Trabalhos anais COSAMPI I -...

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Título do trabalho: TL02 - RETORNO ESPONTANEO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS EM CIRURGIA CARDÍCA COM CLAMPEAMENTO AÓRTICO

Rafael Dib de Paulo Tajra <[email protected]>

Antonio Dib Tajra Filho <[email protected]>

Rodrigo Dib de Paulo Tajra <[email protected]>

Fernando Jose Amorim Martins <[email protected]>

Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>

Introdução : Este estudo avaliou a relevância de 10 variáveis ao retorno espontâneo dos batimentos cardíacos após desclampeamento aórtico em cirurgias cardíacas com CEC .Material e Métodos : Durante o período de janeiro a dezembro/2012 396 pacientes adultos foram submetidos a cirurgia cardíaca com CEC as variáveis estudadas , através de regressão logística múltipla foram :lactato <4 em CEC ,tempo de anoxia <50 minutos ,não transfusão de concentrado de hemácias durante CEC ,tempo de CEC < 80 minutos,hematócrito durante a CEC >21% ,hematócrito pré-CEC >35% ,superfície corpórea > 1,5 m2 , cirurgia de revascularização miocárdica ,idade maior que 50 anos ,sexo .Resultados : três variáveis foram estatisticamente significantes : cirurgia de revascularização miocárdica -chance maior que 232,1% (ODDS = 3,321) ; sexo masculino -chance 33,8% menor (ODDS = 0,662) ;não uso de concentrado de hemácias durante a CEC -chance menor que 61,4% (ODDS = 0,386) para reversão espontanea dos batimentos cardíacos após CEC.Discussão : retorno espontâneo dos batimentos cardíacos em cirurgia cardíaca é tido como demonstração de eficiente proteção miocárdica durante o clampeamento aórtico , podendo ser sinal de mínima lesão de reperfusão durante o período de isquemia miocárdica . Conclusão:cirurgia de revascularização do miocárdio favorece ao retorno espontâneo dos batimentos cardíacos após CEC enquanto que sexo masculino e não uso de concentrado de hemácias dificultam o retorno espontâneo dos batimentos cardíacos .

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Título do trabalho: TL09 - CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA: UMA OPÇÃO SEGURA

Larissa Laise Santos Guimaraes <[email protected]>

Paulo Rego Medeiros <[email protected]>

Sebastião Nunes Martins <[email protected]>

Camila Negreiro Dias <[email protected]>

NAYARA APARECIDA CRUZ LULA <[email protected]>

Flávio Duarte Camurça <[email protected]>

Jocerlano Santos de Sousa <[email protected]>

Introdução: A cirurgia cardiovascular está em expansão com técnicas menos invasivas que incluem mini-incisões e cirurgias videoassistidas. Com ênfase nos benefícios ao paciente, estas técnicas já realizadas em muitos pacientes nos principais centros americanos e europeus proporcionam resultados comparáveis à cirurgia convencional com as vantagens de menor trauma cirúrgico, menos dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar além do aspecto estético. Objetivo: Apresentar os resultados da cirurgia cardíaca minimamente invasiva em dois serviços privados de Teresina - Piauí. Métodos: Trinta e dois pacientes foram operados consecutivamente por mini-incisão (miniesternotomia ou minitoracotomia e vídeo) entre os anos de 2012 e 2014. Quatorze pacientes foram submetidos à substituição de válvula aórtica (10 por insuficiência e 4 por estenose valvar), 11 foram operados por comunicação interatrial (CIA) e 7 por doença da vávula mitral, sendo 1 combinada com plástica de tricúspide. A idade média foi de 32,2 anos sendo 20 pacientes do sexo feminino. A miniesternotomia foi em "J" superior no 4º espaço intercostal direito para tratamento da válvula aórtica, em "L" invertido inferior no 2º espaço intercostal direito para CIA e no 4º espaço intercostal direito para tratar vávula mitral e/ou tricúspide. Resultados e discussão: O comprimento médio da incisão para miniesternotomia foi de 7 centímetros e 6 para minitoracotomia, menor que 1/3 do tamanho quando comparado aos tradicionais 22 a 24 centímetros da incisão convencional para estes pacientes. Em um caso foi preciso converter para esternotomia total por dificuldade

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de saída de circulação extracorpórea. O tempo operatório passou a ser semelhante à cirurgia convencional a partir do 4º caso operado. O tempo de CEC variou de 25 a 88 minutos (média de 47 minutos). O tempo de UTI foi de 22 horas a 3 dias, com tempo de internação hospitalar total de 3 a 7 dias. O reduzido trauma cirúrgico gerou recuperação mais precoce. A evolução tardia atualmente varia de 3 anos a 4 meses, estando todos os pacientes assintomáticos e de volta às suas atividades.Conclusão: Não houve complicação diretamente relacionada com o acesso. O resultado estético foi satisfatório em todos os casos e embora o número de pacientes ainda seja pequeno, os resultados obtidos foram satisfatórios o que nos estimula a persistir com a técnica em casos selecionados, avançando com a cirurgia cardiovascular minimamente invasiva.

Título do trabalho: P13 - EDEMA AGUDO DE PULMÃO NÃO CARDIOGÊNICO SECUNDÁRIO A LESÃO INDIRETA POR RAIO

marcelo leite madeira <[email protected]>

raíssa barreto vieira soares <[email protected]>

dandara coelho cavalcante <[email protected]>

pedro henrique piauilino benvindo ferreira <[email protected]>

guilherme galdino de sousa <[email protected]>

RICARDO LIRA ARAÚJO <[email protected]>

Introdução: As lesões por choque elétrico e por raios representam uma parcela pequena nos serviços de urgência e emergência, no entanto os índices de mortalidade decorrente de suas complicações chegam até 40%. As manifestações apresentam espectro clínico bastante variado, desde queimaduras grau I até disfunção de múltiplos sistemas e morte. Entre as complicações mais citadas na literatura encontram-se: queimaduras, arritmias, convulsões e parada cardíaca. Relata-se o caso de uma criança, que após receber um raio tendo como meio de contato o solo, foi transferida para um hospital de urgência evoluindo com dispnéia intensa e dor torácica, complicações pouco relatadas nesta faixa etária principalmente quando o paciente não apresenta comprometimento cardiovascular.

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Relato do caso: Paciente, 11 anos, feminino, vítima de descarga elétrica por raio através do solo, deu entrada no serviço de emergência 1h após o evento. Acompanhante relata síncope imediatamente após o choque, nega convulsões, traumas e parada cardiorrespiratória. No hospital, queixava-se de dor torácica à direita e dispnéia intensa. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, vigil, orientada, hipocorada 2+/4+, afebril, com frequência cardíaca de 62bpm e frequência respiratória de 9ipm. Ausculta cardíaca sem anormalidades e ausculta pulmonar com murmúrio diminuído em ápices, além de roncos e estertores em base de pulmão direito. Dor à palpação de hemitórax direito. Abdome inocente e ausência de alterações em extremidades. Queimadura de grau I em região cervical lateral á direita. Raio X de tórax evidenciou radiopacidade em ambos hemitórax, compatível com congestão pulmonar. Eletrocardiograma e ecocardiograma descartaram comprometimento da função cardíaca. Oxigênio suplementar foi fornecido de imediato, bem como furosemida IV, proporcionando à paciente melhora do padrão respiratório em menos de 24h. Novo Raio X de controle foi solicitado, que evidenciou resolução completa do padrão de congestão.Considerações finais: O mecanismo das lesões por choque elétrico não é totalmente esclarecido, o que dificulta a compreensão de sinais e sintomas apresentados pelos pacientes. Edema pulmonar mesmo naqueles pacientes que não apresentam comprometimento cardíaco grave, apesar de incomum, deve ser suspeitado quando na presença de dispnéia intensa.

Título do trabalho: P08 - MOTIVO DE ADMISSÃO EM PRONTO-SOCORRO E ACHADOS ECOCARDIOGRÁFICOS EM HOSPITAL REFERÊNCIA EM URGÊNCIA EM TERESINA – PI

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Wannessa Pierote e Silva <[email protected]>

Carlos Alberto Meneses Monteiro Filho <[email protected]>

Aline Fortes Machado <[email protected]>

Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>

Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>

Julio Cesar Ayres Ferreira Filho <[email protected]>

Introdução: o ecocardiograma é capaz de avaliar elementos estruturais e funcionais do coração, função global e pressões de enchimento ventriculares, morfologia e função de valvas, e possibilita diagnóstico de condições raras e graves. Assim, torna-se indispensável na avaliação de pacientes graves, cujos sinais clínicos muitas vezes não são suficientes para definir a origem do quadro e orientar conduta. Relato de caso: a maior parte do motivo das admissões no serviço de urgência observado foi por mal súbito (59%), seguido por dispneia (8%) e dor torácica (6,3%). Dentre os pacientes admitidos por mal súbito, 29% foram diagnosticados com acidente vascular cerebral (AVC), 24% com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e 14% com infarto agudo do miocárdio (IAM), seguidos por outros diagnósticos. As alterações ecocardiográficas mais comuns nos pacientes admitidos por mal súbito foram disfunção diastólica de ventrículo esquerdo (VE) (29%), disfunção sistólica de VE (25%) e alteração contrátil do VE (17%), o esperado em pacientes com ICC e IAM, e até mesmo AVC, justificando baixo fluxo cerebral. Foram encontrados também valvopatias, arritmias, ectasia de raiz de aorta, aneurisma de ápice de VE, dentre outros, porém com menor frequência. O principal motivo de admissão por dispneia foi ICC (45%), seguido por insuficiência renal aguda (14%) e insuficiência respiratória aguda (9%). Os principais achados ecocardiográficos nesses pacientes foram hipertrofia de câmaras esquerdas (27%) e hipertrofia de câmaras direitas (27%), presentes na ICC, primeira causa de admissão de tais pacientes. Os pacientes admitidos por dor torácica tiveram como diagnóstico mais frequente IAM (50%), seguido por ICC (17%). Hipertrofia de câmaras esquerdas foi a principal alteração ecocardiográfica, com 33%, seguido de disfunção sistólica de VE, com 27%. Tais achados são comuns no IAM e na ICC. Considerações finais: no serviço de urgência avaliado, o principal motivo de admissão foi mal súbito, cujas alterações ecocardiográficas mais comuns foram

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disfunção diastólica de VE, disfunção sistólica de VE e alteração contrátil do VE. O ecocardiograma é um método indispensável na avaliação de pacientes críticos, tanto para diagnóstico, quando para avaliação da gravidade do quadro e conduta, sendo fundamental seu fácil acesso em serviço de urgência.

Título do trabalho: P16 - TRATAMENTO ENDOVASCULAR NA DISSECÇÃO DE AORTA TIPO B COM DEGENERAÇÃO ANEURISMÁTICA

Antonio Dib Tajra Filho <[email protected]>

Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>

Rodrigo Dib de Paulo Tajra <[email protected]>

Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas <[email protected]>

Rafael Dib de Paulo Tajra <[email protected]>

Carlos Fernando Ramos Lavagnoli <[email protected]>

Introdução: A terapia clínica continua a ser o tratamento primário para a dissecção de aorta tipo B não complicada na classificação de Stanford. No entanto, 20% a 40% destes pacientes, necessitam de intervenção cirúrgica devido à evolução com complicações crônicas da dissecação, sendo a mais comum a de degeneração aneurismática da falsa luz, devido à pressurização e ao fluxo sangüíneo através das fenestrações proximal e distal. O tratamento endovascular da aorta torácica tem recebido muita atenção como opção de tratamento menos invasivo para a dissecção tipo B crônica, dada a redução da morbidade, em comparação com a cirurgia aberta. Relato de Caso: Paciente de 77 anos, hipertenso, tabagista, DPOC, portador de dissecção de aorta crônica tipo B de Stanford, foi submetido a implante de endoprótese aórtica via punção da artéria femoral direita com auxilio de radioscopia. O diâmetro e comprimento da prótese foi decidido à partir de dados medidos pela angioressonancia. Após punção da artéria femoral ,introdução do fio guia , localizou-se o local para ancoragem do “stent”, logo após a emergência da artéria subclávia. Novo catéter, agora contendo o “stent” foi introduzido e ao “abrir” o “stent”, este ficou ancorado na região do colo da aorta sadia. Observou-se acomodação do “stent” em todo seu trajeto até a aorta descendente. Terminado o procedimento, paciente foi encaminhado para UTI. Paciente evoluiu com estabilidade hemodinâmica e após três dias de internação recebeu alta hospitalar. O controle proximal e distal foram

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adequados com trombose da falsa luz. O paciente segue em acompanhamento clinico ambulatorial em boa evolução pós 12 meses de tratamento. Considerações Finais : A correção de dissecção de aorta tipo B persiste como desafio médico significativo. O tratamento endovascular através de stent aórtico parece ser opção com bons resultados .Maior número de pacientes devem ser submetidos a esta técnica para permitir melhor observação quanto aos resultados a longo prazo

Título do trabalho: TL19 - PANORAMA DO CÂNCER DE MAMA EM HOMENS NO BRASIL: 2010-2014

IVONALDO MARTINS DIAS JÚNIOR <[email protected]>

MARIA DO CARMO ANDRADE DUARTE DE FARIAS <[email protected]>

FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE <[email protected]>

Introdução: O câncer de mama em homens é ainda pouco estudado. De 150 casos de neoplasia mamária em mulheres, ocorre um em homens, nestes tem etiologia não bem elucidada, diagnóstico tardio, geralmente em estágio avançado. O objetivo deste estudo foi analisar, nos últimos cinco anos, as internações hospitalares e óbitos por neoplasia mamária em homens, no Sistema Único de Saúde, segundo região, idade e cor/raça. Método: Estudo observacional analítico, do tipo ecológico, com dados divulgados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sobre morbidade hospitalar neoplásica, de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. As informações referentes ao número de internações e óbitos por todas as neoplasias malignas, por neoplasia maligna de mama em ambos os sexos e neoplasia mamária apenas em homens foram consultadas e tabeladas para análise e discussão. A análise dos dados é descritiva, com abordagem quantitativa. Os achados utilizados neste estudo são públicos e disponibilizados no site do DATASUS, sem identificação de indivíduos.

