Trab_TRPNE_2012

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Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Departamento de Engenharia Civil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Técnicas de Reabilitação de Patologias Não- Estruturais 26 de March de 2022 Patologias e Reabilitação de Edifícios Caso de Estudo Professor: José A. Raimundo Mendes da Silva

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Faculdade de Cincias e Tecnologiada Universidade de CoimbraDepartamento de Engenharia CivilMestrado Integrado em Engenharia Civil

Tcnicas de Reabilitao de Patologias No-Estruturais25 de Janeiro de 2013

Patologias e Reabilitao de EdifciosCaso de Estudo

Professor: Jos A. Raimundo Mendes da Silva

Trabalho elaborado por:Andr Manuel Assuno Alves, n 2006107096Flvio Filipe Faim Gil,n 2006107971Joo Pedro Faria Rama, n 2006107323Joo Samuel Ferreira Cao Ribeiro, n 2006125186ndice1.Prembulo42.Enquadramento52.1.Geral52.2.Descrio53.Patologias93.1.Enquadramento93.2.Listagem das anomalias detetadas103.3.Mapeamento de anomalias143.4.Fichas de Patologias153.4.1.Patologia 02 (caixilharia)163.4.1.Patologia 07 (gradeamentos/guardas)163.4.2.Patologia 04 (cobertura)163.4.3.Patologia 08 (sistema de drenagem)183.4.1.Patologia 01 (azulejos)203.4.2.Patologia 03 (cantarias)203.4.3.Patologia 06-a (empolamento e destacamento do reboco)203.4.4.Patologia 06-b (fissurao do reboco)204.Anexos214.1.Modelo de Ficha de Patologia224.2.Ficha de Patologia 02234.3.Ficha de Patologia 07264.4.Ficha de Patologia 04284.5.Ficha de Patologia 08324.6.Ficha de Patologia 01354.7.Ficha de Patologia 03374.8.Ficha de Patologia 06-a404.9.Ficha de Patologia 06-b425.Registo de Observao445.1.Patologia 04 (cobertura)445.2.Patologia 08 (sistema de drenagem)456.Registo Fotogrfico466.1.Geral466.1.1.Observao em 05-10-2012466.1.2.Observao em 08-01-2013466.2.Cobertura e Sistema Drenagem Pluvial467.Bibliografia47

ndice de FigurasFigura 1:Localizao do edifcio5Figura 2: Fachada Norte5Figura 3: Camada de reboco6Figura 4: Tijolo macio (tijolo de burro)6Figura 5: Alvenaria de pedra e tijolo macio7Figura 6: Fachada voltada para a Rua de Quebra Costas7Figura 7: Fachada voltada para a Rua de Fernandes Thoms7Figura 8: Telha cermica de canudo, revestimento da cobertura8Figura 9: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada da Rua Fernandes Thoms9Figura 10: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada da Rua Fernandes Thoms9Figura 11: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada do Beco da Imprensa10Figura 12: Nomenclatura para especificar a zona da anomalia (vista 1)10Figura 13: Nomenclatura para especificar a zona da anomalia (vista 2)10Figura 14: Mapeamento na fachada da rua de Fernandes Thoms14Figura 15: Mapeamento na fachada da rua de Quebra Costas14Figura 16: Mapeamento na fachada do beco da Imprensa14Figura 17: Forra em madeira- sto17Figura 18: Exemplo de soluo para extremidade de tubo de queda33

ndice de QuadrosQuadro I: Anomalias observadas13Quadro II: Distribuio de patologias pelos elementos do grupo16

1. PrembuloO presente trabalho foi elaborado no mbito da anlise de patologias de elementos no estruturais abordada na cadeira de Tcnicas de Reabilitao de Patologias no Estruturais. Foi-nos proposto a seleo de um edifcio e o seu posterior estudo, com vista identificao das suas anomalias, interpretao e identificao das causas ou origens. Por ltimo foi solicitado a elaborao de uma proposta de reabilitao para as patologias identificadas no edifcio.Como objeto de estudo foi selecionado um edifcio localizado na alta de Coimbra, mais detalhadamente na rua de Fernandes Thoms. Este edifcio apresentou uso misto, comercio no piso trreo e habitao nos restantes pisos.Para a concretizao do trabalho realizou-se um levantamento fotogrfico no local, das anomalias existentes. O registo fotogrfico foi executado partindo do geral (fotografia de enquadramento) para o pormenor (fotografia de pormenor), isto realizando primeiro fotografias de enquadramento geral, aproximando as seguintes e por ltimo um pormenor da patologia.Com a finalidade de adquirir algum conhecimento prvio do edifcio, data de construo, tcnicas construtivas utilizadas, alteraes e/ou reparaes sofridas detalhes do projeto, procurou-se recolher informao junto dos moradores ou responsveis pela manuteno dos edifcios contguos, ainda que por vezes vaga e contraditria, para de certo modo preencher essas lacunas e contradies investigou-se no separador Gabinete para o Centro Histrico do website da Cmara Municipal de Coimbra (www.cm-coimbra.pt).Com a realizao deste trabalho pretende-se adquirir competncias de observao e anlise de anomalias em edifcios, de forma estruturada e orientada, transpondo os conhecimentos tericos adquiridos nas aulas, para casos reais. Visa no s a aplicao das tcnicas de reabilitao j conhecidas, mas tambm promover a auto-aprendizagem de novas tcnicas de reabilitao.Em anexo junta-se o registo fotogrfico do edifcio e suas patologias, oito fichas de patologia (duas fichas elaboradas por cada elemento do grupo) e ainda registos de observaes realizados no local aquando da visita.

