TODA A ATUALIDADE EM … · de execução passaram de cerca de 50% para 70% em dez anos – e não...

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30 de novembro 2016 Ano 10 • N168 • 0,50 • Mensal • Diretor Armindo Mendes E-mail: [email protected] expressofelgueiras.com PUB TODA A ATUALIDADE EM WWW.EXPRESSOFELGUEIRAS.COM MACIEIRA DA LIXA VAI TER PARQUE URBANO PAG. 6 ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA ORÇAMENTO DE 2017 NO VALOR DE 48 MILHÕES DE EUROS PAG.5 CARLA MACHADO : “TENHO O MEU VALOR E DADO PROVAS” PAG. 12 COMANDANTE CAMPOS RECEBEU JUSTA HOMENAGEM DOS “SEUS” BOMBEIROS DA LIXA PAG. 8 Equipamento está a ser construído pela Junta de Freguesia

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30 de novembro 2016 • Ano 10 • N168 • €0,50 • Mensal • Diretor Armindo Mendes • E-mail: [email protected]

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TODA A ATUALIDADE EM WWW.EXPRESSOFELGUEIRAS.COM

MACIEIRA DA LIXA VAI TER PARQUE URBANOPAG. 6

ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA ORÇAMENTO DE 2017 NO VALOR DE 48 MILHÕES DE EUROS

PAG.5

CARLA MACHADO :

“TENHO O MEU VALOR E DADO PROVAS”

PAG. 12

COMANDANTE CAMPOS RECEBEU JUSTA HOMENAGEM DOS “SEUS” BOMBEIROS DA LIXA

PAG. 8

Equipamento está a ser construído pela Junta de Freguesia

30.NOVEMBRO.20162 expressofelgueiras.com

“POUCOCHINHO”!É A DEMOCRACIA

HÉLDER QUINTELA

SÉRGIO MARTINS

Estranhamente ou talvez não, e durante um mandato em que foi sistematica-

mente fazendo quase nada ou muito pou-co, o Executivo liderado pelo Dr. Inácio Ri-beiro elaborou um Orçamento Municipal para 2017 que adia o concelho! Além de ser estranho pelo facto de acontecer no último ano de mandato, acresce que adia a reso-lução de problemas infra-estruturais do e no concelho para anos posteriores a 2017, adia a resolução de problemas que se vêm arrastando ao longo dos últimos anos, ao mesmo tempo que decide aumentar a re-ceita proveniente dos impostos que os fel-gueirenses pagam, quer a análise seja feita em termos percentuais ou em termos no-minais (em 2016: 14% e, em 2017:18%)!

Recuando no tempo, sabemos que no primeiro mandato Inácio Ribeiro conse-guiu “fazer bonito” com a inauguração de obras emblemáticas que resultaram de candidaturas apoiadas por fundos comu-nitários elaboradas por executivos que o antecederam... Conseguiu também “fazer bonito” com a redução do endividamento, uma vez que durante a execução das obras o executivo anterior à chegada do PSD teve que contraír empréstimos para realizar as obras, mas uma vez estas concluídas os fundos de apoio foram chegando e com isso a consequente liquidação dos emprés-timos! Acresce, e ainda bem que assim foi para Felgueiras, no final a comparticipação comunitária teve uma majoração adicional o que permitiu reduzir o esforço financeiro previsto do município.

Só que durante este mandato (o segun-do do PSD), fruto de várias circunstâncias, o município não tem sido bem sucedido na captação de comparticipações da União Europeia! Por isso, até não foi estranho na última reunião da Assembleia Municipal que tivesse sido analisada uma alteração ao Orçamento de 2016 na componente da receita, com a redução de 2.000.000€ que o Executivo PSD tinha inscrito provenien-te de participação comunitária em projetos co-financiados e que não se efetivaram! Como não é estranho que a revisão do Pla-no Diretor Municipal já não venha a estar concluída no primeiro semestre de 2017, apesar de ser um documento estratégico de ordenamento do território, elaborado num quadro legislativo distinto do atual (lei de 1990) que previa um prazo limite para a re-visão de 10 anos, em que como é reconheci-do “(...) a classificação e qualificação do solo está totalmente desajustada do normativo

atual(...)”... Mas, o que é que estes dois factos de-

monstram? A incapacidade estratégica do Executivo PSD liderado por Inácio Ribeiro; a incapacidade de projetar o concelho para o futuro; a incapacidade de implementar estratégias de desenvolvimento susten-tado, o que objetivamente condiciona os próximos anos de Felgueiras, adiando o concelho! E não apenas em infra-estrutu-ras importantes nos principais pólos ur-banos, mas também em infra-estruturas nas freguesias… Infelizmente, acresce que aquelas que vai fazendo ou projetando, privilegiam de forma anti-democrática as freguesias em que o Presidente de Junta foi eleito nas listas do PSD…

Mas tudo isto é ainda mais grave, quan-do agora - contrariando a ideia vigente de que tudo estaria bem nas hostes laranja -, o PSD/Felgueiras está em “estado de sítio”, numa situação que deixou de estar confi-nada aos gabinetes municipais e reuniões internas partidárias (as que ainda existem), sendo a discussão feita na praça pública com protagonistas e factos. E protagonis-tas muito relevantes na estrutura do parti-do ao nível da intervenção e das conquistas em que estiveram envolvidos, traduzindo-

-se em fraturas internas no partido mas também no Executivo Municipal. Este desgaste está certamente relacionado com: a forma como Inácio Ribeiro tem conduzi-do o partido; pelas escolhas do seu círculo mais próximo em que tem sistematica-mente optado por renegar/afastar figuras de grande relevância política e técnica do partido; pela sua preferência em assumir cargos ao nível de entidades supra-munici-pais como a Valsousa (Associação de Muni-cípios do Vale do Sousa) e na Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa em des-favor de assumir pelouros importantes no município que deveria ser a sua prioridade primeira. Nunca na história dos Executi-vos Municipais que antecederam Inácio Ribeiro, um Presidente de Câmara delegou tanto e assumiu tão “poucochinho”.

Por tudo isto, não se estranha que re-lativamente à maior parte das perguntas que lhe são colocadas sobre os assuntos em discussão, nas reuniões de Câmara e da Assembleia Municipal, a resposta mais ouvida seja algo do tipo, “vou ter que re-colher informação junto dos serviços e depois farei chegar a resposta”… Resposta que obviamente nunca chega… Para o líder do Executivo, para o Presidente de Câmara é mesmo “poucochinho”!

OPINIÃO

Foi aprovado o Orçamento de Estado para 2017 com os votos favoráveis da

Geringonça. Ninguém tinha dúvidas que, embora os dois principais partidos que suportam a aliança de esquerda para go-vernar Portugal tivessem feito o seu teatro habitual, votariam favoravelmente o Orça-mento.

Como tenho defendido, este não é um Orçamento realista mas sim eleitoralista. Aquilo que a máquina de spin do governo faz, não é mais do que colocar na opinião pública uma medida de forma exagerada, para recuar a seguir e a taxa a aplicar ser mais baixa. É o mesmo que dizer vêm aí quatro ladrões e depois anunciar que são apenas dois. É um Orçamento que, segun-do a Unidade Técnica de Apoio Orçamen-tal (UTAO) do Parlamento, mantém a mes-ma carga fiscal existente, ou seja, não há diminuição efetiva do peso dos impostos como o governo faz questão de anunciar. Até porque há necessidades (antigamente eram designadas por austeridade) impos-tas pela UE. Depois promete aumentos nas pensões em forma parcelar. No inicio do ano um e em agosto outro... a dois meses das eleições autárquicas. Não poderia exis-tir medida mais eleitoralista que esta.

Depois do prometido crescimento eco-nómico baseado no consumo interno, o PS muda, em seis meses, para um crescimen-to económico baseado novamente nas ex-portações e no investimento. Só que estas mudanças de rumo e de estratégia fizeram com que as nossas exportações e investi-mento caíssem a pique, recuperar será por isso mais demorado. Isto, aliado à novela CGD em que toda a gente percebeu agora, com a demissão de António Domingues e entrega da declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, que alguém no governo prometeu aquilo que não podia, ou seja, que os administradores da CGD estariam desobrigados da entrega das de-clarações. As consequências da falta de transparência e rigor estão aí. A agência de rating DBRS já ameaçou cortar o rating da CGD para “lixo”.

O Orçamento municipal foi também aprovado na passada semana, com os votos favoráveis da maioria PSD/PPM... e nem todos os deputados socialistas votaram contra. Quanto à discussão essa foi morna na medida em que a oposição socialista se limita a usar os mesmos argumentos em todos os orçamentos, quanto à derrama, à participação variável do IRS, etc. Mas va-mos por partes. Este Orçamento apresenta uma descida, pequena eu sei, da taxa de IMI para 0,325%, quando o município pela execução orçamental está a receber menos

IMI do que no ano de 2015. Isto significa que, na globalidade, os felgueirenses paga-ram menos IMI. A isto acrescem os bene-fícios sociais para famílias numerosas que foi aprovado no ano transato. Claro que se pode sempre argumentar que os agregados familiares em Felgueiras não têm, em mé-dia três filhos (família que ainda iria pagar menos que no ano anterior), mas se o mon-tante global pago pelos felgueirenses é me-nor... não restam dúvidas que houve perda de receita. Quanto à aplicação da derrama, convém recordar que até há pouco tempo era necessário inscrever a finalidade da mesma no Orçamento e que assistimos durante quase vinte anos à aplicação, pelo PS, da derrama quase todos os anos para a mini-hídrica. Os investimentos e conclu-são da dita foi feita já pelo PSD e por Inácio Ribeiro. A derrama que hoje se aplica, serve para apoiar todas as medidas sociais que desde 2009, Inácio Ribeiro e a sua equi-pa autárquica implementam e expandem. Aquilo que muitos começam agora a fazer – oferta de livros, apoio social no pagamento de despesas básicas, apoio a idosos e várias outras – já se aplica em Felgueiras há mui-tos anos. Se por um lado o PS costuma falar nos baixos salários que se praticam ainda e infelizmente no setor do calçado, argu-mentam que a participação variável de 5%, que o município pode dispor do IRS, deve-ria ser devolvida. Os felgueirenses sabem que se a maioria dos salários são baixos e não sujeitos a IRS, não dá para devolver 5% de coisa nenhuma. Por outro lado cla-ro que existem muitas centenas de outros casos que pagam IRS, pessoas com rendi-mentos mais elevados e que, em teoria, po-dem suportar a carga fiscal. O tal princípio da proporcionalidade. Se entre estes dois extremos poderemos encontrar casos em que a medida se pode tornar injusta? Com certeza que sim. Mas a aplicação tem que ser geral e abstrata.

Este é um orçamento realista – as taxas de execução passaram de cerca de 50% para 70% em dez anos – e não um orçamento para inscrever tudo e depois não se realizar, como seria tentador e fácil de fazer em ano eleitoral. Se o tivesse feito, a coligação PSD/PPM seria acusada de eleitoralista, como não o faz, de ser pouco ambiciosa. O velho ditado é aqui pertinente: “ preso por ter cão, e preso por não ter”.

Claro que a oposição tem que fazer o seu papel democrata de criticar, de exigir e até poderia apontar outros caminhos. É de reconhecer o esforço que o líder do grupo municipal do PS faz para levar o partido às costas, tarefa sempre árdua quando não há matéria a apontar ao município, a não ser que se criem casos...

