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    INSTRUÇÕESPara a realização das provas, você recebeu este Caderno de Questões, uma Folha deRespostas para as Provas I e II e uma Folha de Resposta destinada à Redação.

    1. Caderno de Questões• Verifique se este Caderno de Questões contém as seguintes provas:

    Prova I: TEORIAS DA COMUNICAÇÃO — Questões de 01 a 35Prova II: TEORIAS DO JORNALISMO — Questões de 36 a 70Prova de REDAÇÃO

    • Qualquer irregularidade constatada neste Caderno de Questões deve ser imediatamentecomunicada ao fiscal de sala.

    • Nas Provas I e II, você encontra apenas um tipo de questão: objetiva de proposição simples.Identifique a resposta correta, marcando na coluna correspondente da Folha de Respostas:

    V, se a proposição é verdadeira;F, se a proposição é falsa.

    2. Folha de Respostas

    • A Folha de Respostas das Provas I e II e a Folha de Resposta da Redação são pré-identificadas.Confira os dados registrados nos cabeçalhos e assine-os com caneta esferográfica de TINTAPRETA, sem ultrapassar o espaço próprio.

    • NÃO AMASSE, NÃO DOBRE, NÃO SUJE, NÃO RASURE ESSAS FOLHAS DE RESPOSTAS.

    • Na Folha de Respostas destinada às Provas I e II, a marcação da resposta deve ser feitapreenchendo-se o espaço correspondente com caneta esferográfica de TINTA PRETA. Não

    ultrapasse o espaço reservado para esse fim.

    • O tempo disponível para a realização das provas e o preenchimento das Folhas de Respostas éde 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos.

    ATENÇÃO: Antes de fazer a marcação, avalie cuidadosamente sua resposta.

    LEMBRE-SE: A resposta correta vale 1 (um), isto é, você ganha 1 (um) ponto.

    A resposta errada vale −0,5 (menos  meio ponto), isto é, você não ganha o ponto e aindatem descontada, em outra questão que você acertou, essa fração do ponto.

    A ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero). Você nãoganha nem perde nada.

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      ESTAS PROVAS DEVEM SER RESPONDIDAS PELOS CANDIDATOS  AO SEGUINTE CURSO:

    • COMUNICAÇÃO — JORNALISMO

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    PROVA I — TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

    QUESTÕES de 01 a 35

    INSTRUÇÃO:

    Para cada questão, de 01 a 35, marque na coluna correspondente da Folha deRespostas:

    V, se a proposição é verdadeira;F, se a proposição é falsa.

    A resposta correta vale 1 (um ponto); a resposta errada vale −0,5 (menos meioponto); a ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero).

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    QUESTÕES 01 e 02[...] Enfim, o significado de comunicação também pode ser expresso na simplesdecomposição do termo comum + ação, de onde o significado “ação comum”,desde que se tenha em conta que o “algo em comum” refere-se a um mesmoobjeto de consciência e não a coisas materiais, ou à propriedade de coisasmateriais. A “ação” realizada não é sobre a matéria, mas sobre outrem, justamenteaquela cuja intenção é realizar o ato de duas (ou mais) consciências com objetoscomuns.Portanto, em sua acepção mais fundamental, o termo “comunicação” refere-seao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência, exprime a relaçãoentre consciências. (HOHLFELDT et al., 2008, p. 14-15).

    Com base no texto e nas leituras sobre a comunicação como objeto de conhecimento,é correto afirmar:

    Questão 01A definição de comunicação como um tipo de relação constitutiva de Ação/Reação podeservir tanto às Ciências Humanas quanto às Ciências Naturais.

    Questão 02A comunicação fundamenta-se em processos, relações que, no domínio do humano,

    assumem uma forma simbólica.

    Questão 03Sobre as Teorias da Comunicação, é correto afirmar que os primeiros estudos maissignificativos sobre o campo da comunicação datam do início do século XX e foram suscitados,por um lado, pelo advento dos novos meios de comunicação e, por outro, por uma demandahistórica da sociedade urbano-industrial, que exigia um melhor uso da comunicação para aexecução de seus projetos.

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    Questão 04Considerando-se a Teoria de Transições na comunicação, é válido afirmar que essa teoriapostula que o exercício da capacidade humana de se comunicar, inscrita na história, foi umaspecto essencial para a existência e a sobrevivência da humanidade.

