Trabalho Grupo Psicopatologia Obssessivo-Compulsivo

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 Perturbação Obsessivo-Compulsiva Perturbaç ão Obsessivo-Compulsiva Daniel Freire Nº 30949 Vera Vicente Nº 30949 Licenciatura em Psicologia   ISCTE Unidade Curricular - Psicopatologia Docente - Dra. Carla Moleiro

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

Perturbação Obsessivo-Compulsiva

Daniel Freire Nº 30949

Vera Vicente Nº 30949

Licenciatura em Psicologia – ISCTE

Unidade Curricular - Psicopatologia

Docente - Dra. Carla Moleiro

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

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Índice

1.  Introdução……………………………………………………… Pág.2 

2.  Perturbação Obsessivo-Compulsiva…………...……………….. Pág.3

3.  Obsessões……………….………………………………………. Pág.3

4.  Compulsões………………. ……………………………………. Pág.3

5.  Critérios de Diagnóstico …….…………………………………. Pág.3

6.  Prevalência………………………………………………………Pág.5

7.  Evolução………………………………………………………...Pág.5

8.  Incidência em termos de idade, sexo e cultura………………….Pág.5

9.  Características familiares………………………………………..Pág.6

10. Outras perturbações associadas………………………………….Pág.6

11. Planos de tratamento…………………………………………… Pág.7

12. Caso clínico…………………………………………………...…Pág.7

13. Reflexão Crítica…………………………………………………Pág.8

14. Limitações do trabalho………………………………………….Pág.8

15. Bibliografia………………………………………….………….Pág.9

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

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Introdução

Da Idade Média até ao séc. XVIII, a Perturbação Obsessivo-Compulsiva via-se

explicada sobretudo, pelo sobrenatural e pela religião. Só a partir dos finais do século

XVIII é que esta patologia passou a ser encarada na área científica da Psiquiatria.

Devido a ser uma patologia, que na altura seria um pouco polémica e embaraçosa para

que as pessoas que sofriam desta, dessem a conhecer os seus sintomas, as primeiras

contribuições para os conceitos de obsessão e compulsão, patentes nesta perturbação,

somente começaram a aparecer no século XIX. Até há bem pouco tempo atrás, aPerturbação Obsessivo-Compulsiva era ainda considerada, uma doença rara, crónica e

pouco frequente na população. Apenas no inicio dos anos oitenta, a Perturbação

Obsessivo-Compulsiva começou a ganhar os contornos que tem actualmente, surgindo

cada vez mais casos e existindo cada vez mais estudos sobre este tema.

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

As Perturbações da ansiedade envolvem a experiência da ansiedade e desenvolvem-se e

Perturbação Obsessivo-Compulsiva em formas de lidar com ela. São 9, as Perturbações

da Ansiedade caracterizadas pelo manual DSM – IV-TR e incluem a perturbação

Obsessivo-Compulsiva. Esta perturbação é composta por um conjunto de obsessões e

compulsões recorrentes.

Obsessões 

As obsessões são ideias, convicções, imagens, ruminações, medos ou impulsos

(Woodruff e Pitts) desagradáveis e geralmente perturbadores. São egodistónicas (que

vão contra os valores da pessoa) e apoderam-se da consciência do indivíduo, ficando

fora do controlo deste. A pessoa possui consciência de que estas obsessões são

inapropriadas, no entanto a tentativa de lhes resistir (não levar a cabo a compulsão) é

muitas vezes mal sucedida e causa grande ansiedade.

De forma a neutralizar as obsessões o indivíduo, leva então a cabo a compulsão.

Compulsões

As compulsões são os comportamentos repetitivos, os rituais compulsivos, ou os actos

mentais que são fruto das obsessões. Estas são realizadas de forma a minimizar a

ansiedade e o mal-estar causados pelas obsessões e não causam qualquer tipo de prazer

á pessoa.

