Turismo residencial de luxo português não escapou à...

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Quedas nas vendas e nos valores das transacções são a face mais visível deste cenário, indica relatório. Atitude de quem compra neste mercado está a mudar (Página 09) Turismo residencial de luxo português não escapou à crise Quarta-feira 23 Junho 2010 06 Porto e Algarve recebem novos projectos do Fozpalace 06 Sonae Sierra gere e comercializa em Espanha 10 Vendas no Pine Cliffs Resort com balanço positivo 09 Novos produtos da Cin no mercado Projecto CS Vintage Lisboa Hotel de portas abertas

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Quedas nas vendas e nos valores das transacções são a face mais visível deste cenário, indica relatório. Atitude de quem compra neste mercado está a mudar (Página 09)

Turismo residencial de luxo português não escapou à crise

Quarta-feira23 Junho 2010

06Porto e Algarve recebem novos projectos do Fozpalace

06Sonae Sierra gere e comercializa em Espanha

10Vendas no Pine Cliff s Resort com balanço positivo

09Novos produtos da Cin no mercado

Projecto CS Vintage Lisboa Hotel de portas abertas

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010

com a designação de “Empresa en el dia”.Em todos esses projectos o IRN esteve na sua génese,

pese embora com distintos graus de participação. Marcante no intercâmbio internacional de boas

práticas foi o encontro ocorrido no dia 8 de Junho último, no Campus de Justiça de Lisboa, entre Portugal, o Brasil e a República Dominicana.

A República Dominicana fez-se representar pelos, Ministro Andrés Vanderhorst, Director do Conselho Nacional de Competitividade; Dr. António E. Isa Conde, Ministro Assessor Industrial do Presidente da República Dominicana; Dr. António Isa Nadal, Ministro Conselheiro da Embaixada daquele país em Portugal, e pela sua Embaixadora.

Por parte do Brasil é de salientar a presença do Secretário de Estado do Comércio e Serviços, Dr. Edson Lupatini e do Presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Dr. Paulo Okomoto.

Do IRN assinaram o livro de ponto, a sua direcção e alguns conservadores com a incumbência da apresentação minuciosa e aprofundada da reforma dos registos portuguesa.

Esta Conferência contou, ainda, com a presença de Embaixadores de alguns países da América Latina e com entidades do sector público e privado de Portugal.

De referir que a Delegação Brasileira se deslocou ao nosso país na sequência da recente visita a Portugal do Presidente do Brasil, Lula da Silva o qual, não escondendo a sua surpresa e admiração pelo procedimento simplificado, mostrou interesse na importação da Empresa na Hora.

Todas as vozes unidas são poucas para recuperar a nossa economia

Empresa na hora (ENH) em África e na América Latina

A reforma dos registos levada a cabo nos últimos cinco anos, que obteve o reconhecimento do Banco Mundial – Portugal foi considerada “top reformer” no registo comercial em 2007 e no

registo predial em 2009 – está a servir de modelo e ins-piração a países da Europa, África e mais recentemente da América Latina.

Não raro, delegações oficiais de diversos países destes três continentes visitam o IRN-Instituto dos Registos e do Notariado para, “in loco”, tomarem contacto com o processo de simplificação e modernização operado na área dos registos.

Não menos frequente, o IRN é chamado a apresentar, “fora de portas”, a reforma que encetou ou mesmo a colaborar, activamente, na implementação de projectos que beberam dos nossos.

Recentemente, a convite da “IFC – International Finance Corporation”- organismo do Banco Mundial, o IRN esteve presente num seminário internacional realizado em Bogotá, Colômbia, no qual deu a conhecer ao Canadá, aos Estados Unidos da América e a vários países da América Latina tudo o que no âmbito registal se está a fazer em prol das empresas e, muito especificamente, no processo simplificado da sua constituição.

O projecto ENH – Empresa na Hora é, sem dúvida, aquele que mais curiosidade desperta e o que tem sido objecto de maior plágio.

Efectivamente, ainda que com alguns ajustamentos a ENH já está disponível em Cabo Verde, Angola e entrou em produção no Uruguai no passado dia 24 de Maio

Luís Lima

Arecente fusão da Confederação da Indústria Por-tuguesa (CIP), da Associação Empresarial de Por-tugal (AEP) e da Associação Industrial Portuguesa (AIP) numa estrutura empresarial generalista de

cúpula, merece o meu forte aplauso, desde logo como pre-sidente de uma associação – a Associação de Profissionais e Empresas da Mediação imobiliária de Portugal (APEMIP) que nasceu da fusão das duas associações de mediadores imobiliários então existentes em Portugal.

A necessidade de podermos falar a uma só voz, é sempre muito positivo, pois tem, pelo menos, a virtude de desarmadilhar aqueles que possam sonhar com a velha máxima do dividir para reinar, uma politica que, em Portugal, por vezes, dá os seus frutos embora nunca a favor da sociedade civil.

