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/bancariosdf SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE BRASÍLIA Filiado à bancariosdf.com.br | Brasília, 20 de novembro de 2017 Trabalhadores contra a reforma A CUT e demais centrais sindicais reali- zaram, no dia 10, atividades em todo o país para protestar contra a nova lei trabalhista (Lei 13.467/2017), que passou a valer desde o dia 11 e trará enormes retrocessos nos direitos conquistados pela classe trabalhadora durante décadas de lu- tas. Em Brasília, o Sindicato participou de ato na Esplanada dos Ministérios. “A mobilização desta sexta atesta a ca- pacidade de luta e de unidade dos trabalha- dores organizados em seus sindicatos. É um passo importante que as entidades repre- sentativas e seus filiados deram, na medida em que conseguimos dialogar e conven- cer os trabalhadores da real precarização que se avizinha”, diz o diretor do Sindicato Kleytton Morais, presente ao ato. “Foi um excelente ato, que contou com a participação de mais de vinte entidades re- presentativas dos trabalhadores, denuncian- do os desmandos do governo Temer e suas reformas, e exigindo nenhum direito a me- nos”, completou a diretora da Fetec-CUT/ CN Louraci Morais. “O Comando Nacional dos Bancários en- tregou à Fenaban um Termo de Compromis- so cobrando a manutenção dos direitos da categoria, que reivindica, entre outros pon- tos, a não contratação de terceirizados em atividades-fim. Mas até agora os bancos não apresentaram resposta”, explica o diretor do Sindicato Antonio Abdan. Diap lança cartilha sobre reflexos da reforma trabalhista de Temer O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) lançou, dentro da série Educação Política, a cartilha Reforma Trabalhista e seus reflexos sobre os trabalhadores e suas entidades representativas. O documento, que tem coedição do Sindicato, traz per- guntas e respostas sobre os principais pontos da Lei 13.467, que passou a valer no dia 11 de novembro. Confira a cartilha na íntegra em bancariosdf.com.br. Sindicato ingressa com ação civil pública contra revogação do RH 151 Pág 2

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/bancariosdfSINDICATO DOS BANCÁRIOS DE BRASÍLIA

Filiado àbancariosdf.com.br | Brasília, 20 de novembro de 2017

Trabalhadorescontra a reformaA CUT e demais centrais sindicais reali-

zaram, no dia 10, atividades em todo o país para protestar contra a nova lei trabalhista (Lei 13.467/2017), que

passou a valer desde o dia 11 e trará enormes retrocessos nos direitos conquistados pela classe trabalhadora durante décadas de lu-tas. Em Brasília, o Sindicato participou de ato na Esplanada dos Ministérios.

“A mobilização desta sexta atesta a ca-pacidade de luta e de unidade dos trabalha-dores organizados em seus sindicatos. É um passo importante que as entidades repre-sentativas e seus filiados deram, na medida em que conseguimos dialogar e conven-cer os trabalhadores da real precarização que se avizinha”, diz o diretor do Sindicato Kleytton Morais, presente ao ato.

“Foi um excelente ato, que contou com a

participação de mais de vinte entidades re-presentativas dos trabalhadores, denuncian-do os desmandos do governo Temer e suas reformas, e exigindo nenhum direito a me-nos”, completou a diretora da Fetec-CUT/CN Louraci Morais.

“O Comando Nacional dos Bancários en-

tregou à Fenaban um Termo de Compromis-so cobrando a manutenção dos direitos da categoria, que reivindica, entre outros pon-tos, a não contratação de terceirizados em atividades-fim. Mas até agora os bancos não apresentaram resposta”, explica o diretor do Sindicato Antonio Abdan.

Diap lança cartilha sobre reflexos da reforma trabalhista de Temer

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) lançou, dentro da série Educação Política, a cartilha Reforma Trabalhista e seus reflexos sobre os trabalhadores e suas entidades representativas. O documento, que tem coedição do Sindicato, traz per-guntas e respostas sobre os principais pontos da Lei 13.467, que passou a valer no dia 11 de novembro. Confira a cartilha na íntegra em bancariosdf.com.br.

