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UFPB em revista 02 # agosto 2013 Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto Projeto 32 +45,5% 48 2.200 +25,5% 2.800 Ampliação no número de discentes com acesso gratuito ao Restaurante Universi- tário. 280 +43% 400 330 +28% 420 2012 2013 Instituição recebe conceito quatro numa escala de até cinco pontos APÓS SEIS MESES Aumento no valor das bolsas, em Reais Aumento no n° de bolsistas de graduação / extensão A UFPB foi a Instituição que mais aprovou propostas de Extensão, com recursos, em nível nacional. Ao todo foram 31 programas e 32 projetos, num total de 70 envia- dos, sendo 48 deles com recursos que totalizaram R$ 4.982 milhões de Reais.

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Segunda edição da UFPB em Revista

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UFPBem revista

02#agosto 2013

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32+45,5%

48 2.200

+25,5%

2.800

Ampliação no número de discentes com acesso gratuito ao Restaurante Universi-tário.

280

+43%

400

330

+28%

420

2012 2013

Instituição recebe conceito quatro numa escala de até cinco pontos

APÓS SEIS MESES

Aumento no valor das bolsas, em ReaisAumento no n° de bolsistas

de graduação / extensão

A UFPB foi a Instituição que mais aprovou propostas de Extensão, com recursos, em nível nacional. Ao todo foram 31 programas e 32 projetos, num total de 70 envia-dos, sendo 48 deles com recursos que totalizaram R$ 4.982 milhões de Reais.

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2 UFPB em revista

EditorialA difícil tarefa de administrar, tendo que responder por pendências deixadas pela administração anterior

e, ao mesmo tempo, implementar as inovações necessárias que possam garantir um salto de qualidade institucional representa um esforço hercúleo. Os estudantes, servidores técnicos-administrativos e professores sabem das dificuldades para fazer voltar a situação de adimplência à Fundação de Apoio a Pesquisa e a Extensão (Funape). Também deve saber das dificuldades para sanear a Fundação José Américo, que segundo o Tribunal de Contas da União, apresentou um rombo de cerca de dois milhões de Reais em notas frias resultantes da compra de gêneros alimentícios para o Restaurante Universitário.Os integrantes da comunidade universitária sabem e percebem as dificuldades em acessar inconclusos

laboratórios e salas de aula, quer por conta do atraso nas obras de engenharia, quer pela ausência de equipamentos. Estas pendências herdadas representam problemas oriundas do Programa Reuni, implementado localmente de forma improvisada, cujos reflexos são ainda prejudiciais ao bom desempenho dos novos cursos e dos que promoveram a ampliação de vagas. Apesar das dificuldades apontadas, os índices registrados que dizem respeito a melhoras alcançados pela

UFPB são o respaldo de que as mudanças administrativas levadas a efeito nos últimos meses foram acertados. Passados oito meses da posse da nova administração a Instituição colhe alguns bons resultados nos mais variados setores.Um dos mais importantes indicativos de mudança seguida de melhoras está na efetiva preocupação em

ampliar a participação discente nos mais variados programas da graduação e da extensão. Uma das ações que asseguraram um maior envolvimento discente para além do Programa de Iniciação Científica (Pibic) foi a majoração dos valores das bolsas de graduação e de extensão, que passaram de 280 para 400 Reais. A equiparação das bolsas com o valor do Pibic reflete uma preocupação no incentivo a participação efetiva em setores que registravam desconsideração ou falta de incentivo. A majoração das bolsas de Extensão e graduação em 43%, por si só, representa o esforço Institucional. Mas,

os incentivos visando a formação discentes não estacionaram nesta medida. O número de bolsas concedidas também foi ampliado e deverá registrar até o final de 2013, um aumento de 28%. Além das melhoras que dizem respeito diretamente as atuações na graduação e na extensão, os estudantes obtiveram a ampliação no quantitativo de comensais com acesso ao Restaurante Universitário: eram 2.200 em 2012 e já contabilizam mais de 2.800 em 2013.Para o segmento dos servidores técnicos administrativos, a criação do mestrado profissional e o incentivo

aos cursos de pós-graduação já existentes que abrirem vagas para os funcionários demonstram claramente o esforço em qualificar mais e melhor os quadros da Universidade. Mais que isso, torna acessível a possibilidade de qualificação na própria Instituição, diminuindo os percalços que alguns funcionários passaram ao procurar qualificação em países da América Latina, usando do período de férias.No tocante as atividades de Extensão, a Instituição ampliou enormemente a aprovação de projetos e

programas em nível nacional. Saltamos de 32 aprovações em 2012 para 63 em 2013:uma ampliação real de 45,5% que resultaram em recursos de R$ 4.982 milhões. A UFPB é, mais que em qualquer momento, uma referência nacional nas atividades de extensão.A reforma do Estatuto também integra o arcabouço de medidas implementadas no sentido de tornar a

Instituição mais ágil e moderna nas suas relações internas e externas. Partindo do respeito aos segmentos que integram a comunidade universitária, uma Comissão compostas por estudantes, professores e técnicos administrativos já opera no sentido de garantir ampla e democrática participação na sua feitura.Há muito a fazer, muito a melhorar. Mas estes indicativos (melhora da UFPB na avaliação do MEC,

ampliação dos valores e quantitativo das bolsas de graduação e extensão, aumento no número de comensais no Restaurante Universitário, aumento no número de projetos e programas de extensão aprovados em nível nacional, etc) aliados a uma participação efetiva de diretores de Centro e chefes de departamento nas decisões sobre a aplicação dos recursos orçamentários refletem o salto qualitativo implementado desde novembro de 2012.