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Resultados: Foram registrados, no Brasil, 3.298.761 casos de neoplasias malignas. Destes, 7,46% foram mamárias, sendo 1,45% diagnosticadas em homens. A Região Sudeste apresentou maiores índices de homens com neoplasia mamária (41,27%); homens brancos (37,8%) foram os mais diagnosticados; 78,18% tinham 40 a 79 anos. Quanto aos óbitos, 1,43% por neoplasia mamária foram em homens. Discussão: O Brasil apresentou índices acima da média esperada para neoplasia mamária masculina. O predomínio de diagnósticos em homens brancos contradiz achados demonstrados em alguns estudos, mas corrobora outros. A faixa etária predominante é compatível com os relatos existentes na literatura; a ocorrência dessa neoplasia tem sido associada ao conhecimento incipiente sobre os sintomas iniciais da doença e consequente retardo no diagnóstico. Conclusão: Campanhas de rastreamento e prevenção para essa neoplasia devem ser intensificadas no país, principalmente, nos Serviços de Atenção Primária à Saúde.

Título do trabalho: TL14 - RELATO DE CASOS SOBRE COMPLICAÇÕES EM BIOPLASTIA GLÚTEA

Antônio Luiz Moreira Junior <[email protected]>

Barbara Guarany Passos <[email protected]>

Resumo: Introdução: Ao longo de nossa história, o homem sempre procurou melhorar sua aparência física, como sinal de beleza, status e poder. Para tanto nunca poupou esforços em alcançar o mito do corpo perfeito, mesmo que isso significasse a perda de sua saúde e bem estar. Desde o século passado, substâncias são introduzidas no organismo humano com a finalidade reparadora e estética (silicone, PMMA, ácido hialurônico, auto enxerto gorduroso). Porém as complicações são comuns quando feitas de forma indiscriminada e clandestina.Relato do caso: De Dezembro de 2011 a Março de 2012, foram atendidos 03 pacientes, por complicações de bioplastia de região glútea bilateral por PMMA, no Serviço de Emergência e Cirurgia Plástica do Hospital Estadual Albert Schweitezer (HEAS), Realengo, RJ. Todos os pacientes eram do sexo feminino, com idades entre 20 e 42 anos, com o mesmo relato de que o material utilizado para o preenchimento fora Polimetilmetacrilato (PMMA / Metacril) e, que o mesmo fora realizado em

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ambiente não hospitalar por profissional da saúde não especializado. Todas as pacientes foram atendidas na fase aguda de infecção e necrose, as 03 foram submetidas ao tratamento cirúrgico de urgência para drenagem de abscesso e desbridamento de tecidos desvitalizados, seguindo em tratamento clínico e cirúrgico seriado. Tendo como tempo médio de internação de 43 dias, e a média de 11 intervenções cirúrgicas.Considerações finais: Os efeitos adversos e as complicações do uso indiscriminado de materiais para o preenchimento humano podem ser agudos, que vão desde sintomas de alergia à reações graves como sepses e embolia, ou crônico como deformidades e granulomas, sendo imprevisível os resultados. Inúmeros autores descrevem tais complicações, principalmente com o uso de silicone industrial pela facilidade de acesso e pelo baixo custo; tais preenchimentos são utilizados por ambos os sexos e transexuais, no intuito de alcançarem o tão almejado “corpo ideal”. A bioplastia é uma realidade em nossa atualidade, dessa forma a substância a ser utilizada para preenchimento deve ser segura, biocompatível, atóxica, alergênica, não teratogênica, não cancerígena, induzir mínima reação corpo estranho e estável em sua localização. Embora nossa casuística seja pequena, podemos constatar a gravidade dos danos físicos, emocionais e financeiros, aos quais essas pacientes foram submetidas. Tornando-se um problema de saúde pública e de ordem legal.

Título do trabalho: P24 - TRATAMENTO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA GRAVE SEM USO DE SANGUE EM ATENDIMENTO DE URGÊNCIA – RELATO DE CASOwalberto monteiro neiva eulalio filho <[email protected]>Helder de Melo Sérvio <[email protected]>Resumo: Introdução: Em resposta ao atendimento de um caso de hemorragia, geralmente é indicada uma transfusão de sangue. Nos casos em que os pacientes com sangramento rejeitam transfusões de sangue, é essencial adotar imediatamente uma conduta alternativa que incluem reposições com soluções salinas ao tempo que prossegue com a imediata cirurgia para o controle da hemorragia.Relato de caso: Paciente Testemunha de Jeová, feminina 66 anos, com insuficiência renal crônica dialítica, apresentou episódio de grave enterorragia e choque

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hemorrágico. Como a paciente recusara transfusões de sangue a mesma foi levada imediatamente a laparotomia para controle da hemorragia. O achado cirúrgico foi de múltiplas aderências de delgado terminal e sangue na luz cólon. Realizamos para o controle do sangramento uma enterectomia e colectomia parcial direita com ileostomia terminal e colostomia proximal. Devido a um sangramento na área cruenta por hipocoagulabilidade foi deixado duas compressas cirúrgicas retiradas 48 horas após. A paciente evoluiu séptica, anêmica com instabilidade hemodinâmica dependente de drogas vasoativas (noradrenalina e dobutamina) por 72 horas, necessitando de hemodiálise diariamente. Apresentou queda dos níveis de hemoglobina de 7,3g/dl no POI para o valor mínimo atingido de 3,9g/dl no 11 dia pós-operatório(DPO), seguido de um aumentando lento em resposta a altas dose de eritropoietina (8000ui a 12000ui dia) atingindo 5,1g/dl no 18 DPO. No 20 DPO teve alta da unidade de terapia intensiva(UTI) e alta hospitalar no 23 DPO. Considerações finais: É fundamental que os profissionais de saúde, principalmente os que trabalham em urgências e emergências tenham noções da conduta medica desenvolvida para tratar pacientes que recusam transfusões. Mann e colaboradores produziram uma excelente revisão sobre como tratar anemia severa sem o uso de transfusões. Existem relatos de tratamento de anemia aguda grave sem uso de sangue em paciente com níveis de hemoglobina mínimos como 2.2, 1.8 e 1.7g/dl que foram tratados com uso de câmaras individuais de oxigênio hiperbárico ou ventilação mecânica em UTI combinado com o uso de altas dose de eritropoietina, ferro parenteral, ácido fólico, vitamina b12 e suporte nutricional. Para evitar a anemia aguda grave podemos em casos específicos utilizar da técnica de reinfusão sanguínea que consiste na reintrodução do sangue perdido e acumulado em cavidades ou aspirado do sitio cirúrgico e de drenos no pós-operatório.

Título do trabalho: TL08 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO ESTADO DO PIAUÍ ENTRE 2004 E 2014

LUCAS NOLETO LIMA <[email protected]>

JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS FREITAS <[email protected]>

ANA LUISA SILVA FERREIRA <[email protected]>

MARLON MARCELO MACIEL SOUSA <[email protected]>

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Introdução: Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae bacilo com alta infectividade e baixa patogenicidade. Afeta pessoas de todas as idades e é considerada problema de saúde pública devido seu poder incapacitante, caracterizado por acometimento dermatoneurológico. Em 2011, registrou-se no Brasil um coeficiente de detecção alto, 15,8/100 mil habitantes, assim, este estudo objetiva caracterizar o perfil epidemiológico dos portadores de hanseníase, entre 2004 e 2014, no estado do Piauí. Material e métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa de dados do período de 2004 a 2014 notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando-se os aspectos: idade, gênero, forma clínica e frequência por ano da doença. Os dados obtidos foram tabulados em planilhas utilizando o software Microsoft Excel. Resultados: Foram notificados 17928 casos, dentre os quais 1377 (7,7%) eram menores de 15 anos; entre 15 e 39 anos, 6832 (38,1%); entre 40 e 64 anos, 7113 (39,6%), maiores que 65 anos, 2605 (14,5%) e apenas 01 caso a idade estava em branco; quanto ao gênero 9491 (52,9%) casos eram do gênero masculino e 8436 (47,1%) do feminino, 01 caso foi ignorado quanto ao gênero. Conforme a forma clínica, distribuíram-se em: indeterminada 4665 (26%), tuberculoide 3460 (19,3%), dimorfa 4246 (23,7%) e virchowiana 2924 (16,3%), o número de casos não classificados foi 1807 (10,1%), e ignorados 826 (4,6%). No período analisado, o ano com maior número de casos foi 2008, com 2307 notificações, e o de menor foi 2014 com 628 casos notificados, apresentando-se em declínio a partir de 2010. Discussão: A faixa etária com maior número de casos foi entre 40 a 64 anos, seguido pela faixa de 15 a 39 anos, população produtiva, representando impacto econômico e social. Foi predominante no gênero masculino, o que justifica-se por sua maior exposição a fatores de risco. Observou-se o predomínio da forma clínica indeterminada, demonstrando diagnóstico precoce e menor capacidade de transmissão e complicação da doença. Na década em análise observa-se declínio das notificações, reflexo de políticas para o controle da hanseníase. Conclusão: Verificou-se diminuição no número de casos, sendo com maior prevalência em indivíduos economicamente ativos, gênero masculino e com forma clínica indeterminada.

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Título do trabalho: TL12 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CARCINOMAS DE PELE NO HOSPITAL ESCOLA DE ITAJUBÁ EM UMA RETROSPECTIVA DE 10 ANOS

Clarissa Santos de Carvalho Ribeiro <[email protected]>

Fernanda garcia bueno Wolf <[email protected]>

Rafael Advincula Zarattini <[email protected]>

O CA da pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, o carcinoma basocelular(CB) e o espinocelular(CE) correspondem a 25% de todos CA do país segundo o INCA. Ambos tem fatores de risco para a para as lesões, mas a radiação ultravioleta é um fator muito importante, Itajubá tem importância para a avaliação epidemiológica, devido a incidência de 14.9, valor de extrema intensidade. Objetivo de analisar os carcinomas de pele por 10 anos, utilizando as biópsias, vendo as prevalências de tipos de lesões,locais de ocorrência,sexo,idade e raça.E uma comparação com a análise de 1981 a 1991, para mostrar a evolução ou retrocesso.A metodologia é quantitativa, com amostra mínima de 355 pacientes diagnosticados com carcinomas de pele, atendidos no Hospital referido de Janeiro de 2003 a Dezembro de 2012. Análise de 891 indivíduos,686CB, sendo 351M e 335H. 205CE,91M e 114H. CB:672 brancos,14 pardos. Sendo predominante 71-80anos. CE:199 brancos,4 pardos e 2 negros.Sendo 71-80 anos predominante.Céfalica 572CB e 145CE.Membro Superior 52CB/31CE.Tórax 47CB e 11CE.Membro inferior 15CB,7CE. Pelve 10CE.O total de 891 tumores encontrados, aumento de 181.96% perante o estudo anterior.A quantidade de CB e CE, correspondeu com o INCA. Mulheres com CB se opõem aos achados de Colares e DeVita.Predominância branca,porém,aumentou às demais etnias, 18 pardos deste estudo, não havia nenhum no outro, e para os 2 negros e 1 no outro. Sendo que conforme a literatura indivíduos de pele escura têm menores taxas de carcinomas de pele e brancos maior. Houve uma queda para maior incidência a partir da quarta década. Há um paciente de 11 a 20 anos, que antes não havia.Com o aumento da expectativa de vida, fenômeno universal, de três pacientes no estudo anterior foi para 31 de 91 a 100 anos, aumento de 933.33%.Os carcinomas da pele surgem em áreas sujeitas à exposição solar frequente, a cabeça foi a mais atingida, 717.Tórax com 58, sendo 48H,explicado pela agropecuária e em

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dias quentes, eles andam ao sol sem camisa. O membro inferior são 14M,a calça como fator de proteção masculina. Entre as limitações do estudo, está a grande falta de dados.O estudo de 891 laudos de biopsias de pacientes no Hospital referido em 10 anos permite concluir que houve aumento significativo perante ao estudo anterior.A incidência maior do CB nas mulheres, CE nos homens , ambos predominantes na 7ª década e brancos. A localização de maior acometimento foi a região cefálica, a face mais atingido.

Título do trabalho: P04 - PARAPSORÍASE EM GRANDES PLACAS EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

Thalyta Batista de Sousa <[email protected]&gt

Jéssica da Silva Prates <[email protected]>

LAURO RODOLPHO SOARES LOPES <[email protected]>

Introdução: Parapsoríase é um termo usado para designar um grupo de diferentes dermatoses eritemato-descamativas caracterizadas por sua etiologia desconhecida, cronicidade, caráter assintomático e refratário à terapia e potencial para desenvolver linfoma cutâneo de células T. A parapsoríase é mais comum em pacientes de meia idade, com pico de incidência na quinta década de vida. O presente relato de caso pretende demonstrar a diversidade de apresentações clínicas, as características histopatológicas, o tratamento e seguimento de paciente jovem com parapsoríase em grandes placas. Relato do caso: O paciente apresenta histórico de máculas hipocrômicas, placas descamativas e levemente eritematosas disseminadas pelo corpo, poupando mucosas, há cerca de 12 anos. A lesão inicial é uma pápula eritematosa, não pruriginosa, que ao longo de 7 dias, evolui para mácula discrômica que se agrupam formando grandes placas descamativas e levemente eritematosas nos membros superiores e inferiores, tronco e nádegas. As lesões são piores nas áreas cobertas do corpo. Nega alergias, antecedentes atópicos e sintomas sistêmicos. O tratamento, em andamento, consiste no uso de sabonete líquido e loção hidratante

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restauradora, devido ao aspecto xerodérmico em que a pele do paciente se encontrava, associado à aplicação de creme manipulado em base second skin e fototerapia UVB-NB, com resposta satisfatória e boa tolerabilidade.Considerações finais: A hipótese diagnóstica de parapsoríase não é a primeira a ser pensada pelos dermatologistas e por vezes acaba nem sendo cogitada, mas sem dúvidas, deve estar entre os diagnósticos diferenciais dos pacientes que apresentam lesões crônicas e refratárias à terapia, mesmo em pacientes jovens. Em apenas dois meses de tratamento, o paciente alcançou uma melhora global da pele e uma alta satisfação estética, demonstrando assim efetividade no tratamento em relação à remissão das lesões e impedimento de evolução da doença.

