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    TRAOS DE PERSONALIDADE DE CRIANAS E EMOES:

    EVIDNCIA DE VALIDADE1

    .Fermino Fernandes Sisto1

    Universidade So Francisco

    Resumo : Este estudo analisou as relaes entre traos de personalidade e a autopercepo das emo-es de alegria, tristeza, coragem e medo, com vistas a evidncias de validades. A Escala de Traos dePersonalidade para Crianas e o teste de Autopercepo de Emoes foram aplicados, em sala de aula ecoletivamente, a 1095 crianas com idades de 8 a 10 anos. Quanto ao trao psicoticismo e neuroticismo ashipteses foram confirmadas. Para o primeiro foram encontradas correlaes positivas para as emoescoragem e tristeza, e negativas para alegria; e para o segundo, a maior parte de seus coeficientes significativos

    estavam relacionados ao medo e tristeza. Em relao ao trao de extroverso foram confirmadas as expecta-tivas de correlaes positivas com alegria e coragem, e negativas com tristeza, mas houve excees. Final-mente, em relao ao trao sociabilidade confirmou-se parcialmente a hiptese, pois para os meninos nohouve correlao significativa com as emoes avaliadas.

    Palavras-chave: traos de personalidade; emoes; evidncias de validade.

    CHILDRENS PERSONALITY TRAITS AND EMOTIONS:EVIDENCE OF VALIDITY

    Abstract: The present study analyzed the relationships among personality traits and self-perception of

    the emotions related to happiness, sadness, courage and fear to gather evidences of validity. The Escala deTraos de Personalidade para Crianas (Personality Traits Scale for Children) and the Autopercepo deEmoes (Self- Perception of Emotion Test) were collectively applied on 1095 children aged 8 to 10 years old,in their own classroom. Regarding to psychoticism and neuroticism traits, the hypotheses were confirmed. Forthe first one positive correlations were found for courage and sadness, and negative correlations for happiness;for the last one the major part of the significant coefficients were related to fear and sadness. Concerningextroversion trait the expectation of positive correlation with happiness and courage and negative correlationwith sadness were confirmed, although there were exceptions. Finally, about sociability trait, the hypothesiswas partially confirmed, since there were no significant correlations between boys and the evaluated emotions.

    Key-words: personality traits; emotions; evidences of validity.

    1 Artigo recebido para publicao em 10/05/2004; aceito em 27/10/2004.1 Endereo para correspondncia: Fermino Fernandes Sisto, Rua Carlos Guimares, 150, Ap. 82, Campinas, SP, 13024-200, E-

    mail: [email protected]

    Os traos de personalidade podem ser concebi-dos como subjacentes ao que caracterstico da con-duta. Seriam tendncias ou modos de se comportarem uma diversidade de situaes. Adjetivos como ho-nesto, digno de confiana, ansioso, excitvel, dominador,impulsivo, agitado, irascvel, impetuoso, impaciente eamigvel descrevem tendncias que podem dominaros traos de personalidade (Sisto, no prelo).

    A problemtica envolvida na consistncia econgruncia da conduta humana refere-se a determi-nados comportamentos que voltam a se apresentar,com certa freqncia, ao longo da vida. Nesse senti-do, possvel defender que uma certa consistncia daconduta caracteriza as pessoas, e pode se falar emtraos de personalidade como caracterstica psicol-gica (Eysenck & Eysenck, 1987).

    Paidia, 2004, 14(29), 359-369

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    Traos de personalidade representariam tendn-cias relativamente estveis na forma de pensar, sen-tir e atuar com as pessoas. Por sua vez, emoo podeser entendida como a tendncia de um organismo aaproximar-se ou afastar-se de um objeto, acompa-nhada de alteraes somticas, refletindo o estadopessoal e sua relao ao objeto (Marino Jnior, 1975).De acordo com Fiamenghi Junior (2001) seria maisinteressante usar o termo processo emocional parase referir ao que ocorre no indivduo quando ele viveuma emoo. Argumenta que esse termo imprime aidia do movimento, do dinamismo interno produzidopor essa funo psicolgica. Nesse contexto, este

    estudo teve a preocupao em analisar as relaesentre traos de personalidade e a autopercepo dasemoes de alegria, tristeza, coragem e medo. Narealidade, entende-se que as emoes faam partedos traos de personalidade, ainda que por si ss nopossam explic-los. Assim, possvel buscar evidn-cias de validades entre esses constructos.

