Transplantes
-
Upload
fernanda-marinho -
Category
Health & Medicine
-
view
52 -
download
1
Transcript of Transplantes
DISCENTES:
CINTIA RAQUEL BATISTAFERNANDA DE MELO MARINHO
FERNANDO MILTON DOS SANTOSJACIANE BEZERRA DOS SANTOS
MARIA JUCIENE DA SILVAMARNO MIZAEL GALVÃO
WALTER JEFFERSON
FACULDADE DE ENFERMAGEM DE BELO JARDIM – FAEB –
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM2012.1
DOCENTE: PROF. MSC. IVANILDO MANGUEIRA
TRANSPLANTES
DISCENTES:
CINTIA RAQUEL BATISTAFERNANDA DE MELO MARINHO
FERNANDO MILTON DOS SANTOSJACIANE BEZERRA DOS SANTOS
MARIA JUCIENE DA SILVAMARNO MIZAEL GALVÃO
WALTER JEFFERSON
INTRODUÇÃO
Brasil:
Possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo;
Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes;
O Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.
INTRODUÇÃO
Para ser um doador:
Não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade;
Quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas;
Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida.
São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Esse assunto está diretamente relacionado aos valores morais, éticos e religiosos das pessoas.
Para haver o entendimento do público e a aceitação do transplante e da doação de órgãos pela comunidade, é importante salientar que muitas mudanças sócio-culturais são necessárias.
INTRODUÇÃO
O respeito conferido ao corpo do morto é uma característica de todos os sistemas de crenças religiosas e de códigos morais seculares.
O corpo representa a memória da vida passada que deveria ser guardada tão próxima quanto possível da pessoa amada. Perder o respeito pelo corpo de um ser humano morto significaria desrespeito por esta pessoa.
INTRODUÇÃO
Nenhuma religião proíbe formalmente a doação ou o recebimento de órgãos ou é contra o transplante de doadores vivos ou falecidos.
INTRODUÇÃO
Embora a doação represente uma conduta social altruísta, podemos intuir que ainda não foi incorporada à moral comum, por diversos aspectos.
Descrédito no funcionamento e estrutura do sistema de saúde;
Relação de confiança entre profissional da saúde e paciente;
Confidencialidade doador/receptor;
Caráter inovador e recente desta possibilidade terapêutica, ainda em construção, etc.
A BIOÉTICA
Ética é a ciência da moral, que por sua vez trata dos costumes e dos deveres. Define e codifica as normas das atividades humanas.
(Raia, 2003)
A ética é o estudo da conduta humana, essencial à vida em todos os aspectos: pessoal, familiar, social e profissional. Ela envolve a educação do nosso caráter, temperamento ou vontade pela razão.
A BIOÉTICA
A BIOÉTICA
A bioética enfoca questões relativas à saúde e a vida humana e está intimamente ligada à idéia de justiça e igualdade.
(COHEN, 2003)
A Bioética é o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais.
(MENDES, 1993).
A BIOÉTICA
OBJETIVO:
A busca de benefício e da garantia da integridade do ser humano, tendo como fio condutor o princípio básico da defesa da dignidade humana. Assim, serve de campo para refletir e discutir questões auxiliando as pessoas a tomarem decisões.
A BIOÉTICA
Este assunto sobre doação de órgão e tecidos para transplante é uma discussão ética que pretende formar a base para uma conduta correta e justa, apoiada na responsabilidade de certos atos, como por exemplo, não matar.
A BIOÉTICA
A Bioética pode ser compreendida à luz de vários modelos. O mais difundido no Brasil e que fundamentou as normas para a realização de pesquisas com seres humanos no país é o Modelo de Princípios que adota quatro pilares explicativos: a autonomia, a beneficência, a não maleficência e a justiça.
(BRASIL, 1996).
OS PRÍNCIPIOS ÉTICOS
OS PRÍNCIPIOS ÉTICOS
A beneficência e a não-maleficência
É um dos princípios mais conhecidos e em uma definição mais simplista significa não causar dano.
Significa a obrigação de garantir o bem-estar do indivíduo e de desenvolver informação para tornar mais fácil, no futuro dar essa garantia, ou seja, a não maleficência.
OS PRÍNCIPIOS ÉTICOS
A Justiça
Esse princípio exige que a distribuição de danos e benefícios seja justa. Em nome da justiça é que toda atenção, todo cuidado e todo sistema de saúde devem ser justos. É o princípio da justiça que garante a distribuição justa, eqüitativa e universal dos benefícios dos serviços de saúde.
(CORREIA, 1995).
OS PRÍNCIPIOS ÉTICOS
A autonomia
De acordo com sua origem grega significa autogoverno referindo-se ao grau de poder da pessoa de tomar decisões que afetem sua vida, sua integridade físico-psíquica, suas relações sociais. A pessoa autônoma é aquela que delibera e escolhe seus planos, sendo ainda, capaz de agir com base nessas deliberações
(OLIVEIRA, 2001).
A LEGISLAÇÃO
A legislação brasileira referente aos transplantes pode ser considerada bastante atualizada, tendo em vista princípios fundamentais que vêm norteando internacionalmente os países que realizam tais procedimentos.
A LEGISLAÇÃO
O atual Código de Ética Médica, vigente desde 1988, já possui um capítulo com quatro artigos disciplinando a questão.
A LEGISLAÇÃO
Esses artigos:
Obrigam o médico participar da verificação de morte encefálica e retirar órgãos de interditos ou incapazes.
Proíbem o médico de deixar de esclarecer o doador e o receptor acerca dos riscos envolvidos nos procedimentos e sobre a comercialização de órgãos humanos.
