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Todos buscam o sentido da vida. O filosofo Blaise Pascal (1623-1662) dizia que essa era

uma tendência natural do ser humano. Ver um sentido nas

coisas significa achar que a vida tem uma causa, uma

finalidade, uma razão.

É ter um motivo para viver, algo para se realizar, ser feliz,

construir um mundo melhor, amar as pessoas e promover

a justiça entre elas.

Busca de sentido

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Mesmo assim, a pergunta é difícil e as respostas são muitas, e às vezes contraditórias.

Para uns quem dá sentido à vida humana é Deus; para outros é o próprio ser humano; alguns ainda acreditam que a vida simplesmente não tem sentido.

Mas a maioria das pessoas não conseguem viver sem algum tipo de ideal ou sem buscar um sentido para a vida.

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Não podemos esquecer de Viktor Frankl, escritor, psiquiatra humanista e fundador da Logoterapia (cura através do sentido),

vertente da psicologia que trabalha o sentido da vida como essencial para a existência humana. Ele, como outros milhões de judeus, foi encarcerado em

vários campos de concentração, no período de 1942 a 1945, entre eles

Auschwitzs. Sofreu os horrores que todos sofreram nos campos de concentração, porém, com uma enorme diferença: ele ingressou nestas prisões firmemente determinado a

conservar a integridade de sua alma, a não permitir que seu espírito fosse abalado pelos carrascos de seu corpo. Com

isto, pode preservar sua vida..

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• A esposa, o pai, a mãe e o irmão de Viktor Frankl morreram nos campos de concentração da Alemanha nazista. Só sua irmã sobreviveu.

• Suportando fome, frio e brutalidades extremas, primeiro em Auschwitz e depois em Dachau, o próprio Frankl esteve sob constante ameaça de ser enviado para a câmara de gás.

• Em seu primeiro dia como prisioneiro, perdeu todos os seus pertences, inclusive um manuscrito científico que considerava a obra de sua vida.

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• Segundo Frankl, o sentido da vida era o segredo da

força de alguns prisioneiros, enquanto

outros, privados de uma razão maior para suportar o

sofrimento exterior, experimentavam o

sentimento de uma vida fútil, sem propósito, sem

esperança chegando muitas vezes ao suicídio.

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• Essa história poderia levar qualquer um a acreditar que a vida não tem sentido e que o suicídio é uma opção razoável.

• Mas, apesar de ter sido jogado no fundo do poço da humanidade, Frankl emergiu como um otimista.

• Seu raciocínio era simples: ele acreditava que, mesmo sob as mais terríveis condições, as pessoas têm liberdade para escolher como encarar as circunstâncias e delas extrair algum sentido. .)

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• Viktor Frankl revela que existem dois tipos de pessoas: as que dizem "sim" à vida, apesar de suas incertezas, e as que dizem "não" à vida, apesar das coisas boas que lhe sucedem. Como é fácil constatar, as que dizem "sim" geralmente se sentem felizes e satisfeitas; por sua vez as que dizem "não", quase sempre se sentem alienadas, vazias e frustradas.

No entanto, estas pessoas negativas podem mudar sua atitude e tomar consciência de que a vida tem sentido em quaisquer circunstâncias, e que todos são dotados de capacidade de encontrar esse sentido em suas vidas.

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        O sentido da vida pode ser encontrado naquilo que fazemos (as atividades profissionais), naquilo que vivemos (experiências de vida de toda ordem), e nas atitudes que tomamos perante as circunstâncias da vida, principalmente as mais dolorosas, pois na verdade, o problema não é o que acontece, mas como respondemos ao que acontece

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• Cada ser humano não apenas existe mas pode exercer poderosa

influência sobre sua existência. Todos podem decidir, com

liberdade e responsabilidade, não apenas que espécie de indivíduo

é, mas o que podem vir a ser. Enfim, não devemos indagar: “O que pode a vida fazer por mim?”

Mas sim: “O que posso  eu realizar para ser plenamente útil à

humanidade?” Descobrindo o verdadeiro propósito da vida, podemos ser felizes, hoje e

sempre.

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• Viktor Frankl afirmou que "o homem, por força de sua dimensão espiritual pode encontrar sentido em cada situação da vida e dar-lhe uma resposta adequada".

• O ser humano não é uma coisa entre outras; coisas se determinam mutuamente, mas o ser humano se determina a si mesmo.

• Conhecemos o ser humano como ele é de fato. Afinal ele é aquele ser que inventou as câmaras de gás de Auschwitz; mas ele é também aquele ser que entrou naquelas câmaras de gás de cabeça

erguida, tendo nos lábios o Pai Nosso ou o Shemá Ysrael.

