Trabalho Tig Suspensão

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PROJETO MINI-BAJA: SUSPENSÃO PROJECT MINI-BAJA: SUSPENSION Cristina Silva Gonçalves 1 ; Lidinalva Silva dos Santos 2 ; Maycon Sulyvan da Silva Jacinto 3 Euzébio de Souza 4 (Orientador) Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG 1 [email protected]; 2 [email protected]; 3 [email protected]; 4 [email protected] RESUMO: O projeto Baja SAE foi realizado no Brasil pela primeira vez em 1995, e promove aos estudantes da área de tecnologia e engenharia a oportunidade de explorar sua capacidade de projetar e construir veículos do tipo off- road almejando sua participação nas competições nacionais e internacionais. Este artigo teve como objetivo apresentar o desenvolvimento do estudo do sistema de suspensão para veículos Mini Baja, ao qual nos levou explorar o conhecimento a esse respeito. Na montagem do leque superior dianteiro observamos que o processo de desenvolvimento precisa ser avaliado cuidadosamente cada item considerado indispensável para o bom andamento do projeto. PALAVRAS-CHAVE: Suspensão, Mini Baja, Competição. ABSTRACT: The Baja SAE project was carried out in Brazil for the first time in 1995, and promoted to students of engineering and technology an opportunity to explore their ability to design and build vehicles off-road type targeting their participation in national and international competitions. This article aims to present the development of the study of the suspension Mini Baja vehicle, which led us to explore knowledge about this system. When installing the upper front range we observed that the development process needs to be carefully evaluated each item considered essential to the smooth running of the project. KEYWORDS: Suspension, Mini Baja Competition. ______________________________________________________________________ ______ 1 INTRODUÇÃO A Society of Automotive Engineers (SAE), com sede nos EUA, promove desde 1976 eventos Baja SAE, tendo como objetivo explorar a capacidade dos alunos de projetar e construir veículos protótipos do tipo off-road para se apresentarem e disputarem na competição. Realizado pela primeira vez no Brasil em 1995, conta com a presença de equipes nacionais. Este promove aos estudantes dos diversos segmentos da engenharia a

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Pesquisa realizada sobre suspensão Baja

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PROJETO MINI-BAJA: SUSPENSÃO

PROJECT MINI-BAJA: SUSPENSION

Cristina Silva Gonçalves1; Lidinalva Silva dos Santos2; Maycon Sulyvan da Silva Jacinto3

Euzébio de Souza4 (Orientador)

Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]

RESUMO: O projeto Baja SAE foi realizado no Brasil pela primeira vez em 1995, e promove aos estudantes da área de tecnologia e engenharia a oportunidade de explorar sua capacidade de projetar e construir veículos do tipo off-road almejando sua participação nas competições nacionais e internacionais. Este artigo teve como objetivo apresentar o desenvolvimento do estudo do sistema de suspensão para veículos Mini Baja, ao qual nos levou explorar o conhecimento a esse respeito. Na montagem do leque superior dianteiro observamos que o processo de desenvolvimento precisa ser avaliado cuidadosamente cada item considerado indispensável para o bom andamento do projeto.

PALAVRAS-CHAVE: Suspensão, Mini Baja, Competição.

ABSTRACT: The Baja SAE project was carried out in Brazil for the first time in 1995, and promoted to students of engineering and technology an opportunity to explore their ability to design and build vehicles off-road type targeting their participation in national and international competitions. This article aims to present the development of the study of the suspension Mini Baja vehicle, which led us to explore knowledge about this system. When installing the upper front range we observed that the development process needs to be carefully evaluated each item considered essential to the smooth running of the project.

KEYWORDS: Suspension, Mini Baja Competition.

____________________________________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

A Society of Automotive Engineers (SAE), com sede

nos EUA, promove desde 1976 eventos Baja SAE,

tendo como objetivo explorar a capacidade dos alunos

de projetar e construir veículos protótipos do tipo off-

road para se apresentarem e disputarem na

competição.

