Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

download Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

of 10

Transcript of Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    1/10

    Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 331

    Treinamento de fora mxima

    Introduo

    Treinamento de fora mxima x treinamento de potncia:

    alteraes no desempenho e adaptaes morfolgicas

    CDD. 20.ed. 796.073 Leonardo LAMAS*

    Carlos UGRINOWITSCH*

    Gerson Eduardo Rocha CAMPOS**

    Marcelo Saldanha AOKI***

    Rodrigo FONSECA*

    Marcelo REGAZZINI*

    Anselmo Sigari MORISCOT****

    Valmor TRICOLI*

    *Escola de Educao

    Fsica e Esporte,

    Universidade de So

    Paulo.

    **Instituto de Biologia,Universidade Estadual

    de Campinas.

    ***Escola de Artes,

    Cincias e

    H u m a n i d a d e s ,

    Universidade de SoPaulo.

    ****Insti tuto de

    Cincias Biomdicas,

    Universidade de So

    Paulo.

    Resumo

    O objetivo do presente estudo foi investigar as alteraes no desempenho de fora mxima e as adap-taes morfolgicas decorrentes do treinamento de fora mxima e de potncia muscular. Quarentasujeitos foram randomicamente divididos nos grupos treino de fora (TF; 178,7 4,3 cm; 75,2 7,3 kg;22,5 3,8 anos), treino de potncia (TP; 177,0 5,9 cm; 76,0 8,9 kg; 24,2 4,1 anos), e controle (C;178,9 11,0 cm; 74,1 9,6 kg; 24,1 2,7 anos). Os sujeitos dos grupos TF e TP foram submetidos a oito

    semanas de treinamento, com trs sesses semanais. O grupo TF realizou agachamento com cargasentre 60 e 95% de 1 RM, enquanto o grupo TP realizou agachamento com cargas entre 30 e 60% de 1RM, com a maior velocidade possvel. Foi avaliado o ganho de fora mxima no teste de 1 RM noagachamento e a rea de seco transversa das fibras tipo I, tipo IIa e tipo IIb pr- e ps-treinamento.Os grupos TF e TP aumentaram a fora mxima aps o perodo de treinamento (p < 0,001), de maneirasimilar (p > 0,05). Houve um efeito principal de tempo para o aumento da rea de seco transversapara todos os tipos de fibras (p < 0,05). Concluindo, o TF e o TP produziram ganhos de fora e dehipertrofia muscular semelhantes, aps oito semanas de treinamento.

    UNITERMOS: Hipertrofia muscular; Tipo de fibra; Fora muscular.

    O treinamento de fora uma estratgia muitoutilizada para o desenvolvimento da fora mximae da potncia muscular em atletas. A recomenda-o para o aquisio/desenvolvimento de fora m-xima preconiza a utilizao de intensidadesprximas do mximo, entre 80-100% 1 RM(KRAEMER& RATAMESS, 2004). Por outro lado, in-tensidades mais baixas, entre 30-60% 1 RM, so

    geralmente utilizadas para o desenvolvimento dapotncia muscular (KRAEMER& RATAMESS, 2004).

    No entanto, estas recomendaes de treinamentoso questionadas por alguns autores, uma vez que,a literatura apresenta evidncias de adaptaes se-melhantes aos protocolos de treinamentos de foramxima (TF) e de potncia (TP) (CREWTHER,CRONIN & KEOGH, 2005; MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDE& DAVIE, 2002).

    JONES, BISHOP, HUNTERe FLEISIG(2001) regis-

    traram eficincia semelhante no aumento da po-tncia muscular a partir de protocolos de TF e TP.

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    2/10

    332 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007

    LAMAS, L. et al.

