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Seminário (51064) 2011-2012 Trabalho Final

Ciências da Informação e Documentação

Sábados de Música com Livros

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1. Introdução – Fundamentação teórica ……………………………………. 1

2. Desenvolvimento

2.1 – Enquadramento ……………………………………………………….. 3

2.2 – Objectivos …………………………………………………………….. 4

2.3 – Recursos

2.3.1 - Materiais ……………………………………………………………. 6

2.3.2 – Humanos …………………………………………………………… 7

2.4 – Actividade …………………………………………………………… 7

3. Conclusões ……………………………………………………………… 9

ANEXOS

1. Cartaz

2. Folheto

3. Diploma de participação

4. Avaliação da actividade

5. Gráficos

6. DVD - Actividade

BIBLIOGRAFIA

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Actualmente assiste-se a um abandono dos hábitos de

leitura por parte dos jovens do ensino secundário, superior e

adultos profissionais. Outras actividades ligadas ao desporto

e ao consumo de televisão têm contribuído para além das

novas tecnologias de informação (TIC), para um progressivo

afastamento dos hábitos de leitura.

Dentro do domínio das TIC, o computador invadiu a vida da população, das mais

variadas faixas etárias, desde actividades lúdicas a actividades educativas, constituindo

outro dos factores relacionados ao abandono dos hábitos de leitura, principalmente pelo

uso da internet, que veio revolucionar a forma de ocupação de tempos livres. O

surgimento de novos meios de comunicação interpessoal como o correio electrónico e

outras formas de comunicação, blogs, chats e redes sociais, têm contribuído muito para

um progressivo abandono da leitura literária, embora de certa forma se continue a ler

mas com outros objectivos, sejam eles académicos (manuais de estudo), de auto-estudo

(livros temáticos) ou profissionais (literatura técnica), este último inserido no actual

paradigma da formação ao longo da vida. Ainda ligado à área profissional e como ela é

obrigatoriamente exercida em Portugal, critico neste âmbito directamente as entidades

gestoras portuguesas (não é por trabalhar mais horas que se produz mais) e o

consequente tempo de permanência exigido nos locais de trabalho. Esta situação para

além de induzir instabilidade nas relações familiares, também proporciona menos tempo

livre para actividades culturais e de leitura. Este e outros aspectos focados anteriormente

poderão constituir factores para o abandono da leitura literária.

Outro dos motivos tem sido a televisão como meio de acesso fácil e rápido à

informação da actualidade, constituindo o média mais consumido nos lares portugueses.

A proliferação de periódicos, jornais e revistas, constituem a preferência de leitura não

literária no dia a dia, as últimas maioritariamente consumidas pelo público feminino, já

que o público masculino se dedica à leitura de jornais. O segmento das revistas

temáticas e de carácter científico são consumidas apenas por um público muito restrito,

constituindo no seu conjunto algo que o público lê sem que tal possa ser considerado

leitura literária.

A Internet surge como uma nova forma de média, através dela se ouve música, se

vêem filmes e também se lê, embora com fraca penetração para a leitura literária.

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Ainda ligado à leitura através da Internet, verificam-se em Portugal índices baixos de

recurso ao documento digital para ler, à excepção dos meios académicos com a

crescente disponibilização pelas universidades dos seus repositórios abertos em formato

digital, e que têm vindo recentemente a ganhar alguma dinâmica.

Na realidade portuguesa os suportes de leitura digital são ainda pouco utilizados pela

generalidade da população, prendendo-se quer com factores de ordem económica, quer

de iliteracia digital embora já existam muitas obras de leitura literária actual disponíveis

em Português na Amazon e no iTunes (para iPad).