    Questão 05O modelo de comunicação proposto por Lasswell prevê a relação dialógica entre quemenvia e quem recebe a mensagem, o que significa que esse modelo contempla a troca depapéis entre emissor e receptor.

    QUESTÕES de 05 a 07Acerca da Teoria Hipodérmica e do modelo comunicacional de Lasswell, é corretoafirmar:

    Questão 06Ao descrever o ato comunicativo por meio de perguntas, Lasswell propôs subdividir o campo

    de pesquisa da comunicação em cinco diferentes abordagens analíticas: análise de controle,de conteúdo, de meios, de audiência e de efeitos.

    Questão 07A crença na falta de organização social da sociedade de massa garantiu a propagação daspropostas defendidas pela Teoria Hipodérmica, particularmente no que se refere à funçãodos meios de comunicação em produzir e manter o vínculo comunicativo entre os sujeitosdispersos na massa.

    Questão 08A primeira (empírica-experimental) centrava-se em abordagens de caráter sociológico, e asegunda (empírica de campo) aproximou-se da Psicologia para entender os fenômenoscomunicacionais.

    QUESTÕES de 08 a 12Sobre as perspectivas empírica-experimental e empírica de campo, pode-se

    afirmar:

    Questão 09Tanto a perspectiva empírica-experimental quanto a empírica de campo atribuem uma enormeimportância ao papel dos mediadores no processo comunicativo, tal como a Teoria

    Hipodérmica, cujo legado influenciou, decisivamente, as pesquisas empíricas.

    Questão 10A abordagem empírica-experimental deu ênfase aos efeitos que os mass media  podemsuscitar nos receptores, mas abalou a crença no funcionamento dos meios como merosmanipuladores do público.

    Questão 11O modelo do two-step flow  of  communication , citado por Katz e Lazarsfeld, evidenciou ofluxo de comunicação a dois níveis e destacou a ação dos líderes de opinião.

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    QUESTÕES de 13 a 15Uma “análise funcional” [...] focaliza algum fenômeno específico que ocorradentro dum sistema social. A seguir, procura mostrar como esse fenômeno temconsequências que contribuem para a estabilidade e permanência do sistemacomo um todo. O fenômeno, é claro, pode ter influência negativa e, assim,dir-se-ia ter “disfunções” antes do que funções. A análise é uma estratégia parainduzir ou localizar hipóteses que possam ser testadas empiricamente por meiode estudos comparativos ou outros métodos adequados de pesquisa. (DeFLEUR;BALL-ROKEACH, 1993, p. 148-149).

    A análise do texto e os conhecimentos sobre a Teoria Funcionalista permitem afirmar:

    Questão 13Para a Teoria Funcionalista, os meios de comunicação de massa constituiriam um espelhodo sistema social e poderiam ser analisados sob o ponto de vista do equilíbrio e dofuncionamento da sociedade.

    Questão 14Dentre as funções preenchidas pelos meios de comunicação de massa, estão a rupturacom as normas sociais e sua consequente quebra de valores.

    Questão 15A hipótese de usos e gratificações  contempla os receptores como participantes inativos dosconteúdos dos meios de comunicação e aproxima-se da definição de disfunção narcotizante ,explicada por Paul F. Lazarsfeld e Robert K. Merton, em 1948.

    Questão 16O modelo matemático da comunicação é constituído pelo emissor, o canal e o receptor,sendo que o canal está sujeito às interferências do ruído.

    QUESTÕES de 16 a 18Sobre a Teoria Matemática da Comunicação, pode-se afirmar:

    Questão 17Claude E. Shannon propõe o modelo matemático da comunicação com o intuito de entendero processo de transmissão da informação, sendo que, para ele, o desempenho do trânsitoda informação, nesse caso, depende do modo de gerenciar a sua quantidade.

    Questão 12A perspectiva empírica de campo levou em consideração o chamado efeito de reforço , ouseja, a confirmação pelo receptor de uma crença ou de um padrão de comportamentoexistente.

    Questão 18A prevenção dos possíveis ruídos, na realização da transmissão da informação, colaborapara que o sistema comunicacional favoreça o processo entrópico ao qual ele está sujeito,e, portanto, é correto afirmar que quanto menor a atuação do ruído maior a garantia datransmissão e da manutenção da ordenação informacional.