Acresce que a APEMIP, a cujos destinos presido, também integra a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), uma confederação

Em foco esteve, essencialmente, a troca de informação sobre as propostas e avanços na criação de condições favoráveis à competitividade e ao desenvolvimento económico em cada um dos países, tendo o IRN destacado as medidas de desformalização e agilização dos registos direccionadas para a redução de custos directos e de contexto das empresas e para o empreendedorismo em Portugal.

Em revista estiveram temas como a Empresa na Hora que mereceu especial destaque, Empresa Online, Sucursal na Hora, Informação Empresarial Simplificada, Soluções Integradas de Registo e Casa Pronta.

Naturalmente que a este encontro seguir-se-ão outros, de cariz bilateral, para aprofundar conhecimentos e consubstanciar formas de cooperação efectiva de boas práticas no âmbito da administração pública e, muito concretamente, na área dos Registos.

Esta Conferência foi encerrada pelo Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Dr. José Magalhães, que sublinhou a importância deste encontro e a troca de experiências para os respectivos países, o relevante contributo que a desburocratização dos registos deu à competitividade e ao empreeendedorismo em Portugal, do mesmo passo que corroborou a vontade em partilhar e cooperar na implementação de reformas que venham a ser adoptadas naqueles países que tenham por base as soluções modernas e inovatórias empreendidas nos registos em Portugal.Presidente do IRN – Instituto dos Registos e do Notariado

melhor investimento, seja público ou privado, e sempre foram determinantes, mesmo quando ignorados, para o bom desempenho da nossa Economia. Costumo associar esta nossa vocação ao eterno tema das gruas do nosso contentamento, sendo que, as gruas para a construção são um forte símbolo de uma movida empresarial forte, sem a qual não há qualquer outra movida.

E neste tempo de reconstrução de cidades, a exigir reflexões múltiplas e cruzadas, que apontam para novos paradigmas de planeamento e urbanismo, de que a reabilitação e a regeneração dos centros urbanos é apenas um caminho, neste tempo de reconstrução de cidades, esta nossa voz especializada sente que passa a contar com mais uma clara voz – a da nova CIP recentemente anunciada.

Presidente da APEMIPluí[email protected]

António Figueiredo

empresarial de cúpula, constituída por associações empresariais que possuem um ADN comum, com a força, reconhecida pelo próprio Conselho Económico e Social, (CES), que nos confere o facto de representarmos 18% do PIB, quase metade do Investimento nacional e mais de 750 mil postos de trabalho.

Como representante da fileira portuguesa da Construção e do Imobiliário, sector que só em transacções imobiliárias mediadas, responde por uma média anual superior a 15 mil milhões de euros, a CPCI só pode saudar a fusão anunciada, como uma solução que fortalece três parceiros sociais estratégicos, dando mais força à componente empresarial da economia portuguesa.

Já o disse, mas sinto dever repeti-lo, que os caminhos de quem faz a fileira da Construção e do Imobiliário sempre se cruzaram com os caminhos do

Opinião

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Público Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010 • 3

Mercados

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SIR AM Lisboa: Casas novas transaccionadas a preço 27% acima das usadas

oferta face às usadas era de 21%, com as primeiras a registarem um valor mé-dio de oferta na ordem dos 2.012€/m² e as usadas com valores médios de 1.667€/m². Refira-se que o valor médio de oferta de habitação para o total do mercado metropolitana era de 1.818/m² em 2009.

Este prémio de novos face aos usa-dos não é uniforme em todos os conce-lhos da área metropolitana de Lisboa, sendo disso exemplo os concelhos de Lisboa, Oeiras e Cascais, entre os quais este varia de forma relevante. No caso de Lisboa, o diferencial médio entre o

O SIR – Sistema de Informação Residencial para a Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) registou, em 2009, 3.669 vendas, as quais se rea-lizaram a um preço médio de 1.595€/m². Esta base de dados, que reúne e analisa informação sobre a oferta e vendas de imóveis residenciais, tota-lizava, no final de 2009, uma amostra de mais de 46 mil fogos em oferta na AM Lisboa, oriundos de 77 empresas de promoção e mediação imobiliária que actuam nesta região.

Do total de vendas efectuadas ao lon-go do ano passado, aproximadamente 46,2% (1.695 unidades) dizem respeito a fogos novos, transaccionados a um preço médio cerca de 27% acima do preço final a que se realizaram as ven-das de fogos usados, ou seja, de 1.797€/m² e 1.416€/m², respectivamente.

Também no caso dos valores de ofer-ta se verifica uma elevada diferença entre as habitações novas e as usadas. De acordo com o dados SIR AM Lisboa apurados para o ano de 2009, o prémio no valor/m² das habitações novas em

ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBIL�ÁRIA DE PORTUGALPatrocinadores:

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V/m2 1.818 € 2.012 € 1.667 €

Vend

as

Nº 3.669 1.695 1.974

P/m2 1.595 € 1.797 € 1.416 €

RVS -12,2% -10,7% -15,0%

Tx. Desconto -3,9% -2,9% -4,8%

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3 000 €

2 000 €

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FONTE SIR

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3º Quartil

Valor Médio de Oferta

Valor Médio de Venda

1º Quartil

Percentil 5ºINTELIGÊNCIA DE IMOBILIÁRIOINFORMAÇÃO SOBRE INVESTIMENTO E VENDAS, PARA PROFISSIONAIS

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valor/m² das casas novas face às usadas chega a atingir os 42% na gama mais alta e desce para os 24% na gama mais baixa de mercado. Em Oeiras, os novos superam os usados em 22% relativa-mente ao preço médio/m², existindo neste concelho uma maior homogenei-dade entre as diferentes gamas de mer-cados. Em Cascais, o diferencial entre novos e usados é menor, não chegando a superar os 12% em termos médios.