Realizado pela primeira vez no Brasil em 1995, conta

com a presença de equipes nacionais. Este promove

aos estudantes dos diversos segmentos da

engenharia a oportunidade de desenvolver um

trabalho em equipe e adquirir experiência profissional

através da participação em todas as etapas do

desenvolvimento de um protótipo recreativo, fora de

estrada (off-road), monoposto, robusto, objetivando

sua participação em competições nacionais e

internacionais.

Anualmente são realizadas competições regionais e

uma nacional, que habilita a equipe campeã e a vice,

a participarem do evento internacional.

As equipes precisam ter seus valores construídos na

educação esportiva, pois independente da modalidade

o comportamento do competidor é seu bem maior

nesse complexo mundo do alto rendimento. Seja qual

for a razão que leva alguém a entrar numa disputa, ela

jamais deve se sobrepor ao comportamento ético.

Dissimulações, manobras, rasteiras e mentiras devem

ficar de fora da luta pelo pódio. 

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Durante a competição as equipes serão submetidas a

provas que visam à avaliação de projeto cálculos,

análises, resultados de testes, considerações de

custos e avaliações de desempenho como aceleração,

velocidade máxima, tração e suspensão e enduro de

resistência.

Os protótipos também serão avaliados desde sua

criação e projeto até sua construção e capacidade de

produção, se consagrando como campeã aquela que

somar o maior número de pontos. Desde o projeto até

o carro já pronto, os integrantes devem obedecer às

normas estabelecidas pela SAE.

A suspensão é um sistema importante para os carros

comuns e também os da competição Mini Baja. Com a

função de absorver as vibrações. É elemento vital

para assegurar os níveis pretendidos de estabilidade

do veículo, nas freadas, em curvas, e em situações

onde o melhor comportamento do veículo.

Sabendo de sua relevância escolhemos essa estrutura

para ser estudado nesse trabalho

2 PROBLEMA DE PESQUISA

Entender as características construtivas da

suspensão.

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

É necessário um estudo detalhado, para o

desenvolvimento do trabalho e para o entendimento

do funcionamento da suspenção, pois isso contribuirá

para determinar suas limitações e vantagens.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

A realização deste trabalho tem o objetivo de analisar

e estudar a aplicação da suspenção nos veículos de

competição do Mini Baja, não saindo dos pré-

requisitos do SAE Brasil.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pesquisar os componentes da suspenção

Duplo A e seu funcionamento.

Pesquisar os materiais necessários.

Criar uma das partes da suspenção para

entender na pratica o seu funcionamento e

construção da mesma.

4 JUSTIFICATIVAS

A relevância deste estudo se justifica pelos seguintes

motivos:

O estudo dos sistemas de suspensão visa

garantir segurança e estabilidade oferecendo

assim um melhor desempenho para os

veículos competição.

Esse projeto poderá contribuir para

comunidade acadêmica, a fim de desenvolver

e ou melhorar o sistema já existente.

Para os pesquisadores esse projeto é uma

forma de desenvolver a capacidade de

trabalhar em equipe de cada integrante do

grupo, bem como tem a função de

proporcionar aprendizado prático e

conhecimento, aliando o que foi aprendido nas

aulas ministradas no curso de engenharia

mecânica.

6 METODOLOGIA

Este trabalho é classificado como pesquisa

exploratória devido às características como as quais

ele vem sendo formulado. De acordo com DUARTE,

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(2014) Pesquisa exploratória é a sondagem, com

vistas a aprimorar ideias, descobrir intuições e,

posteriormente, construir hipóteses. 

Os procedimentos foram iniciados com uma pesquisa

no assunto e logo por uma revisão bibliográfica, que

teve por objetivo ampliar o conhecimento do grupo

sobre o tema, além de obter dados para a discussão

dos procedimentos para uma melhor elaboração do

projeto.