Este trabalho tem por objectivo colocar jovens, adolescente e adultos a ler, conforme

as bases lançadas pelo Plano Nacional de Leitura, inserindo-o como o meu projecto

dirigido a “adultos a ler+”. Segundo estatísticas sobre os Hábitos dos Leitura em

Portugal, OCDE (2009), possuímos muitos leitores até à idade dos 10 anos, que se vão

perdendo até à idade adulta, sendo importante para a criação das bases da cidadania,

incentivar a população adulta a readquirir e adquirir hábitos de leitura. Segundo o

mesmo estudo verifica-se que em ambientes familiares onde os adultos lêem existe

maior incidência de leitores jovens, e consequentemente leitores activos no presente e

para o futuro.

Ao promover a leitura entre a população adulta, o grande objectivo é sobretudo

motivar sobre as vantagens da leitura literária a um público que já leu e deixou de ler, e

para quem se pretenda iniciar neste modo de estar em sociedade, lendo seja por prazer,

lendo por necessidade de aperfeiçoamento profissional ou lendo por qualquer outro

motivo, mas sobretudo transmitindo este valor como forma de desenvolvimento pessoal

do cidadão activo e interventivo.

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2.1 – Enquadramento

O presente projecto insere-se na linha de projectos

activos na Biblioteca Municipal de Carnaxide, integrada na

Rede de Bibliotecas de Oeiras. Pretende abranger toda a

população jovem, adolescente e adultos, que amantes de

música possam através dela aproximar-se dos livros.

As Bibliotecas Públicas têm desempenhado um papel importante, com diversas

actividades promotoras de leitura nalguns casos participada, trazendo o autor à

biblioteca para diálogo com os leitores, bem como actividades de leitura para os mais

jovens mesmo antes de saber ler, com actividades mais ou menos dinamizadas e

inseridas na “hora do conto”, ou pela iniciativa das Bibliotecas do Município de Oeiras

e a sua noite de actividades de leitura onde participam jovens e familiares, o “Pijama às

Letras”, que ocorre anualmente em fins de semana próximos das comemorações do Dia

Mundial do Livro. Esta actividade consiste numa noite em família, passada na

biblioteca entre colchões, pijamas e sacos cama, dedicada à leitura e animação, para

crianças e jovens ao nível do 1º Ciclo, tendo sempre um convidado surpresa para

animação da leitura.

A actividade proposta parte da ideia de através da música se atingirem os livros e

denominar-se-á “Sábados de música com Livros”.

Em pesquisas efectuadas verifiquei e ousarei afirmar que muitos músicos e

compositores contemporâneos, de Bandas e estilos de música consumidos actualmente

pelos jovens e adultos, são leitores e escritores.

Robert Allen Zimmerman (Bob Dylan), antes de músico e compositor já escrevia

poemas, foi o autor da sua própria autobiografia e escreveu o livro Tarântula em 1966.

Leonard Norman Cohen (Leonard Cohen), antes de se dedicar à música, lançou livros

de poesia, “Let Us Compare Mythologies” (1956), “The Spice Box of Earth” (1961),

“Flowers for Hitler” 1964 e escreveu também novelas “The Favorite Game” (1963) e

“Beautiful Losers” (1966), tendo sido o vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das

Letras em 2011.

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Mais ligado exclusivamente ao mundo da música apenas alguns exemplos como o

Álbum Led Zeppelin IV, em que a faixa “Misty Montain Hop” foi inspirada na obra de

Tolkien, “O Senhor dos Aneis”; Os Police que no Álbum Zenyatta Mondatta, se

inspiraram na obra “Lolita” de Vladimir Nabokov, para a faixa “Don’t Stand So Close

to Me”; os Pink Floyd que no seu polémico Álbum The Wall, foram buscar à obra

também ela polémica de George Orwell, “Animal Farm” inspiração para três das

principais músicas, onde se projectam analogias entre animais e personagens da vida

real tal como o fez Orwell, finalmente Kurt Cobain, compositor dos “Nirvana”, seria um

apaixonado e leitor da obra de Patrick Süskind, nomeadamente “O Perfume” de onde

extraiu inspiração para a faixa “Scenteless Apprentice”, no vídeo clip legendado

verifica-se a analogia entre a letra da música e o conteúdo do livro de Süskind.

