Trabalho de mecanização.docx

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1 Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Instituto de Ciências Agrárias Campus Cidade Universitária Departamento de Agronomia Planejamento de Produção do Milho Mecanização Agrícola Docente: Mônica Tiho Discentes: Aline Morais; Dario Diego; Filipe A. Furlanetto; Nisleyne Pinheiro e Rafael de Pinho.

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Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMATInstituto de Cincias AgrriasCampus Cidade UniversitriaDepartamento de Agronomia

Planejamento de Produo do Milho

Mecanizao AgrcolaDocente: Mnica TihoDiscentes: Aline Morais; Dario Diego; Filipe A. Furlanetto; Nisleyne Pinheiro e Rafael de Pinho.

Cceres-MTAbril/2015

DescrioEspecificaoUnd.Quantidade Utilizada

Preparo do solo

Calcriot7.000

Gessot4.000

Distribuio do Calcriohm1.250

GradagemAradoraTrator 120hp + Grade Pesadahm16.000

Gradagem NiveladoraTrator 120hp + Grade Niveladorahm4.000

Plantio

SementesHbrido simples ou triploSc10.000

Fungicidal200

Inseticidal4.000

Distribuio Manual de Inseticidadh500

Adubao8-28-16 + FTE-CampoKg3.000.000

Plantio/Adubao MecnicaTrator 120hp + Plant/Adub. 12 linhashm800

Transporte Interno PlantioTrator 85hp + Carreta 8thm3.000

Tratos Culturais

Aduo de CoberturaUriaKg200

Aplic. Adubao de Coberturahm2.000.00

Herbicida-ps

Herbicida 1l25.000

Herbicida 2l8.000

Aplicao Herbicida MquinaTrator 85hp + Pulv. Barra 2000 lhm3.000

Mo-de-obra Aplicaodh1.600

Herbicida

Inseticida

Inseticida 1Piretride100000,3

Inseticida 2Fisiolgico100000,6

Espalhante Adesivoleo Mineral100001

Aplicao de InseticidaTrator 85hp + Pulv. Barra 2000 l (2x)hm1.600

Mo-de-obra Aplic. Inseticidadh3.200

Controle de Formigas FormicidaIscaKg6.000

Colheita

Colheita MecnicaColheitadeira Plataforma 4mhm8.500

Transporte InternoTrator 85hp + Carreta 8thm3.000

Coeficientes tcnicos de produo para 10.000 hectare de Milho (Produtividade 70.000.000 Kg.)Unidades de Medida: t - Tonelada; hm Hora Mquina; sc Saca; l Litros; dh Diria Hora; Kg Quilograma

CUSTO DE MAQUINRIOMquina/ImplementoQuantidade Valor (R$)

Trator TM 150 01 133.000

Grade Intermediaria PICCIN 36x28 01 28.000

Grade Niveladora PICCIN 72X20 01 6.800

Plantadora/Adubadora 12 linhas TATU 763801 140.000

Trator TL 85 hp01 118.000

Carreta 8 t01 5.000

Pulverizador de Barra 2000 l01 38.000

Colheitadeira Plataforma 4m01 200.000

TOTAL 668.000

Capacidade operacional de conjuntos e sua eficincia de campo

Introduo e Metodologia

Capacidade operacional estimada

Segundo PACHECO (2000), a quantidade de trabalho que as mquinas e implementos agrcolas so capazes de executar por unidade de tempo denomina-se capacidade operacional; sendo classificada como a capacidade de campo terica (CcT), a razo entre o desempenho da mquina (rea trabalhada) e o tempo efetivo, como se a mesma trabalhasse100% do tempo na velocidade nominal, utilizando 100% da sua largura nominal. Geralmente, expressa em hectare por hora.

Onde:

L = largura de trabalho (m) V = velocidade de trabalho N P = nmero de passadas

A capacidade de campo efetiva (CcE) obtida atravs da razo entre o desempenho real da mquina (rea trabalhada) e o tempo total de campo, expressa, normalmente, em hectare por hora.