    A Escala de Traos de Personalidade para Crian-as (ETPC) (Sisto, no prelo) est configurada para cri-anas brasileiras de 5 a 10 anos, sem histrico conheci-do de patologia psicolgica. O instrumento possui um

    total de 30 itens, com validade de constructo e de con-tedo para medir quatro fatores, quais sejam,neuroticismo, psicoticismo, extroverso e sociabilidade.

    Os estudos de preciso forneceram bons indi-cadores. A consistncia interna forneceu para opsicoticismo um alfa de 0,91, para extroverso e so-ciabilidade 0,88 e para neuroticismo 0,80. Pela tcni-ca de duas metades de Spearman-Brown os ndicestambm foram considerados bons, pois se encontrou0,92 para psicoticismo, 0,87 para extroverso, 0,81para sociabilidade e 0,79 para neuroticismo. Os coe-

    ficientes de correlao de Pearson na situao deteste-reteste tambm foram altos. Encontrou-se 0,92para psicoticismo, 0,90 para sociabilidade, 0,84 paraneuroticismo e 0,80 para extroverso.

    Cinco estudos foram realizados usando o ETPCe, de certa forma, ofereceram algumas evidncias devalidade do instrumento. Trs deles esto relaciona-dos situao de ensino-aprendizagem e os outrosdois a outras caractersticas psicolgicas que poderi-am estar relacionadas a traos de personalidade.

    Pacheco e Sisto (2003) estudaram a relaoentre traos de personalidade e aprendizagem por

    conflito scio-cognitivo em crianas de 5 a 7 anos. Aanlise indicou que os traos de personalidadepsicoticismo e adequao (sociabilidade) foram sig-nificativos para explicar o desempenho dos sujeitosquanto aprendizagem no ps-teste imediato. Por suavez, Bazi (2003) constatou que conforme aumentoua pontuao em neuroticismo aumentou tambm aintensidade da dificuldade de aprendizagem nos alu-nos de segundas sries, enquanto que conforme au-mentou o nvel de dificuldade de aprendizagem dimi-nuiu a intensidade de extroverso. Ao lado disso,Pacheco (2003) comparou crianas com e sem difi-culdade de aprendizagem na escrita e concluiu que

    extroverso e psicoticismo no foram capazes de dis-criminar os grupos, mas neuroticismo e sociabilidadediscriminaram, de tal modo que as crianas com difi-culdade de aprendizagem acentuada apresentaramaltas pontuaes em neuroticismo e baixas em socia-bilidade.

    Os outros dois estudos trabalharam em pers-pectivas diferentes. As relaes entre o ETPC e oteste de cores de Lscher foram estudadas por Sisto,Pacheco, Guerrero, e Urquijo (2001) e os resultadosindicaram que as correlaes foram positivas e signi-

    ficativas entre psicoticismo e os nveis de ansiedadee tenso; e que houve correlaes negativas e signi-ficativas com o trao de neuroticismo. Finalmente,Sisto, Bueno e Rueda (2003) investigaram as rela-es entre traos de personalidade e percepovisomotora, especificamente distoro de formas eintegrao pelo teste gestltico de Bender. Com rela-o s medidas de integrao os resultados mostra-ram que conforme diminuiu a integrao, aumentou aintensidade do neuroticismo, como tambm que a nointegrao tambm faz parte do quadro de

    psicoticismo. Por sua vez, as medidas de distorodo teste apresentaram correlaes positivas e signifi-cativas apenas com o trao psicoticismo, facilitandoa concluso de que quanto maior e mais vezes foramregistradas as distores, maior foi a intensidade dotrao psicoticismo. As anlises indicaram tambm queem grupos extremos os resultados se mantiveram.

    Para coletar informaes sobre emoes, usou-se o Teste de Autopercepo de Emoes (Sisto &Bazi, 1999). um instrumento para estudantes brasi-leiros de 8 a 14 anos, com validade de constructo evalidade de contedo para medir quatro fatores, quais

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    sejam, alegria, tristeza, coragem e medo. Os estudosde preciso forneceram indicadores que podem serconsiderados bons. A consistncia interna por alfa deCronbach forneceu para a subescala de medo umndice de 0,78, para a subescala de coragem o ndicefoi de 0,82, para a subescala de alegria encontrou-seum alfa igual a 0,75 e, finalmente, para a subescalade tristeza o ndice foi de 0,83.

    A alegria foi definida, para a construo dasubescala, como uma forma de prazer que se relaci-ona euforia e busca de contato. Por sua vez, atristeza seria uma forma de desprazer aliada retira-da de qualquer desejo e sua manifestao caracters-

    tica estar indefeso (Frijda, 1995). Assim, a tristezapossibilitaria o embotamento dos sentimentos, a imo-bilidade e lentido dos processos fisiolgicos (MarinoJnior, 1975). A alegria, entretanto, implicaria umaatividade consciente que fornece significados e valo-res (Misrahi, 2001).

