Trabalho Sobre Fan

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FAN ANTICORPOS ANTINUCLEARES Discentes: Aline Alves ,Daiane Alves,Juliana Farias,Julcicleide Alvarez,Verônica Maiara Turma=AC 28

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FAN ANTICORPOS

ANTINUCLEARES

Discentes:

Aline Alves ,Daiane Alves,Juliana Farias,Julcicleide Alvarez,Verônica

Maiara

Turma=AC 28

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O QUE É O FAN(FATOR ANTINUCLEAR)

É um grupo de auto-anticorpos descobertos na década de 1940 em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico.

Como o próprio nome já sugere, o FAN são anticorpos contra os núcleos das nossas células.

O FAN não é um único anticorpo, ele é um conjunto de anticorpos contra diferentes estruturas das células.

Existem vários tipos de FAN, cada um deles associado a um tipo de doença autoimune diferente.

É um exame habitualmente solicitado para os pacientes que estão com suspeita de uma doença autoimune.

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Para entender os resultados do FAN, é preciso saber como ele é dosado.O primeiro passo é pegar o sangue do paciente e marcar os anticorpos presentes com uma substância fluorescente.

A seguir mistura-se esse sangue contra uma cultura de células humanas e vai-se ao microscópio.

Se houver anticorpos contra estruturas da células humanas, estes irão se fixar as mesmas ficando fluorescentes. Se o anticorpo é contra o núcleo, a imagem no microscópio será de vários núcleos fluorescentes.

Se for contra o citoplasma da células, vários citoplasmas brilhando, e assim em diante. Se não houver auto-anticorpos, nada ficará fluorescente.

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SM Os auto-anticorpos anti-Sm ("Smith") são dirigidos

contra ribonucleoproteínas de baixo peso molecular. Estão presentes em 20 a 30% de pacientes de LES, geralmente acompanhados de positividade para outros anticorpos, entre eles o anti-RNP. Em contraste com os auto-anticorpos anti-DNA de dupla hélice, que tendem a apresentar níveis flutuantes em paralelo à atividade da doença, os auto-anticorpos anti-Sm não variam muito com o passar do tempo. Sua presença correlaciona-se com o padrão pontilhado grosso na pesquisa de AAN por imunofluorescência indireta. Podem ser encontrados também, embora mais raramente, em outras doenças do tecido conjuntivo, como a DMTC. É considerado um marcador diagnóstico do LES.

Sua positividade em outras patologias que não as do tecido conjuntivo tem sido descrita em alguns estudos que relatam sua presença em gamopatias monoclonais e uveítes.

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RNP Os auto-anticorpos anti-RNP são encontrados

em altos títulos na doença mista do tecido conjuntivo (DMTC). São úteis como marcadores para a DMTC, já que são detectados em altos títulos em 90% dos pacientes com essa patologia. Podem apresentar-se positivos também, porém com menos frequência, no LES, ESP, SS, artrite reumatóide e polimiosite.

Nos pacientes com LES, os auto-anticorpos anti-RNP apresentam-se positivos em cerca de 26 a 40% dos casos, geralmente com outros anticorpos antinucleares também positivos. Sua presença no LES é considerada indício de bom prognóstico, pois indica menor probabilidade de lesão renal.

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SS-A/Ro - SS-B/La São anticorpos relacionados a uma classe de

partículas de ribonucleoproteínas que são compostas por pequenos ácidos ribonucleicos.

A detecção de auto-anticorpos SS-A/Ro é possível em aproximadamente 60 a 70% dos pacientes com síndrome de Sjögren, e, com menor frequência, na artrite reumatóide, nas vasculites associadas à síndrome de Sjögren, em outras doenças do colágeno e em cerca de 5% da população hígida. Estão presentes em 40 a 50% de LES, em quase 100% dos casos de mães com filhos com lúpus neonatal e também nos casos da forma cutânea subaguda do lúpus.