Onde:

L = largura de trabalho (m) V = velocidade de trabalhoN P = nmero de passadas

Ec = eficincia de campo (decimal)

O tempo total de campo (TtC) a soma do tempo operacional efetivo com os tempos perdidos; e o tempo operacional efetivo (ToE) o tempo durante o qual a mquina est realmente desempenhando a funo para a qual foi projetada.Tempos perdidos (TP) so as perdas de tempo que ocorrem durante o trabalho da mquina no campo as quais podem ser consideradas espordicas como, por exemplo, perdas causadas por obstrues no campo, embuchamentos, ajustes ou reparos em operao, parada para descanso etc., e tambm peridicas, como: manobras de cabeceiras, abastecimento de depsitos de adubo e sementes, abastecimento dos tanques das mquinas aplicadoras de defensivos, descarga do produto colhido, reabastecimento de combustvel, lubrificao etc.O tempo gasto com deslocamento de ida e volta ao campo, acoplamento e desacoplamento, manuteno preventiva, manuteno corretiva e verificaes dirias, no includo para o clculo do tempo perdido na determinao da eficincia de campo das mquinas agrcolas, e deve ser estimado para cada caso em particular, considerando a habilidade do operador e a distncia entre o galpo de mquinas e o campo.Dessa forma, no momento da determinao da jornada diria de trabalho, deve-se considerar o tempo operacional de campo separadamente do tempo para preparao da mquina.

Eficincia de campo

Eficincia de campo (Ec) a razo entre a capacidade de campo efetiva e a capacidade de campo terica ou a razo entre o tempo operacional efetivo e o tempo total de campo.Uma maneira para se reduzir custos de produo aumentar a eficincia de campo das operaes de mquinas agrcolas. A eficincia de campo, durante determinada ope rao, pode ser calculada a fim de se detectar pontos de estrangulamento, com o objetivo de aumentar o tempo efetivo e, consequentemente, a eficincia de campo.Na prtica, para se determinar a capacidade de trabalho de uma mquina, basta verificar o nmero de hectares trabalhados num determinado perodo de tempo.Devido s diferenas de tamanho de mquina, velocidade de deslocamento, formato e tamanho dos campos, habilidade do operador etc., impossvel dar nmeros exatos para eficincia de campo que se pode obter numa fazenda.Para RICHEY et al. apud SILVEIRA et al.(2006) a capacidade de trabalho ou de campo das mquinas agrcolas funo dos seguintes fatores: a) largura de trabalho da mquina, que pode ser afetada pela largura medida da mquina e pela porcentagem da largura da mquina realmente usada; b) velocidade de deslocamento, que pode ser afetada pela exigncia de potncia da mquina tracionada; potncia fornecida pela unidade tratora; resistncia ao rolamento; inclinao do terreno; qualidade do trabalho; rugosidade do terreno; obstculos, etc.; c) porcentagem de tempo parado ou no operado devido ao tempo gasto em traslados para ou dentro do terreno a ser trabalhado; tempo gasto em viragens ou manobras nas extremidades do campo; abastecimento das mquinas, por exemplo, semeadoras e/ou adubadoras; descarregamento de produtos colhidos; lubrificao e reabastecimento de combustvel; ajuste ou regulagem das mquinas; afiao das ferramentas de corte durante a execuo da operao; reposio das partes desgastadas; embuchamentos, quebras etc. Desses fatores, a porcentagem do tempo de paradas a mais difcil de avaliar.No Brasil, praticamente no se dispe de tabelas de eficincia de campo, para mquinas ou conjuntos normalmente empregados. Neste particular, h necessidade de se desenvolver pesquisas nacionais, a fim da obteno de parmetros j mencionados, sem os quais se torna quase impossvel a execuo de clculos confiveis. Na ausncia de uma tabela obtida nas condies brasileiras, a Tabela 1 reproduz dados contidos em trabalhos de vrios autores, normalmente retirados dos padres da American Society of Agricultural Engineers (ASAE). Observa-se, na Tabela 1 que as eficincias de campo so dadas em uma faixa para as diversas operaes, em um intervalo de velocidades, e que os valores, embora obtidos em condies diferentes, podem servir como orientao para as vrias operaes realizadas por mquinas nas condies brasileiras.

Retirado de PACHECO (2000).

A programao do uso do equipamento agrcola deve ser criteriosamente estudada evitando deslocamentos desnecessrios. A localizao do galpo de mquinas mais prximo possvel do campo de produo; o modo de diviso dos campos; a boa distribuio dos insumos a ser utilizados no terreno e operadores das mquinas e pessoal de campo bem treinados so alguns exemplos de como proporcionar melhor aproveitamento do tempo total disponvel.