Título do trabalho: P20 - ERITEMA ANULAR CENTRÍFUGO SECUNDÁRIO AO USO DE ISOTRETINOÍNA: RELATO DE CASO

LUCAS NOLETO LIMA <[email protected]>

Marlon Marcelo Maciel Sousa <[email protected]>

Cristiane Patrícia Ferreira Andrade <[email protected]>

Ana Luiza Silva Ferreira <[email protected]>

LAURO RODOLPHO SOARES LOPES <[email protected]>

Lana Mayara Menezes Lustosa Vargas <[email protected]>

Introdução: Eritema anular centrífugo (EAC) faz parte do grupo de eritemas figurados que se caracteriza por lesões anulares de variados tamanhos e rápido crescimento centrífugo. São dermatoses assintomáticas, mas ocasionalmente causam prurido. Sua patogenia é desconhecida, porém está relacionada a processos neoplásicos, alterações hormonais, alguns alimentos e certas drogas (cimetidina, anti-maláricos, amitriptilina, entre outros). Já a isotretinoína é um composto derivado da vitamina A utilizado na terapêutica da acne cística e nodular, cujos efeitos adversos na pele incluem urticária e eritema multiforme. Até onde pesquisou-se, não há a relação causal dessa droga com o EAC. Este trabalho objetiva relatar um caso de eritema anular centrífugo em um paciente em uso da isotretinoína. Relato de caso: Paciente, 21 anos, sexo masculino, portador de acne grau II, iniciou o tratamento com isotretinoína na dose de 30mg⁄dia. Cerca de duas semanas após,

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procurou atendimento dermatológico devido ao surgimento de pápulas eritematosas, não pruriginosas, com crescimento centrífugo, tornando-se placas anulares, com centro claro e descamativo e bordas eritematosas elevadas, localizadas simetricamente nos cotovelos e nos joelhos. Suspeitou-se de algumas doenças, sendo solicitada uma biópsia de pele com histopatológico que demonstrou dermatite mononuclear perivascular superficial e profunda com leve espongiose epidérmica, sugestivo de eritema anular centrífugo. Diante disso, foi prescrito desonida 0,05% + óleo de semente de uva 4% + creme lanette qsp 150g para o tratamento das lesões e o próprio paciente decidiu interromper o uso da isotretinoína. Com isso, houve a regressão gradual e completa do quadro. Após o resultado da biópsia e orientado pelo médico, o paciente decide voltar ao tratamento com isotretinoína, ocorrendo a recidiva das lesões. Considerações finais: A patogenia do EAC permanece desconhecida, porém tem se relacionado a processos infecciosos, alterações hormonais, alimentos e medicamentos. Não se sabe, ao certo, se a isotretinoína faz parte das drogas responsáveis pela patogenia do eritema anular centrífugo, mas este relato mostra uma possível relação causal entre a droga e a dermatose em questão, por isso são indicados estudos prospectivos com maior número de casos para melhor esclarecimento do problema.

Título do trabalho: TL07 - QUALIDADE DE VIDA DO INTERNO DE MEDICINASamuel Góis Carneiro <[email protected]>

Maria Helena Chaib Gomes Stegun <[email protected]>

Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>

Alécio Fonseca Leite [email protected]

O curso de medicina é marcado por fatores de estresse que podem influenciar a qualidade de vida do estudante. Mais especificamente o período do internato e a residência médica, pode-se favorecer o estresse ocupacional e afetar a saúde física e mental, e consequentemente influenciar a qualidade de vida dos estudantes e profissionais, pois neste período as exigências são dobradas. A pesquisa teve como objetivo geral avaliar a qualidade de vida dos internos de medicina de Teresina, Piauí e os fatores que a influenciam. Foram aplicados o questionário World Health Organization Quality of Life, versão abreviada, para avaliação da qualidade de vida e

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um questionário para determinar os fatores estressores presentes no internato. Esta ocorreu em instituições de saúde de Teresina, Piauí, em que havia a atuação de acadêmicos do internato de uma instituição de ensino superior. Foram entrevistados 49 indivíduos selecionados de maneira aleatória. O estudo baseou-se na resolução 466/2012 CNS, no qual foi aprovado pelo CAAE de número 25884513.5.0000.5211 e só iniciou após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade Integral Diferencial. Os principais fatores estressores foram: falta de orientação, falta de tempo para o atendimento, plantão noturno e conviver com a morte e o morrer. O domínio de qualidade de vida de maior média é o social, seguido pelo psicológico, físico e ambiental. O internato é um momento de grande expectativa para os alunos, por ser o momento de maior aprendizagem, assim esse momento desencadeia mudança de cenário de ensino e viver do estudante. Em relação aos escores dos domínios de qualidade de vida, em pesquisas semelhantes os domínios apresentaram média de valores bem superiores aos achados nesta pesquisa, portanto apresentam melhor qualidade de vida. A qualidade de vida dos internos é positiva, no entanto hábil a melhora, principalmente relacionado às variáveis do domínio ambiental, porém deve-se buscar por melhorias que abranjam todos os domínios, o que ocorrerá por meio da atuação dos internos, preceptores, das instituições de saúde, da instituição de ensino superior e de mais pesquisas relacionadas ao tema.

Título do trabalho: TL06 - HIPOPITUITARISMO POR HIPOFISITE EM PACIENTE COM DOENÇA DE CROHN

Luísa Abero Valle <[email protected]>

Ludymilla Saraiva Martins <[email protected]>

LAINA TÁSSIA LIMA DOS SANTOS <[email protected]>

Ricardo Lira Araújo <[email protected]>

Introdução: A hipofisite é uma condição inflamatória rara da hipófise associada à deficiência principalmente do hormônio corticotrófico, podendo ser confundida com tumores dessa região. Pode ser linfocítica de natureza autoimune, ou granulomatosa, nesses casos sendo já descritos associações com a doença de Crohn. Este trabalho aborda o caso de uma paciente com hipofisite granulomatosa

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associada à doença de Crohn, que cursou com hipopituitarismo levando à hipocortisolismo e amenorréia secundária. Relato de caso: Paciente de 21 anos, com síndrome de Down e diagnóstico de doença de Crohn há 5 anos em tratamento com azatioprina e mesalazina. Encaminhada para avaliação com endocrinologista por amenorréia há um ano associada à redução de volume das mamas, cefaléia temporal em aperto, tontura, anorexia e astenia. Ao exame físico apresentava-se hipocorada e com pelos axilares e pubianos reduzidos, pressão arterial: 100/60 mmhg, peso: 46 kg, altura: 1,45m, IMC: 21, sem outras alterações. Exames laboratoriais realizados: Cortisol: 1.3, ACTH: 8.8, TSH: 5.02, T4 livre: 1.24, FSH: 0.85, LH: 0.52, prolactina: 37.5, estradiol: 35 e ultrassom de abdômen e pelve sem alterações. Foi considerada a hipótese sindrômica de insuficiência adrenal central e hipogonadismo hipogonadotrófico. Iniciou-se a terapia com prednisona 5 mg e solicitou-se ressonância magnética (RNM) de sela turca e campimetria visual. Dias após, a paciente retornou referindo melhora dos sintomas, retorno da menstruação e as imagens da RNM evidenciaram hipófise alargada, mas com preservação do assoalho da sela sem invasão de estruturas adjacentes e haste espessada, achados compatíveis com hipofisite. A prolactina e o TSH normalizaram-se após a correção do hipocortisolismo. Conclusão: A hipofisite é uma condição inflamatória rara que pode cursar com hipopituitarismo e imagem e sintomas semelhantes à de tumores hipofisários, devendo-se sempre lembrar esta possibilidade em casos como este. A paciente referia cefaleia e apresentava hipocortisolismo, o que é compatível com hipofisite, além de imagem com hipófise aumentada de forma homogênea. O efeito anti-inflamatório do corticoide reverteu o quadro da paciente levando à normalização do TSH. A amenorréia era possivelmente secundária ao aumento da prolactina ou até mesmo pela inflamação da hipófise, e a mesma foi revertida também com a correção do hipocortisolismo e pelo efeito anti-inflamatório do corticoide.

Título do trabalho: TL15 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS DE TERESINA – PI

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Marcus Vinícius de Carvalho Souza <[email protected]>

Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>

Alécio Fonseca Leite <[email protected]>

Denyse Dias Silva Sá <[email protected]>

Os anestesiologistas estão sujeitos a diversas agressões psicológicas, causas muito importantes de estresse. Este causa prejuízos cognitivos, esgotamento mental e sobrecarga ocupacional e, portanto, interfere no seu equilíbrio e qualidade de vida. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar o perfil socioprofissional dos anestesiologistas de Teresina, Piauí, avaliar a percepção deles sobre sua qualidade de vida e correlacionar o perfil socioprofissional com a percepção do anestesiologista quanto sua qualidade de vida. O estudo foi baseado na resolução 466/2012 do Ministério da Saúde e só iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o número de CAAE 25743714.3.0000.5211.Trata-se de uma pesquisa descritiva de campo com abordagem quantitativa e qualitativa, a qual ocorreu em hospitais públicos de Teresina, Piauí, em que havia a atuação de médicos anestesistas. Os participantes foram 46 anestesiologistas, para os quais foi aplicado um questionário para caracterização socioprofissional e o questionário World Health Organization Quality of Life, versão abreviada, no período de julho a outubro de 2014. Para a análise dos dados foi utilizado o programa estatístico SPSS 20.0, os testes t de Student e Anova, adotando-se os valores de p < 0,05 como significativos. Na amostra avaliada, 65,22% são do gênero masculino, com idade entre 27 e 42 anos incompletos (39,13%), casados (82,61%), com título de especialista em anestesiologia (91,30%), renda mensal superior a 30 salários mínimos (45,65%), exercem mais de 60 horas de trabalho semanais (76,09%) e estão satisfeitos com sua profissão (74%). A média dos escores da avaliação da qualidade de vida varia de 63,26 a 74,27, com piores escores com significância estatística àqueles que trabalham principalmente à noite e aos que estão insatisfeitos com a profissão. Diante disto, constata-se o quão prejudicial pode ser o exercício da profissão em atividades predominantemente noturnas, interferindo na espiritualidade, auto-estima, capacidade de concentração, sentimentos positivos, aceitação da aparência e experiência com sentimentos negativos e a insatisfação

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com a profissão também prejudica e/ou pode ser prejudicada pelo suporte que recebe dos amigos, pela atividade sexual e pelas relações sociais. Portanto o perfil socioprofissional e a qualidade de vida estão hábeis a melhora e possuem influência do turno mais trabalhado e da satisfação com a profissão.

Título do trabalho: P02 - RAZÃO CINTURA/ESTATURA EM FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Anelis de Sousa Martins Freitas <[email protected]>

Adeildes Bezerra de Moura Lima <[email protected]>

Introdução: A Razão cintura/estatura (RCEst) é um indicador antropométrico de obesidade abdominal, capaz de identificar o acúmulo de gordura na região visceral e abdominal e o risco cardiovascular. É encontrada a partir do resultado da divisão da circunferência abdominal (CA) (cm) pela medida da estatura (cm). O valor encontrado deve ficar abaixo de 0,53 para mulheres e abaixo de 0,52 para homens. Esse trabalho objetiva a relação do RCEst com o índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA) dos funcionários de uma Instituição de Ensino Superior(IES). Material e métodos: A pesquisa foi realizada com 72 funcionários, com idade entre 18 e 59 anos, através de um estudo prospectivo, de caráter descritivo, analítico e exploratório com abordagem quantitativa, utilizando as variáveis: IMC, CA, RCEst. Aplicou-se o índice de correlação de Pearson com critério de significância estatística de 5% para correlacionar as variáveis. Resultados: 26,4% da população pesquisada estava com excesso de peso em relação ao IMC; 55,6% estava com estado nutricional aumentado ao avaliar a circunferência abdominal e ao avaliar o Rcest 40,3% estavam aumentados. Houve correlação forte da CA, IMC com RCEst. Discussão: O RCEst apresentou-se em segundo lugar como o melhor preditor para risco cardiovascular, perdendo para a circunferência abdominal que demonstrou maior percentual. Tal fato, provavelmente seja explicado pela influência da altura da população pesquisada na correlaçãocom a cintura, tornando esse índice mais fidedigno. O RCEst foi considerado um bom indicador de risco cardiovascular visto que ele relacionou a localização da gordura de acordo com a estatura de cada

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pessoa. Apresentou-se mais sensível que o IMC em detectar obesidade, porém inferior à circunferência abdominal. Conclusão: Conclui-se então que neste estudo, a CA e o RCest tiveram melhor sensibilidade para risco cardiovascular que o IMC.