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EDITORDerval Golzio

REDATORES/ESTAGIÁRIOSJessica MoraisRômulo JeffersonWallison CostaNayane Maia

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOThales Limae Nayane Maia

[email protected]

facebook.com/ufpbemrevista

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba e é produzida por alunos do Curso de Comunicação em Mídias Digitais João Pessoa - PBAgosto - 2013

edição nº 02

SUMÁRIO

4 Entrevista com Reitora

6 Eventos nos Centros de Ensino

7 Com conceito quatro UFPB melhora avaliação junto ao MEC

8 UFPB terá Enem como forma única de ingresso

9 Número e valores de bolsas são ampliados significativamente

10 Aprovação de propostas Proext cresce 45,5% em relação a 2012

11 Fórum de Pró-Reitores do NE pretende unificar currículo com Extensão nas IES

12 Curso de animação para alunos de escolas públicas

14 Projeto de Extensão divulga cursos da UFPB através de vídeos

15 Comunidade universitária terá documento de identificação gratuito

16 Processo de reforma do Estatuto

18 Orçamento Participativo é Realidade na UFPB

19 Funape supera inadimplência e desenvolve novos projetos

20 Reitoria adota medidas para controle de uso dos veículos

22 Restaurante Universitário amplia vagas e melhora qualidade

24 Obras da UFPB embargadas pela Semam de João Pessoa

25 Renovado projeto de segurança será implantado em breve

27 Gestão de Pessoas e PRPG criam mestrado profissional

28 Exames Periódicos são viabilizados e acontecem no Hospital Universitário

29 A adesão à EBSERH e os novos rumos do HULW

31 Direção salda dividas herdadas e publicação de livros está acelerada

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4 UFPB em revista

Entrevista com a Reitora Margareth Diniz

Após oito meses como primeira reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Reitora Margareth Diniz, pontua os avanços alcançados no período. Em uma breve entrevista, a reitora fala do conceito quatro (4), numa escala de cinco pontos, alcançado pela Instituição após visita de representantes do Ministério da Educação, do processo Estatuinte já em andamento, da ampliação do número de discentes com acesso gratuito ao Restaurante Universitário, do diálogo que mantém aberto com os segmentos que compõe a comunidade universitária, da difícil tarefa de sanear e tornar adimplente as fundações de Apoio à Pesquisa e José Américo e tantos outros pontos que julga importantes e que marcam um novo momento da UFPB.

UeR - A UFPB mudou?Margareth Diniz - A mudança já está em construção. A mudança já é um processo em curso em torno de único propósito: levar a UFPB ao patamar máximo da qualificação universitária.

UeR - O que mudou na UFPB, nestes últimos 8 meses?Margareth Diniz - Abrimos as portas da direção central à comunidade universitária. O Reitorado atual está movido pelo diálogo com todos os segmentos institucionalizados da UFPB, somando esforços, discutindo, pensando, agindo, enfim, fazendo o caminho para a qualidade que queremos.

É verdade que o grande desafio tem sido manter as rotinas administrativas, que não passaram por uma transição para a atual equipe, ao tempo que herdados defeitos de gestão que ainda reclamam por correções. Mas, assim mesmo as iniciativas estão em curso. Contamos com o apoio de servidores comprometidos, além das generosas contribuições dos grupos formados em comissões que já tratam das questões relativas a reforma do Estatuto, das questões ambientais, da segurança, da informatização administrativa, da assistência estudantil, da saúde dos servidores, da reengenharia do pessoal, do funcionamento efetivo da Ouvidoria, do Serviço

Reportagem: Assessoria de Impressa da Reitoria

Primeira reitora eleita na UFPB, Margareth Diniz fala sobre avanços institucionais e os desafios a serem enfrentados

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de Informação ao Cidadão, além da instalação e funcionamento no próprio prédio da Reitoria de um espaço de apoio aos campi do interior.

Todas as Pró-reitorias estão desenvolvendo ações para avançar na direção da grande qualidade que vamos alcançar para a UFPB.

UeR - Poderia listar as principais conquistas?Margareth Diniz - A UFPB foi classificada como conceito 4 (quatro) pelo MEC, numa escala que vai até 5 (cinco), em avaliação bem recente. Estão contidas nesta avaliação todas as nossas iniciativas em andamento. Entre elas podemos citar: a UFPB conseguiu aprovar nacionalmente, o maior número de projetos de extensão, aumentamos o números das diversas bolsas para os discentes e aumentamos os seus valores, recadastramos os usuários do restaurante e moradia universitária para contemplar os estudantes realmente carentes, implantamos a agenda para o serviço de cuidados com a saúde dos servidores.

É importante lembrar que encontramos as duas Fundações paralisadas e que estão sendo saneadas. A Funape (Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão), por exemplo, já está em atividade no apoio acadêmico. A Fundação José Américo, que muito foi atingida pelo escândalo anunciado no fim da gestão passada, foi submetida a ações de ajustamento administrativo.

Estamos trabalhando com a Procuradoria Jurídica da UFPB no sentido de resgatar a confiança dos órgãos de controle e fiscalização externos, a quem estamos submetidos e cujo passivo de ações apenas começa a ser coberto.

