Trab. Transportes de Materiais

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA: PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA TRANSPORTE DE MATERIAIS Toledo - PR Abril, 2015

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Disciplina de Processos da Indústria Química

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARAN

    CENTRO DE ENGENHARIAS E CINCIAS EXATAS

    CURSO DE ENGENHARIA QUMICA

    DISCIPLINA: PROCESSOS DA INDSTRIA QUMICA

    TRANSPORTE DE MATERIAIS

    Toledo - PR

    Abril, 2015

  • ii

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARAN

    CENTRO DE ENGENHARIAS E CINCIAS EXATAS

    CURSO DE ENGENHARIA QUMICA

    DISCIPLINA: PROCESSOS DA INDSTRIA QUMICA

    Bruna Cristina Gonalves

    Bruna Lariane de Medeiros

    Isabella Cristina Dall Oglio

    TRANSPORTE DE MATERIAIS

    Trabalho acadmico

    apresentado como mtodo de

    avaliao parcial da disciplina de

    Processos da Indstria Qumica do

    curso de Engenharia Qumica da

    instituio de ensino UNIOESTE -

    Universidade Estadual do Oeste do

    Paran.

    Profa:Dra. Tatiana Rodrigues

    Baumgartner.

    Toledo- PR

    Abril, 2015

  • 3

    SUMRIO

    1. INTRODUO ............................................................................ 4

    1.1. Transporte de materiais ........................................................... 4

    2. DESENVOLVIMENTO ................................................................. 7

    2.1. Equipamentos para deslocar slidos ....................................... 7

    2.2. Equipamentos para deslocar lquidos.................................... 34

    2.3. Equipamentos para deslocar gases ...................................... 38

    3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................... 46

  • 4

    1. INTRODUO

    1.1. Transporte de materiais

    Uma boa fatia dos custos de produo atribuda ao transporte de

    materiais dentro da empresa, no abastecimento das linhas de produo, no

    armazenamento de matria primas e materiais em processo. Os dos

    transportes externos dos fornecedores e os de distribuio at o consumidor

    tambm oneram o custo final do produto. Portanto, um bom planejamento e

    uma boa administrao de transportes buscam uma utilizao econmica e

    adequada de equipamentos, materiais, energias, combustveis, espao e mo

    de obra.

    necessrio determinar o melhor mtodo do ponto de vista econmico e

    tcnico para a movimentao de materiais, considerando as condies

    particulares de cada operao. O melhor mtodo escolhido passa a constituir o

    padro. Devem-se padronizar os mtodos de trabalho e o tipo de equipamento.

    Cada caso de movimentao interna exige uma tcnica adequada que ser

    funo de:

    Natureza do material (gro, pea, p, lquido, gs);

    Distncia a ser percorrida (diretamente ligada ao consumo de

    combustveis, energia e peas de desgaste);

    Condies ambientais (temperatura, umidade, piso, espao);

    Custo de mo de obra;

    Custo do equipamento a utilizar (uso, amortizao e

    manuteno);

    Grau de urgncia;

    Grau de segurana, dentre outras.

    A prtica e a experincia acumulada consagraram mtodos

    padronizados para a maioria dos problemas de movimentao. O setor

    industrial de fornecimento de equipamentos de transporte oferece um universo

    de tipos de mquinas e equipamentos, e se mostra acessvel para sugestes e

    adaptaes aos projetos de melhorias em transporte.

  • 5

    essencial planejar um fluxo contnuo e progressivo de materiais e

    reduzir ao mnimo as distncias a serem percorridas pelos equipamentos de

    transporte bem as vrias formas geomtricas de fluxo.

    Ao planejar um fluxo de transporte ou propor melhorias no transporte de

    numa linha de produo, os 20 itens a seguir devem ser criteriosamente

    observados de forma a facilitar a operao, o manuseio de materiais e a

    obteno do custo.

    1) O caminho mais direto possvel, atravs da fbrica, para os

    materiais que entram e saem.

    2) O arranjo de materiais em pallets e caambas de modo a reunir o

    maior nmero possvel de itens transportados em uma nica

    operao (carga unitria).

    3) Reduzir a um mnimo o retorno por caminhos j percorridos.

    4) Criar o fluxo de materiais de modo a facilitar o processo de

    fabricao, de forma contnua, uniforme e maximizada.

    5) Menor espao praticvel entre operaes.

    6) De maneira que o movimento seja controlado por mquinas, a fim

    de assegurar constncia de fluxo e que o material chegue ao

    lugar certo, na quantidade certa e na hora certa.

    7) Vias diretas de transporte levando em conta a flexibilidade do

    processo.

    8) Que os materiais que chegam sigam diretamente para a rea de

    trabalho ou para a operao seguinte sem armazenamentos

    intermedirios, sempre que possvel.

    9) Pense em linha de produo contnua, ou como se assim fosse.

    10) Nunca empilhar coisa alguma sobre o cho. Usar paletts,

    caambas, cestos, sacos ou containers.

    11) Instalar o equipamento de transporte de materiais de modo a

    permitir que o pessoal da produo dedique todo seu tempo

    somente atividade produtiva.

    12) Instalar equipamentos que substituam o esforo fsico pesado

    para o homem.

  • 6

    13) Examinar o arranjo fsico da fbrica visando melhoria contnua,

    para reduzir o custo de transporte.

    14) Utilizar a fora da gravidade sempre que possvel.

    15) Combinar operaes quando isso for praticvel, a fim de eliminar

    remanipulao e remanejo.

    16) De modo a mover materiais pesados e de maior volume menor

    distncia possvel.

    17) Para que o espao para movimentao e trnsito de materiais

    seja o mais adequado e seguro, tanto para o material, para o

    equipamento, quanto para o pessoal envolvido.

    18) Manuteno dos equipamentos de transporte de modo a no ser

    necessria parada na linha de produo.

    19) De modo a contar com o mximo de segurana quando materiais

    suspensos transitarem sobre pessoas.

    20) Para oferecer ao transporte externo, ou de terceiros, condies de

    adaptao ao sistema interno sem improvisaes de ltima hora.

    O transporte de materiais na indstria assunto de trs operaes

    unitrias bem diferentes: o transporte de slidos, o bombeamento de lquidos e

    a movimentao de gases

    (http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840789/179/Cap10-

    TransportesdeMateriais.pdf).

  • 7

    2. DESENVOLVIMENTO

    2.1. Equipamentos para deslocar slidos

    Muito embora haja preferencia, na indstria de processo qumico, pelo

    transporte de slidos fluidizados, restam ainda muitos casos em que isso

    impraticvel por causa da granulometria grosseira do slido ou da abraso

    exagerada dos dutos. Nestas situaes recorre-se a alguns dispositivos

    eletrnicos. O engenheiro qumico est mais envolvido com dispositivos de

    ao continua e que operam ao longo de caminhos bem definidos no interior

    das reas de fabricao (GOMIDE, 1983).

    2.1.1. Importncia do transporte de slidos

    O grande desenvolvimento dos conhecimentos prticos sobre esta

    operao unitria decorre de uma serie de fatores:

    I. A grande influencia do transporte de slidos na economia global

    de muitos processos. Em alguns, o seu custo chega a atingir 80%

    do custo total de operao.

    II. O encarecimento continuo da mo-de-obra, forando cada vez

    mais a substituio do homem pela mquina, ou de um tipo de

    mquina por outro mais moderno que requeira menos ateno

    humana.

    III. A necessidade do transporte de slidos, em maior ou menor

    escala, em praticamente qualquer tipo de indstria.

    IV. A grande variedade de slidos a transportar.

    V. A variabilidade das condies de transporte, de capacidade,

    espao disponvel e economia do processo.

    2.1.2. Especificao do equipamento

    A seleo e dimensionamento do equipamento a empregar numa dada

    situao dependem de um grande nmero de fatores, sendo mais os citados a

    seguir.

  • 8

    1. Capacidade. Alguns tipos de transportadores so mais indicados para

    grandes capacidades, enquanto outros so tipicamente mquinas

    pequenas.