    Avia e Snchez (1995) destacam que as experi-ncias precoces com determinadas emoes (alegria,tristeza e decepo, por exemplo) facilitariam a ocor-rncia de condutas que, se repetidas, podem ser con-vertidas em traos. Nesse sentindo, argumenta, uma

    pessoa feliz e satisfeita teria mais condies de se bus-car ambientes que satisfaam mais suas necessida-des, retro-alimente suas emoes, ao mesmo tempoem que lhe permita alcanar seus objetivos. Defende,tambm, que o afeto positivo, deve ser multideterminadopor influncias situacionais e temperamentais.

    A tristeza, diferentemente da depresso, se re-fere ao sentimento de esgotamento que se segue perda ou mgoa (Viscott, 1982). Em termos genri-cos, se uma pessoa consegue avaliar o que a deixoutriste, de forma objetiva, possvel afirmar que est

    triste e no depressiva; se fica triste por um longotempo e perde o vnculo com a causa da tristeza estperdido, freqentemente, o resultado a depresso.A tristeza diluda pelo viver o dia a dia, caracteri-zando-se muito mais como uma fase passageira nofluxo natural dos sentimentos, enquanto que a triste-za na depresso intensifica-se e uma ruptura nofluxo dos sentimentos (Verztman, 1995).

    necessrio esclarecer que, no instrumentousado, a alegria e tristeza foram abordadas comoemoes no-patolgicas, ou seja, naturais. A tris-teza foi operacionalizada como algo que paralisa a

    ao, existindo a crena de que toda ao um erro,e como um sentimento constante, estando a pessoaacompanhada ou sozinha. Por sua vez, a alegria foiavaliada quando presente em pessoas divertidas, ani-madas em situaes novas, que auxiliam os outros esentindo-se bem mesmo quando s.

    O medo, no geral, paralisa e pode ser observadoem uma mescla de expresses evitantes, auto-proteto-ras (Frijda, 1995). O medo seria um tipo de proteoautomtica do corpo. Para Baker (2000), a patologiacomearia a existir quando o medo transforma-se empnico, em uma experincia terrvel, e os sentimentosso muito fortes e sem uma razo bvia. H uma liga-

    o com os acontecimentos da vida, mas invisvel.H uma diferena entre o medo e a ansiedade

    talvez necessria de ser explicitada. Rodrigues (1976)defende que o medo e a ansiedade so formas dedefesa do organismo contra a ameaa do perigo; en-tretanto, h medo sempre que uma ameaa concretaest presente, enquanto que na ansiedade o estadoemocional motivado por antecipao de futura ame-aa. Ao lado disso, a coragem pode vencer o medo,e, indicativo de coragem apenas a tentativa deenfrent-lo (Comte-Sponville,1995). May (1975) de-

    fende que a coragem no o oposto do desespero,mas a capacidade de continuar, apesar do desespero.Assim, coragem seria a disposio e energias neces-srias para superar o medo e no sua ausncia.

    A principal caracterstica da coragem se ori-ginar no interior do eu e envolver a possibilidade desacrifcio, muitas vezes inevitvel, de peculiaridadesda pessoa. Para Comte-Sponville (1995), enquanto acovardia desprezada, a coragem talvez seja univer-salmente admirada. Informa tambm que cada civili-zao tem seus medos, mas o que no varia, ou varia

    muito pouco, a coragem para superar o medo. Ape-sar de um aspecto da personalidade altamente valori-zado, no se pode esquecer que ambivalente, emtermos morais e ticos, pois ela existe tanto para obem quanto para o mal.

    O instrumento utilizado operacionalizou a emo-o de medo em relao solido, ao desconhecido,ao escuro, e altura, incluindo tambm medo de mul-tido, de lugares fechados e de fenmenos naturais.A coragem, por sua vez, foi operacionalizada em re-lao a situaes desafiadoras, englobando o senti-mento de medo.

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    Com base no pressuposto de que as emoesfazem parte do constructo traos de personalidade,procurou-se levantar hipteses dessas relaes, paracada trao, com base nas caractersticas definidasno manual do ETPC.