C o n s e g u i m o s colocar a UFPB no circuito das emendas parlamentares federais, independentemente das cores partidárias. Hoje a UFPB tem o apoio e trânsito junto a maioria

dos parlamentares paraibanos. Muitos deles sequer conheciam o gabinete da Reitoria. Recebemos, nestes oito meses, também ministros do Governo Federal e embaixadores, todos interessados em cooperação com a nossa instituição.

Existe também, um sem número de medidas administrativas, financeiras, e das pró-reitorias, todas muito dignas de consideração e de apreço na minha avaliação.

UeR- E as dificuldades?Para ser muito honesta, são descomunais. E a raiz

fundamental delas está nos desacertos herdados quanto a execução do programa Reuni. São obras defeituosas, inconclusas, falta de condições de funcionamento de cursos criados, laboratórios sem equipamentos etc. Esses problemas, que são reais e antecedem a nossa gestão, demandam iniciativas, que necessitam ser planejadas para obtermos resultados consequentes, e não incorrermos nas falhas da gestão anterior. Isso demanda um tempo para a solução eficaz e compromete o nosso desejo imediato de centrarmos esforços principalmente na qualidade acadêmica. Mas, como sempre disse, as dificuldades são desafios. Trabalhamos para as melhores respostas.

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A UFPB foi classificada como conceito 4 (quatro) pelo

MEC, numa escala que vai até 5 (cinco), em avaliação

bem recente. Estão contidas nesta avaliação todas as nossas

iniciativas em andamento.

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Cen

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Por: Jessica Morais

O Centro de Ciências da Saúde (CCS) desenvolve atualmente 330 pro-

jetos de pesquisa do Progra-ma Institucional de Bolsas para Iniciação Científica (PIBIC) com a supervi-são de 142 orientadores. Este número representa

18,74% de todos os pla-nos inscritos na UFPB.

Segundo o diretor do centro, professor Reinaldo Nóbrega, as pesquisas desen-volvidas no centro

são destaques em todo o país, a exemplo do estudo sobre a planta do semiárido milona e seus efeitos positivos no combate à asma.

O Centro de Ciências Huma-nas, Letras e Artes (CCHLA) pro-moveu no início de junho deste ano, o X Conheci-mento em Deba-te. O evento que ocorre a cada dois anos homenageou

o antropólogo Darcy Ribeiro e foi marcado por palestras, sessões de filmes, minicursos nas diversas temáticas das ci-ências humanas, além da apresentação e discussão de 32 Projetos de Extensão desenvolvidos pelo CCHLA.

O Centro de Educação (CE) organiza o 6º Coló-quio Internacional de Polí-ticas e Práticas Curriculares que será realizado de 5 a 7 de dezembro deste ano. O evento será aberto a toda

comunidade acadêmica. “Nossa perspectiva é criar eventos que possibilitem uma articulação do ensino, da pesquisa e da extensão”, disse o diretor do centro, professor Wilson Aragão.

Alunos do curso de Direito colocam a UFPB em quinto lugar entre 101 universidades do mundo. A honrosa classificação foi conquistada na competição do Julgamento Simulado do Sistema Interamerica-no de Direitos Humanos que aconteceu na Univer-sidade de Washington, nos Estados Unidos, onde o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) concorria pela segunda vez consecutiva. Além disso, os alunos tam-bém conquistaram o prêmio de melhor memorial escrito em português.

O Centro de Ciências Agrárias (CCA) será sede da I Reunião Nordestina de Ciência do Solo. No even-to, que ocorre entre os dias 22 e 26 de setembro, cerca de 400 pesquisadores e estudantes do assun-to deverão marcar presença, segundo o diretor do CCA, professor Djail Santos. Já na primeira semana de junho, o Centro realizou o II Simpósio do Grupo de Estudos de Animais Selvagens.

CCS amplia projetos de pesquisa PIBIC

Alunos do CCJ são premiados internacionalmente

CE prepara recepção para evento internacional

EITA Design 2013 acontece em novembro no CCAE

X CCHLA Conhecimento em Debate destaca Extensão

Ciência do Solo será tema de reunião no CCA

O Centro de Ciên-cias Aplicadas e Educa-ção (CCAE) promove o III ENASEC (Encontro Nacional de Secretariado Executivo) que acontece

no período de 09 à 12 de outubro deste ano. Além disso, em novembro, no CCAE acontece o Eita- Design – Congresso Paraibano de Estudantes de Design, evento promovido pelo Departamento de Design, onde é aguardado um público de 1000 pes-soas, entre estudantes e pesquisadores da área.

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Avaliação feita pelo Ministério da Educação atribuiu conceito quatro (em uma escala de até cinco pontos) para a UFPB. Segundo Ariane Sá, Pró-Reitora de Gra-duação, essa boa avaliação, realizada no início do mês de junho, reflete o momento atual que a instituição vi-vencia. “Toda avaliação no fim das contas fotografa um momento, e esse bom momento foi justamente agora nessa gestão, que tem pautado toda a discussão na qua-lidade de ensino, seja da graduação, pós-graduação na extensão ou na pesquisa”, afirma.