Título do trabalho: P05 - PANORAMA DAS LIGAS ACADÊMICAS DO NORDESTE CADASTRADAS NA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIGAS ACADÊMICAS DE MEDICINA

Jacqueline Nunes de Menezes <[email protected]>

José Carlos Arrojo Junior <[email protected]>

Tassia Therumi Ferrara Saito <[email protected]>

Introdução: As ligas acadêmicas de medicina (LAM) são organizações estudantis que visam complementar a formação médica por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. A ABLAM – Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina objetiva caracteriza-las, uniformizar suas diretrizes e desenvolver um padrão de qualidade para suas atividades.Material e métodos: Análise de dados do cadastro das ligas à ABLAM, com conteúdo inserido pela diretoria de cada liga. Resultados: Existem atualmente 133 ligas nordestinas registradas na ABLAM, representando 19% das 700 LAM no território nacional. A distribuição delas no Nordeste possui dois estados, Paraíba e Maranhão, correspondentes a 49,6% do total de LAM da região (figura 1). As LAM pertencentes a instituições privadas representam 51% das ligas, 49% das ligas pertencem a instituições públicas. Quanto às atividades realizadas temos: 91% das LAM realizam projetos de assistência de ensino; 97% realizam projetos de extensão e; 92% produzem material científico para o âmbito da pesquisa. As áreas médicas de atuação das LAM são diversificadas com predomínio da área clínica (58%) comparada à área cirúrgica (26%) ou clínica/cirúrgica (16%). As especialidades de maior destaque são: neurologia e neurocirurgia (8%), pediatria e cirurgia pediátrica (3,4%), clínica médica (3,4%) e cirurgia geral (3%) (figura 2). Discussão: A distribuição das ligas se mostra heterogênea e concentrada em dois estados. Isto pode decorrer tanto pela não existência de outras LAM quanto pelo não

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cadastramento de ligas nordestinas a ABLAM. Não houve discrepância significativa entre o número de ligas vinculadas a instituições públicas ou privadas sugerindo que o interesse e incentivo à complementação da formação médica independem da forma de gestão. A expressiva maioria das LAM segue as diretrizes de fornecer atividades de ensino, pesquisa e extensão. A predominância do perfil clínico pode refletir o enfoque em atividades características da profissão; ao mesmo tempo, o crescimento do número de LAM com perfil misto sinaliza a tentativa de cumprir as atividades de forma mais completa. Conclusão: As LAM do Nordeste adequam-se a estrutura proposta de complementação e, apesar delas apresentarem ações diversificadas, é possível estabelecer intersecções na forma de organização das suas atividades. É necessária busca ativa de ligas acadêmicas na região para avaliar de forma concreta a discrepância vista entre o número de ligas existentes por estado.

Título do trabalho: P10 - PERFIL SOCIOCULTURAL DOS EGRESSOS DA 1ª TURMA DE MEDICINA DA UFT

Larissa Mendonça Ferreira <[email protected]>

Jorge Batista Alves da PAz <[email protected]>

Guilherme da Silva Alves <[email protected]>

Sâmara Karoline Ferraz Silva <[email protected]>

Neilton Araújo de Oliveira <[email protected]>

Lucas dos Santos Alcântara <[email protected]>

Diogo de Almeida Lima <[email protected]>

Introdução: Instigado pela sociedade a respeito do perfil sociocultural dos formandos de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Centro Acadêmico Eduardo Manzano (CAEM), realizou o estudo sobre o Perfil Sociocultural dos egressos da primeira turma de medicina da UFT. Objetivo: conhecer e descrever o perfil sociocultural dos egressos da 1º turma de medicina da UFT. Assim, conhecer o perfil dos acadêmicos de medicina torna-se relevante.Como parte integrante do processo de avaliação, tem-se procurado conhecer o perfil do formando de medicina nos diversos aspectos na graduação e após terem formado, em diversos aspectos (LAMOUNIER, 2002). Isto foi feito

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através de um questionário padronizado que abrange as características socioeconômicas do aluno, a opinião relativa ao curso e a participação em atividades extracurriculares.Material e métodos: O estudo utilizou um questionário via ferramenta Google Drive. O questionário foi aplicado para todos os integrantes pertencente à referida turma. Os dados colhidos sistematizados mediante planilhas do Excel e construídos gráficos. Resultados: Sobre o perfil do estudante de medicina, dos 36 alunos, 56% são do sexo feminino. Naturalidade: 61% do Goiás. Quanto à idade, 53% dos alunos têm de 20 a 25 anos. Católicos: 31%. Pertencente à rede privada: 94%. Estado civil: 94% solteiros. 31% fizeram 2 anos de cursinho pré-vestibular. 97% passaram pelo vestibular por meio do sistema universal.Discussão: O perfil desta turma seria, feminino, goiano, de 20 a 25 anos, católico, rede de ensino privada, solteiro, com 2 anos de curso pré-vestibular, aprovação no vestibular pelo sistema universal. Na graduação participou de pesquisa, extensão e grupos acadêmicos. Obteve o primeiro emprego sem dificuldade, que o fez na área de unidades básicas de saúde. Realizou dois anos de curso preparatório para residência médica e foi aprovado na mesma. Maioria optou pela especialidade de Cirurgia geral.Conclusão: O estudo propôs descrever o perfil sociocultural do acadêmico da 1ª turma. Portanto, expuseram-se os resultados do perfil da turma que compõe o curso de medicina da instituição tornando útil como fonte de estudo e comparação para outras pesquisas.

Título do trabalho: TL05 - INCIDÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ E SUA RELAÇÃO COM O PROGRAMA DE PRÉ-NATAL REALIZADO NO ESTADO

Larissa da Silva Guedes <[email protected]&gt

Adriano Silva Lopes <[email protected]>

Bárbara Camila dos Santos Macedo <[email protected]>

Introdução: A sífilis congênita é a uma doença infectocontagiosa que advém da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante para o concepto, o que pode ocorrer durante toda a gestação, principalmente quando a gestante é portadora da sífilis primária ou secundária, sendo responsável por lesões ósseas,

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respiratórias e neurológicas, além de ser diretamente relacionada à prematuridade e ao baixo peso, determinando altas taxas de óbito. A melhor forma de combatê-la e preveni-la é a correta realização do pré-natal. Mas alguns Estados brasileiros mantêm incidências cada vez mais altas, como é o caso do Piauí, que detém uma das maiores taxas de incidência da sífilis congênita. Tendo em vista este paradoxo, o presente trabalho objetiva comparar as taxas de incidência da sífilis congênita no Piauí com os valores nacionais, relacionando-os com a realização do pré-natal. Material e métodos: Foram analisados e comparados estatisticamente os registros de casos de sífilis congênita, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), referentes ao período de 2010 a 2013 no Estado do Piauí, com os valores nacionais, buscando relação com a assistência pré-natal através da estimativa das gestantes que não realizaram o acompanhamento e que transmitiram a sífilis para seus conceptos. Resultados: No período analisado houve redução da taxa de incidência geral da sífilis congênita no Brasil, havendo uma redução de 23,9% dos casos confirmados e de 21,6% dos casos em que a gestante não realizou o pré-natal. Na região Nordeste a redução foi de 33% dos casos confirmados. Entretanto, no Estado do Piauí, os valores não foram os mesmos, já que houve o aumento de 9,6% dos casos confirmados e de 250% dos casos em que a gestante não realizou o pré-natal, situação que ultrapassa até os dados da única região que obteve aumento da incidência que foi a região Sul com aumento em 8,3% dos casos confirmados e de 15,87% dos casos sem pré-natal. Discussão: O Piauí destaca-se em relação à grande incidência da sífilis congênita e da não realização do pré-natal pelas gestantes envolvidas, o que demonstra a deficiência de cobertura do pré-natal no Piauí, reafirmando o papel determinante do programa para o combate da doença. Conclusão: A alta taxa de incidência de sífilis congênita aponta para a necessidade da maior cobertura e da eficiência do programa no Piauí, buscando rastrear e tratar a sífilis nas gestantes para barrar a disseminação da doença no Estado.

Título do trabalho: TL18 - COBERTURA VACINAL DA BCG E NÚMERO DE CASOS DE TUBERCULOSE EM MENORES DE 19 ANOS

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Germano de Sousa Leão <[email protected]>

Marina de Freitas Tapety Ferro Gomes Raulino <[email protected]>

Ana Érica Laurindo de Alcântara <[email protected]>

Rodolfo Vieira Fontenele <[email protected]>

Viriato Campelo <[email protected]>

Vanessa Gonçalves Costa <[email protected]>

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa crônica, cujo agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis. Segundo a OMS, cerca de um terço da população mundial está infectada com o bacilo. A vacinação constitui um método de prevenção amplamente utilizado. No Brasil, o efeito observado em adolescentes entre 15 e 20 anos foi de 39%, apesar da primeira dose da BCG no período neonatal apresentar efeito protetor eficiente. Por isso, tem-se o objetivo de estudar a relação entre cobertura vacinal e os casos de tuberculose em menores de 19 anos residentes em Teresina-Piauí no período de 2004 a 2012. Material e métodos: Estudo quantitativo, epidemiológico e retrospectivo da incidência de tuberculose na população residente em Teresina no período de 2004 a 2012 na faixa de 0 a 19 anos e da cobertura vacinal no mesmo período. Utilizou-se a base de dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e PNI (Programa Nacional de Imunizações). O programa usado para a apresentação dos dados foi o SPSS. Resultados: Durante o período avaliado, apresentou-se um número total de 259 casos, com maior porcentagem de casos e maior média de coeficiente de incidência de TB na faixa etária de 15 a 19 anos (67,57% e 22,92 casos/100.000 habitantes, respectivamente). Paralelamente, a menor porcentagem e média de coeficiente foram observadas na faixa de 1 a 4 anos (3,47% e 1,68 casos/100.000 habitantes, respectivamente). Considerando os indivíduos entre 0 e 19 anos, o ano que apresentou maior média de coeficiente de TB foi 2004 com 14,19 casos/100.000 habitantes, e o que apresentou menor média de coeficiente de TB foi 2007 com 4,61 casos/100.000 habitantes. Em relação à cobertura vacinal a média do período avaliado foi 93,35% de vacinados. Discussão: A alta incidência de TB na faixa de 0 a 19 anos, que se contrapõe à abrangência da cobertura vacinal, e a maior média de coeficiente de incidência de

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TB na faixa etária de 15 a 19 anos podem estar relacionadas com a queda da eficiência da BCG ao longo do tempo, como afirma a literatura. Conclusão: A principal forma de prevenção de TB é a vacinação. Desse modo, a BCG é amplamente utilizada no Brasil. Porém, estudos demonstram perda da sua eficiência para 39% ao longo dos anos, o que pode ser corroborado pela maior média de coeficiente de incidência de TB na faixa etária de 15 a 19 anos.

Título do trabalho: TL11 - ESTUDO DO AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE HIV/AIDS NO BRASIL

Claudia Paz Sampaio <[email protected]&gt

Caroline Carvalho de Araújo <[email protected]>

Carlos Alberto Meneses Monteiro Filho <[email protected]>

Luísa Nakayama Madeira <[email protected]>

Isabelle de Sousa Melo <[email protected]>

Jessica Lima Silva <[email protected]>

Igor Leonardo Vieira Caetano <[email protected]>

Maria Ivone Benigno Nunes <[email protected]>

Introdução: A AIDS (acquired immunodeficiency syndrome) surgiu no início da década de oitenta, tornando-se rapidamente uma epidemia mundial. O primeiro caso diagnosticado no Brasil foi na cidade de São Paulo. Destacando-se que os primeiros casos ocorreram em homoafetivos e indivíduos que receberam transfusão de sangue, seguidos posteriormente por usuários de drogas injetáveis. Sabe-se também que grupos populacionais antes considerados imunes à infecção tiveram um acréscimo relevante no número de infectados. A partir desta realidade, objetivou-se a observação do aumento da incidência do HIV/AIDS em território nacional, com o intuito de informar à população brasileira sobre os seus índices no Brasil de acordo com cada variável utilizada. Método: Utilizou-se dados do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2013, caderno governamental que compila dados sobre notificações de novos casos, disponível no site aids.gov.br. As tabelas analisadas foram a II e V. Os dados foram organizados em tabelas por meio do Microsoft Excel 2013, proporcionando uma melhor análise dos mesmos.

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Resultados: Observou-se o aumento em todas as vertentes analisadas, no que tange à incidência de HIV/AIDS no Brasil. Entre os anos de 2001 a 2012, houve um aumento médio de 34,9% no número de infectados, sendo que o maior aumento foi encontrado nas regiões Norte e Nordeste. Entre pessoas com 60 anos ou mais, a incidência de HIV/AIDS obteve crescimento de 157%. Comparando-se os casos notificados entre os períodos de 1980-2000 e 2001-2013, observou-se um aumento de 94,3%, sendo maior no sexo feminino. Discussão: O crescimento detectado denuncia uma provável negligência da população brasileira em relação à transmissão do HIV/AIDS, tanto entre faixas etárias quanto entre gêneros, em todas as regiões brasileiras. No caso de pessoas com 60 anos ou mais, isto ocorre principalmente devido a não utilização de métodos contraceptivos, por se acharem imunes à infecção. O aumento entre períodos demonstra que a sociedade não toma as devidas precauções para evitar a transmissão do HIV/AIDS. Conclusão: Observa-se, pois, a necessidade de conscientização da população por meio de campanhas em postos de saúde, hospitais e na mídia, direcionadas a cada grupo de risco com o intuito de que ocorra relevante diminuição da incidência de HIV/AIDS no Brasil.

Título do trabalho: P07 - CARACTERISTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DOS PACIENTES ATENDIDOS COM HIV EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS NO PIAUÍ EM 2013

Liline Maria Soares Martins <[email protected]>

Anna Alzira Macau Furtado Ferreira <[email protected]>

Antonio Guilherme Chagas Silva Feitosa <[email protected]>

Luiz Eurípedes Almondes Santana Lemos <[email protected]>

João Paulo Araújo Alves Silva <[email protected]>

Lorrana Vaz de Sousa Lima <[email protected]>

Nayara Aparecida Cruz Lula <[email protected]>

Lorayne de Araújo Costa Pereira <[email protected]>

Norma Cely Salmito Cavalcanti <[email protected]>

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Introdução: No Brasil, cerca de 620 mil pessoas vivem com o vírus HIV, representando um terço de toda a população infectada da América Latina1. O contato heterossexual é a principal forma de transmissão do HIV, e tem aumentado entre as mulheres2. Embora a proporção de infectados pelo HIV ainda seja maior em homossexuais e em usuários de drogas injetáveis3. Por ser um país continental, o Brasil possui muita diversidade socioeconômica e cultural entre suas cinco regiões. O propósito desse trabalho é identificar o perfil socioeconômico e os principais fatores de risco prevalentes nos casos de HIV atendidos em um Centro de Referências no Estado do Piauí durante o ano de 2013. Metodologia: Foram analisados retrospectivamente os prontuários 96 pacientes atendidos com HIV em um centro de referências do Piauí no ano de 2013. Foram colhidas informações epidemiológicas e fatores de risco para infecção pelo HIV. Os dados foram estudados utilizando o programa Excel 2013. Resultados: Foram analisados 96 prontuários de pacientes com HIV atendidos no ano de 2013, desses 57 homens (59,4%) e 39 (40,6%) mulheres. Os pacientes tinham idade entre 18 e 66 anos. 74% eram do Piauí; 11,6% do Maranhão; e os demais 14,4% de outros estados. Com relação às profissões, 18,6% dos prontuários com essa informação eram de donas de casa; 11,6% eram de lavradores; 7% eram profissionais do sexo. 42 prontuários traziam informações sobre relação sexual. 92,86% negavam uso de preservativo. Quanto ao uso de drogas injetáveis, 15,4% dos prontuários com essa informação eram de pacientes que afirmavam usar. 27% dos prontuários eram de pacientes com tatuagens. 11% dos prontuários eram de pacientes que afirmaram terem sido transfundidos. Discussão: Foram analisados 96 prontuários, a maioria desses pacientes era do Piauí. Houve predomínio de homens. A faixa etária variou entre 18 e 66 anos. A profissão mais prevalente foi dona de casa. Com relação aos principais fatores de riscos analisados, o mais importante epidemiologicamente foi relação sexual desprotegida. Em seguida veio tatuagens; seguido por uso de drogas injetáveis; e por ultimo transfusão de sangue. Conclusão: Podemos concluir com esse estudo retrospectivo, que a maioria dos pacientes atendidos com HIV no estado do Piauí no ano de 2013 eram homens. Desses, quase todos referiam relação sexual desprotegida. Muitos desses pacientes eram de baixa renda.