As compulsões consomem muito tempo dos indivíduos (mais que uma hora por dia) e

causam grande frustração aos que sofrem desta perturbação, pois estes em algum

momento da perturbação reconhecem que as obsessões e compulsões são excessivas e

sem razão. Os indivíduos fazem um grande esforço para resistir a estas obsessões,

contudo quando a perturbação já está muito evoluída, a resistência é quase inexistente.

São exemplos de compulsões comportamentos repetitivos como a excessiva lavagem

das mãos, ou actos mentais como rezar ou contar.

Critérios de Diagnóstico

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Perturbação Obsessivo-Compulsiva

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Para que alguém seja diagnosticado com Perturbação Obsessivo-Compulsiva, é

necessário que se enquadre nos seguintes critérios de diagnóstico. Ter obsessões e

compulsões recorrentes. Obsessões que sejam definidas, de acordo com a Associação

Americana de Psicologia por:

1) Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, nalgum momento

durante a perturbação, são experimentadas como intrusivas e inapropriadas e causam

elevada ansiedade ou sofrimento;

(2) os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas

acerca de problemas da vida real;

(3) a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou

neutralizá-los com algum outro pensamento ou acção;

(4) a pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obsessivas são produto da sua própria mente (não impostos do exterior, como na inserção de

 pensamentos)

Compulsões que sejam definidas, de acordo com a Associação Americana de Psicologia

por:

(1) comportamentos repetitivos (por ex., lavagem de mãos, organização, verificação)

ou actos mentais (por ex., rezar, contar ou repetir palavras mentalmente) que as

 pessoas se sentem compelidas a executar em resposta a uma obsessão, ou de acordo

com regras que devem ser aplicadas de modo rígido.

(2) os comportamentos ou actos mentais têm como objectivo evitar ou reduzir o mal-

estar ou prevenir algum acontecimento ou situação temidos; contudo, estes

comportamentos ou actos mentais ou não estão ligados de modo realista com o que

 pretendem neutralizar ou evitar, ou são claramente excessivos. (Critério A)

Reconhecer, em alguma altura da evolução da perturbação, como excessivas e

irracionais as suas obsessões e compulsões (caso seja um diagnóstico a uma criança este

critério não é exigido). O indivíduo pode, no entanto ter fraco insight, ou seja, na maior

parte do tempo não considerar as suas obsessões e compulsões como excessivas, o que

deve ser referido no diagnóstico. (Critério B). As Obsessões e Compulsões têm que ser

causadoras de sofrimento e mal-estar, consumidoras de grande parte do tempo da pessoa

(mais que uma hora por dia), ou interferirem nas rotinas normais do sujeito, na vida

académica ou profissional, e nas actividades sociais, de forma significativa (Critério C).

Caso a pessoa possua outra perturbação do Eixo I simultaneamente, o conteúdo dasobsessões ou compulsões não se restringe a essa perturbação. Por exemplo, se um

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individuo com perturbação obsessivo-compulsiva sofrer também de Hipocondria é

frequente que este possa ter também fortes preocupações por doença grave, ou no caso

de uma pessoa que possui simultaneamente perturbação obsessivo compulsiva e

perturbação depressiva major é natural que este tenha ruminações fortes a cerca da

culpa (Critério D).

Para que o diagnóstico de perturbação obsessivo compulsiva seja feito é necessário

também que a perturbação não seja provocada pelo efeito fisiológico directo de uma

substancia, por exemplo como álcool ou drogas, ou por um estado físico geral (Critério

E).

Prevalência

Segundo o DSM-IV-TR, a prevalência deste tipo de perturbação nos adultos é de 2,5%

ao longo da vida e 0,5% a 2,1% durante um ano. Já em crianças, a prevalência ao longo

da vida é de 1% a 2.3% e de um ano é 0,7%. No entanto, a metodologia pode influenciar

a própria estimativa percentual. O próprio estimativa é bastante alterada em diferente

estudos ao longo do tempo (e.g. Rudin em 1953 apontava para valores de 0,05%). Em

muitas culturas a incidência deste tipo de perturbação é tido como similar. Apesar disto,

também podem existir diferenças. Em termos de género, não existe uma significativa

predominância num dos sexos.