Na avaliação, a UFPB atingiu nível máximo de exce-lência em algumas áreas. Dentre elas Política para En-sino, Pesquisa e Extensão, que afirma Ariane, ser um dos focos principais da nova gestão, com a qualidade do seu corpo docente e discente. A professora pontifica que, para melhoria, a UFPB terá sempre que prestar mais atenção na graduação e melhorar cada vez mais a qualidade do ensino.

Outro tópico que recebeu destaque na avaliação foi o de Comunicação Social com a população acadêmica, ponto que sempre deixou a desejar, inclusive na mesma avaliação ocorrida em 2009. Foi ressaltada pela comis-são em relatório a sua boa impressão com o modo como a UFPB socializa a informação em toda a instituição. No relatório foi posto como exemplo os cartazes infor-mativos espalhados pelo campus, sobre o momento em

Com conceito quatro UFPB melhora avaliação junto ao MEC

Ariane Sá: avaliação reflete as ações desenvolvidas pela gestão

Reportagem: Walison Costa

que a avaliação estava ocorrendo, que não existiam em nenhuma instituição avaliada até então.

No quesito Organização e Gestão, Ariane Sá ressalta a participação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) coordenada pela professora Maria Elba, que disponibi-lizou todas as informações necessárias para a comissão de avaliação. Ariane salienta que a postura da UFPB foi deixar a comissão à vontade, todos os documen-tos solicitados foram rapidamente encaminhados. “O trabalho foi feito em conjunto com os departamentos, agilizando a disponibilidade dos documentos. Então a UFPB prestou todos os esclarecimentos para que a co-missão tivesse conhecimento e sucesso no seu trabalho. Não é a toa que a UFPB teve uma boa avaliação. Que é o reflexo de toda organização da instituição”, pontifica.

Sobre melhorias que ainda precisam ser tomadas pela nova gestão, Ariane afirma que a boa avaliação mostra que a UFPB está no caminho certo, e que a instituição pretende melhorar cada vez mais a qualidade do ensi-no. “Ainda temos uma taxa de retenção e evasão pró-xima ou até um pouco acima da média nacional que chega à cerca de 30%, achamos que a Universidade, pela qualidade do seu quadro docente pode diminuir essa taxa.”

Os projetos que estão em andamento já mostram um foco maior na graduação, e tem sido até agora as grandes iniciativas postas em prática pela nova ges-tão. “Houve até agora a ampliação das bolsas, não só a quantidade quando a equiparação do valor, além de convênios como o Programa de Melhoria do Ensino Básico (Promeb), para que a universidade interfira mais no ensino médio, garantindo que os alunos entrem na instituição tendo um aproveitamento maior do ponto de vista acadêmico”, completa Ariane Sá.

Avaliadores do MEC esclarecem pontos da avaliação

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NO Universidade terá Enem

como forma única de ingressoO Conselho Universitário (Consuni) aprovou a

unificação da seleção para ingresso de estudantes na UFPB, no dia 13 de maio, através do Exame Nacio-nalv do Ensino Médio (Enem), já para o ano de 2014. Até o ano de 2013 a Instituição adotava pelos menos dois processos de ingresso: através do vestibular ou Processo Seletivo Seriado (PSS) e através do Enem. Além da perspectiva de unificação, a mudança, se-gundo a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá, foi o decreto da Presidente Dilma Rousseff que isentou da taxa de inscrição no vestibular os candidatos com ren-da de até 1,5 salários mínimos per capita.

De acordo com a professora Ariane, 70% dos can-didatos atendiam os critérios da isenção das taxas do Decreto presidencial e a universidade teria que arcar com quase todas as despesas do processo seletivo. O problema é que, revela a pró reitora de graduação, não existe dotação orçamentária ou receita específica para cobrir os gastos com a elaboração, impressão, aplica-ção e correção das provas. Tal fato levaria a inviabilida-de financeira da instituição, a partir do déficit gerado com as despesas decorrentes do vestibular, causando até uma inconsistência fiscal.

Após discussão sobre o assunto, com participa-ção de toda a comunidade acadêmica, foi feito um levantamento mostrando que os alunos já se inscreviam no Enem e, segundo a Secretária de Educação do Estado Márcia de Figueirêdo Luce-na Lima, o material repassado para os estudantes já adota as temáticas do Exame Nacional do En-sino Médio.

Para a Pró-reitora, apesar das críticas, o Enem traz grandes benefícios. Um deles é que as provas tem relação maior com o poder cognitivo do can-didato em comparação aos conteúdos tradicio-nais. Isso traz uma melhoria e dinâmica ao ensino e, principalmente, cria um nivelamento nacional do ensino médio: “As perdas do conteúdo local são compensadas pela unificação do ensino, um aluno do Acre terá o mesmo currículo disciplinar que um de São Paulo, por exemplo”.

João Wandemberg Gonçalves Maciel, Coorde-nador de Escolaridade da Codesc, responsável pe-los encaminhamentos antes destinados à Coper-ve, acredita que o número de vagas será mantido:

a única diferença é a adoção de um processo único. “Antes tínhamos três processos: O PSS, o Enem e o Educação à Distância (EaD), agora unificamos o pro-cesso”, acrescenta.

O EaD não entra no SISU, mas a nota do Enem serve para o processo de utilização desenvolvido pela universidade. O ingresso para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar da Paraíba, que até 2013 integra o sistema de vestibular da UFPB, também utilizará as notas do Enem. Já os cursos que adotam provas de habilitação específica para ingresso na Ins-tituição (música, dança, teatro, artes visuais e tradu-ção) se responsabilizarão, através dos seus respectivos departamentos, pela aplicação dos exames específicos.