Velocidade operacional

Para determinar a velocidade operacional, demarca-se 50 metros sob o solo (D), os quais o trator percorre, na marcha e rotao de trabalho e em duas repeties encontra-se o tempo mdio (T) para percorrer tal distncia. Considerando-se o fator de 3,6 para transforma- se metros por segundo para quilmetros por hora, conforme equao (1).

30V (Km / h) D(m) x3,6( fator )T (s)

(1)

ndice de patinagem

Para a mensurao do ndice de patinagem utiliza-se 50 metros e utilizando-se de uma marca no pneu traseiro, mensuram-se quantas voltas o rodado anda puxando o implemento (VA) e quantas voltas anda sem o implemento ou com o implemento levantado (VL), mas estando ela engatada ao trator. Assim, analisa-se o valor encontrado de ndice de patinagem, conforme a equao (2), sendo que o recomendado de at 20%, mximo aceitvel para pneu diagonal e para pneu radial o ndice mximo recomendado de 15%. Se a patinagem for abaixo de 5% pode significar que o trator est carregando peso excessivodesnecessariamente. (Fonte: REVISTA CULTIVAR)

IP(%) VA(voltas) VL (voltas) x100VA(voltas)

(2)

Largura de corte efetiva e terica

A largura terica mensura-se medindo a projeo perpendicular do implemento ou consultando o manual e a largura de corte efetiva mensura-se atravs da rea entre passadas recoberta, ou seja, em que houve sobreposio.

Capacidade operacional mensurada

Corresponde diviso da rea total trabalhada ou processada em um dia normal de trabalho pelo nmero de horas trabalhados, normalmente expresso em ha h-1.

No clculo do custo de produo de uma determinada cultura deve constar como informao bsica a combinao de insumos, de servios e de mquinas e implementos utilizados ao longo do processo produtivo.Para o clculo do custo operacional dos tratores considerou-se a classificao tradicional de custos em fixos e variveis citados por HOFFMANN et al. (1976) e descritos por PACHECO (2000) com algumas adaptaes.Os custos fixos so aqueles que no variam com a quantidade utilizada de uma mquina (juros sobre o capital investido, seguro, depreciao anual, abrigo, etc.).Os custos variveis so aqueles que variam de acordo com o nvel de uso de uma mquina. Compreendem os gastos com manuteno, reparos e operao.A partir destes conceitos, a estrutura do custo horrio adotada prope que a disponibilidade de um bem de capital implica nos custos relatados a seguir.

Custos fixos (CF)

Os custos fixos so aqueles que devem ser debitados, independentemente da mquina ser usada ou no, da o fato de serem tambm chamados de custos de propriedade. Nesse particular, necessrio ponderar que, a partir do momento em que foi adquirido um trator ou qualquer outra mquina agrcola, ela passa a onerar seu proprietrio, mesmo que seja mantida inativa no galpo de mquinas. A forma de remover tal nus utilizar o trator o maior nmero de horas por ano, reduzindo o quanto possvel o tempo ocioso. Entre os custos fixos so includos: depreciao (D), juros (J), alojamento e seguros (AS), administrao (AD) e salrio do tratorista (ST).CF = D + J + AS + AD + ST

Depreciao (D)

A parcela de depreciao, que inclusa nos gastos fixos, representa, em ltima anlise, a constituio de um fundo de reserva para a aquisio de uma mquina nova, do mesmo tipo, potncia, peso etc.A depreciao se refere desvalorizao da mquina em funo do tempo, seja ela utilizada ou no. Se uma mquina for pouco utilizada durante o ano, sua depreciao ocorrer principalmente devido obsolescncia, e se for intensamente utilizada, a depreciao se dar devido ao desgaste. A diferena que, no segundo caso, a mquina proporcionou um retorno por meio do servio prestado.A depreciao de uma mquina no conhecida com preciso enquanto ela no for vendida, pois apenas nesta ocasio se ter certeza do seu valor real. Por esse motivo, a depreciao estimada por meio de diversos mtodos: mtodo da linha reta, do saldo decrescente, da soma dos dgitos e depreciao dedutvel.O mtodo da linha reta o mais simples de ser usado, resultando numa depreciao anual constante da mquina, durante a vida til. Os demais mtodos so indicados para determinao do valor de mercado das mquinas usadas. No mtodo da linha reta, o valor de sucata arbitrado a valor de venda no mercado de uma semelhante e expresso em porcentagem a partir do preo inicial da mquina e o valor da mquina depreciado do valor constante dado por:D = P - S

V

Onde:

D = depreciao (R$/h)

P = preo de aquisio da mquina (R$)

S = valor de sucata - % do valor inicial (R$) V = vida til (horas)

A vida til ou econmica da mquina varia muito em funo do tipo de mquina utilizado e da sua manuteno. Na falta de estatsticas bem detalhadas para a estimativa davida til das mquinas agrcolas, podem-se utilizar valores tabelados como indicao

aproximada (Tabela 2).