    Da mesma maneira, HARRIS, STONE, OBRYANT,PROULXe JOHNSON(2000,) e MCBRIDE, TRIPLETT-MCBRIDEe DAVIE(2002) observaram ganhos simi-lares de fora mxima aps um perodo de

    treinamento com protocolos de TF e TP.Considerando que os diferentes estmulos do TF edo TP provocam as alteraes funcionais semelhantes,seria plausvel especular que as adaptaes em nvelmorfolgico tambm sejam similares. Uma dasprincipais respostas associadas ao aumento dacapacidade gerar tenso a hipertrofia do msculo,aferida pela sua rea de seco transversa (AST). A

    AST diretamente proporcional capacidade domsculo produzir fora (AAGAARD, ANDERSEN, DYHRE-POULSEN, LEFFERS, WAGNER, MAGNUSSON, HALKJR-KRISTENSEN& SIMONSEN, 2001) e o seu aumentoparece estar associado ao grau de tenso mecnicagerado na musculatura durante os exerccios detreinamento (DREYER, FUJITA, CADENAS, CHINKES,VOLPI& RASMUSSEN, 2006). Estmulos de elevadatenso mecnica parecem ser mais eficientes na ativaodo processo de sntese protica associado ao aumentoda AST (DREYERet al., 2006).

    Para o TF, diversos estudos indicam o aumento daAST e o correspondente aumento da fora mxima

    no msculo treinado (CAMPOS, LUECKE, WENDELN,TOMA, HAGERMA N, MURRAY, RAGG , RATAMESS,KRAEMER& STARON, 2002; KANEHISA, NAGAREDA,KAWAKAMI, AKIMA, MASANI, KOUZAKI& FUKUNAGA,

    2002; KRAEMER& RATAMESS, 2004), comprovando arelao proposta entre a elevada tenso mecnica e oaumento da AST. Entretanto, tambm existemevidncias que reportam a ocorrncia do aumento da

    AST em resposta aos diferentes mtodos de TP (BELL,PETERSEN, MACL EAN , REID & QUINNEY, 1992;MALISOUX, FRANCAUX, NIELENS& THEISEN, 2006).Porm, as evidncias existentes no so consensuais, jque tambm se verificam estudos nos quais a ASTmanteve-se inalterada (HKKINEN , PAKARI NEN,KYRLI NEN, CHENG, KIM & KOMI, 1990;KYRLINEN, AVELA, MCBRIDE, KOSKINEN, ANDERSEN,SIPIL, TAKALA& KOMI, 2005).

    Assim, os efeitos do TP sobre a AST da musculaturaesqueltica, bem como a comparao da eficincia doTP e do TF em alterar esta adaptao morfolgicapermanecem como um tema a ser investigado.Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigaras alteraes no desempenho de fora mxima e asadaptaes morfolgicas decorrentes do treinamentode fora mxima e de potncia muscular.

    Mtodos

    Desenho experimental

    O presente estudo consistiu em um desenhoexperimental 3 x 2 para medidas repetidas, tendogrupo (TF, TP e C) e tempo (pr-teste e ps-teste)

    como fatores. Todos os sujeitos realizaram um testede fora mxima (1 RM no agachamento) e umabipsia muscular, tanto no pr quanto no ps-teste.Na FIGURA 1 possvel visualizar a seqncia deeventos do estudo.

    FIGURA 1 - Linha de tempo da seqncia de eventos do estudo.

    Familarizao

    Pr-teste

    Incio do Treinamento Final do Treinamento

    Ps-teste

    Treinamento 8 semanas

    sem 10sem 2-3sem 1

    Teste do Grupo Controle Teste do Grupo Controle

    sem 4-7 sem 8-9

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    3/10

    Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 333

    Treinamento de fora mxima

    Sujeitos

    Foram recrutados 40 sujeitos fisicamente ativos,com pelo menos seis meses de interrupo no trei-

    namento de fora para membros inferiores. Estessujeitos foram randomicamente divididos nos gru-pos treino de fora (TF; 178,7 4,3 cm; 75,2 7,3 kg; 22,5 3,8 anos), treino de potncia (TP;177,0 5,9 cm; 76,0 8,9 kg; 24,2 4,1 anos), econtrole (C; 178,9 11,0 cm; 74,1 9,6 kg; 24,1 2,7 anos). Os sujeitos foram classificados emquartis, de acordo com a fora relativa (1 RM/pesocorporal) no exerccio agachamento. Aps, os su-

    jeitos de cada quartil foram randomicamente enca-minhados para cada um dos grupos, garantindoassim condies iniciais semelhantes entre os gru-pos. O estudo foi aprovado pelo comit de tica dainstituio envolvida e todos os sujeitos foram in-formados dos riscos e benefcios inerentes, antes deassinar o termo de consentimento informado.