30.NOVEMBRO.2016 3expressofelgueiras.com ATUALIDADE

POSTO DE COMBUSTÍVEIS EM FELGUEIRAS ASSALTADO

Dois homens assaltaram, na noite de domingo, umas bombas de gasolina situadas na Varziela, em Felgueiras. Um dos ladrões estava disfarça-

do com um cachecol colocado na cara e usou uma arma para ameaçar o funcionário da gasolineira.

A GNR e a Polícia Judiciária investigam.Ladrão escondeu cara com cachecol.O assalto ocorreu pelas 22h00, hora a que um carro

chegou às bombas de gasolina da BP, localizadas na rua Tenente-coronel Emídio Peixoto. No interior da viatura estavam dois homens, mas só um saiu para se dirigir à

loja do estabelecimento. Quando entrou neste espaço das bombas de gasolina, tinha um cachecol a tapar-lhe parte da cara e estava armado com uma pistola, que usou para ameaçar o funcionário que se encontrava ao balcão.

Sem mais ninguém no interior da loja, o funcioná-rio das bombas da gasolina não resistiu ao assalto e en-tregou todo o dinheiro que estava guardado na caixa registadora. Já na posse da quantia roubada – cujo valor não foi possível apurar – o ladrão regressou ao carro, no qual permaneceu, ao volante, o comparsa. Instantes depois, o automóvel arrancou para parte incerta.

A GNR de Felgueiras foi imediatamente chamada ao local do roubo, mas, por se tratar de um crime que envolveu armas de fogo, a investigação passou para a

competência da Polícia Judiciária. Neste momento, já se descobriu que as matrículas colocadas no carro usa-do para efetuar o assalto eram falsas.

ROBERTO BESSA MOREIRA

TRABALHADOR DE FELGUEIRAS MORREU EM ACIDENTE

Um homem de 59 anos morreu, na passada sexta--feira, na sequência de um acidente de trabalho. João Pereira Gomes tinha 59 anos, residia em

Vila Verde, Felgueiras.

O acidente aconteceu em Santo Adrião, Vizela, quando o funcionário de uma empresa estaria a substi-tuir um poste de eletricidade.

Os Bombeiros Voluntários de Vizela ainda deslo-caram para o local do acidente uma ambulância e três

elementos, mas João Pereira Gomes não resistiu ao im-pacto no chão.

Militares da GNR e inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho também estiveram em Vizela a recolher informações sobre o sucedido.

ROBERTO BESSA MOREIRA

PS E PRESIDENTE DA CÂMARA TROCAM ACUSAÇÕES SOBRE TRIBUNAL DE CONTAS

O PS/Felgueiras acusou a maioria PSD na Câmara Municipal de ter desrespeitado uma recomenda-ção do Tribunal de Contas (TdC), ao ter inscrito

no Orçamento de 2017 obras a executar para além do pró-ximo ano.

“O último parecer do Tribunal de Contas vem compro-var que este Executivo é muito pouco imaculado no que à gestão financeira diz respeito, contrariamente ao que tentam fazer passar na opinião pública”, lê-se num comu-nicado enviado à Lusa.

Justificando esta posição, o PS/Felgueiras cita, na nota à imprensa, excertos do parecer que o Tribunal de Con-tas emitiu sobre a contratação de um empréstimo, de 5,2 milhões de euros, pela Câmara de Felgueiras: “Segundo o Tribunal de Contas, recomenda-se ao PSD ‘maior rigor na elaboração de Orçamentos’, reforçando o ‘respeito pe-las regras orçamentais, a fim de que os orçamentos sejam alicerçados em previsões sinceras e fiáveis’”.

Ainda segundo os socialistas, o TdC acrescenta, no seu parecer, que qualquer compromisso deve ser assu-mido com garantias de financiamento, colocando em causa as atuais opções deste Executivo.

Por isso, lê-se na comunicação, “o PS Felgueiras tem razão quando acusa Inácio Ribeiro [presidente da Câ-mara] e o PSD de irrealismo nos seus orçamentos”.

Os socialistas insistem que o TdC “proíbe que qual-quer encargo seja contraído para “além do fim do man-dato autárquico” e que no Orçamento para 2017 se as-siste “a uma desobediência gritante por parte do PSD, com várias projeções de despesa para anos posteriores ao próximo, que servem apenas para adiar obras que, verdadeiramente, não têm vontade de fazer”.

Para a oposição, estas constatações do TdC “não po-deriam ser mais oportunas”.

“A falta de rigor financeiro deixa-nos, a todos os fel-gueirenses, muito preocupados”, comentam os socialis-tas locais, criticando a gestão social-democrata da au-tarquia pela “ausência de uma visão estratégica para o concelho, totalmente parado e sem obra”.

O presidente da Câmara de Felgueiras, Inácio Ribei-ro (PSD), negou a acusação do PS local de que o executi-vo estará a violar recomendações do Tribunal de Contas e acusou os socialistas de desconhecimento da lei.

“Em rigor, fico sem palavras. É demagogia pura ou um total desconhecimento da lei e do que é um orça-mento municipal”, comentou Inácio Ribeiro, em decla-rações à Lusa.

Reagindo à posição do PS, o autarca do PSD vincou à Lusa estar “perplexo”.

“Como se produz um documento destes, desconhe-cendo a lei, desconhecendo o que se votou e fazendo in-terpretações cruzadas e anacrónicas”, acentuou Inácio Ribeiro.

O presidente da Câmara assinalou, por outro lado,

que as recomendações do TdC a que se refere o PS “so-bre a execução orçamental e compromissos transitarem para mandatos seguintes não se aplicam a Felgueiras”.

“Nomeadamente em relação aos compromissos em atraso, quando qualquer município que tenha paga-mentos em atraso há mais de seis meses, se fizer acordos de pagamento, tem de cumprir e pagar no mandato em que está, ora esta aplicação não se aplica a Felgueiras”, explicou.

Quanto à projeção de obras para além de 2017, Iná-cio Ribeiro explica que se trata de algo que decorre da legislação e que obriga os municípios, quando fazem os orçamentos, a enunciar os investimentos para os anos seguintes.

“Por força da lei, quando se faz o orçamento tem de se fazer um Plano Plurianual de Investimentos e um plano das atividades relevantes do município, projetando para os próximos quatro anos, independentemente de se es-tar no início ou no fim do mandato autárquico”, assina-lou Inácio Ribeiro.

Logo, prosseguiu o autarca de Felgueiras, “o Plano Plurianual de Investimentos, que é isso a que a oposição se refere, projeta os investimentos estratégicos para os próximos quatro anos”.

Sobre a acusação do PS de “falta de rigor financeiro” na Câmara de Felgueiras, o autarca social-democrata recordou que quando chegou à presidência da autarquia, em 2009, a execução do Orçamento Municipal era de 53% e agora é de 70%.

ARMINDO PEREIRA MENDES

30.NOVEMBRO.20164 expressofelgueiras.com ATUALIDADE

CUSTÓDIO PEREIRA DE CARVALHO HOMENAGEADO

Custódio Pereira de Carvalho, nascido em San-tão, no concelho de Felgueiras, um benemérito e fundador das primeiras escolas públicas no con-

celho de Felgueiras foi homenageado, informou fonte da autarquia.

Custódio Pereira de Carvalho foi responsável pela fundação da escola de Caramos, Pedreira, Santão, Var-ziela e Vila Cova da Lixa. Esteve associado à fundação das primeiras escolas públicas gratuitas dos concelhos de Lousada, Amarante e Felgueiras.

Para celebrar a data, junto ao seu jazigo, paredes meias com a igreja românica de Santão, foi descerrada uma lápide num reconhecimento público a este portu-guês que, sendo um bem-sucedido negociante em In-glaterra do século XIX, nunca esqueceu o seu país, a sua terra e os portugueses emigrados.

Trata-se de “uma importante figura do liberalismo português de oitocentos, um grande patriota, huma-nista e filantropo”, lê-se na nota publicada na página da autarquia.

Custódio Pereira Carvalho, em Inglaterra, ficou conhecido por prestar apoio a José Liberato Freire de Carvalho para a fundação de um dos mais importan-tes jornais portugueses na emigração - “O Campeão Portuguez em Londres”, uma voz livre e independente contra o desgoverno do Portugal no período da regên-cia inglesa, com a corte no Brasil.

Custódio Pereira Carvalho ficou, também, conhe-cido por apoiar financeiramente o exército português contra os primeiros invasores franceses de Junot. Pres-tou auxílio na formação da armada liberal que viria a desembarcar no Mindelo, contra as tropas absolutistas.

Entre José Liberato Freire de Carvalho e Custódio Pereira Carvalho existiu uma amizade “profunda” que foi agora reconhecida, após ter sido exibida na Biblio-teca de Felgueiras uma exposição sobre as vidas destes dois “notáveis” portugueses.

REDAÇÃO

FELGUEIRAS OBTÉM FINANCIAMENTO PARA TORNAR OS CENTROS URBANOS MAIS AGRADÁVEIS E MODERNOS

A Câmara de Felgueiras vai avançar com um con-junto de obras, cujo investimento ronda os 5.700 milhões de euros, intervenções que se inserem

no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU), no âmbito do Norte 2020, informou fonte da autarquia.

As intervenções serão efetuadas em vários pontos do concelho, prevendo tornar os centros urbanos de Felgueiras, Lixa, Barrosas e Longra mais agradáveis e modernos.

Em Felgueiras, está prevista a requalificação da área envolvente Norte à Praça da República, bem como o quarteirão Sul envolvente à mesma Praça. Prevê-se a execução de obras de fundo na Praça Vasco da Gama, a

reabilitação da área envolvente à Igreja Matriz de Mar-garide, e dos espaços públicos exteriores do Bairro João Paulo II. A reconversão da Escola Adães Bermudes de Felgueiras para Oficina de Artes Performativas é outro projeto a executar.

Serão requalificados também alguns espaços públi-cos dos centros Urbanos da Lixa, de Idães e da Longra.

Citado em comunicado, o presidente da autarquia, Inácio Ribeiro, realçou que o investimento nas áreas centrais tem como objetivo primordial regenerar a ima-gem urbana dos principais polos do concelho propor-cionando aos habitantes uma melhor qualidade de vida.

De acordo com o autarca as obras preveem alargar e diversificar a oferta de espaços de estar e de lazer.

Em termos operacionais a ação prevê a melhoria dos espaços pedonais, a colocação de mobiliário urbano adequado, a adequação dos pontos de iluminação e a adaptação da arborização e vegetação existente às con-dições de mobilidade e acessibilidade.

CERCA DE DUAS DEZENAS DE CANDIDATURAS AO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM

Vinte e duas candidaturas concorreram ao Orça-mento Participativo Jovem de Felgueiras, mas apenas 18 foram selecionadas, informou fonte da

autarquia.Citado em comunicado, o vereador e o vice-presi-

dente da Câmara de Felgueiras, João Sousa, destacou a adesão elevada de candidatos a este concurso, destina-

do a jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos.

O autarca realçou que a “elevada” participação no concurso é “sinal de que os jovens têm confiança no nosso trabalho e querem participar na construção de um concelho melhor”.

O autarca referiu que o objetivo do Orçamento Par-ticipativo Jovem de Felgueiras passa por promover o diálogo entre a edilidade, os jovens e a sociedade civil, com o intuito de criar renovadas soluções, tendo em conta os recursos disponíveis da autarquia e a sua cri-teriosa gestão.

O Orçamento Participativo Jovem é um projeto que decorre com participação direta dos cidadãos com pro-jetos que vão desde a cultura, desporto, multimédia, se-gurança, acessibilidades e a solidariedade social.