2.2 - Objectivos

Ler só por si pode constituir um acto mecânico dos olhos sobre letras e números,

compreende-se o léxico, mas não o verdadeiro sentido e objectivo de um texto literário

na sua globalidade. O leitor mecânico não faz inferências sobre o texto, não o lê com a

mente, não interroga, não especula, não procura a mensagem que o escritor pretende

transmitir aos seus leitores. Borges dizia que “o leitor lê o que quer e o escritor escreve

o que pode”, emerge daqui o conceito de inferência sobre a leitura, e consequentemente

“literacia”, em que texto e leitor comunicam, o leitor faz reflexões pessoais,

transformando-o e reescrevendo-o na sua mente. Uma leitura feita neste sentido gera

conhecimento através do qual se absorve do texto, gerando novas capacidades e

curiosidade para novas leituras, passando de um estado de “leitor passivo” para se tornar

um “leitor activo”.

O conceito de níveis de “literacia” e “iliteracia” tem sido alvo de estudos

desenvolvidos pela OCDE, verificando-se existirem elevados níveis de iliteracia entre a

população alfabetizada, em 1999 revela uma percentagem de 77% em Portugal.

Segundo Prole, um dos factores que contribui para estes números corresponde ao

desfasamento dos currículos de formação de professores. Na realidade actual esta

situação encontra-se expressa em diversos relatórios não só da OCDE, como da

UNESCO e dos resultados da análise do projecto PISA (2001), que define “Literacia da

leitura – capacidade de cada indivíduo compreender e usar textos escritos e reflectir

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sobre eles, de modo a atingir os seus objectivos, a desenvolver os seus próprios

conhecimentos e potencialidades e a participar activamente na sociedade. Esta

definição ultrapassa o conceito tradicional de leitura como simples descodificação e

interpretação literal do escrito, alargando-se a tarefas mais específicas e complexas”.

A leitura literária como fonte de acesso ao conhecimento, exige do leitor uma

aprendizagem que o coloque em intimidade com o texto, e consequentemente uma

elevação do seu nível de literacia, citando de novo estudos da OCDE (1998), ainda se

verifica uma percentagem acima dos 75% de iletrados, número que tem vindo a baixar

muito lentamente, há portanto que desde o inicio da formação escolar, incentivar a

leitura por prazer, ensinando como se lê, para que possamos ver crescer o número

leitores activos, independentemente do suporte de leitura que utilizem, isto é, do livro

em papel ao livro electrónico (e-book), tendo presente que o recurso a gadgets como

Kindle da Amazon, o iPad da Apple e outros, poderão vir a contribuir fortemente para o

crescimento da população leitora, não interessa o meio por onde se lê, desde que leia de

forma correcta, interagindo com o texto, imaginando-o, recriando-o e reescrevendo-o na

mente do leitor, potencial gerador de leitores para o futuro.

A aquisição deste modo de ler tem também a ver com factores de desenvolvimento

para a cidadania, “Ler é hoje fundamentalmente aceder ao conhecimento através da

reconstrução da informação contida no texto, o que implica uma íntima e permanente

interacção entre o leitor e o texto. O leitor torna-se um construtor do significado e a

leitura transformou-se na grande porta de acesso ao conhecimento. É esta a base da

literacia plena, uma supra capacidade promotora de transformação pessoal e social.”

(Sim-Sim). Assim também o leitor poderá adquirir a obra literária de novas maneiras e

dela disfrutar, como o faz com tudo o que o rodeia.

Do estudo da Leitura em Portugal publicado pelo GEPE (Gabinete de Estudos e

Planeamento da Educação), emergem da contracapa cinco questões que considero

pertinentes para o estudo dos hábitos de leitura da população portuguesa, assim temos:

QUEM LÊ – é a população activa e estudantil quem recorre mais à leitura de

livros para actualização e aquisição de conhecimento, embora também o faça por

lazer. Os periódicos (jornais e revistas) são lidos pela generalidade da população

alfabetizada.

