Tratamentos térmicos e termoquímicos

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  • 1Tratamentos trmicos etermoqumicos

    Principais tratamentos trmicos Recozimento Normalizao Tmpera / RevenidoPrincipais termoqumicos Cementao Nitretao

  • 2Tratamentos Trmicos

    conjunto de operaes de aquecimento e resfriamento a que so submetidos os metais, sob condies controladas de temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de aquecimento e de resfriamento, com o objetivo de alterar suas propriedades ou conferir caractersticas determinadas.

  • 3Os principais objetivos

    remoo de tenses internas (oriundas de resfriamento desigual, trabalho mecnico ou outro).

    Ou

  • 4 Modificao de: dureza, resistncia mecnica, ductilidade, usinabilidade, resistncia ao desgaste, propriedade de corte, resistncia corroso, resistncia ao calor, propriedades eltricas e magnticas.

  • 5Possibilidade de Tratamento Trmico

    Devido a: Recristalizao (Ocorre para os materiais e ligas a diferentes temperaturas. Deve

    apresentar um mnimo de encruamento e ser aquecido temperatura adequada.)

    Modificao de fase (Ocorre em muitas ligas metlicas com a alterao da temperatura, no

    estado slido.)

  • 6Ligas que podem ser tratadas

    Ligas com eutetide e modificao de fase Ferro-Carbono Cobre-Alumnio Cobre-Estanho

    Ligas com modificao de solubilidade Ferro-Carbono Alumnio-Cobre Cobre-Prata Cobre-Cromo

  • 7Diagrama de Equilbrio Fe-Fe3C

  • 8Recristalizaohistrico

    1. Material apresenta gros2. Ao deformar, os gros "desaparecem"

    acreditou-se na "perda de cristalinidade"3. Aps aquecer material deformado por um

    certo intervalo de tempo, os gros surgiam novamente RECRISTALIZACO

  • 9Conhecimento atual de deformao e recristalizao de metais e ligas

    1. A deformao implica em movimentao e criao de discordncias (ou seja, criam-se defeitos, mas no se perde a cristalinidade) encruamento (aumento da resistncia mecnica)

    2. Aquecimento por tempo pr-determinado gera difuso diminuio de defeitos e migrao de contornos de grande ngulo nucleao e crescimento de gros RECRISTALIZAO

  • 10

    Recristalizao

  • 11

  • 12

  • 13

    Efeito da temperatura e tempo no TG

    Colpaert

  • 14

    Elemento (% em peso)C Si Mn Al P S

    0,11 0,12 1,10 0,04 0,02 0,02

    Material Convencional Convencional encruado

    Gros refinados

    Limite de escoamento (MPa)

    220 --- 540

    Limite de resistncia (MPa)

    320 780 580

    Alongamento em 50 mm (%)

    48 < 1% 25

  • 15

    Curvas TTT (Tempo-Temperatura-Transformao)

    Experincia de Davenport e Bain

    Determinar as relaes existentes entre a velocidade de esfriamento e as transformaes que ocorrem a temperaturas constantes (isotrmicas) em diferentes tempos.

  • 16

    Representao esquemtica do diagrama de transformao isotrmica de um ao eutetide.

  • 17

    Curvas TTT - construo

  • 18

  • 19

    Curva TTT exemplo eutetide

  • 20

    Diagrama terico de transformao isotrmica para um ao hipoeutetide

  • 21

    Diagrama terico de transformao isotrmica para um ao hipereutetide.

  • 22

    Fatores que influenciam as curvas TTT

    Composio qumica (principal) Em geral, com o aumento do teor de carbono, a curva se

    desloca para a direita (os elementos de liga agem como o carbono, com exceo do Co).

    Tamanho de gro Quanto maior o tamanho de gro, mais demorada ser a

    transformao total da austenita, deslocando a curva para a direita.

    Homogeneidade da austenita presena de carbonetos no dissolvidos deslocam as

    curvas para a esquerda.

  • 23

    Influncia dacomposio qumica

    teor de carbono

  • 24

    Influncia dacomposio qumica

    Elementos de liga

  • 25

    Tamanho de gro austentico

  • 26

    Fatores de influncia no TT

    Velocidade de aquecimento Temperatura de tratamento Tempo em temperatura Atmosfera do forno Velocidade de esfriamento

  • 27

    Velocidade de aquecimento

    A fim de evitar um gradiente de temperaturas muito grande em peas de grandes dimenses, a velocidade deve ser lente ou ento deve-se fazer patamares de aquecimento para homogeneizar as temperaturas;

  • 28

    Tempo

    O tempo de tratamento trmico depende muito das dimenses da pea e da microestrutura desejada.

