cada integrante da aliança sendo utilizados em prol de um

objetivo.

Por isso, tenha um objetivo/propósito claro e definido.

Para finalizar, outra recomendação preciosa: não se preocupe com “concorrência”. Pensar em

concorrência é pensar em falta, escassez, possibilidade de fracasso. O Universo não conhece

escassez, só Abundância. Tem espaço, recurso e oportunidades para todo mundo,

principalmente para quem procura sempre fazer um bom trabalho. A partir do momento que

você tem uma ideia, um sonho, uma meta; como preferir chamar, não hesite em colocá-la em

prática. Só não perca o seu tempo precioso se comparando, lutando ou competindo com

outros. Seja espontâneo, criativo, esforçado e dê o melhor de si, sempre. Quando você se

preocupa em competir ou concorrer, você alimenta a sua mente com pensamentos e emoções

de falta. E tudo o que você dá atenção, cresce: independente de ser bom ou ruim (são as

conhecidas “crenças”). Tudo que cresce na sua mente você atrai.

- Terceiro Princípio: Andar a Milha Extra

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A maior revolução da nossa geração é a descoberta de que os seres humanos, aomudar suas

atitudes mentais, podem mudar suas vidas“.

(William James, psicólogo norte-americano)

“Dê o primeiro passo com fé. Você não precisa ver toda a escada. Apenas suba o primeiro

degrau.”

(Martin Luther King Jr.)

“Se você estiver disposto a fazer mais do que o que está sendo pago para fazer, acabará

sendo pago para fazer mais do que você faz.”

(Desconheço a autoria)

Andar a milha extra” nada mais é do que fazer mais (e melhor!) do que aquilo que esperam que

você faça.

Ao invés de sempre se limitar a fazer exatamente o que lhe foi solicitado, faça mais. Esforce-

se mais, dedique-se mais, seja mais atencioso. Mas não faça isso esperando melhores

compensações ou pagamentos maiores. A atitude mental por trás do esforço extra é a chave.

A ideia central aqui é que você não está fazendo nada realmente para os outros. É sempre

para você mesmo que você faz, seja lá o que for. E é por isso que tem que ser bem feito, é

por isso que tem que ser o melhor. Se você pensa que alguém está se beneficiando com isso,

você certamente estará sempre se beneficiando muito mais. É a lei do “Retorno Crescente”, ou

do “Eterno Retorno”: tudo o que você faz, diz, pensa, sempre volta para você (normalmente

multiplicado…). Independente de ser bom ou ruim…

Não sou muito fã do Donald Trump, mas um dia li ele dizer algo muito legal (estou citando de

memória aqui): “Você vai ficar pensando o tempo todo mesmo… então porque não pensar

grande?” Pois é!

Então…quer realmente ajudar os outros ou o mundo? Ajude primeiro a si próprio. Esse é

o segredo.

- Quarto Princípio: Fé Aplicada

“Saiba o que você quer, acredite que você pode, e você irá conseguir.”

(Napoleon Hill)

“A única diferença entre a verdade e a ficção é que a ficção tem de se prender ao

que parece possível. A verdade não.“

(Mark Twain

É uma “mania” passada de geração para geração. Só acreditamos em algo depois de termos

visto, experimentado, sentido. Não contentes com isso, ensinamos nossos filhos que é “tudo

assim mesmo”. Então saímos por aí dizendo o que achamos que vemos, nos olhamos no

espelho e dizemos o que achamos que vemos etc. E ficamos nesse ciclo vicioso. A coisa só

muda quando alguém olha para o mundo com olhos diferentes. E é engraçado, essas pessoas

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que olham diferente se sobressaem, deixam contribuições inestimáveis para a humanidade: a

simples evidência de que a vida pode ser diferente quando se acredita diferente é uma

dessas contribuições. Mas o restante dos seres humanos continua pensando que isso é sorte

ou que essas pessoas nasceram com algum “dom” exclusivo…

A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que ninguém pensou

sobre algo que todos veem“.

(Arthur Schopenhauer)

Esse “olhar diferente” é uma metáfora, o que quero dizer é que a verdade é aquilo que você

quer acreditar que seja. E quando a maioria diz a mesma coisa, a isso chamamos de

“realidade”. Por isso que a “realidade” não costuma ser lá grandes coisas… quando você pensa

como a maioria, é claro!

Se nesse exato momento você quiser ser pessimista, certamente você encontrará uma

enormidade de motivos para sê-lo. Se quiser ser otimista, idem. Se você quiser acreditar que

todo homem é cafajeste ou toda mulher é interesseira, por exemplo, vá em frente, o que não

vai faltar são motivos para reforçarem a sua crença.

Há apenas duas maneiras de se ver a vida: Uma é pensar que não existem

milagres e a outra é acreditar que tudo é um milagre.“

(Albert Einstein)

E quer saber quais são as suas crenças? Tenho um exercício bem interessante e simples para

propor. Durante uma conversa com alguém, independente do assunto, observe-se. No

momento em que você se pegar “concordando” ( dizendo coisas do tipo: “- é, é isso mesmo!”, “-

é verdade!” ou “- eu também penso isso” ou simplesmente meneando a cabeça como “sim”)

com o que a pessoa diz (concordando mesmo, não só para agradar), aí está uma crença ou

o início de uma. E a partir do momento que você reconhece uma crença sua, você consegue

prever e identificar o seu campo de atração. Por que você sempre, invariavelmente, irá atrair

mais daquilo que reforça a sua crença. Capisce?