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O QUE LÊ – os periódicos captam a maioria dos leitores, os jornais 83%

maioritariamente pelo sexo masculino, as revistas 73% maioritariamente pelo

sexo feminino e jovens, ao livro cabem 56,9% maioritariamente leitura de lazer.

ONDE LÊ – a habitação é por excelência o local de leitura para livros e revistas,

os locais públicos acolhem maioritariamente os leitores de jornal.

PORQUE LÊ – os periódicos acolhem leitores que pretendem manter-se

informados, os livros na sua maioria como forma de lazer, os manuais de estudo

e livros técnicos com finalidade didáctica.

PORQUE NÃO LÊ – por condição natural os analfabetos, população de nível

cultural mais baixo, consumo de televisão e para a camada mais jovem

desinteresse, privilegiando actividades desportivas e a internet para jogar.

De salientar ainda que em Portugal a leitura “online” possui uma baixa penetração, e

quando utilizada apresenta maior incidência em jornais e revistas, o livro apresenta os

índices ainda mais baixos, algumas causas já apontadas anteriormente.

Reforçando a ideia do projecto, é para este público que se destina a actividade

proposta na iniciativa do PNL “adultos a ler+”, o grande objectivo desta iniciativa é

salientar as vantagens da leitura para este público alvo constituído por jovens,

adolescentes e adultos.

2.3 – Recursos

2.3.1 – Materiais

Um cartaz informativo formato A3 acompanhado de panfletos em formato A5.

Um folheto de divulgação com o programa e algumas notas sobre a actividade e

local.

Um Diploma de participação.

Um questionário de avaliação.

Uma televisão de ecrã de 32“.

Um leitor de DVD’s.

Um leitor de CD’s com auscultadores para audição individual.

Uma mesa expositora.

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2.3.2 – Humanos

Responsável pela sala multimédia.

Animador da actividade.

Um técnico de biblioteca dedicado para o apoio aos visitantes.

2.4 – Actividade

Para a abertura deste ciclo foi escolhida “Amy Winehouse”, dado que a Biblioteca

Municipal de Carnaxide, possui um dos livros sobre a sua vida, “Amy Amy Amy The

Amy Winehouse Story” (Johnstone, Nick. 2008), podendo também ser requisitado à

Biblioteca Municipal de Algés o seu Álbum de música Back to black (2007). Tratando-

se de uma abordagem diferente para o estímulo da leitura literária, foi verificado no

ponto 2.1, que muitas das vezes por detrás de uma peça musical, se encontra uma obra

literária de autores clássicos e contemporâneos, assim como muitos compositores e

músicos são também escritores e por inerência também leitores.

A divulgação compreenderá a afixação do cartaz em formato A3 na Biblioteca, em

instituições públicas (Junta de Freguesia, Finanças), estabelecimentos e empresas locais,

acompanhado de panfletos imagem do cartaz em formato A5. Será também divulgada

no Blog e no Facebook das Bibliotecas de Oeiras.

De acordo com o programa da actividades inscrito no folheto, esta terá inicio a meio

da manhã, com um período de acolhimento de 30 minutos, durante o qual se encontrará

a ser visionado na televisão com som ambiente de fundo suave, diversos vídeo clip’s de

Amy Winehouse preparados para a sessão, no leitor de CD´s o seu disco “Back to

black” disponível para audição individual com auscultadores, na mesa expositora o livro

“Amy Amy Amy The Amy Winehouse Story”, do acervo desta biblioteca.

Passando ao segundo ponto do programa, será abordada a biografia da cantora,

desenvolvendo a breve resenha bibliográfica presente no folheto passando depois à

abordagem sobre os compositores/músicos e leitores, apresentada de forma mais

desenvolvida e também os vários aspectos onde a música e a literatura caminharam de

mãos dadas, conforme o folheto, Os LED ZEPPELIN (IV), que se inspiraram na

Trilogia do Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, na sua música Misty Mountain; Sheryl

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Crow que se inspirou no poema “Fun” de Wyn Cooper, para compor “All I wanna do”;

Rolling Stones, que retiraram alguns dos seus temas da obra de Mikhail Bulgakov, “O

Mestre e Margarida” e finalmente os IRON MADEN, banda que escreveu muitas das

suas músicas inspiradas em diversas obras literárias como, “O Fantasma da Opera”, “O

Nome da Rosa”, “O Senhor das Moscas”, e mesmo em autores de poesia clássica como

Lord Tennyson e Samuel Taylor Coleridge.

