Treinamento de Líderes - 2011

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    Na Igreja primitiva os lares eram partefundamental da vida e do crescimento da

    Igreja. Eram centros de expresso e extensodo reino de Deus.

    Treinamento de

    Grupos FamiliaresSo Vicente Cabo Verde

    NOSSA DECLARAO DEPROPSITOS: Trazer pessoaspara Jesus atravs de clulasque se multiplicam a cada ano,edificar uma igreja de

    vencedores onde cada membro um ministro e cada casa umaextenso da igreja.

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    NDICE

    INTRODUO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0301. DIAGNSTICO GERAL DA IGREJA - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0402. UMA IGREJA EQUILIBRADA - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0703. O QUE SO GRUPOS FAMILIARES? - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 0904. QUAL A BASE BBLICA PARA GRUPOS FAMILIARES? - - - - - - - - 1105. QUE TIPOS DE GRUPOS EXISTEM? - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1306. UMA IGREJA QUE DESENVOLVE RELACIONAMENTOS - - - - - - - 1507. POR QUE GRUPOS FAMILIARES FALHAM? - - - - - - - - - - - - - - - - - 1708. O CRESCIMENTO ORGNICO DOS GRUPOS FAMILIARES - - - - - 19

    09. O CRESCIMENTO QUALITATIVO DOS GRUPOS FAMILIARES - - 2110. O CRESCIMENTO QUANTITATIVO DOS GRUPOS FAMILIARES - 2311. COMO COMEAR GRUPOS FAMILIARES - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2512. COMO FUNCIONAM OS GRUPOS FAMILIARES? - - - - - - - - - - - - - 2613. QUAL O PERFIL DOS LDERES DE GRUPOS FAMILIARES? - - - 2814. COMO TREINAR LDERES PARA OS GRUPOS FAMILIARES - - - - 3015. A ESTRUTURA DA LIDERANA E SEUS PAPIS - - - - - - - - - - - - - - 3116. COMO DIRIGIR AS REUNIES DE GRUPOS FAMILIARES? - - - - - 3417. PRINCPIOS CHAVES PARA OS GRUPOS FAMILIARES - - - - - - - - 36

    INTRODUO

    Todos os dias, no templo e de casa em casa, nodeixavam de ensinar e proclamar que Jesus o Cristo

    (Actos 5.42)

    Falando de Grupos Familiares David Kornfield disse: Deus est trazendo um novomover de Seu Esprito Igreja brasileira no comeo deste novo milnio. Essemover to grande que algumas pessoas o entendem como uma segunda

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    Reforma. A primeira Reforma, que comeou com Martinho Lutero, tinha a ver coma justificao pela f e a salvao individual. A segunda Reforma celebra edesenvolve a alegria de sermos salvos a nvel colectivo para, reciprocamente,vivenciarmos a alegria da vida em Cristo.

    Como bem disse Gedimar de Arajo: Toda igreja deseja crescer, aumentar o

    nmero de membros responsveis, ter mais lderes treinados, e assim por diante.Mas, como atingir isso? Como alcanar xito em franco crescimento?

    Estas e outras perguntas, possivelmente surgem na mente de todos ns quedesejamos ver nossa igreja crescer. Na Igreja primitiva os lares eram partefundamental da vida e do crescimento da Igreja. Eram centros de expresso eextenso do reino de Deus.

    Sem tais grupos nunca veremos um evangelismo como o da Igreja primitiva,muito menos a comunho. Muitas pesquisas tm mostrado que uma das principaischaves para um evangelismo com xito a base em relacionamentos de amizade, eisto no acontece satisfatoriamente ao nvel de templo, mas nas casas.

    Nestes estudos queremos demonstrar a grande fora das casas como estratgiaevangelstica da Igreja primitiva, e mostrar que ns, Igreja de hoje, poderemosdesfrutar da mesma fora e influncia em nossa gerao se usarmos o mtodo deDeus.

    Estes estudos so frutos de treinamentos do MAPI Ministrio de Apoio a Pastorese Igrejas. Esto recebendo algumas adaptaes e resumem o livro ImplantandoGrupos Familiares de David Kornfielf & Gedimar de Arajo - Editora Sepal.

    1DIAGNSTICO GERAL DA IGREJA

    I - BREVE HISTRICO DA IGREJA ATRAVS DOS ANOS

    A IGREJA PURAJesus trouxe vinho novo em odres novos

    IGREJA POLTICAConstantino relegou oficialmente o vinho aos odres das catedrais

    A IGREJA CATLICAPor mais de 1.000 anos o vinho evaporou em odres velhos

    A IGREJA RADICALAlguns grupos foram perseguidos devido ao seu tipo de odre diferente

    A IGREJA REFORMADALutero reformou o vinho (Teologia) mas derramou novamente nos odres velhos

    IGREJA AVIVADAO movimento de avivamento procurou reavivar o vinho dentro dos odres velhos

    IGREJA RENOVADAOs pentecostais e carismticos derramaram o vinho do Esprito nos odres velhos

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    A IGREJA DO SCULO 21Vinho novo em odres novos

    Bill Beckham

    1. Qual foi o vinho novo trazido por Jesus Cristo e pelo Esprito Santo para serdesfrutado pelo povo de Deus?

    Mt 28.18-20 ___________________________________________________

    Jo 13.34-35 ____________________________________________________

    Jo 17.21 ______________________________________________________

    At 2.42-47 _____________________________________________________

    2. Qual foi o odre criado por Deus para que esse vinho fosse derramado? (At.2.46)

    ________________________________________________________________Estes dois elementos precisam um do outro. O amor, o discipulado, a comunho, aunidade, a orao, a Palavra, a adorao, necessitam de uma estrutura (odre)apropriada para serem desenvolvidos. A depender do tipo de estrutura que temosem nossa igreja, esse vinho ser desfrutado em profundidade ou poder se perder.

    Em nossa igreja, as estruturas tm mais tendncia a encorajar o amor, acomunho, o discipulado, a orao, a Palavra, a adorao, ou limitar?

    ___________

    Pensamento: Em Jerusalm o cristianismo era um estilo de vida, em Roma setornou uma instituio, na Europa se tornou uma cultura, e nos Estados Unidos setornou um empreendimento.II - O DESEQUILBRIO DA IGREJA

    Como voc pode perceber, o odre original criado por Deus consistia de duas partes:Templo e casas. Foi assim que a igreja nasceu, e para que o vinho no se perca aigreja precisa desenvolver as duas estruturas a fim de no ficar desequilibrada.Templo e casas no plano de Deus so estruturas complementares, que caminhamlado a lado.

    Ralph Neighbor fez um estudo de contrastes entre a igreja do Novo Testamento e amaioria das igrejas actuais, que comunica com muita clareza esse desequilbrio.

    Segue-se abaixo com algumas idias novas que acrescentamos: Assinale abaixo oque uma igreja desequilibrada:

    ( ) Igreja no templo ( ) Igreja nas casas ( ) Igreja no templo e nas casas.

    ASSUNTO IGREJA N. T. IGREJA ATUAL

    Local De casa em casa e no ptiodo templo Apenas no templo

    Relacionamentos

    Relacionamentos ntimos;havia encorajamento,

    prestao de contas, e vidamtua entre os cristos

    Escassa intimidade,relacionamentos superficiais,

    pouca transparncia

    DiscipuladoAcompanhamento pessoal; odiscpulo ouvia, via e fazia

    Classes, cadernos, livros,pouco ensino por modelo

    Dons Espirituais Conhecido, estimulado e Ignorados, menosprezados

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    usado por todos os discpulospara edificar

    o corpo de Cristo

    ou limitados a ministrosprofissionais

    Compromisso primrio

    Relacionamento de amor,intimidade e comunho com

    Deus o Pai.A nfase o ser

    Relacionamento com a obrade Deus. A nfase fazer

    Evangelismo

    Acontecia naturalmente epessoalmente como umestilo de vida de cada

    discpulo: Eis-meaqui. Envia-me!

    Eventos, cruzadas,campanhas. Eis-me aqui.

    Envia as almas a mim

    VisoFazer discpulos, expandir o

    Reino, viver em famlia,exercitar os dons

    Fazer convertidos, expandira instituio, viver como

    uma organizao,distribuir cargos

    Tarefa primriada liderana

    Modelar a vida do discpuloatravs de relacionamento(Discipulado), ministrio

    ativo, treinamento prtico

    Preparar e dirigir programas.Os lderes no so

    primeiramenteexperimentados

    Pastoreio

    Pastoreio em pequenosgrupos atravs de

    relacionamentos saudveis.Vivncia dos mandamentos

    recprocos

    Pastoreio individualizadofeito apenas por um pastor

    que precisa estender cuidadopara todos

    Liderana principalEquipe (Apstolos, profetas,

    evangelistas, pastores,mestres)

    Individualizada

    Teste de lideranaCarter, conhecimento dapalavra, chamado, corao

    para servir e frutosSer voluntrio

    EnsinamentoAplicao das Escrituras s

    necessidades bsicas e

    relacionamentos

    Concordncia com asdoutrinas especficas da

    igreja e a constituioSistema de apoio Os grupos (as clulas) O pastor ou equipe pastoral

    Frequncia da comunhoDiria, como investimento devida conjunta para o Reino

    Semanal, antes edepois do culto

    Vida de orao Forte nfase, intencionalEscolha limitada,

    pouca nfase

    A Ceia do SenhorCelebrao em conjunto com

    refeies. Festa gape Ritual simblico

    MordomiaDdiva do corao,desprendimento das

    coisas materiais

    Dever.Permuta com Deus

    Culto Participao

    colectiva, unnime

    Culto de espectadores

    Uso dos dons Usados paraabenoar e edificar Usados para impressionar

    Capacitao

    Dependncia do EspritoSanto, certeza damanifestao dopoder de Deus

    Dependncia dahabilidade humana

    Crescimento Reproduo que geravamultiplicao

    Adio

    Comunho Profunda SuperficialLocal de reunio Funcionais Sagrados

    TEMPO EM GRUPOS PEQUENOS

    Fazer as seguintes tarefas em grupos de 5 pessoas:

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    1. Cada um deve de forma bem objetiva compartilhar:

    A) Seu nomeB) H quanto tempo est participando da igrejaC) H quanto tempo mora nessa cidade

    2. O que mais lhe chamou a ateno no estudo de hoje?

    3. Orem para que a igreja seja impactada pelo Esprito Santo e retorne s origens.

    TAREFA PARA O PRXIMO ENCONTRO

    A igreja do Novo Testamento nas grandes e pequenas reunies.