Nesse momento, talvez você esteja relembrando algumas conversas e situações em que

concordou veementemente com o que via ou ouvia. E boa parte das vezes que você concordou

não foi sobre coisas positivas, edificantes, construtivas ou otimistas. Nesse momento você

pode estar tentado a se sentir desesperado(a). Calma. Da mesma forma que aquela crença

medíocre que você hoje cultiva entrou na sua mente, uma melhor pode entrar também, e tomar

o lugar da primeira. Não que a primeira vá “desaparecer” magicamente da sua mente, ela

apenas vai perder força e influência sobre você. Com o tempo (a persistência) ela se tornará

tão insignificante que você mal lembrará de algum dia ter acreditado naquilo… E não se

preocupe com uma possível “recaída”. Lembre-se: a mente que se abre a uma nova ideia

jamais volta ao seu tamanho original.

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O dom da visão nos foi dado para testar se temos ou não temos a sabedoria de nos elevar

sobre aquilo que observamos.”

(James A. Ray)

E é aqui que entra o princípio do vídeo de hoje, a Fé Aplicada. É a fé que não apenas

transforma um mero pensamento numa crença, mas que torna essa crença “realidade”:

independente do que seja, se benéfico ou prejudicial. Por isso a importância de se acreditar

positivo, ao invés de pensar positivo. Mas por favor, esqueça as conotações religiosas

normalmente atribuídas a palavra. A fé que Napoleon Hill falará aqui é em si mesmo, no seu

propósito de vida. É daquela fé que te mantém seguindo em frente mesmo quando tudo está

contra você ou quando você não tem motivos “visíveis” (pros outros ou pra si mesmo!) para

continuar. Sabe?

- Quinto Princípio: A Personalidade Agradável

É mais lucrativo ser um bom ouvinte do que ser um bom falante, porque a pessoa sempre

poderá aprender algo quando ouve os outros, mas nunca aprende nada ouvindo a si mesma

falando.”

(Napoleon Hill)

A personalidade agradável nada mais é do que um modo de se comportar e de se expressar

que é tão verdadeiro, tão próprio e tão respeitoso que as outras pessoas se sentem

irresistivelmente atraídas para si. Como o próprio Hill frisa, não é natural para alguém

desgostar de outra pessoa sem motivo algum. Sempre há um porquê. E, verdade seja dita, é

impossível agradar todo mundo. Por mais que você se esforce, que você pense estar sempre

se comportando da melhor maneira ou falando as coisas “certas”, eventualmente alguém não

irá gostar de você. Mas isso não é um problema. Na verdade, é um ótimo “sintoma”. Quando

você é autêntico com os seus valores, com a sua essência, é mais do que previsível que nem

todo mundo irá se identificar com a sua “causa”. Mesmo quando todo mundo gosta de você,

apesar de aparentemente isso parecer algo desejável, há que se perguntar até que ponto você

está sendo verdadeiro consigo e consequentemente com os outros. Normalmente a pessoa

“boazinha” demais é aquela que esconde quem realmente é dos outros, e vive uma vida

norteada pela opinião de qualquer outra pessoa, menos dela própria. Aquele que mais agrada

todo mundo frequentemente desagrada a si mesmo boa parte do tempo.

Agora quando o caso é o contrário… todo mundo evita você… Bem, por mais que você queira

dizer para si mesmo que o problema está com os outros, que é inveja, etc etc etc., a atitude

mais sábia é parar e fazer um exame de consciência. Todo mundo tem defeitos, mas

ninguém é só defeito! Então se a maioria das pessoas “cisma” em não ir com a sua cara, algo

está errado.

“Se uma pessoa lhe diz que você é um cavalo, ela é louca. Se três pessoas lhe dizem que você é

um cavalo, é uma conspiração. Se dez pessoas lhe dizem que você é um cavalo, compre uma

ferradura.”

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(Jack Rosenblum)

A ideia aqui também não é fazer com que você se torne o que os outros gostariam que você

fosse, de modo algum! Mas sim de prestar atenção ao tipo de crítica (tanto as boas quanto as

ruins) espontânea(não aquela que você pergunta a opinião e a pessoa se sente pressionada a

te dar uma resposta que acredita que você queira ouvir…) que você recebe, e principalmente a

frequência com que você recebe uma crítica específica, e a partir daí fazer uma auto-análise.

Isso está mais para um exercício de autoconhecimento, em que ao observar o modo como os

outros reagem a você, você descobre o valor que dá para o mundo pelo valor que o mundo lhe

devolve… Lembra da lei do retorno crescente? A maneira como as pessoas lhe tratam tem

tudo a ver com a maneira como você se trata, e por tabela, trata os outros.

