Transposição Do Rio São Francisco

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  • 5/21/2018 Transposio Do Rio So Francisco

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    TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO: PRS E CONTRAS

    Para maiores informaes:

    http://www.desenvolvimentistas.com.br/desempregozero/2007/12/a-mais-importante-obra-da-nossa-historia-transposicao-do-rio-sao-francisco-pros-e-

    contras/

    O projeto da transposio, integrando o Rio So Francisco s bacias do NordesteSetentrional vai beneficiar cerca de 12 milhes de pessoas. No entanto, para que o

    projeto se concretize, os estados de Minas Gerais e Bahia, juntos, precisam ceder 2% dovolume de gua do rio que banha suas regies. Uma quantidade de gua desprezvel,segundo o professor Paulo Canedo, coordenador do Laboratrio de Hidrologia da

    COPPE/UFRJ. Na opinio do pesquisador, que integra o grupo de especialistas queassina a elaborao da verso preliminar do Plano Decenal de Recursos Hdricos daBacia Hidrogrfica do Rio So Francisco (PBHSF) para a Agncia Nacional de guas(ANA), esse percentual pequeno, se compararmos o que esses estados perdero emrelao ao enorme ganho que significar para o Polgono da Seca. Por outro lado, oespecialista considera pertinente a oposio feita pelos representantes de Minas Gerais,Bahia e Sergipe. Antes de mais nada, preciso deixar claro que a gua tem valor e queesses estados precisam receber pela gua que ser transportada", ressalta o pesquisador.

    Segundo Canedo, o principal ponto da discusso no est no percentual de guaa ser transferido. A transposio do Rio Paraba do Sul para o Rio Guandu, no estado do

    Rio de Janeiro, por exemplo, de 70% do volume da gua. Apesar de o projeto detransposio do rio So Francisco implicar num volume de gua pequeno, o pesquisadordefende que os estados que vo ceder a gua tm todo o direito de reclamar, pois o quese pede deles uma renncia hdrica, que dever significar um futuro sacrifcio emtermos de desenvolvimento. "Alm disso, no esto sendo contempladas na discusso asvrias cidades desses estados que tambm apresentam problemas de abastecimento eso carentes de infra-estrutura hdrica, mesmo estando s margens do Rio SoFrancisco, ressalta.

    O aproveitamento hdrico do projeto de transposio do Rio So Francisco foiaprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), ligado ao Ministrio

    do Meio Ambiente, no dia 17 de janeiro de 2005. De acordo com o Plano Decenal, atransposio propiciar aos estados do Nordeste Setentrional um consumo adicionalimediato de 25 m3/s (25.000 litros por segundo), podendo chegar a 65m3/s de gua em2025. Segundo o professor, o semi-rido nordestino tem centenas de reservatrios queso capazes de atender a vazes de at 77m3/s. Com a transposio, no futuro essaregio poder ser beneficiada com um volume de gua de 180m3/s. Portanto, um totalsuperior a simples soma da capacidade atual dos reservatrios com o volume de guatransportado. No se trata do milagre da gua. O adicional de 38 m3/s deve-se a umaeconomia gerada pelo fato de que s estar exposto ao tempo o volume suficiente para oconsumo, evitando assim, perdas por evaporao e transbordamento nos reservatrios,explica o professor.

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    A seca no semi-rido nordestino causada pela m distribuio do volume dechuva: na regio chega a chover 700 mm por ano, durante uma mdia de apenas trsmeses. Como o solo da regio raso, no h reteno e a gua da chuva escoarapidamente. Outro problema que muitos dos audes nordestinos so largos e rasos.Para se ter uma idia, um aude precisa conter quatro litros de gua para viabilizar o uso

    de apenas um litro. A gua evapora com facilidade, explica o professor que defende atransposio como uma boa soluo para o semi-rido brasileiro.

    A escassez de recursos hdricos em algumas regies do nordeste est muitoabaixo do limite mnimo estabelecido pela ONU, que de 1.000 metros cbicos de gua

    por habitante/ano. Atualmente, a disponibilidade em algumas reas dos sertes doNordeste Setentrional de aproximadamente 500 metros cbicos por habitante/ano.Neste cenrio de carncia hdrica, que traduz se em pobreza e baixos ndices dedesenvolvimento humano, o So Francisco responde por cerca de 70% da guadisponvel na regio, o que o torna o osis do nordeste brasileiro.