    Quanto maior o tempo: maior a segurana da completa dissoluo das

    fases para posterior transformao maior ser o tamanho de groTempos longos facilitam a oxidao

  • 29

    Temperatura

    Depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada

  • 30

    Velocidade de Resfriamento

    Depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada

    o mais importante, porque ele que efetivamente determinar a microestrutura (alm da composio qumica do material)

  • 31

    Meio de Resfriamento

    n preciso observar:- Obteno das caractersticas finais desejadas

    (microestruturas e propriedades),- O no aparecimento de fissuras e empenamento na pea,- A no gerao de grande concentrao de tenses.- Caso algumas destas alternativas acima ocorrerem,

    deve-se alterar ou o meio ou o material.

  • 32

    Atmosfera Para evitar a oxidao ou perda de algum

    elemento qumico (ex: descarbonetao dos aos)

    oxidao2Fe + O2 = 2FeO ; Fe + CO2 = FeO + CO ; Fe + H2O = FeO + H2 ;

    descarbonetao2C + O2 = 2CO ; C + CO2 = 2CO ; C + 2H2 = CH4 ;

  • 33

    descarbonetao

    Colpaert

  • 34

    Resumo

    - Obteno das caractersticas finais desejadas (microestruturas e propriedades),

    - Evitar o aparecimento de fissuras e empenamento na pea,

    - Sem a gerao de grande concentrao de tenses

  • 35

    Influncia do teor de carbono nas propriedades mecnicas

    20

    03 B

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  • 36

    Recozimento Finalidade

    Regular a estrutura bruta de fuso, possibilitando maior homogeneidade aos materiais fundidos.

    Regular as estruturas de materiais deformados a frio, regularizando ou eliminando tenses existentes.

    Regular a estrutura proveniente de tratamentos trmicos anteriores.

    Remover tenses devidas a irregularidades no resfriamento de diferentes partes de peas (soldagem).

    Eliminao de impurezas gasosas. Melhorar as propriedades eltricas e magnticas. Diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade.

  • 37

    Recozimento

    Mtodo aquecimento do material at uma temperatura

    acima da sua zona crtica, mantendo-o nessa temperatura para homogeneizao e resfriando lentamente.

  • 38

  • 39

    TIPOS DE RECOZIMENTO

    Recozimento para alvio de tenses (qualquer liga metlica)

    Recozimento para recristalizao (qualquer liga metlica)

    Recozimento para homogeneizao (para peas fundidas)

    Recozimento total ou pleno (aos) Recozimento isotrmico ou cclico (aos)

  • 40

    Microestruturas de um ao com os carbonetos de ferro esferoidizados.

  • 41

    Influncia do teor de carbono na ductilidade dos aos em funo da microestrutura.

  • 42

    Recozimento Tempo de permanncia / austenitizao (encharque)

    aos carbono: ~ 20 min. por centmetro de espessura; aos liga: ~ 30 min. por centmetro de espessura.

    Resfriamento lento, no interior do forno, controlado ou desligado; quanto menor o teor de carbono, mais rpido pode ser

    efetuado o resfriamento (retirado do forno e mergulhado em areia, cinza, cal) ou em ar parado;

    velocidade de ~50C por hora.

  • 43

    Recozimento Cuidados no recozimento

    controle do tempo de aquecimento; controle de tempo e temperatura de tratamento; apoio das peas no forno; controle da atmosfera do forno.

    Aplicaes peas fundidas; peas encruadas.

  • 44

    Recozimento

  • 45

    Normalizao Finalidade

    uniformizar e refinar a estrutura / tamanho de gro, preparar estrutura para outros tratamentos;

    obtida uma melhor homogeneizao do que o recozimento, pois a temperatura de tratamento mais alta (dissoluo de carbonetos);

    a granulao mais fina conseguida no resfriamento mais rpido.

    Melhorar resistncia mecnica e tenacidade; Homogeneizar microestrutura de tratamentos

    incorretos, como tmpera, antes de repeti-la.

  • 46

    Mtodo Aquecimento de um ao a temperaturas acima da sua

    zona crtica, mantendo-o nessa temperatura para homogeneizao e resfriamento ao ar.