Para lhe ajudar a identificar possíveis características negativas (que repelem mais do que

atraem) no seu jeito de ser e de se expressar, Hill cita algumas das mais irritantes para a

maioria das pessoas. Das que ele enumera, quero comentar duas, muito parecidas mas que

considero as de convivência mais complicada:

- O hábito de lutar contra o mundo e contra as pessoas em geral: nunca nada está bom, na

verdade nunca esteve tão ruim… e arrepie-se, a tendência é continuar piorando! Ninguém

presta, o mundo é uma droga, todo mundo é safado, e tudo sempre dá errado. Quando algo dá

certo é sorte, “felicidade são momentos” (poucos e passam bem rápido), e final feliz é coisa de

filme. Eu podia escrever um evangelho de bobagens similares a essas que tem gente que

insiste em acreditar e “caotizar” por aí a respeito. É um hábito nefasto, um defeito dos mais

repelentes (repelente de companhias construtivas e positivas, é claro… só outros urubus se

sentem atraídos por tal hábito), viver reclamando de “como o mundo é” ou “como as pessoas

são”. Ficar apontando o problema não resolve o problema. É muito mais interessante e

saudável falar do que está bom ou dá certo, discutir ideias, e no caso de problemas, debater

soluções do que ficar estimulando conversas deprimentes que não contribuem em nada para

melhorar qualquer coisa.

- O hábito de falar de suas dores físicas: tem gente que adoooora falar de suas doenças e

dos seus problemas físicos. Mas uma coisa é quando você fala isso para o médico ou outro

terapeuta, num contexto de intervenção terapêutica, outra bem diferente é quando você tenta

puxar esse tipo de assunto com alguém numa festa ou num curso… Algumas pessoas até têm

um pouco mais de paciência em ficar ouvindo as lamentações de “doentinhos”, mas qualquer

pessoa com uma atitude mental positiva ou preocupada com as possíveis influências negativas

de ouvir tais lamentações, vai fugir de um “sofridinho” da mesma forma que o diabo foge da

cruz. O hábito de falar dos males físicos normalmente é uma forma da pessoa não apenas

conseguir atenção, mas afeto (ganho secundário). São pessoas extremamente carentes

(emocionalmente falando) que escolhem a forma errada, porém mais fácil e conveniente, de

conseguir um pouco de atenção. Muitas são assim também para parecerem “humildes” (afinal,

“não se pode ter tudo”!), “espirituais”, e para serem poupadas da realidade. Sabe? Quando

você pega uma gripe e fica de cama e todo mundo evita falar de problemas com você, ou

quando você adoece para ganhar tempo e não ter que encarar uma decisão ou situação que

exija uma certa coragem de você? Pois é. É até normal uma vez ou outra (de preferência “de

vez em nunca”) você reclamar de uma dor, ou usar uma doença para se dar um tempo. O

problema é quando isso vira um hábito ou o tema principal das suas conversas. É um problema

quando você prefere se manter doente do que se manter saudável. É um problema quando

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você acha que essa é uma forma válida de fazer as pessoas olharem para ou gostarem de

você. É um hábito horrível, que diz muito sobre uma pessoa. E nada do que diz é positivo.

Enfim. Assim como os outros princípios, a Personalidade Agradável pode ser aprendida.

Qualquer traço da sua personalidade, da mesma forma que “entrou” em você, pode sair ou ser

trocado por outro que você considerar melhor.

- Sexto Princípio: Autodisciplina

“Você precisa se lembrar que tudo o que você faz por ou para alguém, você faz

por ou para si mesmo.“

(Napoleon Hill)

“Se as pessoas soubessem como tive de trabalhar duro para conquistar a minha técnica, nada

disso pareceria tão maravilhoso.”

(Michelangelo)

O lendário violinista Isaac Stern foi abordado certa vez, depois de um concerto, por uma

mulher de meia-idade. Ela estava entusiasmada: “Oh, eu daria a minha vida para tocar como

o senhor.” Ao que Stern reagiu, acidamente: “Minha Senhora, foi isso o que eu fiz!“

(citado por Jack Canfield)

“O segredo de ir em frente está em começar. O segredo de começar está em

repartir suas tarefas complexas e esmagadoras em tarefas pequenas e

administráveis e, então, começar pela primeira.“

(Mark Twain)

Todos os outros princípios que possibilitam descobrir e utilizar a Chave-Mestra do Sucesso,

são inúteis sem o princípio de : a Autodisciplina.

A Autodisciplina é de fato mais fundamental do que a própria atitude mental, já que, muitas

vezes, para manter uma atitude mental positiva de modo contínuo, é preciso muita

autodisciplina. É esse princípio também que não te deixa desviar dos teus propósitos e valores,

não permite que você se influencie por críticas negativas e não te deixa desistir ou retroceder

mesmo quando tudo o mais (pessoas e/ou circunstâncias) parecem lhe puxar para longe do

seu objetivo.

Por isso, mais do que necessária para eliminar hábitos negativos, a autodisciplina é essencial

para desenvolver e manter hábitos positivos.