Tabela 3. Vida til de mquinas e implementos agrcolas.

Retirado de PACHECO (2000).

Juros (J)

O capital utilizado na aquisio da mquina agrcola deve ser computado como retendo juros base semelhante do que obtido quando este capital colocado no comrcio.Normalmente, so juros simples e calculados sobre o capital mdio investido, pela frmula que segue:J= [(P + X.P)/2].i

t

Onde:

J = juros (R$/h)

P = preo de aquisio (R$)

X = valor de sucata - % do valor inicial i = juros ao ano (decimal)t = tempo de uso por ano (horas/ano)Alojamento e seguros (AS)

Se a mquina for mantida sob abrigo, quando estiver fora de uso, certamente a sua vida til ser maior, dada a possibilidade de se executar reparos em qualquer condio climtica e tambm pela maior proteo das intempries.No Brasil, no muito comum fazer o seguro de mquinas agrcolas. Este fato pode levar falsa impresso de que no necessrio calcular o custo desse seguro. No se pode esquecer, porm, que se o proprietrio no repassa o custo do seguro a uma seguradora, este bancado pelo mesmo, pois o risco de acidentes ou perdas sempre existe. Desta maneira, o mais aconselhvel utilizar uma porcentagem do custo inicial para o clculo do seguro, seja ele feito ou no em uma companhia seguradora.Os valores sugeridos, pela literatura especializada, para alojamento e seguro de mquinas, variam de 0,75% a 1% do custo inicial ao ano. Sendo assim, aconselha-se uma taxa de 2% ao ano para os clculos do custo com alojamento e seguro, conforme a frmula a seguir:AS = 0,02 P/t

Onde:

AS = alojamento mais seguro (R$/h) P = preo de aquisio (R$)t = tempo de uso (horas/ano)

Administrao (AD)

Baseou-se o custo administrativo da empresa em alguns custos fixos como aluguel, energia, gua, telefone, custos com carro, salrios do administrativo e do apoio, etc. Tendo-se por base o custo anual, tirou-se uma mdia mensal e tal custo fora transformado em horas, jornada de 44 horas semanais, encontrando-se o valor de R$ 10,00 por hora.

Salrio do tratorista (ST)

Os salrios do operador, bem como outros benefcios e encargos sociais, referentes mo-de-obra, foram computados no clculo do custo operacional das mquinas, considerando-se os custos que este gera a empresa, o custo mensurado foi de R$ 7,00 por hora.Custos variveis (CV)

Os custos variveis ou operacionais so aqueles que dependem da quantidade de uso que se faz da mquina e so constitudos por: combustveis (C), reparos e manuteno (RM) e salrio do tratorista (ST).CV = C + RM

Combustveis (C)

Os combustveis so usados principalmente para o acionamento dos motores de tratores e colhedoras autopropelidas. difcil avaliar com preciso o consumo de combustv el dos tratores, devido s condies variveis de carga a que so submetidos durante os trabalhos de campo. Entretanto, quando no se tem informao segura do fabricante do trator, vrias literaturas citam que o consumo de combustvel (leo diesel) fica em torno de 0,12 a0,16 litros por hora para cada cv de potncia mxima nominal do motor.

Portanto, o custo por hora gasto com combustvel pode ser calculado por meio da frmula:C (R$/h) = 0,14 x PotMotor x Preo do combustvel (R$)

Reparos e manuteno (RM)

Dentre as despesas de manuteno que devem ser computadas para o clculo do custo de operao de mquinas agrcolas, encontram-se aquelas realizadas para a manuteno preventiva e corretiva. Na manuteno preventiva, devem-se computar os gastos com componentes trocados a intervalos regulares, tais como filtros de ar, filtros de leos lubrificantes, filtros de combustvel, correias de polias, etc.A manuteno corretiva bem mais difcil de ser estimada, uma vez que dependem de fatores de difcil controle, como a habilidade do operador, as condies do terreno etc. Em face dessas dificuldades, devem-se conduzir estudos detalhados sobre manuteno de mquinas agrcolas, de forma a fornecer tabelas que permitam o clculo desses custos, at mesmo antes da aquisio das mquinas necessrias.A Tabela 4 contm valores em porcentagem para a estimativa do custo inicial com reparos e manuteno durante a vida til de tratores e outras mquinas agrcolas. Retirado de PACHECO (2000).