    Procure as referncias bblicas abaixo. Caso o versculo se relacione com a igrejareunida em grandes ajuntamentos escreva GRANDE aps a referncia. Caso indiquea igreja se reunindo numa casa, escreva PEQUENO aps a referncia. Quando oversculo se referir tanto a reunies grandes quanto a reunies pequenas, escreva

    AMBOS.

    At 1.12-14 At 12.11-12 At 20.20At 2.1-2 At 14.26-28 Rm 16.3-5At 2.46-47 At 15.30-32 Rm 16.15At 5.12 At 16.40 1 Co 16.19At 5.42 At 17.5 Cl 4.15At 6.1-2 At 18.4-11 Fm 2At 8.3 At 20.6-11 Hb 10.23-25

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    2UMA IGREJA EQUILIBRADA

    I - BASE BBLICA PARA UMA IGREJA EQUILIBRADA

    Todos os dias, continuavam a reunir-se no ptio do templo. Partiam o po em suascasas, e juntos participavam das refeies, com alegria e sinceridade de corao,louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentavadiariamente os que iam sendo salvos (At 2.46-47).

    1. Atravs desse texto podemos perceber que o dia-a-dia da igreja em Jerusalmacontecia em dois contextos. Quais? O _____________ e as ______________.

    2. Que tipo de sentimento este estilo de vida despertava no povo em Jerusalm?

    3. Qual era o resultado desse jeito de ser da igreja?

    Com base em todas essas consideraes que estamos defendendo a tese de que,uma Igreja equilibrada uma igreja que desenvolve um estilo de vida tanto notemplo como nas casas. Se pudssemos comparar a igreja com um pssaro,diramos que uma das asas do pssaro seria o templo e a outra asa as casas. Avida da igreja primitiva acontecia nesses dois contextos. Para que uma igreja setorne equilibrada preciso que se desenvolvam essas duas estruturas. Templo ecasas so estruturas complementares.

    II - CONTRASTES ENTRE A IGREJA NO TEMPLO E NAS CASAS

    Quais as diferenas que podemos estabelecer entre a igreja que se rene no temploe a igreja que se rene nas casas?

    IGREJA NO TEMPLO IGREJA NAS CASAS

    1. O povo est reunido 1. O povo est espalhado

    2. Irmos em congregao 2. Igreja em pequenos grupos

    3. Igreja no atacado 3. Igreja no varejo

    4. Expressa unidade 4. Expressa comunho

    5. Fortalece o vnculo de corpo 5. Fortalece o vnculo de famlia

    6. Possibilita o exerccio dos ministrios 6. Possibilita o exerccio dos dons

    7. Relacionamentos gerais 7. Relacionamentos prximos e ntimos

    8. Reunies formais 8. Reunies informais

    9. 9.

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    Das diferenas citadas acima, qual lhe desperta mais a ateno? Por qu?

    __________________________________________________________________

    TEMPO EM GRUPOS PEQUENOS

    Dividam-se em grupos de cinco para fazerem as seguintes tarefas:

    1. Cada um deve de forma bem objetiva compartilhar:

    O que voc espera receber dessa igreja?

    O que voc est disposto a oferecer para essa igreja?

    2. O que mais lhe chamou a ateno no estudo de hoje?

    3. Encerrem orando para que nossa igreja se torne equilibrada, vivendo no temploe tambm nas casas, a fim de desfrutarmos de uma bno completa do Senhor

    para nossas vidas.TAREFA PARA O PRXIMO ENCONTRO

    A seguir, escreva na frente de cada referncia bblica o mandamento que deve servivido pela igreja para edificar os relacionamentos como famlia:

    Romanos 12.10 ____________________________________________________

    Romanos 12.16 ____________________________________________________

    Romanos 14.13 ____________________________________________________

    Romanos 14.19 ____________________________________________________

    Romanos 15.7 _____________________________________________________

    Romanos 15.14 ____________________________________________________

    1 Corntios 12.25 ___________________________________________________

    Glatas 5.13 ______________________________________________________

    Glatas 6.2 _______________________________________________________

    Efsios 4.32 _______________________________________________________

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    3O QUE SO GRUPOS FAMILIARES?

    1. Escreva sua prpria definio para grupo familiar. Um grupo familiar :

    2. Reflita sobre uma das melhores ou piores experincias que voc j teve comalgum tipo de grupo pequeno. Anote qualquer detalhe que foi relevante.

    Queremos apresentar o que um grupo familiar. Algumas igrejas e autores usamessa expresso com diferentes conotaes. Paul Yonggi Cho, usa o nome gruposfamiliares para expressar um culto no lar. Outros usam a expresso paraidentificar grupos caseiros, grupos de comunho, ou clulas. Nossa definio:

    Grupo familiar aquele que possui identidade e ambiente familiar, que d umacobertura espiritual para seus membros e ganha novas pessoas para Cristo.

    Explicando cada frase brevemente, podemos dizer que um grupo familiar :

    UM GRUPO... COM IDENTIDADE FAMILIAR

    O grupo funciona como uma famlia estendida, possui membros definidos e umcompromisso de cuidado mtuo. O Novo Testamento indica 28 mandamentosrecprocos tais como: amem-se uns aos outros, sirvam uns aos outros,

    sujeitem-se uns aos outros, etc. Na verdade estes mandamentos s podem serpraticados facilmente em grupos pequenos.

    Ns dizemos que somos a Famlia de Deus. Sem uma estrutura para vivenciarmosestes relacionamentos familiares, s teremos a aparncia disto, no a realidade.Grupos pequenos (grupos familiares) providenciam tal estrutura.

    UM GRUPO... COM AMBIENTE FAMILIAR

    As reunies so informais, onde todos se conhecem pelo nome. Todos soencorajados a participar, e as necessidades de cada um so importantes como basepara orao e ajuda.

    Anote abaixo pelo menos cinco caractersticas de um ambiente familiar.

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    UM GRUPO... QUE D COBERTURA ESPIRITUAL PARA SEUS MEMBROS

    O lder do grupo com seu auxiliar, estendem cuidado pastoral aos membros. Destaforma quando algum tiver alguma necessidade, poder compartilh-la. Se no forpossvel resolver neste nvel, deve ser levado para a liderana do pastor.

    De forma geral, os grupos familiares consistem em uma reunio semanal nos lares,onde algumas pessoas se renem para adorar a Deus, buscar uma vida decomunho, edificar sua f atravs do estudo bblico, evangelizar pessoas ainda noalcanadas e compartilhar suas necessidades. Esta a igreja em miniatura.

    UM GRUPO... QUE GANHA NOVAS PESSOAS PARA CRISTO

    Os grupos familiares tm dois objetivos especficos, que por si s, mostram ogrande valor deste ministrio para resgatar o ambiente vivido na Igreja primitivade Atos dos Apstolos.

    1)Crescimento qualitativo. Buscar o amadurecimento dos participantes.

    2) Crescimento numrico. O crescimento numrico ser atingido atravs daaproximao de famlias da igreja com seus vizinhos no-crentes. Estes, aochegarem aos grupos familiares, sero acolhidos em amor e impactados pelotestemunho dos membros do grupo, tornando assim mais fcil sua integrao naigreja. As casas que chamamos nossas, na verdade, pertencem ao Reino de Deus.

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    4QUAL A BASE BBLICA PARA

    GRUPOS FAMILIARES?Anote trs passagens no Novo Testamento que mostram o lar sendo usado comoextenso do Reino de Deus. Para cada passagem, procure anotar uma qualidadepositiva de ser um grupo pequeno.

    Estudando o livro de Atos, descobriremos logo os factores de crescimento. Essesfactores esto resumidos em Actos 2.42-47, e de forma mais simples no versculo42: Eles se dedicavam ao ensino dos apstolos e comunho, ao partir do po es oraes. Estas atividades aconteceram em dois lugares: o templo e as casas.Segundo Howard Snyder: O culto nos grandes grupos e o compartilhar nos

    pequenos grupos so estruturas bsicas e complementares (citado por MikelNeumann). Se quisermos repetir o crescimento da igreja primitiva hoje, temos quevoltar a uma nfase no templo e nas casas.

    A Igreja Primitiva estava assentada sobre pequenos grupos. Era a Igreja de todosos dias, no templo e nas casas (At 2.46). Ser muito difcil, alguns diriamimpossvel, crescer como a Igreja Primitiva, sem a dinmica dupla das reunies notemplo e nas casas. A maioria das igrejas tem reunies apenas no templo.

    Na verdade o templo foi utilizado s at o martrio de Estvo. A Igreja do NovoTestamento, era uma igreja sem templo!

    Vejamos mais de perto uma base bblica do ministrio em grupos pequenos desde oAntigo Testamento. Jetro, sogro de Moiss, vendo a luta do genro, aconselhou-o aestabelecer chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez pessoas, para que

    julgassem o povo (x 18.1-27). A primeira base de relacionamento e justia nopovo de Israel, eram os grupos pequenos de dez!

    Passando para o Novo Testamento, podemos ver a importncia dos grupospequenos na vida e no ministrio de Jesus, como tambm na igreja primitiva.

    GRUPOS PEQUENOS NA VIDA E NO MINISTRIO DE JESUS

    Jesus foi um lder de grupos pequenos. O Plano Mestre de Evangelismo segundo olivro de Robert Coleman com esse mesmo ttulo, foi o discipulado (Mundo Cristo

    1964/1969). Jesus comeou com um grupo pequeno de doze para ganhar asnaes. Grande parte do ministrio de Jesus se realizou na sinagoga, bem como aoar livre; mas uma parte surpreendente de seu trabalho ocorreu nos lares e compequenos grupos de pessoas. Jesus trabalhou com grupos pequenos: os doze; ostrs; mandando os doze e os setenta e dois em grupinhos de dois em dois. Almdisso, Ele valorizou de uma forma especial o lar. Pesquisando apenas o evangelhomais curto, o de Marcos, vemos o seguinte:

    1. Visitou e ministrou nas casas dos discpulos. Curou a sogra de Pedro e depoismuitos outros (Mc 1.29-34); jantou com Levi e outros (Mc 2.15).