Controle mental é resultado de autodisciplina e hábito. Ou você controla a sua

mente, ou ela controla você.“

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(Napoleon Hill)

Um dia li que “o sucesso deixa pistas“. E se tem uma pista que é deixada por absolutamente

todas as pessoas que foram bem-sucedidas em seus intentos, essa pista é a autodisciplina.

Mas como desenvolver a autodisciplina em primeiro lugar???

É realmente a coisa mais fácil do mundo ser pessimista e desmotivado, você não precisa fazer

nada para isso, apenas continuar na mesma e deixar a vida acontecer. Como a maioria das

pessoas aparentemente também se contenta com isso, você ainda “se sente em casa”, e é

muito confortável saber que “está todo mundo na mesma”. Mas, a vida é engraçada, e

eventualmente você se descobre querendo melhorar, querendo levar uma vida diferente,

querendo realizar alguma coisa útil ou de valor. Talvez isso aconteça em um lapso de segundo

e você dê um jeito de afogar essas ideias assim que elas surgem. Afinal, tudo aquilo que você

deseja fica justamente fora da sua zona de conforto. Ou talvez nem nisso você conseguiu ser

bem-sucedido (e aqui está um insucesso desejável!), e essas ideias continuam martelando na

sua mente e você finalmente resolve que está na hora de tomar o controle de sua própria vida.

Então, o primeiro passo para a Autodisciplina é uma Decisão. Não uma decisão da boca

para fora, ou para agradar terceiros, mas uma decisão firme e clara de mudar e crescer, de

abraçar a excelência, de nortear a sua vida a partir de padrões mais elevados. Mas para isso

você precisa realmente olhar para si mesmo e acordar para o que você verdadeiramente

quer. A vida que você leva hoje, é a que você gostaria de estar vivendo? É a partir da

resposta dessa pergunta que você toma a sua decisão, e essa decisão deverá ser relembrada

toda vez que você se sentir tentado a desistir ou retroceder. Esse constante relembrar da sua

decisão e do seu propósito de vida (que você deve definir claramente, como foi explicado

constitui a essência da autodisciplina.

- Sétimo Princípio: Atitude Mental Positiva

¨Nós vemos o mundo não como ele é, mas como nós somos.“

(Ken Keyes)

“Não há felicidade se as coisas que você acredita são diferentes das coisas que você faz.”

(James A. Ray)

“O que é esse poder, eu não sei dizer; tudo o que sei é que ele existe e se torna disponível

somente quando o homem está naquele estado de mente em que sabe exatamente o que

quer e está totalmente determinado a não desistir até encontrar isso.”

(Alexander Graham Bell)

“Qualquer caminho que você decida tomar, existe sempre alguém para te dizer

que você está errado. Existem sempre dificuldades surgindo que te tentam a

acreditar que as críticas estão corretas. Mapear um caminho de ação e segui-lo

até o fim requer… coragem.“

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(Ralph Waldo Emerson)

“Ceticismo é um suicídio lento.”

(idem)

A essa altura, nós entendemos que a definição de um propósito de vida é essencial, que

devemos nos unir a (ou buscar) pessoas com objetivos semelhantes ou com visões de vida

similares a nossa, compreendemos a importância de fazer coisas que superam não apenas a

expectativa alheia, mas a nossa própria; aprendemos a utilizar a nossa fé de modo racional e

dirigido, observamos que devemos prestar atenção e cuidar do nosso comportamento

(eliminando hábitos negativos e desenvolvendo hábitos benéficos), e nos conscientizamos de

que enquanto não desenvolvermos a autodisciplina, a nossa vida estará sempre fora do nosso

controle e desse modo nenhum princípio, regra ou filosofia conseguirá surtir algum efeito

duradouro.

Na visita de hoje, a sétima de Hill, ele volta ao tema da Atitude Mental Positiva (que está

direta ou indiretamente presente em todas as outras visitas), nos explicando o que fazer para

manter nosso estado mental sempre positivo. Por que não basta apenas recomendar a atitude

mental positiva, é preciso mostrar como chegar a esse estado e mais do que isso, mostrar

como mantê-lo. Afinal, a constância de tal estado mental é o segredo de qualquer grande

realização, grande mudança, grande conquista.Porém, o grande problema da maioria das

pessoas é exatamente esse: de vez em quando até é possível se animar, ser otimista. Mas

como tornar esse otimismo permanente? Como tornar a atitude mental positiva um estado

natural ou habitual da sua mente? Como eliminar (ou ao menos atenuar) as dúvidas, o medo

da crítica, o medo de se arriscar e errar?

Por isso, Hill nos dá 20 instruções bem práticas e objetivas que devem ser seguidas para que

se possa manter a atitude mental sempre positiva.

E assim, como Napoleon mesmo diz, todos os obstáculos que estão entre você e o seu

grande propósito de vida desaparecerão.

- Oitavo Princípio: Entusiasmo

“Sem entusiasmo nunca se realizou nada de grandioso.”

(Ralph Waldo Emerson)

“Nós não sorrimos porque somos felizes, nós somos felizes porque sorrimos.”

(William James, filósofo e psicólogo norte-americano)

Segundo vídeo introduzido por W. Clement Stone, dessa vez em cores, em que ele introduz o

tema dessa oitava visita: o Entusiasmo.