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A presença de anti-SS-B/La se dá em 40 a 50% dos casos de síndrome de Sjögren e em 6 a 15% dos casos de LES. No lúpus neonatal, quase sempre são detectados auto-anticorpos SS-A/Ro na mãe. Cerca de 2% de crianças nascidas de mães com auto-anticorpos SS-A/Ro apresentam a patologia.

Na maioria das patologias em que se encontram presentes, os anticorpos anti-SS-A/Ro são identificados com maior frequência do que os anti-SSB/La. Na síndrome de Sjögren, em cerca de 50% dos casos os auto-anticorpos SS-A/Ro estão acompanhados da presença de anti-SS-B/La.

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Scl 70 Na literatura atual, os anticorpos anti-Scl 70 são

identificados como antitopoisomerase I. Estão presentes em 64 a 75% de pacientes com ESP, mas só são vistos, raramente, na síndrome de CREST (calcinoses, dismotilidade esofagiana, fenômeno de Raynaud, esclerodactilia, telangicectasia), em poucos casos de fenômeno de Raynaud primário (10%), na síndrome de Sjögren (5%) e em cerca de 1% dos casos de DMTC e LES. É considerado marcador diagnóstico da ESP.

A presença desses anticorpos aumenta em aproximadamente 17 vezes o risco de desenvolvimento de fibrose pulmonar em pacientes com quadro de esclerodermia. Esse risco implica a necessidade de monitoração mais frequente da função pulmonar.

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JO-1 Anticorpos contra o antígeno Jo-1 (sintetase-

1,2-de histidil-tRNA) são encontrados em aproximadamente 30 a 50% dos pacientes adultos com miosites, incluindo polimiosite, dermatomiosite e as síndromes superpostas. Aparecem em cerca de 60% dos casos de miosite e de doença intersticial pulmonar. A presença de anticorpos anti-Jo-1 em pacientes com polimiosite idiopática normalmente é acompanhada de doença grave, tendência a recidiva e mau prognóstico. Na miosite juvenil com presença de anti-Jo-1, as manifestações clínicas e o curso de doença e resposta à terapia são semelhantes à evolução nos adultos. É considerado marcador diagnóstico de polimiosite.

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Anticentrômero Os anticorpos anticentrômero (AAC) são um subgrupo distinto

dos anticorpos antinucleares detectáveis, utilizando como substrato células de cultura de tecidos. Pacientes anticentrômero-positivos não apresentam as características mais graves da esclerose sistêmica progressiva, como a doença renal. Por isso, a positividade parece indicar um prognóstico mais favorável.

São encontrados em cerca de 22% dos pacientes com esclerose sistêmica progressiva e estão positivos em cerca de 70% dos casos de síndrome de CREST e em cerca de 12% dos pacientes com cirrose biliar primária, dos quais aproximadamente 50% apresentam características de esclerodermia. Por outro lado, a esclerodermia, sob a forma da síndrome de CREST, está presente em cerca de 4% dos casos de cirrose biliar primária.

Os casos de esclerodermia limitados à síndrome de CREST que cursam com AAC positivo apresentam, com mais frequência, calcinose e telangiectasias. Em tais casos, é menor a ocorrência de fibrose pulmonar intersticial.

Os pacientes que apresentam fenômeno de Raynaud e AAC positivo sugerem a possibilidade de desenvolvimento da síndrome de CREST.

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No laboratório consegue-se identificar todos os anticorpos circulantes neste sangue. Com um corante fluorescente o laboratório marca cada um destes anticorpos. Depois, mistura-se este sangue em um recipiente com uma cultura de células humanas (chamadas de Hep2).

Se auto-anticorpo for contra o citoplasma das células, vários citoplasmas ficarão brilhando, e assim por diante. Se não houver auto-anticorpos, nenhuma parte das células ficará fluorescente, caracterizando um FAN não-reativo. Os resultados são repetidos após várias diluições do sangue, até a fluorescência desaparecer. Resultados positivos são aqueles que permanecem brilhando mesmo após 40 diluições (resultado 1/40 ou 1:40). Portanto, um FAN reagente 1/40 significa que o auto-anticorpo foi identificado mesmo após diluirmos o sangue 40 vezes.