    2. Ele ensinou e fez milagres nas casas (Mc 2.1-12). Ele tambm ensinava nas

    casas (3.20-34), ressuscitava os mortos (5.38-43), ministrava libertao (7.24-30), e foi ungido com blsamo por uma mulher (14.3-9).

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    3. Ele compartilhava instruo especial com os discpulos em casa. Muitas vezesaguardava chegar em casa para fazer isso (Mc 7.17; 9.28; 9.33-37; 10.10-12;14.17-25; 16.14-18).

    4. Ele queria que o Reino comeasse em casa e flusse para fora. Aps ter liberto oendemoninhado geraseno, Jesus ordenou: V para casa, para a sua famlia e

    anuncie-lhes quanto o Senhor fez por voc e como teve misericrdia de voc(Mc 5.19; 8.26; 14.3).

    Jesus no s ministrou nas casas, como tambm mandou os discpulos fazerem omesmo, dando instrues para isso.

    Fez isto tanto com os doze (Mt 10.12-14) como tambm com os setenta e dois (Lc10.1-7). Parece que foi um padro dele.

    GRUPOS PEQUENOS NA VIDA DA IGREJA PRIMITIVA

    A Igreja Primitiva era um movimento fundamentado nos lares. Apesar do ensino e

    da pregao serem feitos publicamente, no ptio do templo, nas sinagogas e noscampos abertos, a verdadeira vida da Igreja acontecia nas casas. No livro de Atosdos Apstolos podemos ver o lugar que as casas tinham na vida da igreja. Olhandoos primeiros doze captulos, vemos o seguinte:

    1. A Igreja iniciou num lar, no cenculo de uma casa em Jerusalm (1.13).

    2. O Pentecostes chegou numa casa (2.1-2).

    3. Mesmo com trs mil pessoas, conservavam as reunies nos lares (2.46).

    4. As casas eram recursos usados para o Reino de Deus (4.34-37; 5.1-11).

    5. As reunies nos lares eram uma estratgia evangelstica (5.42; 10.24-48).

    6. A perseguio da igreja ocorreu nas casas (8.3).7. Saulo foi curado e restaurado numa casa (9.17-19).

    8. Batismos aconteciam nas casas (9.17-19; 10.47-48; 16.30-33).

    9. As casas serviam para curas (9.36-41), vises (10.9-23) e reunies (12.12).

    Repetidas vezes no final de suas cartas, Paulo manda uma saudao igreja que sereunia em uma outra casa. Priscila e quila tinham uma igreja em sua casa (Rm16.5; 1 Co 16.19), como tambm Gaio que hospedava a Igreja de Roma (Rm16.23), Ninfa (Cl 4.15) e Filemom (Fm 1-2).

    As reunies nos lares continuavam sendo uma estratgia no decorrer da histria daigreja, tornando-se uma fonte de fortalecimento dos irmos. Com as bases bblicasacima, temos razes suficientes para nos comprometermos com grupos pequenosnos lares.

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    5QUE TIPOS DE GRUPOS EXISTEM?

    O mundo empresarial tem aprendido e aplicado um princpio muito importante:Maior centralizao de poder, menor produtividade; menor centralizao de poder,maior produtividade. Acredito que esse princpio se aplicaria a ns da seguintemaneira: Maior centralizao do pastoreio, menor cuidado pastoral; menorcentralizao do pastoreio, maior o cuidado pastoral para todo o rebanho.

    I - GRUPO DE DISCIPULADO

    O discipulado uma relao comprometida e pessoal, onde um discpulo maismaduro, ajuda a outros discpulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dele eassim reproduzirem - David Kornfield.

    Caractersticas. Compromisso alto; tarefas srias, com prestao de contas.

    Funo. Formao de liderana; desenvolvimento de carter cristo,relacionamentos cristos, disciplinas espirituais e habilidades ministeriais.

    Tamanho e abertura do grupo. Geralmente um grupo fechado de duas a seispessoas, muitas vezes chegando a doze, que acaba se dividindo em gruposmenores para um tempo mais profundo para compartilhar e orar.

    Modelo bblico Jesus e seus discpulos (os Evangelhos).

    II - GRUPO (EQUIPE) DE MINISTRIO

    Uma equipe um grupo definido que comprometido, capacitado e coordenadopara obter os mesmos alvos.

    Caractersticas. Compromisso alto (2-4 horas semanais); alta prioridade, semtarefas ou com tarefas mdias; e s vezes prestam contas na rea do ministrio.

    Funo. Cumprir com uma misso ou tarefa da igreja. Isto inclui grupos comoprofessores, equipes de louvor, grupos de liderana, equipes de visitaoevangelstica, visitao aos enfermos, ao social, ministrio com casais, etc.

    Tamanho e abertura do grupo. Grupo aberto aos que demonstram interesse em

    servir e que tenham as habilidades e dons necessrios.

    Modelo bblico. Os diconos de Atos 6.

    III - GRUPOS DE APOIO PARA PESSOAS FERIDAS

    Restaurao a santificao da alma ferida por meio de: 1) Reconhecer nossasferidas, defesas e responsabilidades; 2) Experimentar Jesus levando sobre sinossas feridas; 3) Receber o perdo e a libertao de Deus; e, 4) Poder transmitir omesmo para os que nos machucaram e abusaram de ns.

    Caractersticas. Compromisso mdio a alto (2-3 horas semanais); prioridade

    mdia a alta (compromisso formal, mas possui abertura para novas pessoas);geralmente existem tarefas e prestao de contas.

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    Funo. Cura interior de pessoas feridas (divorciadas, alcolatras, viciadas, vtimasde incesto ou abuso sexual, filhos de lares desfeitos ou com problemas). Este grupo parecido com um grupo de discipulado na seriedade e compromisso.

    Tamanho e abertura do grupo. Aberto a todos que queiram participar,geralmente dividindo-se em subgrupos de pessoas comprometidas com o processo

    de cura interior. Visitantes ou pessoas estudando a possibilidade de entrar no grupoformariam um subgrupo provisrio at definirem-se.

    Modelo bblico. O trabalho de Barnab com Joo Marcos. Na verdade no existemuita base bblica, em grande parte porque as famlias daquela poca eram maisestveis e saudveis, especialmente na cultura judaica. No Brasil, tambm quaseno existem modelos, mesmo que seja a cada dia mais urgente o desenvolvimentodeste ministrio nas igrejas locais. Nos Estados Unidos, grupos de apoio secular ereligioso so bastante comuns. Na igreja h uma expresso de ao social,evangelismo, cura e libertao dos cativos (Lc 4.18-19).

    IV - GRUPO FAMILIAR

    GRUPO FAMILIAR EVANGELSTICO

    Caractersticas. Compromisso baixo (1 hora semanal); para visita, mdia para oparticipante regular; no h tarefas, ou tarefas opcionais; sem prestao de contas.

    Funo. Leve cobertura espiritual aos membros da igreja e ganhar novas pessoas.

    Tamanho e abertura do grupo. O grupo aberto a todos, sendo restrito apenaspelo tamanho do local onde se rene.

    Modelo bblico. O costume de Paulo e Barnab que compartilhavam na sinagoga

    (At 13.5, 14-16, 42-44; 14.1).GRUPO FAMILIAR PARA CRENTES (CRESCIMENTO OU COMUNHO)

    Caractersticas. Compromisso mdio, mdia prioridade, sem tarefas, ou htarefas opcionais, no existe prestao de contas a no ser informalmente.

    Funo. Cobertura espiritual com a Palavra, orao, louvor e comunho. Parececom um grupo familiar evangelstico, mas no tem propsito evangelstico (aindaque no-crentes possam participar). feito um estudo mais profundo da Bblia.

    Tamanho e abertura do grupo. Aberto a todos que queiram participar, restritoapenas pelo tamanho do local onde se rene.

    Modelo bblico. O partir do po de casa em casa de Atos 2.46.

    GRUPOS PARA NOVOS CONVERTIDOS

    Caractersticas. Compromisso mdio (1 hora semanal), mdia prioridade,geralmente no h tarefas ou h tarefas opcionais; no existe prestao de contas.

    Funo. Orientao espiritual ao novo convertido no que diz respeito s disciplinasbsicas de um discpulo e a preparao para o batismo.

    Tamanho e abertura do grupo. aberto a todos, sem restrio de tamanho.

    Modelo bblico. Priscila e quila com Apolo em Atos 18.24-26.

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    6UMA IGREJA QUE DESENVOLVE

    RELACIONAMENTOS SAUDVEIS

    Temos mostrado que para uma igreja desfrutar de uma comunho sincera eprofunda, vivendo como uma famlia saudvel, precisa criar a estrutura de grupospequenos. Mas nem sempre isto significa comunidades-modelo de bomcomportamento. Ao contrrio, so lugares em que o mau comportamento humano trazido tona, tratado e trabalhado. Como um hospital atende os doentes, osgrupos atendem os pecadores. Nos grupos impossvel mascarar nossosproblemas. Ministrar uns aos outros o corao de cada um dos grupos. Neles nsaprendemos aos poucos a desenvolver relacionamentos comprometidos e saudveisatravs de:

    Amizades sinceras que descobrimos e cultivamos, e

    Prtica constante dos mandamentos recprocos ordenados pela Bblia.

    I - RELACIONAMENTOS SAUDVEIS ATRAVS DA AMIZADE

    1. Como voc define um amigo?

    2. Qual a qualidade mais importante que um amigo deve ter?

    3. Voc considera que ter amigos importante? Por qu?

    O que a Bblia ensina sobre a amizade? Vejamos algumas passagens interessantes:

    Pv 17.17 - O amigo verdadeiro na hora da adversidade se torna como irmo. Pv 18.24 - A amizade verdadeira somente possvel com poucas pessoas. Pv 22.24-25 - preciso saber selecionar as amizades. Pv 27.9-10 - O amigo verdadeiro como um perfume (companhia agradvel). Pv 27.17 - A amizade verdadeira produz crescimento e confronto saudvel.

    A Bblia mostra vrios exemplos de amizades sadias: Davi e Jnatas, Jesus e Joo,Paulo e Timteo, Barnab e Paulo, Paulo e Silas, Pedro e Marcos...

    Bill Gothard aponta cinco nveis de amizade. Preste ateno na definio de cadaum e ao final descubra que tipo de amizade voc tem.