O SIR AM Lisboa destaca ainda o di-ferencial entre os valores médios da venda e os valores médios de oferta (dado pelo indicador RVS, i.e., relação preço de venda com valor do stock em oferta). No mercado metropolitano, o valor médio de venda ficou 12,2% abai-xo do valor médio da oferta, um resul-tado que nos fogos novos é de -10,7% e nos usados de -15,0%, sinalizando as diferenças entre as expectativas iniciais e finais dos proprietários que realiza-ram a venda do seu imóvel.

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Empreendimento6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010

9 de Julho de 2010, 14h30Hotel Grande Real Villa Itália (Cascais)

Turismo Residencial4 ª

EDIÇÃO

14h30 Registo dos Participantes

15h00 Abertura António Gil Machado – Director Vida Imobiliária

Sessão 1A PROMOÇÃO DE PROJECTOS – AS SOLUÇÕES ENCONTRADAS POR QUEM ESTÁ NO MERCADO

15h10 L’and Vineyards Orador: José Cunhal Sendim, L’and Resorts

15h35 Royal Óbidos Golf & Spa Resort Orador: Pedro Botelho, MSF TUR.im

16h00 Espaço de Debate Sessão Livre com questões aos membros do Painel Mediação: Nuno Constantino, Neoturis

Sessão 2A PROMOÇÃO TURÍSTICA – ESTRATÉGIAS DAS PRINCIPAIS REGIÕES DE TURISMO

16h30 Espaço de Debate Mediação: Pedro Seabra, CB Richard Ellis Mesa: Vitor Silva, Presidente, Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo António Carneiro, Presidente, Região de Turismo do Oeste Nuno Aires, Presidente, Região de Turismo do Algarve

17h00 Coffee Break

Sessão 3A MONTAGEM E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS

17h20 O Momento do Mercado Orador: Eduardo Abreu, neoturis

17h40 Diferenciar através da Arquitectura Orador: Paulo Martins Barata, Promontório

18h00 O Financiamento aos projectos Orador: Representante Banca, a anunciar

18h30 Encerramento Seguir-se-á um cocktail de encerramento da Conferência

Tabela de Preços

Assinantes Vida Imobiliária 180€Outros Participantes/Não Assinantes 230€

MAIS INFORMAÇÕES: Marta Brandão, 223 399 490 ou

[email protected]

Registe-se já!

MEDIA PARTNERS

A Vida Imobiliária e a CB Richard Ellis | neoturis apresentam a 4ª edição da Conferência Turismo Residencial, desta feita centrada na temática «O caminho a seguir em tempos de cri-se». O evento terá lugar no dia 09 de Julho de 2010, no Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, a partir das 14h30.

Nesta nova edição, a conferência debate este ano os caminhos que os players do sector podem tomar ou já tomaram para contornar o momento de crise financeira instalada a nível glo-bal; como é que os projectos vingam nesta conjuntura, como é que se promovem os principais destinos de turismo residencial em Portugal e quais as melhores soluções para a montagem e desenvolvimento de negócios, incluindo as visões da consul-toria, arquitectura e financiamento.

Em destaques estarão alguns dos mais importantes projectos de turismo residencial em arranque neste momento, como o L’And Vineyards ou o Royal Óbidos Spa & Golf Resort, além da presença dos Presidentes das regiões de turismo do Algarve, Oeste e Alentejo, para apresentar as estratégias em termos de turismo residencial.

PATROCINADORES

Pedro Farinha

CS Vintage Lisboa Hotel inclui 56 quartos

“Charmoso, discreto nas suas linhas, o hotel mantém os traços originais da arquitectura do princípio do século XX, onde continuam a marcar presença as cantarias e gradeamentos de ferro for-jado trabalhado das varandas”. É desta forma que os responsáveis do Grupo CS Hotels & Resorts falam do novo CS Vintage Lisboa Hotel, inaugurado re-centemente “numa das mais nobres zonas de Lisboa, entre a Avenida da Liberdade e o Príncipe Real”.