    Links:Entrevista Paulo Canedo

    Pesquisador da COPPE alerta: Brasil campeo do desperdcio de gua potvel

    A COPPE da gua Doce e da gua salgada

    EX-PRESIDENTE DO BNDES DIZ QUE TRANSPOSIO DO SOFRANCISCO MUDAR DE VEZ A VIDA NA REGIO

    *Carlos Newton da Tribuna da Imprensa 07/01/2008

    http://www.desenvolvimentistas.com.br/desempregozero/2008/01/para-lessa-nordeste-sera-california-brasileira/

    O economista Carlos Lessa, ex-presidente do Banco Nacional deDesenvolvimento Econmico (BNDES), defende o projeto de transposio das guas doRio So Francisco, afirmando que a intransigente posio do bispo Luiz Flvio Cappio,de Barra (BA), injustificvel e prejudicial populao mais carente do Nordeste.

    A posio de dom Cappio, que j fez duas greves de fome, est baseada empremissas falsas, porque ele entende que, ao invs da transposio das guas, o governodeveria fazer as pequenas obras previstas no chamado Atlas Nordeste, de construo de

    pequenos audes e perfurao de poos, assinala Lessa, lamentando que importantesinstituies da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),tambm incorram no mesmo erro do bispo de Barra.

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    Segundo o economista, o bispo est equivocado por no levar em conta quegrande parte dos poos perfurados nas regies mais pobres do Nordeste tem resultadoem gua insalubre, com alto teor de salitre e imprestvel para consumo humano, por sercancergena e causar cardiopatias, doenas renais e anomalias fetais.

    Justamente por isso, preciso apoiar a transposio das guas do SoFrancisco, que vai resolver tambm os problemas de abastecimento de gua emimportantes cidades, como Fortaleza, Natal e Campina Grande, destaca Lessa, que um dos combativos crticos da poltica econmica, mas reconhece o acerto do governona questo do So Francisco.

    Motivos

    Em sua gesto frente do BNDES, no primeiro mandato do presidente LuizIncio Lula da Silva, Lessa teve oportunidade de estudar profundamente o assunto e estconvencido de que a transposio representar a redeno econmica e social do

    Nordeste.

    Sob o ponto de vista econmico-social, o Nordeste sempre foi considerado umproblema praticamente insolvel. A omisso de sucessivos governos indicava que achamada indstria da seca estaria destinada a se perpetuar, motivando uma permanentesituao de xodo em direo aos grandes centros urbanos, especialmente So Paulo eRio de Janeiro. Mas essa realidade vai comear a mudar, e de forma radical, diz Lessa.

    A seu ver, para garantir um crescimento sustentado produo agrcola noBrasil, j est comprovado que a alternativa mais vivel o investimento no Nordeste,cujo potencial em termos de agricultura de exportao espantoso, s comparvel aochamado Vale Imperial da Califrnia, o hectare rural mais valorizado dos EstadosUnidos.

    Localizao

    Lessa afirma que essa surpreendente Califrnia brasileira vai surgir no chamadoEixo Norte nordestinouma vasta regio cruzada pelos rios Jaguaribe (Cear) e Apodi(Rio Grande do Norte), englobando tambm parte da Paraba e de Pernambuco. Soterras planas, com solos calcrios altamente frteis, bem mais propcios agricultura do

    que o cerrado. Alm disso, h condies ideais de luminosidade, com 320 dias de solpor ano. S falta a irrigao.

    Dependendo do volume das guas a serem disponibilizadas no projeto detransposio do Rio So Francisco, poder ser irrigada uma extenso de at um milhode hectaresou seja, uma rea cerca de 25 vezes maior do que o famoso plo frutcolade Petrolina, em Pernambuco. Detalhe: na Califrnia brasileira, ser de apenas R$ 0,05o custo do metro cbico de gua para os produtores rurais usarem em irrigao. Ficamais barato do que a gua extrada hoje de poos artesianos, que quase sempre salinizada demais, acentua.