Cumprindo a terceira parte do programa, esta constará de uma visita guiada à

biblioteca, apresentação do seu acervo, diversidade de serviços prestados, como o

empréstimo domiciliário (livros, CDs, CD-ROMs, Vídeos e DVDs); apoio à consulta do

catálogo; serviço de apoio ao leitor e pesquisa assistida; serviço de apoio às bibliotecas

escolares do âmbito do projecto SABE; serviço de extensão bibliotecária e cultural;

serviços internos de reprografia, digitalização e impressão; pontos de acesso à internet e

mediateca; salas de leitura para periódicos, infanto-juvenil e adultos.

Apresentação dos diferentes pontos de contacto da Biblioteca com o exterior através

da Internet, Roteiro Cultural do Município de Oeiras, bem como uma presença nas redes

sociais “Facebook” e um Blogue de difusão das actividades da Rede de Bibliotecas.

Termina com a entrega de um Diploma de Participação e um Questionário de

Avaliação, à qual se seguirá a libertação dos visitantes incentivando-os a descobrir por

si tudo o que o acervo bibliotecário tem para oferecer aos seus frequentadores, devendo

o funcionário responsável por cada sala, manter-se atento para qualquer ajuda ou

esclarecimento adicional.

A música e os livros têm caminhado de mãos dadas através dos tempos, as nossas

Bibliotecas actualmente possuem também um espaço dedicado á música, filmes e outros

meios áudio visuais. Actualmente em França a maioria das bibliotecas tem adoptado a

designação de mediatecas.

Este projecto de incentivo à leitura literária proposto para uma biblioteca, deverá ser

planeado e realizado com o apoio dos técnicos bibliotecários, proporcionando tanto

quanto o desejável um encontro dos livros com os leitores. Outras propostas poderão ser

trabalhadas a partir do site do “Plano Nacional de Leitura”, que pode ser consultado em:

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt.

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São iniciativas como estas que poderão captar novos

leitores, mostrar-lhes em como também músicos e

compositores são leitores, independentemente do género

de música e da época em que se encontram inseridos.

Segundo o texto de Sim-Sim, “Formar Leitores: a inversão

do círculo” (2002, p.2) verifica-se que a grande maioria

inicia o abandono da leitura a partir do 2º ciclo de escolaridade, este público vai-se

dispersando para outras actividades, como o desporto e Internet. Da amostra da

população inquirida, a maioria usa a Internet em maior número de horas que usa para a

leitura. É destinado a este público que foi criado este programa de animação em

biblioteca, a decorrer num sábado próximo da comemoração do Dia Mundial da Musica,

que decorre no primeiro dia de Outubro, podendo realizar-se se assim a direcção da

biblioteca o entender, noutros sábados anteriores ou posteriores a eventos musicais

como concertos ou festivais de música.

Da população inquirida no âmbito da elaboração deste projecto, jovens e alguns

adultos possíveis animadores de actividade, dos dados já recolhidos, a totalidade gosta

de música e ouve-a regularmente, mas apenas 81% gosta de ler, embora constitua uma

percentagem de leitores bastante boa, nela estão incluídos maioritariamente jovens em

idade escolar o que causa um certo enviesamento da amostragem.

O Questionário de Avaliação entregue no final da actividade, destina-se a uma

posterior análise sobre a receptividade deste tipo de iniciativas, bem como do seu

impacto junto dos participantes, análise essa a extrair das respostas às quatro últimas

questões, sobretudo da última, “Voltaria a participar nesta iniciativa”, pretende-se

inferir não só o impacto da actividade, como recolher dados para a evolução do projecto

em acções futuras e sobretudo se a iniciativa cumpre os propósitos da sua criação,

incentivos à leitura através da música, como processo também ele comunicativo.