A nova unidade hoteleira de 5 es-trelas, que resulta da recuperação de um antigo edifício, integra 56 quartos, “com diferentes arquitecturas de in-terior”, inspirada em vários locais da capital portuguesa, nomeadamente no castelo de São Jorge, Praça da Figueira, Estuário do Tejo, Jardim Botânico ou Basílica da Estrela. O “estilo contem-porâneo de carácter vintage bem mar-cado” nos quartos acolhe as “mais mo-dernas tecnologias desde os LCD de 40’ e tecnologia HD ao acesso wireless à

O Departamento de Office Agency da Jones Lang LaSalle representou a Construlink no arrendamento das suas novas instalações na Avenida da Liberdade, junto ao teatro Tivoli. A empresa irá ocupar dois pisos com uma área total de 475 m², no Edifício Liberdade 136, propriedade da Naropa, que foi representada neste negócio pela CB Richard Ellis (CBRE), consultora que detém a comercialização do imóvel em regime de co-exclusividade. O edifício passa assim a ter uma taxa de ocupação na ordem dos 90 por cento.

Mariana Seabra, directora do Departamento de Office Agency da Jones Lang LaSalle, sublinhou que “o prime CBD de Lisboa é a localização de referência para muitas empresas que procuram prestígio e notorieda-de, características que surgem agora associados a preços mais competitivos e a uma oferta mais qualificada”.

Já Pedro Laranjeira, consultor do Departamento de Escritórios da CBRE notou que “as características técnicas do edifício, a sua forte imagem corpo-rativa e a localização prime explicam o forte sucesso da sua comercialização”.

De acordo com Pedro Paulo, CEO da

Grupo CS inaugura hotel em Lisboa de estilo vintage

Internet”, indica um comunicado do grupo promotor.

O CS Vintage Lisboa Hotel dispõe de “um confortável lobby bar, incontorná-vel para encontros na cidade” e de duas salas de reunião com capacidade má-xima até 106 pessoas. No quarto piso,

“aberto também ao público em geral”, o bar terrace Vintage “oferece uma vis-ta deslumbrante para o rio e castelo de São Jorge, enquanto se desfruta de uma refeição, ou de uma bebida de final de tarde”, adianta o mesmo documento.

O Relax Center é outra das valências desta unidade, disponibilizando uma piscina, banho turco e sauna, várias sa-las para tratamentos secos e molhados, além de um ginásio com aparelhos de musculação e cardio fitness.

De acordo com o Grupo CS, o hotel inclui ainda o Vintage Restaurante & Lounge, com entrada pela rua Barata Salgueiro n.º 55, que funcionará como restaurante, bar, snack e esplanada, es-tando a cargo da chefe Susana Venâncio (a sua abertura ao público externo ao hotel deverá acontecer em Julho).

“A cozinha tradicional portuguesa de inspiração vintage é o tema que deriva também para as refeições mais ligeiras e económicas do snack ou da esplanada. Ninguém foi esquecido pois este espaço também possui zona reservada a fuma-dores. Qualquer hora é boa neste novo espaço da cidade, onde as refeições só terminam às 2h da manhã”, acrescenta o comunicado a propósito do Vintage Restaurante & Lounge.

Jones Lang LaSalle e CB Richard Ellis colocam Construlink na Avenida da Liberdade

Construlink, “em conjunto com outras iniciativas, a nova sede da Construlink representa o forte investimento na ima-gem da empresa e no bem-estar de toda a equipa. Ficamos agora com todas as condições para proporcionar o máximo conforto aos nossos colaboradores e clientes, ao mesmo tempo que temos as bases para concretizar a estratégia de crescimento delineada para os pró-ximos anos”.

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EmpreendimentoPúblico Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010 • 7

Sonae Sierra vai comercializar e gerir novo centro comercial em Espanha

A Sonae Sierra vai comercializar e gerir o centro comercial El Tiro, na cidade espanhola de Múrcia. Este projecto é detido pelo promotor espanhol El Tiro de Múrcia.

“Este acordo reconhece a experiên-cia de mais de 20 anos da Sonae Sierra na área de comercialização e gestão de centros comerciais, fruto da especiali-zação da empresa nesta área”, subli-nhou Alberto Bravo, responsável da Sonae Sierra pela gestão de centros comerciais em Espanha.

O centro comercial El Tiro, que está actualmente em fase de construção, contará com uma Área Bruta Locável (ABL) de 72.000 m², distribuída por 150 lojas. O destaque vai para a presen-ça das lojas Hipercor e El Corte Inglés, que estão já em funcionamento desde Novembro de 2009.

Este projecto encontra-se distribu-ído por dois pisos e terá um “tenant-mix completo”, que incluirá as activi-dades de restauração e lazer, incluindo um complexo de cinema e pistas de bowling.

O El Tiro será “um impulsionador da revitalização da oferta comercial e de lazer da cidade de Múrcia com capacidade de atrair visitantes das lo-calidades envolventes à cidade, graças aos seus excelentes acessos e localiza-ção em conjunto com a qualidade e dimensão da sua oferta”, pode ler-se num comunicado enviado à impren-sa. R.P.L.

Marc Barros

Comercialização dos empreendimentos deste grupo com saldo positivo

Um empreendimento residencial de oito apartamentos de “alta qualida-de” na freguesia de Nevogilde, junto à Rua do Padrão, no Porto, e um pro-jecto situado na Quinta do Alto das Torres, em Gaia, em parceria com a autarquia de Gaia, são os novos pro-jectos a serem desenvolvidos pelo grupo Fozpalace a Norte. Este último poderá contemplar a construção de 33 moradias num terreno com 13 mil metros quadrados e elevada densi-

Fozpalace com novos projectos no Porto e Algarvedade arbórea.