A Comissão Permanente para o Vestibular (Coper-ve) deverá passar por uma reestruturação. “Queremos que ela seja um setor vinculado à Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Funape) e que esta se responsa-bilize por concursos vinculados à UFPB e também con-cursos externos. A Coperve tem seu nome reconhecido e será preservada”, finaliza a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá.

João Wandemberg ressalta a unificação do PSS, Enem e EaD

Reportagem: Rômulo Jefferson

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duação existem para dar apoio e garantir a qualidade do curso e do aprendizado dos alunos, e são organi-zados pela instituição com todas as suas instâncias, para favorecer a maior qualidade da graduação.

Especificamente sobre monitoria, a professora Elia-ne Ferraz, Coordenadora de Estágios e Monitoria, aponta importante crescimento do número de em-presas conveniadas. “Com a nova gestão, organizou-se uma nova seleção para monitoria, onde já havia número de bolsas aprovadas. A seleção de monitoria para 2013 está sendo realizada neste momento. Fi-cou decidido em reunião que seria feita uma aber-tura para ampliar o número de bolsas. A quantidade partiu de 93 para mais de 300 projetos aprovados.”, destacou.

PROMEBUma prova da evolução do sistema de bolsas den-

tro da UFPB é o Programa de Melhoria da Educação Básica (Promeb). O programa que tem como objeti-vo contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da educação básica e superior da Paraíba, será agora desenvolvido em parceria com o Governo do Estado e Secretarias de várias cidades e disponibilizará 800 bolsas para alunos de licenciatura.

O projeto, que visa a melhor qualificação do alu-no, proporciona que os estudantes de licenciatura, apliquem os conhecimentos adquiridos nos cursos em seu futuro ambiente de trabalho. Além disso, também se pretende melhorar a eficiência dos alu-nos do ensino médio com o acompanhamento direto dos bolsistas no processo de aprendizagem incluindo ações voltadas extra sala de aula, como a elaboração de projetos pedagógicos e etc.

Ariane Sá afirma que com o projeto pretende criar um circulo virtuoso, onde o aluno de licenciatura bolsista terá experiência em sala de aula e o aluno do Ensino Médio terá o contato com a Universidade. O projeto no momento encontra-se em andamento. A assinatura dos convênios está acontecendo na Reito-ria. O edital está disponibilizado no site.

Escarião: bolsas para garantir a qualidade do aprendizado

Reportagem: Walison Costa

No início do ano de 2013 a UFPB equiparou os valores das bolsas de estágio e monitoria da gradu-ação ao mesmo nível já encontrado em bolsas de iniciação científica, como o Pibic. Essa equiparação foi posta como uma forma de valorização às bolsas de graduação que, por terem valores inferiores, eram vistas como segunda opção pelos alunos.

As bolsas da graduação, e também as de extensão, passaram de 280 para 400 Reais, um aumento de cerca de 43%. Segundo Ariane Sá, Pró Reitora de Graduação, a equiparação se deu para que os alunos fossem atraídos para os programas: “antigamente, se via muito a situação das pessoas que tinham bolsas de estágio ou monitoria, mas migravam para o Pi-bic. Agora com a equiparação espera-se gerar uma permanência dos estagiários, valorizando esses pro-gramas”.

Além do aumento do valor pago aos bolsistas, houve também um aumento substancial no número de bolsas concedidas. Ainda de acordo com Ariane, o objetivo é passar das 330 bolsas para graduação, para 420 já em 2013: aumento de cerca de 28%.

Já a professora Glória Escarião, coordenadora de Currículos e Programas, afirma que as bolsas de gra-

INVESTINDO NA FORMAÇÃO

Número e valores de bolsas são ampliados significativamente

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EXTE

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Aprovação de propostas Proext cresce 45,5% em relação a 2012

A Coordenação de Educação Popular dirigida por Daílton Lacerda, embora recém-criada, já tem um feito a comemorar junto a nova gestão da Univer-sidade: a última seleção do Proext, que resultou no envio de 70 propostas (dentre projetos e programas) ao MEC/SESu, com aprovação de 63 (90% das propostas enviadas), sendo 31 programas e 32 pro-jetos. Destes, conquistaram recursos 27 programas e 21 projetos, totalizando 48 propostas aprovadas com recursos, o que representou um aumento de 45,5% em relação ao que a UFPB havia conquis-tado no ano anterior. Ao todo, a UFPB conquistou um montante R$ 4.982.325,70, aumentando em 38% os recursos conquistados no ano anterior, que foram da ordem de R$ 3.613.016,71.

O resultado final é a prova definitiva que as mu-danças implementadas na fórmula de seleção, base-ada na anáilise impessoal das propostas por analistas de Centros diversos ao dos autores foi acertada. Se-gundo Daílton isso ocorreu devido a nova forma de avaliação dos projetos, com propostas ancoradas em

edital interno criado pra conduzir a seleção em que três avaliadores utilizaram a plataforma online do Google Docs e, dessa forma tomaram conhecimen-to de quem estava propondo o projeto.

Lacerda ressalta ainda como fórmula de impessoa-lidade, zelo e transparência na seleção do projetos o fato de terem sido julgados por professores de Cen-tros distintos de onde foram originados. “Assim que saiu o resultado divulgamos online como faz o Coex Nacional, colocando o nome dos avaliadores com o intuito de mostrar transparência” disse.