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    Questão 19Sobre a Teoria Crítica da Comunicação, é correto afirmar, segundo o sociólogo TheodorAdorno, que o consumidor de produtos da indústria cultural não é soberano, não é seusujeito, mas o seu objeto, e nunca conseguirá responder, ativamente, às mensagens dosmedia.

    QUESTÕES 20 e 21Os conhecimentos sobre as teses de Marshall McLuhan permitem afirmar:Questão 20Um meio de comunicação pode ser considerado como um meio quente, quando ele prolongaum único sentido perceptivo através da alta saturação de dados contida na mensagem e,além disso, um meio quente, ao ser comparado com o meio frio, estabelece uma menorinteração com o receptor.

    Questão 21Quando McLuhan afirma que “o meio é a mensagem”, a sua principal intenção é dizer quetodo meio gera um ambiente comunicacional e, por isso, o ambiente é a mensagem domeio.

    QUESTÕES de 22 a 24Um dos fatores mais complexos e talvez mais negligenciados pelas pesquisasdos meios de comunicação é o fator semiótico das mensagens produzidas pelasmídias. São mensagens que se organizam no entrecruzamento e na inter-relaçãobastante densa de diferentes códigos e de processos sígnicos diversos,compondo estruturas de natureza altamente híbrida. A rigor, todas as mídias,

    desde o jornal até as mídias mais recentes, são formas híbridas de linguagem,isto é, nascem na conjugação simultânea de diversas linguagens. Suas mensagenssão compostas na mistura de códigos e processos sígnicos com estatutossemióticos diferenciais. Daí se pode afirmar que todas as mídias, desde o jornal,são por natureza intermídias e multimídias. Ou seja, a natureza mesma de qualquermídia, aquilo que a caracteriza como tal, é o fato de ser inter e multimídia(SANTAELLA, 1986, p. 42-43).

    Com base na análise do texto e nas ideias presentes no livro Cultura das mídias, écorreto afirmar:

    Questão 22A cultura das mídias é constituída pela intensa tradução entre os códigos dos meios decomunicação e, dessa maneira, essa cultura torna-se cada vez mais complexa toda vez quesurge um novo meio comunicativo na sociedade.

    Questão 23Uma linguagem híbrida não apenas se constitui pela tradução entre as linguagens jáexistentes, como também fornece elementos para que outras linguagens possam sofreralterações, de forma que toda linguagem pode ser contaminada pela rede sistêmica derelações presente na Cultura das Mídias.

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    Questão 24As ideias do entrecruzamento e da inter-relação entre diferentes códigos midiáticos estãorelacionadas com o pensamento de McLuhan, quando afirma que “o conteúdo de qualquermeio ou veículo é sempre um outro meio ou veículo” (2001, p. 22), no que diz respeito aocontínuo processo de reprodução e replicação técnica das mensagens elaboradas pelosmeios de comunicação já existentes.

    QUESTÕES de 25 a 27Considerando-se os fundamentos sobre as Teorias dos signos e das linguagens,

    pode-se afirmar:

    Questão 25Os elementos básicos de constituição do signo genuíno, proposto pelo teórico CharlesSanders Peirce, são o representamen ou signo, o objeto e o interpretante.

    Questão 26Toda e qualquer mensagem elaborada e transmitida por um meio de comunicação dependedo modo de codificação estruturado pela linguagem desse meio.

    Questão 27Ao se comparar o signo linguístico de Ferdinand Saussure com o signo triádico de Peirce,é correto afirmar que apenas o primeiro contempla a relação existente entre a representaçãoe o objeto representado.

    QUESTÕES 28 e 29Sobre o modelo Comunicacional de Jakobson, é válido afirmar:

    Questão 28O modelo de comunicação proposto por Roman Jakobson estabelece que o contato ou ocanal é o principal elemento de mediação entre o emissor e o receptor.

    Questão 30Para essa teoria, a cultura é considerada como uma rede de instituições, representações epráticas que produzem diferenças de raça, gênero, classe, dentre outras, que são centraisna produção de sentido.

    Questão 29Cada fator de comunicação presente nesse modelo comunicacional orienta e determina aexistência de uma função de linguagem na mensagem, sendo que o receptor produz afunção conativa, o emissor gera a função emocional, o canal determina a função fática e o

    código produz a função metalinguística ou poética.