Ainda no Porto, o grupo está tam-bém a promover a comercialização do condomínio Fozpalace, nos Pinhais da Foz. O empreendimento tem já 82 por cento das suas habitações coloca-das, como referiu o director comer-cial Fernando Jorge.

Mais a Sul, no Algarve, o grupo tem em carteira dois outros projectos resi-denciais, um dos quais deverá arrancar ainda este ano, sendo que o segundo, cujo início deverá ocorrer apenas em 2011, relaciona-se com a conclusão do empreendimento Portas da Rocha.

A mais recente fase, que se encon-tra em comercialização, correspon-dente ao lote 1, engloba uma área bruta de construção de 6.000 m²,

num investimento de cinco milhões de euros. Para 2011, ficará a já referi-da construção da última fase do em-preendimento, cujo projecto está em curso mas que deverá igualmente contemplar uma ABC de 6.000 m², disse Mário Correia, administrador do grupo grupo Fozpalace.

Com 48 habitações, a mais recente fase do empreendimento Portas da Rocha tem já comercializado 65 por cento das suas fracções. Este projecto representa um investimento de cerca de 37,5 milhões de euros e compre-ende 230 fracções, com tipologias entre o T1 e o T3 e 47 lojas ao lon-go dos 32.298 metros quadrados de construção.

Com um total de cinco lotes, o

projecto, situado na Praia da Rocha, destina-se ao segmento médio e alto, para um público acima dos 40 anos e para segunda habitação e arrenda-mento.

Com um valor médio de venda que ronda os 1.900 euros/m², 90 por cento das fracções comercializadas foram-no a portugueses, sobretudo

“do Centro e Sul do país”. No entan-to, segundo Mário Correia, “a oferta de novas acessibilidades aéreas entre Porto e Faro abrem portas a um mer-cado importante no Norte do país”.

Por outro lado, o arrendamen-to tem vindo a apresentar-se como uma opção eficaz na rendibilização da compra. Segundo o que Mário Correia afiançou, “existe neste momento mais procura que oferta”, estando assegu-rado aos proprietários um rendimen-to de 8 por cento/ano, disse.

E, apesar de “concentrados na co-mercialização” do imóvel correspon-dente ao lote 1, o grupo deverá arran-car mais cedo, ainda em 2010, com outro projecto no Algarve, cujos con-tornos não foram especificados.

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ActualidadePúblico Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010 • 9

Rui Pedro Lopes

Relatório dá conta de quedas nas vendas e nos valores das transacções. Atitude de quem compra neste mercado está a mudar

O mercado do turismo residencial de luxo em Portugal não foi imune à cri-se e acabou por seguir a tendência de queda verificada noutros segmentos do imobiliário. Ainda assim, e de acordo, com o relatório anual «Portugal: The Luxury Residential Tourism Market 2010», o nosso país ficou abaixo das descidas registadas nos seus mercados concorrentes, nomeadamente no Sul a Europa, encontrando-se, deste modo, “bem posicionado quando a retoma ocorrer”.

Segundo Nelson Rêgo, managing director da Prime Yield em Portugal, uma das autoras do estudo conjun-tamente com a International Realty Group (IRG), “a taxa de desemprego, a crise financeira internacional e as políticas restritivas de financiamento e aquisição, tiveram um impacto di-recto no sector imobiliário, afectan-do igualmente o mercado do turismo

Crise condicionou turismo residencial de luxo em Portugal residencial de luxo, nomeadamente ao nível do fluxo de vendas em em-preendimentos e também nos valores das transacções de apartamentos em resorts turísticos, as quais baixaram, em média, cinco e sete por cento, no Sotavento Algarvio e na Costa de Prata, respectivamente”.

Ole Jespersen, proprietário e mana-ging director da IRG, afina pelo mesmo diapasão, notando que “a quarta edi-ção do nosso relatório sobre o merca-do do turismo residencial de luxo em Portugal demonstra, em termos glo-bais, um ligeiro decréscimo nos preços por m², apesar de nos chamados hot spots, como, por exemplo, em alguns conhecidos e conceituados resorts, os preços terem subido ou mantido es-táveis. Isto confirma que em Portugal não se verificou um choque tão forte como em alguns mercados concor-rentes do Sul da Europa” e que o país “encontra-se bem posicionado quando a retoma ocorrer”. Nelson Rêgo acres-centa: “Este mercado é claramente mais resistente do que outros porque se encontra menos exposto aos perigos destes tempos economicamente instá-veis, devido às características naturais e vantagens competitivas do país”.