Coex quer oficinas culturaisA Coordenação de Extensão (Coex) deverá am-

pliar as atividades de extensão da Instituição através do programa A UFPB no seu município. Nele, uma série de ações de produtos culturais e oficinas com duração de 20 horas a serão ministradas em sete municípios pólo. A Coex tem função de repassar para a comunidade o que é desenvolvido em arte e cultura, para tanto possui uma equipe própria de técnicos, detentora de prêmios nacionais, pondera o Coordenador de Extensão, Gualberto Filho.

Outro projeto que está sendo articulado pela coor-denação de Extensão diz respeito a criação do Mu-seu de Fotografia da UFPB, que deverá funcionar no Núcleo de Arte Contemporânea (NAC). Para Gualberto Filho, “essa iniciativa é um ganho muito grande para a cidade”. Ele enfatiza que João Pes-soa quase não possui museus, e um que tenha como foco o acervo fotográfico é ainda mais raro. “Tive-mos a iniciativa e acreditamos na possibilidade de seja bastante dinâmico, com exposições alternadas e oficinas de fotografia com laboratório químico e digital”, disse.

A Universidade tem a partir das ações de extensão o dever de salvar vidas, não só levando cultura e arte, ensinando artesanato e dessa forma gerando empregos, mas também proporcionar oficinas para professores e contribuir em ações voltadas para evi-tar o consumo de drogas, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a gravidez precoce.

Dailton Lacerda, Coordenação de Educação Popular da PRAC

Reportagem: Jessica Azevedo

COM RECURSOS

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EXTENSÃ

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Reportagem: Walison Costa

possa unificar o currículo com a Extensão incluída e valendo créditos é essencial, já que hoje temos uma prática não uniformizada nas universidades públicas brasileiras”, pondera Vilar.

Outro tema que deverá ganhar a atenção dos pró reitores é a participação de servidores técnicos ad-ministrativos como coordenadores de projetos de extensão. Para Orlando Vilar, a competência do seg-mento dos funcionários para tal atividade está mais que provada. Ele cita os dedicados funcionários da Pro Reitoria de Extensão como exemplo de capaci-dade para gerenciamento e diz que não vê nenhum inconveniente na proposta: “pelo contrário, as Insti-tuições só têm a ganhar.

Por fim, Vilar argumentou sobre a necessidade de aproximar mais as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Tenho plena convicção que muitos proje-to de extensão servem como verdadeiros campos de atuação para os alunos da pós graduação e que mui-tas teses e dissertações poderiam ser pensadas tendo este importante nicho como centro das atenções”, argumentou.

O Fórum dos Pro reitores de Extensão da Insti-tuições Públicas de Ensino Superior (Forproext) da Região Nordeste tem encontro marcado para o perí-odo compreendido entre os dias 02 e 04 de outubro, na cidade de Campina Grande. Na Pauta do evento, que está sendo organizado pelas Universidades federais da Paraíba e de Campina Grande, pelo Ins-tituto Federal e pela Universidade Estadual da Paraíba, estão a Lei da Extensão, a discussão sobre a pos-sibilidade de servidores técnicos administrativos de nível superior coordenarem projetos de extensão e uma maior aproximação dos se-tores de Ensino Pesquisa e Exten-são da Instituições.

O pro reitor de Extensão da UFPB, Orlando Vilar, diz ser de extrema importância a realiza-ção do Fórum pelas discussões inadiáveis constantes na pauta. “A formulação de uma Lei que

Fórum de Pró-Reitores do NE pretende unificar currículo com Extensão nas IES

EM CAMPINA GRANDE

Orlando Vilar, Pró-Reitor para Assuntos Comunitários

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12 UFPB em revista

EXTE

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A UFPB teve dois projetos de extensão aprovados pelo pro-grama “Novos Talentos” para o ano de 2013. Um deles é o projeto “Animação em pessoa” do professor Cléber Morais, coordenador do curso de Co-municação em Mídias Digitais, visa ensinar a animação gráfica aos alunos de escolas públicas.

O “Animação em pessoa” foi o único do Campus I da UFPB a ser aprovado. Ele conta que o objetivo é selecionar alunos de ensino médio que tenham interesse pela área e trazê-los aos laboratórios e instalações da universidade para ensinar

os processos de construção de animação, desde a parte de de-senhos e ilustração até a pro-dução final.

Em integração com o Depar-tamento de Mecânica, a meta é desenvolver um trabalho de ciência animada, no qual os alunos terão a oportunidade de aprender sobre mecânica e re-alizar experimentos, reprodu-zindo isso em animação. “Acre-ditamos que os jovens vão ter um domínio de tecnologias, de usos do conhecimento, muito maior depois dessa nossa in-tervenção”, afirma o professor Cléber Morais.

O projeto também capacitará professores que terão a oportu-nidade de enriquecer as aulas, tornando o conteúdo muito mais atraente e compreensível para o aluno, que por sua vez poderá utilizar a animação em trabalhos escolares e extracur-riculares.

No inicio o programa irá abranger poucas escolas, para testar em escala menor as pos-sibilidades. Segundo o Co-ordenador Cléber Morais, a primeira turma terá cerca de 20 alunos e até cinco professo-res. Serão três ciclos de cursos, cada ciclo terá um aumento no número de turmas e um cresci-mento no ritmo de produção e didática.