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Existem mais de 20 padrões diferentes de Imunofluorescência.

Cada um descreve o modo como as células humanas foram coradas pelos anticorpos fluorescentes.

Alguns padrões são típicos de doenças, como Lúpus, esclerodermia, artrite reumatoide e síndrome de Sjögren. Outros são inespecíficos e podem estar presentes em pessoas normais.

Os padrões mais comuns do FAN e suas prováveis patologias, são:

Nuclear pontilhado Centromérico = Esclerodermia ou Cirrose biliar primária.

Nuclear homogêneo = Lúpus, Artrite Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil, Síndrome de Felty ou Cirrose Biliar Primária.

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Nuclear tipo membrana nuclear contínua= Lúpus, Hepatite auto- imune.

Nuclear pontilhado fino Denso= Inespecífico, pode estar presente em várias doenças auto- imune e também na Cistite Intersticial, Dermatite Atópica, Psoríase e Asma.

Nuclear pontilhado grosso= Doença Mista do Tecido Conjuntivo, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Esclerose Sistêmica e Artrite Reumatoide.

Nucleolar pontilhado= Esclerose Sistêmica. Citoplasmático pontilhado reticulado=

Cirrose Biliar Primária e Esclerose Sistêmica. Citoplasmático pontilhado fino=

Polimiosite e Dermatomiosite.

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É preciso saber interpretar os resultados do Fator antinuclear. Um mesmo padrão pode significar várias doenças auto- imunes diferentes, e dependendo do caso não significa nada.

O FAN precisa ser avaliado junto com o quadro clínico do paciente. É importante lembrar que doente é um todo e não um resultado de uma reação química em um pedaço de papel. As associações descritas acima são possibilidades e não fatos consumados.

O Fator antinuclear sozinho não faz diagnóstico de nada. Este é um exame que não dá para ser avaliado á distância.

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As doenças mais associadas com Fator antinuclear positivo são as doenças auto-imunes sistêmicas como o Lúpus e a Esclerodermia (esclerose sistêmica). O FAN pode ser positivo também em doenças auto-imunes restritas à alguns órgãos como na Tireoidite de Hashimoto e na hepatite auto-imune. Podemos também ter resultados positivos em doença que não são auto-imunes como mononucleose, HIV, linfomas, e tuberculose.

Uma vez que se tenha um FAN positivo, associado a um quadro clínico que sugira doença auto-imune, deve-se solicitar a pesquisa de auto-anticorpos específicos para tentar definir exatamente com qual doença auto- imune estamos lidando. O FAN indica a presença de um auto anticorpo, mas não defini qual.

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Por exemplo, um FAN sugestivo de lúpus indica a pesquisa do Anticorpo anti-DNA nativo. Na suspeita de Sjögren solicita-se o Anticorpo anti SS-A/Ro e Anticorpo anti SS-B/La. Na Esclerodermia dosa-se o Anticorpo anti-centrômero etc...

Portanto, o Fator antinuclear é um exame de triagem das doenças auto-imunes. Não é para ser usado como exame final e só deve ser pesquisado se houver suspeita de patologia auto-imune.

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REUMATOLOGIA / DOENÇAS AUTO- IMUNEAnticorpos antinucleares Eloisa Bonfá e Vilma ST Viana

INTRODUÇÃO: O sistema imunológico tem como principal função a proteção do indivíduo através de mecanismos específicos que reconhecem antígenos (patógenos, proteínas ou outras moléculas) estranhos ao hospedeiro. Entretanto, resposta anormal a componentes próprios pode ser desencadeada pela quebra do controle ativo de tolerância imunológica resultando na produção de células T ou de anticorpos autorreativos e eventualmente lesão tecidual. Os ensaios desenvolvidos para a detecção de auto-anticorpos são os mais amplamente utilizados para se determinar autorreatividade, por serem fáceis, rápidos e reproduzíveis.