Sindicato ingressa com ação civil pública

contra revogação do RH 151

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INCORPORAÇÃO DE FUNÇÃO

O Sindicato ingressou com ação civil pública denunciando a revo-gação do RH 151 pela

Caixa Econômica Federal no últi-mo dia 10, o que gerou alteração em outros normativos, como o RH 115 e o 184.

O RH 151 trata do adicio-nal de incorporação, direito previsto para os empregados que exerciam dez anos ou mais de função gratificada/cargo comissionado e que, porventura, viessem a ser dis-pensados da função sem justo motivo.

Segundo a assessoria jurídica do Sin-dicato, a jurisprudência trabalhista garan-te a integração dos normativos internos no contrato de trabalho individual, não podendo a empresa alterar unilateral-mente de forma prejudicial aos emprega-dos. Dessa forma, a revogação não pode gerar efeitos para os bancários já admiti-dos na empresa.

A assessoria adverte ainda que reforma trabalhista não afeta o direito adquirido dos

Reuniões com empregados da Caixa fortalecem elo com Sindicato

O Sindicato segue com as reuniões com os empregados da Caixa. As agências 515 Norte, Dom Bosco e Itamaraty foram algumas das unidades visitadas. Os principais assuntos abordados foram a atual conjuntura política, com destaque para os prejuízos das reformas trabalhista e previ-denciária. Também na pauta a luta em defesa da Caixa, com a campanha Caixa 100% pública e a questão do Saúde Caixa.

empregados da Caixa, tendo em vista que a Lei 13.467/2017 não veda, nem poderia, a integração aos contratos de trabalho das cláusulas regulamentares, sendo certo que o regulamento empresarial prevê expressa-mente a incorporação da gratificação aufe-rida por 10 anos ou mais (caput, artigo 468 da CLT e Súmulas 51, I do TST).

Assim, o Sindicato busca o restabeleci-mento do RH 151 a todos os empregados da Caixa, no Distrito Federal, a fim de assegurar o direito a incorporação da gratificação.

“É uma medida arbitrária fei-ta por um governo golpista que mexe numa conquista dos em-pregados da Caixa na questão da incorporação feita adminis-trativamente”, assegura Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Contraf-CUT e integrante da Comissão Executiva dos Empre-gados (CEE/Caixa).

“Agora ficou claro por que a Caixa não apresentou garantias de estabilidade na mesa de ne-gociação do dia 9. Se a direção tinha planos de revogar o RH

151, para que enviar os seus representantes de mãos vazias? É desrespeitoso”, dispara o diretor do Sindicato Wandeir Severo, que representa a Fetec-CUT/CN na Comissão Executiva dos Empregados.

“Faremos de tudo para garantir os direi-tos dos empregados. Se a direção da Caixa se achar incompetente para resolver pela via ne-gocial, esperamos que ela faça uma renúncia coletiva para o Conselho de Administração, indicada pelo governo golpista”, cobra o pre-sidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

2 Sindicato dos Bancários de Brasília

Sindicato ingressa com ação civil pública contra revogação do RH 151

Sindicato também encaminhou ofício ao presidente do banco cobrando espostas sobre a revogação do normativo. Leia mais no portal do Sindicato

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Direção da Caixa não garante emprego e empregados rejeitam proposta sobre Saúde Caixa

320 de novembro de 2017

Sem garantia de em-prego e sem melho-rias para os emprega-dos, não há acordo.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) rejeitou na mesa de negociação, realizada na quinta-feira (9), a proposta da direção do banco para alterar o modelo de custeio do Saúde Caixa.

A reunião deveria debater a garantia de empregos e de incorporação de função, que representa estabilidade de remuneração dos trabalhadores, e a assinatura do Termo de Compromisso, entregue em mesa dia 26 de outubro e que protege os empregados dos malefícios da reforma trabalhista. No en-tanto, a Caixa mudou sua estratégia, negou todas essas garantias e retirou todas as ques-tões debatidas.

"A Caixa pediu que os empregados façam sacrifícios, sem oferecer contrapartidas. A di-reção da empresa também tem que respeitar os empregados e valorizar a Caixa. Os direitos que a Caixa queria barganhar na mesa de ne-gociação agora terão que ser arrancados na luta", diz Wandeir Severo, representante da Fetec-CUT/CN na CEE Caixa.