EnquadramentoGeralO imvel localiza-se em Coimbra, na Rua de Fernandes Thoms, anteriormente conhecida por Rua das Fangas, linha onde se encontrava parte da antiga muralha. um dos limites da zona vulgarmente denominada por Alta de Coimbra, um espao intramuros (espao interno muralha).Trata-se de um prdio urbano com quatro (4) pisos mais sto, a sua poca de construo ter sido entre o sc. XVII/XIX. A fachada principal (a Oeste) encontra-se voltada para a Rua Fernandes Toms, confinando as remanescentes com a Rua de Quebra Costas (a Norte) e com o Beco da Imprensa (a Este).Caso de Estudo - Tcnicas de Reabilitao de Patologias No-Estruturais2012/2013

Figura 1:Localizao do edifcio

Figura 2: Fachada NorteDescrioO edifcio apresenta uma forma em L, originalmente destinava-se a habitao todavia assumiu funo mista, comrcio no piso trreo e habitao nos restantes trs (3) pisos, data do presente estudo o edifcio encontrava-se abandonado. Pelos elementos que ostenta, constitui-se como uma das casas tpicas da Alta de Coimbra, particularmente no que diz respeito ao sc. XIX, ainda que apresente elementos de outros sculos tais como a sistema de ventilao no nvel inferior da fachada confrontante com o Beco da Imprensa, uma pequena abertura protegida com um elemento metlico, soluo tpica do sc. XVII e que se manteve durante sculos.Os cunhais ao nvel do piso trreo (piso 1) so de pedra natural, nos restantes pisos so de argamassa esquartelada, numa tentativa de reproduzir pedra, a fachada apresenta um revestimento em argamassa com pintura de cor branca exceo do piso trreo confrontante com a rua de Fernandes Thoms e com a rua de Quebra Costas que est revestido a azulejo decorativo (evidenciando a presena rabe).A fachada principal tem no piso trreo cinco portas, das quais duas so fixas e as restantes de duas folhas com bandeira, ambas apresentam caixilharia de ferro.No piso 1 o edifcio apresenta uma varanda em consola, dotada de guarda metlica (com fixao na fachada e na pedra que reveste as extremidades da consola), onde desembocam trs portas em madeira de duas folhas com bandeira.O piso trs expe trs janelas de guilhotina e uma pequena guarda metlica que serve de proteo a uma porta de duas folhas com bandeira.A todos os envidraados so de vidro simples, logo desprovidos de caixa-de-ar.A soluo adotada nas paredes exteriores uma soluo de pano simples (sem caixa de ar).Pelo que foi possvel aferir as fachadas do edifcio so em alvenaria de tijolo macio (tijolo de burro) e pedra, revestidas com um reboco de argamassa com incorporao de cal (ver Figura 3, Figura 4 e Figura 5).

Figura 3: Camada de reboco

Figura 4: Tijolo macio (tijolo de burro)

Figura 5: Alvenaria de pedra e tijolo macioTrata-se de um edifcio composto por dois corpos, sendo que um (1) apresenta uma cobertura de trs (3) guas e o outro ostenta uma cobertura de uma (1) gua, ambas tm inclinao aceitvel. dotado ainda de mansardas (guas furtadas), uma (1) virada para a Rua de Quebra Costas (ver Figura 6) e trs (3) viradas para a Rua de Fernandes Thoms (ver Figura 7).

Figura 6: Fachada voltada para a Rua de Quebra Costas

Figura 7: Fachada voltada para a Rua de Fernandes Thoms

A cobertura encontra-se revestida a telha cermica de canudo (ver Figura 8), presume-se que a sua estrutura seja uma estrutura de madeira com uma configurao estrutural em trelia. A gua pluvial recolhida por uma caleira metlica (meia cana), posteriormente encaminhada para o nvel do arruamento atravs de tubos de seco circular, ambos os elementos (caleira e os tubos) encontram-se conectados na fachada.Importa referir que foi notrio o elevado grau de detiorao de determinados elementos de pedra das cantarias, de todos os elementos metlicos (guardas, algumas caixilharias e sistema de drenagem pluvial) bem como da cobertura.

Figura 8: Telha cermica de canudo, revestimento da cobertura

PatologiasEnquadramentoO estudo no tem como objetivo a elaborao de uma anlise detalhada qualidade do edifcio, nem determinar com rigor vantagens e desvantagens das solues eleitas data da sua execuo.Tem como objetivo identificar anomalias atuais e futuras para que se possa oportunamente realizar as reparaes necessrias para adaptar o edifcio em questo s expectativas/exigncias presentes bem como corrigir algumas situaes que apesar de no ser previsvel interferirem com a qualidade interior do edifcio, afetam a sua qualidade exterior, visualmente, como o caso de manchas devidas a escorrncias localizadas.Pelo explanado aclara-se o facto pelo qual o presente trabalho apenas alude os aspetos que carecem de correes.A identificao e avaliao das anomalias tiveram por base a observao do edifcio bem como a sua envolvente.Foi possvel detetar patologias que apenas dependem de anomalias observadas no edifcio, por sua vez outras apesar de terem origem em anomalias presentes no edifcio esto conjugadas com um conjunto de fatores provenientes da envolvente que iro amplificar o seu efeito, agentes de agravamento. o caso do aparecimento de alguma matria vegetal em pontos localizados (ver figuras abaixo).