Com base nas orientações para executar o projeto, o

primeiro passo consistiu - se analisar os estudos e

competições já realizadas, levando em consideração a

mais adequada suspenção.

A próxima etapa consiste em entender as técnicas

construtivas associadas a construção das bandejas e

seleção dos componentes.

Executar testes para avaliação do desempenho.

7 INTRODUÇÃO TEÓRICA

O sistema de suspensão absorve por meio dos seus

componentes todas as irregularidades do solo e não

permite que trancos e solavancos cheguem até o

piloto, também é responsável pela estabilidade do

automóvel.

Os principais componentes do sistema de suspensão

são:

Molas;

Amortecedores;

Pinos esféricos (pivôs);

Bandejas de suspensão.

Segundo o portal CLUBE R19, 2012, sem as molas e

os amortecedores que permitem a movimentação

controlada do sistema, o desconforto seria enorme,

principalmente em pisos irregulares iguais os da

competição Baja, e os fortes impactos diminuiria muito

a vida útil do veiculo.

Com os impactos, há sofrimentos tanto para o piloto

como para o automóvel. No automóvel podem vir a

causar trincas na sua estrutura, que praticamente

comprometeria todo o veículo.

Molas e amortecedores trabalham em conjunto. A

mola absorve os impactos sofridos pelas rodas e os

amortecedores seguram a sua distensão brusca,

evitando oscilações no veículo.

Toda energia absorvida pelas molas é liberada por

meio de oscilações, o que também gera desconforto,

além de comprometer a segurança, já que durante as

oscilações, há perda de aderência das rodas com o

solo, o que torna perigoso a condução do veículo,

principalmente nas curvas.

Os amortecedores limitam as oscilações, frenando a

abertura e fechamento da suspensão, tornado a

dirigibilidade muito mais segura e estável.

Os pivôs de suspensão fazem a ligação entre as

partes suspensas chassi, carroceria e as partes não

suspensas como a manga de eixo, cubo de roda. Eles

recebem grandes cargas e esforços durante a

aceleração, frenagem e curvas, e, em alguns casos,

também suportam o peso do veículo. O braço de

suspensão ou a bandeja permite a articulação das

rodas na suspensão.

As bandejas são peças fundamentais tanto para

veículos que usam suspensão ponte rígida. Nesses

sistemas, as bandejas têm a função de proporcionar

uma perfeita harmonia entre estabilidade, segurança e

conforto na condução do veículo. As bandejas têm

importante papel no perfeito trabalho dos demais

componentes da suspensão, assim se, por exemplo,

uma das bandejas estiver amassada ou trincada, a

dirigibilidade do veículo ficará totalmente

comprometida.

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7.1 SUSPENSÃO DUPLO A

A suspenção Duplo A é a mais utilizada em carros de

competição de diversas categorias, pois possui uma

grande resistência que possibilita um melhor controle

dos parâmetros geométricos ao longo de todo o curso

do seu funcionamento e proporciona também um

ajuste refinado das características relacionadas à

cinemática do trabalho de suspensão.

Conhecida no Brasil como Duplo A ou Braços

Sobrepostos e encontrados no mercado nacional, em

alguns sistemas dianteiros de caminhonetes, como a

Chevrolet D20, além de alguns sistemas traseiros

como o do Honda Civic 2011. Este conceito de

suspensão como o próprio nome diz se caracteriza por

ter dois braços de suspensão wishbones em inglês,

um superior e outro inferior. Esses braços podem ter a

forma de A ou de L, e possuem suas extremidades

ligadas ao chassi e na manga de eixo, buchas e

pivôs respectivamente intermediam essa ligação.

É um tipo de suspensão largamente utilizado em

carros de alto desempenho por

combinar facilidade de manutenção e uma grande

liberdade para ajuste de diversos parâmetros da

geometria da suspensão. Suas principais vantagens e

desvantagens citadas abaixo:

Vantagens: controle mais preciso do ângulo de

camber; pequena variação de bitola ao longo do

curso; pouca vibração transmitida à estrutura do

veículo; elementos resistentes; curso útil

alongado; possibilidade de configuração sobre-

esterçante ou subesterçante.