    QUESTÕES de 30 a 32Sobre os Estudos Culturais, pode-se afirmar:

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    Questão 31Esses Estudos Culturais despontaram nos Estados Unidos, entre meados dos anos 40 e osprimeiros anos da década de 70, do século XX, em torno do Center for Contemporary Studies , ligado à Universidade de Harvard.

    QUESTÕES de 33 a 35O entendimento subjacente neste capítulo [ Novos media - Novas teorias?] é deque um meio não é só uma tecnologia para transmitir certos conteúdos simbólicosou para ligar os participantes em qualquer troca. Também envolve relações sociaisque interagem com características da nova tecnologia. (McQUAIL, 2003, p. 120).

    Considerando-se a observação de McQuail e suas leituras sobre as NovasTecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), pode-se afirmar:

    Questão 33As TICs, desde o seu surgimento, têm gerado muitos debates em torno do tema dosrelacionamentos virtuais, mas as principais correntes, hoje, atestam a fragilidade dos laçossociais construídos via WEB, como defende o teórico Pierre Levy, em As tecnologias dainteligência.

    Questão 34A comunicação em rede fundamenta-se na unidirecionalidade do processo comunicativo,

    devido à troca e ao compartilhamento de informações, que são emitidas de pontos diversos,mas convergem linearmente para um sistema central.

    Questão 32Na década de 70, Stuart Hall, um dos principais porta-vozes dos estudos culturais, publicouo seu famoso texto Encoding and decoding in the television discourse , momento em quepassou a preocupar-se com os estudos de audiência dos meios de comunicação de massa.

    Questão 35Uma de suas características básicas é a digitalização  pela qual “textos” podem ser reduzidosa uma código binário e partilhar o mesmo processo de produção, distribuição e estocagemda informação.

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    PROVA II — TEORIAS DO JORNALISMO

    QUESTÕES de 36 a 70INSTRUÇÃO:Para cada questão, de 36 a 70, marque na coluna correspondente da Folha de

    Respostas:V, se a proposição é verdadeira;F, se a proposição é falsa.

    A resposta correta vale 1 (um ponto); a resposta errada vale −0,5 (menos meioponto); a ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero).

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    Questão 36Robert Park, sociólogo estadunidense, diz que o jornalismo é uma forma de conhecimentodiferente daquele produzido pela ciência, tal qual o positivismo concebe.

    Questão 37Para Eduardo Meditsch, que fez uma releitura do texto de Robert Park, o conhecimento

    produzido pelo jornalismo é o mesmo do senso comum, pois opera no campo lógico darealidade atual dominante.

    QUESTÕES 36 e 37O que aqui descrevemos como acquaintance with  e knowledge about   são

    consideradas formas distintas de conhecimento – formas com funções diferentes

    nas vidas dos indivíduos e da sociedade – um conhecimento do mesmo tipo,

    porém com diferentes graus de precisão e validade. Não são, entretanto, tão

    diferentes em caráter e função – pois afinal são termos relativos – que não

    podem ser concebidos constituindo juntos num continuum  – um continuum

    dentro do qual todos os tipos e espécies de conhecimento encontram um lugar.

    Em tal continuum a notícia tem localização própria. É óbvio que a notícia não é

    conhecimento sistemático como aquele das ciências físicas. Trata de eventos.

    Eventos são únicos e, portanto, não podem ser classificados como acontececom as coisas, porque eles são invariavelmente fixos no tempo e localizados no

    espaço. As coisas não apenas se movem no espaço e mudam com o tempo, mas,

    na sua organização interna, elas estão sempre numa condição de equilíbrio mais

    ou menos estável. (PARK. In: BERGER; MAROCCO, 2008, p. 58).

    Tomando como referência esse texto, é correto afirmar:

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    Questão 41O jornalismo moderno tem suas bases construídas no século XIX, quando começa a constituiro seu próprio campo social.

    Questão 42Um dos paradigmas que se instauram no campo jornalístico é o da objetividade.

    Questão 38O chamado “jornalismo político” é a fase em que a imprensa fazia parte do mundo político,portanto sem nenhuma autonomia, mas constituindo uma esfera pública.

    Questão 39O jornalismo, tal como se conhece hoje, é um campo social que manipula os outros campos,pois tem o poder de selecionar quem e como aparece nas matérias, tornar a informaçãopública, fazendo-a chegar a uma população.