    A fixao de capacidade de projeto de um transportador para slidos

    no tarefa simples, tendo em vista o grande nmero de variveis que se

    influenciam mutuamente. Alm disso, impossvel desvincular a

    capacidade do transportador da do resto do sistema de distribuio, como o

    desembarque na fbrica, o armazenamento e a embalagem. Um diagrama

    de blocos ter que ser feito nos casos mais complexos e uma tcnica de

    simulao matemtica dever ser utilizada.

    Convm distinguir os seguintes tipos de capacidade, a fim de serem

    evitados enganos na especificao do transportador:

    a. Capacidade de operao: aquela a ser esperada do

    transportador longo prazo, isto , levando-se em conta as

    paradas por falhas mecnicas ou para manuteno e reparos

    programados, bem como o tempo requerido para regular ou

    ajustar o equipamento. O termo aplica-se instalao toda, o que

    significa que os perodos de inatividade das demais partes do

    sistema tambm devem ser considerados. A capacidade do

    projeto, ou instantnea, deve ser maior do que esta, que fixada

    por balanos materiais. Pode ser especificada em t/ano ou t/dia.

    b. Capacidade nominal: a que se deve esperar em condies

    ideais de operao, mas possveis em atingir sem quebra do

    equipamento, e capaz de ser mantida durante determinados

    perodos de tempo. O termo aplica-se aos componentes do

    sistema. Exprime-se em kg/h ou kg/min.

    c. Capacidade de pico: a maior capacidade a ser esperada do

    transportador operando nas condies de projeto ou acima, ainda

    que durante curtos intervalor de tempo. tambm chamada

    capacidade instantnea ou capacidade por minuto e deve ser

    maior do que a capacidade por hora. Pode ser determinada

    praticamente pesando o slido num perodo de tempo inferior a

    cinco minutos.

  • 9

    d. Capacidade de projeto: a que seve para especificar o

    transportador e realizar os clculos mecnicos e estruturais. Pode

    ser identificada capacidade de pico, dependendo dos fatores de

    segurana utilizados, mas geralmente recomenda-se compara-los

    com 115% da capacidade nominal e adotar o que for maior.

    2. Distancia e desnvel entre carga e descarga. Este fator tambm

    importante. H dispositivos para grandes distancias e outros para

    grandes desnveis, enquanto que alguns s podem ser utilizados no

    plano.

    3. Natureza de material a transportar. As caractersticas fsicas e

    mecnicas dos slidos a transportar influem de modo decisivo na

    seleo do transportador mais apropriado para uma dada situao.

    Para especificar um transportador so importantes as seguintes

    propriedades do slido: granulometria e forma das partculas, densidades

    (real e aparente), ngulo de repouso dinmico, fragilidade, umidade,

    mobilidade, dureza e caractersticas de abraso (quartzo, bauxita, minrios,

    coque, pedra pomes, etc.), aderncia e aglutinao.

    4. Fatores econmicos. Em igualdade tcnica pode-se preferir o

    transportador de menor custo inicial, o de menor custo de manuteno

    ou o de menor consumo de energia. A rapidez de entrega ou montagem

    so muitas vezes fatores econmicos decisivos. A deciso por um

    destes critrios depende da politica da empresa. De qualquer forma, o

    critrio econmico mais perfeito o de menor custo global de operao

    do sistema fsico de distribuio, que inclui, alm do transportador, os

    demais equipamentos que participam de movimentao do material,

    como os dispositivos de carga, armazenamento, embalagem e descarga

    final do produto. At o modo pelo qual o comprador vai utilizar o produto

    muitas vezes levado em conta na analise econmica(GOMIDE, 1983).

    2.1.3. Classificao do equipamento

    Duas classes gerais de equipamentos de transporte de slidos podem

    ser identificadas:

  • 10

    1) Aqueles cuja posio permanece fixa durante o transporte, muito

    embora possuam partes moveis;

    2) Os que se movimentam com os slidos, como os ps carregadeiras,

    vagonetas, empilhadeiras, caminhes, guinchos e guindastes.

    Apenas os equipamentos do primeiro tipo sero discutidos por serem

    mais apropriados ao transporte continuo de slidos a granel na indstria de

    processo qumico. Sero denominados simplesmente transportadores.

    As diversas variedades em uso enquadram-se em tipos padres que

    podem ser caracterizados pelo tipo de ao que desenvolvem, distinguindo-se

    em cinco tipos gerais de dispositivos:

    Carregadores

    Arrastadores

    Elevadores

    Alimentadores

    Pneumticos

    2.1.4. Dispositivos carregadores

    Como o nome indica, so dispositivos destinados continuamente o solido

    de um ponto a outro da indstria. Nesta classe de equipamento o transporte

    realizado sobre superfcies ou dentro de tubos. Outras vezes o slido

    suspenso em cabos ou correntes. Os tipos tradicionais so os seguintes:

    Correia

    Esteira

    Corrente

    Caamba

    Vibratrio

    Por gravidade

    2.1.4.1. Transportador de esteira

    Este tipo de transportador uma variante do transportador de correia

    especialmente aplicvel ao transporte pesado de materiais quentes ou muito

  • 11

    abrasivos a curtas distncias. Sua utilidade na indstria de processo qumico

    menor do que a do transportador de correia e alguns outros.

    A esteira geralmente metlica e constituda com bandejas ou

    caambas fixadas numa correia ou corrente, as esteiras mais simples so de

    madeira e prestam-se principalmente para o transporte de fardos. Os elos das

    correntes so horizontais e podem ser vrios tipos. O acionamento e feito por

    meio de correntes laterais e rodas dentadas. Muitas vezes a construo mais

    reforada para atender as necessidades dos transportes pesados a pequenas

    distancias. Algumas vezes so usados como alimentadores de outros

    transportadores. Operam a baixas velocidades, entre 5 e 10 m/min. Os

    transportadores de esteira metlica tm placas metlicas articuladas que se

    superpem parcialmente nos pontos onde so suportadas nas correntes

    laterais. A fim de evitar a queda do material pelas bordas e, ao mesmo tempo

    permitir cargas de maior profundidade, h duas abas laterais verticais.

    Alguns tipos apresentam a parte horizontal da esteira rebaixada para

    aumentar a capacidade. Se a profundidade do rebaixo for grande, resultara um

    transportador de canecas horizontais.

    H uma grande variedade de articulaes padronizadas para a

    construo da esteira, o que torna este tipo de transportador atraente pela

    rapidez de construo e economia em relao ao de correia. A manuteno

    mais rpida e a energia consumida menor que a dos dispositivos

    arrastadores equivalentes, que so os transportadores de calha. A Figura 1

    representa o transporte por esteira dentro de uma indstria(GOMIDE, 1983).

  • 12

    Figura 1. Esteira transportadora

    (Fonte: http://www.tgw-group.com/br-pt/produtos/transporte-de-

    contenedores-e-caixas/carton-and-tote-transportation/nbc-transportador-de-

    esteira-estreita-758/)

    2.1.4.1.1. Dimensionamento

    a) Largura

    A Tabela 1 fornece a largura de esteiras metlicas horizontais

    transportando slido de densidade 0,8 t/m, velocidade de 50 m/min, em

    funo da capacidade nominal . Se o material tiver densidade e a

    velocidade de transporte for , a capacidade nominal ser calculada por

    proporo:

    = 0,8

    60

    (01)

    A velocidade varia entre 5 e 80 m/min neste tipo de transportador. A

    Tabela representa tambm o tamanho mximo das pedras que podem ser

    transportadas, na hiptese de que sua porcentagem no material seja grande.

    Observa-se que esses equipamentos podem ser aplicados ao transporte de

    slidos em blocos relativamente grandes.

  • 13

    Tabela 1. Esteiras metlicas horizontais.