    O ex-presidente do BNDES explica que outra vantagem fundamental que oEixo Norte nordestino tem localizao estratgica, situado prximo ao litoral, podendo

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    exportar sua produo pelos portos de Natal (RN), Suape (PE), Cabedelo (PB) ouPecm (CE), para abastecer os mercados da Amrica do Norte, da Europa/OrienteMdio e da sia (atravs do Canal do Panam), com fretes muito competitivos.

    Ao invs de problema, regio ser soluo.

    O economista Carlos Lessa garante que, com a transposio das guas do RioSo Francisco, ao invs de continuar a ser considerado o maior problema brasileiro, o

    Nordeste se tornar uma soluo. Suas alternativas so mltiplas, e o melhor exemploest na produo e beneficiamento de camares, especialmente no Cear e Rio Grandedo Norte, onde se obtm a maior produtividade mundial. Em 2003, por exemplo, o setor

    j exportava 62 mil toneladas de camares, com faturamento de R$ 300 milhes,destaca.

    O ex-presidente do BNDES acrescenta que, em Pernambuco e no Cear, asplantaes de flores ultrapassam 20 toneladas/ano. Ainda nesses estados, a fruticulturase expande cada vez mais em Petrolina, enquanto Sobral comea a se firmar como

    produtor de vinho. No Maranho, j se produz em escala empresarial um tipo de mel deexcelente qualidade, produzido por uma espcie de abelha brasileira, a Teba. No Piau,a associao de cultura simultnea de mamona e feijo caupi mostra ser altamentevivel.

    Os exemplos se multiplicam, diz Lessa, acrescentando que tudo issorepresenta apenas algumas amostras do potencial do Nordeste como produtor rural,

    porque a regio poder ter desenvolvimento to acelerado quanto o obtido pelo Centro-Oeste nas ltimas dcadas. Califrnia

    Quanto ao financiamento do ambicioso projeto, estimado em cerca de R$ 6

    bilhes, Lessa afirma que o Pas tem totais condies de custear a revitalizao do RioSo Francisco, que vai gerar centenas de milhares de empregos no Nordeste. Nessecontexto, a implantao da Califrnia brasileira servir de plo multiplicador deriquezas e distribuio de renda, atraindo novas agroindstrias para o Nordeste,assinala.

    Alm disso, o ex-presidente do BNDES insiste em enfatizar que o projeto terdupla funo, porque fornecer tambm gua de boa qualidade para consumo pessoal euso domstico, porque grande parte dos poos que hoje abastecem as populaes dointerior nordestino fornece gua excessivamente salinizada, produzindo um quadroverdadeiramente assustador de cardiopatias e doenas renais.

    Essa situao precisa ser revertida o mais rpido possvel, porque a implantaoda Califrnia brasileira tem de ser marcada no somente pela redeno econmica do

    Nordeste, mas tambm pela melhor qualidade de vida de seu povo, conclui Lessa.

    FREI CAPPIO, VAMOS TER UMA CONVERSA SOBRE ATRANSPOSIO DO SO FRANCISCO?

    Escrito por Gustavo, postado em 17 dUTC dezembro dUTC 2007

    * Gustavo Antnio Galvo dos Santos

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    Paulo Metri muito lucidamente nos alertou no artigo: O QUE FAZER EMRELAO AO FREI CAPPIO ?? sobre a urgncia imposta pela ao do Frei. Pauloest certssimo, o momento agora de parar tudo e chamar o Frei para uma conversa

    para terminar a greve de fome. A prioridade agora deve ser a vida do Frei. O Frei querdebater mais sobre a obra? Que se debata mais. Mas necessrio lembrar um fato.

    Nunca uma obra foi to debatida em toda nossa histria. H mais de 100 anos que ela debatida. Nos ltimos anos o Ministrio da Integrao abriu debates pblicos em todosos estados envolvidos. A obra discutida na imprensa e na academia com bastante

    polmica desde o governo FHC.O Frei j fez uma outra greve de fome contra a obra. Aa obra parou, o presidente o convidou para conversar, toda a imprensa se abriu paraouvi-lo. Agora novamente acontece o mesmo. Os artigos e as notas que o Frei e aCNBB escreveram contra a obra foram publicados nos maiores jornais. Quer maisespao para debate do que esse?