O valor do projeto vencedor pode chegar até 20.000 e está contemplado no Orçamento municipal para 2017.

Pode obter mais informação sobre os projetos apre-sentados e votar no seu preferido entre 21 de novembro e 31 de dezembro, no site da autarquia www.cm-felguei-ras.pt <http://www.cm-felgueiras.pt> .

O período de votação das propostas decorre de 21 de novembro e 31 de dezembro.

REDAÇÃO

REDAÇÃO

30.NOVEMBRO.2016 5expressofelgueiras.com POLÍTICA

FELGUEIRAS APROVA 48 MILHÕES DE EUROS PARA 2017 CENTRADO NO APOIO SOCIAL E REDE VIÁRIA

A Assembleia Municipal de Felgueiras aprovou o orçamento para 2017 no valor de 48 milhões de euros, com o apoio social e o investimento na rede

viária nas principais preocupações do executivo.A votação decorreu no dia 25 de novembro, com 28

votos a favor, 11 contra e quatro abstenções.O orçamento para 2017 tem como principais linhas

orientadoras a área social, o apoio às famílias mais ca-renciadas, às instituições particulares de solidariedade social, o investimento na rede viária, no desporto e o apoio ao investimento.

As grandes opções do Plano para 2017 preveem a construção do campo do União Desportivo de Torrados, assim como de outros equipamentos desportivos, o in-vestimento na reabilitação urbana e na rede viária, entre outros.

O presidente de Câmara Municipal de Felgueiras, Inácio Ribeiro, adiantou que o executivo vai reforçar o apoio às famílias mais carenciadas, o apoio à materni-dade, a aquisição de medicamentos, a aquisição dos ma-nuais escolares, o pagamento água, luz e rendas, entre outros.

No setor social, o chefe do executivo sustentou que, a curto prazo, vai ser apresentado um regulamento de apoio ao bombeiro que irá definir uma maior concessão de regalias sociais aos soldados da paz.

Nas acessibilidades, o edil adiantou que as vias prin-cipais estão a ser intervencionadas, estando cabimenta-da uma verba entre cinco a sete milhões de euros para a rede viária nas freguesias.

No domínio do investimento, o autarca garantiu que o seu executivo vai lançar um regulamento de apoio à captação de investimento.

Em matérias de números e de resultados económi-cos, Inácio Ribeiro frisou que “Felgueiras é sexto/sétimo em população ativa, viu aumentando o poder de com-pra, em quatro anos, passando de 66% para 83% e tem um saldo da balança comercial que ultrapassa os 600 milhões de euros”.

O autarca explicou que o Orçamento de 2017 con-templa uma política de “rigor” que procura “manter o equilíbrio das contas”. A este propósito, realçou que o município continua a ter capacidade de endividamento.

Na próxima Assembleia Municipal, o executivo vai propor a contração de um novo empréstimo na ordem

dos quatro ou cinco milhões de euros. Quanto à capacidade de endividamento, o edil es-

clareceu que, em 2009, quando assumiu a autarquia, a dívida do município era de 30 milhões de euros, sendo presentemente de pouco mais de 11 milhões de euros, o que representa uma redução de 60% da dívida.

O edil rejeitou as críticas que lhe tinham sido feitas pelo líder da bancada do PS, Hélder Quintela, sobre a ca-pacidade de endividamento do município, assegurando que esta é de 40 milhões de euros.

Falando ainda do orçamento, Inácio Ribeiro recor-dou que em 2010 a taxa de execução foi de 53%, em 2015, de 70% e em 2016 deverá ultrapassar os 70%.

O edil garantiu que, com base no orçamento de 2016, o município tem uma folga de mais 11 milhões de receita, o que lhe permite fazer ajustamentos.

Quanto à carga de impostos diretos que está refle-tiva no orçamento, 18%, o chefe do executivo sustentou que é um valor baixo e defendeu a necessidade das au-tarquias encontrarem fontes de financiamento para não estarem dependentes do Estado.

A este propósito, o presidente da Câmara de Felguei-ras recordou que quando assumiu o executivo a inde-pendência financeira da câmara face ao Estado era de 38% tendo passado para os 50%

Já o líder da bancada do PS, Hélder Quintela, frisou que o Orçamento para 2017 é um “orçamento que adia o concelho” que “protela obras estruturantes que são fun-damentais para o município”.

O deputado municipal do PS garantiu que os docu-mentos previsionais para o ano de 2017, “não resolvem os problemas estruturais e obras como o parque verde, o Parque Tecnológico, o cemitério municipal e vias estru-turantes vão continuar “por realizar ou estão inscritas nas Grandes Opções do Plano com valores residuais”.

Na análise ao Orçamento, o responsável pelo grupo do PS adiantou existir “uma dependência dos impostos municipais, como a taxa variável do IRS, do IMI e da derrama”. Defendeu que o Orçamento para 2017 sobre-carrega os munícipes e empresários do ponto de vista

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA fiscal, sendo que 18% do Orçamento é financiado pelos munícipes.

Hélder Quintela criticou, também, o facto do atual executivo não ter avançado ainda com a revisão do Pla-no Diretor Municipal (PDM), do Orçamento prejudicar os presidentes de junta eleitos pelo PS e acusou o execu-tivo de Inácio Ribeiro de “falta de visão estratégica para o concelho”.

Líder da bancada da maioria defende que Orçamento se aproxima da realidade

O líder da bancada da maioria, Joaquim Ribeiro, afir-mou que o Orçamento para 2017, aprovado na última Assembleia Municipal, é um documento cujas previsões se aproximam da realidade.

Na sua intervenção que ficou marcada pela saída dos vereadores sem pelouro do PS e pelo líder da bancada socialista, Hélder Quintela, Joaquim Ribeiro criticou o

“populismo fácil” e lembrou que tem de existir prudên-cia entre a arrecadação da receita e a cabimentação da despesa.

O deputado do PSD recordou que o Orçamento é uma estimativa e tem de existir seriedade para se propor um corte na receita e contrabalançar com um corte na despesa.

“É fácil entreter toda a gente. A política municipal não pode ser isso. É preciso existir seriedade nas propos-tas. O povo não é analfabeto”, disse.

Na sua intervenção, Ribeiro elogiou a saúde finan-ceira do município, frisando que o executivo “não paga tarde aos fornecedores, tem capacidade de endivida-mento e faz obra com critério”.

“Não me parece que estejamos assim tão mal”, aludiu numa referência ao equilíbrio financeiro que a oposição tem criticado. Falando dos documentos previsionais para o ano de 2017, realçou a aposta no apoio às famílias mais carenciadas.

“Nunca se respirou tanta liberdade e democracia como agora”, defendeu ainda.

Inácio Ribeiro, presidente da câmara Hélder Quintela, líder da bancada do PS Joaquim Ribeiro, líder da bancada do PSD

30.NOVEMBRO.20166 expressofelgueiras.com ATUALIDADE

MACIEIRA DA LIXA VAI TER PARQUE DE LAZER EM 2017

A União de Freguesias de Macieira da Lixa já deu inicio à construção do parque de lazer de Maciei-ra da Lixa e Caramos, em Felgueiras, equipamen-

to orçado em cerca de 150 mil euros, pago a expensas da junta de freguesia.

Segundo o presidente da União de Freguesia de Macieira da Lixa e Caramos, Marco Silva, o projeto é constituído por três fases, sendo que a primeira fase,

está orçada em 80 mil euros, deverá estar concluída no Verão de 2017.

Ao Expresso de Felgueiras, o autarca destacou que o parque, situado em Vila Nova, na zona ribeirinha, prevê a criação de uma zona para parque de merendas, equipamentos e infraestruturas de apoio ao funciona-mento do parque, nomeadamente, bar de apoio, equi-pamentos de prática de desporto, um campo de futebol de praia e voleibol e um parque infantil assim com um

circuito de manutenção. A estrutura irá ter, também, a construção de zonas

verdes, uma área com quedas de água e passadiços. “Trata-se de um equipamento inédito na freguesia

que vai permitir aos habitantes usufruir de um espaço único pensado para as pessoas, construído numa zona aprazível”, disse, frisando que a sua construção vai qua-lificar, do ponto de vista urbanístico, aquela área.

Falando do projeto, o autarca lamentou a “falta de apoio por parte da câmara”, na comparticipação finan-ceira da obra, afirmando que solicitou apoio ao execu-tivo, liderado por Inácio Ribeiro, mas este “foi-lhe ne-gado”.

A este propósito, o autarca revelou que apesar dos contactos efetuados com a Câmara de Felgueiras no sentido de inscrever a obra no Orçamento para 2017, o pedido não foi tido em conta.

“Inicialmente a empreitada era para ser realizada e duas fases, mas devido à falta de apoio financeiro vai ter três fases”, revelou, lamentando a ausência de quaisquer obras no Orçamento e nas Grandes Opções do Plano para 2017.

Ao Expresso de Felgueiras, o autarca sublinhou que esta foi uma das razões que o levou a votar contra os do-cumentos previsionais para o próximo ano na última Assembleia Municipal.

“Fui eleito para defender os interesses de Macieira e Caramos e não posso aceitar uma coisa destas”, realçou.

A segunda e terceiras fases do parque de lazer de-verão estar finalizadas em finais de 2017 início de 2018.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

JUNTAS DE FELGUEIRAS RESPONSABILIZAM CÂMARA POR FALTA DE ANÁLISES AOS FONTANÁRIOS

O presidente da Junta de Freguesia de Macieira da Lixa e Caramos acusou a Câmara de Felgueiras de não proceder ao controlo da água dos fon-

tanários do concelho, há dois anos, pondo em causa a saúde pública.

“Tenho receio pelo que possa suceder. Compete à câ-mara escrutinar a qualidade da água dos fontanários e

não imputar responsabilidades aos autarcas numa ma-téria em que não têm competência”, avisou Marco Silva, em declarações à Lusa

A situação, acrescentou, tem obrigado algumas Juntas de Freguesia a suportar os encargos das análi-ses, violando o quadro de competências, de acordo com um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvol-vimento Regional do Norte. Marco Silva defende que as juntas não têm como justificar as despesas com as aná-lises, uma vez que é uma responsabilidade da Câmara. Só naquela localidade, uma das mais populosas do con-celho de Felgueiras, existem 22 fontes fontanários.

O presidente da Junta de Freguesia de Revinhade, Paulo Pereira, também ouvido pela Lusa, confirmou a situação e disse que, perante a inexistência de controlo da qualidade da água dos fontanários, optou por colo-car placas com a inscrição: “Água por controlar”.

O autarca defendeu que a Câmara deveria ter feito algum esforço para resolver o problema que se arrasta há demasiado tempo. Paulo Pereira disse haver na fre-guesia quatro fontes muito procuradas, sobretudo du-rante o verão.

Também o presidente Junta de Freguesia de Airães, Vítor Vasconcelos, afirmou estar preocupado com a situação dos fontanários. À Lusa, disse dispor de um parecer da Associação Nacional de Freguesias que atri-bui responsabilidades às câmaras na administração da

qualidade das águas dos fontanários.O autarca realçou que o seu Executivo não tem ca-

pacidade financeira para fazer análises regulares e por-menorizadas, frisando haver 11 fontanários em Airães, uma das maiores freguesias do concelho.

“É uma questão de saúde pública que importa resol-ver e que se arrasta há vários anos”, vincou.

Sobre a situação denunciada pelos presidentes de Junta, a Câmara respondeu não ser obrigatório fazer o controlo da qualidade da água dos fontanários nas zo-nas com rede pública.