    Largura (m)

    Profundidade do

    material na esteira

    h(m)

    Capacidade

    nominal (t/h)

    Tamanho mximo

    do slido (cm)

    0,60 0,30 45 10 15

    0,75 0,30 56 15 20

    0,90 0,30 68 20 30

    1,05 0,30 79 20 35

    1,20 0,30 90 20 45

    1,50 0,30 113 30 45

    1,50 0,60 225 35 45

    A largura tambm pode ser obtida aproximadamente a partir da seguinte

    expresso da capacidade para transporte realizado na horizontal:

    = 0,825 (02)

    = capacidade (t/h)

    = seco transversal da pilha de material sobre a esteira (m)

    = densidade aparente do slido (t/m)

    = velocidade da esteira (m/min)

    Dessa expresso tira-se o valor de

    = 1,212

    (03)

    Conhecida a forma geomtrica da seco transversal do material sobre

    a esteira, calcula-se a largura do transportador. No caso geral o equipamento

    tem abas laterais.

    b) Potncia consumida

    A potncia consumida por um transportador de esteira funcionando na

    horizontal pode ser calculada pela seguinte expresso:

  • 14

    =

    4556 (04)

    = potncia (HP)

    = velocidade (m/min)

    = fora de trao na corrente (kg) = 2 + +

    = atrito de rolamento (geralmente adotado igual a 0,1)

    = peso de uma seo da esteira (entre centros)

    = peso de material transportado por metro de esteira

    = resistncia do material contra as abas laterais (kg/m)

    Os valores de encontram-se em tabelas.

    Para transportadores inclinados deve-se somar a parcela

    correspondente a elevao da carga:

    =

    4556+

    300 (05)

    2.1.4.2. Transportador de corrente

    Um grupo importante de dispositivos de transporte representado pelos

    transportadores montados com elos padronizados de corrente que so

    simplesmente encaixados uns nos outros ou montados com pinos ou cavilhas.

    Sua construo simples e econmica em virtude da variedade de elos

    disponveis no mercado. Alm disso, os diversos fabricantes concordaram em

    adotar medidas padronizadas, de modo que qualquer tipo fornecido por um

    fabricante poder ser empregado com um tipo diferente de outro fabricante,

    desde que ambos sejam do mesmo nmero. Sua durabilidade muito grande e

    a manuteno simples porque os elos so peas de estoque dos fabricantes.

    Trabalham numa faixa bastante ampla de velocidade, capacidade e

    temperatura. A Figura 2 representa um transportador de corrente (GOMIDE,

    1983).

  • 15

    Figura 2. Transportador de correia.

    (Fonte: http://www.zanellamaquinas.com.br/pt/energia/transportadores-

    de-correia.htm)

    Apesar destas vantagens, sua aplicao na indstria de processo

    qumico no to ampla como a de outros tipos mais adaptveis as operaes

    realizadas com os slidos particulados processados neste tipo de indstria.

    Alm disso, o uso de transportadores de corrente declinou um pouco nos

    ltimos anos principalmente porque sua manuteno muito elevada.

    Velocidades tpicas em m/min so as seguintes:

    Materiais abrasivos (cinza, escoria, coque, minrio, bauxita,

    areia): 5;

    Materiais semi-abrasivos (carvo, calcrio, rocha fosftica, sal):

    20;

    Materiais pouco abrasivos (milho, soja, cavacos de madeira,

    gros): 30 a 60.

    A potncia requerida pode ser calculada como segue:

    =

    76 (06)

  • 16

    Onde = fora de trao na corrente (kg) e = velocidade em m/s.

    2.1.5. Dispositivos arrastadores

    Nos transportadores deste tipo o slido arrastado em calhas ou dutos.

    De um modo geral, os dispositivos arrastadores possuem menor custo inicial

    relativamente aos carregadores. Alm disso, aplicam-se muito bem ao

    transporte inclinado, podendo-se chegar a 45. Em contraposio, o custo de

    manuteno mais elevado em virtude do maior desgaste sofrido pelo

    equipamento. No obstante, em muitas situaes o emprego de dispositivos

    arrastadores recomendvel na indstria de processo por atender melhor as

    condies particulares da aplicao envolvida ou as propriedades dos materiais

    transportados. Dispositivos deste tipo resolvem alguns dos problemas de

    transporte mais difceis da indstria qumica. Os dois transportadores mais

    importantes desta classe so:

    de calha

    helicoidal

    2.1.5.1. Transportador de calha

    o mais simples e o mais barato dos transportadores de slidos,

    aplicando-se a uma grande variedade de materiais e situaes. Em virtude do

    custo de manuteno elevado e do grande potncia consumida, este

    transportador aplica-se de preferencia do transporte curto. Adapta-se melhor ao

    transporte inclinado que o de correias(GOMIDE, 1983). A Figura 3 representa

    um transportador tipo calha.

  • 17

    Figura 3. Transportador tipo calha.

    (Fonte: http://www.bruno.com.br/produto/8/transportador-tipo-calha---tcc)

    Consta de uma calha de madeira ou ao, no interior da qual

    movimentam-se raspadeiras que arrastam consigo o slido a transportar. Nas

    instalaes mais simples, tanto a calha como as raspadeiras so de madeira.

    As raspadeiras so presas a correntes com orelhas verticais. Em instalaes

    melhores as calhas e as raspadeiras so de ao. Os tipos mais caros de

    transportadores deste gnero so feitos com raspadeiras presas e eixos que se

    apoiam em rolamentos.

    Algumas instalaes so feitas com a calha transportadora por cima,

    sendo o retorno por baixo, porm neste caso a corrente trabalhar dentro do

    material transportado. Isto pode ser feito no caso de materiais como serragem

    ou cavaco de madeira, que no danifiquem ou afetem o funcionamento da

    corrente. Em outras situaes prefere-se fazer o inverso, ou seja, colocar a

    calha transportadora em baixo e fazer o retorno por cima. Um tipo especial de

    transportador de calha o transportador com raspadeiras de esqueleto, que

    so vazadas, com a forma de L ou U. O material move-se em massa no interior

    da calha. Os transportadores de esqueleto aplicam-se quando as partculas do

    material se travam mutuamente durante o transporte. So vantajosos quanto

    economia de instalao e energia, em virtude da eliminao de uma boa parte

    do peso morto das raspadeiras.

  • 18

    2.1.5.1.1. Dimensionamento

    Os problemas de dimensionamento consistem na escolha das

    dimenses do transportador capazes de propiciar a capacidade desejada e o

    clculo da potncia consumida.

    a) Dimenses

    Para materiais de densidade de 0,8 t/m transportados na horizontal, a

    Tabela 2 pode ser utilizada para dimensionamento. A distncia entre as

    raspadeiras ter que ser adotada. Para transportadores que devero

    transportar materiais com densidade diferente de 0,8t/m, a capacidade ser

    proporcional densidade. A velocidade do transportador geralmente 30

    m/min. Valores recomendados encontram-se na Tabela 3. Se o transportador

    for inclinado, sua capacidade cair na proporo indicada na Tabela 3.

    Tabela 2. Para materiais de densidade 0,8 t/m.

    Dimenses das raspadeiras altura x

    largura (cm)

    = peso nominal por compartimento

    (kg)

    10 x 25 7

    10 x 30 9

    12 x 30 11

    12 x 40 14

    15 x 45 19

    20 x 45 27

    20 x 50 32

    20 x 60 41

    25 x 60 52

    Tabela 3. Para materiais com densidade diferente de 0,8 t/m.

    = ngulo de inclinao com a

    horizontal p = frao da capacidade mxima

    20 0,77

    30 0,55

    40 0,33

  • 19

    Sejam:

    = comprimento til do transportador (m)

    = velocidade de transporte (m/min)

    = capacidade de projeto (t/h)

    = densidade do material (t/m)

    = distancia entre duas raspadeiras sucessivas (m). Adota-se

    geralmente 30, 40, 50 ou 60 cm.

    p = frao da capacidade mxima para transporte com inclinao em

    relao horizontal (Tabela 3).

    = peso nominal de slido por compartimento (kg)

    Pode-se escrever:

    Tempo de transporte =

    60 horas

    Peso em kg de slidos sobre o transportador = 1000

    60

    Nmero de compartimentos em transporte =

    Peso real por compartimento = 1000

    60 kg

    = peso nominal por compartimento = 0,8

    1000

    60 kg

    Ou seja,

    =13,33

    (07)

    As velocidades econmicas para diversos materiais so as seguintes

    (Tabela 4):

  • 20

    Tabela 4. Velocidades econmicas.

    Material (m/min)

    Pedra partida 38

    Coque 30

    Carvo 38

    Cinzas 45

    Cal e cimento 45

    Minrios 53

    Pedra, areia e pedregulho 53

    Carvo fino 60

    2.1.5.2. Transportador helicoidal

    um tipo verstil de transportador para pequenas distncias, servindo

    para realizar simultaneamente outros tipos de operao como mistura,

    lavagem, cristalizao, resfriamento, extrao ou secagem. Consta de uma

    canaleta de seco semicircular no interior da qual gira um eixo com uma

    helicoide (Figura 4) (GOMIDE, 1983).