    No que se refere ao trao de personalidadepsicoticismo, aventou-se que seriam encontradas cor-relaes significativas e positivas para as emoescoragem e tristeza, e correlaes significativas e ne-gativas para alegria. Os elementos que possibilitaramessa expectativa se referem ao fato de que a pessoacom alta pontuao nesse trao tende a ser dura,deprecia o perigo, solitria e cria problemas com os

    outros, tem tendncia a ser cruel e desumana, mos-trando-se hostil, inclusive com os mais ntimos, apre-senta poucos indicativos de socializao, assim comode sentimentos de empatia e culpabilidade. Por suavez, uma baixa pontuao em psicoticismo indica quea pessoa tem sensibilidade afetiva, preocupada comos outros e convencional.

    Com relao ao trao de personalidadeneuroticismo, esperam-se correlaes significativase positivas com medo e tristeza. Isso se deve a queentre os componentes do neuroticismo esto ansie-

    dade, depresso, sentimento de culpa, baixa auto-es-tima, timidez, melancolia, tristeza, temor, nervosismo,inquietao, emotividade, isso , mostra uma forteinstabilidade emocional. O neuroticismo est associ-ado incapacidade de persistir em face de obstcu-los. Por sua vez, uma baixa pontuao emneuroticismo indicaria pessoas pouco impulsivas, querecuperam com facilidade o autocontrole.

    Assim, espera-se que haja correlao positivae significativa do trao de personalidade extroversocom alegria e coragem, mas negativa com tristeza.

    Essa expectativa se deve a que a pessoa, com altapontuao nesse trao, pode ser descrita como im-pulsiva, despreocupada, em busca de sensaes, oti-mista, assertiva, vivaz, ativa e animada, espontnea eaberta s relaes interpessoais; arrisca-sefreqentemente, adora mudana, otimista,dogmtica, tem muitos amigos, e no gosta de ler ouestudar sozinha. Contrariamente, um sujeito com bai-xa pontuao em extroverso tranqilo, retrado,introspectivo e reservado, de poucos amigos, refleteantes de agir, desconfia dos impulsos, no gosta de sedivertir; sua vida ordenada, controla cuidadosamente

    seus sentimentos, um pouco pessimista; So sujei-tos tmidos e solitrios.

    Por fim, em relao ao trao de personalidadesociabilidade espera-se correlaes significativas enegativas com coragem, pois a escala informa sobrea tendncia a comportar-se dentro de regras e con-venincias sociais e no possui indicadores suficien-tes para uma interpretao em termos de condutasanti-sociais. No entanto, uma baixa pontuao indi-caria que a pessoa se mostra como realmente, apre-senta certa independncia frente s normas sociaisou condutas socialmente aceitas e pode ser indicativode condutas que merecem ser observadas e avalia-

    das mais detalhadamente, pois podem estar relacio-nadas a condutas anti-sociais.

    Mtodo

    Participantes

    Participaram do estudo 1095 crianas que fre-qentavam de segunda quarta sries, com idadesvariando em 8 e 10 anos (mdia=9,04 e desvio pa-dro=0,77). Do total de crianas, 50,1% eram do sexo

    masculino e 49,9% do sexo feminino; 27,8% tinham 8anos, 40,2% tinham 9 anos e com 10 anos, 32%.

    Instrumentos

    Traos de Personalidade: A avaliao foi reali-zada por meio da Escala de Traos de Personalidadepara Crianas, um questionrio com 30 itens, (Sisto,no prelo), com preciso e validade de constructo paraos seguintes fatores: neuroticismo, psicoticismo,extroverso e sociabilidade. um instrumento para

    ser usado em crianas de 5 a 10 anos de idade. Naescala de neuroticismo, a pessoa avaliada por 7 itens;na de extroverso, 10 itens; na de psicoticismo, 11itens; e na de sociabilidade, 6 itens. composta porperguntas e a criana deve responder sim ou no acada uma delas. Os itens esto distribudos ao acasoe o gabarito permite separ-los e pontuar os traos.

    Emoes: A avaliao das emoes foi feita,realizada por meio da Autopercepo de Emoes,um instrumento com 32 itens, (Sisto & Bazi, 1999),com preciso e validade de constructo para os se-guintes fatores: alegria, tristeza, medo e coragem.

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    um instrumento para ser usado em pessoas de 8 a 14anos de idade. Todas as quatro subescalas contm 8itens, que so afirmaes para as quais a pessoa deveresponder sim ou no a cada uma delas. As afirma-es esto distribudas ao acaso e o gabarito permitesepar-las e pontuar as quatro emoes.

    Procedimentos

    Os instrumentos foram aplicados coletivamen-te, em sala de aula, por uma equipe distribuda comdois aplicadores por sala de aula, um para dar as ins-trues, e outro para auxiliar os sujeitos individual-

    mente caso fosse necessrio. Para a Escala de Per-

    sonalidade Infantil cada criana possua o instrumen-to com os itens e as alternativas (sim-no) e oaplicador lia cada item e esperava que as crianasanotassem sua resposta, fazendo um x na alternativaescolhida, aps um breve treinamento para tal.

