Trabalho Xintoísmo Final
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
O CAMINHO DOS DEUSES
YAMATO E O XINTOÍSMO: O JAPÃO NO SÉCULO III
CURITIBA
2013
FAGNER MACHADO
FELIPE TKAC
SAULO NASCIMENTO
O CAMINHO DOS DEUSES
YAMATO E O XINTOÍSMO: O JAPÃO NO SÉCULO III
Trabalho apresentado à disciplina de Teoria da História do Curso de Graduação em Licenciatura em História da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Orientador: Prof. Me. Fernando Fomy
CURITIBA
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................4
2.1 XINTOÍSMO....................................................................................................4
2.2 JAPÃO NO SÉCULO III..................................................................................4
2.3 O IMPERADOR DO JAPÃO NA ERA YAMATO.............................................5
3 CONCLUSÃO.................................................................................................6
REFERÊNCIAS...........................................................................................................7
ANEXO A – TABELA..................................................................................................9
ANEXO B – IMAGENS..............................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
A morte desde o período Paleolítico, a cerca de 35.000 antes da era Cristã, se
mostra como o maior questionamento do homem. Como forma de entendimento ele
busca respostas no místico, quando nasce o conceito de religiosidade.
Nas mais diversas civilizações a concepção religiosa reflete a sua sociedade,
como no Judaísmo, que no primórdio dos Hebreus eram em sua maioria pastores de
ovelhas, por essa razão eles criam no Deus como um “pastor dos homens”,
conforme aparece na Bíblia, “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”1.
Tanto quanto são as diferenças culturais entre o oriente e o ocidente são também as
suas crenças. As principais religiões ocidentais são o Judaísmo, Cristianismo e
Islamismo, e as orientais são Hinduísmo, Budismo e Xintoísmo, esta última nosso
objeto desta breve pesquisa.
Para compreender o Xintoísmo devemos nos ater ao contexto histórico do
Japão do século III, sua economia, sociedade, geografia e política. Dentro deste
contexto surge a questionável figura de Yamato, príncipe Õsu, que por ser um
guerreiro, não pode ser tornar imperador, mas recebe todas as honrarias e seu filho
acaba se tornando o décimo quarto imperador do Japão.
1 BIBLIA, V. T. Salmos. Português. Bíblia sagrada. Reed. Versão de João Ferreira de Almeida. Barueri: Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. Cap. 23, vers. 1
3
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 XINTOÍSMO
O Xintoísmo2 (Kami no Michi) que significa o caminho dos deuses é uma
religião animista3 instituída no Japão antigo, baseada no culto à natureza, e cujo
panteão abriga uma miríade de deuses (Kamis). A principal fonte é a arqueologia,
através do estudo dos túmulos antigos (Kofun), tumbas dedicadas para pessoas
influentes e de alta hierarquia, que datam do século III até a primeira metade do
século VII. Outra fonte são os livros Kojiki e Nihon Shoki, que contam através da
mitologia a história dos primeiros imperadores do Japão e legitimam a religião como
genuinamente japonesa a partir de um passado calcado no início dos tempos,
negando a influência Budista no Japão segundo Hobsbawm.
O Kami é à base da crença xintoísta, seu significado é geralmente traduzido
por deus, divindade ou espírito. Mas seu conceito tende a ser muito mais amplo para
seus cultistas. Os Kamis são entidades vinculadas a locais (Montanhas, vales, rios,
mares), elementos da natureza (Chuva, vento, fogo, sol, oceano e tempestades...) e
também a pessoas ou entes queridos. O conceito de dualidade não se aplica aos
Kamis, ainda que se tenham alguns que representam o mau, ele também pode
representar proteção.
As festividades e cerimônias que ainda são praticadas hoje, segue de acordo
com a tabela anexa a este artigo.
2.2 JAPÃO NO SÉCULO III
A economia no Japão tem em sua base a rizicultura, a pesca e a caça. A saca
do arroz é utilizada como moeda corrente. E o cultivo do bicho-da-seda se mostra
importante na produção têxtil.
A sociedade se organizava em clãs, o qual se relata no Kojiki vinte e oito
principais. O chefe do clã é o Xogun que desempenha o papel de proteger, zelar e
organizar a vida em sociedade. Podemos de forma superficial fazer uma
aproximação ao Feudalismo ocidental.
2 Anexo a este artigo segue tabela com as principais festividades e cerimônias.3 Animismo: Conceito de Georg Ernst Stahl – A vida animal é produzida por uma alma imaterial.