Figura 9: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada da Rua Fernandes Thoms

Figura 10: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada da Rua Fernandes Thoms

Figura 11: Aparecimento localizado de matria vegetal, fachada do Beco da ImprensaComo possvel verificar atravs do registo fotogrfico os arruamentos apresentam reduzida largura, que aliada ao ineficaz sistema de drenagem (valeta em V de pouca expresso) e elevada altura das construes vizinhas (contiguas e no extremo oposto ao arruamento), instigam a que as fachadas a Este e a Oeste recebam pouca radiao solar (fator de agravamento de humidades localizadas).Listagem das anomalias detetadasAs anomalias observadas so apresentadas em quadro (ver Quadro I), com uma breve descrio.O quadro est dividido em 4 colunas, na primeira coluna atribuiu-se uma referncia para posterior identificao na Ficha de Patologia, na coluna 2 designa-se o domnio da anomalia (ex. fissurao, humidades, etc.), a coluna 3 destinada a especificar a zona da anomalia a ltima coluna apresenta a uma breve descrio da anomalia. Para especificar a zona da anomalia optou-se pela seguinte nomenclatura: identificao do paramento (letras de A a E), nmero do piso (nmero I a V, sendo que I, II,III,IV e V correspondem ao piso 1, 2, 3, 4 e cobertura ver Figura 12 e Figura 13).

Figura 12: Nomenclatura para especificar a zona da anomalia (vista 1)

Figura 13: Nomenclatura para especificar a zona da anomalia (vista 2)

RefernciaDomnioZona(s)Descrio da anomalia

01AzulejosA-IB-IDescolamento localizado dos azulejosDetiorao localizada devido a atos de vandalismoIrregularidade dimensional das juntas (algumas francas e outras reduzidas)

02CaixilhariasA-IB-IEnvelhecimento natural e corroso dos elementos metlicos (presena de xido de ferro)

A-IDestacamento entre a caixilharia e o envidraado, provocado pela natural expanso no processo de corroso do elemento metlico

TodasDestacamento da pintura e do betume de remate entre caixilharia e envidraado, por ao dos raios ultra violetas (UV)

TodasDegradao das caixilharias de madeira, apodrecimento devido a ciclos de humidificao e secagem

A-II a IVB-I a IVC-II a IIID-IVE-VVidros partidos

03CantariasA-IIB-IIFissurao do peitoril

A-IIB-IIFratura de dimenso reduzida a mdia, de origem desconhecida

A-IB-IC-IID-I a IIIHumidade ascensional com origem no terreno

Todas (exceto E-V)Manchas na pedra calcria, de origem animal e humana

A-II e IVEscorrncias

E-VDeformao generalizada da estrutura de suporte

E-VProliferao de vegetao de pequeno e mdio porte

04CoberturaE-VProliferao de fungos

E-VDeficiente execuo de remates e pontos singulares (cumeeira, etc.)

E-VAusncia de telhas

E-VTelhas fraturadas

E-VDesalinhamento das telhas

E-VEmpolamento localizado de telhas, devido deformao do suporte e possivelmente agravado por ao do vento

05CunhaisA-IB-IC-IFraturas localizadas devido ao envelhecimento natural, a ao humana e a variaes de temperatura

A-IB-IManchas da pedra calcria, de origem animal e consequente da poluio em meio urbano

A-IB-IAparecimento de musgos (generalizado e de forma acentuada em juntas)

A-IB-IC-IPresena de humidade ascensional, com origem no terreno

06FachadaA-IB-IVD-I a IVFissurao do reboco

A-IVB-II; B-IVC-I; C-IID-I a IVDestacamento localizado da camada de reboco

A-II a IVEmpolamento acompanhado de destacamento localizado da camada de reboco (de reduzida dimenso)

07Gradeamento/ GuardasA-IID-I a IICorroso generalizada

A-IIExpanso dos elementos de fixao da guarda metlica e consequente fratura da pedra, efeito do processo de corroso

D-IIDeformaes

08Sistema de drenagem pluvialA-IVB-IVC-IVD-IVCorroso no sistema da caleira e respetivo sistema de fixao

A-I a IVB-I a IVD-I a IVEnvelhecimento natural do tubo de queda (PVC), devido radiao ultra violeta (UV)

A-I a IVB-I a IVD-I a IVDegradao dos elementos metlicos para fixao do tubo de queda fachada

A-I a IVB-I a IVD-I a IVDesalinhamento do tubo de queda

A-IB-ID-IAusncia de sistema de recolha de gua ao nvel da descarga do tubo de queda, o que provoca disperso da gua (incluindo humidificao da parede a este nvel)

Quadro I: Anomalias observadas

Mapeamento de anomaliasCom o objetivo obter uma melhor perceo das vrias anomalias, concebeu-se um modelo no qual se mapearam as diversas anomalias. Para tal foi atribuda uma legenda de acordo com a tipologia das anomalias.O mapeamento e a respetiva legenda so exibidos subsequentemente:

Figura 14: Mapeamento na fachada da rua de Fernandes Thoms

Figura 15: Mapeamento na fachada da rua de Quebra Costas

Figura 16: Mapeamento na fachada do beco da Imprensa

Legenda:

Ausncia de sistema de recolha de gua pluvial ao nvel da descarga do tubo de quedaEscorrncias

Corroso e envelhecimento natural em elementos metlicosFissurao do reboco

Corroso generalizadaFissurao do peitoril

Corroso no sistema de drenagem de gua pluvialFratura de dimenses reduzida a mdia (origem desconhecida)

DeformaesDesalinhamento vertical do tubo de quedaExpanso dos elementos de fixao das guardas metlicas acompanhado de fratura da pedraFratura localizada devido a envelhecimento natural, ao humana e a variaes de temperatura

Degradao dos elementos metlicos de fixao tubo de quedaEnvelhecimento natural do tubo de queda (PVC) devido radiao ultra violeta (UV)Humidade ascensional (origem: terreno)

Descolamento Localizado dos azulejosDetiorao devido a atos de vandalismoIrregularidades dimensionais nas juntas entre azulejosManchas na pedra calcrio origem: animal e poluio atmosfrica

Destacamento entre a caixilharia e o envidraado, provocado pela expanso no decurso do processo de corroso dos elementos metlicosMusgos em superfcie corrente e juntas