Desvantagens: necessidade de muito espaço para

instalação; custo elevado em comparação com os

outros sistemas; redundância de elementos de

ligação; necessidade de um dimensionamento

criterioso para o correto funcionamento.

Figura 1 – Detalhe da suspensão na sua visão lateral.Fonte: CARRO INFOCO, 2014.

QUADRO1 PARTES DA SUSPENSÃO.

1 CONJUNTO DE MOLA AMORTECIDA

2 CAMBAGEM

3 BRAÇO INFERIOR

4 PIVÔ INFERIOR

5 PONTA DE EIXO

6 MANGA DE EIXO

7 PIVÔ SUPERIOR

8 BRAÇO SUPERIOR

7. 2 COMPONENTES DA SUSPENSÃO DUPLO A

Dois braços ou bandejas de suspensão, dois terminais

articulados, a manga de eixo, ponta de eixo, cubo de

roda, roda, pneu, amortecedor, mola. Alguns destes

componentes não são exclusividades do tipo Duplo A

o que diferencia um sistema de outro é a forma com

que os componentes são dispostos e fixados no carro.

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Manga de eixo é o componente que faz a ligação dos

braços de suspensão e o cubo de roda é a peça que

fixa a roda no veículo.

Figura 2 – Detalhe da Manga de eixo na sua visão lateral.Fonte: AJUDA KART CROSS, 2012.

A manga de eixo é um elemento que não roda por

estar fixada nos braços de suspensão, e o cubo de

roda é um componente que gira juntamente com a

roda, torna-se necessária a existência de um elemento

de ligação entre esses dois elementos: esta é a

função da ponta de eixo.

A manga é a peça que fica entre os braços de

suspensão, porém para que os braços possam se

deslocar para cima e para baixo de forma suave, sem

causar danos à manga, é necessário um elemento de

ligação que possibilite este tipo de movimento. Se o

sistema for dianteiro, deve permitir ainda a rotação da

manga para esterçar a roda. A grande maioria dos

veículos encontrados no mercado utiliza uma peça

conhecida como pivô. Outra possibilidade é a

utilização de terminal rotular esférico.

A ponta de eixo é uma peça que passa por uma série

de rolamentos e fica fixa na manga de eixo ou no cubo

de roda, permitindo assim a rotação do cubo de roda.

O cubo de roda é um componente que fica móvel em

relação ao chassi, pois gira na mesma velocidade

angular que as rodas.

Figura 3 – Cubo da roda.Fonte: CLUBE DA RODA, 2014

Figura 4 – Detalhe dos Pivôs de Suspensão.Fonte: MUSA KCC, 2009.

Os últimos elementos a serem citados são os

amortecedores e molas. O conjunto destes dois

elementos é que tornará possível absorver os choques

e irregularidades do sistema.

As molas são responsáveis por armazenar energia,

enquanto os amortecedores serão responsáveis por

dissipar a energia armazenada. Caso um sistema

possua apenas molas sem amortecedores, irá oscilar

demasiadamente quando excitado e causar

desconforto ou até mesmo provocar a perda de

contato entre o pneu e o solo.

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Figura 5 – Amortecedor Pneumático.Fonte: SPORT BAY, 2014.

As molas geralmente aparecem de duas formas:

helicoidal e feixe de molas. O feixe de molas é

bastante utilizado em veículos pesados ou com

grande capacidade de carga, como caminhões, ônibus

e caminhonetes, apesar de já ter sido utilizado em

carros de passeio no passado. As molas helicoidais

são as mais comuns em veículos de passeio e

aparecem em quase todos os carros presentes no

mercado nacional.