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A importância da detecção e caracterização dos auto-anticorpos nas doenças difusas do tecido conectivo baseia-se na contribuição de muitos deles no diagnóstico e monitoramento dessas patologias sendo úteis também na discriminação de subgrupos de pacientes. Os anticorpos anti-nucleares constituem-se num grupo bastante heterogêneo de auto-anticorpos quanto sua especificidade antigênica. De fato, os antígenos alvos são constituintes nucleares ou citoplasmáticos, com algumas características comuns: são altamente conservados evolucionariamente e com função biológica relevante no ciclo celular, transcrição e na síntese protéica.

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Quanto à sua natureza, compõe um grupo amplo de moléculas como ácidos nucléicos (DNA), proteínas solúveis ou constitucionais de partículas subcelulares ou ainda complexos formados principalmente de proteínas com ácidos nucléicos (DNA e RNA). A denominação destes antígenos baseia-se na sua localização na célula (nucleolar, centromérico), na natureza molecular do mesmo (U1RNP, complexo ribonucleoprotéico de RNAs pequenos ricos em uracila, DNA), no nome do paciente no qual o anticorpo específico foi descrito inicialmente (Sm, Ro, La, Jo-1) ou ainda nas iniciais da doença onde o anticorpo correspondente foi detectado pela primeira vez (SS-A ou SS-B de síndrome de Sjögren, Scl-70 de esclerodermia).

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1- Fatores Antinucleares (FAN): Compreendem um grupo de auto-anticorpos bastante heterogêneo quanto sua especificidade antigênica. São dirigidos para componentes intracelulares com distribuição nuclear ou citoplasmática.

Método: O teste de imunofluorescência indireta (IFI) utilizando como substrato antigênico, fígado de camundongo ou linhagem celular humana, célula HEp-2, é o mais comumente empregado na detecção desses auto-anticorpos. Tanto a sensibilidade como a identificação e discriminação dos padrões de reatividade dos anticorpos, são melhores quando o ensaio é realizado sobre células isoladas HEp-2 comparativamente a seções ou imprint teciduais. Os resultados baseiam-se no padrão e na distribuição celular da fluorescência observados e são expressos em títulos (maior diluição do soro que ainda apresenta reatividade).

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Interpretação: A utilidade do teste do FAN se baseia na sua sensibilidade e facilidade de execução mas não na sua especificidade. Embora sua análise auxilie o diagnóstico da doença, não é de grande valor no acompanhamento da mesma, existindo outros testes mais específicos para este fim. Os padrões de fluorescência de FAN podem, na maioria das vezes, sugerir mas não confirmar, a presença de determinados auto-anticorpos:

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Nuclear Homogêneo: Esta reatividade sugere a presença de anticorpos anti-DNA nativo (anti-dsDNA) específicos do LES, anti-DNA-histona ou anti-nucleossomal , anti-histona anti-DNA de fita simples (anti-ssDNA) principalmente quando em altos títulos (Figura 2). Além disso, este mesmo padrão na IFI quando em baixos títulos, pode também indicar a ocorrência de auto-anticorpos em doenças neoplásicas e infecciosas crônicas, porém sua especificidade antigênica ainda não está definida.

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Nuclear Periférico: Este padrão está associado à presença de auto-anticorpos anti-dsDNA predominantemente. No entanto, pode também estar relacionado aos anticorpos anti-ssDNA ou DNA-histona (nucleossomal) (Figura 3).

Nuclear Pontilhado: Reatividade característica dos auto-anticorpos dirigidos às proteínas nucleares extraíveis com sal (ENA) como Sm específico do SLE, U1RNP, Ro/SS-A e LA/SS-B (Figura 4).

Nucleolar: Este padrão é observado mais frequentemente com soro de pacientes com esclerose sistêmica progressiva (ESP) e, está associado, a anticorpos anti-ribonucleoproteínas tais como a RNA polimerases 1, 2 e 3 (Figura 5).