    Questão 40Um dos valores mais fortes do campo social do jornalismo é o valor do “furo”, ou seja, darinformação em primeira mão e exclusiva.

    QUESTÕES 38 e 39Tomemos, por exemplo, o setor da informação. De fato não será difícil reconhecerque foi se formando uma instituição que chamaremos de jornalismo, reconhecidasocialmente e com um ethos  específico. Como muitas instituições sociais, o jornalismo conheceu muitas fases, do jornalismo como escriba a serviço dosinteresses do patrão ao jornalismo como habilitação socialmente reconhecidas,do jornalismo ideológico e ao jornalismo “profissional”. De todo modo, chegouum momento em que o jornalismo é socialmente reconhecido como um sistemade princípios, de valores, de relações objetivas e de distribuição dereconhecimento, como um campo social. (GOMES, 2004, p. 52-53).

    Com base na análise do texto, pode-se afirmar:

    QUESTÕES de 43 a 47Se nós também começarmos (ou tivermos que começar) imediatamente com aanálise das características isoladas depois de uma apreensão geral vaga doobjeto, aquelas não podem continuar sendo tratadas como cada uma por si. Elasnão são independentes, são partes, “características” de um todo e nós nuncachegaríamos ao conhecimento delas e do todo, das suas relações umas com asoutras e do todo, se não analisássemos as “características” sempre como“características” de um todo, que reúnem em si mesmas um “sentido”. Enquantoanalisamos as características isoladamente uma após outra, nós mantemos ofoco na síntese como objetivo, analisamos as partes com o olhar voltado para otodo. Em que sequência a análise das características se dá, isso também é dadopelo objeto e precisa ser resolvido segundo os princípios que ele determina. Aoinvestigar a essência do objeto da Ciência dos Jornais, nós nos deparamosprimeiro com a periodicidade como a característica da universalidade e a nelacontida atualidade, e por fim identificamos a qualidade da publicidade, que nosdá a direção, o objetivo da obra e, com isso, nos conduz ao seu sentido. (GROTH,2011, p. 144).

    Considerando-se as observações de Groth, pode-se afirmar:

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    Questão 43As características ou propriedades do jornalismo, para Otto Groth, são periodicidade,universalidade, atualidade e publicidade, sendo essa última a propaganda no jornal, ouseja, a necessidade que o jornal tem dos anúncios para sobreviver como produto.

    Questão 44A atualidade é considerada, não só por Otto Groth, mas também pela maioria dos autoresque estudam jornalismo no Brasil, como uma das características essenciais do jornalismo.

    Questão 45Os estudos do jornalismo digital, com as novas mídias, desenvolveram o conceito deatualização contínua, já que uma notícia pode ser reeditada quantas vezes for necessário,na mesma unidade de informação (dentro do sistema de publicação).

    Questão 46Autores, como Groth (2011) e Franciscato (2005), compreendem a novidade como umcritério de noticiabilidade, não tendo, portanto, nenhuma relação com a atualidade, outra

    propriedade do Jornalismo.Questão 47Além de Groth, outro autor que trata da periodicidade como propriedade do jornalismo éLuiz Beltrão (1960), para quem periodicidade é a constância com que os fatos correntessão levados ao conhecimento público.

    Questão 48Para Groth, a universalidade significa que qualquer jornal, independente de sua identidade(linha editorial), deve tratar de todos os assuntos que dizem respeito à vida das pessoas.

    Questão 49Não existe um consenso nas Teorias do Jornalismo sobre as competências do jornalista,mas, por conta de conceitos como pirâmide invertida e lead , é consensual que o jornalistatem que saber selecionar e hierarquizar informações.

    Questão 50Para Nilson Lage (2005), seleção de eventos, ordenação de eventos e nomeação são trêsfases do processo de produção de uma notícia (formato jornalístico).

    Questão 51Segundo Lage (2005), o conceito de notícia, no jornalismo moderno, é relato de uma sériede fatos, a partir do mais extraordinário e curioso, e de cada fato, a partir do aspecto maisdramático ou novo.

    Questão 52A pirâmide invertida é o conceito que diz que, na notícia, os fatos devem ser organizadospor ordem descrescente de importância.