    Figura 4. Transportador helicoidal.

    (Fonte: http://grupocomes.com/transportador-helicoidal/).

  • 21

    A inclinao geralmente limitada a 10 ou 15, porm se a calha for

    fechada, pode funcionar at como dispositivo elevador. O consumo de energia

    relativamente elevado, mas para pequenas distncias este fator no

    importante.

    No caso mais simples a calha de chapa metlica pregada diretamente

    em peas de madeira com recortes de seco semicircular. Nos equipamentos

    melhores a calha de chapa de ao soldada em estrutura metlica. A calha

    tambm pode ser feita de plstico (PVC, fiberglass) ou madeira. O eixo gira em

    mancais suspensos em perfis metlicos que se apoiam nas bordas da calha.

    Os mancais podem ser simples (com bronzinas) ou com rolamentos. A

    helicoide ou rosca sem fim do transportador feita com fita de ao enrolada no

    eixo, tendo geralmente um passo igual ao dimetro. O acionamento feito na

    extremidade superior, se o transportador for inclinado, por meio de transmisso

    com coroa e pinho, engrenagem, redutor ou correias em . Um variador de

    velocidade por ser utilizado para permitir a variao da rotao do

    transportador e, consequentemente, a sua capacidade.

    A movimentao das partculas no feita por arraste diretamente sobre

    a calha, mas a uma altura onde a fora exercida por atrito pela helicoide

    contrabalana o peso das partculas. O atrito intergranular evita que as

    partculas retornem ao nvel mais baixo no interior da calha. O comprimento

    mximo de uma seco limitado pelo torque mximo disponvel no eixo e

    unies. O torque que pode ser calculado em funo da potncia e da rotao:

    =725

    (08)

    H vrios tipos de helicoide: o tipo padro, com passo igual ao dimetro,

    para inclinao at 20; o de passo longo, para materiais de fcil escoamento;

    a helicoide com passo duplo, recortada (para mistura), furada (para lavadores),

    dobrada, de fita (com a parte central removida) para misturar pastas e a

    seccional ou descontinua. O transportador helicoidal pode trabalhar na

    horizontal, inclinado ou na vertical, desde que a folga entre a helicoide e o duto

    seja realizada. As vantagens que tornam este tipo de transportador to

    empregado na indstria qumica so as seguintes:

  • 22

    1) Podem ser abertos ou fechados;

    2) Trabalham em qualquer posio ou inclinao;

    3) Podem ser carregados e descarregados em diversos pontos;

    4) Podem transportar em direes opostas a partir de um ponto de

    carga central;

    5) Permitem lavar, cristalizar, aquecer, resfriar ou secar ao mesmo

    tempo em que o transporte feito;

    6) Ocupam pouco espao e no requerem o espao para retorno.

    2.1.5.2.1. Dimensionamento

    Os problemas mais importantes de projeto so a determinao do

    tamanho e nmero de rotaes da helicoide e o clculo do consumo de

    energia. Quatro procedimentos de clculo sero apresentados.

    1. Um mtodo importante de dimensionamento consiste em classificar

    inicialmente o material numa das cinco classes descritas a seguir. A

    cada uma corresponde um fator que servir para calcular a potncia

    consumida.

    Classe a. Inclui materiais finos, leves, no abrasivos e de

    escoamento fcil. A densidade est entre 0,5 e 0,6 t/m. Para estes

    materiais, = 0,4. Exemplos: carvo modo, caroo de algodo, milho, trigo,

    cevada, arroz, malte, cal em p, farinha e linhaa.

    Classe b. Materiais no abrasivos de densidade mdia, at 0,8 t/m,

    em gros pequenos misturados com finos. = 0,6. Exemplos: almem fino,

    p de carvo, grafite em flocos, cal hidratada, caf, cacau, soja, milho em

    gros, farelo e gelatina em gros.

    Classe c. Materiais semi-abrasivos em gros pequenos misturados

    com finos, densidade entre 0,6 e 1,12 t/m. = 1,0. Exemplos: almem em

    pedras, borax, carvo grosso, linhito, cinzas, sal grosso, barrilha, lama

    sanitria, sabo em p, cevada mida, amido, acar refinado, cortia

    moda, leite em p e polpa de celulose.

  • 23

    Classe d. Materiais semi-abrasivos ou abrasivos, finos, granulares ou

    em pedaos misturados com finos, densidade entre 0,8 e 1,6 t/m. = 1 a 2,

    conforme indicado a seguir. Exemplos: bauxita (1,8), negro de fumo (1,6),

    cimento (1,4), giz (1,4), gesso (1,6), argila (2,0), fluorita (2,0), xido de

    chumbo (1,0), cal em pedra (1,3), calcrio (1,6), fosfato cido com 7% de

    umidade (1,4), areia seca (2,0), xisto britado (1,8) e acar mascavo (1,8).

    Classe e. Materiais abrasivos de escoamento difcil. Para fins de

    dimensionamento utiliza-se 50% da capacidade e limita-se a velocidade a

    40 rpm. Exemplos: cinzas (4,0), fuligem (3,5), quartzo em p (2,5), areia e

    slica (2,0).

    Classificado o material, determina-se o dimetro da helicoide em funo

    da capacidade volumtrica em m/h e da rotao apropriada, sem, contudo

    ultrapassar o valor mximo recomendado em cada caso.

    A capacidade do transportador diminui com a inclinao.

    2. Um segundo mtodo de dimensionamento define inicialmente a

    velocidade econmica de transporte em funo do dimetro da

    helicoide. Escolhido o dimetro, fica definhada a rotao econmica de

    acordo com a Tabela 5.

    Tabela 5. Rotao econmica de acordo com o dimetro.

    (m) 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,60

    (rpm) 230 200 175 160 150 140 133 127 122 113

    Esta correlao no leva em conta as caractersticas do material. O

    dimensionamento dever ser feito por tentativas at ser obtido da tabela o par

    de valores que de a capacidade desejada atravs da correlao emprica

    seguinte:

    = 12,33 (09)

    = capacidade (t/h)

  • 24

    = dimetro da helicoide (m)

    = densidade aparente (t/m)

    = rotao (rpm)

    A fim de evitar o clculo por tentativas, pode-se utilizar a seguinte

    expresso aproximada obtida com os dados da Tabela 5.

    =92,2

    0,4 (10)

    Combinando com a correlao da capacidade, tira-se diretamente o

    dimetro do transportador:

    =0,385

    15 (11)

    Onde = capacidade volumtrica (m/h) =

    .

    3. O terceiro mtodo consiste em partir da rotao econmica em RPM

    definida pela expresso seguinte, com em m:

    =18,75

    (12)

    A capacidade calculada pela mesma expresso apresentada no

    mtodo anterior:

    = 12,33 (13)

    Combinando as duas e lembrando que =

    , tira-se o dimetro:

    =

    15,2 (14)

    2.1.6. Elevadores

    Alguns transportadores como o de correia, o helicoidal e o de calha,

    podem ser utilizados como dispositivos de elevao, desde que o desnvel seja

    pequeno quando comparado com a distncia horizontal; sendo que para

    grandes inclinaes ou para transporte vertical, os dispositivos mais indicados

    so os elevadores. H trs tipos de elevadores: (GOMIDE, 1983).

  • 25

    Helicoidais

    De canecas

    Pneumticos

    2.1.6.1. Helicoidais

    Basicamente, consiste de um helicoide com um movimento rotativo e de

    um condutor estacionrio (tubo). O transporte realizado quando o material,

    colocado em uma abertura de recebimento do condutor fixo, deslocado ao

    longo do helicoide por seu movimento de rotao, sendo que a folga entre a

    helicoide e o tubo dever ser bastante limitada. Estes podem tambm fazer a

    mistura de materiais durante o transporte. A elevao mxima comelevadores

    helicoidais de 12 metros.

    Figura 5. Elevador helicoidal.

