Trabalho Indisciplina Introdução

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1 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM TRABALHO DE AVALIAÇÃO: A INDISCIPLINA E A ESCOLA ATUAL Nome dos componentes em ordem alfabética RA Curso Período Betânia A. dos Santos 58579 Pedagogia Madrugada Emerson Gustavo da Silva 58695 Erica Valeria B. S. Lira 58487 Ivani Alves Sousa 59149 Juraci Ferreira dos Santos 58978 Mirian dos Santos Correa 57855 Silvia Pinheiro da Silva 58693

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    PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM TRABALHO DE AVALIAO:

    A INDISCIPLINA E A ESCOLA ATUAL

    Nome dos componentes em ordem alfabtica

    RA Curso Perodo

    Betnia A. dos Santos 58579

    Pedagogia Madrugada

    Emerson Gustavo da Silva 58695 Erica Valeria B. S. Lira 58487 Ivani Alves Sousa 59149 Juraci Ferreira dos Santos 58978 Mirian dos Santos Correa 57855 Silvia Pinheiro da Silva 58693

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    Sumrio

    INTRODUO.................................................................................... 3

    METODOLOGIA.................................................................................. 6

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................ 10

    ANEXO I ...................................................................................... 13

    ANEXO II ..................................................................................... 14

    ANEXO III .................................................................................... 15

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    INTRODUO

    Nas palavras de Vygotski (1995b, p. 49): [...] passamos a ser ns mesmos atravs dos outros.

    A personalidade vem a ser para si o que em si, atravs do que significa para os demais. Este o

    processo de formao da personalidade.

    Indisciplina procedimento, ato ou dito contrrio disciplina; desobedincia, desordem,

    rebelio. (Dicionrio Aurlio).

    De acordo com Oliveira (2005, p. 28), disciplina entendida, pelo senso comum, como a

    manuteno da ordem e obedincia s normas; a primeira significa a sua negao, ou seja, a quebra

    da ordem.

    A indisciplina uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos educadores para

    desenvolverem o trabalho pedaggico. De acordo com Parrat-Dayan (2008, p. 21), os conflitos em

    sala de aula caracterizam-se pelo descumprimento de ordens e pela falta de limites como, por

    exemplo: falar durante as aulas o tempo todo, no levar material necessrio, ficar em p,

    interromper o professor, gritar, andar pela sala, jogar papeizinhos nos colegas e no professor,

    dentre outras atitudes que impedem os docentes de ministrar aulas mais qualidade.

    A indisciplina pode ser olhada como um sintoma de crise na relao pedaggica, que por

    essncia uma relao complexa e dinmica, feita de encontros e desencontros, de rotinas e

    novidades, de ordem e contradio. O maior ou menor equilbrio da ecologia da sala de aula resulta

    da interao mais ou menos conseguida dos sistemas de instruo, de gesto e de socializao dos

    alunos (Doyle, 1986; Supaporn, Dodds, & Griffin, 2003).

    A aula um espao pblico, com a sua sequncia de acontecimentos testemunhados, e

    atuaes julgadas pela sua competncia e pela sua justia. Os professores, em especial os novatos,

    so testados e inspecionados na sua capacidade de gerir, isto de criar e manter uma ordem

    produtiva na aula (Fenwick, 1998).

    A primeira fase da carreira de ensino , nesta medida, considerada uma fase de sobrevivncia,

    uma fase de ultrapassagem do choque da prtica, ou choque da realidade, em que as crenas e as

    expetativas ingnuas dos professores novatos so abaladas e a falta de experincia e de recursos

    para gerir o andamento da aula cruamente posta prova (Veenman, 1984; Fernandez Balboa,

    1990).

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    O stresse assim provocado e a falta de maleabilidade e de sistematicidade de regras e rotinas

    explicam a propenso para adoptar comportamentos extremos e inconsequentes, ora para

    contemporizar com comportamentos inaceitveis dos alunos, ora para impor castigos desajustados

    sobre comportamentos de indisciplina triviais (Fink & Siedentop, 1989).