    Resultados

    As diferentes idades forneceram condutas emintensidades semelhantes em relao s emoesavaliadas, pois em nenhuma situao estudada as di-ferenas das mdias foram significativas estatistica-mente (Tabela 1). Mesmo resultado foi observado em

    relao aos traos psicoticismo e extroverso.

    Tabela 1: Mdia, desvio padro e valores de Fep para as subescalas de emoes em relao s idades

    No entanto, em relao aos traos depersonalidade neuroticismo e sociabilidade as diferenasforam significativas. Os dados indicaram que para otrao neuroticismo, as mdias diminuram conformeaumentaram as idades, e para o trao sociabilidade asmdias aumentaram conforme aumentaram as idades.

    Por sua vez, exceo feita medida de alegria,

    todas as outras medidas forneceram informaes deque as mdias entre os diferentes sexos no podemser atribudas ao acaso. No caso das medidas depsicoticismo e coragem as meninas apresentaram umamdia maior que os meninos, enquanto que nas demaismedidas, os meninos forneceram dados que indicaram

    maiores mdias que as meninas (Tabela 2).Tabela 2: Valores de tep para as subescalas de emoes em relao aos gneros.

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    Para estudar as associaes entre os traos depersonalidade e as emoes avaliadas, primeiramenteforam calculados os coeficientes de correlao dePearson entre essas variveis, considerando osgneros separada e conjuntamente. Depois foram

    calculadas as associaes entre essas variveis poridade e gnero. Os dados sero apresentados por traode personalidade e emoes. Assim, a Tabela 3apresenta os coeficientes de correlao em relaoao trao de personalidade psicoticismo e as emoes.

    Tabela 3: Coeficientes de Correlao de Pearson entre as medidas de psicoticismo e emoes, porgnero e independentemente de idades, e por idades e gnero.

    Em relao ao trao psicoticismo apenas aemoo medo no mostrou qualquer associaosignificativa para nenhuma das situaes estudadas.

    Coragem e tristeza forneceram ndices significativos epositivos, indicando que conforme aumentou apontuao em psicoticismo aumentaram tambm aspontuaes nas emoes coragem e tristeza, exceofeita s meninas de 10 anos em relao coragem.Em relao alegria, com exceo para as crianasde 9 anos e os meninos de 10 anos, as correlaes

    foram negativas e significativas, sugerindo que apontuao em alegria diminuiu conforme aumentou apontuao em psicoticismo. No geral pode-se inferir

    que a maior ou menor intensidade do trao psicoticismoest associada, respectivamente, maior ou menorintensidade de coragem e tristeza; que a percepo daintensidade da alegria pode ser inversamenteproporcional intensidade do psicoticismo; e que elespodem ou no sentir medo, independentemente daintensidade desse trao de personalidade.

    Tabela 4: Coeficientes de Correlao de Pearson entre as medidas de neuroticismo e emoes, porgnero e independentemente de idades, e por idades e gnero.

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    O trao de personalidade neuroticismo (Tabela4), independentemente da idade, apresentou a maiorparte de seus coeficientes significativos relacionadosao medo e tristeza, sugerindo que conforme aumentoua pontuao em neuroticismo aumentou tambm apontuao em medo e tristeza. Independentementedo gnero, houve uma correlao negativa comcoragem, indicativo de que o aumento em neuroticismodiminui a coragem; como tambm as meninasforneceram uma correlao negativa com alegria,sugerindo uma relao inversa entre as pontuaesdessas duas variveis. Com esses dados, pde-seinterpretar que o neuroticismo est associado,

    principalmente, s emoes de medo e tristeza.Em relao s idades, as correlaes e as

    tendncias encontradas se mantiveram, no queconcerne s emoes medo e tristeza, exceo feitas crianas de 8 anos do gnero masculino em relao emoo tristeza. Neuroticismo e alegria apenas as

    meninas de 9 anos forneceram correlao negativa esignificativa, mantendo a tendncia j descritaanteriormente.

    Por sua vez, em relao ao trao de extroverso,independentemente da idade, as crianas apresentaramcoeficientes de correlao positivos mais altos emalegria, principalmente os meninos, conforme podeser observado na Tabela 5. Esse dado indicativo deque conforme aumentaram as pontuaes deextroverso, aumentaram tambm as pontuaes emalegria. A mesma tendncia tambm pde serobservada em relao aos meninos no que concerne emoo coragem; independentemente do gnero a

    tendncia se manteve, ainda que a correlao tenhasido bem mais baixa. Inversamente, conforme diminuia pontuao em neuroticismo aumentou a pontuaoem tristeza, conforme sugerem as correlaesnegativas e significativas encontradas nas trssituaes estudadas.