Empolamento e/ou destacamento do rebocoVidros partidos

Fichas de PatologiasCada Ficha de Patologia encontra-se identificada conforme a nomenclatura da 1 coluna do quadro I. Apresenta a hiptese explicativa para a anomalia, causas provveis, consequncias que possam advir, proposta de correo e registo fotogrfico.Pode ser contemplada uma Ficha de Patologias modelo em anexo (ver 4.1 Modelo de Ficha de Patologia).No circunstncia de se tratar de um estudo exaustivo, cada anomalia ou cada tipo de anomalia dependendo das suas semelhanas, daria origem a uma Ficha de Patologia. Todavia apenas foi solicitada a realizao de duas Fichas de Patologias por cada elemento do grupo. No nosso caso (grupo composto por 4 elementos) foram realizadas oito (8), consequentemente para algumas anomalias no foram concebidas Fichas.Aps identificados os elementos com anomalias/patologias (Quadro I) procedeu-se sua distribuio pelos elementos do grupo, conforme descrito no quadro abaixo (Quadro II):

Elementos com Patologia(s)Autor

CaixilhariasAndr Manuel Assuno Alves

Gradeamento/ Guardas

CoberturaFlvio Filipe Faim Gil

Sistema de drenagem pluvial

AzulejosJoo Pedro Faria Rama

Cantarias

Empolamento e destacamento do rebocoJoo Samuel Ferreira Cao Ribeiro

Fissurao do reboco

Quadro II: Distribuio de patologias pelos elementos do grupoPatologia 02 (caixilharia)De modo a obter-se uma descrio e visualizao mais pormenorizada da anomalia, ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.2 Ficha de Patologia 02).0. Patologia 07 (gradeamentos/guardas)De modo a obter-se uma descrio e visualizao mais pormenorizada da anomalia, ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.3 Ficha de Patologia 07).Patologia 04 (cobertura)De todas as anomalias registadas, uma das situaes que merece especial ateno respeitante degradao da cobertura.As coberturas so um elemento construtivo essencial na proteo dos edifcios contra a precipitao, no estado lquido ou slido, os seus defeitos induzem um risco de patologia para o edifcio. [SILVA, J. Mendes; ABRANTES, Vitor; VICENTE, Romeu S; 2003]Para que a cobertura desempenhe a funo espectvel necessrio que apresente um conjunto de requisitos principais: Estanquidade gua Isolamento trmico Comportamento mecnico DurabilidadeSendo um dos seus requisitos a estanquidade gua (no permitir a entrada de gua, quer no estado lquido ou slido) e conhecidos os efeitos nefastos produzidos pela gua (humidades, eflorescncias e criptoeflorescncias, degradao de materiais como a madeira, etc.), facilmente se apreende que no caso de no cumprir essa funo (impedir a entrada de gua), surge um conjunto de problemas que se iro agravar ao longo do tempo.Aps a inspeo da cobertura percetvel:a) Existncia de fungos e musgos por toda a superfcie exterior da telha cermica, em zonas no to dispersas observa-se a presena de vegetao (verdejante) de dimenso aprecivel, o que denuncia a presena constante de humidade. Na sua gnese poder estar a deficiente ventilao da cobertura aliada a uma modesta insulao;b) Estrutura de suporte apresenta deformaes significativas;c) Algumas telhas encontram-se desencaixadas e com empolamentos;d) Existe desalinhamento das telhas;e) O beiral em determinadas zonas encontra-se partido ou inexistente;f) Algumas telhas encontram-se partidas, permitindo a fcil infiltrao de gua;g) As singularidades (cumeeira, rinco, lar, ligao parede-telha) carecem de acessrios especficos, que permitam um correto encaixe, salvaguardando problemas de estanquidade;h) A zona de ligao entre a parede da mansarda e a telha apresenta execuo defeituosa, bem como ausncia de rufo prevendo-se que nestas faixas existam infiltraes;i) As juntas realizadas com argamassa na cumeeira e beirado so francos;j) Apesar da cobertura na parte interior apresentar uma forra em madeira (ver Figura 17) supe-se que seja desprovida de qualquer tipo de material de isolamento trmico k) Presume-se que no existir caixa-de-ar ou que seja de dimenses muito reduzidas no permitindo efetuar ventilao. Esta hiptese explicada pela quantidade de vegetao presente na cobertura, o que induz que a telha se encontra hmida durante longos perodos de tempo;l) No caso de existir caixa-de-ar no h qualquer furao nas juntas de argamassa do beirado para favorecer a ventilao da telha.