    Normalizao

    Temperatura Hipoeutetide acima da linha A3 Hipereutetide acima da linha Acm* *No h formao de um invlucro de carbonetos frgeis

    devido a velocidade de resfriamento ser maiorResfriamento Ao ar (calmo ou forado)

  • 47

    Aplicaes Peas fundidas; Peas forjadas; Peas de grandes dimenses.

    Importante

    Determinados aos no so suscetveis, formam martensita;

    Cuidar dimenses da pea.

    Normalizao

  • 48

    Normalizao

  • 49

    Tmpera

    Objetivos: Aumentar a dureza; Aumentar a resistncia mecnica. Aumento da resistncia ao desgaste.

    Consequncias: Diminuio da ductilidade; Aumento da fragilidade;

  • 50

    Tmpera

    Mtodo: Aquecimento a temperatura acima da zona

    crtica; Manuteno temperatura de tratamento para

    homogeneizao; Resfriamento brusco - fator mais importante,

    que influenciar nas propriedades finais do material - de forma a obter-se estrutura martenstica.

  • 51

    Tmpera Aquecimento

    Aos hipoeutetoides: A temperatura deve, para cada caso, estar

    acima da linha de transformao completa (austenitizao plena) - aos somente com %C > 0,4 (caso no tenha elementos de liga);

    Aos eutetoides e hipereutetoides A temperatura deve estar acima de 727oC

    (+50oC).

  • 52

    Tmpera

    Observaes: O tempo de homogeneizao deve ser o

    suficiente para a completa austenitizao do material;

    O tratamento deve ser realizado em atmosfera controlada para evitar-se a oxidao ou descarbonetao superficial, muito prejudicial ao material.

  • 53

    Tmpera

  • 54

    Estrutura martenstica de um ao temperado. Ataque: nital.

    Aumento: 1000x.

    SAE 1095 temperado em leo. rea escuras so perlita fina, reas claras so martensitas no revenidas.

  • 55

    Tmpera Resfriamento

    O mais rpido possvel, desde que no interfira ou prejudique o material ou a pea (velocidade crtica de resfriamento)

    realizado em meios tais como: gua leo salmoura

    Meio de resfriamento Intensidade relativagua a 20oC 1,0gua a 40oC 0,7gua a 80oC 0,2Soluo de NaCl @ 10% 3,0Soluo de NaOH @ 50% 2,0leo mineral 20~200oC 0,3

  • 56

    Tmpera

    Tenses estrutural: geradas pelo aprisionamento do carbono no retculo CCC.

    Tenses trmicas: gerada pela compresso do ncleo pela superfcie que resfria primeiro. Ncleo fica sob compresso e superfcie sob tenso.

  • 57

    Tmpera Temperabilidade

    Capacidade do material ser endurecido a certa profundidade. Endurecibilidade

    Susceptibilidade do material desenvolver estrutura martenstica.

    Ensaio de Temperabilidade Jominy Consiste em temperar pela base, por meio de jato de gua, em

    dispositivo apropriado, um corpo de prova padro; aps o tratamento trmico, medies de dureza so realizadas ao

    longo do comprimento (verificando-se a diminuio da dureza ao longo do comprimento).

  • 58

    20

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    Temperabilidade dos aos em funo dos elementos de liga

  • 59

    brasimet.com.br

    Tmpera Vcuo

  • 60

  • 61

    Revenido Objetivo:

    Consiste no tratamento trmico aps a tmpera, a temperaturas inferiores s crticas, seguido de resfriamento lento, efetivando alvio de tenses.

    Minimizar os efeitos das altas durezas (alta fragilidade);

    Homogeneizao da estrutura martenstica.

  • 62

    Revenido Temperatura de tratamento:

    entre 100 oC e 650 oC

    Tempo de permanncia: Parmetro importante pois dele (e da velocidade de

    resfriamento) depender as propriedades finais do material.

    Resfriamento: Normalmente realizado ao ar.

  • 63

    Ciclo de tratamento trmico de tmpera seguido de revenido.

  • 64

    Objetivos dos TT

    RecozimentoRegular estrutura

    bruta de fusoEliminar tenses

    existentesAumentar

    ductilidade

    NormalizaoUniformizar

    estrutura

    Refinar gros

    TmperaAumentar a

    resistncia mecnica

    Aumentar a dureza

    Aumento da resistncia ao desgaste

  • 65

    Tratamentos superficiais Tmpera superficial:

    realizada somente na superfcie de peas acabadas (ou com pequeno sobremetal).