    Tabela 5: Coeficientes de Correlao de Pearson entre as medidas de extroverso e emoes, porgnero e independentemente de idades, e por idades e gnero.

    ** Correlao significativa ao nvel de 0.01.* Correlao significativa ao nvel de 0.05.

    A mesma tendncia tambm pde ser observada,desta feita em relao s meninas no que se refere aomedo. Assim, a intensidade de extroverso tendeu aser paralela alegria e inversa em relao tristeza; eem relao ao medo e coragem os meninos tenderama apresentar intensidades semelhantes entre corageme extroverso e as meninas inversas com medo.

    Os dados parecem indicar que a interao entreidade e gnero em relao extroverso e asemoes, produziram efeitos diferentes da correlaes

    observadas independentemente das idades. Assim, as

    pontuaes das meninas de 8 anos no se associaramcom extroverso, enquanto que as outras situaesmantiveram a mesma tendncia. Em relao tristeza, as pontuaes das meninas de 8 anos e dosmeninos de 10 anos tambm no forneceram ndicessignificativos, embora nas outras a tendncia tenhase mantido. Por sua vez, enquanto que coragem tevecorrelaes significativas e positivas com os meninose no com as meninas, os meninos de 8 anosapresentaram uma correlao no significativa e as

    meninas de 9 anos informaram uma correlao

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    significativa. Finalmente, no que concerne ao medo,apenas as meninas de 9 anos e os meninos de 8 anosforneceram correlaes negativas e significativas,enquanto que a tendncia tinha sido apenas as meninasapresentarem esse tipo de tendncia.

    Finalmente, o trao de sociabilidade (Tabela 6),independentemente da idade, forneceu correlaessignificativas e negativas para as meninas em relao

    s emoes coragem e tristeza, indicativo de queconforme aumentou a pontuao em sociabilidadediminui a pontuao de coragem e de tristeza. A outracorrelao significativa foi em relao coragem eindependentemente do gnero, com a mesmatendncia j relatada. Os meninos no apresentaramqualquer correlao significativa entre as emoesavaliadas e o trao em questo.

    Tabela 6: Coeficientes de Correlao de Pearson entre as medidas de sociabilidade e emoes, porgnero e independentemente de idades, e por idades e gnero.

    ** Correlao significativa ao nvel de 0.01.* Correlao significativa ao nvel de 0.05.

    Considerando as idades, as meninas de 9 e 10anos conservaram a tendncia j descrita em relao tristeza, e as de 8 e 9 anos em relao coragem.Uma diferena em relao tendncia encontrada,independentemente da idade, foi que as meninas de10 anos apresentaram uma correlao significativa epositiva em relao alegria, indicativo de queconforme aumentou a pontuao em sociabilidade,aumentou tambm a pontuao em alegria.

    Discusso e Concluso

    A emoo pode ser vista como uma interfaceentre o organismo e seu meio, como mediadora entreas situaes e os eventos constantemente mutveis eas respostas comportamentais do indivduo.

    Vrias so as razes que explicam os poucosestudos referentes s emoes positivas. Ossentimentos negativos atraem mais a ateno, poisso importantes para a sobrevivncia, e a satisfao concebida como um sentimento mais simples, menos

    interessante, e ainda, a normalidade no to

    estudada, no sendo, assim, to explicada.As culturas ensinam os seus membros a

    expressar certas emoes e suprimir outras, e asprovas experimentais demonstram que ao menos certaparte da variedade entre culturas atribuvel sdiferenas no tocante s regras de manifestao quegovernam a expresso de emoo. Assim, para Harris(1996), os membros de diferentes culturas expressamemoes diferentes em pblico, embora as emoesexpressas quando esto sozinhos sejam muito

    semelhantes. A existncia de tais regras demanifestao significa que a emoo verdadeira e aemoo aparente podem no coincidir.

    A idade das crianas estudadas noapresentou relao com as medidas feitas, exceoaos traos de personalidade neuroticismo esociabilidade cujas diferenas foram significativas. Emrelao ao neuroticismo houve uma diminuioconforme aumentou a idade das crianas e no casode sociabilidade as mdias aumentaram conformeaumentaram as idades. Esses dados so semelhantes

    aos descritos nos manuais.