    Figura 6. Tipos de helicoides: A- padro (transporte horizontal), B- transporte

    inclinado, C- recortador (misturador) e D- fita (produtos viscosos)

    Fonte: (SILVA et al)

  • 26

    So muito utilizados na indstria qumica pelos seguintes motivos:

    a) podem ser abertos ou fechados

    b) trabalham em qualquer posio ou inclinao

    c) podem ser carregados e descarregados em diversos pontos

    d) podem transportar em direes opostas a partir de um ponto de carga

    central

    e) permitem lavar, cristalizar, aquecer, resfriar ou secar ao mesmo

    tempo em que o transporte feito.

    f) ocupam pouco espao e no requerem o espao para retorno.

    Os problemas mais importantes de projeto so a determinao do

    tamanho e nmero de rotaes da helicoide e o clculo do consumo de

    energia.

    Definir o dimetro da helicoide d em (m), onde q a capacidade

    volumtrica do transportador em (m3 /h).

    D = 1/2

    15,2 (15)

    Definir a rotao n (rpm), com o dimetro d (m), ser:

    n = 18,75

    (16)

    Definir a capacidade c (t/h), usando o dimetro D (m), a massa

    especfica aparente do slido a (t/m3) e a rotao n (rpm), ser:

    (TRANSPORTE DE SLIDOS)

    c = 12,3.D.a.n (17)

    A potncia pode ser calculada com boaaproximao pela seguinte

    expresso(GOMIDE, 1983).

    P=

    152 (18)

  • 27

    P = potncia (HP), C = capacidade (t/h), H = elevao (m).Se o

    transportador for inclinado, usa-se a expresso geral j apresentada:

    = .

    273+

    152 (19)

    O fator F determinado a partir do tipo, do tamanho, da abrasividade e

    viscosidade do material (GOMIDE, 1983).

    2.1.6.2. De canecas

    Elevadores de caneca so as unidades mais simples e seguras para

    efetuar deslocamento vertical. Eles esto disponveis em uma gama de

    capacidades e podem funcionar totalmente em aberto, ou ser totalmente

    fechado.

    As principais variaes de projeto esto na espessura das chapas dos

    canecos e revestimentos, na qualidade do correame ou das correntes, e na

    unidade motriz (PERRY, 1984).

    So fabricados em vrios tipos, em funo das caractersticas do

    material a ser transportado. Podem ser do tipo centrifugo ou continuo e com as

    canecas fixas em correia ou em correntes. A a l tu ra de e levao pode

    chegar a 100m .

    Figura 7. Elevador de caneca.

    So utilizados para a elevao de produtos qumicos, fertilizantes,

    minrios, carvo e cereais. Geralmente a capacidade dos elevadores de

  • 28

    canecas moderada, at 50 t/h, muito embora haja instalaes para

    capacidade at 200 t.

    Existem vrios tipos de elevadores de caneca: contnuo, contnuo com

    supercapacidade, espacejados e descarga positiva e espacejados e descarga

    centrfuga.

    A velocidade pode variar de 30 a 60 m/min, conforme a tabela a seguir:

    (PAULI et al, 2010).

    Tabela 6. Materiais e suas velocidades.

    Material Velocidade

    (m/min)

    Coque 30

    Pedra partida 38

    Carvo bruto 38

    Cinzas 45

    Cal, cimento 45

    Minrios 53

    Pedras britas 53

    Areia e pedregulho 53

    Carvo fino 60

    As medidas das canecas podem ser calculadas assim:

    Q = capacidade volumtrica em (m3 /h), V = velocidade em (m/min),

    onde w = largura das canecas em (cm), L = comprimento das canecas em

    (cm), d = distncia entre canecas (geralmente 30, 40 ou 45 cm)

    w= 16,9.(

    )1/2(20)

    E para obter a outra dimenso pode-se usar L = 2w.

    Potncia consumida: uma vez que o elevador est em equilbrio quando

    se encontra descarregado, a potncia consumida a necessria para elevar a

    carga e vencer o atrito entre as peas. A frmula recomendada por Perry e

    adaptada para as unidades do SI, fornece diretamente a potncia do motor

    necessrio:

    P =

    152 (21)

  • 29

    Onde P= Potncia em (hp), C = Capacidade em (t/h) e H = Elevao

    medida na vertical em (m) (TRANSPORTE DE SLIDOS).

    2.1.6.3. Pneumticos

    um sistema de transporte vertical pneumtico, sem cabos, pistes

    hidrulicos, polias, leo, graxas nem engrenagens.

    No necessita de complexas e caras construes civis ou adaptaes no

    previstas nas edificaes j existentes, pois um equipamento auto-portante

    onde a sua casa de mquinas acoplada prpria estrutura.

    Totalmente seguro, apresenta baixo nvel de rudo, reduzido consumo de

    energia, manuteno extremamente simples. Possui peso e tamanhos

    reduzidos e pode ser instalado interna e externamente, diretamente sobre

    qualquer tipo de piso, podendo atender at quatro paradas. (ELEVSUL, 2015)

    Os materiais tipicamente transportados so: Alumina, xido de alumnio,

    alimento para bebs, argila, barita, bauxita, bentonita, brax, carbonato de

    clcio, cloreto de clcio, negro de fumo, cimento, caf (cru, torrado, modo),

    detergente, feldspato, carvo, farinha, cinza, fluorita, areia, mistura para vidro,

    caco de vidro, gesso, xido de ferro, caulim, cianita, calcrio, magnsio, leite

    em p, amendoim, resina de PVC, sal, slica, barrilha, sulfato de sdio, metal,

    enxofre, acar, dixido de titnio e muito mais (TRANSPORTADORES

    CONTNUOS PARA GRANIS SLIDOS).

    2.1.7. Alimentadores

    A alimentao de slidos uma etapa critica no processo como um todo

    e que merece uma ateno especial. Considerando a variabilidade das

    caractersticas dos materiais alimentados, que podem escoar facilmente ou

    serem aderentes, terem granulometria uniforme ou heterogeneidade, podendo

    ainda ser abrasivos, isso pode apresentar problemas na alimentao de vazes

    constantes (GOMIDE, 1983).

    Existem diversos tipos de alimentao. Uma classificao feita dos

    alimentadores industriais :

    Alimentadores gravimtricos

  • 30

    Alimentadores volumtricos

    De correia

    2.1.7.1. Gravimtricos

    A verticalidade em processos, especialmente quando se tem transporte

    de material muito desejvel, pois a influncia da gravidade favorece esse

    transporte, promovendo uma economia energtica. Por isso, dispositivos onde

    a fora da gravidade desempenha papel essencial despertam grande interesse

    para o setor industrial.

    Alimentam com vazo em peso constante, sendo mais complicados que

    os volumtricos, pormso mais satisfatrios do que os volumtricos no que se

    refere constncia de operao, sendo utilizados quando as caractersticas do

    slido (como granulometria, umidade ou grau de compactao) variam

    bastante durante a operao, mas uma alta preciso na dosagem necessria.

    A desvantagem o custo, que bem mais elevado do que os volumtricos

    (METALRGICA SANTA RITA)

    2.1.7.2. Volumtricos

    Alimentam em vazo volumtrica constante. O mais simples a prpria

    boca do funil de descarga do silo, que pode ser equipada com uma vlvula de

    gaveta mecanizada ou regulada manualmente. Alguns aumentadores so

    derivados de transportadores com diferena de detalhes construtivos como o

    helicoidal, o vibratrio e o de correia, etc. So satisfatrios quando o material

    de escoamento fcil. A vazo de alimentao pode ser variada alterando a

    rotao da mquina ou a posio da vlvula de gaveta que geralmente se

    instala na boca de descarga do silo. Quando o material aderente ou

    apresenta grandes variaes de densidade, estes dispositivos no alimentam

    em vazo constante, devendo-se por isso, recorrer a dispositivos de ao mais

    regular. Vlvula rotativa, vlvula de simples e dupla comporta e mesa dosadora

    so utilizadas nessas situaes (METALRGICA SANTA RITA).

    O dimensionamento dos alimentadores gravimtricos e volumtricos

    idntico ao dimensionamento de outros transportadores, diferindo apenas o

  • 31

    comprimento e alguns detalhes que alguns equipamentos possuem e outros

    no (GOMIDE, 1983).