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Título do trabalho: P14 - HERPES ZOSTER ATÍPICO EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>

Daniel Santos Rocha Sobral Filho <[email protected]>

Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>

Renata Santos Martins <[email protected]>

Ana Leticia Ramos Bezerra de Alencar <[email protected]>

José Itamar Abreu Costa <[email protected]>

Introdução: O herpes zoster (“cobreiro”) é resultado da reativação do vírus Varicela zoster em gânglios dorsais após catapora. Assim, a doença depende da baixa imunidade, logo é mais frequente em idosos e em imunodeprimidos. Cerca de 20% dos pacientes com a patologia desenvolve neuralgia pós-herpética, necessitando do tratamento na fase aguda da doença para evitá-la. A paciente em questão está fora do grupo de suscetibilidade da doença e apresentou difícil diagnóstico, tendo sido acometido mais de um dermátomo, gerando crises álgicas intensas.Relato de Caso: J. G. R. L., feminino, 17 anos, admitida com dor em flancos em hipocôndrios bilaterais. Ao exame físico apresentou abdome flácido, indolor, sem peritonismo, além de lombalgia acompanhada de parestesia de membros inferiores, febre e leucocitose. Foi então encaminhada à neurologia com suspeita de hérnia discal; ao exame, sem déficits neurológicos gerais e sinal de Lasègue negativo. Após Ressonância Magnética de coluna, identificou-se espondilose lombar sem relação com a dor da paciente. Iniciaram-se então queixas de forte dor em queimação e pequenas lesões em dorso concentradas em região suspeita de dermátomo. Na reavaliação observou-se aparecimento de pequenas pápulas na face, incaracterísticas, e ao exame físico identificou-se pequenas manchas em dorso, não caracterizadoras de lúpus. Após análise criteriosa, o padrão de dermátomo foi confirmado e diagnóstico de Herpes Zoster atípico atestado, sendo então tratada com combinação de Aciclovir (500mg). Considerações Finais: Há necessidade de conhecimento de tal caso, tendo em vista que a suspeita diagnóstica de herpes zoster é descartada pelo médico devido à epidemiologia da doença. Dessa forma, tem-se como objetivo minorar o tempo entre

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a admissão e o diagnóstico através de conhecimento da sociedade médica sobre a possível situação.

Título do trabalho: P18 - ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DA COINFECÇÃO TB/HIV COM CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E CLÍNICAS EM PACIENTES NO ESTADO DO PIAUÍ

Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>

Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>

Benedicte Mubilanzila Mayeka <[email protected]>

Ricardo Felipe Silva Soares <[email protected]>

Francisco Rogério de Araújo Melo Filho <[email protected]>

Raimunda da Silva Macêdo <[email protected]>

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo de Koch (BK). Esse patógeno é, na maioria das vezes, combatido efetivamente pelo sistema imune humano (90% dos casos). Contudo, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) debilita a resposta imune do hospedeiro, o que facilita a infecção por doenças oportunistas, dentre elas a TB. Métodos: Estudo analítico e retrospectivo. Os dados foram tabulados a partir Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) considerando-se os casos notificados de TB no Estado do Piauí no período de 2009 a 2012. A associação entre a presença de comorbidade tuberculose/HIV e variáveis sociais (sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade) ou clínicas (forma clínica de TB e desfecho da doença) foi testada através do teste de qui quadrado com correção de Yates ou teste G com correção de Willians quando necessário. Para ambos os testes assumiu-se como significativo p<0,05. Resultado: A maioria dos pacientes com comorbidade TB/HIV eram do sexo feminino (72,33%), enquanto que para os pacientes com TB e soro negativos o sexo mais prevalente (63,57%) foi o masculino (p<0,001). A faixa etária de 45 a 54 anos foi a mais prevalente em ambos os grupos, porém com diferença (p<0,001) nos percentuais entre os grupos sem e com comorbidade (46,67% e 33,01% respectivamente). Dentre o grupo com comorbidade, 70,83% eram da raça parda

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(p=0,80) e 76,02% tinham estudado no máximo até o ensino fundamental, no entanto essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,951). Quanto à forma clínica de TB, prevaleceu o tipo pulmonar em ambos os grupos (p<0,001). A proporção de abandono (11,24%) e óbito durante o tratamento (32,58%) foi maior entre os pacientes tuberculosos soro positivos (p<0,001). Discussão: Boa parcela de pacientes submetidos a tratamento da TB consegue concluí-lo, no entanto, a coinfecção TB/HIV desencadeia maior efeitos colaterais, contribuindo para o abandono do tratamento. Outro fator condicionante para o abandono do tratamento é por se tratar de uma doença incurável, alterando seu foco de vida, desmotivando-o a continuar o tratamento. Conclusão: Na amostra analisada, a coinfecção HIV/TB esteve estatisticamente associada ao sexo feminino e a forma clinica de TB pulmonar. A presença da coinfecção aumentou a susceptibilidade para desfechos desfavoráveis, sendo necessárias políticas de saúde voltadas para esse público alvo.

Título do trabalho: TL03 - ACESSO DO PACIENTE COM DEMÊNCIA AO ESPECIALISTA PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA VISÃO DE MÉDICOS DE UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Luan Barbosa Furtado <[email protected]>

Kelson James Almeida <[email protected]>

Bruna Rufino Leão <[email protected]>

Cintia Maria Borges Leal <[email protected]>

Sara Severo Mendes da Paz <[email protected]>

Raíssa Barreto Vieira Soares <[email protected]>

Introdução: Demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio da capacidade intelectual, grave o suficiente para interferir nas atividades sociais ou profissionais e no comportamento. O diagnóstico precoce pode, em alguns casos, reverter o processo e em outros amenizar as consequências. O objetivo do presente estudo é avaliar o acesso do paciente com demência ao especialista pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na visão de médicos de Unidades de Saúde da Família (USF). Material e Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo, aplicando-se questionário aos médicos que atendem pelo SUS nas USF das regiões sul, leste-

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sudeste e centro-norte de Teresina, no período de 29 de janeiro a 13 de fevereiro de 2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Integral Diferencial. Resultados: Dos 34 médicos entrevistados, 82,35% eram especialistas, sendo 37,71% em saúde pública ou saúde da família e comunidade; 50% já trabalham há mais de 5 anos na USF atual. Do total, 73,53% considera que a prevalência de demência entre idosos na USF que trabalha é entre 0 e 33%, 23,53% considera entre 34 e 67% e 2,94% entre 68 e 100%. Ao serem questionados se os pacientes atendidos pelo SUS com demência tem acompanhamento regular com especialista, 29,41% responderam “sim”, 67,65% “não” e 2,94% “não sei”. Já em relação ao pacientes atendidos por convênio, 64,71% disseram “sim”, 11,77% “não” e 23,52% “não sei”. Discussão: Recente revisão sistemática sobre de demência no Brasil apontou prevalências de 5,1 a 19% entre idosos, confirmando a opinião de 73,53% entrevistados, que afirmaram que a prevalência é entre 0 e 33%. Ao serem questionados se os pacientes atendidos pelo SUS com demência tem acompanhamento regular com especialista, 29,41% responderam que sim, já em relação aos pacientes com demência atendidos por convênio, 64,71% responderam sim. Das principais dificuldades encontradas para o paciente no SUS ter o acompanhamento regular com o especialista, destaca-se a falta destes, seja geriatra ou neurologista, e a dificuldade em conseguir o encaminhamento para os mesmos. Conclusão: O acesso do paciente com demência ao especialista foi considerado prejudicado na visão de médicos de Unidades de Saúde da Família (USF), principalmente quando o paciente fora atendido somente pelo SUS.

Título do trabalho: TL16 - CONHECIMENTO MÉDICO EM SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA RELACIONADO AO TEMPO MÁXIMO PARA TROMBÓLISE EM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO

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Marina Bonfim Ribeiro <[email protected]>

Kelson James de Almeida <[email protected]>

Bruna Gomes de Medeiros <[email protected]>

Raíssa Barreto Vieira Soares <[email protected]>

Ricardo Lira Araújo <[email protected]>

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. O reconhecimento precoce diminui comprometimento funcional decorrente do evento. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento de médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Teresina a cerca do tempo máximo para trombólise em AVE isquêmico. Metodologia: Estudo observacional, transversal e descritivo, desenvolvido através da aplicação de questionário aos médicos do SAMU Teresina no período de 6 de junho à 31 de julho de 2014, após submissão do Protocolo de Pesquisa ao ambiente virtual da Plataforma Brasil e análise e aprovação do mesmo pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário UNINOVAFAPI.Resultados: Dos 29 médicos que participaram da pesquisa, 79% eram homens, 90% eram especialistas e 69% exerciam a profissão a mais de 10 anos, 86% aplicaram as escalas pré-hospitalares de AVE em seu atendimento inicial. Mas em relação ao tempo máximo para aplicação de trombolítico após ictus de um provável acidente vascular isquêmico, a maioria (83%) respondeu de forma inadequada e 17% responderam corretamente. Dos médicos urgentistas 69% afirmaram conhecer e nomearam qualquer escala pré-hospitalar de AVE, enquanto 31% declararam desconhecê-las. Dentre as escalas, a escala pré-hospitalar de Cincinnati foi a mais conhecida, 92% dos urgentistas afirmaram conhecê-la, ao passo que 45% dos urgentistas conheciam a escala de Los Angeles.Discussão: O AVE isquêmico deve ser encarado como emergência, devendo ser diagnosticado e tratado o mais rápido possível. As escalas pré-hospitalares levam ao reconhecimento precoce do AVE e a uma estimativa imediata do prognóstico, além de excluir as situações que simulam a doença. Sendo assim contribuem para a eficácia do tratamento. Pode-se prevenir a morte neuronal com a restauração do fluxo sanguíneo cerebral nos valores fisiológicos, por meio da terapia trombolítica com ativador do plasminogênio tecidual recombinante em até 4 horas e meia do

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início dos sintomas. Porém apenas 17% dos urgentistas deste estudo conheciam esse intervalo de tempo. Conclusão: Houve desconhecimento a cerca do tempo máximo para trombólise em AVE isquêmico entre médicos do SAMU de Teresina. Reitera-se a importância da capacitação de médicos a respeito da “janela terapêutica" para o tratamento do AVE isquêmico. Deve ser incluído também o estudo das escalas pré-hospitalares como prioridade de saúde pública.

Título do trabalho: P01 - HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA NÃO DIAGNOSTICADA NO PRIMEIRO ATENDIMENTO

João Pedro Pinheiro do Nascimento Vieira <[email protected]>

Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>

Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>

Samuel Ricardo Batista Moura <[email protected]>

Bruno William Lopes de Almeida <[email protected]>

Flávia Pimenta Borges de Melo Brito <[email protected]>

Introdução:a razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso que não raramente acontece na realidade da medicina tanto piauiense como da brasileira,que é o do não diagnóstico de algumas enfermidades,tendo por consequência,muitas vezes,o agravamento do estado clínico do paciente.Relato do caso:paciente do sexo feminino procura atendimento no hospital de seu bairro com queixa de cefaleia intensa,a qual atribuiu como a pior da vida,em região occipital,acompanhada de vômitos.Afirmou ter os sintomas iniciado durante a faxina da casa,sem fatores precipitantes,e que dois dias antes teria sentido a mesma dor,mas que esta cedeu espontaneamente dentro de alguns minutos. Não relatou antecedentes de trauma,cirurgia,doença familiar de importância,tabagismo ou alcoolismo,fazendo uso apenas de anticoncepcional oral.Ao exame físico apresentava-se apenas com um leve pico de hipertensão,com pressão arterial de 157/82 mmHg,sem qualquer outra alteração,incluindo a avaliação neurológica,que estava normal.Com hemograma e sumário de urina normais,e na ausência de um exame de imagem adequado para a situação,fechou-se o diagnóstico de crise de enxaqueca,sendo prescritos no momento do atendimento analgesia e antieméticos,e

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para a prevenção de novas crises um betabloqueador não seletivo e medidas comportamentais.No dia seguinte apresentou novamente a mesma dor acompanhada de vômitos,agora com certa rigidez de nuca,sendo então levada às pressas a um hospital de referência em urgência de Teresina,onde realizou tomografia sem contraste,revelando hemorragia no espaço subaracnoideo.Fez-se então uma angiografia cerebral convencional para revelar a fonte do sangramento,a qual não encontrou aneurismas ou má formação arteriovenosa,sendo a partir daí a paciente transferida para o departamento de neurocirurgia para avaliação.Optou-se pelo tratamento conservador devido ao seu Hunt-Hess que pontuava em 2 e ausência das alterações anatômicas supracitadas,sendo feito o controle do seu balanço hidro-eletrolítico,prevenção de vasoespasmos que poderiam causar isquemia cerebral se não tratados de forma correta e analgesia,além do repouso até sua alta hospitalar.O caso se resolveu bem,havendo total absorção do sangue extravasado,sem deixar sequelas na paciente.Considerações finais:é importante então relatar casos assim a fim de evitar atrasos no diagnóstico de patologias relativamente comuns,visando evitar gastos desnecessários à rede de saúde e maiores danos aos pacientes.