    1. Amigos conhecidos. Conhecem um ao outro mas sem profundidade.2. Amigos Gerais. Conhecem coisas gerais um do outro, mas sem envolvimentos.3. Amigos colegas. Envolvidos na troca de opinies para fazer algum trabalho.4. Amigos prximos. Gostam de ficar juntos, abrem o corao, aceitao.5. Amigos ntimos. Compromisso de ver o carter de Cristo no outro; pertencer.

    grande o nmero de pessoas que so membros de uma igreja e no possuemamigos prximos nem ntimos na igreja. E voc? Compartilhe as perguntas:

    1 - Quais os amigos prximos que voc tem na sua igreja?2 - Quais os amigos ntimos que voc tem na sua igreja?

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    3 - Que tipo de amizade voc tem com Deus?II - RELACIONAMENTOS SAUDVEIS E OS MANDAMENTOS RECPROCOS

    Em seguida voc encontrar uma lista desses mandamentos. Coloque um X aolado daqueles que voc mais precisa nestes dias.

    1. Amem sinceramente uns aos outros (1 Pe 1.22; 1 Jo 3.11, 23; 4.7,11-12).2. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si prprios (Rm 12.10).3. Tenham uma mesma atitude uns para com os outros (Rm 12.16; 15.5).4. Deixemos de julgar uns aos outros (Rm 14.13).5. Esforcemo-nos em promover a paz e a edificao mtua (Rm 14.19).6. Aceitem-se uns aos outros (Rm 15.7).7. Aconselhem-se uns aos outros (Rm. 15.14).8. Os membros tenham cuidado uns pelos outros (1 Co 12.25).9. Sirvam uns aos outros (Gl 5.13).10.Levem os fardos pesados uns dos outros (Gl 6.2).11.Suportem-se uns aos outros (Ef 4.1-2; Cl 3.13).12.Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros (Ef 4.32).

    13.Falem entre si com salmos, hinos e cnticos espirituais (Ef 5.19).14.Sujeitem-se uns aos outros (Ef 5.21).15.No mintam uns aos outros (Cl 3.9).16.Perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros (Cl 3.13)17.Ensinem uns aos outros (Cl 3.16).18.Aconselhem-se uns aos outros (Cl 3.16).19.Cresam e transbordem o amor que tm uns para com os outros (1 Ts 3.12).20.Consolem-se uns aos outros (1 Ts 4.18).21.Encorajem-se uns aos outros (Hb 3.13).22.Consideremos uns aos outros (Hb 10.24).23.No se queixem uns dos outros (Tg 5.9)24.Confessem os seus pecados uns aos outros (Tg 5.16)

    25.Orem uns pelos outros (Tg 5.16)26.Sejam mutuamente hospitaleiros (1 Pe 4.9)27.Sejam todos humildes uns para com os outros (1 Pe 5.5)28.Sadem uns aos outros com beijo de santo amor (1 Pe 5.14)

    Dentre queles que voc assinalou com um X escolha trs que sejam de maiorimportncia para voc desenvolver com certa prioridade.

    A vida recproca s pode ser vivida de forma autntica em um grupo pequeno.

    O grupo pequeno poder funcionar bem mais como uma famlia se, ao invs dereunir-se no templo, reunir-se em uma _____________.

    O templo passa a idia de um ambiente sagrado onde pode ser difcil sentir-seem casa. Em contraste, uma casa o lugar certo para se ter um ambiente defamlia. Ns estamos acostumados a nos reunirmos sempre no templo. Mas issonunca nos levar a um sentido de famlia. Precisamos nos esforar para nosrelacionarmos no somente no templo, mas tambm nas casas, a fim dedesenvolvermos com profundidade amizades sinceras e vida recproca.

    TEMPO EM GRUPOS PEQUENOS

    1. Destaque trs mandamentos como prioridade para desenvolver em sua vida?

    2. Como uma igreja que se rene em pequenos grupos desenvolve amizades?

    3. Orem para que tenha na igreja relacionamentos comprometidos e saudveis.

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    7POR QUE GRUPOS FAMILIARES FALHAM?

    Por que to poucas igrejas se propem a ter grupos familiares se so toimportantes e necessrios? Em parte porque muitas igrejas j tentaram efalharam! Muitas vezes nem iniciaram, por conhecerem outros que falharam. Nossaexperincia com grupos pequenos nos tem ajudado a identificar pelo menos oitoformas de mat-los! melhor prevenir...

    I - FALTA DE VISO E PARTICIPAO DO PASTOR

    O Dr. Paul Yonggi Cho, no seu livro Grupos Familiares e o Crescimento da Igreja(Editora Vida) escreve: O pastor deve ser a pessoa-chave do empreendimento.Sem o pastor o sistema no subsistir. um sistema, e todo sistema deve ter um

    ponto de controle. O fator de controle dos grupos familiares o pastor.Os grupos familiares muitas vezes so novidade. um novo odre. Traz mudanas.Ameaa as velhas estruturas, tanto psicolgicas como sociais e at espirituais. necessria a mo pessoal do pastor, pelo menos no primeiro ano, para que todo ummovimento se desenvolva.

    Quando o pastor no est envolvido diretamente, ele pode, muitas vezes, ser acausa da falha destes grupos.

    II - NO TER UM SENTIDO DE SER UMA EQUIPE

    As pessoas que compe o grupo familiar, e que pertencem igreja, precisamentender que este ncleo precisa estar unido e trabalhando harmoniosamente,seno podero colocar tudo a perder, pois cada um trabalhar isoladamente enada, de fato, vai acontecer.

    III - FALTA DE SUPERVISO EFICAZ E TREINAMENTO DE LDERES

    Os grupos falham quando deixamos a liderana isolada e sem acompanhamento.Todo lder precisa de cobrana e de cobertura. Acompanhamento e gerenciamentoso extremamente importantes, reciclagem e treinamento peridico.

    O treinamento requer material adequado e continuidade.

    1. Precisa saber como resolver conflitos. Quando nos conhecemos melhor,como num grupo familiar, acabamos tendo mais conflitos.

    2. Precisa ter um assessor ou conselheiro. Algum a quem possa dirigir-sequando os problemas surgem. Algum com mais experincia para capacit-lo.

    3. Precisa ver um modelo ao vivo. Muitos utilizam a viso de um livro. Poucosconseguem ter xito transferindo as idias do livro para a realidade.

    IV - FALTA DE UM RELACIONAMENTO ESTREITO ENTRE PASTOR E LDERES

    Muitos pastores tm medo de descentralizar seu poder. Temem que no podero

    controlar o que acontece nos grupos. Vem a possibilidade da diviso, com um oumais grupos familiares tornando-se autnomos e saindo da igreja.

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    O pastor e seus lderes precisam ter um bom relacionamento e um esprito decompanheirismo e amizade. Este relacionamento estreito a chave da prevenocontra a diviso.

    V - FALTA DE UM SENTIDO DE MISSO

    Quando o grupo focaliza apenas a si mesmo, perdendo o sentido de misso, acabase matando. Algumas pessoas diriam que tal grupo deve morrer! Cada grupopequeno precisa de um sentido de misso para ser um grupo saudvel. O objetivoevangelstico de um grupo familiar j d tal sentido de misso a um grupo. Se notiver essa nfase, o grupo precisar descobrir outra misso.

    Os grupos familiares no tm o mesmo objetivo que, por exemplo, uma classe deescola dominical, que visa estudar a Bblia com profundidade. O objetivo centraldos grupos familiares estabelecer relacionamentos redentores. A amizade setorna uma chave para conquistar a vizinhana, os amigos e outros.

    VI - PESSOAS SUPERCARENTES PODEM DESTRUIR UM GRUPO

    As necessidades de tais pessoas podem ultrapassar a capacidade de resposta dogrupo. Muitas vezes pessoas feridas emocionalmente se tornam dominadoras econtroladoras. Essas pessoas podem acabar dominando o grupo. O segredo criargrupos de apoio que atendam especificamente a estes casos.

    VII - FALTA DO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS ESTRUTURAS

    preciso desenvolver estruturas para que os grupos familiares sejam parte centralna igreja. Acrescentar um grupo vida de um lder j sobrecarregado deatividades, uma forma de matar os componentes do grupo e faz-lo fracassar.

    Muitos pastores no querem comear grupos familiares por no terem pessoaspreparadas para lider-los. A liderana j est sobrecarregada. Na verdade,precisamos descobrir novos lderes ou ajudar os lderes atuais a passarem algumasde suas responsabilidades para outros.

    Para desenvolver novas estruturas importante o aspecto psicolgico. No incio, aspessoas no querem abrir suas casas. A viso da igreja tem sido por tanto tempovoltada para o templo, que os membros tm dificuldade em enxergar suas casascomo expresso do Reino de Deus em suas vizinhanas.

    VIII - M SELEO DOS LDERES

    A igreja pode executar bem os sete princpios anteriores e ainda assim fracassar naprtica de grupos familiares. Qual a explicao? Este oitavo princpio: a m seleodos lderes. Selecionar os lderes formais da igreja no sinnimo de sucesso dosgrupos. Em geral eles no so ensinveis, nem esto prontos para entrar numanova viso. Uma boa iniciativa investir em novos lderes.

    EXERCCIO

    1. O que fazer para que membros e lderes no percam o sentido de equipe?2. Qual a vantagem do grupo ter um sentido de misso?3. Como identificar uma pessoa carente e encaminh-la para um grupo adequado?4. Como selecionar bem os lderes?

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    8O CRESCIMENTO ORGNICO

    DOS GRUPOS FAMILIARESQue tipo de crescimento pode vir atravs dos grupos familiares? Eu creio que esta uma pergunta que todos fazem. Qual a importncia dos grupos familiares? Elespodero ajudar minha igreja a crescer?

    Por que os grupos familiares so to importantes? Por no responderem a estapergunta, a grande maioria dos pastores e das igrejas, no tm uma viso correctada dinmica da Igreja Primitiva. Esperamos que sua viso seja ampliada atravsdas funes importantes dos grupos familiares, indicadas a seguir:

    I - O GRUPO FAMILIAR GERA ENVOLVIMENTO PESSOALAtravs do grupo familiar cada pessoa tem a oportunidade de envolvimentopessoal na obra do Senhor. O membro deixa de ser mero espectador, veste acamisa e entra no jogo! Grupos grandes despersonalizam as pessoas, tornando-asmeros nmeros de estatsticas. Quando as pessoas ficam mais prximas uma dasoutras, rompem a barreira do anonimato e passam a compartilhar suas riquezas,sejam elas dons espirituais, experincias de vida, recursos financeiros,oportunidades, etc. No so poucos os casos de ajuda material que temos vistoatravs dos grupos familiares.