    2.1.7.3. De correia

    Os alimentadores de correia so empregadosprincipalmente em

    retomadade materiais finos e midos sob silosou pilhas, onde o uso dos

    alimentadores vibratrios no recomendado. Podero ser equipados com

    variadorcontnuo de velocidade, que permite,com facilidade, dosagens

    contnuas,precisas e ampla variao da taxa dealimentao.Sendo

    basicamente um transportadorde correia, a sua concepo

    extremamentesimples, oferecendo o mximode rendimento por mnimo custode

    operao e manuteno. Os tamanhos disponveis so os mesmosdas correias

    transportadoras, comas mesmas larguras padres e comprimentos variveis

    conforme projetos,possibilitando sempre a escolha certapara cada

    necessidade.

    O clculo de alimentadores de correiasegue o mesmo critrio adotado

    paraclculo de transportadores de correia.A diferena bsica est na

    determinao da tenso efetiva (Te), onde almde coeficientes diferentes, so

    includasoutras tenses componentes. Determinadaa tenso efetiva, o

    clculodas tenses de operao da correia, odimensionamento da

    motorizao, as selees da correia e dos tambores seguemo mesmo

    procedimento adotadopara os transportadores de correia (CORREDOR).

    2.1.8. Transporte pneumtico

    A utilizao do ar para a movimentao de materiais representa

    vantagens a este processo se comparado movimentao mecnica

    (elevadores, redler, transportador helicoidal, etc.), pois oferece maior

    segurana ao produto uma vez que o mesmo transportado por meio de

    tubulaes, onde o ar como fluido possibilita o seu escoamento at o local

    desejado.

    Existem dois tipos deste transporte:

    Fase densa

    Fase fluida

  • 32

    2.1.8.1. Fase densa

    O transporte pneumtico em fase densa pode ser o mtodo mais

    confivel e eficiente para a manipulao de uma grande variedade de slidos

    secos a granel. A definio de transporte pneumtico em fase densa significa

    uma pequena quantidade de ar para movimentar uma grande quantidade de

    slidos a granel de forma pulsante, em pores atravs da linha de transporte,

    sendo um processo similar extruso.

    O transporte pneumtico em fase densa : Eficiente em consumo de

    energia e mo de obra; Confivel, devido s poucas partes mveis e menor

    desgaste do sistema; Flexvel, permitindo instalaes de sistemas completos

    em espaos bem reduzidos ou cheios por sistemas mecnicos, com

    interrupes mnimas em seu programa de produo.

    Os materiais tipicamente transportados so: Alumina, xido de alumnio,

    alimento para bebs, argila, barita, bauxita, bentonita, brax, carbonato de

    clcio, cloreto de clcio, negro de fumo, cimento, caf (cru, torrado, modo),

    detergente, feldspato, carvo, farinha, cinza, fluorita, areia, mistura para vidro,

    caco de vidro, gesso, xido de ferro, caulim, cianita, calcrio, magnsio, leite

    em p, amendoim, resina de PVC, sal, slica, barrilha, sulfato de sdio, metal,

    enxofre, acar, dixido de titnio e muito mais.

    2.1.8.2. Fase diluda

    Os sistemas pneumticos em fase diluda utilizam grande quantidade de

    ar para remover quantidades relativamente pequenas de material em

    suspenso a altas velocidades. A fase densa tem a vantagem de empurrar

    eficientemente uma concentrao muito mais densa de material slido a

    velocidades relativamente baixas (1,5 a 10 m/s) atravs da linha de transporte,

    o que resulta em uma manipulao mais delicada dos slidos altamente

    abrasivos que no toleram degradao. Para muitos materiais frgeis,

    granulares ou cristalinos, no existe processo mais adequado.

  • 33

    Nos sistemas mais modernos, s introduzido o volume de ar

    necessrio para levar o produto at a linha, em densidade mxima. Depois que

    o material comea a movimentar-se na linha adicionado apenas o ar

    necessrio para superar o atrito na linha de transporte medida que ela ocorre.

    A velocidade superficial do gs definida como:

    Ufs = [vazo volumtrica do gs] / [rea da seo reta do tubo] = Qf / A

    A velocidade superficial das partculas definida como:

    Ups = [vazo volumtrica de slidos] / [rea da seo reta do tubo] =

    Qp/A

    Onde o subscrito "s" denota superficial e os subscritos "f" e "p" se

    referem ao fluido e as partculas respectivamente. A frao da rea transversal

    disponvel do tubo para o fluxo de gs normalmente assumida ser igual

    frao de volume ocupada pelo gs, quer dizer, a porosidade ou frao de

    vazios . A frao da rea do tubo disponvel para o fluxo de slidos ,

    portanto, (1 - ).

    E assim, a velocidade real do gs, :

    Uf = Qf / [A ] (22)

    E a velocidade real da partcula,

    Up = Qp / [A (1 - )] (23)

    Assim, as velocidades superficiais so relacionadas s velocidades reais

    pelas equaes:

    Uf = Ufs / (24)

    Up = Ups / (1 - ) (25)

    Ento se calcula o comprimento equivalente, mede o dimetro da

    tubulao, encontra-se um fator de projeto (atravs do dimetro e do volume do

    gs por uma carta), determina-se a perda de presso por meio de uma carta de

    comprimento equivalente versus taxa de slidos versus fator, e ento a

    potncia requerida pelo equipamento por uma carta de perda de presso

    versus volume de ar (TRANSPORTE CONTNUO PARA GRANIS DE

    SLIDOS).

  • 34

    2.2. Equipamentos para deslocar lquidos

    2.2.1. Bombas

    Bombas so maquinas geratrizes,isto , que recebem trabalho

    mecnico, geralmente fornecido por uma mquina motriz, e o transformam em

    energia hidrulica, comunicando ao lquido um acrscimo de energia sob as

    formas de energia potencial de presso e cintica. Alguns autores chamam-

    nas de maquinasoperatrizeshidrulicas, porque realizam um trabalhotil

    especfico ao descolarem um lquido. O modo pelo qual feita a transformao

    do trabalho em energia hidrulica e o recurso para ced-la ao lquido

    aumentando sua presso e/ou sua velocidade permitem classificar as bombas

    em:

    Bombas de deslocamento positivo ou volumgenas;

    Turbobombas, chamadas tambm hidrodinmicas ou

    rotodinmicas ou simplesmente dinmicas;

    Bombas especiais (bomba com ejetor; pulsmetro; bomba de

    emulso de ar) (MACINTYRE, 1997).

    2.2.1.1. Bombas de deslocamento positivo

    Possuem uma ou mais cmaras, em cujo interior o movimento de um

    rgo propulsor comunica energia de presso ao lquido, provocando o seu

    escoamento. Proporciona ento as condies para que se realize o

    escoamento na tubulao de recalque at o ponto de utilizao (MACINTYRE,

    1997).

    As bombas de deslocamento positivo impelem uma quantidade definida

    do fluido em cada golpe ou volta do dispositivo (FOUST, 1982).

    A caracterstica principal desta classe de bombas que uma partcula

    lquida em contato com o rgo que comunica a energia tem aproximadamente

    a mesma trajetria que a do ponto do rgo com a qual est em contato

    (MACINTYRE, 1997).

  • 35

    A categoria das bombas de deslocamento positivo pode ser dividida

    ainda em bombas alternativas e bombas rotativas. As primeiras, conforme o

    nome indica, envolvem o movimento de vai e vem de um pisto num cilindro;

    as outras dependem de um movimento de rotao (FOUST, 1982).

    I. Bombas alternativas: o lquido recebe a ao das foras

    diretamente de um pisto ou mbolo (pisto alongado) ou de uma

    membrana flexvel (diafragma)(MACINTYRE, 1997). Onde a taxa

    de fornecimento do lquido uma funo do volume varrido pelo

    pisto no cilindro e do nmero de golpes do pisto por unidade de

    tempo. Para cada golpe do pisto, um volume fixo do lquido

    descarregado da bomba (FOUST, 1982).