Juros (J)

O capital utilizado na aquisio da mquina agrcola deve ser computado como retendo juros base semelhante do que obtido quando este capital colocado no comrcio.Normalmente, so juros simples e calculados sobre o capital mdio investido, pela frmula que segue:J= [(P + X.P)/2].i

t

Onde:

J = juros (R$/h)

P = preo de aquisio (R$)

X = valor de sucata - % do valor inicial i = juros ao ano (decimal)t = tempo de uso por ano (horas/ano)Alojamento e seguros (AS)

Se a mquina for mantida sob abrigo, quando estiver fora de uso, certamente a sua vida til ser maior, dada a possibilidade de se executar reparos em qualquer condio climtica e tambm pela maior proteo das intempries.No Brasil, no muito comum fazer o seguro de mquinas agrcolas. Este fato pode levar falsa impresso de que no necessrio calcular o custo desse seguro. No se pode esquecer, porm, que se o proprietrio no repassa o custo do seguro a uma seguradora, este bancado pelo mesmo, pois o risco de acidentes ou perdas sempre existe. Desta maneira, o mais aconselhvel utilizar uma porcentagem do custo inicial para o clculo do seguro, seja ele feito ou no em uma companhia seguradora.Os valores sugeridos, pela literatura especializada, para alojamento e seguro de mquinas, variam de 0,75% a 1% do custo inicial ao ano. Sendo assim, aconselha-se uma taxa de 2% ao ano para os clculos do custo com alojamento e seguro, conforme a frmula a seguir:AS = 0,02 P/t

Onde:

AS = alojamento mais seguro (R$/h) P = preo de aquisio (R$)t = tempo de uso (horas/ano)

Administrao (AD)

Baseou-se o custo administrativo da empresa em alguns custos fixos como aluguel, energia, gua, telefone, custos com carro, salrios do administrativo e do apoio, etc. Tendo-se por base o custo anual, tirou-se uma mdia mensal e tal custo fora transformado em horas, jornada de 44 horas semanais, encontrando-se o valor de R$ 10,00 por hora.

Salrio do tratorista (ST)

Os salrios do operador, bem como outros benefcios e encargos sociais, referentes mo-de-obra, foram computados no clculo do custo operacional das mquinas, considerando-se os custos que este gera a empresa, o custo mensurado foi de R$ 7,00 por hora.Custos variveis (CV)

Os custos variveis ou operacionais so aqueles que dependem da quantidade de uso que se faz da mquina e so constitudos por: combustveis (C), reparos e manuteno (RM) e salrio do tratorista (ST).CV = C + RM

Combustveis (C)

Os combustveis so usados principalmente para o acionamento dos motores de tratores e colhedoras autopropelidas. difcil avaliar com preciso o consumo de combustv el dos tratores, devido s condies variveis de carga a que so submetidos durante os trabalhos de campo. Entretanto, quando no se tem informao segura do fabricante do trator, vrias literaturas citam que o consumo de combustvel (leo diesel) fica em torno de 0,12 a0,16 litros por hora para cada cv de potncia mxima nominal do motor.

Portanto, o custo por hora gasto com combustvel pode ser calculado por meio da frmula:C (R$/h) = 0,14 x PotMotor x Preo do combustvel (R$)

Reparos e manuteno (RM)

Dentre as despesas de manuteno que devem ser computadas para o clculo do custo de operao de mquinas agrcolas, encontram-se aquelas realizadas para a manuteno preventiva e corretiva. Na manuteno preventiva, devem-se computar os gastos com componentes trocados a intervalos regulares, tais como filtros de ar, filtros de leos lubrificantes, filtros de combustvel, correias de polias, etc.A manuteno corretiva bem mais difcil de ser estimada, uma vez que dependem de fatores de difcil controle, como a habilidade do operador, as condies do terreno etc. Em face dessas dificuldades, devem-se conduzir estudos detalhados sobre manuteno de mquinas agrcolas, de forma a fornecer tabelas que permitam o clculo desses custos, at mesmo antes da aquisio das mquinas necessrias.A Tabela 4 contm valores em porcentagem para a estimativa do custo inicial com reparos e manuteno durante a vida til de tratores e outras mquinas agrcolas.