    Teste de fora dinmica mxima

    Os sujeitos realizaram duas sesses de familiarizaoantes do teste de fora dinmica mxima (1 RM).Nestas sesses a tcnica de execuo do agachamentofoi avaliada e corrigida, quando necessrio.

    O teste de 1 RM no agachamento foi realizadoconforme os procedimentos descritos por BROWNeWEIR(2001). Antes do teste os sujeitos aquecerampor cinco minutos correndo em uma esteira a 9km/h, e na seqncia realizaram alongamentos para

    membros inferiores por mais cinco minutos. Aps,foram realizadas duas sries de agachamento paraaquecimento especfico. Na primeira srie os indi-vduos executaram cinco repeties com 50% 1 RM

    estimado e na segunda srie foram realizadas trsrepeties com 70% 1RM estimado, com dois mi-nutos de intervalo entre as sries. Aps a segundasrie de aquecimento, os sujeitos descansaram portrs minutos. Ento, tiveram at cinco tentativaspara atingir 1 RM no agachamento (quantidade m-xima de peso que o indivduo foi capaz de levantaruma nica vez com a tcnica apropriada).

    Protocolos de treinamento

    Os protocolos de treinamento dos grupos TF eTP encontram-se descritos nas TABELAS 1 e 2.

    TABELA 1 - Protocolo de treinamento do grupo TF.

    TABELA 2 - Protocolo de treinamento do grupo TP

    *PTopurG-otnemanierT

    adnugeS atrauQ atxeS

    1meS 48 )%03( 48 )%03( 48 )%03(

    2meS 28 3;)%03( 8 )%04( 38 2;)%04( 6 )%05( 28 3;)%03( 8 )%04(3meS 38 3;)%04( 6 )%05( 38 3;)%04( 6 )%05( 38 3;)%04( 6 )%05(

    4meS 28 2;)%03( 8 2;)%04( 6 )%05( 28 2;)%03( 8 2;)%04( 6 )%05( 28 2;)%03( 8 2;)%04( 6 )%05(

    5meS 28 3;)%03( 8 2;)%04( 6 )%05( 38 4;)%04( 6 )%06( 38 2;)%03( 6 2;)%05( 6 )%06(

    6meS 38 3;)%03( 6 )%06( 48 4;)%04( 6 )%05( 48 4;)%03( 6 )%06(

    7meS 38 3;)%04( 6 )%06( 28 4;)%04( 6 )%06( 28 4;)%04( 6 )%06(

    8meS 28 2;)%04( 6 )%05( 28 2;)%04( 6 )%05( 28 2;)%04( 6 )%05(

    Houve equivalncia entre o nmero de sries emcada sesso de treino entre os grupos. No entanto,

    a intensidade de treinamento e a velocidade exter-na de movimento foram diferentes. A intensidade

    de treinamento progrediu ao longo das oito sema-nas do perodo experimental seguindo um modelo

    periodizado. O grupo TF treinou com intensida-des entre 10 RM e 4 RM, enquanto o grupo TP

    * 210 - o nmero 2 repre-senta o nmero de s-

    ries, enquanto o nme-

    ro 10 representa o n-

    mero de repeties por

    srie. O valor

    percentual dentro dos

    parnteses indica a in-

    tensidade da carga detreinamento (1 RM %).

    * 210 - o nmero 2 re-

    presenta o nmero de

    sries, enquanto o n-

    mero 10 representa o

    nmero de repetiespor srie. O valor

    percentual dentro dos

    parnteses indica a in-

    tensidade da carga de

    treinamento (1 RM %).