Figura 6 – Molas Elicoidal.Fonte: SUSAN PNEUS, 2014.

Bitola origina-se do significado medida entre as faces

interiores das cabeças de dois carris, alguns

sinônimos como dimensão, escalar, medida entre

outros, ou seja, a mesma consiste em medir no centro

dos pneus entre uma extremidade a outra ligada pelo

mesmo eixo com a função principal de estabilizar o

veículo em suas manobras diversas.

A bitola de um veículo está diretamente

relacionada com a estabilidade do carro, bem

como a manobrabilidade. Quanto maior a

bitola, maior será a dificuldade de projetar um

veículo que contorne curvas de raio pequeno,

porém será mais fácil projetar um veículo que

seja estável em curvas e em altas

velocidades. (ALMEIDA, 2012).

8 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Com base nas teorias estudadas escolhemos o leque

superior dianteiro para fazer um protótipo, isso por ele

ser um importante componente da suspenção. Foi

desenvolvido um desenho esquematizado para termos

uma orientação de sua construção e estrutura. Tendo

como base as seguintes medidas 370 mm, 335 mm de

lateral e 70 mm no topo.

Figura 7: Desenho do protótipo em sua vista lateral.

Fonte: Professor Eusébio de Souza.

8.1 SELEÇÕES DOS MATERIAIS PARA O

PROTÓTIPO

Selecionado os materiais usados para construção do

protótipo. Com os diâmetros corretos, em uma loja

apropriada, comprou–se, dois tubos em ferro

galvanizado de 760 mm e uma chapa de 630 mm.

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Figura 8 – Materiais

Fonte: Autoria própria

Após a escolha dos matérias o grupo começou o

processo de montagem, medindo as peças,

respeitando as cotas e angulações do desenho da

Figura 7.

Figura 9: Tubo em sua vista lateral, 760 mm.

Fonte: Autoria própria.

Figura 10: Medida da parede, 2,69 mm.

Fonte: Autoria própria.

Figura 11: Medida externa, 21.4 mm Fonte: Autoria própria.

Figura 11: Medida interna, 15.52 mm Fonte: Autoria própria.

Ao analisar as medidas dos tubos, observou-se a

necessidade de algumas mudanças nas cotas do

projeto. Sendo que o tubo seria cortado em duas

partes de 335 mm, e após os ajustes essas medidas

passariam a ser de 480 mm. É preciso saber as

medidas corretas para evitar interferências.

O esboço foi feito e em seguida redesenhado no

programa Unigraphics NX 8 .5 como mostra a figura

12 abaixo.

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Figura 12: Desenho do projeto no Unigraphics NX 8 .5.

Fonte: Autoria própria.

Figura 13: Ajustando as medidas e angulações do

tubo para iniciar o corte da peça.

Fonte: Autoria própria.

Figura 14: Ajustando as medidas e angulações da

parte superior para iniciar o corte da peça.

Fonte: Autoria própria.

Tudo foi milimetricamente medido para não ocorrer

perda de material no processo de corte. Na montagem

do leque superior dianteiro precisávamos de dois

tubos de 480 mm para parte lateral, um tubo 70 mm

para ser fixado com solda em na parte superior e mais

dois pedaços de tubos de 42 mm, para ser adaptado

aos tubos maiores de 480 mm.

Toda etapa do corte realizada pelo grupo

acompanhado pelo nosso orientador, o professor

Euzébio de Souza.

Figura 15: Ajustando a peça na maquina de corte.

Fonte: Autoria própria.

Figura 16: O tubo já fixado pronto para o corte.

Fonte: Autoria própria.

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Figura 17: Momento do corte.

Fonte: Autoria própria.

Figura 18: Todos os tubos cortados.

Fonte: Autoria própria.

Depois de todos os cortes serem realizados as peças

estavam preparadas para a soldagem, mas antes era

necessário saber a angulação para o encaixe correto

dos tubos. E através de uma analise e com ajuda da

maquina de corte conclui–se que o ângulo correto

para fazer o corte é de 18°.