Tabela 4. Parmetros para clculo de custos com reparos e manuteno de mquinas

agrcolas.

Retirado de PACHECO (2000).

Resultados

Conforme metodologia citada, os custos horrios calculados para tratores e implementos, componentes da frota de mais utilizadas em empresas do MT, so apresentados abaixo na tabela 5.Tabela 5. Custos horrios calculados para tratores .

Tratores

Modelo Depreciao(R$/h)

Juros(R$/h)

Alojamentoe Seguro (R$/h)

Operador(R$/h)

Administrativo + Alimentao (R$/h)

Manuteno(R$/h)

Consumo Diesel (R$/h) TL 75 R$ 7,20 R$ 3,68 R$ 1,20 R$ 7,00 R$ 10,70 R$ 12,00 R$ 18,27 TM 150 R$ 15,00 R$ 7,66 R$ 2,50 R$ 7,00 R$ 10,70 R$ 25,00 R$ 36,54 Case 8940 Magnum R$ 18,50 R$ 9,44 R$ 3,08 R$ 7,00 R$ 10,70 R$ 30,83 R$ 58,46

Implementos

Modelo

Depreciao(R$/h)

Juros(R$/h)

Alojamentoe Seguro (R$/h)

Administrativo(R$/h)

Manuteno(R$/h)

Valor total(R$/h) Distrib. Calcario JAM 7500Kg R$ 3,12 R$ 1,27 R$ 0,45 R$ 2,20 R$ 3,57 R$ 10,60 Grade interm PICCIN 36x28 R$ 5,63 R$ 3,70 R$ 1,41 R$ 2,20 R$ 4,22 R$ 17,16 Grade nivelad PICCIN 72x20 R$ 3,66 R$ 2,40 R$ 0,92 R$ 2,20 R$ 2,75 R$ 11,92 Sem 12 linhas Tatu 7638 Ultra suprema R$ 5,33 R$ 12,60 R$ 3,20 R$ 2,20 R$ 21,33 R$ 44,67 Pulv 3000L R$ 9,00 R$ 7,35 R$ 2,40 R$ 2,20 R$ 10,50 R$ 31,45 Vincon R$ 1,17 R$ 0,61 R$ 0,19 R$ 2,20 R$ 1,63 R$ 5,80 Big bag traseiro R$ 1,44 R$ 2,52 R$ 0,72 R$ 2,20 R$ 2,16 R$ 9,04

Decompondo-se o custo mdio total para tratores e implementos em seus componentes, pode-se verificar a influncia de cada termo no custo horrio final, gerando-se assim o grfico 2.

Anlise dos componentes do custohorrio para tratores

Deprecia

Anlise dos componentes do custo horrio para implementosDepreciao

36%

14%

7%

Grfico

2%

7%

Juros

Alojame e Seguro Operado

AdministAlimenta

40%

23%

20%

Juros

Alojamentoe Seguro

Administrativo

23%

11%

Manuten

Consum

11% 6%

Manuteno

o

nto

r

rativo +o o

o Diesel

Grfico 2. Anlise dos componentes do custo horrio para tratores e implementos.

Em ambos os casos verifica-se a forte influncia da manuteno, de 23% para tratores e 40% para implementos, e da depreciao dos bens, 14% para tratores e 23% para implementos, com valores; sendo o maior custo mensurado para tratores o referente ao combustvel, que corresponde a 36% do custo horrio total e o maior custo para implementos o de manuteno, que compe 40% do total.

Custo operacional

Introduo e Metodologia

Informaes acerca da capacidade operacional so de grande importncia no gerenciamento de sistemas mecanizados agrcolas, auxiliando nas decises a serem tomadas pela administrao, visando a sua otimizao. A habilidade de uma mquina para desempenhar eficientemente sua funo, trabalhando em qualquer ambiente, um critrio importante que afeta decises sobre o seu gerenciamento (TAYLOR et al., 2002).O clculo do custo operacional de um conjunto motomecanizado importante no somente para tomadas de deciso no momento da seleo dessas mquinas, mas tambm para comparao com os preos de hora/mquina praticados na regio, oferecendo subsdios no momento da deciso de comprar ou alugar algum equipamento para realizar uma determinada operao.Calcula-se o custo operacional pela diviso do custo horrio de determinado conjunto trator-implemento pela sua capacidade operacional.