Evolução

Este tipo de perturbação começa normalmente na adolescência, podendo até ser na

infância. Para a maioria dos casos, a evolução é gradual mas também pode ser evolução

mais acelerada em alguns casos. Em termos de género existe uma maior incidência no

sexo masculino em casos mais precoces. Ou seja, o sexo tende estatisticamentedesenvolver este tipo de perturbação mais cedo. Segundo o DSM-IV-TR, em termos de

idade modal, este aponta valores de 6 a 15 para o género masculino e 20 a 29 para o

feminino. Além disto, 15% dos casos mostram uma deficiência progressiva no

funcionamento ocupacional e social e 5% dos casos têm uma evolução episódica com

sintomas mínimos.

Incidência em termos de idade e sexo e cultura

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Como já foi referido, as diferenças de género não são tão evidentes por si só mas, tendo

em conta a idade, este tipo de perturbação já mostra diferenças entre o género.

Nomeadamente, que o sexo masculino desenvolve mais deste tipo de perturbação na

adolescência e que na idade adulta a incidência é similar. O tipo de episódios e rituais

em crianças é semelhante aos dos adultos. Também de referir que os rituais em todos as

pessoas com esta perturbação é muito mais requente em casa, principalmente quando

estão sozinhas e não têm contactos com colegas de trabalho, professores, etc. Lavar,

verificar e ordenar são mais comuns em crianças e os sintomas podem não ser

egodistónicos.

Algo que é importante referir é que a cultura existente tem que ser vista como algomuito importante no diagnóstico. Porque por existir um caso numa cultura, isto não quer

dizer que outro indivíduo com o mesmo comportamento tenha obrigatoriamente a

perturbação. A diferença está quando o comportamento leva a um disfuncionamento nos

papeis social e/ou ocupacionais do individuo.

Características familiares

Parentes biológicos de 1º grau tendem a ter maior incidência da POC e síndrome de

Tourette são maiores que população em geral. Existe uma maior incidência em gémeos

monozigóticos que gémeos dizigóticos. De referir que, como os indivíduos que sofrem

desta perturação apresentam algmas carências de manutenção de papéis sócias (devido

aos sintomas adjacentes à perturbação) eles são, na sua maioria solteiros. Em mesmo em

casados pode existir vários conflitos(Karno, 1988).

Outras perturbações associadas De acordo com Petribú K. (1996) em Comorbidade em transtorno obsessivo-compulsivo, é afirmado por alguns estudos que, pelo menos 40% dos sujeitos que

sofrem de perturbação obsessivo-compulsiva sofrem também de uma perturbação da

personalidade e no mínimo 50% apresentam outra perturbação do eixo I em simultâneo

com a perturbação obsessivo-compulsiva.

De acordo com Rasmussen S, Eisen JL. (1992) em The epidemiology and differential

diagnosis of obsessive compulsive disorder, a perturbações do eixo I mais associada á

perturbação obsessivo-compulsiva é a Perturbação Depressiva Major, esta é a

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perturbação com maior taxa, 67% de co-morbilidade com a perturbação obsessivo-

compulsiva. Estes autores indicam-nos ainda que, no que toca á co-morbilidade são as

restantes perturbações da ansiedade que tomam o segundo lugar. A Fobia especifica

com 22%, a Fobia Social com 18% e a Perturbação de Pânico com 12% de ocorrência

em simultâneo com a perturbação obsessivo-compulsiva.

Também com associação com a perturbação obsessivo-compulsiva, a Perturbação do

Comportamento Alimentar possui 17% de associação, a Dependência/abuso do álcool,

14% de co-morbilidade e a Perturbação de Gilles de La Tourett, com apenas 7% de

ocorrência em simultâneo. No entanto, apesar da Perturbação de Gilles de La Tourett

ser pouco representativa, na população de indivíduos que sofrem de perturbaçãoobsessivo-compulsiva, do universo de pessoas que sofrem de Perturbação de Gilles de

La Tourett uma elevada percentagem de indivíduos possuem em simultâneo a

perturbação obsessivo-compulsiva.