Entre as conclusões do relatório agora divulgado, estes dois responsá-veis destacam, em matéria de resorts

turísticos, a região Estoril/Cascais, on-de os lotes e terrenos alcançaram um valor máximo de 1.766 euros/m². Já nas moradias isoladas, confirmou-se “uma uniformidade de valores médios nas áreas do Sotavento, Barlavento e em Vilamoura”, enquanto no Triângulo Dourado (Quinta do Lago, Vale do Lobo e Almancil no município de Loulé) as tipologias V4 e V5 ultrapas-saram a fasquia dos 3.000.000 euros, o que corresponde aproximadamente a um preço de 5.200 euros/m².

As moradias geminadas ou em ban-da apresentaram também uma “unifor-

midade no valor médio de referência praticado, na ordem dos 2.850 euros, em todas as áreas geográficas investiga-das”, conclui o relatório, que adianta, por seu lado, terem os apartamentos sofrido uma “ligeira baixa de 1,5 por cento, comparativamente aos 3.537 eu-ros/m² atingidos em 2008, com a excep-ção da região do Triângulo Dourado, onde os preços médios se mantiveram estáveis acima de 5.100 euros/m²”.

Já nos condomínios turísticos, foi revelado que os lotes e terrenos, na região Estoril/Cascais, alcançaram um valor máximo de 1.600 euros/m²,

enquanto as moradias isoladas assina-laram um “preço consolidado de mer-cado de cerca de 3.369 euros/m², com excepção da área Estoril/Cascais, onde se confirma que as tipologias V4 al-cançam valores que excedem os 4.500 euros/m²”. As moradias geminadas ou em banda verificam “um valor médio de referência da ordem dos 3.000 eu-ros/m²”, ao passo que “os preços dos apartamentos se mantém acima dos 3.540 euros/m², embora no Triângulo Dourado/Algarve as transacções de T2 possam ser efectuadas acima dos 5.500 euros/m²”.

“Estilo de vida”Um dado interessante já focado por vá-rios analistas e que este relatório veio confirmar foi a mudança na atitude de quem compra neste mercado. Ole Jespersen precisou que “o principal foco dos nossos clientes mudou nos últimos dois anos. O cliente não está só a comprar uma propriedade de luxo, mas também um estilo de vida. Um es-tilo de vida com sol, mar e areais, mas também com segurança e estabilidade, perto de equipamentos de saúde, fácil acesso a aeroportos internacionais, áreas comerciais, restaurantes, cam-pos de golfe e outros equipamentos para a prática desportiva. Portugal oferece tudo isto”.

Worx vai gerir Edifício Bloom

A Cin lançou recentemente dois novos produtos da gama Woodtec, o Movidur Classic Mate e o Marítimo Classic. As novidades vêm completar esta gama, que oferece “um conjunto de soluções para a protecção e decoração da ma-deira”, indicam os responsáveis desta marca de tintas.

Desde logo, o novo Movidur Classic Mate é “um produto único no mercado que se destaca pelas suas excelentes características de resistência, secagem e dureza, sendo fácil de aplicar”. Além disso, é “amigo do ambiente, graças à formulação que cumpre com os limites de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) estabelecidos pela Directiva 2004/42/

CE para 2010”, pode ler-se num comu-nicado da Cin.

Além do acabamento mate, o Movidur Classic está disponível em bri-lhante e acetinado e pode ser adquirido nas capacidades de 0,75l e 4l.

Já o Marítimo Classic apresenta-se como “um verniz sintético formador de película com elevada durabilidade em exterior, resistente à radiação ultra-violeta, que protege a madeira contra humidades e intempéries e que cum-pre com os limites de COV para 2010”, acrescenta o mesmo documento.

Este produto está disponível para encomenda em incolor, natural e cas-tanho, nas capacidades de 0,75l e 4l.

A Worx foi a consultora imobiliá-ria seleccionada para fazer a ges-tão do Edifício Bloom, propriedade da Campolide XXI, participada da Scoha.

Situado na zona de Campolide, em Lisboa, este projecto resulta de “um planeamento racional, dirigido para a gestão da produtividade através da atribuição de condições de trabalho únicas. Desde a localização, acessos privilegiados e rede de transportes pú-blicos, até às estruturas de apoio, quali-dade de construção e classificação A na certificação energética, tudo foi desen-volvido com o intuito de criar um espa-ço de trabalho confortável e sustentá-vel”, revela um comunicado da Worx.

Entre as características do Edifício Bloom, a consultora destaca a “facha-da ondulada com lâminas de sombre-amento que reduzem a exposição di-

recta da luz solar, os painéis solares na cobertura para aquecimento das águas, os painéis fotovoltaicos para redução do consumo de energia, a cobertura ajardinada impermeabilizada, os esto-res eléctricos, o ar condicionado por indução, o quadro de gestão técnica – unidade inteligente do edifício que gere e optimiza os consumos energéticos e sistemas de seguranças –, os sistema de detecção e combate de incêndios e de controlo de acessos e a segurança 24 horas”.

Este projecto, que é comercializado em regime de co-exclusividade pela Worx e pela Abacus Savills, disponibi-liza 4.665 m² de área destinada a espa-ços de escritórios (460 m² por fracção e 932 m² por piso), 1.235 m² de zona comercial, com áreas disponíveis a par-tir dos 188 m², e ainda 146 lugares de estacionamento. P.F.