    As bombas alternativas usam-se h muito tempo em diversas

    aplicaes, como o bombeamento de gua de alimentao de

    caldeiras, de leos e de lama. As bombas alternativas imprimem

    ao fluido as presses mais elevadas entre todos os tipos de

    bombas. Por outro lado, tm uma capacidade relativamente

    pequena. Os lquidos que contm slidos abrasivos podem

    danificar as superfcies torneadas do cilindro e do pisto. Estas

    bombas podem ser usadas para medio de vazes moderadas,

    em virtude das suas caractersticas de deslocamento positivo

    (FOUST, 1982).

    II. Bombas rotativas: o lquido recebe a ao de foras provenientes

    de uma ou mais peas dotadas de movimento de rotao que,

    comunicando energia de presso, provocam seu escoamento. A

    ao das foras se faz segundo a direo que praticamente a

    do prprio movimento de escoamento do lquido (MACINTYRE,

    1997). A vazo do lquido, numa bomba rotatria, funo do seu

    tamanho e da velocidade de rotao, mas apenas ligeiramente

    dependente da presso de descarga, dentro dos limites do

    modelo da bomba. As bombas rotatrias fornecem vazes quase

    constantes, em contraste com a vazo pulsada das bombas

    alternativas (FOUST, 1982).

  • 36

    As bombas rotatrias so usadas com lquidos de quaisquer

    viscosidades, desde que no contenham slidos abrasivos. So

    especialmente eficientes com lquidos de alta viscosidade,

    incluindo graxas, melados e tintas. As bombas rotativas operam

    em faixas moderadas de presso e tm capacidade que ficam

    entre as pequenas e as mdias. So frequentemente usadas para

    medir volumes lquidos (FOUST, 1982).

    2.2.1.2. Turbobombas

    As turbobombas, tambm chamadas bombas rotodinmicas e kinetic

    pumps pelo Hydraulic Institute, so caracterizadas por possurem um rgo

    rotatrio dotado de ps, chamado rotor, que exerce sobre o lquido foras que

    resultam da acelerao que o rotor imprime ao lquido. Essa acelerao, ao

    contrrio do que se verifica nas bombas de deslocamento positivo, no possui

    a mesma direo e o mesmo sentido do movimento do lquido em contato com

    as ps. A descarga gerada depende das caractersticas da bomba, do nmero

    de rotaes e das caractersticas do sistema de encanamentos ao qual estiver

    ligada (MACINTYRE, 1997).

    H varias maneiras de fazer a classificao das turbobombas, tais como:

    I. Classificao segundo a trajetria do lquido no rotor

    a. Bomba centrfuga pura ou radial;

    b. Bomba de fluxo misto ou bomba diagonal;

    c. Bomba axial ou propulsora;

    II. Classificao segundo o nmero de rotores empregados

    a. Bombas de simples estgio;

    b. Bombas de mltiplos estgios;

    III. Classificao segundo o nmero de entradas para a aspirao

    a. Bomba de aspirao simples ou de entrada unilateral;

    b. Bomba de aspirao dupla ou entrada bilateral;

  • 37

    Porm para facilitar a compreenso do funcionamento das turbobombas,

    vamos considerar o tipo mais simples e mais empregado, que a bomba

    centrfuga.

    A bomba centrfuga constituda por um rotor que gira no interior de

    uma carcaa. O fluido entra na bomba nas vizinhanas do eixo do rotor

    propulsor e lanado para a periferia pela ao centrfuga. A energia cintica

    do fluido aumenta do centro do rotor para a ponta das palhetas propulsoras.

    Esta energia cintica convertida em presso quando o fluido sai do impulsor

    e entra na voluta ou difusor (FOUST, 1982).

    Este tipo de bomba necessita ser previamente enchida com o lquido a

    bombear, isto , deve ser escorvada.

    As bombas centrfugas so amplamente usadas nas indstrias de

    processos em virtude da simplicidade de modelo, do pequeno custo inicial, da

    manuteno barata e da flexibilidade de aplicao. So comumente

    empregadas no bombeamento de gua limpa, gua do mar, condensados,

    leos, lixvias, para presses de at 16 kgf.cm-2 e temperaturas de at 140C

    (MACINTYRE, 1997).

    2.2.1.3. Dimensionamento e escolha do equipamento

    Com a grande variedade de tipos de bombas existentes, a escolha de

    uma bomba para um servio especfico pode causar a impresso de ser uma

    operao complicada. Na realidade, a escolha de bombas para situaes de

    rotina, j encontradas, uma questo imediata. Nestes casos, o engenheiro de

    projeto pode escolher a bomba apropriada para uma certa tarefa a partir dos

    catlogos dos fabricantes (FOUST, 1982).

    O dimensionamento da bomba determinado pela presso desenvolvida

    e pelas exigncias de capacidade. Uma vez que se tenha escolhido o tipo de

    bomba, a escolha final do tamanho pode ser efetuada atravs dos catlogos

    dos fabricantes, ou proceder-se da seguinte maneira, se for conhecido a

    capacidade exigida (Q) e o dimetro da tubulao:

    1) Calcular a altura manomtrica:

  • 38

    =2

    1

    +

    2

    2+ 0 + (26)

    Onde, =2

    2

    a perda de carga.

    2) Calcular a Potncia motriz:

    =

    (27)

    3) Obter a folga do motor com base na Tabela 7 e calcular a

    potncia instalada [PotI=PotM(1+acrscimo/100)]. Com o valor

    obtido para PotI, especificar a potncia comercial do motor

    baseando-se na Tabela 8.

    Tabela 7. Acrscimos recomendveis para os motores em funo da

    potncia das bombas (Fonte: MOREIRA, 2015).

    Bomba At 2 CV 2 a 5 CV 5 a 10 CV 10 a 20 CV > 21 CV

    Acrscimo 50% 30% 20% 15% 10%

    Tabela 8.Potncias usuais de motores eltricos fabricados no Brasil

    (CV)(Fonte: MOREIRA, 2015).

    , 1/3, , , 1, 1 , 2, 3, 5, 6, 7 , 10, 12, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60, 80,

    100, 125, 150, 200 e 250

    2.3. Equipamentos para deslocar gases

    2.3.1. Ventiladores

    Ventiladores so turbomquinas geratrizes ou operatrizes, tambm

    designadas por mquinas turbodinmicas, que se destinam a produzir o

    deslocamento dos gases.

  • 39

    A rotao de um rotor dotado de ps adequadas, acionado por um

    motor, em geral o eltrico, permite a transformao da energia mecnica do

    rotor nas formas de energia que o fluido capaz de assumir, ou seja, a energia

    potencial de presso e a energia cintica. Graas energia adquirida, o fluido

    (no caso o ar, ou os gases) torna-se capaz de escoar em dutos, vencendo as

    resistncias que se oferecem ao seu deslocamento, proporcionando a vazo

    desejvel de ar para a finalidade que se tem em vista (MACINTYRE, 1997).

    Os ventiladores so usados nas indstrias em ventilao, climatizao e

    em processos industriais, como na indstria siderrgica nos altos-fornos e em

    sinterizao; em muitas indstrias nas instalaes de caldeiras; em

    pulverizadores de carvo, em queimadores, em certos transportes pneumticos

    e em muitas outras aplicaes (MACINTYRE, 1997).

    Existem vrios critrios segundo os quais se podem classificar os

    ventiladores:

    I. Segundo o nvel energtico de presso que estabelecem

    a. Baixa presso: at uma presso de 0,02 kgf. cm-2;

    b. Mdia presso: para presses de 0,02 a 0,08 kgf. cm-2;

    c. Alta presso: para presses de 0,08 a 0,250 kgf. cm-2;

    d. Muito alta presso: pra presses de 0,250 a 1,00 kgf. cm-2.

    II. Segundo a modalidade construtiva

    a. Centrfugos: quando a trajetria de uma partcula gasosa no rotor

    se realiza em uma superfcie que aproximadamente um plano

    normal ao eixo, portanto, uma aspiral;

    b. Hlico-centrfugos: quando a partcula, em sua passagem no

    interior do rotor, descreve uma hlice sobre uma superfcie de

    revoluo cnica cuja geratriz uma linha curva;

    c. Axiais: quando a trajetria de uma partcula em sua passagem

    pelo rotor uma hlice descrita em uma superfcie de revoluo

    aproximadamente cilndrica.

    III. Segundo a forma das ps

  • 40

    a. Ps radiais retas;

    b. Ps inclinadas para trs, planas ou curvas;

    c. Ps inclinadas para frente;

    d. Ps curvas de sada radial.