Figura 19: Momento do calculo da angulação.

Fonte: Autoria própria.

8.2 SOLDAGEM

A soldagem é o processo de união de materiais

usados para ter a união localizada de metais e não

metais, produzida por aquecimento até uma

temperatura adequada, é realizada com o calor de um

arco elétrico mantido entre a extremidade de um

eletrodo metálico revestido e a peça de trabalho.

Os tubos galvanizados que estamos trabalhando, são

revestidos com uma camada de zinco para protegê-los

contra o perigo de corrosão e prolongar sua vida útil.

O revestimento reforça-o, mas também dificulta no

momento da solda.

O motivo, é que tanto a temperatura do arco elétrico como a do maçarico de corte são superiores as temperaturas de fusão (4190C) e de vaporização do Zinco (9070C), razão pela qual estas operações danificam as zonas recobertas adjacentes aos cordões de solda e as bordas dos cortes, sendo necessário restaurar posteriormente estas zonas.(BBOSCH, 2011)

Para soldar os tubos galvanizados foi preciso antes

adoção de alguns métodos de segurança como:

O uso de máscara respiratória para cobrir rosto

enquanto você solda os canos galvanizados e também

o uso de luvas.

Lixou – se a galvanização na área onde os canos

foram soldados.

Houve a necessidade da montagem de um gabarito de

fixação para prender os tubos e não ocorrer perdas

nas angulações e medidas pré-definidas e os tubos

serem soldados na posição correta como mostra na

Figura 20 e 21.

Foi utilizado o eletrodo OK 4600 com base no seu

bom desempenho para soldas em tubos galvanizadas.

Há mais de 100 anos Oscar Kjelberg inventou o eletrodo revestido e deu origem à empresa que hoje é a ESAB e mundialmente conhecida

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linha de Eletrodos OK. Produzidos com a mais alta tecnologia e rigorosos padrões de qualidade, os Eletrodos OK são, hoje, o líderes no mercado. (SOLDAGEM E CORTE, 2014)

Figura 20: Gabarito em sua vista superior.

Fonte: Autoria própria.

Figura 21: Gabarito em sua vista superior.

Fonte: Autoria própria

Figura 22: Eletrodo ok 4600.

Fonte: Autoria própria

Para a ligação das peças do leque superior dianteiro

soldamos as extremidades dos tubos nas áreas

lixadas, utilizando o bico de solda na temperatura

adequada com os eletrodos de solda.

Figura 23: Junção das peças.

Fonte: Autoria própria

Após a soldagem a peça foi mantida no gabarito até

seu resfriamento total de forma de natural, sem

processo de tempera.

Figura 24: Peça após a soldagem.

Fonte: Autoria própria

Figura 24: Peça terminada.

Fonte: Autoria própria

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8.3 ESTATÍSTICA DA COMPETIÇÃO MINI BAJA

Realizamos uma pesquisa para saber quais equipes

foram destaques na competição SAE Baja Brasil entre

1995 a 2013.

Através de uma estatística quantitativa construímos o

quadro abaixo.

QUADRO 2: CAMPEÃS E VICE-CAMPEÃS

Baja SAE 25 EDIÇÕES Ano Campeã Vice - Campeã1995 EESC USP FEI1996 EESC USP Sem informações1997 EESC USP Sem informações1998 UFRN Sem informações1999 CEFET - MG UFRN2000 UFRN Sem informações2001 FEI EESC USP2002 FEI FEI2003 EESC USP FEI2004 MAUÁ FEI2005 FEI EESC USP2006 EESC USP Sem informações2007 FEI FEI2008 EESC USP Sem informações2009 FEI Sem informações2010 FEI FEI2011 FEI FEI2012 POLI - USP Sem informações2013 UFMG FEI

Com o QUADRO 2 podemos observar que a

faculdade FEI é uma das pioneiras da competição e

que mais conquistou títulos e ficando atrás dela a

EESC USP. Essas universidades sempre encararam

com muita seriedade a competição Baja SAE e

mesmo que elas não alcançassem a primeira

colocação se destacavam com inovações nos

veículos.