    Os grupos familiares atraem pessoas, justamente por possibilitarem que cada um,independente de sua cultura ou capacidade, possa ter uma participaosignificativa. Tal participao produz outros benefcios muito importantes.

    Maior mobilizao. Diferente de um culto com um dirigente e um pblico, asoportunidades para o servio e operao de Deus so abundantementemultiplicadas!

    Maior responsabilidade. Com o grupo familiar as pessoas se sentem maisresponsveis, pois so valorizadas naquilo que fazem. At a presena se torna maisimportante num grupo familiar do que num grande culto.

    Maior uso dos dons. O uso dos dons cresce em proporo participao. Quantomaior envolvimento, maiores sero as oportunidades para serem usados os

    talentos e dons espirituais.

    Maior crescimento espiritual. Tal crescimento acontece em proporo participao. Um ditado nos diz: Eu ouo e esqueo; eu escrevo e lembro; eu faoe aprendo.

    II - O GRUPO FAMILIAR GERA COMUNHO

    Nos grupos familiares as pessoas se aproximam mais umas das outras. Hoportunidade para um conhecimento mais ntimo dos irmos, que passam a seconhecer pelo nome; nascem laos de amizade; a comunho fica mais forte.

    impossvel cumprir os mandamentos recprocos (os uns aos outros) quando os uns s se encontram com os outros no meio de multides reunidas para

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    grandes eventos. Com o grupo familiar, abre-se a possibilidade de levar a srioesses mandamentos. Retoma-se o hbito de ir s casas uns dos outros. Os irmose vizinhos passam a se visitar, pelo menos para as reunies. Nesse ponto os gruposfamiliares so quase inigualveis, se forem comparados a outros trabalhos normaisda igreja. Os grupos familiares possuem alguns elementos fortalecedores efacilitadores de comunho que no esto presentes em outras reunies.

    Maior intimidade. Numa sociedade urbana difcil desenvolver amizades. Este um dos grandes pontos dos pequenos grupos. Paul Yonggi Cho comenta: Um dosmaiores problemas da sociedade hoje em dia a despersonalizao dos sereshumanos. Com o aumento da populao, as pessoas tornam-se apenas um rosto amais na multido (Grupos Familiares e o Crescimento da Igreja - Editora Vida).

    Maior flexibilidade. Por ser um grupo pequeno, os ajustes so mais fceis epossibilitam adaptaes s diversas realidades. Segundo o contexto e a liderana,grupos familiares podem ser desenvolvidos de forma bem diferente. Ainda queusando o mesmo material de estudo, os grupos sero bastante distintos.

    Maior integrao social. As estruturas sociais tradicionais geralmente sedesfazem quando as pessoas migram para as cidades ou dentro delas. Os gruposfamiliares podem preencher esta lacuna, ajudando a desenvolver uma relaofamiliar dentro de uma sociedade onde a famlia est sumindo.

    Maior mobilidade. Os grupos do mobilidade igreja, representando a igreja nacidade ou bairro, como se fossem as pernas e os braos da igreja.

    Maior sensibilidade. Ao mesmo tempo em que os grupos so as pernas e osbraos da igreja, so tambm seus olhos e ouvidos na comunidade. Atravs dosgrupos, a igreja pode saber o que est acontecendo na comunidade e servir deauxiliadora.

    III - O GRUPO FAMILIAR GERA SUPRIMENTO DAS NECESSIDADES

    As necessidades pessoais podem ser melhor assistidas. Nas grandes reunies h oEu te amo em Jesus. Nos grupos familiares, h o Eu te amo e tenho tempo paraouvi-lo. Eu te amo e posso lev-lo ao hospital. Eu te amo e posso ajudar a suafamlia enquanto voc est desempregado.

    Os grupos geralmente abrangem pessoas de uma vizinhana ou de um grupo social(atletas, mdicos, universitrios, etc). Assim existe uma sensibilidade maior comrelao aos acontecimentos locais. Quando pedimos aos participantes quecompartilhem pedidos de orao, as necessidades apresentadas muitas vezes sobem especficas. Orando com base nisto, e mantendo os relatrios dos pedidos,observaremos grandes mudanas nas vidas dos presentes e do bairro. Em nossogrupo familiar, geralmente comeamos o tempo de orao perguntando se houverespostas s oraes anteriores.

    Quando existem problemas sociais, o grupo tem um potencial maior para ajudaraquele indivduo ou famlia necessitada, pois convive com a sua realidade. Osgrupos esto afinados com as necessidades locais e aptos a responder de formaprtica.

    EXERCCIO

    O que nossa igreja poderia fazer para aprofundar a comunho uns com os outros?

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    9O CRESCIMENTO QUALITATIVO

    DOS GRUPOS FAMILIARES

    No captulo anterior, abordamos o crescimento como organismo, que entrelaamais os membros do corpo. Agora, queremos destacar o crescimentoindividualizado que os grupos familiares proporcionam.

    I - O GRUPO FAMILIAR GERA PASTOREAMENTO

    Os grupos familiares fortalecem e assistem aos membros da igreja. O grupopossibilita um pastoreio mais eficaz. Uma vez multiplicados e havendo grupos

    suficientes, cada pessoa da igreja deve pertencer a um grupo familiar. Pode ser queno frequente com assiduidade, mas precisar estar debaixo do cuidado de algum.Muitos problemas do rebanho so resolvidos com desabafos, intercesso eaconselhamento mtuos, troca de experincias ou exortaes amorosas, o quepode acontecer muito bem nos grupos familiares. Atravs dos grupos familiares, asobrecarga pastoral tirada, havendo uma melhor distribuio de funes que,anteriormente, eram somente responsabilidade do pastor titular. Lembre-se doconselho de Jetro para Moiss (x 18).

    Moiss pastoreava 600 mil homens, alm de mulheres e crianas.

    1. A que concluso ele chegou diante dessa situao? (Dt 1.9-12).2. Qual o resultado desse pastorado para Moiss e para o povo? (x 18.18).3. Que providncias ele tomou para aliviar sua carga? (Dt 1.13-15; x 18.21-22).4. Qual era a responsabilidade dos lderes escolhidos por Moiss? (Dt 1.16-18).

    II O GRUPO FAMILIAR GERA NOVOS LDERES

    Os grupos ajudam a formar e descobrir lderes que, certamente, no teriamoportunidade num grupo maior. Os grupos possibilitam e requerem o crescimentoda liderana. Este crescimento possui dois aspectos:

    1. Interno. Desenvolve as habilidades de um lder, dentro do seu grupo.

    2. Externo. Aumenta o nmero de lderes preparados para assumir novos grupos.

    As reunies dos grupos familiares tm uma estrutura simples que possibilita amaioria dos crentes, no recm-convertidos, a dirigir uma reunio.

    III O GRUPO FAMILIAR GERA ENSINO PRTICO

    Jesus ordenou: ...faam discpulos... ensinando-os a obedecer a tudo o que eulhes ordenei (Mt 28.19-20). Nas grandes reunies a Bblia generalizada; naspequenas particularizada. O ensino passa a ser mais eficaz e a prtica facilitada. Reunir poucas pessoas e colocar a Bblia em suas mos, gera o ambientee a ocasio para que todos contribuam com seus conhecimentos e testemunhos, ecompartilhem suas dvidas. A Palavra de Deus aplicada a situaes especficas.

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    No desenvolvimento dos grupos familiares, fazemos da Bblia a pedra fundamentaldo ministrio. Duas coisas so importantes: a Palavra tem de ser a base doensinamento, e este ensino deve ser feito de maneira informal. Precisamos trazerestudos simples da Bblia que se apliquem realidade das pessoas, que sejamprticos e aumentem o desejo de obedecer a Deus. Tais estudos no devemsomente chamar-nos obedincia, mas mostrar-nos como obedecer.

    IV - O GRUPO FAMILIAR GERA MOBILIZAO

    So multiplicadas as oportunidades para servio e operao de Deus. Cria-se umvnculo de compromisso e ajuda mtua.

    Ao invs de uma reunio, um dirigente, um pblico, voc multiplica isso vriasvezes.

    O grupo familiar ajuda a Igreja a estar atenta para o que est acontecendo suavolta. A Igreja no fica alienada s realidades do seu bairro ou cidade.

    V O GRUPO FAMILIAR GERA MEMBROS RESPONSVEIS

    Cada crente torna-se um missionrio e cada lar uma agncia missionria. Oscristos passam a participar de outras atividades de suas comunidades.

    Com o grupo familiar, as pessoas se sentem mais responsveis com a Igreja e coma Obra do Senhor, pois elas se sentem teis e valorizadas naquilo que fazem.Depois que implantamos grupos familiares em nossa igreja, podemos testemunharque isso verdade.

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    10O CRESCIMENTO QUANTITATIVO

    DOS GRUPOS FAMILIARES

    Grupos familiares trazem crescimento numrico. Podemos atestar, pela nossaexperincia, que o crescimento da igreja seguir na proporo do crescimento dosgrupos familiares.

    I - O GRUPO FAMILIAR GERA EVANGELIZAO VIA RELACIONAMENTOS

    Os grupos familiares tm como um de seus principais objetivos a evangelizao.Cada crente torna-se um missionrio e cada lar uma agncia missionria! A

    evangelizao mais completa e concreta atravs de relacionamentos pessoais. Agrande maioria das pessoas evangelizadas no fica na igreja, a no ser queencontrem amigos.

    Os grupos familiares funcionam como ponte de ligao entre o indivduo e a igreja.Muitas pessoas que no aceitariam um convite para ir igreja, estariam bem maisabertas a um convite para ir casa do vizinho ou amigo. Uma reunio de grupofamiliar no exige o mesmo grau de compromisso que um culto na igreja. O lar, porter um ambiente familiar e mais descontrado, oferece boas condies para seapresentar as Boas Novas de Cristo. A resistncia ao evangelho bem menor.Assim podemos despertar-lhes o interesse e a f. A igreja precisa de alguma formasalvar alguns (1 Co 9.19-22).