Este embate começou no final de outu-bro, quando, sob alegação de que precisa se

adequar às regras estabelecidas pelo Basi-leia 3, a Caixa informou que está empenha-da em mudar o modelo de custeio do Saúde Caixa. Para isso, poderá, inclusive, mudar o estatuto da empresa, estabelecendo um teto de 6,5% da folha de pagamento anual como limitador para despesas com o plano.

De acordo com o coordenador CEE/Cai-xa, Dionísio Reis, este informe só foi feito por conta do Acordo Coletivo de Trabalho, com validade de dois anos, no qual constam to-das as conquistas históricas específicas dos empregados da Caixa, inclusive regra de custeio do Saúde Caixa.

Durante seu último encontro, o Coman-do Nacional dos Bancários avaliou que os empregados deveriam buscar garantias na negociação, visto que a Caixa impunha mudanças no modelo de custeio do Saúde Caixa com o objetivo de reduzir as provisões que o banco é obrigado a fazer para cobrir

despesas futuras com o plano de saúde. A me-dida liberaria, segundo a Caixa, bilhões de reais, que poderiam fortale-cer a base de capital da instituição mantendo linhas de crédito do banco federal. Com o Decreto 9.188, publica-

do no dia 1º de novembro, que cria um re-gime especial para venda de seus ativos (leia matéria abaixo), o risco de privatização fica cada vez maior.

“A Caixa tem outras formas de se capitali-zar. O governo golpista de Temer é quem tem obrigação de aportar capital à empresa, que todos os anos repassa bilhões ao governo fe-deral. Por que a Caixa não busca resgatar os bilhões a que tem direito em créditos tributá-rios, por exemplo?”, afirmou Wandeir.

“Não temos dúvidas que devemos defen-der a empresa. A defesa da Caixa 100% pú-blica é uma defesa dos empregados e, acima disso, do povo brasileiro. Mas não vamos per-mitir retrocessos nos direitos tão duramente conquistados pelos empregados”, disse Fa-biana Uehara, diretora do Sindicato e da Contraf-CUT.

O momento agora é de reforçar a mobili-zação. Só a luta nos garante!

Decreto de Temer sobre desinvestimento

é atalho para privatizaçãoPublicado às vésperas do feriado de Fi-

nados, o Decreto 9.188 é mais uma tentativa do governo Temer de entregar o patrimônio brasileiro de bandeja para o mercado. De acordo com o texto, nem licitação será ne-cessária para vender os ativos das empresas públicas de economia mista.

O decreto “estabelece regras de governan-

ça, transparência e boas práticas de mercado para a adoção de regime especial de desinves-timento de ativos pelas sociedades de econo-mia mista federais”, mas, na verdade, trata-se de um ataque às subsidiárias e controladas das empresas públicas. “O uso do termo ‘desinves-timento’, inclusive, nada mais é do que uma modalidade de desestatização, de reduzir a

participação ou excluir a gestão do Estado nes-sas empresas”, denuncia o diretor do Sindicato José Herculano (Bala).

Essencialmente, o decreto disciplina a venda de ativos, dispensando a licitação. Caberá ao CA ou ao órgão diretivo máximo aprovar a adesão da sociedade de econo-mia mista ao regime.

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4 Sindicato dos Bancários de Brasília

Sindicato em permanente luta na defesa da Caixa 100% pública

O Sindicato participou da audiên-cia pública interativa realizada no dia 6 de novembro, na Comissão de Assuntos Econômicos do Se-

nado, convocada pelo senador Lindberg Faria (PT-RJ) para discutir os impactos das privatizações. Especialistas e estudiosos fo-ram unânimes ao prever que a crise pode piorar e que o desenvolvimento do Brasil será totalmente comprometido sem os in-dutores controlados pelo Estado.

Durante a audiência foi apresentado um breve relato das políticas públicas con-duzidas por bancos de capital estatal, em especial a Caixa e sua importância como indutora do desenvolvimento econômico nacional, estadual e municipal.

“Defender a Caixa 100% pública é defen-der o nosso país, garantindo que as classes mais pobres tenham acesso ao crédito, habita-ção, educação e demais políticas públicas que possibilitam o desenvolvimento econômico e social”, avalia a diretora da Fetec-CUT/CN Maria Gaia, empregada da Caixa. Para ela, é fundamental o envolvimento de todos e todas na defesa do patrimônio público.