    *FTopurG-otnemanierT

    adnugeS atrauQ atxeS

    1meS 4 01 4 01 4 01

    2meS 2 01 3; 8 38 2; 6 2 01 3; 8

    3meS 38 3; 6 38 3; 6 38 3; 6

    4meS 2 01 2; 8 2; 6 2 01 2; 8 2; 6 2 01 2; 8 2; 6

    5meS 18 3; 6 3; 4 36 4; 4 46 3; 4

    6meS 36 3; 4 46 4; 4 46 3; 4

    7meS 36 3; 4 36 3; 4 36 3; 4

    8meS 26 2; 4 26 2; 4 26 2; 4

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    4/10

    334 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007

    LAMAS, L. et al.

    treinou com intensidades entre 30% e 60% 1 RM.Os dois grupos foram orientados a realizar cadarepetio na maior velocidade possvel, porm ogrupo TF realizou o movimento de forma mais lenta

    em decorrncia da maior carga. Na FIGURA 2 possvel observar as intensidades mdias para os doisgrupos durante o perodo de oito semanas de trei-namento.

    FIGURA 2 -

    Bipsia muscular

    Para verificar a diferena entre as intensidadesde treinamento dos dois grupos foi feita a mdia da

    intensidade semanal do grupo TP. Este valor foiutilizado como referncia para comparar com as in-tensidades utilizadas por cada um dos sujeitos dogrupo TF atravs de um teste-t para uma amostra.

    As intensidades de treinamento foram diferentesentre os grupos para todas as semanas de treina-mento (p < 0,0001).

    Amostras de tecido muscular foram coletadasantes e aps o perodo de treinamento na poromedial do vasto lateral da perna direita dos sujeitosutilizando a tcnica de bipsia percutnea(BERGSTROM, 1962) com suco. Imediatamenteaps a extrao da amostra, o tecido foi removidoda agulha e as fibras musculares foram orientadasem um mesmo sentido antes de serem acomodadasem um meio de fixao (tragacanth gum). Logoaps, foram congeladas em isopentano tempera-tura de nitrognio lquido e armazenadas -80 oC.

    A bipsia pr-treinamento ocorreu 48 horas aps oteste de fora mxima e aproximadamente quatro

    dias antes do incio do perodo de treinamento. Abipsia ps-treinamento foi feita a partir de umainciso adjacente ao local utilizado no pr-teste, 48-72 horas aps a ltima sesso de treinamento.

    rea de seco transversa

    As amostras musculares pr- e ps-treinamentoforam cortadas transversalmente em um criostato(-20 C) e fixadas em lminas para que pudessem sertratadas simultaneamente para a atividade damATPase. Imagens das seces transversas com asdiferentes preparaes para mATPase (pH 4,3; 4,6 e10,4) foram capturadas com o uso do softwareMetaMorph version 6.1 (Universal ImagingCorporation, EUA). A rea de seco transversa dasfibras musculares dos tipos I, IIa e IIb foi determinadautilizando-se planimetria computadorizada (ImagePRO Plus, Media Cybernetics, EUA). Em mdia,171,8 72,2 e 162,4 62,8 fibras foram medidas porsujeito no pr e ps-teste, respectivamente.

    Intensidades de treinamento para os grupos TF e TP expressas em percentuais de 1 RM no exerccioagachamento (mdia + dp).

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    5/10

    Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 335

    Treinamento de fora mxima

    Valores de 1 RM no agachamento do pr- para o ps-treinamento e aumentos percentuais para osgrupos controle, fora e potncia (mdia + dp).

    Resultados

    Os dois grupos de treinamento (TF e TP) au-mentaram o desempenho de 1 RM no agachamen-

    to do pr para o ps-teste (p < 0,001). Os valoresforam superiores ao do grupo controle no ps-teste(p < 0,05). Alm disso, os ganhos de fora foram

    A FIGURA 4 demonstra graficamente o aumen-to de fora do pr- para o ps-treinamento para osgrupos fora (4a) e potncia (4b).

    similares entre os grupos (p > 0,05), conforme in-dicado na FIGURA 3.