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O entusiasmo está diretamente ligado ao princípio/tema anterior, a Atitude Mental Positiva.

Mas, aqui nós aprendemos um “segredinho”: a melhor maneira para se sentir entusiasmado,

é agindo de forma entusiasmada. Como sabiamente afirmou William James, a emoção está

mais sujeita à ação do que à razão. Lembra de uma das dicas para manter a atitude mental

positiva, proposta na sétima visita, de dar uma boa risada toda vez que está se sentindo mal ou

nervoso? O simples ato de rir, – no início forçadamente, é claro – já muda a química do seu

cérebro e te coloca num estado mental mais relaxado e animado. Quando se diz que a emoção

não está tão sujeita à razão, como nesse exemplo da risada, o que se quer dizer é que você

não precisa necessariamente de motivos “reais” ou “concretos” (racionais) para se animar. O

simples ato de dar uma boa gargalhada ou fazer alguma coisa de que goste (ações) já é

suficiente para alterar o seu estado de espírito (emoção). Então você não precisa esperar que

algo externo a você aconteça ou surja para que você tenha razões para se sentir bem. É

possível, portanto, provocar o estado mental positivo partindo de onde você se encontra nesse

momento, independente de tudo o mais.

Apesar de Hill focar o tema do entusiasmo para vendas e negócios, esse princípio pode ser

aplicado a tudo. O entusiasmo tem o poder de energizar seu corpo e mente de tal forma que

você se sente sempre criativo e disposto, por mais esforço físico que tenha feito ou pouco

tenha descansado ou comido. Se já não bastasse o bem que faz a você, o seu entusiasmo tem

ainda o poder de contagiar as pessoas com quem você entra em contato, contribuindo muito

para o bem-estar coletivo.

Mas, é preciso frisar, o entusiasmo só é benéfico quando está sob o seu controle!

Entusiasmo associado a Fé, por exemplo, pode transformar derrotas e fracassos em

oportunidades e ação dirigida. Porém entusiasmo em demasia pode nublar o seu senso crítico

ou seu julgamento, fazendo com que você fale demais, monopolize atenções (de forma

negativa), revele mais do que deveria, pareça convencido ou até mesmo falso. Para equilibrar

esse princípio, entra aqui a Autodisciplina, onde você se coloca no controle da sua mente, e

foca toda a energia do seu entusiasmo no seu propósito de vida…

“Para onde quer que vá, vá de todo o coração.“

(Confúcio)

- Nono Princípio – Iniciativa Pessoal

“Há dois tipos de homens que nunca irão longe. Aqueles que não conseguem fazer o que se

manda e aqueles que conseguem fazer apenas o que se manda.”

(Cyrus H. K. Curtis)

“O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos

outros.”

(Confúcio)

“Acredita no teu próprio pensamento. (…) Senão amanhã um estranho dirá, com magistral

bom senso, exatamente o que pensamos e sentimos desde sempre, e seremos forçados a

receber de outrem, envergonhados, a nossa própria opinião.”

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(Ralph Waldo Emerson)

Segundo Hill, a Iniciativa Pessoal é o dínamo (nome dado às máquinas geradoras de corrente

elétrica, mas aqui é utilizado como metáfora que se refere a ideia de uma força que impele à

ação) que coloca a faculdade da imaginação em ação, com a intenção de transformar o seu

propósito de vida em seu equivalente físico ou financeiro.

Em outras palavras, Iniciativa Pessoal se refere à ação dirigida, visando um determinado

resultado, ação essa que não depende nem espera pela aprovação, indicação ou ordem

de outros para ser manifestada. Ela se fundamenta exclusivamente no seu próprio querer, no

seu próprio pensar. É o agir a partir de sua própria decisão.

A palavra-chave dessa visita é Responsabilidade. Ter iniciativa pessoal é ser sempre

responsável por tudo o que faz (incluindo as consequências dos seus atos, é claro).

Afinal, você está fazendo o que você quer fazer, o tempo todo. Mesmo quando você pensa

que não, que os outros (família, cônjuge, sociedade, patrão etc) “comandam” ou “decidem” a

sua vida, ou que você “não tem opção”; mesmo nesses casos a escolha de permitir que a sua

vida seja ditada por terceiros foi sua. Por isso, mesmo quando você faz algo que não quer,

você está fazendo o que quer…

Se você não controla sua mente, alguém o fará.

(John Allston)

E aqui Napoleon Hill é muito sábio em nos lembrar que todas as pessoas de verdadeiro

sucesso, são aquelas que agem de acordo com a sua própria inspiração, ideal, intuição; sem

depender da opinião dos outros ou de que “alguém faça primeiro” para então segui-lo… Por

isso, como ele novamente frisa, o primeiro e mais importante passo do hábito da Iniciativa

Pessoal é a definição de um propósito de vida e um plano de como chegar lá. A sua iniciativa

pessoal precisa ter uma direção. E essa direção tem que ser fruto de uma decisão sua. Só

sua!