    No grupo familiar cada membro ter as seguintes responsabilidades:

    1. Aproximar-se dos no-crentes tipo A (Abertas ao evangelho);

    2. Alistar trs que so frutos maduros;

    3. Desenvolver amizade e interceder pela sua salvao;

    4. No momento certo, explicar o plano da salvao e lev-lo a uma deciso;

    5. Integr-lo no grupo e fazer o acompanhamento pessoal.

    II O GRUPO FAMILIAR GERA NOVOS CAMPOS

    medida que novos grupos vo surgindo, novas bases so estabelecidas para aevangelizao nos bairros. Esses grupos facilitam o crescimento da igreja.

    Novas igrejas nascem naturalmente a partir destes grupos. A maioria dasdenominaes estabelece novas igrejas atravs da criao de pontos de pregao edepois congregaes. Os grupos familiares oferecem vrias vantagens:

    1. O trabalho surge baseado em relacionamentos e amizades.

    2. A nova igreja surge naturalmente atravs da multiplicao de grupos familiares.

    3. A nova igreja j nasce com bons lderes ligados ao bairro.

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    III - O GRUPO FAMILIAR GERA INTEGRAO

    No grupo familiar fica mais fcil integrar e acompanhar os novos decididos. preciso que os lderes estejam atentos s pessoas que se decidem na igreja, ou quechegam para morar nas proximidades, pois devero integr-las o mais rpidopossvel nos grupos. Novos decididos dificilmente se integraro igreja, a no ser

    atravs de um grupo pequeno. Poucas pessoas permanecem na igreja se nodesenvolvem pelo menos trs amizades. Num grupo pequeno este desenvolvimento mais fcil. As pessoas sentem apoio, encorajamento pessoal, e amor tangvel emseus primeiros passos de vida crist.

    Algum mostrou que para uma pessoa ficar na igreja precisa de trs coisas:

    1. Precisa de, no mnimo, trs amigos,2. Precisa de um grupo pequeno para se relacionar,3. Precisa se sentir til.

    Os grupos familiares podem fornecer estes trs elementos.

    IV O GRUPO FAMILIAR GERA VISITANTE NA IGREJA

    Com base nos grupos familiares pode haver sempre um crescente nmero devisitantes nos demais trabalhos da igreja.

    EXERCCIO

    1. Aliste trs no-crentes tipo A que faam parte de seu relacionamento e ore.

    2. O que voc pretende fazer para se aproximar e evangelizar essas pessoas?

    3. Quem voc pode adotar para integr-lo na igreja?

    4. Quem voc pode convidar para o prximo culto?

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    11COMO COMEAR GRUPOS FAMILIARES?

    I - CONSEGUIR O APOIO DOS LDERES PRINCIPAIS DA IGREJA

    Como j indicado, importante que o pastor encabece a viso de grupos familiaresna igreja. Se ele delegar para algum, ainda assim deve apresentar a viso para aliderana e oferecer treinamento.

    II - DESENVOLVER UM SENTIDO DE EQUIPE NOS LDERES

    Para criar o sentido de equipe entre os lderes, importante fazer um treinamento.Este Treinamento de Grupos Familiares, um excelente comeo.

    Podemos visualizar o seguinte cronograma bsico de trabalho. Este ritmo lento,mas slido, com relativamente poucos riscos.

    TREINAMENTODESENVOLVENDO

    SENTIDODE EQUIPE

    PRIMEIROGRUPO PILOTO

    PRIMEIRAMULTIPLICAO

    Oito semanas Oito semanas Oito semanas Oito semanasUsando estecontedo,

    convide a todos quedesejarem, fechando

    o grupo depois

    Grupo fechado de 5a 8 pessoas

    preparando paraabrir o grupo piloto

    Primeiro grupofamiliar com o pastor

    e sua equipede liderana.Grupo aberto

    Surgem dois ou trsnovos grupos

    liderados pela equipeem treinamento

    Quando a equipe do pastor sair de seu grupo, este ter que preparar outra equipede liderana, se no quiser fechar seu grupo familiar. Ao final de dois meses,passar seu grupo familiar para essa equipe se sentir que est pronta. Ele no ficalivre de ter um grupo familiar e pode comear a supervisionar melhor todos osgrupos, tendo mais tempo para visit-los. O pastor no deve ficar liderando umgrupo familiar a longo prazo. O trabalho do pastor preparar os santos, no fazer otrabalho do ministrio (Ef 4.11-12).

    O grupo deve definir detalhes administrativos. Deve pensar no grupo alvo, a casada reunio, data e horrio, convites, material de estudo a ser adoptado, escrevernomes de pessoas a serem alcanadas para serem colocadas em orao, deve oraruns pelos outros dentro da equipe.

    Tudo isso deve ser feito com antecedncia, visando a qualidade da reunio. O velhoditado certeiro: A primeira impresso a que fica.

    Portanto, vale todo esforo e pacincia para comear bem os grupos.

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    12COMO FUNCIONAM OS

    GRUPOS FAMILIARES?Para que os grupos familiares tenham xito preciso seguir certas diretrizes. Ocrescimento da igreja e a evangelizao no so resultados automticos. Muitasigrejas tm tentado e falhado porque no deram ateno a certos princpiosbsicos (Paul Yonggi Cho).

    Precisamos entender certas verdades sobre os grupos familiares, pois, casocontrrio, poderemos gerar uma torre de Babel e colocar tudo a perder.

    I - COMPOSIO DOS GRUPOS

    1. Os membros do grupo familiar so membros da igreja. Alm da indicao,pode se usar o critrio da vizinhana, regio geogrfica, amizade e afinidade. Nosgrupos familiares sempre existiro pessoas cujo comparecimento ser muitoespordico. Mesmo assim, seriam considerados como membros do grupo. Estepoderia ser o caso de um idoso ou enfermo, de algum que more longe, ou queestude ou trabalhe no horrio das reunies. Algum da equipe de liderana devermanter comunicao com esta pessoa, de forma que haja uma ligao pessoal euma cobertura pastoral.

    2. O grupo aberto a todos. Todos que tiverem interesse podem participar semcompromisso: no crentes, crianas, adolescentes, idosos, analfabetos. Com opassar do tempo, algumas visitas assumiro um compromisso, possivelmente, toseriamente quanto os membros da igreja.

    Vrias vezes durante o ano bom que se tenha um evento maior a fim de reunirtodos os participantes dos grupos familiares para uma celebrao, actividade socialou passeio. Este pode ser um passo importante para integrar-se na vida da igreja.Desta forma, as pessoas que estiverem se comprometendo com os gruposfamiliares, recebero uma viso da igreja e no apenas do grupo familiar.

    3. O grupo deve ter no mnimo quatro e no mximo quinze pessoas. Apsatingir o nmero de quinze pessoas, ser multiplicado. O pastor pode limitar otamanho do grupo por dois motivos: um grupo muito pequeno facilmentedesanima; um grupo muito grande facilmente se acomoda.

    II - FUNCIONAMENTO DOS GRUPOS

    1. O grupo tem uma reunio semanal de setenta minutos. Reuniesdemoradas podem espantar pessoas no convertidas. Os mais interessados podemcontinuar conversando depois do encerramento; isto gera um clima dedescontrao e facilita a comunho. Se o alvo no for evangelstico, pode-seestender a reunio a uma hora e meia.

    2. A reunio simples. A reunio tem normalmente trs partes:20 minutos para o louvor, usando uma folha de cnticos,30 minutos para estudo bblico e,

    20 minutos para compartilhar e orar.

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    3. Um grupo familiar informal e mantm um ambiente informal. Nessesentido muito diferente de um culto no lar, que leva o culto tradicional da igrejapara uma casa. O grupo familiar baseado na famlia, no no culto ou igreja, e nopossui muitas das funes do culto. Em geral as pessoas devem sentar-se emcrculo, de forma que todos se vejam.

    importante que todos se conheam pelos nomes, que devem ser repetidos cadavez que houver uma nova visita, se o grupo no for muito grande.

    4. A forma de hospedar o grupo deve ser simples. Queremos que todos sesintam vontade em ter um grupo em sua casa. Um dos principais segredos parase ter um nmero grande de visitantes mudar, com frequncia, de uma casa paraoutra na mesma vizinhana. Algumas igrejas descobriram que quando no sepermite servir nada, excepto gua no final do encontro, muito mais casas sooferecidas.

    5. Normalmente as tarefas so opcionais ou no existem. O compromisso leve mas, isto pode mudar se o grupo deixar o alvo evangelstico para tornar-se um

    grupo de crescimento espiritual. Neste caso, seria bom fazer tarefas leves.

    6. As reunies devem ser feitas em locais alternados. D preferncia s casasde visitantes. Isto s funciona dentro de um raio geogrfico limitado. Um visitanteque mora mais longe e que esteja disposto, pode abrir sua casa para ser a base deum novo grupo familiar, atravs de seu convite a amigos e vizinhos.

    7. A equipe deve ter alvos de crescimento. Isto acontece atravs de crculos deamizade e parentesco. Envolva o grupo e valorize sua participao nestes alvos.Cumprindo-se o primeiro alvo, ento pode-se passar para um novo alvo e assimpor diante, at que atinja um nmero suficiente para dividi-lo.

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    13QUAL O PERFIL DOS LDERES

    DE GRUPOS FAMILIARES?Pelo menos cinquenta por cento de seu sucesso depende da seleco.

    Aqui pretendemos dar as orientaes para poder fazer uma boa seleco.Normalmente voc deve escolher pessoas que conhece bem, pessoas que vocsabe que sero no apenas bons lderes de grupos familiares, mas tambm bonstreinadores de futuros lderes. Ele deve ser modelo para o seu rebanho.

    I - PRECISA SER COMPROMETIDO, TENDO FOME DE DEUS

    uma pessoa consagrada a Deus e aos seus propsitos. Procura o Reino de Deusacima de todas as outras coisas (Mt. 6:33). Entende que os grupos familiares souma expresso fundamental do Reino de Deus. Sem tal compromisso dos lderes, amultiplicao dos grupos familiares ser colocada em risco.

    O compromisso do lder inclui estar em todos os encontros, dando prioridade aoconvvio e os relacionamentos. O lder entende que nenhum relacionamento seconstri sem que as pessoas envolvidas separem tempo umas para as outras.