“A lei determina que é obrigatório efetuar o controlo de qualidade de água dos fontanários apenas quando estes sejam origem única de água para consumo hu-mano numa determinada localidade”, lê-se numa nota escrita enviada à Lusa.

Assinala-se ainda não estar referenciado nenhum fontanário que seja origem única de água, pelo que “não é necessário efetuar nenhum controlo adicional à água disponível nos fontanários que se encontram dentro de zonas de abastecimento com água da rede pública”.

A Câmara de Felgueiras acrescentou ter reunido com as Juntas de Freguesia.

“Já obtivemos resposta de várias freguesias e aguar-damos que as restantes nos enviem a respostas ao for-mulário desenvolvido por esta autarquia e que prevê a atualização dos dados”, acrescenta-se.

ARMINDO MENDES/LUSA

30.NOVEMBRO.2016 7expressofelgueiras.com POLÍTICA

CDS-PP FELGUEIRAS HOMENAGEOU MADALENA SILVA

A concelhia do CDS-PP de Felgueiras homenageou Madalena Silva, conhecida empresária, benemé-rita e política do concelho, numa iniciativa que

contou com a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, do presidente da distrital do Porto, Álvaro Castello-

-Branco, entre outros dirigentes nacionais, distritais e concelhios.

Carla Carvalho, da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Felgueiras, cosnidera que o encontro de mi-litantes e dirigentes extravasou o caráter político e foi uma festa de homenagem à “pessoa, à mãe, à avó, à mu-lher de família, à empresária, à benemérita e à política”.

“Não temos dúvidas em afirmar que Madalena Silva é um exemplo a seguir, pela sua garra, capacidade de persistir, de acreditar, de impor a si mesma essa força interior”, afirmou, salientando que a homenageada, ao longo da sua vida, sempre se notabilizou pela “entre-ga”, “determinação” e pela procura em construir uma sociedade melhor, seja na politica, na área empresarial, social e humanitária.

Falando da conhecida empresária, a dirigente do CDS-PP Felgueiras referiu-se a Madalena Silva como uma pessoa de causas “dedicada”, conhecida pelo seu espírito de “sacrifício e competência”, uma fonte de ins-piração que sempre motivou com quem ela privou.

“Queremos que fique com a certeza que tudo o nos ensina é e será sempre uma mais valia para o futuro de cada um de nós”, afirmou.

Carla Carvalho recordou, também, a dimensão e convicções políticas da fundadora do partido, como sendo uma referência para os atuais militantes e os jo-vens.

“A sua convicção aos princípios democratas e cris-tãos ajudam-nos a trilhar novos e melhores caminhos”, revelou.

Falando, ainda, dos princípios políticos de Madale-na Silva, a dirigente da concelhia do CDS-PP Felgueiras lembrou as batalhas que trabalhou em prol dos valores que sempre acreditou e defendeu.

“Ao longo destes anos, que já são alguns, temos vi-vido muitos momentos em conjunto dos quais nunca nos esqueceremos”, acrescentou, frisando que as pala-vras de Madalena Silva foram e são uma constante ins-

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

piração e um exemplo para as lutas que diariamente o partido tem de travar.

Carla Carvalho referiu-se, também, a Madalena Sil-va como uma mulher que apesar a sua dimensão social e humana que sentiu na pele algumas “injustiças”.

“Há algo que nos incomoda e não podemos deixar de referir e de lhe prestar a nossa solidariedade, quando sentimos alguns desagradecimentos e de injustiças a quem tanto ajudou”, disse.

A cerimónia de homenagem terminou com um poe-ma da autoria de Ana Marinho Soares, médica de me-dicina geral e familiar na USF Felgueiras Saúde, poetisa nos tempos livres, autora do blog de poesia “O Rio da Miká” e com um momento musical com letra de Isabel Bento.

FORMAÇÃO DE CALÇADO EM CELORICO DE BASTO PARA RECEBER EMPRESAS FELGUEIRENSES

O Centro de Formação de Calçado está a minis-trar formação na zona industrial de Crespos, em Celorico de Basto, destinada a preparar

desempregados para as unidades daquele setor que se estão a instalar no concelho.

A ação decorre no âmbito de um acordo estabele-cido entre aquela entidade formativa, com instalações em S. João da Madeira e Felgueiras, a Câmara de Celori-co de Basto e a Empresa Municipal Qualidade de Basto, disse hoje à Lusa o presidente da autarquia, Joaquim Mota e Silva.

A formação, que abrange atualmente 30 pessoas, destina-se a atuais desempregados, preparando-os para responder à crescente procura de recursos humanos que se verifica no concelho, por parte de empresas de calçado, a maioria do concelho vizinho de Felgueiras.

Em lista de espera para formação encontram-se algumas dezenas de pessoas, o que traduz, segundo o autarca, o interesse da população nas novas oportuni-dades de emprego.

A formação ministrada tem caráter intensivo, com a duração de quatro meses, dotando as pessoas de “quali-ficações necessárias para trabalhar em qualquer fábrica de calçado”.

Joaquim Mota e Silva explica que a instalação de no-vas unidades industriais no concelho vai com continuar a aumentar, estimando que no próximo ano sejam cria-dos mais de 200 empregos.

Questionado sobre o que explica o interesse das empresas de Felgueiras, o autarca de Celorico de Basto respondeu que há “uma ação direta” do seu município com as unidades industriais do concelho vizinho, pro-porcionando-lhes uma política de menor burocracia e outros apoios ao investimento.

“Nós queremos que as empresas se instalem em Fel-gueiras e sejam competitivas. Por isso, esta aposta na

ARMINDO MENDES / LUSA

formação dos recursos humanos e nas acessibilidades”, frisou o presidente de Celorico de Basto.

Recentemente, a câmara anunciou um conjunto de apoios para as pessoas com rendimentos mais baixos que tenham de realizar deslocações para as empresas, nos domínios dos transportes, alimentação e encargos com a educação dos filhos.

À Lusa, o autarca frisou que os resultados desta es-tratégia têm sido positivos, com uma diminuição de 20% nos números do desemprego, contando-se apenas cerca de 1000 pessoas sem trabalho no concelho, um número que, previu, deverá diminuir em 2017.

30.NOVEMBRO.20168 expressofelgueiras.com ENTREVISTA

COMANDANTE CAMPOS RECEBEU JUSTA HOMENAGEMDOS “SEUS” BOMBEIROS DA LIXA

Em entrevista ao Expresso de Felgueiras, ex-co-mandante dos Bombeiros da Lixa, José Campos, fala da sua relação com a associação e o corpo de

bombeiros, onde foi comandante durante 36 anos.Num estilo próprio e sem rodeios, considera que

a população e as comunidades deixaram de sentir os bombeiros como seus, afirmando que a população deve olhar para os bombeiros como sendo, também, seus.

José Campos considera existir uma falta respeito do poder central para com os bombeiros e recorda que 85% do serviço de emergência médica continua a ser realiza-do pelos bombeiros portugueses, sendo que o INEM faz apenas 15% dessas emergências.

Expresso de Felgueiras: Que significado teve para si a homenagem que lhe foi prestada pelos Bombeiros da Lixa?

José Campos: Trinta e oito anos é uma vida. Estive na corporação da Lixa dois anos como auxiliar de bom-beiro, 21 como segundo comandante e 15 como coman-dante. Costumo dizer que tenho mais anos de bombei-ro que a minha filha mais velha tem de idade.

Há aqui muitas coisas que fazem parte na minha vida, pessoas que conheci, que me marcaram e que estão indissociavelmente ligadas ao meu percurso nos bombeiros. Conheci pessoas boas, algumas já falece-ram que me ensinaram a ser bombeiro, mas, também, gente mais nova, com valor, que ficou no corpo ativo para continuar esta missão única que está atribuída aos bombeiros.

Não quero que façam de mim nenhum herói. Acho que devemos relevar aqueles que há 127 anos, em con-dições adversas criaram o corpo de bombeiros numa terra destas.

EF: Recorda-se o que é que o levou a ingressar na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lixa?

JC: Recordo-me, mas tenho reminiscências que só mais tarde descobri. O que me levou para os bombei-ros em 1978, dois anos, depois de ter casado, foi o estar disponível para servir uma comunidade na qual me in-tegrei, porque não sou natural da Lixa. Como queria ser útil e tinha tempo livre ocupei-o com essa disponibili-

dade para estar ao serviço da comunidade. Mas tenho, nestes últimos anos, dado umas voltas

ao meu pensamento e cheguei à conclusão que já exis-tia um bichinho dentro de mim que, se calhar, foi aflo-rado nessa altura, quando fui para os bombeiros. Os soldados da paz, nessa altura, em 1978 tinham muitas dificuldades, uma realidade que era extensível a muitos corpos do país, tinha poucos carros, poucos bombeiros, poucos equipamentos, faltava quase tudo. A única coisa que havia de grande valor era a disponibilidade dos ho-mens e a sua força para estarem disponíveis. Senti que poderia ser útil à corporação e à comunidade.

Mas tenho andado a fazer alguma retrospetiva e cheguei à conclusão que o meu avô era o responsável permanente de uma empresa que havia em Lever, de-signada Fiação de Crestuma, que tinha um corpo de bombeiros privativo e cujo meu avô era o comandan-te desse corpo de bombeiros. Era o encarregado geral, uma espécie de diretor fabril, o que me permitiu a mim, à data, ainda criança, tocar nos carros, nas sinetas dos carros e brincar aos bombeiros. Julgo que a minha ten-dência teve aí as suas origens porque não tive mais nin-guém na família que fosse bombeiro. Tive o meu avô, o meu pai não teve essa possibilidade e dos dez irmãos que tenho nenhum quis ser bombeiro. Sou o único que seguiu esta atividade.

EF: Tem inúmeras histórias e peripécias ao longo destes anos. Qual foi a que mais o marcou?

JC: O que me marcou mais foi a entrega de um gru-po de homens que sempre deram o seu melhor em prol da associação e da comunidade. Os bombeiros não re-cebem rigorosamente nada como eu nunca recebi por ter estado este anos ao serviço da comunidade. Inde-pendentemente das criticas, injustas a maioria, que o povo nos faz, ou porque chegamos tarde ou por outra razão, continuo a defender que os soldados da paz nos merecem total gratidão. Compreendo estas situações, mas o que mais marca é esta disponibilidade que inde-pendentemente das criticas, das injustiças e da falta de reconhecimento, cada bombeiro tem de querer de for-ma abnegada ajudar o próximo e dar o seu melhor.

EF: A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lixa é hoje uma referência na região? Está bem equipada de meios?

JC: Os bombeiros nunca estão satisfeitos com o que

têm, mas acho que temos de ser ponderados. Enquanto estive ao serviço do corpo de Bombeiros da Lixa, inde-pendentemente das dificuldades que as direções su-cessivas que trabalharam comigo, sempre me deram e ao anterior comandante as condições necessárias para desempenhar a função dentro dos parâmetros normais que são exigidos. Evidentemente que há carros que hoje necessitam de ser substituídos, não só por razões de fal-ta de comodidade, mas também pelos custos inerentes à sua manutenção. As direções futuras terão de repen-sar um processo diferente de substituição para que as frotas sejam renovadas, os bombeiros circulem em se-gurança e as vítimas que transportamos, também, te-nham mais comodidade.