Título do trabalho: P19 - CASO RARO DE HIPOCALEMIA: SÍNDROME DE GITELMAN

Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>

Ana Lorena de Carvalho Lima <[email protected]>

Lineker Velozo Costa <[email protected]>

Marco Antonio de Caldas Mendes <[email protected]>

Carlos Alberto Lages Monte Filho <[email protected]>

Introdução: A Síndrome Gitelman é uma tubulopatia perdedora de sal que acomete crianças e adultos jovens, causada por mutações do gene SLC12A3, levando à disfunção no transportador de NaCl tiazida-sensível. É caracterizada por hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalciúr ia, alcalose metaból ica e hiperaldosteronismo hiperreninêmico. Os pacientes com Gitelman podem apresentar alterações clínicas e bioquímicas semelhantes ao observado após uso excessivo de tiazídicos. Manifesta-se com câimbras, parestesias, tetania, além de outras

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alterações músculo-esqueléticas e cadiovasculares. O diagnóstico é feito baseado em achados clínicos e bioquímicos. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 19 anos, previamente hígido, relata que há três anos iniciou quadros recorrentes de fraqueza muscular e mialgia difusa, associado à dispnéia importante. Procurou serviço médico, sendo internado por duas semanas. Admitido em bom estado geral, porém taquicárdico e taquidispneico. Durante a internação foram identificados hipocalemia e hipocloremia importantes, elevação de escórias nitrogenadas e hipostenúria no sumário de urina. Ultrassom de rins e vias urinárias sem alterações. Foram feitos diagnósticos de Síndrome de Gitelman e Insuficiência Renal Aguda em resolução. Após melhora do quadro e dos parâmetros bioquímicos, o paciente recebeu alta com prescrição de Cloreto de Potássio (KCl) xarope e espironolactona. Desde então faz acompanhamento em ambulatório de nefrologia a cada três meses para avaliação clínica e laboratorial. Entretanto, continuou apresentando quadros recorrentes de fraqueza e mialgia em membros inferiores, além de manter taquicardia de base, e alterações eletrolíticas – hipocalemia e hipomagnesemia –, sendo realizadas mudanças nas doses do xarope de KCl e espironolactona, além de ter sido acrescentado pidolato de magnésio. Após ajuste de doses, os valores dos eletrólitos chegaram mais próximos dos valores de referência e os quadros de fraqueza e dispnéia se tornaram mais esparsos. Considerações finais: a síndrome de Gitelman é uma doença rara e hereditária, sendo um importante diagnóstico diferencial de hipocalemia e outras alterações eletrolíticas. Pode levar a retardo do crescimento e complicações para graves, como parada cardíaca, justificando a importância de seu diagnóstico e tratamento precoces.

Título do trabalho: P06 - FRATURA NA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO EM PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO

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Débora Sara Neves Lima <[email protected]>

Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>

Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>

Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>

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Flávia Pimenta Borges de Melo Brito <[email protected]>

Introdução: A razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso que não raramente acontece na realidade da medicina tanto piauiense como da brasileira que é a fratura do rádio distal , as quais são mais comuns em pessoas idosas. Essa fratura representa de 10 a 12% das fraturas do antebraço e é, muitas vezes, chamada de fratura de Colles, não se levando em conta os vários tipos de fraturas distintas da extremidade distal do rádio. Geralmente é de fácil tratamento e bom prognóstico, adquirindo grande importância devido à elevada frequência com que ocorre. Relato do Caso: Paciente do sexo feminino chegou na urgência de um hospital particular com queixa de dor insidiosa e crescente por todo o punho direito, o qual estava com grande edema. Afirmou ter sofrido queda da própria altura durante a lavagem do banheiro de sua residência, e ao cair apoiou sua mão diretamente contra o solo. Não relatou de antecedentes de trauma, cirurgia, tabagismo ou alcoolismo, fazendo o uso apenas de Alendronato para o tratamento da osteoporose. Ao exame físico, apresentou um leve pico de hipertensão, com pressão arterial 157/82 mmhg, e os reflexos do antebraço se mostraram normais. A radiografia do punho pré-operatória na incidência posteroanterior evidenciou uma fratura de rádio distal extra-articular com cominuição metafisária e diminuição da inclinação radial. Optou-se por tratamento cirúrgico com fixação de fios de Kirschner da fratura do rádio distal. Esse tratamento gera a necessidade de imobilização gessada pós-operatória. A paciente foi informada sobre a importância de manter o braço elevado no pós-cirúrgico, de modo a reduzir o edema, prevenir a dor e ajudar na cicatrização. Além disso, no segundo dia foram iniciadas atividades de flexão e extensão para estimular o bombeamento dos músculos da mão.A paciente foi encaminhada para um fisioterapeuta para dar início cinesioterapia visando o ganho de ADM e ganho de força para os movimentos de punho.

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Considerações finais: A fratura em questão requer atenção devido a sua prevalência na população em geral. A técnica cirúrgica utilizada obteve sucesso para o tratamento da paciente em questão, a operação foi de fácil execução, minimamente invasiva, com mínimas complicações cirúrgicas, de baixo custo e produzi(u) uma estabilidade óssea confiável.O caso em questão chama a atenção para o quadro clínico da osteoporose, doença a qual fragiliza os pacientes e os deixam mais susceptíveis a fraturas em geral.

Título do trabalho: P15 - TENDINOSE LATERAL DO COTOVELO : RELATO DE CASO

Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>

Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>

Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>

Introdução: A razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso frequente na medicina brasileira: a epicondilite lateral (“Cotovelo do Tenista”), uma causa frequente de dor no cotovelo e afeta de 1 a 3% da população adulta anualmente. O complexo do cotovelo apresenta uma série de tendões inseridos no epicôndilo lateral cuja principal função é a extensão do punho e da 2º a 5º falange além da adução da mão(desvio ulnar). Ela ocorre inicialmente por micro lesões na origem da musculatura extensora do antebraço. Relato do caso: Paciente do sexo masculino procura atendimento em hospital particular de ortopedia com queixa de dor no cotovelo (insidiosa e que se espalhava por todo o antebraço). Alegou sensibilidade na região e dor por todo o antebraço ao realizar atividades domésticas. Informou que trabalha como digitador profissional em uma escola particular. No exame físico foi feita a palpação do epicôndilo lateral, do olecrano e da cabeça do rádio, em seguida. Realizou-se o teste de Cozen e o teste de Mill sendo estes positivos, confirmando a suspeita de “cotovelo do tenista”. O tratamento inicial visou o controle da dor com o uso de analgésico, indicação de fisioterapia e afastamento do trabalho por 1 semana. Foi solicitada uma eletroneuromiografia da região, e a hipótese de síndrome do túnel radial foi descartada. O paciente retornou ao consultório 7 meses depois relatando novamente dor intensa na região do cotovelo. Repetiu-se os teste de Cozen e de

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Mill, sendo que ambos deram positivos, e decidiu-se pela intervenção cirúrgica. A técnica cirúrgica aberta utilizada foi a descrita por Nirschl, que consiste na identificação e ressecção da área de tendinose e remoção do tecido doente. Após a cirurgia o cotovelo foi imobilizado por cerca de sete dias. Recomendou-se a fisioterapia com exercícios isotônicos e isocinéticos a serem iniciados após três semanas a retirada do gesso. O paciente relatou na consulta de retorno que a dor tinha sido aliviada e que conseguiu voltar ao trabalho normalmente. Considerações finais: Apesar da denominação, as epicondilites umerais são tendinopatias não inflamatórias. O diagnóstico é eminentemente clínico, e exames complementares são necessários para a exclusão de outros diagnósticos. Nos pacientes em que existe persistência da sintomatologia, apesar do tratamento incruento por tempo prolongado, deve-se considerar o tratamento cirúrgico, que apresenta bom prognóstico.

Título do trabalho: TL01 - PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DOS ACIDENTADOS MENORES DE 15 ATENDIDOS EM UM PRONTO SOCORRO PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESINA-PI

JOÃO PAULO DA SILVA BATISTA <[email protected]>

CINTIA MARIA DE MELO MENDES <[email protected]>

KARLA JÉSSICA ARAÚJO FORTES <[email protected]>

DANILO GONÇALVES DANTAS <[email protected]>

ALANNA CARLA FARIAS COUTO <[email protected]>

FLAYLSON MOURA BARROS <[email protected]>

Introdução: acidentes são considerados injúrias não intencionais resultantes de transmissão rápida de energia de um corpo a outro. O grupo infantil é mais propenso aos acidentes devido às suas características peculiares e conviver em ambientes projetados para adultos. Este trabalho objetiva caracterizar o perfil sócio-demográfico das crianças vítimas de acidentes atendidas em um pronto socorro público na cidade de Teresina-PI no ano de 2010. Material e métodos: trata-se de um trabalho descritivo, quantitativo documental e retrospectivo. A coleta de dados se deu através da analise dos prontuários de

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vítimas de acidentes menores de 15 anos de idade. O projeto foi encaminhado para o Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí sendo aprovado e posteriormente foi aprovado pelo comitê de ética do pronto socorro em questão. Resultados: 62,4% dos acidentados são do sexo masculino e 37,6% do sexo feminino. No tocante à procedência, a maioria dos acidentados é oriunda de Teresina (65,9%). Os demais são originários do interior do Piauí (28,6%), do Maranhão (5,3%) e em 0,2% dos prontuários não havia registro da procedência. A faixa etária predominante foi a de 7-11 anos de idade, com 34,7%, seguida de: 1-3 anos (23,5%); 4-6anos (22,2%); 12-14 anos (17,8%) e < 1 ano (1,8%). A média da faixa etária foi de 7 anos e 6 meses. Discussão: a maior predisposição dos meninos a se acidentarem está provavelmente relacionada aos tipos de atividades que cada sexo executa, sendo os meninos mais enérgicos e dinâmicos. As crianças na faixa etária compreendida entre 7 e 11 anos não possuem noções sobre espaço, distância, velocidade e tempo e ainda há uma supervisão inadequada ou ausente que constitui um risco para ocorrências. Referente à procedência dos indivíduos acidentados, a porcentagem demonstra a importância dos atendimentos oriundos do interior e Maranhão que, juntos, foram responsáveis por 33,9% dos atendimentos. Conclusão: A faixa etária mais frequente foi a de 7-11 anos, sendo mais da metade das crianças pertencentes ao sexo masculino e oriundas de Teresina. Em relatório apresentado pela UNICEF, em 2001, o Brasil é alocado em um grupo de países com altas taxas de óbitos em menores de 15 anos. Diante deste contexto, torna-se essencial o conhecimento a respeito do perfil das crianças que sofrem acidentes, para que as estratégias de prevenção realizadas pelos planejadores e executores de políticas públicas estejam baseadas em dados concretos.

Título do trabalho: TL13 - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO DE INICIO PRECOCE E TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.

ISADORA CAVALCANTE OLIMPIO DE MELO <[email protected]>

Matheus Vieira dos Santos <[email protected]>

Introdução: Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por prejuízos na interação e comunicação social em múltiplos contextos, interesses e

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comportamentos limitados e repetitivos. Síndrome de Gilles de la Tourette (ST) apresenta-se na forma de tiques motores e vocais crônicos. A razão deste trabalho está na exposição de um caso cuja variedade de sintomas e mudanças na evolução clínica dificultou o processo diagnóstico, que foi realizado revisando a evolução do paciente.Relato de caso: L.Z.F, sexo masculino, 9 anos, natural Suzano/SP. Motivo da consulta era irritabilidade e agressividade. Aos 5 anos de idade, a família recebe reclamações da escola devido a irritabilidade e inquietação. Apresentava ainda comportamentos repetitivos: subir e descer escadas, escovar os dentes diversas vezes, tiques motores e vocais como contrair ombros, girar olhos e pigarrear. Realizada avaliação pediátrica e neurológica, solicitaram exames laboratoriais, eletroencefalograma e ressonância magnética de crânio, inalterados. Em 2012, foi diagnosticado com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e ST, medicado com Fluoxetina 20mg/dia. Com medicação em uso apresentou crises de enxaqueca e irritabilidade eventual, não havendo alteração dos tiques e comportamentos repetitivos sem melhora significativa. Ano seguinte, nova medicação, Imipramina até 50mg/dia, a diante associado Ácido Valpróico de 500mg/dia VO, sem melhora. Em nova consulta, início de 2014, manteve diagnóstico de TOC e medicação alterada para Sertralina 50mg/dia com piora da irritabilidade e agitação. Tentou-se associar Carbamazepina 500mg/dia VO, sem resposta. Com aumento da agressividade, o paciente precisou de novo atendimento apresentando agitação psicomotora aguda, então aventou-se hipótese de Transtorno Afetivo Bipolar – episódio maníaco, devido a piora com uso de Sertralina. Durante acompanhamento, percebeu-se não se manifestarem outros sintomas de transtorno de humor: alteração de sono, apetite, polaridade depressiva ou manitiforme. Revendo histórico de desenvolvimento constatou-se dificuldades de socialização, apego à rotina e outros sinais de autismo, que eram considerados sintomas de TOC e ocorriam devido ao quadro do TEA.Conclusão: após investigação diagnóstica, concluiu-se apresentar o paciente TEA e ST. Medicado com Risperidona, dosagem de 1,5 mg/dia associada psicoterapia baseada em análise do comportamento, resultando em melhora da irritabilidade e melhor adaptação social do paciente.