Ao promover a leitura entre a população adulta, idealmente orientada por

profissionais especializados, como bibliotecários, formadores e outros membros da

comunidade, permitiria alcançar objectivos como, a criação de ambientes de leitura,

ensinar como se lê, divulgar os vários suportes por onde se pode ler, aspecto em que

formação complementar no uso e capacidades das TIC se revela uma mais valia

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importante, apoiar sobretudo o percurso de leitura a este futuro leitor, criar condições de

acesso para o leitor adulto em diferentes locais de leitura. Devem também ser criados

espaços de discussão sobre leituras previamente escolhidas, orientadas também por

pessoas devidamente habilitadas para o efeito, promovendo o debate, a partilha de

experiencias e o convívio entre leitores.

Concluindo, o grande objectivo desta actividade é sobretudo motivar sobre as

vantagens da leitura a um público que já leu e deixou de ler como se referiu na

introdução. Actualmente para além do livro em papel coexistem outros meios de acesso

à literatura, fruto da evolução das TIC, seja um iPad, um tablet, seja um e-book Reader

Kindle, alguns mesmo com comunicações online 3G/4G para aquisição e download dos

livros directamente, como alternativa o próprio computador. Distribuidores como a

AMAZON, possuem já um vasto leque de obras que se podem adquirir para serem lidas

nestes suportes Em matéria de literatura traduzida para português, existem já uma

diversidade de livros técnicos e de literatura literária, actual e mesmo obras clássicas

mais antigas. Embora o digital tenha vindo a ter uma crescente expressão, continua a

editar-se o livro em papel sem que o número de cópias editadas tenha sofrido

decréscimos significativos, folhear um livro em papel é algo que à grande maioria dos

leitores dá prazer, o livro electrónico constitui um meio do leitor se poder fazer

acompanhar das suas leituras preferidas, ou importantes para o desenvolvimento da sua

actividade profissional, de uma forma livre e leve.

Finalizo com um aspecto focado por António Prole, que é o facto da necessidade de

se “Formarem leitores para ler o mundo”, combater os níveis de iliteracia através da

revisão dos currículos nas escolas, possuir sobretudo professores leitores, “não basta

despejar livros pelo país, […], a leitura promove-se como tudo, aprende-se lendo, tal

como se aprende a andar andando” (Prole, 2009)

Fundamentalmente não interessa por onde se lê, desde que se leia literariamente.

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Biblioteca Municipal de Carnaxide Geral

E-mail: geral.bmc @ cm-oeiras.pt

Balcão de Acolhimento

E-mail: emprestimo.bmc @ cm-oeiras.pt

Telefone: 210 977 430

Espaço Infantil

E-mail: infantil.bmc @ cm-oeiras.pt

Telefone: 210 977 433

Espaço Multimédia

E-mail: multimedia.bmc @ cm-oeiras.pt

Telefone: 210 977 432

Serviço de Apoio ao Leitor

E-mail: referencia.bmc @ cm-oeiras.pt

Visite-nos em:

http://catalogo.cm-oeiras.pt/screens/mainmenu_por.htm

Facebook:

http://www.facebook.com/bibliotecasmunicipaisdeoeiras

O nosso Blog:

http://oeiras-a-ler.blogspot.pt/

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Do anonimato à fama caótica. A cantora e

compositora inglesa é uma das poucas unanimidades de público e crítica

na história da música. Dia 14 de Setembro, ela completaria 28 anos.