A referência que temos no nosso meio resulta daqui-lo que foi sempre a preocupação tida pelo comando, e nestes últimos anos, por mim, no sentido de responder àquilo que é a nossa missão. Os bombeiros têm uma área de atuação própria, da qual o comandante é res-ponsável por tudo o que possa acontecer de mau quan-do o socorro não é eficiente. Temos competências que nos são delegadas pelo Estado para prestar socorro às pessoas que sejam alvo de acidentes ou de outras en-fermidades e muitas vezes não queremos assumir isso. Ora, há que pôr um patamar de exigência a todos os bombeiros de modo a que cumpram aquilo que é um compromisso e que é uma questão de confiança que o Governo coloca em nós para o substituirmos. Quando digo Governo refiro-me ao poder autárquico, aos res-ponsáveis regionais e ao Governo central que não tendo capacidade, isto não é dito muitas vezes, o Estado não tem bombeiros, os soldados da paz são das comunida-des. O Estado não tem bombeiros nem as autarquias. Existem 308 municípios no país, só 27 municípios é que têm bombeiros municipais. Custa muito às estruturas estatais e concelhias a manutenção de um corpo de bombeiros.

Os autarcas que têm corpos de bombeiros disponí-veis para acorrer àquilo que são as adversidades da sua população deve dar graças a Deus e deve apoiá-los o mais possível. Há autarcas que não gostam de ouvir isto.

EF: É o caso de Felgueiras?JC: Como disse, os bombeiros nunca estão satisfei-

tos. Queixamo-nos sempre que a autarquia deve ajudar mais, mas comparado com outras autarquias não pode-mos dizer que estamos muito mal. Há autarquias pelo país e conheço um pouco o que se passa pelo país, que tratam muito mal os seus bombeiros. Aqui não se passa isso felizmente.

EF: As áreas de intervenção das corporações da Lixa e de Felgueiras estão bem definidas?

JC: Através dos sistemas integrados de assistência médica e do sistema integrado de proteção e socorro, os corpos de bombeiros cooperam uns com os outros. Quando não tenho meios tenho de pedir ao meu vizi-nho. Isto é assim. Sempre foi assim. Hoje as coisas estão mais bem definidas. Existe uma complementaridade. A nível nacional, os bombeiros trabalham em subsidia-riedade, isto é, quando não tenho capacidade de so-correr, solicito apoio às corporações mais próximas. As guerras que existiram no passado isso acabou. Hoje, os bombeiros do sul vêm para o norte e os do norte vão para o centro e para o sul.

Há uma primeira área que é a área de intervenção

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

30.NOVEMBRO.2016 9expressofelgueiras.com ENTREVISTA

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própria de atuação do corpo de bombeiros em que te-mos de responder em primeira mão, mas quando as coisas ultrapassam a nossa capacidade de resposta ou por falta de elementos ou veículos temos de pedir ao vizinho.

Não faz sentido que todos os corpos de bombeiros tenham uma autoescada, equipamento que custa mais de 600 mil euros.

Por outro lado, há que dizê-lo as populações gostam dos bombeiros, mas não ajudam como antigamente.

EF: Por que é que diz isso?JC: Hoje difundiu através da comunicação social a

ideia de que o Estado dá para os bombeiros, o que não é verdade e isto tem que ser dito. Há muita gente que cofunde proteção civil com os bombeiros. São duas coi-sas distintas. Os bombeiros são um agente da proteção civil. A proteção civil é uma responsabilidade do Estado e das autarquias. Os responsáveis políticos nos seus elo-quentes discursos dizem sempre que o principal pilar da proteção civil são os bombeiros. O reconhecimento é que não é não compatível com o discurso.

De forma que as populações, hoje, não estão tão generosas com no passado. Se for ver o número de só-cios que cada corporação tem e cujos associados pagam uma média de um euro por mês, são escassos. Presente-mente, as populações não sentem tanto que os bombei-ros são seus como no tempo em que não se falava tanto em apoios aos soldados da paz.

EF: Deixou de haver uma identificação com os bombeiros?

JC: Até nas próprias cores das viaturas. Os bombei-ros antigamente era todos vermelhos. Hoje, a própria legislação impõe que os bombeiros tenham viaturas

de socorro de são vermelhas, viaturas de combate a incêndios que são vermelhas, mas temos protocolos com o INEM que temos dentro do nosso quartel, uma ambulância amarela e toda a gente quer a ambulância amarela. Mais, o INEM e o próprio Ministério da Saú-de impõe que os veículos de transportes de doentes que são propriedade dos bombeiros sejam brancos com riscas vermelhas. Há aqui gente que está a matar a pró-pria identidade dos bombeiros e nós não conseguimos impormo-nos ao contrário da Cruz Vermelha que tem as viaturas todas brancas e vermelhas quer sejam de transporte de doentes ou de socorro.

EF: Não conseguem porquê?JC: Por falta de respeito do poder central para com

os bombeiros. EF: O poder central não tem tratado bem os bom-

beiros?JC: Acho que não. Basta ir aos quartéis dos bombei-

ros e temos viaturas de todas as cores. Isso não se vê em lado nenhum.

EF: Considera que há uma tentativa de minimizar a função dos soldados da paz?

JC: Não existe uma tentativa de minimizar a fun-ção e o trabalho dos bombeiros. Há uma entidade que é a Liga dos Bombeiros Portugueses que superintende os interesses dos bombeiros mas não tem tido a devida consideração por parte do poder central.

A própria lei diz que a Liga dos Bombeiros Portu-gueses deve ser ouvida em toda a legislação que sai para o setor dos bombeiros. A Liga emite a sua opinião, mas não é respeitada. A Liga diz que os carros dos bombei-ros têm de ser todos vermelhos e o Ministério da Saú-de que é uma entidade que não tem nada a ver com os

bombeiros, porque quem tutela os soldados da paz é o Ministério da Administração Interna, refere que as ABTM e as de transporte de doentes não urgentes são brancas. Pergunto por que é que não fazem essa impo-sição à Cruz Vermelha?

O Ministério da Saúde deve, isso sim, dizer que a célula sanitária de qualquer ambulância tem de ter isto, isto e aquilo como acontece para as ambulâncias da Polícia, do Exército e da GNR e como acontece com as ambulâncias do INEM.

A cor é a nossa identidade e a nossa identidade está a ser ferida. Isto divide, desanima, fere os bombeiros na sua plenitude e os que gostam dos bombeiros.

“Incêndios correspondem a 7% da atividade dos bombeiros”

EF: Falou-se, nos meses quentes, na operacionali-dade no socorro. Considera que esta tem vindo a au-mentar?

JC: A eficácia tem vindo a aumentar porque os bom-beiros estão melhor formados e equipados. Existem equipas permanente que acorrem ao primeiro alerta que é chegado aos bombeiros. Quando os fogos assu-mem uma determinada dimensão há um sistema de mobilização aos bombeiros de proximidade para que agarrarem no incêndio. Não gosto muito de falar nos incêndios. Nos últimos dez anos, os bombeiros repre-sentam apenas 7% da atividade dos bombeiros. 2013 e 2014 foram anos com muito incêndios e área ardida, no ano passado foi menor e este ano voltou a ganhar pro-porções, mas existem remédios para acabar com esta calamidade. Não é necessário fazerem-se mais estudos.

30.NOVEMBRO.201610 expressofelgueiras.com ENTREVISTA

O diagnóstico está feito é preciso é implementar as so-luções. Falta a coragem política para implementar essas medidas ou falta a decisão política que tem diversos patamares: a fiscalização, a punição. A legislação existe. Dá a impressão que está tudo por fazer. Não!

Aquilo que tem de ser feito e que pouca gente fala é voltar a implementar no país e nas áreas de risco mais elevado a figura dos guardas florestais. É preciso reabili-tar essa profissão porque nem tudo o que existia no pas-sado é mau. Temos é que nos adaptar aos novos tempos. Criam-se guerras e batalhas desnecessárias. Temos é de pegar no que existe e adaptar aos novos tempos.

Hoje temos bombeiros bem formados necessitamos é de treiná-los e incentivá-los a serem mais disponí-veis. É necessário criar um conjunto de incentivos, mas, também, as respetivas responsabilidades porque não vale a pena ser bombeiro para ter um subsídio para as propinas, ou beneficiar dos inventivos previstos nos re-gulamentos sociais que as autarquias criaram se não se cumpre com os serviços mínimos.

Existe um outro problema social, as mulheres, de hoje, não são como as de antigamente. As mulheres mandam nos bombeiros. As tarefas de uma família são dividas entre o marido e a mulher. Dantes dificilmen-te um homem fazia tarefas em casa, tradicionalmente adstritas às das mulheres. Hoje, o bombeiro tem, tam-bém, essa tarefa e é preciso criar todo um ambiente que os motive a estar nas corporações e que os obrigue a se-rem melhores gestores do seu tempo.

EF: Considera que ao nível das empresas existe disponibilidade para colaborarem com os corpos de bombeiros e libertarem os funcionários/bombeiros sempre que ocorre alguma situação?

JC: Tem de haver e serem criados, igualmente, in-centivos para as empresas que é uma coisa de que ninguém fala. Uma empresa que tenha um bombeiro no seu interior tem de se mentalizar que tem, ali, um potencial servidor para um momento de infortúnio que possa surgir na empresa. As empresas desde 2009, também, por legislação são obrigadas a terem sistemas de resposta para princípios de incêndio e questões re-lacionadas com saúde, têm de fazer simulacros, planos de emergência e testes de evacuação. Uma empresa que tenha mais do que um bombeiro ou que admita nos seus quadros bombeiros também devem ter incentivos. Em contrapartida, numa situação de anormalidade deve permitir que ele saia do seu trabalho normal. A lei já prevê que um bombeiro possa faltar três dias por mês seja para cumprir com um serviço de emergência

ou para ir fazer formação. A empresa não tem nenhum prejuízo com isso. Paga-lhe na mesma e se quiser ser ressarcida por esses três dias, o que corresponde a 36 dias por ano, pede o retorno e a Autoridade Nacional de Proteção Civil que paga à empresa esse dinheiro. São coisas que ninguém sabe.

A empresa estando mais segura vai baixar a apólice de seguro da sua unidade fabril, beneficiando, também, com isso. Esta sensibilização não está a ser feita.

Há uns anos atrás qualquer bombeiro que fosse pedir um empréstimo ao banco até com benefícios ou protocolos negociados com a Liga dos Bombeiros com vista a ajudar os soldados da paz, quando chegavam lá e se dizia que era bombeiro voluntário automaticamente agravam o seguro, o que vera um perfeito absurdo.

EF: É sabido que o concelho tem uma mancha industrial bastante significativa. Existem planos de emergência internos nas empresas?

JC: As empresas têm de ter planos de emergência internos, dispor de um plano de segurança e não há ne-nhuma empresa licenciada que possa furar isto porque a autarquia impõe o cumprimento das regras. A única entidade que licencia tudo na área do município é a câ-mara municipal e como tal, não há nada que se cons-trua num concelho sem que o presidente ou o vereador competente tenham que emitir a licença de utilização. Todas as outras entidades dão apenas pareceres que podem ou não serem respeitados. A câmara quando li-cencia uma fábrica recolhe todos esses pareceres e tem de respeitar todas as regras de segurança que já estão plasmadas na lei.

As empresas, hoje, são muito mais seguras e não vale a pena andar a mentir. Mesmo antes de entrar a funcionar, as empresas são submetidas a uma vistoria para perceber se tudo foi feito de acordo com as regras e depois disto tudo tem de existir um plano de emergên-cia de resposta a uma situação anormal que resultou da quebra da cadeira de segurança, de uma catástrofe ou uma ação inopinada provocada por um funcionário ou incidente interno.