Figura 17: Forra em madeira- stoAo analisar a quantidade de patologias apercebemo-nos da gravidade do estado de detiorao da cobertura. Existem indcios de j terem ocorrido infiltraes, que a confirmarem-se, podero ter causado j elevados danos na estrutura treliada em madeira.Seria aconselhado a verificao de estabilidade da estrutura de suporte, porm esta especialidade (campo estrutural) no se encontra abrangida no mbito do atual trabalho. Irei apenas indicar duas (2) propostas ao nvel da estrutura de suporte. Uma consiste no reforo e reparao pontual a outra na substituio total, uma soluo mais arrojada.Verificada a dispersa e elevada incidncia de anomalias na telha cermica aliada baixa probabilidade de encontrar em comercializao telha do mesmo modelo e fabricante ou de modelos compatveis em termos de encaixe, na minha opinio seria prefervel eleger uma abordagem integral da cobertura (como um todo) e no parcial (vrias anomalias desemparelhadas umas das outras). Em suma na minha opinio seria prefervel proceder a uma substituio total da telha cermica, deixando de lado a possibilidade de proceder a uma limpeza das telhas seguida de arranjos pontuais.Salienta-se ainda que ao optar pela segunda hiptese (limpeza e arranjos pontuais da telha cermica), pelos motivos j enunciados no ser possvel garantir a valia tcnica (qualidade) da operao.Consciente da diferena de custos bem como do risco associado, a cada uma das solues cabe ao dono de obra aps ponderao optar. A mim o dever de apresentar solues para elucidar o dono de obra, como tal apresento proposta para ambas as solues j referenciadas (soluo 1 e soluo 2).Para visualizar uma descrio mais exaustiva da anomalia e a respetivas propostas de reabilitao ver a Ficha de Patologia 04 (anexos - 4.4 Ficha de Patologia 04). Em anexo junta-se ainda uma Ficha de Observao (ver anexos - 5.1 Patologia 04 (cobertura))Patologia 08 (sistema de drenagem)Os sistemas de drenagem de guas pluviais tm por objetivo o encaminhamento da gua da chuva para o exterior do edifcio. Para que este sistema desempenhe convenientemente a funo a que se destina, torna-se necessrio primeiramente proceder ao seu correto dimensionamento e montagem, numa fase posterior (durante o funcionamento), vital executar operaes de manuteno (limpezas) peridicas. Situando-se o edifcio numa zona onde coabitam elevada quantidade de aves, nomeadamente pombos torna-se imprescindvel proceder limpeza das caleiras (ou algerozes) com alguma periocidade ou optar mesmo por dispositivos que afastem estes animais.Como sabido, o sistema de drenagem das coberturas funciona por gravidade e faz-se por dois tipos de drenagem, uma horizontal e outra vertical.Depois de inspeo observou-se que o sistema de drenagem de gua pluvial apresentava algumas anomalias, que requeriam correo:a) A camada de proteo (tinta) da caleira era inexistente em alguns locais,b) Presena de detritos na zona interior da caleira,c) A pintura do tubo de queda apresentava falhas generalizadas e os sistemas de fixao, tubo de queda fachada, encontravam-se danificados no permitindo uma fixao efetiva.Em anexo patenteada uma Ficha de Patologia referente a esta anomalia (ver anexos - 0

Ficha de Patologia 08). Ver tambm a Ficha de Observao (ver anexos - 5.2 Patologia 08 (sistema de drenagem))0. Patologia 01 (azulejos)De modo a obter-se uma descrio e visualizao mais pormenorizada da anomalia, ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.6 Ficha de Patologia 01).Patologia 03 (cantarias)De modo a obter-se uma descrio e visualizao mais pormenorizada da anomalia, ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.7 Ficha de Patologia 03).Patologia 06-a (empolamento e destacamento do reboco)De forma a alcanar uma descrio e visualizao, mais pormenorizada, da anomalia ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.8 Ficha de Patologia 06-a). A patologia sendo grave (de vrios pontos de vista) e o reboco como parte integrante da parede e conferente de revestimento da mesma, este tambm merece ateno j que a anomalia se verifica em vrias zonas e a vrios nveis.Patologia 06-b (fissurao do reboco)O reboco como componente essencial da parede e conferente de revestimento da mesma, este tambm merece ateno j que a anomalia se verifica junto da ligao com o edifcio vizinho, o qual poder ter originado a anomalia. A descrio, mais pormenorizada, da anomalia encontra-se anexo deste documento. Ver a Ficha de Patologia (anexo - 4.9 Ficha de Patologia 06-b).

Anexos

Modelo de Ficha de Patologia Ficha de Patologia

Ref.:

Edifcio:

Data:

Autor:

Referncia da Ficha

Domnio

Incidncia da anomalia

Descrio sumria da anomalia

Observaes:

Causas Provveis

Consequncias

Proposta de Reabilitao

Registo Fotogrfico

Ficha de Patologia 02 Ficha de Patologia

Ref.:02

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Andr Manuel Assuno Alves

Referncia da Ficha02

DomnioCaixilharia

Incidncia da anomaliaTodas

Descrio sumria da anomalia

Degradao de caixilharias de madeira.Degradao de caixilharias metlicas.

Causas Provveis

As degradaes observadas nas caixilharias de madeira relacionam-se geralmente com a falta de manuteno, associada ao das humidades, e ao prprio envelhecimento e degradao dos materiais. A humidade de precipitao a que assume uma maior relevncia, ainda que no seja de excluir a ocorrncia de situaes patolgicas derivadas da humidade de condensao.

Devido falta de manuteno associada ao das humidades, observou-se degradaes nos caixilhos metlicos, aliada ao prprio envelhecimento e degradao dos materiais.

Consequncias

Permanncia da humidade: desenvolvimento fungos/insetos, Inchamento: aprofundamento das fendas, Ao de fungos/insetos: deteriorao interna, Deteriorao pronunciada: perda de resistncia/runa, Chuva: gua nas fendas, Radiao solar: retrao da madeira, madeira cinzenta.

Manifesta-se o aparecimento de xido de ferro (ferrugem), com possibilidade de alterar a capacidade resistente dos caixilhos metlicos, descasque da pintura de proteo nas molduras, degradao do aspeto de forma lenta e progressiva. Possibilidade de ocorrncia de infiltraes que atinjam o interior do edifcio, manchas de humidade e bolores nas paredes, reduo das caractersticas trmicas das paredes.

Proposta de Correo ou Reabilitao

Remoo dos restos de vidro ainda existentes. Introduo de vedantes de borracha em pontos crticos, reforo de encaixes ou realizao de prteses, adaptao ou substituio de ferragens (dobradias, fechos, etc.), aplicao de tintas, betumes e mstiques com melhor desempenho e durabilidade.

Remoo da ferrugem e tratamento das superfcies do perfil com proteo adequada (pintura, galvanizao, ou adjuvantes inibidores da corroso), escovagem geral do paramento para eliminao de poeiras. Aplicao de mstique nas zonas de contacto caixilharia/parede.