    H questes muito mais importantes que a imprensa praticamente no toca. Umbom exemplo a lei do Petrleo instituda pelo governo FHC. Essa lei ficou totalmente

    inapropriada com o barril se aproximando de 100 dlares e ainda mais com o Brasil setornando um grande dono de reservas. (clique aqui para ler sobre isso). Por que aimprensa no discute assuntos como esse com a importncia devida?

    Por que o tratamento privilegiado ao So Francisco e ao Frei?

    Porque os Donos do Poder so CONTRA a transposio do So Francisco.Assim como a maioria dos brasileiros, talvez at por influncia da imprensa e pelo

    pouco acesso aos argumentos favorveis obra.

    Tenho certeza que no mnimo 80% dos brasileiros contra essa obra. Aesquerda contra a obra. A direita contra a obra (DEM e PSDB sempre se declaramcontra). Os banqueiros so contra a obra porque gasta supervit primrio. Osecologistas so contra a obra. A igreja contra a obra. Os governadores dos estados quefornecem a gua do So Francisco so contra a obra. A imprensa contra essa obra. Oscoronis do Nordeste so na grande maioria contra essa obra.

    Quando uma unidade entre grupos to diversos se forma, recomendvel seguiros conselhos de Nelson Rodrigues. Abrir o olho para as unanimidades.

    Agora, se a obra for realmente debatida, o que super louvvel e de interesse dogoverno, veremos que ela uma obra necessria.

    No apenas necessria. Ela barata e ecologicamente positiva. uma obracujo impacto ambiental mnimo ou mesmo favorvel. E ela em si no afeta de fato aspopulaes ribeirinhas.

    A quantidade de gua que ser retirada do rio entre 1,5% e 3% est dentro dosustentvel. Mas uma coisa ningum diz. Com ou sem transposio essa gua acabarsendo retirada do Rio So Francisco de qualquer jeito. Porque existe uma grande fila de

    projetos de irrigao em Minas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas s esperandoque o a transposio no v para frente para poderem captar mais gua do So Franciscoe de seu afluentes. Como sustentvel retirar de 1,5% a 3% da gua, esses projetosacabaro captando a gua de um jeito ou de outro. Como so projetos esparsos e no to

    vistosos, o Frei Cappio no conseguir e nem mesmo se dispor a det-los.

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    Mas a que est a grande questo! Se a gua acabar sendo retirada do mesmojeito, onde o melhor local para empreg-la? Os estudos indicam que o melhor local no Nordeste Setentrional, onde existe uma enorme rede de audes que, se interligada srepresas do So Francisco, poder multiplicar por quase 3 vezes o potencial de irrigaodo Rio So Francisco. Alm disso, a populao atendida no Nordeste Setentrional

    poder ser muito maior do que aquela potencialmente atendida no prprio Vale do SoFrancisco. O mesmo acontece com a capacidade de alimentar atividades econmicascom maior capacidade de gerar valor agregado e empregos.

    A questo no se a gua ser retirada, mas para onde ela ir! Por isso osestados doadores de gua so contrrios obra. No por causa das populaesribeirinhas ou do meio ambiente. Esses esto seguros e sofrero o (pequeno) impactode um jeito ou de outro.

    Como no Nordeste Setentrional (1) a gua poder ser multiplicada emdecorrncia da rede de audes e como l (2) pode-se gerar mais empregos por volume

    de gua l o local mais adequado para se levar a gua.L se gera muito mais empregos. Portanto, l se poder obter o melhor resultado

    sobre o meio ambiente. Porque so os nordestinos expulsos pela seca e pela pobreza oprincipal insumo barato das motoserras que ceifam a Amaznia. Porque os projetosde irrigao beira do Rio So Francisco so prejudiciais ao frgil, pequeno emaravilhoso ecossistema de matas ciliares e reas pantanosas do entorno do Rio. Noentorno do Rio So Francisco existem muitas regies pantanosas ainda intocveis que

    preservam uma vegetao e uma fauna muito rica. Esse ecossistema ser destrudosempre que se trouxer projetos de irrigao para sua proximidade. Porque esses projetosdesmatam a regio, trazem pesticidades, poluem o lenol fretico e geram um imenso e

    descontrolado crescimento da rea urbana e da rea cultivada.Sabemos que o sertanejo um migrante por natureza. Onde houver