Esta é uma coisa que muito pouco gente cumpre. Compete às entidades responsáveis fiscalizar. Quem não cumprir tem de ser punido.

Sou técnico de higiene e segurança, sou formador de técnicos de segurança orientei muitos planos de emergência e sei do que estou a falar. O concelho está seguro, os corpos dos bombeiros têm pessoal e equipa-mento para responder a quaisquer situações anómalas que possam surgir.

“As estruturas que suportam os bombeiros estão a ficar cansadas e podem transformar-se em correias de transmissão de alguns partidos políticos”

EF: Quais são as prioridades e os desafios com que os bombeiros vão estar confrontados nos próximos anos?

JC: Pelo que me vou apercebendo nas reuniões dos conselhos nacionais, verifico que as estruturas que su-portam os bombeiros estão a ficar cansadas e podem transformar-se em correias de transmissão de alguns partidos políticos e isso não pode acontecer porque os bombeiros são estruturas independentes do poder po-lítico. No socorro não olham para a cor, para o sexo, a idade. Têm uma dimensão universal. Se nada for feito, o Estado vai ter de pensar alternativas e criar estruturas para as pessoas pagarem. É do conhecimento público que os bombeiros vivem com dificuldades financeiras. Um comandante só pode ser bom comandante se tiver meios para os facultar aos seus homens. Se as associa-ções não dispuserem desse suporte financeiro tornar-

-se tudo mais difícil. Além das verbas que o Estado dá às corporações, os bombeiros recebem verbas que são transferidas pela Santa Casa da Misericórdia, mas que têm de ser atualizadas. A própria lei do financiamento aos bombeiros precisa de ser renovada.

Se estas alterações não forem ponderadas, cai-se no desânimo e um dia destes não temos pessoal para ge-rir as associações. Não podemos estar subservientes ao poder político que é o poder mais efémero de todos. Há uma tentativa de intromissão de poderes políticos de qualquer tendência nos bombeiros. Há recentes casos de transportes de equipas de televisão e isto é que tem der ser travado com clareza e respeito pela missão.

EF: Sente-se uma pessoa amada pelos Bombeiros a Lixa?

JC: Serei eternamente bombeiro. Tenho amor pelos soldados da paz. Sempre tive apoio de muitos bombei-ros, de diretores da minha região do distrito, no país e até do estrangeiro. Esse reconhecimento foi-me feito e procurei reparti-lo pelos meus bombeiros. Fui agracia-do com a mais altas condecorações em Portugal, quer por parte da Federação dos Bombeiros do distrito quer por parte da Liga dos Bombeiros Portugueses que pelo próprio Estado que na homenagem e no aniversário dos 127 anos dos Bombeiros da Lixa me atribuiu a me-dalha de prata de proteção e socorro, distintivo laranja. Neste momento, só há três pessoas que a têm em Por-tugal. Apesar desta forma muito contundente de falar, estas condecorações enchem-nos a alma.

Da Liga dos Bombeiros Portugueses fui agraciado com a segunda mais alta condecoração dos bombeiros em Portugal que é a Fénix de Honra. Já tinha o Crachá de Honra e fiquei com a Fénix. Em Portugal só existem duas pessoas com esta distinção. Tenho também uma medalha de mérito municipal que me foi atribuída pela minha Federação do Distrito do Porto.

Os próprios Bombeiros de Felgueiras de quem é suposto sermos rivais consagrou-me seu comandante honorário. Isto é uma honra e algo que registei.

Apesar da minha ligação a estas instituições, nunca deixei de emitir a minha posição, mesmo quando esta ia contra a posição dominante, em defesa dos solda-dos da paz. Não podemos estar sempre de acordo com tudo e nem por isso deixei de ser reconhecido. Sou uma pessoa transparente nunca imaginei que me viessem a conceder o reconhecimento de que fui alvo, mas sinto que irei continuar a ser bombeiro. Faço parte da Liga, da Escola Nacional de Bombeiros, da sua assembleia geral e enquanto conseguir irei continuar a colaborar e defender os bombeiros.

30.NOVEMBRO.2016 11expressofelgueiras.com ATUALIDADE

ARMINDO MENDES/LUSA

NOVA MEDIDA DE EMPREENDEDORISMO JOVEM DO IAPMEI APRESENTADA NA ESTG DE FELGUEIRAS

A nova medida de apoio ao empreendedorismo jovem, designada ‘StartUp Voucher’, apresentada recente-mente, deverá ajudar a criar uma centena de empre-

sas, prevê o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Em-presas e à Inovação (IAPMEI).

“A StartUp Voucher é uma medida direcionada para a criação de empresas e empreendedorismo jovem e o Go-verno balizou como meta chegar às 100 empresas”, afirmou Maria Manuel Trocado, do IAPMEI.

A técnica falava na sessão da apresentação daquele apoio que decorreu nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Felgueiras.

A representante daquele instituto público destacou que a nova medida é mais ampla que a anterior, denomi-nada “Passaporte para o Empreendedorismo”.

“A Start Up Voucher não é tão limitativa. Destina-se a jovens com idades entre os 18 e os 35. A medida Passa-porte era direcionada para os licenciados e detentores de mestrado ou doutoramento”, explicou.

Maria Manuel Trocado acrescentou que o novo ins-trumento promove o desenvolvimento de projetos em-presariais e contribui para a criação de condições para

“um crescimento inteligente, inclusivo e sustentável”.Os beneficiários auferem de uma bolsa de 691,70 eu-

ros, com uma duração mínima de quatro meses e máxi-ma de 12 meses. É também prestada assistência técnica. O programa, acrescentou, faculta ferramentas técnicas e financeiras que ajudam a viabilizar as novas empresas.

As candidaturas podem ser submetidas até 19 de de-zembro de 2016.

Na sessão, a técnica apresentou também a medida

“Vale Incubação”, destinada a apoiar micro e pequenas empresas, com menos de um ano de atividade, através da contratação de serviços prestados por incubadoras de empresas acreditadas.

Definição e consolidação do modelo de negócios, marketing, estratégia de comunicação, assessoria jurí-dica e digitalização de processos de negócios são alguns dos apoios a prestar aos empreendedores no âmbito do

“Vale Incubação”, explicou.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

ESTG ALTERA DESIGNAÇÃO MAS AFIRMA-SE NA REGIÃO

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felguei-ras (ESTGF), agora, designada de Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) assinalou, quinta-feira,

o seu 17.º aniversário, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), José Carlos Caldeira.

A presidente da Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão, Dorabela Gamboa, afirmou que apesar desta alte-ração a instituição a que preside afirma-se da Região do Tâmega e Sousa, sendo uma escola de referência a nível nacional e internacional.

Falando da alteração de designação afirmou: “Esta não é uma questão meramente de escrita. Estamos em Felgueiras, somos do Tâmega Sousa”, disse, salientando que a escola é, hoje, uma referência do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega, com prestígio reconhecido a nível na-cional e com a missão de ser um elemento fundamental e catalisador do desenvolvimento do tecido empresarial do território.

Dorabela Gamboa destacou que a ESTG, apesar das restrições orçamentais, tem conseguido, ao longo dos últimos anos, manter um ensino de qualidade, fomen-tar a investigação e reforçar a ligação à comunidade.

Na vertente do ensino, a responsável pela escola des-tacou que a instituição tem sete licenciaturas, sete mes-trados e sete cursos técnicos superiores profissionais.

Nesta vertente, Dorabela Gamboa afirmou que a es-

cola apresentou, este ano letivo, os melhores resultados de sempre, com uma taxa de colocação de 92,1%, logo na primeira fase.

A presidente da ESTG ressalvou que os cursos de ciências empresariais, solicitadoria e engenharia infor-mática, os três pilares da oferta formativa da instituição tiveram o maior número de candidatos, cinco a dez ve-zes mais candidatos que o número de vagas.

Falando dos cursos que existem na escola, a respon-sável realçou que o curso de solicitadoria teve, pelo se-gundo ano consecutivo, a média mais alta a nível nacio-nal.

Na sua intervenção, Dorabela Gamboa enfatizou a aposta que a instituição fez nos últimos anos ao nível dos recursos humanos, dispondo de um corpo docen-te “de qualidade” que busca todos os dias a “excelência”. A este propósito, precisou que mais de 50 dos docentes

que lecionam na instituição são doutorados.“Destaco o esforço dos docentes e formadores dos

cursos técnicos superiores profissionais que realizam as tarefas extras sem redução da componente letiva”, adiantou.

A presidente da instituição referiu, também, que 2017 será um ano de desafios importantes, nomeada-mente com a questão das regras de acesso ao ensino e a reestruturação do sistema cientifico e tecnológico.

A este propósito, Dorabela Gamboa sublinhou que é fundamental que seja concedido aos politécnicos a pos-sibilidade de ministrarem doutoramentos.

Esta posição foi, também, defendida pela presidente do Politécnico do Porto, Rosário Gambôa, que reivin-dicou a possibilidade de os politécnicos ministrarem doutoramentos, de carácter profissional nas empresas.

“As instituições têm de ser respeitadas pelo seu valor. Não queremos ser excluídos por sermos politécnicos”, avançou, elogiando, por outro lado, a ESTG pela estra-tégia que tem adotado, pela sua qualificação, pelo seu corpo docente e pela capacidade demonstrada ao nível da investigação.

O presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI), José Carlos Caldeira, na sua intervenção, assumiu a ne-cessidade de se proceder a um reforço na investigação para apoiar as empresas numa economia em transfor-mação. Realçou, também, a necessidade de apostar na formação, com mais doutorados que possam com as universidades, os centros de investigação e as empresas tornar os produtos mais competitivos.

30.NOVEMBRO.201612 expressofelgueiras.com ENTREVISTA /DESPORTO

CARLA MACHADO : “NÃO VOU MAIS FAZER O PAPEL DE COITADINHA. TENHO O MEU VALOR E TENHO DADO PROVAS”

Carla Machado sagrou-se campeã mundial da meia maratona masters (+45) em Perth, Aus-trália. Percorreu 21 quilómetros no tempo de

1h22m06s. Em entrevista ao Expresso de Felgueiras, a atleta

promete continuar a promover a União Desportiva de Várzea, clube que representa, dignificar o atletismo e o concelho.

Carla Machado frisa também que não vai mais fazer o papel de “coitadinha”, numa referência às di-ficuldades que sentiu para angariar as verbas necessá-rias para ir ao Campeonato do Mundo de Veteranos e estabelece como meta revalidar o título europeu na meia maratona.

Expresso de Felgueiras: O que é que significou para a Carla Machado a conquista da meia maratona do Campeonato do Mundo de Veteranos que decor-reu em Perth, na Austrália?

Carla Machado: Foi a concretização de mais um sonho a que me tinha proposto, agora, com a idade de master, 46 anos. Depois de me ter sagrado campeã da Europa achei que poderia lutar, também, pelo título mundial e assim o fiz.

EF: Concluiu a meia maratona em 1:22:06. Consi-dera que tinha condições para fazer a prova em menos tempo?

CM: 1:22:06 já é considerado um bom tempo para o meu escalão, mas sinto que poderia fazer melhor que isso, abaixo da casa da 1:22. No entanto, fui com pouco tempo de antecedência para uma viagem tão grande, 26 horas, e para adaptação ao fuso horário australiano. A juntar a isto, a perda da bagagem, que chegou qua-tro dias depois veio acrescer o stress que já era muito. Durante a prova fui bastante pressionada pela atleta chinesa, que não me largou até aos 17 quilómetros. Pas-sou-me pela cabeça que poderia não ganhar, já que ela não puxava nem um milímetro. Pensei que se limitaria a acompanhar-me e no final fugiria, mas tal não acon-teceu.

