Trabalho de Compesação Do Seminario
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Logo no inicio do capitulo 4 Schobinger mostra o caráter do trabalho,
apontando para conceitos como cultura e indústria ligados a uma tradição
arqueológica. Diz que assim que vê uma cultura material tentará atribuir uma
cronologia, um marco ambiental e uma localização faseológica-cultural. A
respeito do que chama de arte, na verdade pinturas rupestres, diz que ali pode-
se falar de cultura arqueológica, pois esta está localizada no tempo e espaço,
mas para não confundir com conceitos dos antropólogos nem dos etnógrafos.
Quando fala-se em protolítico imagina-se uma data entorno dos 30 mil
anos, quase o fim do Musteriense, e depois passa por fases transicionais até
chegar ao Paleolítico Superior. Epiprotolítico para o autor seria uma “forma
retardada” no tempo do protolítico. Portanto ele aceita a ideia de protolitico na
América antes da chegada ou surgimento de caçadores superiores (paleolítico
superior). As datações de C14 para estes caçadores superiores são de 12.000
A. P., então pode-se falar de protolítico somente antes desses 12.000 A. P. e
epiprotolítico após. Em seguida diz que a partir de dados recentes (para época)
pode-se confirmar essa teoria do protolítico nas Américas e estabelece uma
rota de ocupação destes povos vindos da Ásia e atravessando a ponte de gelo
de Bering, descendo para o S e SE norte americano e depois atravessando o
Canal do Panamá.
Continua seu argumento falando não só da presença humana nas
Américas antes de 12.000 A. P., mas de uma indústria protolítica. Diz que toda
a discussão esta entorno de grupos pré-pontas projetadas. Em seguida faz
menção a alguns sítios protolíticos com datações mais recuadas que 12.000
anos nas Américas.
O que chama a atenção no trabalho de Schobinger é a quebra com a
ideia Clovis first, mostrando sítios arqueológicos com datações mais recuadas.
As abordagens, na maioria histórico culturais, trazem limitações ao trabalho. O
conceito de tradição, por exemplo, nos limita a entender os grupos que
habitavam a região unicamente como descententes culturais, impossibilitando
um pensamento mais abrangente.
As abordagens sobre protolitico e epiprotolitico são uma crítica a parte.
O uso de conceitos usados para descrever uma realidade temporal e
geográfica exclusiva da Europa e Africa, empregados em contextos americano,
pode gerar uma série de problemáticas quanto a interpretação deste material.
Procurando similaridades temporais nestes conceitos já estabelecidos para
Europa, onde desde muito estes marcos temporais vem sendo discutido, pode
gerar um marco arqueológico ilusório e que não atende as especificidades da
região.