Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo

Programa de Estudos de Ps-graduados Stricto Sensu Tecnologias da Inteligncia e Design Digital - TIDD

Rua Caio Prado, 102 - Consolao - So Paulo/SP - CEP 01303-000 Tel.: (11) 3124-7216 - tidd@pucsp.br www.pucsp.br/pos-graduacao/mestrado-e-doutorado/tecnologias-da-inteligencia-e-design-digital

Roteiro de projeto Aqui o pesquisador encontrar os roteiros que devem ser seguidos para a elaborao de seu projeto de pesquisa e para o resumo da pesquisa. Elaborao de Projeto Ttulo O ttulo deve ser capaz de sintetizar, em uma frase, de modo objetivo a proposta da pesquisa e ser o mais perfeitamente ajustado ao contedo dela. Ttulos ambguos e longos devem ser evitados. Quando um ttulo mais longo se mostrar necessrio, estudar sua subdiviso em um sub-ttulo. Questo da pesquisa A questo da pesquisa implica recortar, dentro de um tema, o problema a ser pesquisado. S somos capazes de recortar uma questo, quando temos alguma familiaridade com o tema. J ouvimos falar sobre ele, j lemos e discutimos sobre ele. claro que a formulao da questo da pesquisa pressupe estudos preliminares do tema. Seria impossvel recortar uma questo, sem algum conhecimento prvio do contexto em que essa questo est inserida. Mas h algo no contexto do tema que desperta a nossa curiosidade, algo para o qual ainda no temos resposta. O recorte da questo diz respeito formulao to precisa quanto possvel desse algo que nos motivou e instigou a pesquisar. Estado da arte Uma vez formulada a questo, preciso se inteirar do que j foi feito, dito e discutido sobre ela. Isso se chama "estado da arte". Pode ser que a dvida, que est motivando a pesquisa, j tenha sido respondida de alguma maneira por algum. Por isso, preciso aprofundar o conhecimento sobre a questo, antes de dar prosseguimento ao projeto. Essa etapa tambm recebe o nome de reviso bibliogrfica, quando so estudados os trabalhos que se situam na circunvizinhana do problema, trabalhos que versam sobre problemas similares. A elaborao da reviso bibliogrfica deve ter em vista a contraposio dos trabalhos j realizados em relao questo que a pesquisa prope. V-se a por que a reviso bibliogrfica importante. De um lado, ela deve comprovar que o pesquisador no est querendo realizar algo que j foi feito, de outro lado, ela ajuda a encaminhar o passo seguinte da pesquisa, a justificativa, quer dizer, a argumentao sobre a relevncia do trabalho.

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Portanto, depois da delimitao da questo, o levantamento sistemtico do ponto de discusso em que esse campo de estudo se encontra (estado da arte) fundamental para justificar a relevncia da pesquisa que se pretende realizar, frente a alguma lacuna, ou controvrsia, ou situao ainda no testada, ou complexidade ainda no resolvida nesse campo de estudo. Justificativas do estado da arte que se extraem as justificativas da pesquisa. Esta nasce da constatao de que algo falta, algo est ainda mal ou pouco resolvido no campo a ser pesquisado. No decorrer da reviso bibliogrfica, ao citar as principais concluses a que outros autores chegaram, ao indicar discrepncias entre tendncias ou constatar certos entraves tericos ou prticos ou empricos, ao constatar alguma lacuna que sua pesquisa pode vir a preencher, o pesquisador j deve ir conduzindo seu texto na direo da contribuio que se pode esperar de sua pesquisa. Essa contribuio constitui-se em uma chave para a justificativa, uma vez que, frente aos estudos j realizados sobre o problema, a justificativa visa colocar em relevo a importncia da pesquisa proposta, quer no campo da teoria quer no da prtica, para a rea de conhecimento em que a pesquisa se desenvolve. Objetivos Qual o alvo da pesquisa? Que fins ela visa atingir? Quais so os aspectos que a questo envolve? Para onde cada um desses aspectos aponta? a isso que os objetivos se referem. Por se tratar da explicitao do item que, junto com a delimitao da questo, constitui-se no mais crucial do projeto, a gama dos objetivos pode ser mais extensa do que sua diviso mais comum em objetivo geral e objetivos especficos. Assim, os objetivos podem tambm ser de longo prazo ou imediatos, podem ser intrnsecos, quando se referem ao problema que se quer resolver, ou extrnsecos, quando chegam at a explicitao dos resultados esperados. Hipteses Hipteses so suposies de respostas para a questo proposta. A hiptese funciona como uma resposta antecipada, suposta, provvel e provisria que o pesquisador lana e que funcionar como guia para os passos subseqentes do projeto e do percurso da pesquisa. Uma pesquisa no uma viagem no escuro. De certa forma, adivinhamos as respostas possveis e apostamos nelas. Por isso mesmo, as hipteses funcionam como rotas de navegao. Mas, por melhor formuladas que estejam, as hipteses podem estar equivocadas. Por isso, em qualquer pesquisa, aquilo que imaginamos ser a resposta, ou o caminho para ela, deve ser testado. O teste no precisa ser necessariamente emprico. Vem da os inmeros tipos de caminhos metodolgicos adaptveis ao perfil especfico de cada tipo de pesquisa.