    II PRECISA SER UM FACILITADOR DA PARTICIPAO DE OUTROS

    No algum que fala muito. No a pessoa com todas as respostas. Nodomina a conversa. Pode ter dom de ensino ou pregao, mas sabe quando nousar esses dons! Estimula a outros. Provoca reflexo.

    O papel de facilitador no muito bem conhecido na maioria de nossas igrejas.Usamos a palavra facilitador, exatamente para mostrar que o lder no precisa seruma pessoa de muita experincia na vida crist. Entre as caractersticas de umfacilitador, destacamos as seguintes:

    1. O facilitador um servo-lder. Serve por meio do exemplo e de ajuda em vez des verbalizar.

    2. O facilitador valoriza a participao dos outros. Entende que as pessoas crescemmais por meio da participao deles do que por meio de ouvir a ele. Ele

    estimula o crescimento de outros, ajudando-os a desenvolverem suas prpriascapacidades e recursos.

    3. O facilitador paciente. Pensa em termos de processo, no em termos de umevento. Ele sabe que o crescimento acarreta mudanas ao longo do tempo etem um compromisso claro com esse processo.

    4. O facilitador confia no Esprito Santo. Sabe que o Esprito Santo o agente demudana na vida dos membros. Mudanas verdadeiras e duradouras no vmpor fora, motivao exterior, ou por causa da capacidade do lder.

    Todo lder tende a ser dominador ou centralizador de poder e ateno. Se

    reconhecermos isso, podemos comear a mudar nosso estilo de liderana, pelomenos nos grupos.

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    III - PRECISA SER DISPONVEL

    No desocupado, mas disposto. V este ministrio como um chamado de Deus epode abrir mo de outras coisas para estar disponvel para Deus (Lc 9.57-62).Liderar um grupo familiar implica em tempo para o preparo de cada reunio e parao cuidado pastoral do pequeno rebanho.

    Tambm precisa de tempo para estar com seu lder (coordenador ou supervisor);que, por sua vez, deve estar investindo sua vida nele, desenvolvendo uma relaocomprometida e pessoal.

    IV - PRECISA SER FIEL

    Esta pessoa sabe que: O que se requer destes encarregados que sejam fiis (1Co 4.2). Ele cumpre o que fala, no sendo enganoso. Hoje em dia pessoas fiis,que cumprem sua palavra, no so sempre fceis de achar, mas vale a penaprocurar (2 Tm 2.2)! A fidelidade tem muitos aspectos. Destaquemos trs:

    1. O lder precisa ser leal ao pastor e igreja. Ele deve ter um claro compromissocom a assiduidade e preservao da unidade de sua igreja local.

    2. O lder precisa ser responsvel quanto s reunies da liderana. Existem lderes(incluindo pastores!) que continuam a errar e enfrentar dificuldades emalgumas reas, simplesmente por no gostarem de participar de reunies deavaliao e de administrao.

    3. O lder precisa ser responsvel quanto apresentao dos relatrios. O lderque no apresenta seus relatrios em dia est dificultando o trabalho dosupervisor e prejudicando a si mesmo e ao grupo, pois a ajuda necessriademora a chegar.

    V - PRECISA SER UM LDER

    Isto parece bvio demais. Mas, s vezes, escolhemos algum porque nossoamigo, porque tem uma posio de liderana (o que no significa,necessariamente, dizer que tem seguidores), porque muito maduro, porque estdisposto, ou por muitas outras razes. Algum pode preencher todas estasqualidades e ainda no ser lder. A prova de ser lder simples: ter seguidores!

    Os lderes devem convidar outras pessoas para integrarem sua equipe de liderana,usando os mesmos critrios indicados aqui.

    VI - PRECISA SER ENSINVEL

    Deve ser disposto a aprender, disposto a ser corrigido. Precisa ser submisso Palavra de Deus, tendo a capacidade de ouvi-lo, como tambm ouvir a voz de Seushomens. Que bno quando encontramos algum que vai alm do que pedimos(Hb 13.17). Ser ensinvel a principal de todas estas caractersticas, pois combase nisso, pode adquirir ou aprender as demais qualidades.

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    14COMO TREINAR LDERES

    PARA OS GRUPOS FAMILIARESO treinamento condio indispensvel para o xito dos grupos familiares.Podemos destacar trs modelos de treinamento para lderes de grupos: informal,semi-formal e formal.

    I - TREINAMENTO INFORMAL

    O treinamento informal efetuado atravs do exemplo. Jesus passou muito tempocom seus discpulos, dando exemplo e ensinando, na prtica, antes de envi-lospara fazer a obra em grupos de dois. A prpria palavra discpulo, traz a idia de

    seguir um exemplo. Ensinar pela demonstrao e pelas aces um mtodoantigo de treinamento de lderes, que se mostra especialmente eficaz quando setrata de grupos familiares.

    Se o lder oferecer bastante oportunidade para sua equipe exercer a liderana,podero assumir seus prprios grupos rapidamente.

    II - TREINAMENTO SEMI-FORMAL

    Este treinamento acontece nas reunies mensais com o coordenador e supervisor.Alm de receber uma orientao quanto aos estudos seguintes, o lder emformao participa das oportunidades para compartilhar experincias e avali-las

    juntamente com os outros lderes.

    Essas reunies so usadas para treinamento/orientao, conversa entre osupervisor e os lderes de seu grupo, para perguntas e respostas. Alm de receberrelatrios escritos, certamente devem ser tambm verbais.

    III - TREINAMENTO FORMAL

    Este contedo foi desenvolvido para ser a base de um treinamento formal. Ele podeser oferecido num encontro intensivo de doze horas, durante um ms ou numtreinamento de dois meses. Cada um com suas respectivas caractersticas.

    O treinamento deste seminrio pode e deve ser oferecido todos os anos, cada vez

    que haja uma nova turma de pessoas preparando-se para liderar estes grupos. Sehouver uma multiplicao prevista para o comeo do ano, o treinamento pode serfeito nos meses de outubro e novembro. Isto d tempo para que os novos lderesselecionem suas equipes de liderana e tenham tudo pronto para comear no msde fevereiro logo aps as frias do pastor e o recesso dos lderes.

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    15A ESTRUTURA DA LIDERANA

    E SEUS PAPISQuando os grupos se multiplicarem e chegarem a cinco, os melhores lderes devemser supervisores regionais, no mais lderes de grupos. Eles devem assumir aresponsabilidade de visitar de trs a cinco grupos e assegurar que os lderes dosmesmos estejam crescendo espiritualmente e produzindo frutos. O pastor, comocoordenador geral, mantm uma relao estreita com os supervisores.

    A seguir, os papis de coordenador distrital, supervisor de rea e lder de grupo.

    I - O COORDENADOR DE DISTRITO

    Um Distrito composto de at 5 reas. O coordenador distrital dever ser o pastorda igreja, pelo menos no primeiro ano. Da para frente, o pastor tem a possibilidadede passar esta liderana a outro lder experiente na rea. Especialmente nosprimeiros anos, a multiplicao de grupos traz mudanas e novos desafios. Facilitamuito se o pastor puder ficar como coordenador de distrito.

    So atribuies do coordenador distrital:

    1. Liderar e supervisionar todo o projeto em seu distrito.

    2. Liderar o encontro mensal com os supervisores de sua rea.

    3. Receber e analisar os relatrios dos supervisores de rea.

    4. Desenvolver e manter uma relao comprometida com os supervisores.

    5. Indicar ou afastar os supervisores de rea quando necessrio. Isto incluianalisar a possibilidade de abrir novas reas. Uma nova rea normalmente deveser aberta quando um supervisor tiver cinco ou mais grupos familiares. Eleindica algum para ser um novo supervisor e a rea se multiplicaria em duas.

    6. Nomear ou afastar lderes de grupos familiares segundo a recomendao dosupervisor dessa rea. O coordenador normalmente no deve nomear ouafastar algum sem o acordo do supervisor.

    7. Apresentar relatrios das atividades ao coordenador da Rede Pastoral.

    8. Coordenar o treinamento de novos lderes de grupos familiares.

    9. Organizar um retiro ou algum evento especial para os lderes dos gruposfamiliares uma ou duas vezes por ano (opcional, dependendo das outrasatividades que j tem com eles).

    II - O SUPERVISOR DE REA

    Ele exerce a superviso de uma rea, normalmente composta de trs a cinco

    grupos familiares. Ele d apoio aos lderes dos grupos, e orienta em algumadificuldade maior que o lder no consiga resolver sozinho.

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    So atribuies do lder do grupo:

    1. Dirigir as reunies de seu grupo familiar. No caso de estar fora deve indicar comantecedncia algum de sua equipe que o substituir.

    2. Facilitar a participao de todos, dando oportunidades para que todos falem na

    hora do estudo e no perodo de orao.

    3. Encorajar a comunho, assegurando que todos se conheam, dando atenoespecial s visitas, seja da vizinhana ou novas famlias da igreja.

    4. Assegurar que os novos convertidos no grupo tenham acompanhamentopessoal, que geralmente feito pelos membros da equipe de liderana, nodiretamente pelo lder para que no fique sobrecarregado.

    5. Estimular as pessoas do grupo a convidarem outras pessoas.

    6. Dar assistncia pastoral, com visitas, telefonemas, ou outra forma, a todas as

    pessoas do seu grupo. Deve priorizar sua equipe, sabendo que eles podemajudar estender a cobertura a outros, especialmente se o grupo for grande.

    7. Prestar relatrio e reunir-se com o supervisor de rea mensalmente.

    8. Desenvolver sua equipe de liderana para que venham a ser lderes do grupofamiliar, no futuro. Isto inclui pedir que liderem reunies quando ele estpresente. Desta forma o lder pode observar, avaliar e ajudar o membro daequipe a ter confiana para assumir a liderana numa ocasio em que o lderno esteja.

    IV - CO-LDER OU LDER ADJUNTO

    O lder precisa ter, no mnimo, um auxiliar. Especialmente com o crescimento dogrupo, bom que ele tenha uma equipe de duas, trs ou at quatro pessoas. Isto um preparo para o dia em que o grupo se multiplicar, podendo ter lideranasuficiente para iniciar dois (ou mais) grupos.