Cin lança dois novos produtos

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Actualidade10 • Público Imobiliário • Quarta-feira 23 Junho 2010

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Carlos Leal, director-geral da United Investments Portugal (UIP), fez balanço do Pine Cliffs Resort e falou do novo projecto previsto para a zona de Loulé

PÚBLICO Imobiliário – Como é que tem corrido a comercialização dos vários empreendimentos incluídos no Pine Cliffs Resort? A crise condi-cionou as vendas?Carlos Leal – Obviamente que 2009 foi um ano difícil. O Pine Cliffs não foi imune às circunstâncias globais e hou-ve uma queda em termos de volume de vendas relativamente ao ano anterior. Penso que foi uma queda controlada, ou seja, não entrámos em pânico, nem recorremos à desvalorização de preços ou a acções de marketing despropor-cionais. Optámos, isso sim, por tentar procurar novos mercados e maneiras diferentes de posicionar o nosso pro-duto, tentando acrescentar valor o mais possível. Qual é a percentagem da componen-te imobiliária que está já comercia-lizada nos três empreendimentos disponíveis?Na parte dos The Terraces, temos apro-ximadamente 50 por cento das unida-des colocadas. No Pine Cliff Residences, só temos 18 unidades para vender. E das villas restam apenas três para venda.São valores que estavam dentro das vossas expectativas?Considerando a conjuntura económica,

“Queremos continuar a manter o Pine Cliffs como um dos melhores resorts em Portugal”

penso que são valores dentro do que se esperava, apesar de não serem as nos-sas expectativas iniciais. Além disso, va-mos avançar para o desenvolvimento de uma nova fase no Pine Cliffs que, caso a crise não tivesse surgido, já estaria em andamento.E que fase é essa?Teremos duas componentes: a hotelei-ra, que diz respeito à extensão do ho-tel, e a imobiliária, que compreende 57 apartamentos que complementarão a oferta já existente no nosso aldeamento turístico. No caso do hotel, a construção da extensão já se iniciou e irá continuar no Inverno deste ano, sendo que espe-ramos ter tudo concluído em Junho de 2013. A razão do hotel estar a demorar tanto tempo fica a dever-se ao facto de estarmos a fazer tudo por fases, de mo-do a não afectar a parte do hotel que se encontra já em funcionamento. E quanto à componente residen-cial?Esperamos tê-la concluída, mais ou me-nos, pela mesma altura. A comercialização destes aparta-mentos está prevista para quando?Provavelmente, a comercialização irá avançar quando a construção estiver a decorrer. Referiu recentemente, a propósito da comercialização dos empreendi-mentos do Pine Cliffs Resort, que o perfil do comprador estava a mudar. Quem compra hoje neste projecto?Como sabemos, até 2008, havia um mercado irlandês e inglês que estava a comprar em força, muito do qual era especulação. Tínhamos irlandeses que vinham e compravam cinco, seis aparta-mentos e depois, ainda antes de fazerem a escritura, vendiam os imóveis e faziam

mais-valias. Hoje em dia, as pessoas que compram fazem-no essencialmente por razões de ordem emocional e não tanto por razões de ordem financeira ou de investimento. É claro que há sempre uma componente de investimento as-sociada, mas quem compra hoje no Pine Cliffs fá-lo por razões emocionais. Vão ao projecto, gostam e encontram tudo aquilo que acham que uma habitação como esta deve ter.Em termos de nacionalidades, quem é que procura mais o Pine Cliffs?É um misto. Continua, obviamente, a haver uma componente internacional muito forte. Temos ingleses, alemães, polacos, holandeses e portugueses. Estes últimos surpreenderam-me, até porque não esperávamos que houves-sem tantas vendas a portugueses, o que aliás é sempre um motivo de grande sa-tisfação.Como é que surge a procura dos mer-cados alemão e polaco? Há quem defenda que são mercados de di-

fícil penetração e complicados de trabalhar?Tem sido uma aposta nossa encontrar novos mercados para este projecto, e os alemães e polacos surgem na sequência dessa estratégia. Mas posso dizer que o mercado alemão é muito difícil; as exi-gências de um alemão não são as mes-mas de um inglês. O alemão procura ar-quitectura contemporânea e talvez por isso a grande maioria tenha comprado casa no empreendimento The Terraces, que apresenta uma arquitectura nessa linha. São compradores muito metódi-cos, gostam de linhas direitas e de ver marcas. Por exemplo, uma cliente alemã que tivemos trouxe um arquitecto de Munique para ver a casa e fazer-lhe um relatório do imóvel que ela pretendia comprar. Já referiu que com a crise se viram obrigados a mudar a estratégia de comercialização. O que mudou na vossa forma de trabalhar?Antigamente, os clientes que nos procu-ravam entravam nas nossas instalações, diziam que queriam comprar, deixavam um sinal e, em seguida, tratavam de to-das as questões burocráticas. Hoje em dia isso já não sucede e temos de dar muito mais atenção ao cliente, oferecen-do-lhe um serviço completo e integrado. Actualmente, os nossos vendedores aju-dam o cliente em todas as fases do pro-cesso, desde abrir uma conta bancária, a procurar os serviços de um advogado ou a tratar de todas as questões decisi-vas para o bom funcionamento da sua residência (gás, electricidade, Internet, telefone, serviços para limpeza da casa). Estamos a funcionar quase como uma one-stop shop: o cliente compra e nós tratamos de tudo.