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Centromérico: A imunofluorescência com um padrão pontilhado discreto e disperso em número de 46 pontos pelo núcleo da célula em repouso e, que se alinha com os cromossomos na placa metafásica da célula em divisão, é altamente específico dos anticorpos dirigidos aos constituintes do centrômero (ACA). Estes são detectados em cerca de 70% dos pacientes com CREST.

Citoplasmático:A fluorescência pontilhada densa com distribuição citoplasmática em células HEp-2 sugere fortemente a presença de anticorpos para a proteína P ribossômica detectados exclusivamente no LES.

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A frequência de FAN nas diferentes doenças do tecido conectivo bem como os padrões de imunofluorescência mais comumente encontrados podem ser observados na Tabela.

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Doença Padrão Frequência

LES H, PE, PONT 90

DMTC Pont 90

Lúpus por drogas H 90

ESP Pont, Nucleolar 70

Síndrome de Sjogren

Pont 70

Polimiosite Pont 70

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Homogêneo Periférico NT- Pontilhado Padrões de fluorescência mais frequentemente

observados nas diferentes doenças reumatológicas.

2- Anti-DNA nativo: Método: O método mais difundido em nosso

meio é o de imunofluorescência indireta, utilizando a Crithidia luciliae como substrato antigênico. A fluorescência é restrita ao cinetoplasto deste microrganismo, organela localizada próxima ao flagelo, sendo altamente específica para o anticorpo anti-DNA nativo. Existem ainda outros testes para a detecção deste anticorpo como o método de Farr, ELISA etc.

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Interpretação: O anticorpo anti-DNA nativo é considerado marcador do lúpus eritematoso sistêmico. Além disso, os títulos deste anticorpo podem estar associados à atividade de doença, sendo, portanto, importante sua determinação no acompanhamento do paciente lúpico.

3- Anticorpos dirigidos a outros constituintes celulares:

Método: Os métodos de imunodifusão, contra-imunoeletroforese e hemaglutinação passiva utilizando antígenos recombinantes purificados ou extratos teciduais brutos, são os mais difundidos em nosso meio para a detecção de anticorpos para as proteínas Sm, RNP, Ro/SSA, La/SSB, Scl-70 e Jol. A contra-imunoeletroforese é mais sensível que a imunodifusão e é um método altamente específico.

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Por outro lado, a hemaglutinação tem a vantagem da simplicidade e rapidez na execução. Os métodos de ELISA e RIE (radioimunoensaio) podem ser utilizados, porem a especificidade esta' relacionada com o grau de purificação dos antígenos. Além destes, o teste de immunoblotting utilizando extratos brutos de células HeLa têm contribuído sobremaneira para a identificação desses anticorpos bem como na caracterização de novos auto-antígenos.

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Interpretação: Alguns anticorpos são considerados marcadores de doença, como ilustrado na Tabela 3 e, sua frequência nessas patologias é, no entanto, variável. A determinação do perfil antigênico dos diferentes auto-anticorpos no paciente é uma conduta que merece ser considerada. Existem doenças que são caracterizadas pela restrição da especificidade dos auto-anticorpos como a DMTC, onde a presença do anticorpo anti-RNP em altos títulos e isoladamente sugere fortemente o diagnóstico da doença. Por outro lado, no lúpus eritematoso o perfil de auto-anticorpos é múltiplo ou seja, apresentam amplo espectro antigênico. A Tabela 3 ilustra também os diferentes auto-anticorpos encontrados em determinadas doenças do tecido conectivo bem como sua frequência nas mesmas.

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Antígeno Doença Frequência

DNA nativo LES > 65

DNA fita simples LES 80

Lúpus por droga 60

DRe 50

Hepatite 30

RNP DMTC 100

LES 32

SM LES 35*

LA/SS-B S.Sjogren 40

LES 15

S.Sjogren 60

SCI-70 ESP 70*

Centromérico CREST 70*

JO-1 Polimiosite 25*

Proteína P ribossômica

LES 25*

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Tabela: Anticorpos antinucleares e anticitoplasmáticos nas doenças difusas do tecido conectivo

IMPORTANTE Procure o seu médico para diagnosticar

doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

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