    So atribuies do auxiliar:

    1. Atualizar a lista de presena do grupo, fazendo isto de forma indireta para nochamar ateno nem tomar tempo no encontro.

    2. Dirigir a reunio quando ele e o lder concordam que ele est pronto. Istopoderia ser depois de observar o lder por um ou dois meses.

    3. Ajudar na convocao das famlias para eventos especiais, inclusive cuidando dacorrespondncia e telefonemas, se necessrio.

    4. Participar de todas as reunies de liderana, juntamente com o lder. Isto podeser opcional no incio, mas teria que ser regular se ele pretende ser um futurolder de grupo.

    EXERCCIO

    Por qual das funes voc se sente atrado a exercer? Justifique.

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    16COMO DIRIGIR AS REUNIES

    DE GRUPOS FAMILIARES?Nunca comece uma reunio antes de um bom tempo de orao a ss com Deus.Repasse mentalmente o que voc gostaria de fazer, mas d liberdade ao EspritoSanto para conduzir a reunio.

    Comece as reunies no horrio e termine-as dentro do prazo estabelecido. Istogera seriedade e confiana no lder e no que ele diz.

    Relaxe, mantenha o bom humor e o bom senso. No demonstre irritao, nem faacomentrios negativos quanto ao seu ou outro grupo.

    Seja entusiasmado, mostre que voc gosta do que faz. Nunca reclame oumurmure, principalmente perto de visitante. Um segredo para se estar cheio doEsprito desde o comeo do encontro procurar ter tudo pronto uma hora antespara no chegar ao encontro aflito e correndo. Lembre-se que no devemosparticipar de nenhum ministrio para o qual no temos tempo suficiente parainterceder.

    Evite criticar outras religies e seitas ou evangelizar algum fora. Isto svacina o indivduo contra o evangelho.

    Cuide para que todos se sentem em crculo, pois isto ajuda na dinmica departicipao e envolvimento geral. No se coloque de p frente do grupo; sente-se com todos no crculo.

    I - QUANTO AO LOUVOR

    1. Procure conduzir os participantes presena de Deus. Este momento precisaser profundo sem ser agressivo ou forado.

    2. No force ningum a cantar com presses do tipo: Quem no cantar far umsolo na frente de todos. Deixe o Esprito conduzir a adorao.

    3. Use a coletnea de cnticos para ajudar todos a participarem. Tenha semprecpias sobrando para dar aos visitantes.

    4. Demonstre preparo e zelo pelo grupo, escolhendo os cnticos antecipadamente.

    5. Se houver no grupo algum com dom musical ou que toque violo, poderencarregar-se desta parte.

    II - QUANTO AO ESTUDO

    1. Prepare bem o estudo para evitar no grupo posies sem base bblica.

    2. Use boas perguntas. Lembre-se: as pessoas s aprendem quando elasmesmas tomam parte activa do processo de ensino. No fale sozinho. Coloque

    uma pergunta e deixe as pessoas darem suas opinies. Algumas dicas quantos perguntas incluem:

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    Evite perguntas cujas respostas sejam sim ou no. Nunca fale sozinho ou faa um sermo. Seja cuidadoso ao dirigir perguntas s pessoas tmidas ou aos visitantes. Evite palavras difceis ou chaves evanglicos.

    3. Distribua cpias do estudo para os visitantes.

    4. Procure usar apenas uma verso da Bblia.

    5. Permita liberdade de expresso para que cada um exponha sua opinio,porm, mantenha em vista o objectivo da reunio e do estudo.

    6. No se sinta obrigado a dar respostas s perguntas levantadas. No sepreocupe com perguntas difceis que surgirem. Se as perguntas esto dentro dotema, pea para o grupo responder. Se no esto conseguindo, pea para quetodos pesquisem durante a semana para procurar trazer uma resposta noprximo encontro. Isto dar tempo para voc fazer o mesmo.

    7. No final, faa um pequeno resumo, recordando o que foi estudado. Istoajuda a fixar e ver se todos compreenderam o que ouviram. Se puderreconhecer as pessoas que fizeram os comentrios que est resumindo, comcerteza gostaro muito!

    III - QUANTO ORAO

    1. O grupo pode ter um caderno para anotar os pedidos de orao. Estimule aspessoas a orarem em casa pelos assuntos listados. Pea para algum anotar ospedidos e as respostas com as datas.

    2. Pea que indiquem respostas de oraes ou bnos da ltima semana.

    3. Pea que o grupo compartilhe pedidos de orao. Pea que as pessoas ao ladode quem formular um pedido, orem durante a semana.

    4. Veja se a situao favorece um momento de orao com imposio de mos dogrupo sobre uma pessoa necessitada. Se o grupo for evangelstico e tiver no-crentes presentes, deve-se ter sensibilidade para no causar constrangimento.

    5. Valorize o tempo de orao. Cuidado para no gastar todo o tempo da reuniocom as primeiras partes. Se a durao da reunio for de uma hora, procurereservar pelo menos vinte minutos para esta parte.

    6. Divida as pessoas em grupos menores, caso estejam em grande nmero, ou otempo esteja curto. Podem ser grupos de aproximadamente quatro. Menos queisto, pode deixar um visitante ou algum mais tmido constrangido.

    Se algum no se ofereceu durante o encontro, e se o grupo estiver mudando decasa em casa para cada reunio, aps o tempo de orao, pergunte quem gostariade ter um encontro em sua casa na prxima semana. Se seu alvo evangelstico,d preferncia s visitas e no crentes se eles moram na vizinhana.

    Estimule os membros do grupo a fazerem amizade com os vizinhos e, convid-lospara as reunies do grupo. Todos devero trazer visitantes para a reunio. Valorizeo que acontece depois da reunio e durante a semana, quando as pessoas sevisitam, servem umas s outras e encorajam-se mutuamente. Valorize isto eestimule esse compartilhar fora das reunies normais. Isto dar uma intensidademuito maior na comunho e fortalecer tremendamente seu grupo familiar.

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    17PRINCPIOS CHAVES PARA

    OS GRUPOS FAMILIARESI - REUNIO SIMPLES E OBJECTIVA

    1. A linguagem deve ser fcil, com todos sentados em crculo.2. No cansar o visitante.3. Qualquer pessoa pode liderar a reunio (tendo participado de um grupo).4. No perder tempo com outros assuntos.

    II - ASSUNTOS RELEVANTES E ATRAENTES PARA OS NO-CRENTES

    1. Quais seriam estes assuntos? Assuntos prticos. Assuntos de interesse para o incrdulo.

    2. Qual o formato dos estudos? Linguagem clara (sem chaves). Perguntas objectivas e que permitam participao.

    3. Qual o papel do lder? Levantar as perguntas e no respond-las. Facilitar a participao de todos.

    III DESENVOLVER SENTIDO DE EQUIPE

    Durante dois meses o grupo deve funcionar apenas com os membros. Isto ajuda dediversas maneiras:

    1. O ncleo assume um compromisso quanto s reunies.2. Resolve qualquer problema antes de ter no-crentes presentes.3. Define sua viso e se compromete com a misso do grupo.4. O ncleo aprende o valor de trabalhar em equipe.5. O ncleo aprende como convidar e recepcionar bem os visitantes.

    IV - TER UM PROCESSO CLARO DE MULTIPLICAO

    1. Os grupos devero ter no mnimo 4 e no mximo 15 pessoas adultas.2. Chegando a 16 pessoas, dividiremos o grupo em dois.3. Qual o valor da multiplicao? Mantm o grupo dentro da viso evangelstica. Gera novos lderes. Gera nova rea de influncia.

    V - MANTER SEMPRE A NFASE EVANGELSTICA

    1. Nosso alvo no ter muitos crentes, mas incrdulos, sendo alcanados.2. Mantenha sempre uma cadeira vazia e ore por algum. Quem poderia sentar-se naquela cadeira na prxima semana?

    Quando ocupada, coloca-se outra para a prxima semana.

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    3. Mantenha o rodzio das casas. D sempre prioridade para as casas dos no-crentes. Pea s pessoas para se esforarem para levar os vizinhos.

    VI - PROCURAR ENVOLVER O MAIOR NMERO POSSVEL DE PESSOAS

    1. Procure delegar pequenas tarefas para as pessoas sentirem-se teis.2. Algumas tarefas podem ser: Ficar responsvel pelo louvor da prxima semana. Ficar responsvel pelo caderno de orao. Ficar responsvel por convidar algum. Ficar responsvel por providenciar a prxima casa. Ficar responsvel por visitar algum faltoso. Ficar responsvel pelo perodo de estudo. Ficar responsvel por confeccionar convites. Ficar responsvel por chegar mais cedo e arrumar a sala.

    3. Qual o valor de tais tarefas?

    VII - PARTICIPAR DO ENCONTRO MENSAL PARA EQUIPAR/AVALIAR/ORAR

    1. Os lderes precisam prestar contas do trabalho que esto realizando.2. Os lderes devero estar em todas as reunies de avaliao.3. Os lderes devero apresentar seus relatrios mensais.4. Estas reunies mensais sero de duas horas. Coordenador geral com coordenadores distritais. Coordenadores com supervisores de rea. Supervisores com lderes e co-lderes.

    SUGESTO DE LEITURA

    1. IMPLANTANDO GRUPOS FAMILIARES, David Kornfield & Gedimar de Arajo Editora Sepal.

    2. COMEANDO GRUPOS FAMILIARES PASTORAIS Parte 1 - David Kornfield,Editora Sepal.

    3. DESENVOLVENDO RELACIONAMENTOS COMPROMETIDOS E SAUDVEIS Parte2 - David Kornfield.

    4. CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, Joel Comiskey MinistrioIgreja em Clulas no Brasil.

    5. ALCANAR A CIDADE, Mikel Neumann Edies Vida Nova.6. KOINONIA, Ed Ren Kivitz Abba Press.7. EDIFICANDO UMA IGREJA DE GRUPOS PEQUENOS, Bill Donahue & Russ

    Robinson Editora Vida.8. GRUPOS FAMILIARES UM MODELO BRASILEIRO, Cludio Ernani Ebert, Editora

    Vida.9. A IGREJA EM CLULAS, Larry Stockstill Editora Betnia.10.OS SETE PECADOS CAPITAIS NO MINISTRIO DE GRUPOS PEQUENOS, Bill

    Donahue e Russ Robinson Editora Vida.