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    No que tange ao sexo, exceo feita medidade alegria, todas as outras medidas forneceram infor-maes de que as mdias entre os diferentes sexosno podem ser atribudas ao acaso. No caso das medi-das de psicoticismo e coragem as meninas apresenta-ram uma mdia maior que os meninos, enquanto quenas demais medidas, os meninos forneceram dados queindicaram maiores mdias que as meninas.

    Em relao ao trao psicoticismo aventou-seque seriam encontradas correlaes significativas epositivas para as emoes coragem e tristeza, e cor-relaes significativas e negativas para alegria. A hi-ptese foi confirmada no geral e em quase todas as

    idades, exceo feita para as meninas de 10 anos emrelao coragem e em relao alegria para ascrianas de 9 anos e os meninos de 10 anos. Pde-seafirmar, com base nos resultados, que conforme au-mentou a pontuao em psicoticismo aumentaramtambm as pontuaes nas emoes coragem e tris-teza e que a pontuao em alegria diminuiu conformeaumentou a pontuao em psicoticismo e que elespodem ou no sentir medo, independentemente daintensidade desse trao de personalidade.

    Assim, as crianas com altas pontuaes em

    psicoticismo se percebem como pessoas que vencemo medo com facilidade e enfrentam as situaes, maspossuem tambm a tristeza em alta intensidade e ale-gria, em baixa. De acordo com Avia e Snchez (1995)a alegria intensifica a confiana e a pessoa tenta for-mar vnculos sociais, enquanto que a tristeza reduz asua atividade e a pessoa tenta restaurar a sua ener-gia. Nesse sentindo, essas caractersticas reforamo quadro do trao psicoticismo, que caracteriza a pes-soa como dura, solitria, depreciadora do perigo, poucosocializada, hostil at com os mais ntimos, o que im-

    plicaria na dificuldade em formar vnculos. De fato, aemoo relacionada positivamente a esse trao, a co-ragem, ambivalente em termos morais e ticos, poisas pessoas que a possuem podem utiliz-la para obem e para o mal.

    A hiptese concernente ao trao de personali-dade neuroticismo espera correlaes significativase positivas com medo e tristeza, o que foi confirma-do, pois a maior parte de seus coeficientes significa-tivos estavam relacionados ao medo e tristeza. As-sim, pde-se constatar que conforme aumentou apontuao em neuroticismo aumentou tambm a pon-

    tuao em medo e tristeza (com exceo dos meni-nos de 8 anos). Entretanto, observou-se uma correla-o negativa com coragem, no previsto inicialmen-te, indicativo de que o aumento em neuroticismo di-minui a coragem; como tambm as meninas fornece-ram uma correlao negativa com alegria, ou seja,diminuio dos ndices de alegria conforme aumentaos de neuroticismo.

    Considerando que o trao de personalidadeneuroticismo inclui caractersticas tais como a ansie-dade, depresso, baixa auto-estima, timidez, melan-colia, tristeza, temor e nervosismo, a presena deemoes como medo, tristeza e pouca coragem pa-

    recem sugerir uma adequao das caractersticascom as emoes percebidas pelas crianas.

    A respeito das emoes tidas como negativas,Fiamenghi Junior (2001) defende que as emoescausadas por experincias dolorosas e difceis, po-dem aumentar no decurso do tempo (como um efeitode incubao). Entretanto, algo diferente pode ocor-rer se a pessoa mantiver contato com fontes de emo-es tidas como positivas por um longo perodo detempo. Nesse caso, a emoo negativa poder desa-parecer lentamente, possibilitando o aparecimento do

    sentimento de indiferena.Em se tratando dos traos de personalidade

    associados a emoes tidas como negativas, a ten-dncia das pessoas buscarem ambientes adequa-dos e ela e, nesse sentido, buscarem uma retroalimen-tao para suas condutas e sentimentos.

    Por sua vez, em relao ao trao de extrover-so, foram confirmadas as expectativas de correla-es positivas e significativas com alegria e cora-gem, mas negativas com tristeza. Assim, conformeaumentaram as pontuaes de extroverso, aumen-

    taram tambm as pontuaes em alegria e coragem;e, contrariamente, conforme aumentaram as pontua-es de extroverso, diminuiu a pontuao em triste-za. Entretanto, as excees ficaram por conta dasmeninas, que para coragem no apresentaram corre-lao significativa, mas sim para medo, que foi nega-tiva e significativa.