O Coordenador ressalta que o contato social é algo impor-tante para os integrantes do projeto. Alunos e docentes de Mídias Digitais poderão ver a sociedade reconhecendo o cur-so, entrando em contato com o que é desenvolvido na aca-demia e interagir, partilhando conhecimento e experiências. Ele acredita que, como insti-tuição pública, a Universidade necessita apresentar uma con-

UFPB oferecerá curso de animação para alunos de escolas públicas

NOVOS TALENTOS / CAPES

Cleber Morais, autor do projeto de Extensão “Animação em Pessoa’’

Reportagem: Nayane Maia

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UFPB em revista 13

EXTENSÃ

O

tra partida, um retorno à co-munidade: “Ao trazer o jovem para vivenciar a universidade, compartilhamos esse conheci-mento, estamos fazendo nos-so papel social, esse é o ponto principal. Depois vem o reco-nhecimento, valorização das escolas públicas, motivação para professor e aluno”.

O Departamento de Mídias Digitais já tem planos para quando o projeto acabar. Pre-tende-se fazer um programa continuado, englobando mais escolas, numa escala cada vez maior. Há ainda o interesse em potencializar e capacitar o próprio estudante, dessa forma eles poderão ministrar aulas de animação, criando um sistema multiplicador. “A Universidade é um agente de cultura, antes de mais nada. Não estamos aqui só para estudar e assistir aula, a gente move cultura.” enfatiza o coordenador Cléber.

Ao trazer o jovem para vivenciar a Universidade, compartilhamos

esse conhecimento, estamos fazendo nosso papel social

Entenda: Novos Talentos

O Programa “Novos Talentos” é uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e tem como objetivo trazer a comunidade até a universidade. A proposta é realizar atividades de extensão para professores e alu-nos da educação básica, visando o aprimoramento, atualização do público-alvo e melhoria do ensino de ciências nas escolas públicas do país. O edital sobre o programa existe desde 2010. Porém, apenas na atual gestão a Instituição demonstrou interesse em par-ticipar

Alunos de escolas públicas terão acesso a laboratórios de qualidade do curso de Mídias Digitais

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14 UFPB em revista

EXTE

NSÃ

O Projeto de Extensão divulga cursos da UFPB através de vídeos

Os cursos de graduação da UFPB deverão contar, em breve com vídeos institucionais. O conteúdo, de até quatro minutos, servirá para mostrar como fun-ciona cada curso e os profissionais que devem formar. Por meio da técnica chamada storytelling, técnica que consiste em utilizar narrativas para compartilhar in-formações, conhecimentos e experiências, o Projeto de Extensão coordenado pelo professor Dorneles Neves já se encontra em execução. “Não mostramos apenas a Instituição, mas associamos uma narrativa ao projeto”, afirma o professor.

Os destinatários destes vídeos são, de acordo com o professor, externos a Universidade. Essas pessoas são futuros alunos que pretendem ingressar em al-gum curso da UFPB (mas que podem ter dúvida na escolha) os profissionais que são formados e até mes-mo o campo de trabalho ou de atuação profissional. O primeiro vídeo já está em fase de finalização e terá o curso de Comunicação em Mídias Digitais como foco central. Na fila, e obedecendo a um rodízio de produção por Centros, estabelecido pela equipe do projeto, está o curso de Arquitetura. A intenção é fazer a divulgação a cada duas semanas pela internet.

Os equipamentos utilizados na composição dos vídeos fazem parte da estrutura do curso de Co-municação em Mídias Digitais. São liberados pelo departamento do curso, câmeras e microfones pro-fissionais para produção dos vídeos. Já a parte de edi-ção do material produzido é feito no laboratório de informática também do curso.

Contribuição profissionalA equipe responsável pela criação, produção e edi-

ção dos vídeos é formada atualmente por três pes-soas: o professor e orientador do projeto, Dorneles Neves e dois estagiários, que são alunos do curso de Comunicação em Mídias Digitais: Augusto Ygor Machado e Natan Pedroza. Eles reforçam o objetivo acadêmico do projeto de formar e preparar profissio-nais produtores de conteúdo.

De acordo com Ygor (responsável pela direção e produção) e Pedroza (responsável pela edição e fina-lização dos vídeos), a contribuição profissional dada pelo estágio tem sido enorme, apesar do trabalho ser recente. Eles salientam que a motivação foi a opor-tunidade de trabalhar com vídeo. Aprender escrever roteiro, a manusear a câmera, entrevistar pessoas, editar são só algumas das atividades executadas no estágio e que possibilita executar na prática o que foi aprendido em sala de aula. “É uma oportunidade muito boa. Estou colocando na prática o que apren-di com o professor em sala de aula”, disse Ygor.

Dorneles Neves coordena projeto de extensão

Algusto Ygor (esq.) Natan Pedroza (dir.) integram o projeto

Reportagem: Jessica Morais

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UFPB em revista 15

Comunidade universitária terá documento de identificação gratuito

U ma parceria da UFPB com o Banco Santander vai implantar nos Campis de João Pessoa, Areia, Ba-naneiras, Rio Tinto e Mamanguape, um sistema de identificação para alunos, servidores e professores nos moldes já existentes nas mais impor-tantes instituições do mundo e em algumas do Brasil.