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H uma ligao estreita entre a formulao de hipteses e a fundamentao terica, pois so as teorias e conceitos de que estamos munidos que nos habilitam a imaginar hipteses. por isso que essa formulao j encaminha o pesquisador para a explicitao do seu quadro terico de referncia. Fundamentao Terica As escolhas tericas, que somos necessariamente levados a fazer, no podem ser frutos de um impulso, ainda menos de uma imposio, ou para estar de acordo com a especialidade do orientador de uma pesquisa, ou, o que ainda pior, simplesmente para agrad-lo. Opes tericas s podem nascer das exigncias internas que o problema da pesquisa cria. Para optar, precisamos conhecer as alternativas que se apresentam. Isso implica conhecimento da bibliografia existente. Tambm chamado de "embasamento terico" ou de "teoria de base", o quadro terico de referncia algo que brota diretamente do levantamento bibliogrfico para a elaborao do estado da arte de um problema de pesquisa. Tendo brotado do estado da arte, a fundamentao terica implica um avano em relao quele, na medida em que resulta de uma escolha consciente, crtica e avaliativa da teoria ou compsito terico que est melhor equipado para fundamentar o desenvolvimento da pesquisa, em consonncia com a metodologia que designa. O quadro de referncia terico consiste no corpo terico no qual a pesquisa encontrar seus fundamentos. Todo projeto deve conter os pressupostos tericos aos quais as interpretaes iro se conformar. Eles so inevitveis simplesmente porque no podemos evitar os pressupostos, sob pena de ficarmos imersos to somente no senso comum. Metodologia no momento da indicao dos procedimentos metodolgicos que o pesquisador deve localizar o tipo de pesquisa que est realizando, terica ou aplicada, histrica ou tipolgica, crtica ou sistmica, emprica com trabalho de campo ou de laboratrio etc. A metodologia est sempre estreitamente ligada a essa tipologia. Alm disso, os mtodos devem estar perfeitamente afinados com o problema proposto e com as hipteses. Tendo o problema em mente, o pesquisador deve se perguntar: "como e com que meios" poderei resolv-lo? Este "como e com que meios" entrelaa as hipteses e o mtodo. As hipteses funcionam como sinalizaes para o caminho a ser percorrido. Por isso, o mtodo deve estar sintonizado nessas sinalizaes. Alm disso, no pode haver contradio entre o mtodo e a fundamentao terica, pois, muitas vezes, o mtodo advm diretamente do quadro terico. Cronograma

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O cronograma da pesquisa deve ser estabelecido com indicao das etapas da pesquisa que sero cumpridas em cada perodo mencionado. Bibliografia Ao final do projeto deve comparecer a lista bibliogrfica preliminar, pois a bibliografia definitiva s pode e deve ser complementada no decorrer da execuo do projeto. Muitas vezes o pesquisador divide a bibliografia em duas partes. Uma parte j consultada para a elaborao do projeto e outra parte a ser pesquisada no decorrer da execuo do trabalho. (A bibliografia e as referncias no corpo do texto devem seguir as normas da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas) (Texto de autoria de Lucia Santaella, mais informaes sobre Elaborao de projetos podem ser obtidas no livro da mesma autora, Comunicao & pesquisa. So Paulo: Hacker).