Registo Fotogrfico

Caixilharia de madeira

Caixilharia metlica

Ficha de Patologia 07 Ficha de Patologia

Ref.: 07

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Andr Manuel Assuno Alves

Referncia da Ficha07

Domnio Gradeamento e Gardas

Incidncia da anomaliaA-II; A-IV; D-II

Descrio sumria da anomalia

Corroso do gradeamento e guardas.

Causas Provveis

Insuficiente qualidade da pintura de proteo, Contacto entre perfil de ao e beto poder no ter recebido tratamento adequado, eventual falta de pintura de proteo nestas zonas.

Consequncias

Degradao lenta e progressiva do perfil metlico, manifestada pelo aparecimento de xido de ferro (ferrugem) e por perda de material, com possibilidade de afetar (a longo prazo) a capacidade resistente dos perfis metlicos, descasque da pintura de proteo dos perfis, degradao do aspeto.

Proposta de Correo

Remoo da ferrugem e tratamento das superfcies do perfil com proteo adequada (pintura, galvanizao, ou adjuvantes inibidores da corroso), tendo especial ateno para as zonas de contacto entre os perfis de ao e o beto.

Registo Fotogrfico

Ficha de Patologia 04 Ficha de Patologia

Ref.:04

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data:25 de Janeiro de 2013

Autor: Flvio Filipe Faim Gil

Referncia da Ficha04

DomnioCobertura

Incidncia da anomaliaCobertura em geral (zona E-V)

Descrio sumria da anomalia

Proliferao de fungos e musgos por toda a superfcie exterior da telha cermica, em zonas localizados observa-se a existncia de vegetao (verdejante) de dimenso aprecivel, o que denuncia a presena constante de humidade.Deformao da estrutura de suporte, desencaixe e desalinhamento das fiadas de telhaFratura ou inexistncia de telha em pontos singulares (beiral) e em zonas dispersas ao longo da coberturaSingularidades (cumeeira, beiral, etc.) carecem de acessrios especficos, que permitam um correto encaixe Os remates (zona de transio entre guas ou entre cobertura e mansardas) apresentam execuo defeituosa, bem como as juntas de argamassa, realizadas na cumeeira e beiral.Inexistncia de ventilao (caixa de ar) e de furao nas juntas de argamassa do beiral para promover a ventilao da telha.

Causas Provveis

Falta de manuteno do sistema de suporte e da telha cermica.Fluncia dos materiais.Inexistncia fixao entre telhas.Incompatibilidades localizadas entre a geometria da cobertura e a telha cermica.Ausncia de sistemas de ventilao e isolamento trmico.Envelhecimento natural, agravado pela poluio atmosfrica.

Consequncias

Acumulao e proliferao de fungos e vegetao.Deformao da estrutura de suporte, por ao da gua e ao biolgicaPerda de estanquidade/infiltraes.

Proposta de Reabilitao

Estrutura de SuporteProposta 1: Desmontagem, saneamento e/ou substituio pontual dos elementos de madeira. Caso se verifique zonas de degradao (podrido) da madeira, deve proceder-se sua remoo, bem como todo o p, aparas, serradura, ou qualquer outro material que possa estar infetado, e reparar com madeira nova (verificando a compatibilidade no caso de se aplicar madeira diferente). Aplicar um Imunizador e de seguida uma tinta de esmalte ou um verniz para madeiras. Proceder montagem da estrutura e ao seu reforo estrutural. Deve ser ponderada a aplicao de isolamento trmico (por exemplo Poliestireno Extrudido - XPS)

Proposta 2 Substituio total da estrutura por uma igual ou semelhante. A estrutura nova incluindo o sistema de ripado, no caso de se optar por madeira para preservara matriz edifcio original, deve apresentar tratamento (produto Imunizador) contra os agentes de degradao da madeira (bolores, fungos, insetos e gua). Deve ser ponderada a aplicao de isolamento trmico (por exemplo Poliestireno Extrudido - XPS)Nota: De seguida so apresentados dois esquemas elucidativos da montagem e dos elementos do sistema:Legenda:

1- Asna

2- Madre

3- Varas

4- Forro/ Isolamento Trmico

5- Contra- Ripa

6- Ripa

7- Tbua de barbate

8- Frechal

Cobertura (telha cermica)Proposta 1: Demolio dos pontos singulares e das juntas Desmontagem, aplicao de biocida para remoo da colonizao biolgica e limpeza da telha cermica Recolocao da cobertura com substituio de telhas fraturadas Reconstruo de pontos singulares e de juntas (se possvel com a aplicao de acessrios especficos).Nota: Deve ser assegurada a compatibilizao entre a telha existente e a telha nova (incluindo acessrios).Proposta 2 Demolio dos pontos singulares e das juntas Remoo total da telha cermica e consequente encaminhamento para vazadouro autorizado. Substituio da telha, com uma telha similar (telha canudo), de modo preservar a identidade da cobertura original. Reconstruo de pontos singulares e de juntas com a aplicao de acessrios especficosSendo a zona onde se localiza o edifcio, suscetvel da ocorrncia de fenmenos de gelo e desgelo, aconselha-se que a escolha da telha cermica recaia num modelo com proteo contra o fenmeno acima mencionado. Alertando para o facto de elevada possibilidade de ocorrer degradao precoce caso as telhas no apresentem proteo contra fenmenos de gelo e degelo.Dados climatolgicos de Coimbra

MsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDez

Temp. mxima registrada (C)23.025.529.532.535.041.640.240.040.034.627.625.2

Temp. mnima registrada (C)-4.9-4.0-3.3-1.52.04.16.86.02.0-2.6-3.1-2.8

Tabela A:Dados climatolgicos de Coimbra, fonte: Instituto Portugus do Mar e da AtmosferaDevero ainda ser respeitadas todas as especificaes tcnicas relativas telha escolhida (mxima e mnima inclinao, sobreposio, etc.).