4
A localização geográfica do Japão, o formato de arquipélagos e suas
estruturas de cadeias de montanhas em quase todo o território, dificultavam um
poder centralizador.
Antes da unificação do Japão pelo príncipe Õsu, mais tarde Yamato Takeru
(Bravura de Yamato), a estrutura politica se dava através de clãs, segundo
Yamashiro, e o seu chefe era o já mencionado Xogun, essa estrutura vivia
ameaçada, pois as constantes guerras por territórios desestabilizavam a unidade do
Japão. A partir da unificação o governo se estabelece em unidades comunitárias, os
Uji e os Be, o primeiro era um clã ligado ao imperador, ou pelo sangue, religião ou
ainda político, estes o representavam nas províncias distantes, e recebiam o título
de Kabane. Os Be eram os trabalhadores sendo eles artesão, ferreiros e
responsáveis por quaisquer outras profissões ligadas a monarquia.
2.3 O IMPERADOR DO JAPÃO NA ERA YAMATO
O Imperador no Japão representa o elo do mundano com o divino (Mikado –
Porta Sublime), sendo considerado na cultura nipônica, mesmo nos dias atuais,
como a maior autoridade Xintoísta e descendente direto de Amaterasu, a Kami do
Sol, segundo Bath.
Ainda que questionável como fonte histórica o Nihon Shoki e o Kojiki, as mais
antigas escrituras japonesas, relatam desde o primeiro imperador japonês até o
trigésimo terceiro, assim como encontramos relatos de viajantes chineses e
coreanos. O Kojiki relata os feitos dos Imperadores e justifica seu vinculo divino,
base também da crença Xinto na tradução para o inglês de Camberlain.
Não é aceitável para o Xinto que o Imperador esteja vinculado a atos de
violência, então na Era Yamato, o filho do Imperador é quem gerencia a guerra da
unificação e nesse cenário surge Yamato Takeru4, filho de Keikõ de Yamato, o
décimo segundo Imperador. Takeru marcha com seu exército rumo à unificação do
xogunato e de alianças políticas para o controle do Japão.
4 Imagens simbólicas em gravuras do Imperador Yamato anexa a este artigo.
5
3 CONCLUSÃO
Quando Takeru alcança o controle territorial em quase toda a plenitude do
território japonês, sua sede por poder se volta ao Império, com suas mãos sujas de
sangue ele jamais se tornaria Imperador, mas seu poder político é tamanho que
indica seu filho ao cargo quando da morte de seu irmão Seimu.
É então atravez do Xinto que Takeru ascende a transcendência do guerreiro
dominador, para indicar a dinvindade que é a figura do Imperador segundo a visão
Xintoísta.
Devido a sua condição de transcendência é da fé Xinto que em sua morte
Takeru Yamato transforma-se em um pássaro plover5 (reconhecido por voar grandes
distâncias) e alcança o mundo dos kami no além mar.
5 Imagens do pássaro anexas a este arquivo
6
REFERÊNCIAS
ADRIANI, Maurilio. História das religiões. Lisboa: Edições 70, 1988.
Bath, Sérgio. Xintoísmo: O Caminho dos Deuses, São Paulo: Ática, 1998.
HOBSBAWN, Eric & RANGER, Terence. A invenção das Tradições, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984
KUNG, Hans. Religiões do mundo: em busca dos pontos comuns. Campinas, SP: Verus Editora, 2004.
QUADROS, Marcos. Lealdade Viceral: as origens do Haraquiri no Japão Medieval. Revista Historiador Especial. Porto Alegre, v.03, n.01, p.85-94.
YAMASHIRO, José. A História da Cultura Japonesa. São Paulo: Ibrasa, 1986.