Garantem assim, o esclarecimento necessário para o consentimento por parte do doador e receptor, com respeito à autonomia de cada um.
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Recompensa financeira direta a doadores vivos é prática ilegal em muitos países, como o Brasil, os EUA e a Índia, entre outros, mas tem causado, progressivamente, maior discussão.
(RAIA, 2003)
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Os que defendem:
Alegam que todas as etapas do processo da doação são remuneradas, desde a do coordenador de captação até a equipe da UTI que assiste o doador após a cirurgia da retirada do enxerto. Sendo assim, porque não retribuir também o doador?
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Os que são contra:
Alegam que todas essas remunerações dizem respeito a serviços profissionais, enquanto que o pagamento do órgão em si constitui comércio inaceitável de partes do corpo humano, que compromete os valores éticos e morais básicos da sociedade.
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Os que são contra:
Acham que os médicos envolvidos na comercialização comprometeriam seu compromisso deontológico que garante a todos os seres humanos um valor acima de qualquer preço.
Além disso, acreditam que a comercialização levaria inevitavelmente à violação dos direitos humanos básicos, tanto dos doadores quanto dos receptores.
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Os que são contra:
O Papa, a Conferência dos Bispos Católicos, a Igreja Grega Ortodoxa, e a Igreja Anglicana, entre outras entidades religiosas, definiram-se contra a comercialização.
$
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Devem-se mencionar, também, as denúncias de obtenção de órgãos através de práticas criminosas, inclusive de seqüestros de crianças e de adultos, adoções de menores e, mesmo, da execução de prisioneiros pré-selecionados. Tais fatos, dos quais não temos comprovação, assumem características tão ignominiosas que não podemos imaginar médicos envolvidos em tais práticas.
(COSTA, 1998).
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Mas a comercialização de órgãos, mesmo obedecendo a uma normatização, implica num risco incalculável de exploração de doadores no terceiro mundo, e numa injustiça para receptores incapazes de pagar esse tipo de transplante.
TRÁFICO E COMÉRCIO DE ÓRGÃOS
Cabe aos transplantadores, exercendo o papel de defensores dos valores morais da prática médica, agir de forma clara e eficaz com vistas à injustiça social que inevitavelmente acompanharia a comercialização de órgãos;
A adequada aplicação de princípios éticos pode contribuir para evitar algumas dessas injustiças.
O ANENCÉFALO
Anencefalia significa, literalmente, ausência de encéfalo; o termo, contudo, é impróprio porquanto a malformação consiste na associação de acrania com desenvolvimento rudimentar de outras estruturas do sistema nervoso.
O ANENCÉFALO
O uso de portadores de anencefalia como doadores de órgãos ganhou destaque
mundial a partir da realização, em 1987,
no Canadá, de um transplante cardíaco com êxito no qual o
doador era anencéfalo.
O ANENCÉFALO
Os problemas morais detectados em tal procedimento levaram o Comitê de Bioética da Sociedade Canadense de Pediatria a analisar os aspectos bioéticos envolvidos nesse tipo de doação de órgão, cujas conclusões deram origem às recomendações acerca da utilização específica do anencéfalo como fonte de órgãos para transplante,
O ANENCÉFALO
As recomendações podem ser resumidas em
três principais pilares:
O consentimento dos pais; O respeito intransigente aos
critérios de morte encefálica; E a limitação do tempo de
manutenção artificial do doador.
O ANENCÉFALO
O entusiasmo com os resultados recentes dos transplantes fez com que os olhos da comunidade científica internacional, e a brasileira em especial, se voltassem para os anencéfalos.
Sendo perituros, e uma vez que sua eliminação por meio de abortamento não é permitida no Brasil, eles poderiam suprir a sempre alegada escassez de órgãos de dimensões apropriadas para o atendimento de neonatos.
O ANENCÉFALO
Resolução CFM nº 1.752, de 08 de setembro de 2004, foi o primeiro documento brasileiro específico que visou a regulamentar a doação de órgãos de portadores de anencefalia.
Tal deliberação autorizava a remoção utilitarista de órgãos de anencéfalos, considerados “natimortos cerebrais”, tão logo eles nascessem, desde que seus pais se manifestassem formalmente favoráveis no prazo máximo de quinze dias antes do parto.
O ANENCÉFALO
As possibilidades morais, legais e práticas de se usar o anencéfalo como fonte de órgãos e tecidos para transplante são tão restritas que acabam por desestimular as pesquisas científicas e a ocorrência de doações nesse sentido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabemos que os conceitos de justiça e igualdade são relativos, e estamos cientes da situação desconfortável de um indivíduo que, à espera de um órgão, depende da ordem de inscrição, a fim de recebê-lo, uma vez que sabemos que todas as vidas têm o mesmo valor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao considerar isso, é possível tentar alcançar a igualdade de forma mais eficaz, dando prioridade para o transplante para aqueles indivíduos que mais necessitam deles, sem eliminar a realização de transplantes em quem têm condições que lhes permitam esperar por longos períodos de tempo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A vida é um conceito absoluto, que não pode ser comprometida, especialmente com o argumento de que as pessoas morrem em lista de espera em todos os lugares;
Portanto, a bioética, com uma visão ética das questões relativas à vida humana e da saúde e com o princípio da justiça (bem-estar coletivo) como um ponto de apoio, não pode ser afastada da discussão de uma questão tão importante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O olhar bioético nos trouxe a importância da divulgação do conhecimento como elemento básico à doação de órgãos;
Ressaltamos a importância do papel do Estado na criação das leis, sua aplicabilidade e divulgação;
Favorecer o consentimento voluntário para a doação de órgãos a nosso ver é a forma de garantir uma decisão mais justa e participativa.