    Os professores tendem a atribuir as causas da indisciplina a fatores externos (caractersticas

    pessoais dos alunos, falta de educao e alheamento dos pais, ambiente familiar desestruturado),

    mais do que a fatores internos (Goyette, Dore, & Dion, 2000; Miller, Ferguson, & Moore, 2002).

    Este tipo de atribuio desresponsabilizadora pode ter um efeito indesejado de inibio da

    procura de recursos para solucionar os problemas de disciplina enquadrveis na esfera da interao

    pedaggica na sala de aula (Fernandez-Balboa, 1990).

    Cloes et al. (1998) sugerem que os professores inexperientes, por falta de confiana, por

    menor capacidade de preveno e controle do comportamento dos alunos, acabam por recorrer

    mais frequentemente a estratgias punitivas. Em todo o caso, problemas graves de indisciplina na

    aula de educao fsica parecem ser relativamente raros.

    NAGEL (1985) explica que a educao serve para atender a sociedade predominante e que

    est totalmente ligada viso que os homens tm sobre sociedade, trabalho e sobre os prprios

    homens. A mesma autora afirma que em determinados momentos histricos, a sociedade expressa

    o momento especfico vivido pela humanidade.

    NAGEL, (1985, p. 3) assevera que a educao sempre atendeu aos preceitos da classe

    dominante e est totalmente ligada viso que os homens tm sobre a sociedade, o trabalho e os

    prprios homens. A autora ainda afirma que a sociedade expressa o momento especfico vivido pela

    humanidade e nos relata de forma sucinta a organizao social de cada perodo da histria humana.

    A literatura educacional indica que, no Brasil, a fase inicial da escolaridade tem se constitudo

    em momento de intensa seletividade, pois cada vez mais se observa elevado nmero de crianas

    que, devido s dificuldades acentuadas de aprendizagem ou problemas de comportamento,

    acabam, muitas vezes, margem do processo de escolaridade, ou o abandonam. Segundo alguns

    estudiosos, a escola tem mostrado uma gradativa faceta perversa ao propiciar a excluso social de

    muitos que nela ingressam (COLLARES; MOYSS, 1996; MOLL, 2005; PATTO, 1991).

    Como cita Aquino (1996, p. 40): [...] a viso hoje, quase romanceada da escola como lugar de

    florescimento das potencialidades humanas parece ter sido substituda, s vezes, pela imagem de

    um campo de pequenas batalhas civis; pequenas, mas visveis o suficiente para incomodar. Tais

    batalhas interferem na maneira de os professores pensarem a sala de aula.

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    Os estudos mostram que para os educadores necessrio organizao e normatizao das

    atividades e das relaes em sala de aula para que a aprendizagem dos contedos curriculares se

    efetive, o que implica submisso e adequao de comportamentos segundo expectativas docentes.

    O fracasso na constituio da disciplina na escola se revela para os docentes um entrave para o

    desenvolvimento do trabalho pedaggico, para a qualidade de ensino e para a formao tica dos

    alunos, como analisado por Roure (2001).

    Conforme Parrat-Dayan (2008, p. 64), [...] mais eficaz se aproximar calmamente de um

    aluno e pedir para retomar seu trabalho que chamar a sua ateno em voz alta na frente de todos.

    [...]. A forma como se estabelece a relao professor-aluno a base para o enfrentamento dessas

    questes.

    Segundo Saviani (2005, p. 118), at mesmo a forma com que eram organizadas as carteiras

    em sala de aula, tinha a ver com esse autoritarismo onde o poder centralizado no professor. So

    fixas e voltadas para um determinado ponto onde se encontra o professor (...) por isso uma sala

    silenciosa, de paredes opacas.

    H escolas que so gaiolas.

    H escolas que so asas.

    Escolas que so gaiolas existem para que os pssaros desaprendam a arte do vo.

    Pssaros engaiolados so pssaros sob controle.

    Escolas que so asas no amam pssaros engaiolados.

    O que elas amam so os pssaros em vo.

    Existem para dar aos pssaros coragem para voar.

    Rubem Alves