    FIGURA 3 -

    FIGURA 4a - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pr- para o ps-treinamento para o grupo fora.

    a - Valores do ps-trei-namento maiores que os

    valores pr-treinamento,

    para os grupos fora e

    potncia (p < 0,001).

    b - Valores ps-treina-

    mento dos grupos for-a e potncia maiores

    que os valores ps-trei-

    namento do grupo con-trole (p < 0,05).

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    6/10

    336 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007

    LAMAS, L. et al.

    FIGURA 4b - Valores individuais de 1 RM no agachamento do pr- para o ps-treinamento para o grupopotncia.

    O aumento da AST das fibras musculares apre-sentou apenas efeito principal de tempo. Assim,verificou-se hipertrofia levando em considerao amdia da AST dos trs grupos em conjunto, paratipo I (p < 0,05), tipo IIa (p < 0,05), e tipo IIb (p 0.05). There was a main time effect for muscle crosssectional area for all fiber types (p < 0.05). In conclusion, the TF and the TP produced similar strength gainsand muscle fiber hypertrophy after an 8-week training period.

    UNITERMS: Muscle hypertrophy; Fiber type, Muscle strength.

    Referncias

    AAGAARD, P.; ANDERSEN, J.L; DYHRE-POULSEN, P.; LEFFERS, A.; WAGNER, A.; MAGNUSSON, S.P.; HALKJR-

    KRISTENSEN, J.; SIMONSEN, E.B. A mechanism for increased contractile strength of human pennate muscle in responseto strength training: changes in muscle architecture.Journal of Physiology, London, v.534, p.613-23. 2001.

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    9/10

    Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007 339

    Treinamento de fora mxima

    BELL, G.J.; PETERSEN, S.R.; MACLEAN, I.; REID, D.C.; QUINNEY, H.A. Effect of high velocity resistance trainingon peak torque, cross sectional area and myofibrillar ATPase activity.Journal of Sports Medicine and Physical Fitness,Torino, v.32, n.1, p.10-8. 1992.BERGSTROM, J. Muscle electrolytes in man. Scandinavian Journal of Clinical Laboratory Investigation, Oslo, v.14,

    p.511-13, 1962.BROWN, L.E.; WEIR, J.P. ASEP procedures recommendations I: accurate assessment of muscular strength and power.Journal of Exercise Physiology, Duluth,v.4, n.3, p.1-21, 2001.CAMPOS, G.E; LUECKE, T.J; WENDELN, H.K.; TOMA, K.; HAGERMAN, F.C.; MURRAY, T.F.; RAGG, K.E.;RATAMESS, N.A.; KRAEMER, W.J.; STARON, R.S. Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. European Journal of Applied Physiology, Berlin,v.88, n.1-2, p.50-60. 2002.CREWTHER, B.; CRONIN, J.; KEOGH, J. Possible stimuli for strength and power adaptation: acute mechanicalresponses. Sports Medicine,Auckland, v.35, n.11, p.967-89, 2005.DREYER, H.C.; FUJITA, S.; CADENAS, J.G.; CHINKES, D.L.; VOLPI, E.; RASMUSSEN, B.B. Resistance exerciseincreases AMPK activity and reduces 4E-BP1 phosphorylation and protein synthesis in human skeletal muscle. Journalof Physiology, London, v.576, p.613-24. 2006.

    FARTHING, J.P.; CHILIBECK, P.D. The effects of eccentric and concentric training at different velocities on musclehypertrophy. European Journal of Applied Physiology, Berlin, v.89, p.578-86, 2003.HKKINEN, K.; KOMI, P.V. Effects of explosive type strength training on electromyographic and force productioncharacteristics of leg extensor muscles during concentric and various stretch-shortening cycles exercises. Scandinavian

    Journal of Sports Science,Stockholm, v.7, p.65-76. 1985.HKKINEN, K.; PAKARINEN, A.; KYRLINEN, H.; CHENG, S.; KIM, D.H.; KOMI, P.V. Neuromuscularadaptations and serum hormones in females during prolonged power training. International Journal of Sports Medicine,Stuttgart. v.11, n. 2, p.91-8. 1990.HARRIS, G.R.; STONE, M.H.; OBRYANT, H.S.; PROULX, C.M.; JOHNSON, R.L. Short-term performanceeffects of high power, high force, or combined weight-training methods.Journal of Strength and Conditioning Research,Champaign, v.14, n.1, p.14-20, 2000.