    Questão 53Segundo Lage (2005), o lide (lead ) é o primeiro parágrafo que informa quem fez o quê,quando, como, onde, por que, tendo, internamente, uma construção também hierárquica.

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    Questão 62Critérios de noticiabilidade são relativos a todo o processo de produção, ou seja, aspectoscomo estrutura da empresa, cultura organizacional e concorrência interferem na escolhado que é noticiável e noticiado.

    Questão 54Nos estudos do jornalismo, existem vários conceitos de acontecimento jornalístico, mas omais clássico é aquele que a organização jornalística considera como de interesse do seupúblico-leitor.

    Questão 56O conceito de objetividade é polêmico, pois o que está em jogo é como se dá a relaçãoentre sujeito (indivíduo-jornalista) e objeto (realidade), mas se pode afirmar que, para osestudos do jornalismo, o jornalismo brasileiro, assim como o norte-americano, não vive oparadigma da objetividade.

    Questão 57Nos estudos brasileiros sobre jornalismo, a categoria da interpretação aparece sempreassociada à discussão dos gêneros jornalísticos, embora um ou outro autor, como JosenildoGuerra, tenha ido buscar uma compreensão através da Teoria da Interpretação.

    Questão 58Dentre os chamados critérios de noticiabilidade, ou seja, os que determinam o que é maisou menos noticiável, estão aqueles relativos ao público, que tratam do interesse público einteresse do público.

    Questão 59

    No jornalismo de serviço, o interesse público não é um dos critérios de noticiabilidade, jáque são temas direcionados apenas ao público-alvo de dado produto jornalístico.

    Questão 60Os critérios de noticiabilidade são trabalhados apenas na fase de seleção da pauta, nãointerferindo, portanto, no momento da edição da notícia.

    Questão 61Um jornalista tem que escolher entre duas notícias para colocar na página, porque

    não há espaço suficiente, e essas notícias são dois acidentes de carro, sendo que, naprimeira, quem se acidentou foi o prefeito da cidade com um corte na cabeça e, na segunda,

    morreram quatro pessoas, cidadãos comuns.

    Com base no exposto, o jornalista vai trabalhar, principalmente, com três critérios denoticiabilidade: morte, grau hierárquico dos indivíduos envolvidos e quantidade de pessoasque o acontecimento abrange.

    Questão 55Dentre as tipologias de acontecimento jornalístico presentes nos estudos do jornalismo,existe a de Gaye Tuchman (1983), ou seja, os acontecimentos inesperados, ospredeterminados, os em desenvolvimento e os esperados.

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    Questão 66A teoria do Gatekeeper  afirma que o processo de seleção do que é notícia sofre interferênciada estrutura organizacional, pois o jornalista responsável pela seleção integra a redaçãocom função, cargo e responsabilidades.

    Questão 67Dentro das teorias interacionistas, pode-se afirmar que se enquadra a autora Gaye Tuchman,pois ela analisou a “teia da facticidade”, a questão do dead line e as estratégias para lidarcom esse prazo, além dos “rituais estratégicos” para lidar com o paradigma da objetividade.

    Questão 68A teoria da agenda-setting   (agendamento) diz que o produto jornalístico — seja jornal,revista ou site noticioso — deve ter a função de publicizar a agenda do mundo, dos diversos

    campos sociais, para que o público se oriente quanto a seu agir no mundo.

    Questão 64A proximidade, um dos valores substantivos, ou seja, relativos ao evento, é compreendido

    não só em termos geográficos, mas também em termos culturais.Questão 65Os media noticiosos, nas chamadas teorias da ação política, são vistos como instrumentosa serviço de interesses políticos, sendo que, segundo alguns autores, eles servem paraajudar a manter o sistema capitalista e, de acordo com outros, servem para questionar ocapitalismo.

    Questão 69Robert Entam, um dos principais estudiosos da teoria do fraiming  (enquadramento), sugereque se identifique o enquadramento através de palavras-chave, metáforas, conceitos,símbolos e imagens enfatizadas na matéria jornalística.

    Questão 70Como um dos limites da teoria do agendamento, Mauro Wolf (2001) discute dois aspectos:as peculiaridades de cada meio de comunicação e os parâmetros de identificação dos

    gêneros jornalísticos.

    Questão 63Segundo Traquina (2005), um dos critérios de noticiabilidade de construção é a dramatização,que é a mesma coisa de sensacionalismo.