Não desisti do sonho e no final acabei por lhe dar mais de um minuto, mas não foi fácil. No entanto, a atleta chinesa valorizou a minha vitória. Além do pri-meiro lugar no pódio bati o record dos campeonatos. Foi ouro sobre azul.

Até ao próximo campeonato do mundo, pelo menos, o record é meu, o que me deixa muito feliz.

EF: Qual o tipo de preparação que fez para a meia maratona?

CM: Preparei esta prova naturalmente, como o faço para outra prova qualquer. Treino ao final do dia e quando posso de manhã. Gostaria de fazer mais, mas o meu trabalho não o permite. É preciso muita força de vontade.

EF: Como é que este feito foi vivido pelos seus cole-gas portugueses em Perth?

CM: Em Perth, não estava junto da comitiva. Fui uma semana mais tarde e fiquei sozinha, embora não muito afastada. Os colegas que estavam comigo, na-quele momento, poucos, ficaram felizes pela minha vi-tória e festejaram-na como eu.

EF: Qual foi a reação da União Desportiva de Vár-

zea à vitória? CM: O meu clube sai sempre mais beneficiado por

cada título que se conquiste, seja meu ou de qualquer outro atleta. Penso que ficaram orgulhosos, embora não tenha sido contactada diretamente por ninguém, o que não é necessário para o saber o quão ficaram felizes. Somos uma família, já nos conhecemos bem o suficien-te para saber que é sempre motivo de orgulho quando um atleta consegue atingir este patamar.

EF: Foi felicitada pela Câmara de Felgueiras?CM: Pude ver que no boletim da câmara que me

congratularam por mais esta vitória. Aproveito para agradecer o apoio que tive da autarquia assim como da Junta de Freguesia de Airães.

EF: Considera que é fundamental a Câmara de Fel-gueiras apoiar mais o atletismo? O que é que pode ser feito?

CM: Tanto quanto sei a câmara tem apoiado o atle-tismo. É evidente que nunca é suficiente, mas o que tem feito está bem e tem sido uma mais-valia. Não nos podemos queixar de modo algum, sabemos que não é fácil e não somos a única coletividade desportiva no concelho.

EF: Como é que a comunidade local viveu esta vi-tória?

CM: A comunidade local expressou o que sentia pe-las redes sociais e manifestou-o. Vibrou com a minha vitória. Mas sabemos que as redes sociais são o que são e valem o que valem. Agradeço todos os elogios e felicitações que recebi, mas agradeço mais os que me têm felicitado pessoalmente, na rua, no café, no super-mercado. Também há aqueles que viram a cara ao lado ou fazem de conta, mas são tão poucos que nem dou importância. Também me têm sido feitas algumas pe-quenas homenagens que me deixam muito emociona-da, como foi o caso de colegas de trabalho, professoras, os atletas mais novos da União Desportiva de Várzea e até o Futebol Clube de Felgueiras 1932. São coisas que nos marcam.

EF: As dificuldades económicas que a Carla tinha e que teve de ultrapassar para competir na Austrália mantêm-se? Teme que as dificuldades que enfrentou se venham a repetir?

CM: Vou ser otimista e pensar que para o europeu e outros campeonatos futuros tudo vai correr bem e estarei presente em todos a defender os meus títulos. Tenho bons aliados, os melhores, e estou certa que não vão deixar-me de fora.

EF: Na sua opinião, a conquista do Campeonato da Europa e da meia maratona poderão mudar este cenário, isto é, as dificuldades que atletas têm para participar em competições à escala internacional?

CM: Esta vitória ajuda nos apoios, claro que sim, mas os bons que tenho comigo, seguramente vão con-tinuar a estar do meu lado, mesmo que não tivesse tra-zido o ouro. É evidente que todo o apoio e bem-vindo, mas não vou mais fazer o papel de coitadinha. Tenho o meu valor, tenho dado provas e, a partir daí, quem quer estar comigo, a apoiar seja sob que forma for, será bem acolhido. De resto, sempre em frente que é o caminho.

EF: Vê-se como uma referência e um modelo para as atletas mais novas da União Desportiva de Várzea?

CM: Tento ser o melhor exemplo possível para os meus meninos/as do clube. Tenho a minha filha que,

também, corre, a minha sobrinha e todos os outros considero-os da minha família. Sei que me veem como um grande exemplo e sinto esse carinho constante da parte deles. Que sejam melhores, muito melhores que eu é o que desejo, mas sabem que têm que trabalhar e sofrer muito para atingir esse objetivo.

EF: Afirmou que esta vitória foi conseguida “com muita dedicação e paixão pelo que faço”. Teve de abdi-car de muitas coisas para chegar a este patamar?

CM: Abdiquei de saídas, de comidas que tanto gosto, de horas de descanso, de muita coisa. Não se pode ter tudo.

EF: O apoio dos amigos, do treinador, do grupo de treino e dos patrocinadores foi fundamental?

CM: A família, os amigos, o grupo de treino, o trei-nador, são apoios fundamentais, uma constante diária que sempre estiveram do meu lado, me incentivaram e não me deixam ir abaixo mesmo quando os treinos cor-rem menos bem. Os patrocinadores são poucos, mas os ideais. Tive a sorte de conseguir os certos. Melhor pou-cos e bons que muitos e maus ou que não cumpram. Claro que uma pessoa precisa sempre dum suporte por trás para ajudar em competições, sobretudo, como es-tas.

EF: Depois de ter vencido o Campeonato da Euro-pa de Veteranos e a meia maratona quais são os próxi-mos desafios?

CM: Em 2017, espero revalidar o meu título europeu na meia maratona e, se possível, estabelecer de novo re-cord dos campeonatos. Talvez arrisque correr, também, uma outra prova, mas daqui até lá se verá. Queria apro-veitar para agradecer, às firmas/estabelecimentos pelo apoio dado e que me possibilitaram estar na Austrália, nomeadamente à Itaflex, Kinematix, Ginásio Amarilis, Malibulojadesporto/New Balance e Clínica Pedra Ma-ria.

Quero deixar, também, um especial agradecimento ao presidente da Junta de Freguesia de Airães, Vítor Vas-concelos, e à Câmara Municipal de Felgueiras.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

30.NOVEMBRO.2016 13expressofelgueiras.com ENTREVISTA / DESPORTO

ANTÓNIO COSTA : “ABDIQUEI DE FAZER FÉRIAS PARA JUNTAR DINHEIRO E IR AO CAMPEONATO DO MUNDO DE VETERANOS”

António Costa sagrou-se vice-campeão mundial masters (mais de 45 anos) em 1500 metros, vice--campeão mundial em cross country e medalha

de bronze dos 5000 metros. Nesta entrevista ao Expres-so de Felgueiras, o atleta fala das emoções que viveu e sentiu, das dificuldades financeiras que teve para estar na Austrália, mais concretamente na cidade de Perth, onde decorreram as provas.

António Costa revela, ainda, que pretende continuar a dignificar a camisola do União Desportivo de Várzea, promovendo o clube e o concelho.

Expresso de Felgueiras: O que é que significou para si ter-se sagrado vice-campeão mundial masters (+45) em 1500m, vice-campeão mundial em cross country e medalha de bronze dos 5000m?

António Costa: Para mim foi muito gratificante porque não é fácil quando se faz tudo sozinho, quando tens que planear os teus próprios treinos e realizá-los. Fui para a Austrália sabendo que a minha marca não era das melhores, que não era favorito, mas acabei por conseguir três pódios. Só posso estar satisfeito.

Expresso de Felgueiras: Que dificuldades teve para concluir as três provas?

AC: Fiz quatro provas e não três, também corri 10000 metros onde fui quinto classificado. Basica-mente não senti grandes dificuldades para concluir as provas porque desde princípio de agosto que me vinha

a preparar intensamente para estes mundiais. A prova que mais gozo me deu foi, sem duvida, os 1500 metros. Foi das provas mais espetaculares de todo o mundial porque foi disputada até ao ultimo milímetro em que perdi por uma décima de segundo para o atleta dos EUA.

Neste tipo de campeonatos não corremos para tempos as provas são muito táticas e muito lentas de inicio por isso é sempre difícil fazer boas marcas.

Expresso de Felgueiras: Como é que os seus colegas portugueses em Perth viveram e comemoraram a sua participação nas provas?

AC: A comitiva portuguesa presente em Perth senti-ram uma enorme alegria e vibraram muito com as mi-nhas conquistas em especial alguns imigrantes que me apoiaram todos os dias tanto dentro como fora da pista. Foi uma enorme satisfação ouvir da voz deles dizerem que sentiam grande orgulho ouvir falar nome de Por-tugal e ver a bandeira portuguesa no pódio.

Expresso de Felgueiras: Qual foi a reação da União Desportiva de Várzea à tua vitória? Foi contactado pe-los dirigentes da União Desportiva de Várzea?

AC: Estive sempre em contacto permanente com o presidente da União Desportiva de Várzea, António Fonseca, que acompanhou as minhas provas e me feli-citou pelas conquistas, em nome da direção.

Expresso de Felgueiras: A Câmara de Felgueiras já o congratulou pela vitória?

AC: Ainda não! Também não estou a espera. Repare no mês de maio, no Europeu que se realizou em Vila Real Santo António coletivamente fui campeão euro-peu de cross country e vice-campeão em 10 quilóme-tros estrada. Sei que alguém recebeu votos de louvor

pela Câmara Municipal de Felgueiras por motivos idên-ticos e eu não. Nem sequer foi noticiado pelos jornais do concelho. Isso para mim não é muito relevante.

Expresso de Felgueiras: Acha que a comunidade felgueirense reconheceu o seu esforço?

AC: Sim reconheceu e muito pelas felicitações que recebi por vários meios. Mesmo na rua algumas pes-soas deram-se e continuam a dar-me os parabéns di-zendo que dignifiquei bem o nome de Felgueiras e de Portugal.

Expresso de Felgueiras: Considera que é funda-mental a Câmara de Felgueiras apoiar mais o atletis-mo? O que é que pode ser feito?

AC: É fundamental o apoio que a câmara tem dado ao atletismo em felgueiras, embora queiramos sempre mais. Como atleta e por aquilo que vou vendo e falando com outros colegas, por este país fora, não nos pude-mos queixar muito.

Expresso de Felgueiras: As dificuldades económi-cas continuam a ser uma dor de cabeça para atletas como o António Costa e a Carla Machado?

AC: Sim porque ter que pagar tudo à nossa custa não é fácil.

Expresso de Felgueiras: Teve dificuldades em reu-nir os apoios necessários para participar no Campeo-nato do Mundo de Veteranos que decorreu da Austrá-lia?

AC: No meu caso, os únicos apoios que tive foi da Câmara de Felgueiras, da União de Freguesias de Mar-garide, Várzea, Varziela, Lagares e Moure e também do União Desportiva de várzea. O restante foi à minha custa. Como não sou rico e não posso ter tudo abiquei de fazer férias nos últimos três anos para juntar dinhei-ro para ir ao Campeonato do Mundo de Veteranos, na Austrália.

Expresso de Felgueiras: Considera que é que a sua participação e da Carla Machado podem mudar este cenário, isto é, as dificuldades que atletas como tu têm para participar em competições à escala interna-cional?

AC: Penso que sim, pelo menos acredito que estes resultados possam motivar outros atletas a trabalhar bem para que um dia possam representar o país na mo-dalidade que abraçaram.