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Título do trabalho: TL17 - CORPO ESTRANHO EM OTORRINOPEDIATRIA: ESTUDO DE 530 CASOS

Humberto de Brarros Fernandes <[email protected]>

Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>

Alécio Fonseca Leite <[email protected]>

O atendimento otorrinolaringológico (ORL) de urgência devido a corpo estranho (CE) é algo frequente. O quadro clínico é variável e o diagnóstico é geralmente feito através do exame físico. Esta pesquisa teve como objetivos caracterizar o perfil do paciente pediátrico com CE, avaliando gênero, faixa etária, procedência, localização anatômica do objeto e o tipo de material encontrado, definir os achados clínicos quanto à sintomatologia e ao exame físico, sua evolução e desfecho e definir a taxa de complicações. O estudo foi baseado na resolução 466/2012 do Ministério da Saúde e só iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o seguinte CAAE: 15787313.1.0000.5211. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Serviço de Arquivo Médico e Estatística de um hospital de referência em urgência da cidade de Teresina, Piauí. A amostra da pesquisa foi composta 350 casos de 0 a 12 anos atendidos por CE em cavidade ORL, no período de agosto de 2009 a março de 2013. Dentre os 530 casos avaliados, 42,1% eram em orelha, 41,3% em nariz e 16,6% em orofaringe. Quanto ao gênero, 50,8% eram do masculino e 49,2% do feminino. Quanto à procedência, 68,9% de Teresina, 21,5% do interior do Piauí e 9,6% de outro Estado. A idade variou de 6 meses a 12 anos, com média de 3 anos. Em 85,1% não houve manipulação prévia, houve em 9,6% e em 5,3% não foi informado. Realizou-se exames complementares em 3,2% dos casos. Quanto o local de resolução, 94,2% em ambiente ambulatorial, enquanto que 5,8% necessitaram intervenção cirúrgica. Em orelha e nariz os casos foram predominantemente assintomáticos, o que ocorreu em 54,3% dos casos e 40,2%, respectivamente. Nos casos de orofaringe, o sintoma mais frequente foi odinofagia (36,4%). Os CEs mais encontrados na orelha e nariz foram grãos (28,2% e 26%, respectivamente), enquanto que na orofaringe foi espinha de peixe, presente em 77,3% dos casos. A presença de complicações ocorreu em 5,9%. O que não aconteceu nos casos em orofaringe, porém ocorreu em 13% dos casos em orelha e 0,9% em nariz. O mais

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comum é inseto ou grão em orelha ou nariz de homem ou mulher, até 3 anos e sem manipulação prévia que são assintomáticos. É infrequente a necessidade de exames complementares e a resolução geralmente é ambulatorial, com taxa de complicação de 5,9%.

Título do trabalho: P21 - CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTADOS MENORES DE 15 ANOS DE UM PRONTO SOCORRO DE TERESINA-PI SEGUNDO REGIÃO CORPÓREA AFETADA, NATUREZA DA LESÃO E EVOLUÇÃO.

CINTIA MARIA DE MELO MENDES <[email protected]>

DANILO GONÇALVES DANTAS <[email protected]>

FLAYLSON MOURA BARROS <[email protected]>

JOÃO PAULO DA SILVA BATISTA <[email protected]>

KARLA JÉSSICA ARAÚJO FORTES <[email protected]>

MONYQUE HOLANDA COSME <[email protected]>

IOLANDA FELIPE DA SILVA <[email protected]>

Introdução: Os acidentes podem ser considerados como "injúrias não intencionais" de etiologia multifatorial e que são passíveis de prevenção. Na infância tem grande representação como causa de morbi-mortalidade constituindo, assim, grande problema de saúde pública. Este trabalho tem o objetivo de caracterizar os acidentados menores de 15 anos segundo região corpórea afetada, natureza da lesão e evolução. Material e métodos: Trata-se de um trabalho quantitativo, documental e retrospectivo. Foram pesquisados os acidentes ocorridos em menores de 15 anos de idade que buscaram o atendimento no Pronto-Socorro em Teresina (PI) no ano de 2010. Os dados foram coletados nos boletins de atendimento por meio de formulário. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí e do Hospital Municipal em questão. Resultados: Com relação à parte do corpo afetada no acidente, observou-se a predominância de MMSS e cabeça com 39,1% e 32,1% respectivamente. Em relação à natureza das lesões causadas nos acidentes, o tipo mais frequente foi fratura com 30%. Os seguintes foram trauma superficial com 20,8% e laceração com 12,8%. Relacionando o tipo de acidente e a evolução do caso, observou-se que

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todos os tipos de injúrias evoluíram com alta até 24/48h, exceto a lesão acidental por arma de fogo. Discussão: Os traumatismos de membros em geral predominam nas crianças maiores porque além de já terem desenvolvido o reflexo de proteção da cabeça, desenvolvem a prática de esportes com grande exposição. Uma das razões que pode explicar o alto índice de lesões na cabeça, predominante em crianças menores, é o fato de que elas ainda não possuem o reflexo de proteção dessa região. Os resultados apontam trauma superficial e evolução para alta em menos de 48h como as consequências mais recorrentes, em consonância com a literatura científica. A maioria dos acidentes não provocou lesões que precisassem de tratamento prolongado, visto que as porcentagens referentes às altas após 24/48h são baixas. Conclusão: Analisando tais achados, percebe-se que os casos menos graves poderiam ser atendidos nas unidades básicas de saúde, se estas fossem estruturadas. Isso reduziria o fluxo de atendimento nos hospitais de urgência, que recebem todos os tipos de acidentes, tornando mais primoroso o atendimento aos casos especiais.

Título do trabalho: P23 - SÍNDROME DE GRISEL: RELATO DE CASORodrigo Cortez Torres Silva <[email protected]>

Mayara Eugênia Souza <[email protected]>

Luanna Dias dos Reis Crisanto Leão <[email protected]>

Leandro Pessoa Carneiro <[email protected]>

Naiara Silva da Fonsêca <[email protected]>

Roberta Oriana Assunção Lopes de Sousa [email protected]

Introdução: A síndrome de Grisel é uma doença rara caracterizada por um desvio rotacional entre as vertebras C1 e C2, provocado por um processo inflamatório ou infeccioso. Predominantemente pediátrica esta síndrome ocorre em 68% dos casos em crianças abaixo dos 12 anos de idade e em 90% abaixo dos 21 anos de idade. A apresentação da entidade ocorre tipicamente com torcicolo fixo, doloroso, com rigidez cervical e febre, mediante existência de processo inflamatório ou infeccioso

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mais exacerbado, complicações neurológicas ocorrem em 15% dos casos cursando com tetraplegia ou mesmo morte súbita. O diagnostico diferencial é feito principalmente com meningite sendo levado em consideração também o abscesso retrofaríngeo e torcicolo muscular espasmódico, o principal exame para exclusão desses diagnósticos é o estudo do LCR e a TC com contraste. O tratamento compreende uma conduta conservadora com tração craniana, analgesia e tratamentos das infecções presentes ao diagnostico.Relato de caso: A. V., 18 anos, gênero feminino, solteira. Nasceu de parto cesáreo prematuro, IG 28 semanas. Aos 9 meses de idade a mãe percebeu leve assimetria do pescoço e irritabilidade constante interferindo na qualidade sono, levada sucessivas vezes aos serviços de urgência médica que geralmente era levantado a hipótese de meningite mas sem comprovação laboratorial. Ocorreu melhora clínica gradual até que aos 6 anos de idade apresentou quadro súbito de torcicolo acentuado, dores em MMII à deambulação, episódios intermitentes de parestesias em pés e mãos e dispnéia ao repouso sendo então conduzida novamente aos serviços de urgência médica para avaliação ortopédica e neurológica. Aos exames radiológicos constatou-se fusão das vértebras C2 e C3 e subluxação C1 e C2 com compressão medular. Realizou-se o diagnóstico de Síndrome de Grisel com consequente sequela, sendo inviável tratamento definitivo pelo diagnostico tardio, sendo conduzida apenas com fisioterapia RPG. Hoje aos 18 anos de idade, relata dores em região cervical e em membros aos intensos movimentos com intermitentes episódios de intensificação com sucessivas internações. Em julho de 2014 a paciente evoluiu com uma hérnia de disco.Considerações finais: A síndrome de Grisel é uma patologia rara porém causadoras de graves comorbidades neurológicas, necessitando de tratamento precoce, mas que nem sempre é considerada como diagnostico diferencial imediato.

Título do trabalho: P11 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TUBERCULOSE

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Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>

Jyselda de Jesus Lemos Duarte <[email protected]>

Alécio Fonseca Leite <[email protected]>

A tuberculose em crianças geralmente é mais grave do que nos adultos e apresenta maior proporção de acometimento extrapulmonar e de formas disseminadas. A confirmação bacteriológica nessa faixa etária é difícil quer pelas características das lesões pulmonares, em geral não cavitárias, quer pela dificuldade de obtenção de amostras para exames de escarro. Sendo assim, esta pesquisa teve como objetivo geral caracterizar o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes com tuberculose, buscou-se também avaliar o gênero, a faixa etária, a procedência e a situação vacinal das crianças e adolescentes com tuberculose, bem como identificar a forma clínica, o tratamento e as complicações ocasionadas pela doença. O estudo baseou-se na resolução 466/2012 CNS, no qual foi aprovado pelo CAAE de número 25743714.3.0000.5211 e só iniciou após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa (CEP) da Faculdade Integral Diferencial. Realizou-se uma análise retrospectiva dos prontuários de pacientes de 0 a 14 anos com tuberculose, no período de fevereiro a junho de 2014. A partir dos dados coletados observou um predomínio do gênero masculino, na sua maioria provindos do interior do Piauí e da capital, pertencentes a faixa etária de 0-4 anos. Foi verificado que 40% eram vacinados com BCG. A predominância foi da forma clínica pulmonar; das formas extrapulmonares foram diagnosticados com tuberculose ganglionar, seguidos da forma meníngea, óssea, pleural, cerebral e epidídimo. O sintoma mais frequente encontrado foi a febre. A taxa de associação da tuberculose com o HIV foi de 9,1%. Neste estudo a maior parte dos pacientes era do sexo masculino e pertencia às faixas etárias de menores de 4 anos de idade. Esse fato pode ser explicado, pois, crianças menores de 2 anos de idade tem o dobro das taxas de adoecimento em relação as crianças maiores, já que o sistema imunológico é imaturo. A taxa de associação com o HIV é em torno de 8%. Apesar de ser norma nacional, a realização de sorologia para HIV em todos os pacientes com tuberculose ainda não acontece e, portanto, este número pode não refletir a realidade. Através dos dados obtidos, conclui-se que a tuberculose acomete comumente a faixa etária entre 0 a 4 anos, principalmente, o gênero masculino, vacinados com BCG e procedentes de

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Teresina e do interior do Piauí. A forma clínica mais comum foi a pulmonar, os pacientes foram tratados, preferencialmente, com o esquema RIP e a maioria não houve maiores complicações.

Título do trabalho: P17 - ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL EM LACTENTE: RELATO DE CASO

Joemir Jabson da Conceição Brito <[email protected]>

Catarina Fernandes Pires <[email protected]>

Roberta Oriana Assunção Lopes de Sousa <[email protected]>

Alex Jorge Medeiros Silva <[email protected]>

Natália Rosa Santos <[email protected]>

Juliana Bandeira da Rocha Lima <[email protected]>

Introdução: Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) constitui um grupo de doenças caracterizadas por artrite crônica sem causa conhecida com início antes dos 16 anos. Há seis subtipos bem definidos, oligoarticular, sistêmico, poliarticular fator reumatoide positivo, poliarticular fator reumatoide negativo, artrite psoriásica, artrite relacionada à entesite, e um sétimo subtipo, artrite indiferenciada (ILAR). O subtipo sistêmico responde por 10 a 20% dos casos, com média de idade de acometimento de 4 a 6 anos, enquanto que os pacientes com subtipo oligoarticular respondem por até 60% dos casos. Descreve-se um caso de artrite idiopática juvenil sistêmica em lactente. Relato do caso: IK, 1ano e 6 meses, feminino, iniciou quadro de dor em articulação do quadril esquerda associada a claudicação em outubro de 2014. Evoluiu com edema, calor, rubor e dor na articulação do joelho esquerdo e posteriormente tornozelo esquerdo e metatarsofalangeanas. A artrite era migratória, acometendo ainda punho e metacarpofalangeanas à esquerda e coluna cervical. À poliartrite, somou-se quadro de febre alta diária, até três episódios/dias, associada à rash cutâneo maculopapular. Em janeiro de 2015, mantendo o quadro de artrite, febre e rash cutâneo, deu entrada em hospital de referência em Teresina (PI) para investigação diagnóstica. Ao exame mostrava-se ativa, reativa com artrite em punho esquerdo. Evoluiu com picos febris diários e rash cutâneo. Os exames mostravam PCR 96mg/ml, VHS 145 mm, ASLO e FR negativos, FAN não reagente. Hemograma

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com anemia, leucocitose (33.900/ mm³), desvio a esquerda e plaquetose (692.000/mm³). Uréia, creatinina, TGO, TGP, BTF e eletroforese de hemoglobina normais. Sorologias para HIV, citomegalovírus, rubéola, toxoplasmose, herpes, sarampo e sífilis negativa. Epstein Barr: IgM 120 UI/ml, IgG: 750 UI/ml. Ferritina 1500ng/ml. Radiografia do ilíaco normal. Ecocardiograma com padrão normal. Mielograma com hiperplasia granulocítica. Iniciou-se tratamento com indometacina, prednisona e metotrexate apresentando melhora parcial dos sintomas, porém, mantendo febre. Assim, iniciou-se pulsoterapia com metilprednisolona 3 dias com remissão dos sintomas. Paciente apresenta-se oligossintomática, apresentando um rash cutâneo com febre com episódios mais esporádicos. Considerações Finais: Trata-se de AIJ numa faixa etária muito precoce, com sintomas muito exuberantes e de difícil controle.

Título do trabalho: TL04 - NOS TEMPOS DA “FERTILIZAÇÃO IN VITRO” (FIV), AINDA HÁ ESPAÇO PARA A REANASTOMOSE CIRÚRGICA DAS TUBAS UTERINAS?