4.4.2 Resultados

Os custos operacionais para as principais operaes realizadas pela empresa so apresentados na tabela 6. Optou-se na utilizao dos tratores e implementos que oferecerama maior capacidade operacional, considerando-se imposto incidente de 13%.

Tabela 6. Custos operacionais de operaes realizadas pela empresa.

onal

Avaliao econmica

Introduo e Metodologia

Os custos muitas vezes so confundidos com despesas e gastos, mas, em economia, estas palavras tm significados diferentes. As despesas so entendidas como o valor de todo o pagamento a vista ou a crdito realizado pela empresa. Os pagamentos de salrios e de insumos so exemplos de despesas com compensao produtiva. J as doaes a entidades no o so. Os gastos so todos os desgastes de valores ou de materiais e energia expressaem valores dentro da empresa. Os gastos surgem no momento de consumo, e as despesas, quando h desembolso para o pagamento (MACHADO, 2002).Para obter-se uma ideia da viabilidade econmica da execuo das operaes como prestao de servios realizou-se uma pesquisa comparativa com os preos de mercado praticados na regio. Os preos mensurados na empresa j possuam margem de lucro aceitvel de 20% e impostos de 13%, mas para as operaes de calagem e pulverizao no se computou o custo gerado pelo abastecimento dos implementos, ou seja, o custo para tais operaes encontra-se subestimado comparado aos de mercado. Ressalta-se que neste trabalho no se considerou o ganho em escala pela realizao de cada operao.

Resultados

Atravs de pesquisa comparativa de preos obteve-se a tabela 7.

Tabela 7. Anlise comparativa de preos de mercado na regio do Centro-Oeste para operaes agrcolas.

Operao PreoMercado A (R$/ha)

PreoMercado B (R$/ha)

PreoMercado C (R$/ha)

PreoMercado D (R$/ha)

MdiaMercado

Preo Empresa(R$/ha) DiferenaGradagem Pesada R$ 120,00 R$ 130,00 R$ 100,00 R$ 95,00 R$ 111,25 R$ 132,14 -16% Gradagem Mdia R$ 90,00 R$ 120,00 R$ 60,00 R$ 72,00 R$ 85,50 R$ 115,05 -26% Gradagem Leve R$ 60,00 R$ 75,00 R$ 45,00 R$ 51,00 R$ 57,75 R$ 27,05 113%Calagemc/ abastecimento R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 30,00 R$ 28,00 R$ 32,00 R$ 28,38 13% Plantio milho R$ 110,00 R$ 95,00 R$ 95,00 R$ 100,00 R$ 132,61 -25% Pulverizaoc/ abastecimento R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 25,00 R$ 28,00 R$ 30,75 R$ 27,57 12%Hora-trator 80 cv R$ 80,00 R$ 85,00 R$ 12,50 R$ 50,00 R$ 56,88 R$ 72,00 -21%

Verifica-se que somente trs operaes apresentaram vantagem comparativa aos preos praticados no mercado. Dentre estas, esto a calagem e a pulverizao, que podem ser consideradas subestimadas por fatores j previamente ditos; e a gradagem leve, que apresenta preo vantajoso comparado ao praticado no mercado, pois apresenta uma capacidade operacional elevada. Conclui-se, considerando a margem de lucro da empresa20% mais a vantagem comparativa ao preo mdio de mercado, que apenas as operaes de calagem, pulverizao e principalmente, gradagem leve apresentam viabilidade.Para as outras operaes, devido baixa capacidade operacional efetiva, acredita-se que se torna mais evidente a influncia da no mensurao pelo mercado do custo dedepreciao e juros do capital do bem empregado ou talvez pela baixa eficincia gerencial e administrativa da empresa.Embora previsto que a jornada deva durar um determinado nmero de horas, as perdas de tempo associadas a falhas administrativas concorrem para a sua reduo. Sabendo-se que a eficincia de gerenciamento dada pelas horas perdidas durante a jornada de trabalho, tais falhas, referentes a atrasos na entrega de insumos, ao reparo das mquinas, tempos desperdiados pelo operador, erros na alocao de mquinas etc., que no so atribuveis s mquinas, devem ser reparadas atravs de um planejamento, de forma a melhora r esta eficincia.

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