Apesar da sua curta carreira publicou dois álbuns extremamente

sofisticados – Frank e Back to Black. No primeiro, lançado em 2003, a

predominância da sonoridade jazzística faz jus ao título em homenagem

a Frank Sinatra. Já no segundo, de 2007, o jazz mistura-se ao soul e

recebe vários prémios, entre eles o BRIT, Modo (Music of Black Origin),

Vodafone Live Award, Q Awards e cinco categorias do Grammy. Além de

ter fascinado os intelectuais e os média especializados com seu estilo

clássico, Amy vendeu milhões de discos e estreou-se na cobiçada lista da

Bilboard em 7º lugar entre 200 sucessos. Apesar da voz impressionante

e da musicalidade de altíssimo nível, a qualidade artística da cantora

inglesa foi ofuscada por problemas pessoais. Em 2007, escândalos,

drogas, depressão e bulimia começaram a prejudicar a sua performance

nos palcos e despertaram o interesse dos média sobre celebridades.

Após Britney Spears, Paris Hilton e Kate Moss, Amy Winehouse foi a

nova obsessão desta imprensa. Seus tios tinham banda de jazz e seu pai

adorava Frank Sinatra, Thelonious Monk e Ella Fitzgerald; “aprendi a

cantar ouvindo-a”, diz Amy. Com 14 anos, a inglesinha ganhou a sua

primeira guitarra - uma Fender Stratocaster, e uma bolsa de estudos na

Sylvia Young Theatre School, de onde foi convidada a sair por mau

comportamento. Irreverente, com a gravação do segundo disco, a fama

caótica teve o seu início. Um escândalo por dia, magreza, overdose,

quase fizeram esquecer a sua música, uma arte que nunca foi menos do

que fantástica. Até 23 de julho de 2011 (27 anos), em que Winehouse

foi encontrada morta na sua casa em Londres

PROGRAMA:

11:00 – Acolhimento (na sala multimédia – 1º piso).

11:30 – Apresentação da actividade e Tema de Abertura.

12:00 – Visita guiada à Biblioteca Municipal de Carnaxide, seguida de

presença livre até ao encerramento das instalações.

Nesta sessão abordaremos um pouco a vida da cantora de Jazz

recentemente desaparecida, Amy Winehouse, sendo a biblioteca

possuidora de um livro sobre a sua vida e obra, “Amy Amy Amy”,

seguidamente apresentamos um breve comentário sobre como através

dos livros se chega à música, onde alguns músicos contemporâneos se têm

inspirado nos livros para compor algumas das suas obras.

Os LED ZEPPELIN (IV), que se inspiraram na Trilogia do Senhor dos Anéis,

de J.R.R. Tolkien, na sua música Misty Mountain; Sheryl Crow que se

inspirou no poema “Fun” de Wyn Cooper, para compor “All I wanna do”;

Rolling Stones, que retiraram alguns dos seus temas da obra de Mikhail

Bulgakov, “O Mestre e Margarida” e finalmente os IRON MADEN, banda

que escreveu muitas das suas músicas inspiradas em diversas obras

literárias como, “O Fantasma da Opera”, “O Nome da Rosa”, “O Senhor das

Moscas” e mesmo em autores de poesia clássica como Lord Tennyson e

Samuel Taylor Coleridge.

A música e os livros têm caminhado de mãos dadas através dos tempos,

hoje as nossas Bibliotecas possuem também um espaço dedicado á

música.

A nossa proposta com o apoio dos nossos técnicos é fomentar esse

encontro, da grande fonte inspiradora que são os livros, de como se pode

ser leitor e das vantagens dessa condição, outras respostas poderão ser

encontradas junto do site do “Plano Nacional de Leitura”, cujo detalhe

pode ser consultado em http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt

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DIPLOMA DE PARTICIPAÇÃO

Certifica-se que

participou na actividade Sábados de música com livros, realizada na

Biblioteca Municipal de Carnaxide, no dia 29 de Setembro de 2012 das 11:00 às 13:00,

com a presença do animador LUIS PANÃO.