    Objetivo: Aumento da dureza superficial, mantendo um ncleo

    dctil. Formas de aquecimento:

    por chama; por induo.

  • 66

    Tmpera por chama

    A superfcie aquecida, acima da temperatura crtica (850-950C) por meio de uma chama

    oxi-acetilnica.

    resfriamento feito por meio de um jato de fluido

    revenido para o alvio de tenses

  • 67

    Equipamentos

    Pode ser feita manualmente ou com dispositivos especiais, com controle tico de temperatura

  • 68

    Tmpera por chamauso da chama para tratamento de engrenagem

    A profundidade de endurecimento pode ser aumentada pelo prolongamento do tempo de aquecimento. Podem ser atingidas profundidades de at 6 mm. O processo uma alternativa de tratamento para peas muito grandes, que no caibam em fornos

    Font

    e:w

    ww.

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  • 69

    bras

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    .com

    .br

    Tmpera por chama

  • 70

    A profundidade da camada temperada controlada pela:

    Intensidade da chama aplicadadistncia da chama aplicada tempo de durao da chama aplicada

  • 71

    Tmpera por induo

    O calor gerado na pea por induo eletromagntica, utilizando-se bobinas de induo, nas quais flui uma corrente eltrica de alta frequncia.

  • 72

    Tmpera por induoVantagens

    Pode-se determinar com preciso a profundidade da camada temperada.

    O aquecimento rpido As bobinas podem ser facilmente

    confeccionadas e adaptadas forma da pea

  • 73

    No produz o superaquecimento da pea permitindo a obteno de uma estrutura martenstica acicular fina

    Geralmente, possibilita um maior aumento da dureza e da resistncia ao desgaste

    A resistncia a fadiga tambm superior No tem problema de descarbonetao.

    Tmpera por induoVantagens

  • 74

    A profundidade da camada temperada controlada pela:

    Forma da bobina Distncia entre a bobina e a pea Freqncia eltrica (500-2.000.000 ciclos/s) Tempo de aquecimento

  • 75

    Bobinas para tmpera por induo

    Fonte:V. Chiaverini: Aos e Ferros Fundidos

  • 76

    Tmpera por induo

    Exemplos de aplicao

  • 77

    Tratamento sub-zero Alguns tipos de ao, especialmente os alta liga,

    no conseguem completar totalmente a transformao de austenita em martensita.

    O tratamento consiste no resfriamento do ao a temperaturas abaixo da ambiente

    Ex: Nitrognio lquido: -170 C Nitrognio + lcool: -70 C

  • 78

    AO AISI 1321 cementado as linhas Mi e Mf so abaixadas.

    n Neste ao a formao da martensita no se finaliza, permanecendo austenita residual a temperatura ambiente.

  • 79

    Tratamentos Isotrmicos

    Austmpera consiste no aquecimento do ao at

    temperatura austentica (785 e 870 C), seguido de um esfriamento rpido num meio mantido temperatura constante at completa transformao, numa faixa entre 250 e 400 C (temperatura correspondente zona de formao da bainita). Resfriamento ao ar. No necessita revenido.

  • 80

    Representao esquemtica do processo de austmpera.

  • 81

    Aplicaes da Austmpera

    Aos ao C (0,5 1,0%) e 0,6% Mn mnimo; Aos ao C (> 0,9%) e menos de 0,6% Mn; Aos ao C (< 0,5%) e Mn entre 1,0 e 1,65%; Aos ligado com mais de 0,3%C, das sries

    51xx; 13xx a 40xx; 4140; 6145 e 9440.

  • 82

    Tratamentos Isotrmicos

    Martmpera Consiste na austenizao do ao seguido de

    esfriamento rpido em banhos com temperatura constante, na faixa de 150 C e 220 C, de modo a processar-se a transformao austenita-martensita. Resfriamento moderado. Necessita revenido.

  • 83

    Martmpera

    O resfriamento temporariamente interrompido, a fim de que superfcie e ncleo, tenham a mesma temperatura.

    A seguir o resfriamento feito lentamente de forma que a martensita se forma uniformemente atravs da pea. A tenacidade conseguida atravs de um revenimento final.

  • 84

    Representao esquemtica do processo de martmpera.