COMISSÃO MISTA“O Sindicato também está em perma-

nente contato com a Comissão Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, lança-da no dia 13 de junho, para a manutenção do patrimônio nacional”, afirma o diretor da Fe-tec-CUT/CN Sérgio Lima. A Frente é integrada por representantes das duas Casas e dos mo-vimentos sindical, social e associativo.

No dia 17 de outubro, o Sindicato participou de mais uma manifestação para defender a Caixa 100% pública e contra a ameaça proposta pelo gover-no Temer de entrega do capital da em-presa ao setor privado. O evento foi re-alizado no Salão Verde da Câmara dos Deputados e contou com a presença de representantes dos trabalhadores, além de parlamentares.

O ato de alerta aconteceu na vés-pera do Dia Nacional de Luta, data definida pelos trabalhadores para pro-testar contra a privatização da Caixa e pela defesa dos participantes da Fun-cef, e serviu também para pressionar

o Conselho de Administração, que se reuniria no dia seguinte com o intuito de alterar o estatuto social abrindo o capital da empresa.

“Agora o governo tenta atacar até as ações da Caixa, abrindo o ca-pital do banco para o mercado. Nos-sas manifestações destacam o ris-co que é liquidar uma empresa tão importante para a população, que incentiva projetos de construção de moradias, apoia o esporte e a cultu-ra, além de financiar a educação e os pequenos empresários”, frisa Henri-que Almeida, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.

MANIFESTAÇÃO NA CÂMARA

LANÇAMENTO CAMPANHAA diretoria do Sindicato ainda esteve presente no lançamento da campanha nacio-

nal “Defenda a Caixa você também”, no dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro. Na ocasião, houve manifestação contra a ofensiva privatista do governo ilegítimo de Temer.

Presidente do Sindicato, Eduardo Araújo participou da atividade e destacou a im-portância da preservação das empresas públicas brasileiras para o desenvolvimento so-cial e econômico do Brasil. “A defesa da soberania nacional passa pela defesa da manuten-ção das empresas públicas como instrumento de governo para ampliar o desenvolvimento do país, gerando emprego e renda para os brasileiros”, alerta Araújo.

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Lei de iniciativa popular: instrumento de cidadania políticaPLIP

520 de novembro de 2017

O Brasil dispõe de vários meios de atuação direta no processo de elaboração das leis. Alguns estão assentados na Constituição Fede-

ral. Mas a modalidade mais conhecida é a iniciativa popular de lei, que possibilita a uma parcela da sociedade apresentar ao parlamento uma proposta de lei. Trata-se de um saudável instrumento de democra-cia participativa.

O Sindicato vem realizando atividades de coleta de assinaturas, com panfletagens nos locais de grande circulação da capital federal. Assembleias de trabalhadores e de-mais atividades promovidas pelos sindica-tos filiados também são espaços utilizados para que a campanha se propague e ganhe ainda mais adesão.

“Na Caixa, o trabalho vem sendo realizado pelos dirigen-tes sindicais em todas suas unidades, com a coleta de assinaturas e apontamento dos pontos negativos da re-forma trabalhista e da terceiri-zação, no âmbito do segmento bancário. No decorrer de duas semanas foram coletadas mais de 2,5 mil assinaturas dos trabalhadores da institui-ção”, destaca Henrique Almeida, diretor

do Sindicato e empregado da Caixa.

“É impor-tante ressaltar que a participa-ção de cada um na mobilização e na co-leta de assinaturas é fun-damental para nos blindar contra o golpe que vem sendo aplicado diariamente contra o traba-lhador brasileiro, além de tentar resgatar di-reitos roubados”, observa Rafaella Gomes, diretora do Sindicato e empregada da Caixa.

O Sindicato frisa que o trabalho conti-nuará sendo feito até atingir a meta de 1,3

milhões assinaturas, que significam 1% do eleitorado nacional, ne-

cessário para revogar a nova legislação trabalhista.