    ISHIHARA, A.; ROY, R.R.; OHIRA, Y.;IBATA, Y.; EDGERTON, V. R. Hypertrophy of rat plantaris muscle fibersafter voluntary running with increasing loads.Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.84, n.6, p.2183-9, 1998.

    JONES, K.; BISHOP, P.; HUNTER, G.; FLEISIG, G. The effects of varying resistance-training loads on intermediate-and high-velocity-specific adaptations.Journal of Strength and Conditioning Research. v.15, n.3, p.349-56, 2001.KANEHISA, H.; NAGAREDA, H.; KAWAKAMI, Y.; AKIMA, H.; MASANI, H.; KOUZAKI, M.; FUKUNAGA, T.Effects of equivolume isometric training programs comprising medium or high resistance on muscle size and strength.European Journal of Applied Physiology, Berlin, v.87, p.112-9, 2002.KELLIS, E.; ARAMBATZI, F.;e PAPADOPOULOS, C. Effects of load on ground reaction force and lower limb kinematics

    during concentric squats.Journal of Sports Sciences , Oxon, v.23, n.10, p.1045-55, 2005.KRAEMER, W.J.; RATAMESS, N.A. Fundamentals of resistance training: progression and exercise prescription. Medicineand Science in Sports and Exercise, Madison, v.36, n.4, p.674-88, 2004.KYRLINEN, H.; AVELA, J.; MCBRIDE, J.M.; KOSKINEN, S.; ANDERSEN, J.L.; SIPIL, S.; TAKALA, T.E.;KOMI, P.V. Effects of power training on muscle structure and neuromuscular performance. Scandinavian Journal ofMedicine and Science in Sports. Copenhagen, v.15, n.1, p.58-64, 2005.MALISOUX, L.; FRANCAUX, M.; NIELENS, H.; THEISEN, D. Stretch-shortening cycle exercises: an effectivetraining paradigm to enhance power output of human single muscle fibers. Journal of Applied Physiology,Bethesda,v.100, n.3, p.771-9, 2006.McBRIDE, J.M.; TRIPLETT-McBRIDE, T.; DAVIE, A.N.R. The effect of heavy versus light-load Jump squats on the developmentof strength, power and speed.Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.16, n.1, p.75-82, 2002.MOSS, B.M.; REFSNES, P.E.; ABILDGAARD, A.; NICOLAYSEN, K.; JENSEN, J. Effects of maximal effort strengthtraining with different loads on dynamic strength, cross-sectional area, load-power and load-velocity relationships. EuropeanJournal of Applied Physiology and Occupational Physiology,Berlin, v.75, n.3, p.193-9, 1997.SHEPSTONE, T.N.;TANG, J.E.;DALLAIRE, S.; SCHUENKE, M.D.;STARON, R.S.; PHILLIPS, S.M. Short-term

    high- vs. low-velocity isokinetic lengthening training results in greater hypertrophy of the elbow flexors in young men.Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.98, n.5, p.1768-76, 2005.

  • 7/23/2019 Treinamento de Forca Maxima x Treinamento de Potencia

    10/10

    340 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.21, n.4, p.331-40, out./dez. 2007

    LAMAS, L. et al.

    WILSON, G.J.M.; NEWTON, R.U.; MURPHY, A.J.; HUMPHRIES, B.J. The optimal training load for thedevelopment of dynamic athletic performance. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison, v.25, n.11,p.1279-86, 1993.

    YOUNG, W.B.; BILBY, G.E. The effect of voluntary effort to influence speed of contraction on strength, muscular power, and

    hypertrophy development.Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.7, n.3, p.172-8, 1993.

    ENDEREO

    Valmor TricoliEscola de Educao Fsica e Esporte - USP

    Av. Prof. Mello Moraes, 6505508-030 - So Paulo - SP - BRASIL

    e-mail: [email protected]

    Recebido para publicao: 27/03/2008

    Aceito: 24/05/2008