- Décimo Princípio – Aprender com a Adversidade

“Cada adversidade ou fracasso traz consigo a semente de um benefício

equivalente ou maior.“

(Napoleon Hil)

“O fracasso deve ser nosso professor, não nosso coveiro. Fracasso é um atraso, não uma

derrota. É um desvio temporário, não um beco sem saída. Fracasso é algo que nós só podemos

evitar não dizendo nada, não fazendo nada, e não sendo nada.”

(Denis Waitley)

“O fracasso é a oportunidade de começar de novo com mais inteligência.”

(Henry Ford)

“É inevitável que alguma derrota entrará mesmo na vida mais vitoriosa. O espírito humano

nunca está acabado quando é derrotado … está acabado quando se rende.”

(Ben Stein)

Page 14: Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

“Veja que a qualquer momento que você se sentir triste ou derrotado, é só porque você

insiste em se agarrar ao que não funciona. Atreva-se a abandonar isso e você não

perderá nada, exceto uma ideia punitiva.”

(Guy Finley)

“Nada pode ser chamado de fracasso, até que você aceite-o como tal.“

(Napoleon Hill)

Nas palavras do próprio Hill, conhecemos um dos princípios mais estranhos da Ciência do

Sucesso: o princípio de Aprender com a Adversidade.

Realmente estranho, porque nós tendemos a ver nossos problemas, derrotas e fracassos como

eventos ruins que só servem para nos desanimar ou deprimir. Em alguns momentos podemos

pensar até que o mundo conspira contra nós. E dizer que a falência financeira, morte de um

familiar ou uma grave doença pode esconder um benefício equivalente ou ainda maior, e que

basta manter uma atitude mental positiva para descobrir qual é esse benefício, pode ser um

tanto complicado de entender… principalmente quando se está vivendo o momento difícil ou a

fase ruim.

Mas é exatamente por isso que Aprender com a Adversidade é um Princípio do sucesso. É um

hábito que precisa ser aprendido, cultivado, praticado.

Partindo da premissa de que nada acontece por acaso (e como poderia ser diferente? a nossa

vida é um reflexo de nossas crenças dominantes!) tudo que nos acontece, seja bom ou ruim,

tem uma razão de ser. Talvez no momento que está acontecendo, ou mesmo logo após, não

seja possível perceber qual é essa razão. Mas é tudo uma questão de tempo. Pode ser que

agora não faça o menor sentido…mas em algum momento fará. Para apreender a verdade por

trás desse princípio basta colocá-lo em prática. Tente lembrar-se, por exemplo, de alguma

situação desagradável que viveu no passado. Com essa lembrança em mente, tente descobrir

qual o benefício, oculto para você na época, que essa situação lhe proporcionou. É

surpreendente o que você descobre sobre si mesmo (sobre as suas crenças e

condicionamentos dominantes, e consequentemente sobre o seu campo de atração) com esse

exercício.Curiosos padrões… estranhas coincidências… eventos que se repetem em

relacionamentos…

Talvez conhecer a Lei Universal do Ritmo ajude a esclarecer os altos e baixos da vida. A Lei

Universal do Ritmo nos diz que tudo (a vida, a natureza, o Universo) se move em ciclos,

estações, ritmos. Assim como a onda vem, a onda vai… Já ouviu aquela frase: “Para tudo

tem o seu tempo” ? Grande sabedoria popular. A sacada aqui é aprender a não se desesperar

quando chega o “baixo” da vida. É só uma questão de tempo, e logo o “alto” retornará. Seguir

em frente quando se está na fase ruim, sabendo que a fase boa estará logo aí é o que

diferencia os bem-sucedidos, os extraordinários, do resto das pessoas. Mas, preciso frisar, não

confunda “seguir em frente” com lutar contra! Quando você luta contra uma fase ou situação

ruim você prolonga ainda mais a fase, porque quando você se preocupa ou se desespera a sua

atenção se foca mais ainda no problema e você atrai mais disso.Vá com o fluxo da vida…

Aprenda com a Adversidade quando estiver no “baixo” e torne seus “altos” ainda melhores e

prolongados!

- Décimo Primeiro Princípio – Visão Criativa

Page 15: Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

“Qualquer ideia que é mantida na mente, que seja temida ou reverenciada,

começará imediatamente a vestir-se da forma física mais conveniente e

adequada disponível.“

(Andrew Carnegie)

“Você nunca muda as coisas lutando contra a realidade existente. Para mudar alguma coisa,

construa um novo modelo que faça com que o modelo atual se torne obsoleto.”

(R. Buckminster Fuller)

A visão criativa a que Napoleon se refere aqui diz respeito ao uso dirigido da Imaginação

visando um determinado propósito. Segundo ele, existem dois tipos de imaginação

(falando num sentido prático): a sintética e a criativa. A sintética, que é a mais comum, é a

imaginação que rearranja ideias, conceitos, fórmulas, fatos – tudo já conhecido e existente – e

a partir disso cria algo novo. A criativa, por sua vez, é o tipo de imaginação que cria algo novo,

“do zero”, sem que haja antecedentes para o que foi criado. É mais rara, e normalmente está

associada a “gênios” ou a “lampejos de genialidade”. Na verdade, ambos os tipos de

imaginação são criativas, cada uma a seu modo, e o desenvolvimento e aplicação de ambas é

igualmente importante.