  • 85

    Aplicaes da Martmpera

    Aos que podem ser utilizados: ABNT 1090, 4130, 4140, 4150, 4340, 4640,

    5140, 6150, 8630, 8640, 8740, 8745 e 52100. Aps cementao:

    ABNT 3312, 4620, 5120, 8620 e 9310.

  • 86

    Tratamento trmico

    Dureza HRC

    Resistncia ao choque (joule)

    Alongamento em 25 mm

    (%)

    Resfriado em gua e revenido

    52,5 19,03 0

    Martemperado e revenido

    52,8 32,56 0

    Austemperado 52,5 54,33 8

    Propriedades mecnicas do ABNT 1095

  • 87

    Tratamentos Termoqumicos

    Quando ocorre (ou necessitado) a alterao de composio qumica superficial (mudana parcial) e mudana parcial de propriedades nesta camada.

    Principais tratamentos: Cementao; Nitretao.

  • 88

    Cementao Objetivo

    Tratamento termo-qumico que consiste em aumentar-se o teor de carbono na superfcie do material, mantendo-se um ncleo dctil;

    Consiste no aquecimento e manuteno do material a altas temperaturas, em atmosfera rica em carbono (meio slido, lquido ou gasoso), ocorrendo a difuso do carbono da superfcie para o centro da pea.

    Materiais para cementao Aos com teor de carbono at 0,2%, podendo o material possuir na

    sua composio Mn, Mo, V, Si, Ni e Cr (esses ltimos com a finalidade de facilitar a tmpera).

    Temperatura de tratamento Entre 850oC e 1000oC.

  • 89

    Cementao Profundidade de cementao

    Varia com a temperatura de tratamento e o tempo de permanncia a essa temperatura

    entre 0,01 at no mximo 3,0mm Cementao parcial

    Uma cobertura de cobre depositado eletroliticamente possibilita a cementao das partes no cobertas.

    Pintura na regio que no receber cementao (mais usual).

    Resfriamento Em geral, as peas so resfriadas ao ar.

    Tratamentos posteriores Normalizao; Tmpera (de acordo com a constituio da parte perifrica).

  • 90

    CementaoProfundidade da camada cementadaem funo do tempo de permanncia

    780

    800

    820

    840

    860

    880

    900

    920

    0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

    Profundidade, [mm]

    Term

    pera

    tura

    , [C

    ]

    2h3h4h5h

  • 91

    Cementao O controle da profundidade em geral realizado com

    corpos-de-prova colocados junto s peas (de mesmo material das mesmas), que so retirados de tempos em tempos para confirmao.

    Processo dispendioso pois o consumo de energia e mo-de-obra alto.

    Processo: slido, lquido ou gs.

  • 92

  • 93

    A cementao slida muito rudimentar e a camada cementada muito irregular. Portanto, no recomendada para a obteno de camadas muito finas.

    A cementao slida realizada a temperaturas entre 850-950 C

  • 94

    1) O Carbono combina com o oxignio do ar C + O2 CO2 (850-950 C)

    2) O CO2 reage com o carvo incandescente CO2 + C 2CO

    3) O CO2 reage com o carvo incandescente e assim vai cementar 3Fe + 2CO Fe3C + CO2

  • 95

    A presena do ativador contribui para aumentar a velocidade de formao do CO

    1) BaCO3 BaO + CO22) CO2 + C 2 CO2) 3Fe + 2CO Fe3C + CO2

  • 96

    Elementos cementantes: Carvo vegetal, mais ativadores (carbonato

    de brio, ou sdio, ou potssio) e leo de linhaa (5-10%) ou leo comum como aglomerante.

    Tambm, pode-se adicionar 20% de coque para aumentar a velocidade de transferncia de calor.

  • 97

    Cementao Lquida O meio carbonetante composto de sais fundidos:

    NaCN, Ba(CN)2, KCN, ... Como ativador: BaCl2, MnO2, NaF e outros.

    Tambm faz parte do banho a grafita de baixo teor de silcio para a cobertura do banho

    A cementao lquida realizada a temperaturas entre 840-950 C

    A profundidade da camada cementada controlada pela composio do banho

  • 98

    CEMENTAO LQUIDAVantagens do processo

    Melhora o controle da camada cementada A camada cementada mais homognea Facilita a operao Aumenta a velocidade do processo Possibilita operaes contnuas em produo seriada D proteo quanto oxidao e descarbonetao

  • 99

    Cementao LquidaCuidados

    no deixar faltar cobertura de grafite no banho a exausto dos fornos deve ser permanente, pois os

    gases desprendidos so txicos, os sais so venenosos e em contato com cidos desprendem cido ciandrico

    as peas devem ser introduzidas no banho secas e limpas.