    Com relao s idades e sexo, as exceesforam correlao no significativa com alegria nasmeninas de 8 anos; com tristeza nas meninas de 8anos e meninos de 10 anos; com coragem nos meni-nos de 8 anos e nas meninas de 9 e 10 anos; com

    Traos de Personalidade de Criana

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    medo houve correlaes no esperadas com meni-nos de 8 anos e meninas de 9 anos. Assim, esperava-se 18 correlaes, das quais 6 no foram confirma-das; e no eram esperadas 6 correlaes, das quaisduas ocorreram.

    Esses resultados sugerem que a tendncia ge-ral no se constituiu em uma soma de partes iguais,mas que resultados peculiares a cada grupo formadopelas variveis sexo e idade facilitaram uma tendn-cia geral, nem sempre simtrica s sub partes. Ape-sar disso, no geral a tendncia dos resultados foi con-firmar a hiptese aventada.

    Aparentemente a autopercepo de alta inten-

    sidade de alegria e baixa de tristeza so as duas ca-ractersticas mais constantes nas crianas estudadas.Esses dados so bastantes congruentes com o traode personalidade extroverso que caracteriza pesso-as tidas como despreocupadas, otimistas, vivazes, ati-vas e animadas, espontneas e abertas s relaesinterpessoais. Avia e Snchez (1995) destacam a ne-cessidade e importncia de explicar como se funcio-na a capacidade de experimentar, com freqncia,emoes positivas, pois h muitas indicaes que exis-tem diferenas individuais significativas na afetividade

    (positiva-negativa) das pessoas. Tambm, defende queas emoes positivas encontram-se entre as mais im-portantes da personalidade humana, j que relaciona-das ao bem-estar geral das pessoas e tm implica-es importantes nas relaes interpessoais e para oestabelecimento de metas e projetos de vida.

    Com relao coragem, parece ser uma ca-racterstica autopercebida mais constantemente emmeninos de 9 e 10 anos e muito pouco em meninas.Apesar trao de personalidade extroverso no pos-sibilitar essa diferenciao, ela encontra suporte, pois

    pessoas com esse trao se caracterizam por seremimpulsivas, despreocupadas, ativas, assertivas, que searriscam freqentemente e adoram a mudana e es-to em busca de sensaes.

    Por ltimo, em relao ao trao de personali-dade sociabilidade eram esperadas correlaes sig-nificativas e negativas com coragem, o que foi parci-almente confirmado, pois os meninos no apresenta-ram qualquer correlao significativa entre as emo-es avaliadas e o trao em questo. No que tanges meninas, as pontuaes das emoes coragem etristeza diminuram conforme aumentou a pontuao

    em sociabilidade, sugerindo que quanto mais as me-ninas seguem as regras e normas sociais as intensi-dades da coragem e tristeza diminuem.

    As excees ficaram por conta, alm dos me-ninos, das meninas de 8 anos em relao tristeza,10 anos em relao coragem e 10 em relao alegria, pois a correlao positiva e significativa su-geriu que as pontuaes de sociabilidade e alegriaaumentaram e diminuram simetricamente.

    Este estudo apresenta alguns limites, principal-mente, na possibilidade de explicao de certos acha-dos no previstos pelas definies dos constructos,nem pela literatura da rea. Ao lado disso, seria inte-

    ressante contar com outros indicadores dessas emo-es aqui trabalhadas para uma contraposio, comotambm para uma possibilidade de ampliao das in-terpretaes. Nesse sentido, outras formas depesquisar as relaes entre traos e emoes tor-nam-se necessrio. Provavelmente a maior contri-buio deste estudo no esteja nas confirmaes par-ciais de suas hipteses, mas muito mais nos resulta-dos inesperados que, de certa forma, podero ser osdisparadores de novos estudos.

    Por fim, restaria comentar que os estudos so-

    bre a personalidade de crianas so escassos e maisainda no Brasil. Nesse sentido, seria interessante ou-tras pesquisas que pudessem esclarecer um poucomais sobre esse assunto, tendo em vista o papel queesse constructo desempenha na vida das pessoas. Abusca de relaes entre traos de personalidade eoutras variveis tem sido feita no Brasil. Assim, tra-os de personalidade tm sido estudado em relao aprendizagem por conflito scio-cognitivo (Pacheco& Sisto, 2003); em relao dificuldade de aprendi-zagem (Bazi, 2003); comparando crianas com e sem

    dificuldade de aprendizagem na escrita (Pacheco,2003); relacionando com o teste de cores de Lscher(Sisto, Pacheco, Guerrero & Urquijo, 2001); e compercepo visomotora (Sisto, Bueno & Rueda, 2003).Esses estudos, apesar de indicaram um comeo eabrirem alternativas para outras pesquisas, sugeremtambm um vasto campo de investigao a ser co-berto.

    Fermino Fernandes Sisto

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