Assim, o uso da imaginação proposto aqui vai muito além do mero fantasiar, que sem ação e

sem direcionamento nada mais é do que um escape, uma fuga da realidade; que não leva a

lugar algum. Por isso, a palavra de ordem desse princípio é Ação. O que a imaginação irá

fazer nada mais é do que “abastecer” a ação; ela lhe provê a matéria-prima (a ideia, o insight, a

visão) sobre a qual você passa a trabalhar. Mas você precisa agir.

“Eu vi o anjo no mármore e o esculpi até libertá-lo.“

(Michelângelo)

- Décimo Segundo Princípio – Pensar com Exatidão

“É da discórdia que nascem todas as grandes coisas.”

(Heráclito)

“Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando.”

(Walter Lippmann)

“Duvidar de tudo ou crer em tudo: são duas soluções igualmente cômodas, que

nos dispensam ambas de refletir.”

(Henry Poincaré)

“Não acredite no que você ouviu;

Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;

Page 16: Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

Não acredite em algo porque é dito por muitos;

Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;

Não acredite em conjecturas;

Não acredite em algo como verdade por força do hábito;

Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.

Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão

e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso.”

(Gautama Buda)

Aí está algo pouquííííssimo difundido não só geralmente, mas inclusive academicamente…

(lembra? “ensino superior não é sinônimo de educação superior?“) E eu não consigo

dimensionar em palavras, a importância que essa forma de pensar pode ter na vida de um ser

humano.

O pensar com exatidão nada mais é do que ter um mínimo do bom e velho senso crítico. É

parar de acreditar nos outros por esporte e passar a analisar as informações que recebe,

independentemente de quem as disse (inclusive eu, inclusive você!!!). Esse é um hábito de vital

importância exatamente porque ele previne que você crie/aceite crenças e condicionamentos

que, além de não beneficiarem você em nada, simplesmente não são verdadeiros! As pessoas

passam para frente todo tipo de opinião infundada, normalmente informações que leram ou

ouviram e que não tiveram o trabalho de verificar a fonte. Você já não cansou de receber, por

exemplo, emails-corrente de crianças supostamente desaparecidas ou com problemas de

saúde exóticos, pedindo “ajuda” e que você passou para todo mundo sem sequer ligar para o

número de telefone fornecido ou tentar descobrir o endereço da família em questão? Ou se já

fez como eu, e respondeu o email do amigo/colega/familiar que te enviou tal mensagem e

perguntou se ele/ela conhecia a criança ou sabia como contatá-la realmente? E então viu o

suposto “apelo desesperado” desmoronar e a lenda urbana aparecer? Pois é…

Tal tipo de atitude, por melhor que seja a sua ou a intenção de quem te passa tal mensagem, é

uma demonstração bem cotidiana de como muitas vezes não pensamos com exatidão e não

questionamos as informações que nos passam. E TODO mundo faz isso (não é a sociedade lá

fora ou “as pessoas”; é você também, eu também), com maior ou menor freqüencia, em maior

ou menor grau, ainda mais quando o assunto tem algum tipo de apelo emocional para a

pessoa (tradições familiares, crenças religiosas ou não-religiosas, costumes, para citar alguns).

É sempre bem mais fácil ser crítico ou cético com relação aos outros, mas na hora de aplicar o

mesmo método de raciocínio consigo mesmo, a coisa complica. E a ideia principal do uso do

Pensar com Exatidão, como proposto por Hill nessa visita, é utilizar essa forma de

pensar especialmente quando você faz a sua auto-análise. Você já aceitou tanto lixo dos

outros que deve cuidar principalmente com a sua própria opinião… ela é realmente sua? E eu

gosto muito do Hill aqui, porque ele enfatiza o “sentir” e o “intuir”, como formas válidas de

análise de informações, mais do que somente o raciocínio intelectual em si. Porque nem tudo

que é lógico é necessariamente verdadeiro… Mas, é claro, é preciso treinar a intuição e

saber diferencia-la de outras sensações que nada mais são do que reações baseadas em

medos, preconceitos e/ou julgamentos seus. E como se aprende a fazer essa diferenciação?

Com auto-análise!

Page 17: Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

Em resumo, a ideia é ser científico. A informação que recebi tem alguma validade prática? Tem

algum benefício real? Me faz evoluir, seja financeira/intelectual/física ou espiritualmente?

Provoca alguma mudança positiva em algum aspecto da minha vida? Eu me torno melhor ou

mais feliz aceitando isso?

Não tenha medo de mudar suas ideias, de rever seus conceitos…(e a sua auto-análise, o seu

autoconhecimento, vai te cobrar isso) tenha medo de não ter nem ideias próprias para mudar.

Isso sim é horrível! Mas não mude apenas ou porque alguém disse, mude porque você

chegou a uma nova consciência sobre o assunto (prefiro evitar a palavra “conclusão”

porque ela dá a ideia de um raciocínio que se fechou sobre algum conceito/fato) e o seu

crescimento, a sua evolução demandou tal mudança. Afinal, a única e verdadeira mudança é

quando você muda por si e para si.