Ailton Ribeiro Costa <[email protected]>

Ione Maria Ribeiro Soares Lopes <[email protected]>

Matheus Fernando de Carvalho Lopes Nascimento <[email protected]>

Laísa Allen Gomes de Sousa <[email protected]>

Antônio Ribeiro Barradas Júnior <[email protected]>

Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>

Renata Santos Martins <[email protected]>

Ana Leticia Ramos Bezerra de Alencar <[email protected]>

Maria Clara Cronemberger Guimarães Serzedo <[email protected]>

Introdução: A laqueadura tubária (LTB) é um ato cirúrgico que continua sendo realizado no Brasil de forma indiscriminada e é motivo de arrependimento em um grande número de pacientes. Objetivos: Avaliar o perfil das pacientes submetidas à reanastomose tubária no Setor de Reprodução Humana do Hospital Getúlio Vargas / UFPI, identificando os motivos

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da esterilização cirúrgica e se o resultado da recanalização cirúrgica satisfaz as expectativas nos tempos da “FIV”. Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo, com a análise de prontuários de 65 casais com diagnóstico de esterilidade secundária a LTB, entre jane i ro de 2007 a dezembro de 2012. A ava l iação cons is t iu em histerossalpingografia para as pacientes e o espermograma para o fator masculino. Foram incluídas mulheres de 20 a 39 anos de idade e as variáveis estudadas foram idade da realização da LTB e da reversão, escolaridade, renda mensal do casal, número de filhos, motivo da procura da reanastomose tubária, motivo da realização da LTB, tempo decorrido entre a LTB e a procura da reversão, local da trompa que foi realizada a esterilização tubária, permeabilidade tubária e a ocorrência de gestação após a cirurgia. O procedimento cirúrgico utilizou-se da lupa de pala. Resultados: A faixa etária predominante da realização da LTB foi à de 21 a 25 anos de idade em 50,0%, seguido de menos de 20 anos em 23,1%, de 26 e 30 anos em 19,2% e com mais de 30 anos em 7,7%. O intervalo de tempo entre a LTB e procura para reversão variou de 08 meses a 18 anos. Os motivos que levaram as pacientes solicitar LTB, 50,0% foi por vontade própria; 10,3%, problemas conjugais; 7,40%, vontade da mãe; 32,30%, outros motivos. As regiões anatômicas predominantes da obstrução foram: do istmo e da ampola em 52,5%, seguida pela ligadura muito próxima ao útero (≤ 1 cm) em 8,50%. Constatou-se permeabilidade tubária em 92,30% e a taxa de gestação foi de 73,10%, sendo 2,64%, tubária, considerando-se um período de seguimento mínimo de seis meses. Conclusões: As mulheres estudadas que realizaram LTB são jovens, bom nível de escolaridade e as regiões preferenciais da laqueadura tubária são a ístmicas e ampolas das tubas, onde a procura para a reversão desse processo ocorre em até 12 anos principalmente por um novo relacionamento. A recanalização tubária com lupa de pala oferece alta taxa de sucesso. A seleção adequada das pacientes e a técnica cirúrgica correta da LTB são fatores essenciais para o sucesso da cirurgia.

Título do trabalho: TL10 - PERFIL DAS CIRURGIAS UROGINECOLÓGICAS EM UNIDADE HOSPITALAR DE TERESINA

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elaine carvalho de oliveira <[email protected]>

luciany damarys de araujo santos <[email protected]>

valdir de jesus vale de melo <[email protected]>

michelle chintia rodrigues de sousa . <[email protected]>

robson david de araújo lial <[email protected]>

Introdução: Esse estudo tem por objetivo identificar a frequência das cirurgias uroginecológicas(Colpoperineoplastia; Histerectomia vaginal; Cura de incontinência urinária de esforço cirúrgico; Cirurgia de Manchester; Ninfoplastia; Himenotomia e Himenoplastia) em unidade hospitalar em Teresina-PI, e explicar a frequência dessas cirurgias de acordo com: tipo de procedimento cirúrgico; idade; paridade; quadro clínico; indicação do código internacional de doenças (CID).Material e métodos:De acordo com a Resolução 196/96, após a aprovação da banca, submetida à análise do Comitê de Ética em Pesquisa foram utilizados hum mil setecentos e cinquenta e quatro(1.754)prontuários de cirurgias uroginecológicas realizadas de 2001 a 2011.Resultados:Quanto ao quadro clínico a ruptura perineal apresentou percentual de 63,16%; 44,35% a colporetocele e 41,04% os sintomas urinários, o prolapso genital apresentou um percentual de 24,85% e os menores percentuais foram:cisto ovariano, hipertrofia vulvar e lesão vascular vulvar com 0,05%, 011% e 0,11% respectivamente. Quanto ao CID,a cistocele predominou em relação às demais com 75,31%, em segundo lugar, o prolapso uterovaginal com 16,07%. Quanto à paridade, um total 1.293 de não preenchimento73,72%, mais de três partos 15,63%, comparado com um, dois ou três partos que corresponderam respectivamente a 0,17%, 0,91% e 9,57%.A idade entre 30 a 39 anos e 20 a 29 anos obtiveram respectivamente 29,36% e 27,02%. Quantoao tipo cirúrgico, a colpoperineoplastia alcançou 81,54%, em segundo lugar a histerectomia vaginal com 11,08%, e a cirurgia de ninfoplastia 0,11%.Em relação ao tipo de parto,o vaginal foi de 2,15%, o cesário de 0,22%, mas o maior de 97,63%, dos prontuários não preenchidos.Houve uma taxa de crescimento das cirurgias uroginecológicas de 13,22% no período de onze anos. Discussão:O prolapso genital é uma condição multifatorial com fatores sobre os quais não é possível intervir, como idade e história familiar, e outros que podem ser

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alterados: obesidade, paridade, tipo de parto e macrossomia fetal.O parto vaginal isoladamente não explica a ocorrência de prolapso, pois este também está presente em mulheres nulíparas. Conclusão:A paridade predominante é a de mulheres com mais de três filhos, havendo paciente com até 18 filhos.Observou-se que a predominância dos partos vaginais em multíparas.O perfil da nordestina, quanto ao grande número de partos vaginais, condiciona os fatores precipitantes dos distúrbios uroginecológicos.

Título do trabalho: P09 - GESTAÇÃO SEM COMPLICAÇÕES EM PACIENTE COM MIOMA SUBSEROSO EM ÚTERO BICORNO

Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>

Daniel Santos Rocha Sobral Filho <[email protected]>

Bernardo Vale dos Santos <[email protected]>

Ricardo Felipe Silva Soares <[email protected]>

Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>

Luis Gustavo Pinto <[email protected]>

Introdução: Útero bicorno, relacionado com abortamentos tardios, resulta da fusão incompleta dos ductos de Müller, e pode ser parcial ou completo. Outra patologia comum é o mioma uterino, que é um tumor benigno estrógeno-dependente com necessidade de espaço anatômico considerável, e é classificado em intramural, submucoso, subseroso ou pediculado. Os miomas provocam taxas de aborto de 40% e 17% no primeiro e segundo trimestres, respectivamente. O caso que será relatado apresenta importância clínica pelo desenvolvimento de gestação sem complicações, apesar de estas patologias estarem comumente relacionadas a aborto ou má formações.Relato de caso: Paciente M. A. C. O., 29 anos, útero bicorno completo com mioma uterino subseroso, de grandes proporções, no corno esquerdo, e segunda gestação desenvolvendo-se no corno direito. Gestação prévia, sete anos antes da atual gestação, na ausência de mioma. USG transvaginal, realizada na 7ª semana, apresentou útero bicorno em AVF, com dimensões e volume aumentados, com saco gestacional de inserção habitual, na cavidade endometrial do corno direito. No corno esquerdo, visualizou-se nódulo miomatoso subseroso fúndico. Na USG transvaginal

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na 30ª semana, feto apresentava-se vivo e ativo, e placenta e líquido amniótico com características normais. O mioma apresentou aumento das dimensões entre os dois exames, de 22.2 x 13 x 12.5 cm para 23.1 x 21.7 x 16.4 cm, devido à estimulação estrogênica comum na gravidez. Com 39 semanas, o parto cesariano ocorreu sem complicações. Para evitar riscos anestésicos, hemorragia e choque hipovolêmico, devido à grande irrigação local, a miomectomia só foi realizada um ano após o parto, acompanhada de histerectomia e conservação dos ovários com o intuito de manter a fisiologia hormonal. O estudo histopatológico do tumor indicou leiomioma com áreas de degeneração hialina medindo 28 x 26 x 26 cm.Considerações finais: Os miomas, associado ao útero bicorno, representam riscos para abortos espontâneos, descolamento de placenta, hemorragia pós-parto e outras complicações. No caso relatado, a não ocorrência de complicações no parto está associada à manifestação completa do útero bicorno, separando saco gestacional e tumor em dois compartimentos diferentes, e à disposição do mioma na subserosa, que, embora aumente o risco de torção, isquemia e necrose, ainda constituem forma menos invasiva e prejudicial ao desenvolvimento fetal, quando comparado às formas intramural e submucosa.

Título do trabalho: P03 - INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DO ÚTERO NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: 2010 A 2014

IVONALDO MARTINS DIAS JÚNIOR <[email protected]>

BETÂNIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS <[email protected]>

FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE <[email protected]>

MARIA DO CARMO ANDRADE DUARTE DE FARIAS <[email protected]>

Introdução: O câncer de colo de útero apresenta crescimento lento e silencioso, e a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é o principal fator para o seu surgimento. A vacina contra o HPV e as ações preventivas e de detecção precoce são promissoras no combate dessa neoplasia. O objetivo desse estudo foi analisar a morbimortalidade ocasionada por câncer de colo de útero na região Nordeste do Brasil, no período 2010 a 2014. Método: Estudo observacional analítico, do tipo ecológico, com dados divulgados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sobre as

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internações hospitalares, óbitos, taxa de mortalidade e custo total por neoplasia maligna de colo do útero no Nordeste, nos anos 2010 a 2014. As variáveis analisadas foram faixa etária e cor/raça. A análise dos dados foi descritiva, com abordagem quantitativa. Os dados utilizados neste estudo são públicos, disponibilizados no site do DATASUS e sem identificação de indivíduos. Resultados: Durante os anos 2010 a 2014 foram constatadas 30.946 internações por neoplasia maligna de colo do útero no Nordeste. A faixa etária de 40 a 49 anos foi a mais acometida, com 33,87% (n=10.482) das internações. O total de óbitos foi de 2757 mulheres, sendo 23,5% (n=648) de 50 a 59 anos. O menor percentual de óbitos foi 3,55% (n=98), na faixa etária de 0 a 29 anos. Tanto as internações quanto os óbitos ocorreram mais em mulheres pardas, sendo 49,33% (n=15.266) e 52,6% (n=1450), respectivamente. A região Nordeste apresentou uma taxa de mortalidade média de 8,91, no período estudado. O total de gastos no Nordeste com internações por essa neoplasia correspondeu a R$ 46.563.830,95. Discussão: O câncer do colo do útero é raro em mulheres até 30 anos e sua incidência aumenta progressivamente, prevalecendo na faixa de 40 a 49 anos. A mortalidade aumenta a partir da quarta década de vida, com expressivas diferenças regionais e raciais. Relatos na literatura afirmam que a frequência dessa neoplasia é maior em mulheres negras, contrariando os achados neste estudo. Embora seja um câncer de caráter preventivo e curativo, sua incidência é elevada e gera enormes gastos para a União. Conclusão: É necessário intensificar as ações preventivas, ampliando a cobertura e realização periódica do exame de Papanicolau. Espera-se que a vacinação de mulheres contra o HPV reduza os números de internações e óbitos por câncer de colo de útero.

Título do trabalho: Síndrome de Rendu-Osler-Weber: uma causa incomum de anemia grave

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pedro henrique piauilino benvindo ferreira <[email protected]>

dandara coelho cavalcante <[email protected]>

vítor assunção da ponte lopes <[email protected]>

aline sampaio barros <[email protected]>

RICARDO LIRA ARAÚJO <[email protected]>

raíssa barreto vieira soares <[email protected]>

Introdução: Síndrome de Rendu-Osler-Weber ou Telangiectasia hemorrágica hereditária (THH) é uma doença autossômica dominante caracterizada por comunicações arteriovenosas defeituosas que afetam pele, mucosas, pulmões, cérebro, trato gastrointestinal e nariz. Tem incidência aproximada de 1:10000 pessoas. O diagnóstico clínico baseia-se na presença de pelo menos três das características a seguir: fístula arteriovenosa visceral, evidência documentada de herança autossômica dominante, telangiectasias mucocutâneas e epistaxe. Embora tenha espectro clínico bastante variável, a THH cursando com anemia grave não é uma manifestação comum desta entidade.Relato do caso: Paciente, 52 anos, masculino, procurou serviço médico por apresentar palidez súbita há cerca de 15 dias. Relatou dispnéia aos pequenos esforços e negou qualquer outro sintoma associado. Na história pregressa referiu episódios de epistaxe recorrente por cerca de 10 anos, e que a mãe e a irmã apresentaram há 10 e 5 anos, respectivamente, sintomas semelhantes. Ao exame físico, encontrava-se em bom estado geral, vigil, orientado, hipocorado 3+/4+, afebril e acianótico. Asculta cardíaca e pulmonar dentro da normalidade. Abdome plano, sem visceromegalias e indolor à palpação. Extremidades sem anormalidades. O hemograma inicial evidenciou anemia com hemoglobina de 2,6 g/dL e hematócrito 20,8%.Os testes para coagulação mostraram-se normais. Raio X de tórax evidenciou imagem de aspecto nodular em lobo inferior do pulmão direito. Teste para sangue oculto em fezes foi positivo. O histórico familiar, associado à clínica do paciente e aos exames complementares estabeleceu o diagnóstico de THH.Considerações finais: Em quadros de anemias graves, diante de um paciente previamente hígido, as doenças de caráter hereditário devem fazer parte do diagnóstico diferencial, uma vez que suas formas de apresentação são bastante variadas, podendo apresentar sintomas incomuns.