Pela Organização

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Avaliação da actividade

Apreciação global quanto ao interesse: Muito bom Bom Médio Pouco Nada Sobre o tema: Muito bom Bom Médio Fraco Mau Sobre a animação: Muito boa Boa Média Fraca Má Voltaria a participar nesta iniciativa: Sim Não Para receber informações deixe-nos o seu email

Sexo: M

F

Idade: _____ Habilitações literárias: Ensino Básico

Secundário

Licenciatura

Mestrado

Doutoramento

Gosta de música: Sim

Não

Género de música: Ligeira

POP

Rock

Jazz

Clássica

Outra

Género de leitura: Ficção

Policial

Poesia

Educativa / Técnica

Banda Desenhada

Biografias / História

Outra

Gosta de ler: Sim

Não

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5. Gráficos:

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Fonte - publicação editada pelo GEPE, em Outubro de 2007, A Leitura em Portugal

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Gráficos sobre dados recolhidos no âmbito do projecto “Sábados de música com

Livros”:

Inquérito realizado ONLINE, disponível em:

http://www.lponline.eu/index1cid1a.html

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DVD—Acolhimento

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Ciências da Informação e Documentação

Bibliografia consultada para enquadramento teórico:

LOPES, Paula Cristina. Hábitos de leitura em Portugal: Uma abordagem transversal

estruturalista de base extensiva. Disponível em http://bocc.ubi.pt/pag/lopes-paula-

habitos-de-leitura-em-portugal.pdf

MANGUEL, Alberto. Uma História da Leitura. Queluz de Baixo: Editorial Presença,

2010. 3ª Ed.

PROLE, António (2005). Como fazer um Projecto da Leitura. ABZ da Leitura |

Projectos de Promoção da Leitura. www.casadaleitura.org

PROLE, António (2005). O Papel das Bibliotecas Públicas Face ao Conceito de

Literacia. Educação e Leitura, Actas do Seminário. Esposende, pág. 31-41

SOARES, Maria Almira. Como motivar para a leitura. Lisboa: Presença, 2007.

Estudos nacionais e internacionais consultados:

NEVES, José Soares. VI Congresso Português de Sociologia. A Leitura em Portugal:

perfis e tipos de leitores. 25-28 de Junho de 2008. (material curricular).

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Ciências da Informação e Documentação

SANTOS, Maria de Lourdes Lima (Coord.); Neves, José Soares; Lima, Maria João;

Carvalho, Margarida. A Leitura em Portugal. Lisboa: Edição GEPE, 2007.

Práticas de Promoção da Leitura nos Países da OCDE (2007). Disponível em:

<http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/PNLEstudos/uploads/ficheiros/praticas-

promocao-leitura-ocde.pdf/> Acedido a: 4 de Junho de 2012

Plano Nacional de Leitura - Ler +. Disponível em:

<http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/index1.php> Acedido a: 12 de Junho de

2012

iTunes Store. Disponível em: <http://itunes.apple.com/pt/genre/books/id38?mt=11>

Acedido a: 12 de Junho de 2012

Amazon Store. Disponível em:

<http://www.amazon.com/s/ref=nb_sb_ss_i_2_7?url=search-alias%3Dstripbooks&field-

keywords=em+portugues&sprefix=em+port%2Cstripbooks%2C531>

Acedido a: 12 de Junho de 2012.

Promoting Literacy Through Music. Disponível em:

<http://www.songsforteaching.com/lb/literacymusic.htm> Acedido a: 12 de Junho de

2012.

The Influence of Music on Core Learning. Disponível em:

<http://www.questia.com/googleScholar.qst?docId=5008813844> Acedido a: 12 de

Junho de 2012.

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Ciências da Informação e Documentação

Fontes informativas da Rede de Bibliotecas do Município de Oeiras consultadas:

Catálogo e informações de caracter geral da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras.

Disponível em: <http://catalogo.cm-oeiras.pt/screens/mainmenu_por.htm> Acedido a: 12 de

Junho de 2012.

Facebook. Disponível em: < http://www.facebook.com/bibliotecasmunicipaisdeoeiras> Acedido

a: 12 de Junho de 2012.

Blogue de actividades – Oeiras a Ler. Disponível em: < http://oeiras-a-ler.blogspot.pt/> Acedido

a: 12 de Junho de 2012.