Expresso de Felgueiras: Quantas vezes treina por semana?

AC: Faço cinco treinos por semana e cerca de uma hora por cada treino. Penso que a partir de uma certa idade devemos fazer somente o que o corpo nos pede e não treinar em demasia, pois não temos nada a provar e tudo que seja em exagero não nos vai beneficiar em nada a não ser cansaço.

Expresso de Felgueiras: Quais os próximos desa-fios que tem pela frente em termos desportivos?

AC: individualmente não tenho nada em mente. Co-letivamente irei participar nos campeonatos regionais e nacionais para ajudar o União Desportivo de Várzea.

Expresso de Felgueiras: O Europeu, na Dinamarca, em 2017 é um objetivo a atingir?

AC: para já ainda não faz parte dos meus planos, vou ver como vai correr a época que está a iniciar, depois avaliar a forma física e, também, apoios que possam surgir. Só para meados de maio irei decidir se valerá a pena competir no Europeu da Dinamarca.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

30.NOVEMBRO.201614 expressofelgueiras.com DESPORTO

TÉCNICO DE CARLA MACHADO ORGULHOSO COM PRESTAÇÃO DA ATLETA

Carlos Mendes, treinador de Carla Machado, ven-cedora da meia maratona de Perth, na Austrália, elogiou o comportamento da atleta na prova e

usou o adjetivo “orgulhoso” para expressar o sentimen-to que sentiu na altura e, ainda, sente pelo “grande feito” da atleta do União Desportiva de Várzea.

Ao Expresso de Felgueiras, Carlos Mendes referiu que é um incentivo e um estímulo tanto para a atleta, com para o clube e para os colegas da União Desportiva de Várzea.

“Fiquei muito satisfeito e orgulhoso com a prestação da Carla Machado”, disse, salientando que a atleta de

Felgueiras “se empenhou e trabalhou muito” para juntar o título de campeã da Europa, conseguido no Algarve, ao de vencedora do Campeonato do Mundo de Vetera-nos, maiores de 45 anos.

Quanto ao tempo de 1:22:06 obtido por Carla Ma-chado, o treinador frisou que a sua prestação, numa competição internacional, que conta com os melhores atletas veteranos, foi “boa”.

O técnico precisou também que num campeonato do mundo não se trabalha para a marca, trabalha-se para a classificação. Carlos Mendes realçou, também, que a meia maratona é uma prova fisicamente desgas-tante que exige um treino específico.

Falando da preparação da atleta para esta prova, o técnico revelou que Carla Machado treina cerca de 10 horas por semana para estar ao seu melhor nível e poder competir neste patamar.

Carlos Mendes defendeu que o poder autárquico tem ajudado os clubes que fazem do atletismo a sua principal modalidade, dotando-os de melhores condições para a prática da modalidade, apostando, em simultâneo, na formação. Reconheceu que o União Desportiva de Vár-zea tem feito uma aposta na formação, assumindo-se como uma referência na formação de atletas que hoje militam em grandes clubes nacionais.

Quanto a Carla Machado e aos próximos desafios da atleta, o treinador admitiu que esta tem condições para representar Portugal no Campeonato da Europa de 2017 que vai decorrer na Dinamarca.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

FC DA LIXA GOLEADO POR S. PEDRO DA COVA

O FC da Lixa foi goleado pelo S. Pedro da Cova (5-1) em partida a contar para a jornada 13, da

AF Porto Divisão de Elite - Pro-nacional, série 2. O treinador do FC da Lixa, Bock, no rescaldo

ao jogo, assumiu a responsabilidade pela derrota da equipa.

“Durante a semana tinha avisado para as difi-culdades que eventualmente poderíamos ter para esta partida e isso infelizmente veio a suceder”, afirmou, lembrando que o empate a um golo ao intervalo não fazia supor que o Lixa iria acabar por sofrer mais quatro golos.

“Quem anda no futebol sabe que estas coisas podem acontecer”, afirmou, sustentando que a sua equipa vai levantar a cabeça e dar uma resposta positiva dia 1 de dezembro com o FC de Vilarinho.

O FC da Lixa é quarto classificado com 25 pon-tos.

BARROSAS GOLEADO NA DESLOCAÇÃO AO FC DE VILARINHO

O Barrosas perdeu, na deslocação são FC de Vi-larinho (3-0), em partida referente à jornada 13, da Associação de Futebol do Porto, Divisão de

Elite - Pro-nacional, série 2. Os golos da formação de Marcos Nunes foram mar-

cados por Rui Peto, Carlos Ribeiro e João Pedro. A formação do Barrosas, com este resultado, encer-

rou a primeira volta, com uma derrota. A formação da

casa foi mais acutilante na abordagem ao jogo e no final da primeira parte já vencia por três golos sem resposta.

A formação do Barrosas, orientada por Tonanha, apesar de ter apresentado outra atitude na segunda me-tade, esbarrou na eficácia defensiva do Vilarinho.

O Barrosas caiu para o décimo lugar, em igualdade pontual com o Aliados de Lordelo, ambos com 15 pontos.

Na próxima jornada, o Barrosas volta a jogar, fora de casa, desta feita, com o Desportivo Aves B que soma 30 pontos menos dois que o líder Tirsense, que tem 32 pontos.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

FELGUEIRAS B EMPATA COM ASSOCIAÇÃO DESPORTIVADE LOUSADA

O Felgueiras B empatou, sábado, com a Asso-ciação Desportiva de Lousada (2-2), em jogo

a contar para jornada oito, da primeira divisão dis-trital, série 2, da Associação de Futebol do Porto.

O treinador do Felgueiras B, Mário Guimarães, no rescaldo ao encontro, defendeu que o Felguei-ras B apesar das limitações físicas de alguns atle-tas, fez um jogo “bastante conseguido” e poderia até ter vencido o encontro.

“Mesmo a perder, a minha equipa não baixou os braços fez o 2-2 e poderia ter vencido a partida”, salientou, reiterando ter “confiança” e estar “orgu-lhoso do plantel.

30.NOVEMBRO.2016 15expressofelgueiras.com

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DESPORTO

FC DE FELGUEIRAS 1932 BATE ALIANÇA DE GANDRA

O FC de Felgueiras 1932 venceu, domingo, o Aliança de Gandra por (0-2) em jogo a contar

para a 11ª jornada do Campeonato Portugal Prio - Série B.

A formação azul grená, orientada por Ricardo Silva, entrou acutilante na partida, dispôs de vá-rias oportunidades junto da baliza do guarda-re-des da formação da casas até que Alex, ao minuto 25, após assistência de Goba, abriu o marcador.

A vencer pela margem mínima, a formação do Felgueiras continuou a carregar e só por manifesta falta de sorte e mérito do guarda-redes do Gandra não chegou ao segundo, antes do intervalo.

Na segunda metade, a formação da casa entrou decidida a mudar o rumo das coisas e criou várias situações de perigo junto da baliza do Felgueiras.

Com o Gandra à procura do golo do empate, o Felgueiras chegou ao segundo em cima do minuto 90, após marcação de um livre cobrado por Léléco que o guarda-redes teve dificuldade em suster. Na recarga Goba fez o 0-2.

O FC de Felgueiras 1932 é líder da tabela com 25 pontos, mais dois que o Marítimo B, que tem 23 e bateu o S. Martinho pela margem mínima, e mais três que o Amarante que recebeu e venceu o CF Caniçal por (4-1).

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE VÁRZEA ALMEJA FAZER MELHOR QUE NA ÉPOCA PASSADA

A Associação Desportiva de Várzea, equipa que mi-lita na segunda divisão distrital da Associação de Futebol do Porto, assume que tem como objetivo

desportivo ficar acima dos cinco primeiros classificados. Com três vitórias, um empate e uma derrota, na úl-

tima jornada frente à congénere do União Desportivo de Torrados (2-1), encontro disputado em Regilde, o trei-nador Luís Silva salientou que o objetivo do clube esta época é fazer melhor que na época transata.

“No ano passado ficamos em quinto lugar, retiraram--nos alguns pontos na secretaria e perdemos outros em

jogos que poderíamos ter vencido”, disse, salientando que a equipa apesar da derrota com o União Desportivo Torrados e do empate com o Airães está motiva e quer intrometer-se na luta pelos lugares cimeiros da tabela.

Falando dos conjuntos que poderão lutar pelos pri-meiros lugares, Luís Silva, apontou o Marco 09, uma das equipas que mais se renovou, segundo classificado com 15 pontos, o União Desportivo de Torrados, terceiro da geral, com 13 pontos e o Lousada B, uma estreia na se-gunda divisão da Associação de Futebol do Porto, como os principais candidatos a disputar os primeiros lugares.

Quanto ao Salvadorense, líder destacado da série 3, com 19 pontos, que tem seis vitórias, um empate e zero derrotas, Luís Silva assumiu que ainda não teve oportu-nidade de ver a formação Sport Clube Salvadorense, da freguesia de Salvador do Monte, concelho de Amarante, a jogar.

Referindo-se, ainda, às equipas que integram a série três, o treinador da Associação Desportiva de Várzea re-conheceu que esta é uma série competitiva, mas a sua equipa vai lutar para tentar dignificar a camisola, dando o melhor de si jogo a jogo.

“Queremos pensar jogo a jogo para ganhar o máxi-mo de partidas. Para atingir esse objetivo teremos de trabalhar afincadamente”, expressou, sublinhando que tem uma equipa que lhe dá garantias para almejar fazer um campeonato conseguido.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA

TORRADOS VENCE VILA BOA DE QUIRES E SOMA QUINTA VITÓRIA

A União Desportiva de Torrados recebeu e venceu a equipa do Vila Boa de Quires pela margem mí-nima (2-1), em jogo as contar para a jornada oito,

da Associação de Futebol do Porto, segunda divisão dis-trital, série 3.

A União Desportiva de Torrados entrou a pressionar, criou várias oportunidades e, inclusive, desperdiçou uma grande penalidade aos 14 minutos. Postiga chama-do a bater permitiu a intervenção do guarda-redes da formação do Vila Boa de Quires.

O maior domínio de jogo e as oportunidades criadas pela equipa da casa conduziram ao primeiro golo numa jogada de envolvimento com o esférico a passar por vá-

rios jogadores. A perder, a formação do Marco de Canaveses cresceu

na partida e igualou aos 35́ na sequência de um canto com a bola a respigar para um jogador do Vila Boa de Quires que com um remate certeiro fez um golo de belo efeito, sem hipóteses de defesa para Filipe.

Na segunda metade, o Torrados entrou mais acuti-lante e Zé Manel, aos 53, fez o 2- final.

O presidente da União Desportiva Torrados, Mário Silva, afirmou que a sua equipa apesar da vitória teve sérias dificuldades para levar de vencida um adversário que “vendeu” cara a derrota.

“O Vila Boa de Quires foi uma equipa organizada, que a espaços, criou-nos sérias dificuldades, mas o re-sultado final foi justo e vencemos um adversário difícil”, disse, salientando que a sua equipa tem mais uma parti-da complicada frente ao Airães, sábado, uma das quatro equipas do concelho que jogam na segunda distrital da Associação de Futebol do Porto.

“É mais uma partida difícil frente a um adversário a quem nunca ganhamos e que tem um futebol muito físico”, frisou.

A União Desportiva de Torrados é terceiro classifi-cado com 16 pontos e está a dois Associação Desportiva Marco 09 e a seis pontos do Salvadorense, líder da série 3.

MIGUEL ÂNGELO PINTO DE SOUSA