Registo Fotogrfico

Foto (04)- I: Vista Rua de Quebra Costa

Foto (04)- II: Vista Rua de Quebra Costa

Foto (04)- III: Vista Rua de Fernandes Thoms

Foto (04)- IV: Vista Beco da Imprensa

Nota: Pode ser observado registo fotogrfico completo em ficheiro digital (Pastas: Geral; Cobertura e sistema de drenagem pluvial).

Ficha de Patologia 08Ficha de Patologia

Ref.:08

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data:25 de Janeiro de 2013

Autor: Flvio Filipe Faim Gil

Referncia da Ficha08

DomnioSistema de drenagem de gua pluvial

Incidncia da anomaliaSistema de drenagem de gua pluvial em geral

Descrio sumria da anomalia

No local verificou-se que a camada de proteo (tinta) da caleira era inexistente em alguns locais, presena de detritos na zona interior da caleira.A pintura do tubo de queda apresentava falhas generalizadas e os sistemas de fixao, tubo de queda fachada, encontravam-se danificados no permitindo uma fixao efetiva.

Causas Provveis

Falta de manuteno;Envelhecimento natural dos materiais;Fixaes insuficientes dos tubos de queda;Incompatibilidade na ligao entre a caleira e o tubo de queda.

Consequncias

Acumulao sujidade, o que provoca acumulao de gua (sobrecarga da caleira) e posterior transbordo, originando escorrncias.Degradao da pintura das caleiras e descasque da pintura do tubo de queda provocado pela incompatibilidade entre a tinta e o material do tubo de queda (PVC). Corroso ligeira e localizada dos elementos metlicos (caleira).Desalinhamento do tubo de queda.

Proposta de Reabilitao

A proposta de reabilitao para esta anomalia passa pelo tratamento dos elementos metlicos (caleira e sistemas de fixao). Neste processo de tratamento deve ser includa a decapagem, tratamento para interromper e prevenir o processo de corroso, seguindo-se de repintura.Relativamente ao tubo de queda opta-se por apresentar como proposta de reabilitao a sua substituio.Na extremidade do tubo de queda (zona de evacuao de gua) deve adotado um sistema, eficaz de conduo de gua que evite a produo de salpicos para a fachada do edifcio (ver Figura 18).

Figura 18: Exemplo de soluo para extremidade de tubo de queda

Registo Fotogrfico

Foto (08)- I: Vista Rua de Fernandes Thoms

Foto (08)- II: Vista Rua de Quebra Costa

Foto (08)- III: Vista Rua de Quebra Costa

Foto (08)- IV: Vista Beco da Imprensa

Foto (08)- V: Vista Beco da Imprensa

Nota: Pode ser observado registo fotogrfico completo em ficheiro digital (Pastas: Geral; Cobertura e sistema de drenagem pluvial)

Ficha de Patologia 01Ficha de Patologia

Ref.: 01

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Joo Pedro Faria Rama

Referncia da Ficha01

Tipologia da anomaliaAzulejos

Incidncia da anomaliaAzulejos (zona A-I e B-I)

Descrio sumria da anomalia

Descolamento e destacamento localizado de azulejos, acumulao generalizada de sujidade e detritos nos azulejos e juntas, manchas e proliferao localizada de material biolgico.

Observaes:

Causas Provveis

Destabilizao aps perda de resistncia do suporte, aes continuadas da presena de gua, variaes de temperatura e atos de vandalismo.

Consequncias

Falncia das capacidades adesivas das argamassas com o envelhecimento, expanso das argamassas devido a presena de gua, variaes de temperatura que provocam dilataes no acomodadas pelas juntas dos azulejos.

Proposta de Correo ou Reabilitao

Limpar cuidadosamente os azulejos e juntas, retirar azulejos que estejam j empolados sem os danificar, sanear e refazer partes do suporte afetado com argamassas a base de cal area e compatveis com o suporte j existente, recolocao de azulejos provenientes da camada superior baixando uma fiada para obter assim azulejos iguais aos que desapareceram.

Registo Fotogrfico

Ficha de Patologia 03Ficha de Patologia

Ref.: 03

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Joo Pedro Faria Rama

Referncia da Ficha03

Tipologia da anomaliaCantarias

Incidncia da anomaliaCantarias (zona A; B;CII a CIV; D)

Descrio sumria da anomalia

Fissuras e fraturas em algumas cantarias, manchas, musgos e fungos generalizados em todas as cantarias.

Observaes:

Causas Provveis

Variaes cclicas de temperatura, presena continuada de gua

Consequncias

Dilataes e contraes de materiais no acomodadas pela pedra natural. Manchas devido ao humedecimento e secagem das cantarias e ao arraste de sais provenientes do solo devido a ascenso de gua na parede. Aparecimento e formao de colonias biolgicas em cantarias humedecidas continuamente.

Proposta de Correo ou Reabilitao

Limpeza de todas as cantarias, com a aplicao de um biocida, seguida de uma lavagem cuidada. Reparao de fissuras com uma cola do tipo epoxy, refazer partes de cantarias danificadas com uma argamassa especial para este tipo de trabalho. Colocao de capeamentos metlicos nas padieiras mais salientes nomeadamente as da fachada A para evitar a deposio prolongada de gua neste elementos. Execuo de barreira estanque que impea a ascenso de gua na parede proveniente do solo por colmatao dos poros na base da parede, por impregnao com selantes adequados injetados, de forma controlada.

Registo Fotogrfico

Ficha de Patologia 06-aFicha de Patologia

Ref.: 06

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Joo Samuel Ferreira Cao Ribeiro

Referncia da Ficha06

DomnioFachada

Incidncia da anomaliaA-IV ; B-II ; B-IV ; C-I ; C-II ; D-I a IV

Descrio sumria da anomalia

Empolamento e destacamento do reboco com grandes dimenses junto das cantarias a vrias cotas.