Atualmente, o arcabou-ço jurídico nacional conta com quatro leis originadas por esse instrumento. A de

maior repercussão e a mais re-cente é a Lei da Ficha Limpa (Lei

Complementar 135 de 2010), que surgiu a partir de uma campanha liderada pelo Movimento de Combate à Corrupção

Eleitoral para barrar candidaturas de políti-cos com condenações judiciais e represen-tou um grande avanço na busca pela ética na política.

As outras foram a Lei 8.930/94, que classi-fica como hediondo os crimes praticados por motivo fútil, também conhecida como “Lei Daniella Perez”; Lei 9.840/99, que estabelece a cassação de mandato por compra de votos; e a Lei 11.124/05, que criou o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.

Estimular e facilitar a utilização do poder popular de legislar é necessário à consolidação de nossa jovem democracia. Quanto maior a participação do povo, mais justa e democrática é uma sociedade. Leia mais em bancariosdf.com.br.

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Sindicato entrega certificados aos primeiros concluintes do curso

O Sindicato entregou, no dia 24 de outubro, em sua sede, os certificados aos nove primei-ros concluintes do curso de

Paternidade Responsável. O documen-to é necessário para que o bancário possa usufruir a licença-paternidade no período de 20 dias (antes eram 5), uma conquista que veio após muita

luta da categoria.O Sindicato lançou o curso para

orientar os pais e futuros pais sobre como se envolver em uma paternida-de mais ativa e consciente, de maneira a aumentar o seu vínculo com filho e parceira. Semipresencial, o curso conta com nove unidades e tem carga horá-ria de 12 horas.

Em mais uma parceria com o Dieese, o Sindicato promoveu o curso de PLR, destinado a diri-gentes sindicais e funcionários da entidade sindical, entre os dias 24 e 26 de outubro, em sua sede.

O curso foi ministrado pelo economista do Dieese,

Sindicato integra campanha “Novembro Azul” pela saúde dos homens

O Sindicato trocou a cor da fachada do seu prédio do rosa para o azul em novembro, mês dedicado a ações de promoção à saúde do homem, principalmen-te contra o câncer de próstata. Internacionalmente, o mês chama a atenção sobre a importância da prevenção.

De acordo com os da-dos do Institu-to Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é que, entre 2016 e 2017, o Brasil tenha inci-dência de cerca de 61 mil novos casos de câncer de próstata,

Sindicato promove curso de PLR em parceria com o Dieese

subseção do Seeb-SP, Gusta-vo Machado, pela técnica Vi-vian Rodrigues, da subseção da Contraf-SP, pelo supervisor técnico em Brasília, Max Leno, e pelo economista da subse-ção do Sindicato de Brasília, Pedro Tupinambá.

o tipo de maior recorrente en-tre os homens. Neste sentido, o diagnóstico precoce é funda-mental para a cura.

“Diante desses dados, nos damos conta de que o câncer

é um problema de saúde pública e que as políticas

de prevenção e trata-mento devem ser pauta permanente dos pro-gramas de governo, estendendo-se para além das campanhas de conscientização”, ressalta Mônica Dieb, secretária de

Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato.

LICENÇA-PATERNIDADE

“Os bancários, principalmente os pais de primeira viagem, receberam dicas fun-damentais para aproveitar a licença-pa-ternidade e fortalecer o vínculo com os fi-lhos, nesta fase tão importante da vida do bebê”, destaca a secretária de Formação do Sindicato, Teresa Cristina.

Para saber mais, acesse o portal do Sindicato.

6 Sindicato dos Bancários de Brasília

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Redução do salário mínimo enfraquece a economiaPor Max LenoDo Dieese

O trabalhador brasileiro teve mais uma péssima notícia nos últimos dias, diante de um conjunto de informações negativas rece-bidas no decorrer do ano em curso. Agora foi em relação ao salário mínimo, já que o gover-no reduziu a previsão de reajuste do ano que vem, e, com isso, a projeção do salário míni-mo de 2018 ficou ainda mais baixa. Caiu de R$ 969 para R$ 965.

Cabe lembrar que foi a segunda vez que o governo revisou para baixo a projeção neste ano. Em agosto, o valor previsto na Lei de Di-retrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem era de R$ 979, e já havia passado para R$ 969. Ou seja, o Governo havia tirado R$ 10,00 pas-sando, assim, para R$ 969,00. Agora o Governo quer tirar mais 4,00 e o valor ficará R$ 965,00.