    IV. Segundo o nmero de entradas de aspirao no rotor:

    a. Entrada unilateral ou simples aspirao;

    b. Entrada bilateral ou dupla aspirao.

    V. Segundo o nmero de rotores

    a. Simples estgio, com um rotor apenas;

    b. Duplo estgio, com dois rotores montados num mesmo eixo.

    2.3.1.1. Dimensionamento e escolha do equipamento

    Existem certas grandezas de importncia no funcionamento e

    comportamento dos ventiladores que, se adequadamente combinadas,

    permitem a escolha do tipo de ventilador para condies preestabelecidas.

    Estas grandezas, denominadas caractersticas, por caracterizarem as

    condies de funcionamento, so:

    Nmero de rotaes por minuto, n, ou a velocidade angular,

    (radianos por segundo);

    Dimetro de sada do rotor, d2;

    Vazo, Q;

    Alturas de elevao (til, manomtrica e motriz);

    Potncias (til, total de elevao e motriz);

    Rendimentos (hidrulico, mecnico e total).

    As equaes de que se dispe para estudar a interdependncia entre

    essas grandezas no permitem que seja realizado um estudo com base em

    consideraes puramente tericas. Recorrre-se a ensaios de laboratrio que

    permitem exprimir estatisticamente a variao de uma grandeza em funo de

    outra. Com os valores obtidos nos ensaios, os fabricantes elaboram tabelas e

  • 41

    grficos, publicados em folhetos e catlogos, que permitem aos usurios uma

    fcil e rpida escolha do ventilador e uma anlise do seu comportamento,

    quando ocorrem variaes nas grandezas representadas (MACINTYRE, 1997).

    As curvas que traduzem a dependncia entre duas das grandezas, uma

    vez fixadas as demais, chamam-se curvas caractersticas. Um exemplo o

    grfico de quadrculas para a escolha do ventilador centrfugo da indstria

    Ventiladores Gema (Figura 8).

    Figura 8. Grfico para a escolha do ventilador centrfugo da indstria

    Ventiladores Gema (Fonte: MACINTYRE, 1997).

    Outro modo de realizar a escolha do tipo de ventilador atravs da

    velocidade especfica. Esta escolha se baseia no fato de que existe, para um

    conjunto de valores H, Q, n, um formato de rotor de ventilador que de

    menores dimenses e menor custo e que proporciona um melhor rendimento,

    sendo, portanto, o indicado para o caso.

    A velocidade especfica calculada pela frmula:

  • 42

    = 16,6

    34 (28)

    Onde, Q dado em (L. s-1) e H em (mm ca).

    A Figura 9 permite a escolha do tipo do ventilador em funo da

    velocidade especfica.

    Figura 9. Velocidades especficas para os diversos tipos de

    ventiladores(Fonte: MACINTYRE, 1997).

    2.3.2. Compressores

    Compressores so mquinas operatrizes que transformam trabalho

    mecnico em energia comunicada a um gs, preponderantemente sob forma

    de energia de presso. Graas energia de presso que adquire

    (pressurizao), o gs pode:

    Deslocar-se a longas distncias em tubulaes;

  • 43

    Ser armazenado em reservatrios para ser usado quando

    necessrio, isto , acumular energia;

    Realizar trabalho mecnico, atuando sobre dispositivos,

    equipamentos e mquinas motrizes (motores a ar comprimido, por

    exemplo).

    Alm de ser empregado para comprimir o ar, o compressor aplicado a

    outros gases e misturas de gases, sendo de imensa importncia nas

    instalaes qumicas, petroqumicas, mecnicas, na construo civil, e outras

    mais (MACINTYRE, 1997).

    Como no caso das bombas, os compressores podem ser classificados

    em compressores de deslocamento positivo ou compressores dinmicos. A

    categoria dos de deslocamento positivo divide-se ainda nos alternativos e nos

    rotatrios. A categoria dos dinmicos envolve os de fluxo radial e os de fluxo

    axial.

    2.3.2.1. Compressores de deslocamento positivo

    O gs admitido em uma cmara de compresso, que , por isso,

    isolada do exterior. Por meio da reduo do volume til da cmara sob ao de

    uma pea mvel (alternativa ou rotativa), realiza-se a compresso do gs.

    Quando a presso na cmara atinge valor compatvel com a presso no tubo

    de descarga, abre-se uma vlvula ou uma passagem, e o gs da cmara

    descarregado para o exterior. A vlvula nos compressores rotativos

    desnecessria (MACINTYRE, 1997).

    2.3.2.2. Compressores dinmicos

    O gs penetra em uma cmara onde um rotor em alta rotao comunica

    s partculas gasosas acelerao tangencial e, portanto, energia. Atravs da

    descarga por um difusor, grande parte da energia cintica se converte em

    energia de presso, forma adequada a transmisses por tubulaes a

    distncias considerveis e realizao de operaes especficas

    (MACINTYRE, 1997).

  • 44

    Os compressores dinmicos so amplamente usados nas refinarias de

    petrleo e nas usinas qumicas (FOUST, 1982).

    2.3.2.3. Dimensionamento e escolha do equipamento

    A escolha do dispositivo apropriado para deslocar o gs num servio

    determinado um processo complicado que exige um entendimento completo

    das vantagens e desvantagens de cada tipo do compressor. Os fatores

    fundamentais incluem a vazo do gs, as presses de entrada e sada, as

    propriedades do gs e o consumo de potncia e custo do compressor. As

    relaes termodinmicas complicadas que prevalecem para os gases tornam a

    escolha do compressor mais difcil que a de uma bomba.

    Portanto, uma seleo preliminar do tipo de compressor se faz mediante

    os conceitos de velocidade de rotao especfica e de dimetro especfico,

    conforme est na Figura 10 (FOUST, 1982).

    Figura 10. Faixas operacionais de diversos tipos de bombas e compressores

    de um s estgio (Fonte: FOUST, 1982).

    Os compressores dinmicos so o tipo mais amplamente usado nas

    indstrias de processos qumicos, em virtude da grande variedade de modelos

    simples, com manuteno barata, capazes de funcionar durante longos

    perodos de operao contnua. So usados para pequenas elevaes de

  • 45

    presso (0,5 atm) como sopradores, at elevaes muito altas de presso (350

    atm). Os compressores alternativos so extensamente usados nas faixas de

    vazes baixas ou intermedirias, e em presses intermedirias e altas. Os

    compressores axiais so de uso limitado a vazes altas, em presses at 8,5

    atm. Os compressores rotativos so usados em servio de vcuo e nas

    aplicaes que exigem vazes baixas e baixas presses (FOUST, 1982).

  • 46

    3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Disponvel em: . Acesso em: 25 de Abril de 2015.

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    TRANSPORTE CONTINUO PARA GRANEIS DE SLIDOS. Disponvel

    em: . Acesso em:

    25 de Abril de 2015.

    SILVA, J. S., FILHO, A.F.L., VIEIRA, G.. Manuseio de gros- Captulo

    12. Disponvel em:

    . Acesso

    em: 22 de Abril de 2015.

    TRANSPORTE DE SLIDOS. Disponvel

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    PERRY, R. H., GREEN, D. H., MALONEY, J. O. Perrys chemical

    engineers handbook. 6 ed. New York: McGraw-Hill doBrasil, 1984.

    PAULI, A.R., BRAGA, A.C., SCALCON, A., AYALA, J.D., GONGOLESKI,

    M.S..Trabalho de operaes unitrias II. UNIOESTE. Toledo-Pr, 2010.

    ELEVSUL. Elevadores. 2015. Disponvel em:

    . Acesso em 22 de Abril de 2015.

    METALRGICA SANTA RICA. Alimentador/dosador. Disponvel em:

    . Acesso em: 26

    de Abril de 2015.

    MACINTYRE, A. J.. Equipamentos industriais e de processo. Rio de

    Janeiro: LTC, 1997.

  • 47

    FOUST, A. S.. Principios das operacoesunitarias. 2. ed. Rio de

    Janeiro: Guanabara Dois, 1982.

    MOREIRA, M.. Notas de aula: Turbobombas, Bombas alternativas e

    Rotativas. Toledo: UNIOESTE, 2015.