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    PROVA DE REDAÇÃO

    INSTRUÇÕES:

    — se afastar do tema proposto;— for apresentada em forma de verso;— for assinada fora do local apropriado;— apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;— for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade;— apresentar texto incompreensível ou letra ilegível.

    Os textos a seguir devem servir como ponto de partida para a sua Redação.

    • Escreva sua Redação com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara elegível.

    • Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.• O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Questões.• Na Folha de Resposta, utilize apenas o espaço a ela destinado.• Será atribuída a pontuação ZERO à Redação que

    I.

    — Quanto ainda há de Jorge Amado na Bahia de hoje?

    Resposta:

    — Muito e pouco. A literatura amadiana é movida por um pensar e reinventar a Bahia.Mestiçagem, sincretismo, é a Bahia de suas páginas. E é uma Bahia real. Jorge Amado nãotraduz uma Bahia que não existe. Mas existem várias Bahias. E Jorge começou a escrever

    na primeira metade do século passado. Havia uma necessidade e até uma urgência demapear e entender o que se via. No entanto, nenhuma cultura é estática. O que se vêtambém muda. Não existe uma identidade única, nem definitiva, pois se trata de um processodinâmico. [...]

    LEITE, Gildeci. “Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.” MUITO. Revista Semanal do Grupo A Tarde. Salvador, n. 204,p. 8. 26 fev. 2012. Entrevista dada a Eron Rezende, Grupo A Tarde.

    II .

    O tema da identidade cultural é muito mal resolvido no campo da Antropologia e nocampo da Sociologia. A gente tem, às vezes, até uma certa rejeição à maneira como aquestão da identidade é colocada. Na Antropologia, nós falamos de identidade de umamaneira sempre relacional, opositiva, chamando atenção para contrastes, chamando atençãopara um jogo constante de oposições que ligam grupos entre si, e negamos muito a ideia deque haja uma substância de um grupo social que o caracteriza de uma vez por todas. Nãoacreditamos, por exemplo, numa coisa como baianidade, como uma essência, como umacoisa já dada: numa coisa como brasilidade, que escape ao jogo das oposições que nós

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    fazemos entre nossas características e características outras. Eu não gosto muito de abordara temática da identidade cultural, porque, em nome da identidade cultural, se fala muitabobagem. [...]

    SERRA,Ordep. Identidade e reflexão crítica. In: Carnaval e identidade cultural na Bahia, hoje. Seminários de Carnaval (2.:1998: Salvador, Ba.) Seminários de Verão II. Folia universitária/Pró-Reitoria de Extensão da UFBA. Salvador, 1999.

    PROPOSTA: A partir das ideias contidas nos fragmentos apresentados, produza um textoargumentativo-dissertativo, analisando criticamente a ideia de que

    “Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.”

    OBSERVAÇÕES:

    — Discuta a questão da baianidade vinculada à problemática da cultura nacional e à existência, ounão, de uma singularidade.

    — Embase seus argumentos em conhecimentos e reflexões sobre a Bahia de ontem e a de hoje.

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    R A S C U N H O

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    REFERÊNCIAS

    Questões 01 e 02HOHLFELDT, A.; MARTINO, L. C.; FRANÇA, V. V. (Orgs.). Teorias da comunicação. Riode Janeiro: Vozes, 2008.

    Questões de 13 a 15DEFLEUR, M.; BALL-ROKEACH, S. Teoria da comunicação de massa. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 1993.

    Questões de 22 a 24SANTAELLA, L. Cultura das mídias. São Paulo: Experimento, 1996.

    Questões de 33 a 35McQUAIL, D. Teoria da comunicação de massa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,2003.

    Questões 36 e 37PARK. R. A notícia como forma de conhecimentos: um capítulo dentro da sociologia doconhecimento. In: BERGER,C; MAROCCO, B (Orgs.). A era glacial do jornalismo: teoriassociais da imprensa. Porto Alegre: Sulina, 2008. v. 2.

    Questões 38 e 39GOMES, W. Transformação da política na era da comunicação de massa. São Paulo:Paulus, 2004.

    Questões de 43 a 47

    GROTH, O. O poder cultural desconhecido: fundamentos da ciência dos jornais.Petrópolis: Vozes, 2011.

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