Diante de todo esse contexto, é impor-tante que se diga que a valorização do Salário Mínimo tem um importante papel sob o pon-to de vista econômico-social, pois induz a am-pliação do mercado consumidor interno e, em consequência, fortalece a economia brasileira.

Sua valorização deve continuar, sobre-tudo porque o país segue profunda e re-sistente desigualdade de renda, e que se manifesta de modo explícito tanto na com-paração entre indivíduos e famílias quanto entre o trabalho e o capital.

Além disso, a economia brasileira ain-da é refém da armadilha de uma estrutu-ra produtiva de baixos salários. Do ponto de vista do sistema produtivo, o desafio é fazer com que se reduza a desigualdade na distribuição funcional da renda (isto é, entre trabalho e capital) e na distribuição salarial, promovendo a transição para uma estrutura mais igualitária com um patamar de rendimento mais elevado na média.

O Salário Mínimo, em um processo de elevação contínua e acelerada, deve ser considerado como um instrumento para buscar um patamar civilizatório de nível su-perior para o Brasil, atendendo aos anseios da maioria dos brasileiros, mesmo com to-das as controvérsias que envolvem o tema.

Além disso, a partir de estudos que são realizados mensalmente pelo DIEESE, cons-tata-se, com base na cesta básica de alimen-tos mais cara pesquisada dentre as capitais consideradas pelo DIEESE, o chamado “salá-rio mínimo constitucional”.

A partir do valor da cesta básica mais cara em âmbito nacional, e levando-se em consi-deração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um tra-balhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE es-

tima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para atender a todos esses itens.

No mês de outubro desse ano, último levantamento divulgado pelo DIEESE, Por-to Alegre foi a capital cuja cesta básica foi a mais elevada. Sendo assim, em outubro de 2017, o salário mínimo necessário para a ma-nutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.754,16, ou 4,01 ve-zes o mínimo de R$ 937,00. Em setembro de 2017, o piso mínimo necessário correspon-deu a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes o mínimo vi-gente. Em outubro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 4.016, 27 ou 4,56 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880, 00.

Outro agravante é o fato de que, quem recebe salário mínimo quer mais do governo, já que grande parte de suas necessidades não são supridas em razão do baixo valor histórico do salário mínimo. No entanto, o que se nota é que a Emenda Constitucional 95 congelou em termos reais, por 20 anos, investimentos em educação, saúde, tecnologia, infraestrutu-ra, isto é, todos aqueles itens que são funda-mentais para o funcionamento de qualquer nação digna deste nome. Especialmente, quando se trata de um país ainda jovem que precisa expandir muito os investimentos em todas as áreas fundamentais e que, de certo modo, poderiam amenizar as agruras dos tra-balhadores que recebem salário mínimo.

Com leilão do pré-sal, Temer entregou o futuro do Brasil a empresas estrangeiras

Após conseguir derrubar a limi-nar do juiz federal Ricardo Sales, o governo Temer consumou a entrega o pré-sal a empresas estrangeiras. Com duas horas de atraso, o leilão foi realizado e o total arrecadado – R$ 6,15 bilhões – foi abaixo até dos R$ 7,75 bilhões que o próprio governo golpista, entreguista e ilegítimo de Michel Temer (PMDB-SP) previa.

Para a CUT, a entrega do pré-sal, patrimônio do povo brasileiro, para grupos internacionais a um centavo o litro, é mais um crime do governo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência do Senado apresentou o relatório, no último dia 23 de outubro, com o resultado dos seis meses de estudos, audiências públicas e análises de especialistas sobre o tema. De acordo com o texto, a situação da Previdência Social não é deficitária, ao contrário do que alega o governo ilegítimo de Michel Temer para justificar a “reforma”.

No documento, o presidente da CPI, senador Pau-lo Paim (PT-RS), e o relator e senador Hélio José (Pros--DF) destacam que os critérios usados pelo governo são considerados equivocados pela maioria dos es-tudiosos do tema, já que Temer inclui intencional-mente a seguridade social nos gastos da Previdência.

O documento completo você confere em banca-riosdf.com.br.

ilegítimo de Temer contra o Brasil e contra os brasileiros".