Planos de tratamento

Devido aos objectivos deste trabalho, não aprofundamos muito os tipos e planos de

tratamento para este tipo de perturbação. Apesar disto, a grande maioria dos planos de

tratamento incide numa psicoterapia com uma abordagem cognitivo-comportamental

com auxílio de medicação específica. No entanto, é de realçar que o tipo de medicação e

até o próprio abordagem terapêutica é modelada tendo em conta a gravidade da situação

do paciente.

Caso clínico

Ana (como resolvemos chamar-lhe) sofre de Perturbação Obsessivo-Compulsiva. Tem

25 anos e desde cedo percebeu que tinha o que apelidou de paranóias e esquisitices. Analeva a cabo actos mentais (compulsões) para aliviar as suas obsessões: Colocar o fio no

 pescoço sem ter de o pôr e tirar três vezes enquanto conto baixinho “um, dois, três.(…) Quero

deitar-me é primeira na cama sem me sentar três vezes. (…) E estou tão cansada de estar 

constantemente a lavar as mãos… 

Ana tem obsessões: Imagino vezes sem conta imagens de pessoas que amo a sofrerem

acidentes, raptos e violações (...) Lembro-me de ter uns cinco anos e ter pedido uma banana a

minha mãe e ela deu-me, mas, á porta do quarto espirrou… e não a consegui comer. Imaginei

um monte de pequenos bichos a virem direitos á banana e não a consegui comer. 

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Ana está cansada e frustrada por tentar resistir as suas compulsões: Quero repetir vezes

sem conta que o que acontece a minha volta não é condicionado pelo facto de tocar três

vezes na página do livro que estou a ler, antes de virar a página, mas sei que tenho de o

 fazer e é um alivio quando o faço e uma frustração ao mesmo tempo porque …

Ana tem vergonha das suas compulsões:Consigo disfarçar tão bem em público…!

 Desd e que a minha mãe me disse: ” Que raio de tiques que tu tens!” eu devia ter uns

oito anos e a partir dai foram crescendo para mim e diminuindo para os outros.  

E agora, precisa de ajuda.

Reflexão Crítica 

O trabalho realizado foi bastante importante para percebermos melhor o drama das

pessoas que sofrem de Perturbação Obsessivo-Compulsiva. Apesar de já conhecermos

esta psicopatologia ainda tínhamos algumas dúvidas de como seriam as vidas das

pessoas que sofrem desta perturbação. Neste aspecto este trabalho foi uma mais-valia,

uma vez que durante a sua execução conseguimos conhecer casos reais de pessoas que

vivem com esta patologia e de como isso as afecta a elas e às pessoas que as rodeiam. 

Limitações do trabalho

Na realização deste trabalho percebemos que existe muita informação sobre o tema, o

que se tornou mais complexo foi fazer uma selecção dessa informação, pois existe

muito boa informação sobre esta patologia, mas também existem informações menos

válidas. Percebemos ainda que esta é uma perturbação sobre a qual só despoletaram

estudos após os anos oitenta, por essa razão a informação que encontramos é na sua

maioria bastante recente.

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Bibliografia

Associação Americana de Psicologia (2002). DSM-IV-TR Manual de Diagnóstico e

 Estatística das Perturbações Mentais (4ª Edição, texto revisto). Lisboa: Climepsi.

Barraclough, J., & Gill, D. (1997). Bases da Psiquiatria moderna (1ª Edição). Lisboa:

Climepsi.

Petribú K. (1996) Comorbidade em transtorno obsessivo-compulsivo. Recife:

Universidade Federal de Pernambuco.

Rasmussen S, Eisen JL. (1992) The epidemiology and differential diagnosis of obsessive

compulsive disorder . J Clin Psychiatry.

http://naoqueroseraunica.blog.pt/2007/05/05/poc-perturbacao-obcessiva-compulsiva/  

http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/cid.php 

http://www.serafimcarvalho.net/psicopatologia.pdf  

http://www.youtube.com/watch?v=OF2Ot0qEqr4