  • 100

    Cementao Gasosa

    O meio carbonetante composto de uma mistura de GASES:

    [CO2, H2, N2 (diluidor), (metano) CH4, (etano)C2H6, (propano)C3H8,..]

  • 101

    Cementao GasosaVantagens do processo

    a mistura carbonetante permanece estvel durante toda a cementao possibilita um melhor controle do teor de carbono e

    consequentemente da camada cementada facilita a cementao de peas delicadas evita a oxidao permite a tmpera direta aps a cementao (sem contato com o ar e

    sem reaquecimento) o processo limpo (no precisa de limpeza posterior) a penetrao do carbono rpida as deformaes por tenses so menores

  • 102

    Cementao GasosaDesvantagens do processo

    A temperatura e a mistura carbonetante necessitam rgido controle durante o processo

    as instalaes so complexas e dispendiosasas reaes so complexas.

  • 103

    Tintas a base de gua com cobre, servem tambm como proteo a carbonetao.

    No-Carb

  • 104

    Cementao lquida banhos de sal

    com

    bust

    ol.c

    om.b

    r

  • 105

    Cementao gasosa forno cmara

    com

    bust

    ol.c

    om.b

    r

  • 106

    Tratamentos trmicos utilizados aps a cementao

    O TT leva em conta: o ao e as especificaes da pea.No esquecer que a pea tem duas composies distintas: um

    ncleo com baixo teor de carbono (0,8).

    Portanto, tem 2 temperaturas crticas: A1 (camada cementada) e A3 (ncleo da pea).

  • 107

    Tmpera

  • 108

    Diagrama de Equilbrio Fe-Fe3C

    A1

    A3

  • 109

    Representao dos diversos tipos de tmpera aps cementao

    Temperatura de cementaoTe

    mpe

    ratu

    ra

    % de carbono do ncleo Tempo

    A B C D E F

  • 110

    Nitretao Objetivo

    endurecimento superficial de aos por absoro de nitrognio. Mtodo

    realizado em fornos com atmosfera controlada, rica em Nitrognio (em geral NH3).

    banhos de sais fundidos, cianeto (cianato) de sdio e potssio. TENIFER, tempo curto at 180min.

    Vantagens A temperatura de tratamento inferior da cementao; As peas apresentam-se nas dimenses e acabamento finais.

    Desvantagens O tempo de permanncia, em atmosfera gasosa, grande, at

    180h; A espessura da camada nitretada muito pequena.

  • 111

    Nitretao Gasosa

    Influncia do tempo de nitretao gasosa

    para um ao ao cromo

  • 112

    Limites de fadiga de virabrequins sob diferentes estados de tenses residuais.

    A presena de tenses residuais de compresso na superfcie da pea aumenta consideravelmente a vida em fadiga.

  • 113

    Nitretao Aos para nitretao

    So utilizados aos com teores de carbono entre 0,13 e 0,40%, podendo ter adies de alumnio (essencial), cromo, silcio, tungstnio e vandio.

    Tratamentos trmicos anteriores Tmpera e revenido.

  • 114

    Nitretao parcial As partes das peas que no se queira tratar so

    cobertas por estanho ou liga estanho-chumbo (80-20);

    Podem ser cobertas com cobre (com espessuras entre 0,01 e 0,02mm).

    Controle da camada nitretada Semelhante ao controle de camada cementada.

  • 115

    Cianetao um tratamento de cementao e

    nitretao simultaneamente; Executado em sal fundido, com cianeto

    de sdio; Temperaturas na faixa de 650 a 850C; Cobertura de grafite (carbono);

  • 116

    Tempo entre 10 a 120min, camadas entre 0,05-0,35mm;

    Temperatura baixa + nitrognio; Temperatura alta + carbono; Pode haver tmpera direta, seguida de

    revenido; Acabamento final s polimento.

  • 117

    Carbonitretao

    Tratamento simultneo de cementao e nitretao (amnia);

    executado em meio gasoso; Camada pode atingir 0,70mm; Temperatura entre 700 a 900 C;

  • 118

    Peas devem ser temperadas e revenidas;

    Podem sofrer retfica; Apresenta melhores propriedades de

    desgaste que a cementao.

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