7
FONTES PRIMÁRIAS
MIEKICHI, Suzuki. Kojiki Tales, 1920. Tradução de Gardner, John. 2008
8
ANEXO A – tabela
2013 SCHEDULE
Date Time Ceremony Explanation Venue
Daily 8 am,
2 pm
Nikkusai Sacred food offering and
prayers for worldwide peace
and everybody's prosperity
Honden
1st and
15th of
each month
9 am Tsukinamisai Sacred food offering and
prayers for worldwide peace
and everybody's prosperity
Honden
Jan. 1 7 am Saitansai New Year's Day ritual Honden
Jan. 5 -30 All day Shodoten Exhibition of winners' works in
the calligraphy competition for
elementary and junior high
school students
Courtyard in
front
ofHonden
Jan. 6 3:30 pm Dezuiri Sumo grand champion "ring
entering" ceremony
Courtyard in
front
ofHonden
Jan. 7 9 am Musashino-
Goryo-
Yohaishiki
Emperor Showa Memorial Day
rite
Haraesha
Feb. 11 10 am Kigensai National Foundation Day
festival
Honden
Feb. 17 10 am Kinensai Prayer ceremony for
agricultural fertility
Honden
Mar. 3 10:45 am Hinamatsuri Doll festival Honden
Mar. 20
(vernal
equinox)
9 am Koreiden-
Yohaishiki
Paying respect towards the
Imperial Palace
sanctuary Koreiden
Haraesha
April 3 9 am Unebiyama-
Yohaishiki
Emperor Jinmu Memorial Day
rite
Haraesha
April 11 10 am Shoken-
Kotaigo-Sai
Empress Shoken Memorial
Ceremony (to remember the
virtues of Empress Shoken)
Honden
May 2 10 am Haru-no-Taisai Spring Grand Festival morning
ceremony
Honden
9
May 2 2 pm Haru-no-Taisai Spring Grand Festival
afternoon ceremony
Honden
May 3 10 am Haru-no-Taisai Spring Grand Festival morning
ceremony
Honden
May 5 11 am Kodomo-no-
Matsuri
Children's Festival Honden
May 5
(Rikka, first
day of
summer)
8 am Onzosai Ceremony of the changing of
the divine robes
Honden
June 30 2 pm Oharae Great Purification (to cast out
sins and impurities)
Haraesha
June 7 10 am Tanabata-
Matsuri
Star Festival Honden
July 30 10 am Meiji-Tenno-Sai Emperor Meiji Memorial
Ceremony (to remember the
virtues of Emperor Meiji)
Honden
Sept. 16 10 am Chojukenko-
Kigansai/
Keirosai
Ceremony for the health and
longevity of the elderly
Honden
Sept. 22
(autumn
equinox)
10 am Koreiden-
Yohaishiki
Paying respect towards the
Imperial Palace
sanctuary Koreiden
Haraesha
Oct. 1 10:30 am Dezuiri Sumo grand champion "ring
entering" ceremony
Courtyard in
front
ofHonden
Oct. 6 10 am Ningyo-
Kanshasai
Festival to thank dolls Honden
Oct. 17 9 am Jingu-
Yohaishiki
Ceremony on the same day as
the Harvest Festival of Ise
Jingu
Haraesha
Oct. 21 10 am Keneihikoshiki Ceremonial recital of poems Honden
Nov. 1 10 am Chinzakinensai Meiji Jingu Enshrinement
Anniversary Ceremony
Honden
Nov. 1 2 pm Aki-no-Taisai Autumn Grand Festival
afternoon ceremony
Honden
10
Nov. 2 10 am Aki-no-Taisai Autumn Grand Festival
morning ceremony
Honden
Nov. 3 10 am Reisai Ceremony to commemorate
Emperor Meiji's birthday
Honden
Nov. 7
(Ritto, first
day of
winter)
9 am Onzosai Ceremony of the changing of
the divine robes
Honden
Nov. 23 10 am Niinamesai Harvest Ceremony Honden
Dec. 23 10 am Tenchosai Celebration of the current
Emperor's birthday
Honden
Dec. 28 10 am Susuharai Ceremonial year-end cleaning
of the main shrine buildings
Honden
Dec. 31 2 pm Oharae Great purification (to cast out
sins and impurities)
Haraesha
Dec. 31 4 pm Joyasai Year-end ritual Honden
retirado do site: http://www.meijijingu.or.jp/english/ceremonies/1.html
11
ANEXO B – IMAGENS
Moon of the enemy's lair - Yamato Takeru as Little Prince Usu
Imagem disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1a/Yamato_Takeru_at_16-
crop.jpg
12
Estátua de Bronze de Yamato Takeru em um templo Xinto em Osaka
Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Yamato_Takeru(bronze_statue,Osaka)01.jpg
13
Símbolo do Xintoísmo
Templo em Torii
Disponível em: http://blogolhogrande.files.wordpress.com/2011/04/itsukushima_torii_by_kabegami.jpg
14
Plover: Pássaro em campos de arroz no Japão
Disponível em: http://blog.goo.ne.jp/junkbirds/m/200905
15