    oportunidades de emprego ele buscar. E os projetos de irrigao atraem milhares depessoas. Podemos comprovar isso pelo crescimento explosivo e descontrolado dePetrolina e Juazeiro nos ltimos 30 anos em decorrncia dos projetos de irrigao feitos

    por l. Isso sim muito nocivo ao meio ambiente! O projeto de Transposio diferente, muito mais racional e menos prejudicial ao ambiente. Ao invs de trazermigrao descontrolada para a beira de reas naturais ou mesmo virgens do Rio, leva agua para onde j esto as pessoas e onde o ambiente j foi transformado pelo homem. muito mais racional, barato e ecolgico transportar gua do que pessoas, infra-

    estrutura urbana, infra-estrutura de transporte, casas e desmatamento.No artigo cujo link segue abaixo selecionei alguns argumentos favorveis obra

    exatamente para iniciar um debate e que se veja o outro lado da questo, que a imprensaesconde:

    A MAIS IMPORTANTE OBRA DA NOSSA HISTRIA:TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO: PRS E CONTRAS

    Se houver de fato um debate, acredito que as pessoas entendero que a obra necessria tcnica, social, poltica e economicamente.

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    Mas se as obras recomearem e se o Frei Cappio voltar a fazer greve de fome? Oque fazer? Ele tem o direito de barrar unilateralmente uma deciso correta de umGoverno eleito por vias democrticas e que est agindo conforme o Estado de Direito?

    O Governo Lula acumulou incontveis erros, principalmente no primeiro

    mandato. Juros estratosfricos, nenhum gasto em infra-estrutura, conivncia commedidas favorveis ao setor financeiro, baixo crescimento, baixa gerao de empregos,etc. Mas no erra em tudo. Houve tambm acertos. Um deles a Transposio do SoFrancisco. Outro era a prorrogao da CPMF.

    preciso ter claro que a imprensa, desde 2005, se esfora para infligir umaderrota ao governo. Em 2006, ela viu que no poderia mais decidir as eleies. E ficou

    preocupada com a perda de poder. Nos ltimos meses, a imprensa apoioumajoritariamente o fim da CPMF. Apesar desse ser um dos impostos mais justos eracionais do pas. O ataque no se deu a partir do interesse pblico. Porque esse seriamelhor atendido pela manuteno do imposto.

    Mas de tanto bater consegui. Derrubou o governo. As manchetes no outro diaforam: Governo Sofre sua Maior Derrota. Para eles era isso que estava em jogo. Mas

    para o povo?

    Acabaram com a CPMF. Um imposto que era fundamental para o povo, porgerar dezenas de bilhes de reais para a sade pblica e para a educao e que era umadas principais armas de combate sonegao aos crimes financeiros. A imprensaconseguiu deixar a maioria da opinio pblica contra o imposto, porque colocou aquesto da seguinte forma:

    Voc, cidado, quer que continue existindo esse imposto que lhe rouba alguns

    reais por ms para alimentar a corrupo e o desperdcio de recursos pblicos?

    A resposta negativa j estava embutida na pergunta.

    A imprensa mostrou que ainda tem muito poder e que os governos populistasprecisam levar isso em conta. (clique para ler mais sobre isso).

    A pergunta que a imprensa faz agora :

    Voc, cidado, favorvel utilizao de recursos pblicos para DESTRUIR oRio So Francisco?

    Querem assim vetar a obra da Transposio, visando apenas reforar a idia deque tm poder suficiente para ditar os caminhos do pas. Mas no tiram os olhostambm das eleies de 2010. E Frei Cappio o libi perfeito para o crime de tolher odebate e manipular opinies. Um homem de Deus sem interesses econmicos e

    polticos

    Que se debata a Transposio, mas NO APENAS via shows pirotcnicos egreves de fome televisionadas.

    Que se debata a Transposio PRINCIPALMENTE nos ambientes democrticose tcnicos adequados. No congresso nacional, nas assemblias, em debates pblicos

    agendados e na academia.

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    Frei Cappio quer debater o melhor para o povo nordestino ou quer ser oobstculo a impedir a obra? No nada mal ser o Mrtir do So Francisco

    No o momento para mrtires. o momento para uma conversa democrtica eracional.

    E, se depois de mais essa rodada de debate, o pas achar que melhor fazer aobra? Frei Cappio vai voltar a fazer greve de fome? O que fazer nesse caso?