- Décimo Terceiro Princípio – A Força Cósmica do Hábito

“Você está onde está e é o que é por causa dos seus hábitos estabelecidos.“

(Napoleon Hill)

“A maioria das pessoas vive, seja física, intelectual ou moralmente, em um círculo muito

restrito do potencial do seu ser. Em geral, as pessoas fazem uso de uma porção

pequena de sua possível consciência e dos recursos da alma, como no caso de um

homem que, dentre todas as possibilidades dos movimentos de seu corpo, desenvolveu o hábito

de usar e mover somente seu dedinho mínimo da mão.”

(William James)

O princípio central, aquele que fundamenta todos os outros princípios do sucesso: A Força

Cósmica do Hábito.

Este é um princípio poderoso porque é com ele que definimos e estabelecemos o nosso

padrão de atração. E é por isso que a Força Cósmica do Hábito está diretamente ligada a dois

outros princípios: A Atitude Mental Positiva e a Autodisciplina. Se pretendemos atrair mais do

que realmente desejamos, esses três princípios precisam estar alinhados. Na verdade, um

sustenta o outro: a autodisciplina mantém a atitude positiva e estimula o hábito. O hábito

reforça a autodisciplina e nutre a atitude positiva. A atitude mental positiva direciona a

autodisciplina e impulsiona o hábito.

A força cósmica do hábito, como proposta por Hill, se refere a uma força natural, universal, que

fixa e materializa um padrão. E Hill nos dá exemplos de como essa lei opera na natureza,

coordenando todas as outras leis naturais a partir de padrões estabelecidos. Mas, ao contrário

dos outros animais por exemplo, os seres humanos podem optar por mudar seus padrões e

assim utilizarem a lei da força cósmica do hábito de acordo com o que desejarem.

De fato, todos estamos utilizando a força cósmica do hábito, estejamos conscientes disso ou

não. A diferença é que quando a utilizamos com consciência (tomando posse de nossas

mentes e direcionando-as para os fins que preferimos) podemos materializar o equivalente

físico do que desejamos. Mas, como um padrão de atração é criado?

Um padrão é qualquer ideia, crença, comportamento, que é habitual. Um hábito é uma

repetição constante de um ato/ideia. Quando se pensa num determinado fato freqüentemente,

Page 18: Textos Sobre Napoleon Hill 17 Principios

a força cósmica do hábito age sobre esse padrão de pensamento tornando-o mais ou menos

permanente (conforme a intensidade do pensamento) e colocando-o em funcionamento. Se

você tem constantemente pensamentos de pobreza, por exemplo, a força cósmica do hábito

fará com que isso se torne um padrão estabelecido(fixação), e trará para você mais pobreza

(materialização). W. Clement Stone chamava essa lei de “O Segredo”…

Por isso, ao mudar seus hábitos (mentais/físicos) você pode mudar a sua vida. Mas primeiro é

preciso definir qual o seu grande propósito de vida. O seu propósito precisa se tornar uma

ideia fixa na sua mente, já que é ele que irá nortear a aplicação de todos os outros

princípios. A grande chave dessa visita é a Fixação. A fixação em uma ideia, visão,

inspiração, é mais um “sintoma” que separa os bem-sucedidos do resto dos seres humanos.

Toda pessoa que vive uma vida de realização, que vive sua missão, sua essência; apenas

consegue isso porque possui uma ideia do seu propósito fixa em sua mente o tempo

inteiro. Não é pensar “quero isso” durante umas horas, uns dias… é pensar o tempo inteiro,

durante meses, anos. Se você for pesquisar as biografias de pessoas que tiveram vidas de

realizações, que deixaram suas marcas em suas áreas de atuação, por exemplo, você

perceberá que nada realmente aconteceu por acaso: a partir do momento que a pessoa se

definiu (fixou) em algum empreendimento/missão, tudo passou a acontecer de forma a realizar

essa definição. Como se mãos invisíveis aparecessem para ajudar…

MOYERS: Você já teve a sensação, como eu tenho às vezes, ao perseguir a sua bem-

aventurança, de estar sendo ajudado por mãos invisíveis?

CAMPBELL: O tempo todo. É milagroso. Tenho até mesmo uma superstição, que se

desenvolveu em mim como resultado dessas mãos invisíveis agindo o tempo

todo, a superstição, por exemplo, de que, pondo-se no encalço da sua bem-

aventurança, você se coloca numa espécie de trilha que esteve aí o tempo todo, à

sua espera, e a vida que você tem que viver é essa mesma que você está vivendo.

Quando consegue ver isso,você começa a encontrar pessoas que estão no campo

da sua bem-aventurança, e elas abrem as portas para você. Eu costumo dizer:

Persiga a sua bem-aventurança e não tenha medo, que as portas se abrirão, lá

onde você não sabia que havia portas.

(Joseph Campbell e Bill Moyers em “O Poder do Mito“)

E, para finalizar Napoleon Hill com chave de ouro, deixo com vocês as sábias palavras deMark Twain:

¨Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas coisas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra¨.