Qual é, neste momento, o ponto de situação relativamente ao projecto imobiliário que têm previsto para Loulé?É um projecto que terá um campo de golfe de 18 buracos, um Destination Health Spa, um hotel e componente residencial. Estamos neste momento a formalizar o masterplan e o conceito e, em breve, esperamos anunciar publi-camente o conceito e o modelo que lhe estará subjacente. Será um projecto semelhante ao Pine Cliffs Resort?Não. Cada projecto tem que ter a sua própria identidade. Tudo tem a ver com o mercado que pretendemos atrair, com a sua localização, o seu business plan-ning, as expectativas de retorno... Quando é que este novo projecto po-derá começar a ser construído?Eu desisti de avançar com datas. Nós comprámos o terreno com cerca de 400 hectares em 2002, concebemos todo o projecto e ainda estamos a aguardar que o masterplan seja aprovado. Qual é o seu desejo para o futuro re-lativamente ao Pine Cliffs Resort?Gostava que o Pine Cliffs Resort fosse para o Algarve aquilo que o hotel George V é para Paris. Não há ninguém que vá a Paris e não saiba o que é o George V ou tenha ouvido falar dele. Não estou a fazer nenhuma comparação, mas ape-nas a expressar aquilo que é um desejo. Além disso, a nossa expectativa é conti-nuar a manter o Pine Cliffs como um dos melhores resorts em Portugal, e isso não será fácil! Mas este é um projecto com muita qualidade e que todos os que nos visitam, sobretudo no hotel, reconhe-cem. Será um desafio e só esperamos estar à altura dele.

Numa entrevista recente defendeu, sobretudo ao nível do turismo resi-dencial, que “era necessária uma inovação de produto”. Como é que podemos inovar a este nível?Uma das questões que devemos me-lhorar é o facto de termos uma atitude fragmentada e isto aplica-se tanto ao turismo residencial como a todo o turis-mo em geral. Temos de compreender que juntos conseguimos mais e melhor do que quando estamos sozinhos. E eu acho que Portugal tem todos os ingre-dientes para ser um dos melhores des-tinos turísticos do mundo. Só que, por algum motivo, descortino alguma difi-culdade em ver uma acção concertada e coordenada entre todos. Em primeiro lugar, temos de promover Portugal co-mo um destino e dentro desse destino temos uma infinita lista de serviços e experiências que podemos dar, desde o Algarve ao Alentejo, passando pelo Douro e por outras zonas do nosso pa-ís. Mas o destino deveria ser Portugal, e depois, atraindo o cliente, seja ele de turismo residencial, enoturismo ou tu-rismo hoteleiro, para cada uma das nos-sas regiões. Por exemplo, um cliente que venha ao nosso hotel e tenha uma

experiência única e inesquecível, vai com certeza voltar. Até pode não ser ao nosso hotel, mas vai voltar de cer-teza e, se continuar a ter experiências inesquecíveis, até é capaz de comprar um apartamento ou uma moradia em Portugal. No fundo, o importante é trazê-lo cá. Ou seja, o problema é sobretudo a falta de uma visão de conjunto?Sem dúvida. Por exemplo, hotéis de uma mesma região competem, por ve-zes, de uma forma negativa para todos. Eu não tenho medo da competição, a concorrência é muito saudável, mas tem de ser uma concorrência positiva e, por vezes, certas atitudes tomadas, mesmo a nível regional e local entre

concorrentes, contribuem negativa-mente para o negócio de todos. Está a falar daquela questão, que recentemente denunciou, de que existiam hotéis de cinco estrelas que alugavam quartos pelo preço de um hotel de três estrelas?Eu não denunciei, simplesmente trans-miti o que toda a gente sabe. Acho que é negativo para o mercado quando exis-tem situações deste género. Houve si-tuações reais que aconteceram no Algarve. Quando falei nisso foi a pensar na nossa indústria e no nosso mercado, que saem claramente a perder com ati-tudes deste género. O próprio turismo no Algarve sai prejudicado. Até aquilo que à partida pode beneficiar o cliente, porque encontra preços mais baixos, pode ter o efeito contrário – para pra-ticar estes preços, é porque algo está a falhar. Ou seja, o serviço prestado é pior e as condições dadas aos hóspedes não são as melhores, porque é impossível praticar estes preços baixos oferecen-do os serviços normais de um hotel de cinco estrelas. A alternativa é perder dinheiro, mas não acredito que os ho-téis tomem estas decisões para perder dinheiro.

Mudar atitudes

“Juntos conseguimos mais e melhor”

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ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBIL�ÁRIA DE PORTUGALPatrocinadores:

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