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• Esta busca de sentido que transcende (vai além) o

espaço limitado da existência neste mundo, pode ser

chamado de impulso religioso ou religiosidade, que vem

antes da religião. • Esta dimensão religiosa impulsiona o ser humano a

buscar sua realização plena e definitiva. • Foi esta dimensão que impulsionou Viktor Frankl a lutar

contra a sua realidade e dar lhe um significado maior.• A religiosidade suscitou nele uma atitude dinâmica de

busca e realização do sentido radical de sua

existência e de abertura ao Transcendente (Deus).

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ESPIRITUALIDADE Entendida como busca de transcendência, de valor e sentido

para a vida está presente

em todas as culturas, faz parte da essência do ser humano.

Este movimento estimula atitudes, como tolerância,

generosidade e compreensão para com o companheiro,

aumentando a afetividade.

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As intervenções divinas, se e quando elas acontecem, são caracterizadas pela sutileza, sua voz nos chega delicada e suave, no reflexo de uma lua cheia por trás da montanha,

num gesto de uma criança, no primeiro sorriso de um bebê.

Sua voz não é um estrondo, apenas um murmúrio; Ele não fala alto, simplesmente sussurra e nos mostra a beleza da vida.

Precisamos estar atentos, pois abençoados são aqueles capazes de ouvi-lo.

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Religião

Deus é um só, cada um curte o seu, mas, dependendo da época, da cultura e do povo, Deus torna-se religião. Religião que, na verdade, é um conjunto de crenças, regrase tradições com Iíderes e autoridades. Não há povo tão primitivo, tão bárbaro, que não admita a existência de deuses ou seres superiores, ainda que se ignore sobre sua natureza. A palavra religião de origem latina: re-ligare (religar) - ligar de novo o homem a Deus.O homem vai a Deus e Deus vem ao homem; há diversos modos de encararmos as religiões

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Conhecimento de uma única verdade: conhecemos apenas a nossa religião e achamos que só ela está com averdade, as outras são falsas e problemáticas, fechando- nos em nossa fé de maneira radical e intolerante. Foi estapostura que gerou as guerras religiosas e o fanatismo detodos os tempos.

Todas como manifestação da verdade: embora vejamos a nossa como a mais verdadeira, não significa que as outras também não possam ser verdadeiras ou, pelo menos, ter muitas verdades. A idéia de que a verdade está em toda a parte aproxima-nos de todas as criaturas humanas, permitindo-nos ver nelas traços em comum e perceber a universalidade de muitos preceitos religiosas.

Há diversos modos de encararmos as religiões:

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Embora diferentes, as várias religiões tem elementos em comum:

DOUTRINA (crença, dogma): toda religião tem sua doutrina, que fala sobre a origem de tudo: sentido da vida, da dor, da matéria, do além.

RITOS (cerimônias): o homem não vive sem símbolos, sem ritos, sem estruturas visíveis. Os ritos unem os homens de uma determinada comunidade religiosa.

ÉTICA(leis): cada religião traz consigo as conseqüências de sua doutrina, ensinando o que é certo e o que é errado, dentro de sua cosmovisão. Os preceitos mais importantes são: lei da natureza, lei do amor e lei do bom senso.

COMUNIDADE OU ADEPTOS: toda religião tende a formar uma comunidade, tende a manifestar a sua fé junto de outros. Não de trata de um sentimento individualista.

RELÃÇÃO EU-TU – é a relação da pessoa com um diferente, um Tu mais elevado, superior. Toda religião antes de possuir ritos e doutrinas é uma relação pessoal com Deus.

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Pluralismo religioso formas diferentes de manifestação da religiosidade

Ao longo dos quatro primeiros séculos, o Brasil se constituiu como uma sociedade unirreligiosa, tendo acatolicismo como a sua religião oficial. Quando surgiramdiscordâncias de crenças e praticas religiosas, estas eramcombatidas, pois significavam uma ameaça. Com a republica, a liberdade religiosa, associada aosdireitos individuais, torna-se uma realidade. Em lugar de uma religião única surgem variedades de religiões, e a definição por uma ou outra, entre múltiplas possibilidades, torna - se uma questão de opção pessoal.

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A variedade das formas religiosas nas mais diferentes

culturas nos induz a crer que o fato religioso esta ligado ao

ser humano, à sua natureza e à sua existência.

Apesar de o pluralismo religioso se apresentar como um

direito expresso na Constituição:

"Toda ser humano tem direita a liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito inclui a Iiberdade de mudar de religião ou crença a e a liberdade de manifestar essa religião pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela abservância isolada ou coletivamente, em público ou em particular."

(Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

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"Nós, que vivemos em campos de concentração, lembramo-nos dos homens que caminhavam pelos alojamentos confortando os companheiros, oferecendo-lhes seu último pedaço de pão.Eles eram poucos em número, mas deram provas suficientes de que tudo pode ser tirado de um homem, menos uma coisa: a expressão de liberdade humana - o poder de decidir que atitude tomar em determinadas circunstâncias e que caminho seguir.“

“Coloque isso como um selo sobre teu coração: o amor é tão forte quanto a morte."

Viktor Frankl