O valor pretendido com a venda pelo governo, de R$ 7,75 bilhões, não alcançado no leilão, é importante res-saltar, representa pouco mais da me-tade do bônus de licitação do campo de Libra (entregue na primeira rodada de licitações), denuncia a FUP. O valor de Libra foi de R$ 15 bilhões e não há, segundo o juiz que pedia a suspensão do leilão, “justificativa plausível para que os valores sejam tão baixos e tão lesivos ao patrimônio público”.

CPI da Previdência conclui: não há déficit

720 de novembro de 2017

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Presidente Eduardo Araújo de Souza Secretário de Imprensa Rafael Zanon ([email protected]) Conselho Editorial Fátima Marsaro (BB), Antonio Abdan (Caixa), Cristiano Severo (BRB) e Jorge Kotani (Bancos Privados) Editor Renato Alves Redação Mariluce Fernandes e Joanna Alves Diagramação Valdo Virgo e Fabrício Oliveira Fotografia Guina Ferraz Sede SHCS EQ 314/315 Bloco A - Asa Sul - CEP 70383-400 Telefone (61) 3262-9090 Endereço eletrônico bancariosdf.com.br e-mail [email protected] Tiragem 9.000 exemplares Distribuição gratuita Todas as opiniões emitidas neste informativo são de responsabilidade da diretoria do SEEB-DF

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RESISTÊNCIA Consciência Negra em tempos de retirada de direitos

O mês de novembro é marcado pela luta do povo negro brasileiro por igualdade ra-cial. Zumbi dos Palmares, maior líder negro do período colonial do Brasil, é a inspiração para o enfrentamento do racismo e da dis-criminação nos dias atuais, principalmente neste momento de retirada de direitos.

No país com a maior população negra fora do continente africano, ainda se ex-clui uma pessoa por causa da cor da pele, da textura do cabelo e do formato do na-riz. Mesmo com 54% de brasileiros negros, as políticas públicas continuam ineficazes para resguardar as vidas negras.

De acordo com dados do escritório brasileiro da ONU, a cada 23 minutos um

jovem negro é morto no país, e de cada dez pessoas assassinadas, sete são negras. Este é o retrato de um Brasil golpeado pelo fas-cismo e pelo racismo.

Com a consumação do golpe contra a democracia, as portas da discriminação so-cial e racial foram escancaradas. Alvo das desigualdades há quatro séculos, é a popu-lação negra a mais atingida pelos ataques do governo de Temer aos direitos conquistados, já que nunca foi dada a chance de usufruir integralmente do direito à cidadania.

Assim como fazem desde que Brasil é Brasil, negros e negras seguem firmes, resis-tindo. E resistem em unidade, entendendo que a expressão “coisa de preto”, diferente

do que tentam disseminar os racistas, é manter-se grande diante de quem mata, é se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata, como diz o texto de Johnatan Oliveira Raimundo.

“Promover a igualdade racial não é res-ponsabilidade só do movimento negro ou do Estado brasileiro, mas de todos”

Luiza Bairros, presente!

VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO

Sindicato realiza reuniões com os bancários para divulgar campanha

Dando prosseguimento à campanha “Você não está sozinho”, o Sindicato re-alizará, nos meses de novembro e dezem-bro, encontros agendados nos locais de trabalho para falar sobre o atendimento realizado pela Secretaria de Saúde da en-tidade. O objetivo é levar apoio ao ban-cário que sofre e adoece com as pressões

decorrentes da organização e gestão em seu ambiente de trabalho, além de infor-mações sobre as negociações com a Fe-nabam nas mesas bipartites de saúde, e outros temas.

O trabalho é fruto da parceria entre o Sindicato e o Grupo de Estudos e Práticas em Clínica, Saúde e Trabalho (Gepsat) da

Universidade de Brasília (UnB).Na ocasião será distribuída a Cartilha

“Você não está sozinho – Cuidando do so-frimento no trabalho dos bancários”, que apresenta dados da pesquisa da Clínica do Trabalho cujo objetivo é possibilitar o trabalhador a identificar a situação de ris-co que pode levá-lo ao adoecimento.

8 Sindicato dos Bancários de Brasília