A FEI na 16ª Competição Baja SAE Brasil fez uso

intensivo de alumínio não ferroso em todo carro,

inclusive nos braços das suspenção que foi utilizado

com a intenção de ampliar a relação peso/resistência

do off-road., proporcionando maior aceleração, alto

desempenho dinâmico da velocidade e melhor

dirigibilidade. E em 2013 ela optou por usar a

suspensão traseira do tipo multi-link (tri-link) essa

tecnologia consiste em braços múltiplos para sustentar

o conjunto traseiro, gerando maior conforto e acima de

tudo, mais estabilidade e melhor nível de dirigibilidade.

De acordo com portal NOTICIAS AUTOMOTIVO, 2013

o conjunto multilink torna a suspensão traseira

independente em cada roda.

Essas características podem fazer a diferença na

competição.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolver do projeto, observamos a

necessidade de realização de estudos aprofundados

para compreendermos o funcionamento da

suspensão.

Para maior entendimento do projeto, escolhemos

realizar a montagem do Leque Superior Dianteiro por

este ser uma peça importante no conjunto de

suspenção, e vimos que todo processo precisou ser

desenhado e seguir medidas minuciosas para não

ocorrer interferências e não comprometer o

funcionamento do leque.

No percurso da fabricação do projeto e o protótipo,

observamos que deveríamos programar alguns

detalhes como dimensionamento e os materiais a

serem utilizados na montagem com o objetivo de

receber a força aplicada na suspensão e distribui-la de

maneira ordenada que não prejudique o

desenvolvimento do veículo.

Observando o protótipo final notamos que a parte

superior do leque está desalinhada, devido um

problema em uma das etapas onde cortamos primeiro

a base e em seguida soldamos, assim na hora da

montam gera problemas para fixar o leque. O que

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precisa ser feito para isso não acontecer é soldar com

o tubo inteiro e depois cortar de acordo com o

esquema da Figura 7.

9 REFERÊNCIAS

Portal SAE BRASIL. SP, 2014. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br/>. Acesso em Acesso em: 20 de Fevereiro de 2014.

Portal CARRO INFOCO, Anderson Dias, 2012. Geometria de Suspensão: A inclinação do Pino Mestre. Disponível em: <http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2012/07/geometria-de-suspensao-a-inclinacao-do-pino-mestre-kpi/>. Acesso em 10 de Março 2014.

Portal AJUDA KART CROSS, 2012. Um carro para trackdays. Disponível em:<http://musakcc.blogspot.com.br/2011/12/retrabalhos.html>. Acesso em: 10 de Março de 2014.

FREITAS, Luciano. Estudo Básico de uma suspensão do tipo DUPLO A, 2012. São Paulo. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA9S4AK/estudo-basico-suspensao-tipo-duplo-a>. Acesso em 10 de Março de 2014.

ALMEIDA, Daniel de Araújo. Dimensionamento cinemático e dinâmico de suspensão duplo a. Brasília, 2012. Disponível em: <http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/4137/1/2012_DanieldeAraujoAlmeida.pdf >. Acesso em: 13 de Março de 2014.

BBOSCH GALVANIZAÇÂO, 2011. Galvanização em foco: Disponível em: <http://www.bbosch.com.br/atividades.asp.> Acesso em. 22 de Maio de 2014

ESAB, Soldagem e corte Brasil, José Ângelo, 2000. Disponível em: < cemig.com. br>.Acesso em: 28 de Maio de 2014.

ABAL, Soldagem e corte Brasil, José Ângelo, 2000. Disponível em: < cemig.com. br>.Acesso em: 28 de Maio de 2014.

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