Observaes: Anteriores reparaes da mesma anomalia com materiais diferentes dos utilizados na origem da construo do edifcio.

Causas Provveis

A patologia poder ter origem na humidade ascensional, provocada pela precipitao ou pela deficiente drenagem de guas pluviais. O material constituinte da parede, assim como as cantarias (do tipo calcrio) utilizadas no edifcio so permeveis, exceo dos azulejos (material impermevel), o que possibilita que a humidade existente no interior da parede seja s libertada aps a cota desse revestimento.

Consequncias

Degradao do aspeto visual do edifcio. Incumprimento da funo (impermeabilizante) do revestimento nos locais onde ocorre os destacamentos. Infiltraes, no interior do edifcio, com maior significado nos locais da ocorrncia da anomalia.

Proposta de Correo ou Reabilitao

Eliminao do fenmeno de humidade ascensional e reabilitao dos revestimentos deteriorados em todo o edifcio atravs da demolio da base da parede para a interposio de uma banda impermevel. Aps esta tarefa, procede-se colmatao dos poros na base da parede, por impregnao com selantes adequados injetados, de forma controlada, numa sequncia de furos a executar. Remoo total do reboco e de parte da estrutura de suporte que esteja danificada pela anomalia, aps este procedimento aplica-se um reboco do tipo tradicional composto por 3 camadas (camada inferior, camada base e camada de acabamento). Este reboco ter como base a cal area apagada tendo um trao adequado, de modo a fornecer trabalhabilidade e consistncia necessrias. A tinta aplicar sobre o reboco introduzido no edifcio deve ser do tipo mineral (tinta permevel), para deste modo o vapor de gua produzido no interior do edifcio possa ultrapassar a parede sem nenhum impedimento.

Medidas complementares para afastar as guas da envolvente do edifcio so aconselhveis. Assim, sugere-se a criao de drenos exteriores perifricos, alterao das pendentes dos pavimentos exteriores contguos e a criao de uma valeta em toda a envolvente do edifcio, embora as duas ltimas medidas no sejam aceitveis do ponto de vista econmico.

Registo Fotogrfico

Ficha de Patologia 06-bFicha de Patologia

Ref.: 06

Edifcio: Rua de Fernandes Thoms n 1, 3, 5, 7 e 9

Data: 25 de Janeiro de 2013

Autor: Joo Samuel Ferreira Cao Ribeiro

Referncia da Ficha06

DomnioFachada

Incidncia da anomaliaA-I ; B-IV ; D-I a IV

Descrio sumria da anomalia

Fissurao do reboco com alguma dimenso, entre 10mm a 50mm, com desenvolvimento at ao nvel do primeiro piso, situando-se junto da fronteira do edifcio unido com o edifcio em estudo.

Observaes: Anteriores reparaes nos locais com materiais diferentes dos utilizados originalmente.

Causas Provveis

A reabilitao do revestimento do edifcio, unido ao edifcio em estudo, ter sido efetuada com materiais constitudos por cimento (argamassas retrateis). Expanso dos elementos embutidos no interior da parede (instalaes hidrulicas) devido ao envelhecimento dos materiais.

Consequncias

Infiltraes permanentes, no interior do edifcio, iro degradar e deteriorar os materiais constituintes da parede, tendo estas origem nas instalaes hidrulicas e na humidade ascensional. Reduo da funo de estanquidade fornecida pelo revestimento. Degradao do aspeto visual da fachada.

Proposta de Correo ou Reabilitao

De modo a prevenir que os novos materiais aplicados para a reparao no sejam afetados pelo movimento dos materiais e elementos construtivos do edifcio unido ao edifcio em estudo sugere-se a criao de uma barreira. Substituio parcial dos revestimentos e execuo de novos revestimentos na zona da fronteira do edifcio em estudo. A reparao das fissuras ter de ser complementada pela reparao dos revestimentos da parede, em funo dos materiais e das condies de aplicao. Este de reparao aplica-se a qualquer outro tipo de fissura do mesmo gnero.

Registo Fotogrfico

Registo de ObservaoPatologia 04 (cobertura) Registo de Observao

Patologia:04 (cobertura)Ref: 04

Autor:Flvio Filipe Faim Gil

Patologia 08 (sistema de drenagem)Registo de Observao

Patologia:08 (sistema de drenagem)Ref: 08

Autor:Flvio Filipe Faim Gil

Registo Fotogrfico[footnoteRef:1] [1: Consultar pasta registo fotogrfico]

GeralObservao em 05-10-2012Observao em 08-01-2013Cobertura e Sistema Drenagem Pluvial

Bibliografia Apontamentos das aulas de Tcnicas de Reabilitao de Patologias no Estruturais Bases para o restauro dos revestimentos histricos do Centro Histrico de Coimbra- material fornecido nas aulas de Tcnicas de Reabilitao de Patologias no Estruturais Freitas, Vasco Peixoto; Torres, Maria Isabel; Guimares, Ana Sofia Humidade Ascensional FEUP Edies, 2008 Silva, J. R. Mendes - Cadernos de apoio ao ensino da Tecnologia da Construo e da Reabilitao de anomalias no estruturais em edifcios Textos de Apoio da disciplina de Tecnologia das Construes Abrantes, Vitor; Silva, J. R. Mendes; Vicente, Romeu - Curso sobre Reabilitao de Edifcios em Ncleos Urbanos Antigos ITCONS, 2011 Silva, J. R. Mendes; Silva, Marta - apresentao: Aplicao de Telhas Cermicas Lopes, Nuno V. R. - dissertao: Reabilitao de Caixilharias de Madeira em Edifcios do Sculo XIX e Incio do Sculo XX FEUP, 2006 Serra e Sousa, A. Vaz - Manual de Aplicao de Telha Cermica Associao Portuguesa de Indstrias de Cermica e Construo