Trata-se de uma carteira de identi-ficação produzida na própria univer-sidade, sem custos, que inclui foto, dados do usuário e um chip que vai permitir a utilização do crachá em diversas funções dentro e fora do campus. A ideia, segundo a Reitora Margareth Diniz, é que a novidade funcione a partir da entrada da pes-soa na portaria: “Hoje todo mundo entra e sai dessa universidade e não sabemos quem é quem. Para mim é fundamental termos um crachá com nossos dados e da instituição.”

A Gerente Geral do Santander João Pessoa, Josiane Alcântara de Lima, conta que o banco, hoje, está presente com o Projeto Cartão Uni-versidade (denominação utilizado no Brasil) em 213 Instituições de Ensino Superior (IES) de 11 países.

Entre as funcionalidades do cartão que podem ser desenvolvidas na UFPB, ela cita acesso controlado a ambientes, controle de frequência, integração com transporte – já em funcionamento na UFF (Universi-dade Federal Fluminense e Unisi-nos) –, identificação em computa-dores, assinatura digital, otimização de energia, gestão de estacionamen-to, secretaria eletrônica, entre ou-tros.

Apesar de ser gratuito, o usuário terá a opção de, como em um cartão pré-pago, depositar alguma quantia no cartão e utilizá-lo para pagar des-pesas dentro do campus, como có-pias de material ou alimentação.

Outra vantagem trazida pelo pro-jeto será sentida pelos professores, que agora terão uma identificação da sua função disponibilizada pela instituição. “Não é possível que o servidor, professor, não tenham um cartão de identificação da sua fun-ção”, diz Margareth Diniz. Eles po-derão, por exemplo, ter acesso aos descontos que as livrarias costumam dar na compra de livros para esses profissionais.

Reportagem: Rômulo Jefferson

CadastramentoO cadastramento para a produ-

ção do documento de identificação-funcionará deverá ocorrer em postos informatizados nos centros da uni-versidade. O usuário terá sua foto registrada e os dados enviados para uma central que irá confeccionar os cartões sem custos para os segmen-tos. Segundo a reitora Margareth Diniz, o cadastramento deverá ter início com os alunos da Residência Universitária. Para ela, é importante que eles o tenham logo porque ser-virá, inclusive, para atendimento no Hospital Universitário.

Segundo a reitora, o projeto está na fase de licitação e abertura de edital para concorrência pública. Posteriormente será divulgado o cronograma com as datas para ca-dastramento. A expectativa é que o sistema comece a funcionar até o fi-nal desse ano.

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16 UFPB em revista

A UFPB está no momento passando por um pro-cesso Estatuinte, que promete renovar a sua parte jurídica e diretrizes básicas, modernizando a ins-tituição. A última mudança no Estatuto data de 2002, onde houve a divisão da UFPB em duas, ori-ginando a Universidade Federal de Campina Gran-de (UFCG), mas que não acarretou em nenhuma mudança de fato ao Estatuto vigente. Segundo a Professora Ana Montoia, o Estatuto deve expressar a capacidade da Universidade de autogovernar-se e também autogerir com responsabilidade seu pa-trimônio e seus recursos, em suas relações com as demais Instituições do Estado e com os parâmetros sociais em que vivemos atualmente.

A Professora Ana Montoia preside a Comissão de Estudos Preparatórios desse processo, que tem a função de definir o espírito e o princípio dos traba-lhos, pensar o formato, a metodologia, e como será feito o processo de Estatuinte propriamente dito. A comissão conta com 14 nomes, homologados pelo Conselho Universitário (Consuni) e nomeados pela Reitoria. Dentre os membros existem professores, servidores e estudantes, além de membros das en-tidades, DCE, Aduf e Sintesp. A Comissão de Es-tudos é a primeira etapa de um longo processo que ainda conta com mais dois movimentos.

A segunda etapa é a de formulação, por meio de

colegiados, de um anteprojeto de Estatuto, em torno dos pontos indicados pela Comissão preparatória. Já o terceiro movimento deste processo Estatuinte, deve providenciar a organização de conselhos con-sultivos aptos a debater e a apresentar alternativas às propostas formuladas pelos colegiados, de modo a, finalmente, concluir o mais importante documento da Universidade, suas normas regulatórias, expon-do de modo sensato as finalidades pretendidas pela instituição universitária, sua estrutura, sua forma de gestão e seus mecanismos de controle e respon-sabilização.

Segundo Montoia, a necessidade de uma revisão estatutária para a Instituição é urgente. “O pri-meiro Estatuto da UFPB data de 1961, ano de sua criação. A junta militar, por meio de decreto-lei de 1969, fez valer seu segundo Estatuto. Por fim, su-mário parecer do CNE homologou novo Estatuto para a instituição, em 2002, quando houve o des-membramento da UFPB e da UFCG. É urgente, portanto, a instalação entre nós de um processo Estatuinte, reclamo já antigo, competindo à insti-tuição refletir sobre si mesma e propor um projeto consequente de Universidade”, afirma.

Polêmica

Questionada sobre pontos polêmicos que devem

Reitoria inicia processo de reforma do Estatuto

Ana Montoia, do Departamento de Sociologia, preside a Comissão de Estudos Preparatórios

Reportagem: Walison Costa

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UFPB em revista 17

dificações para criação de centros, mudanças de no-menclaturas e finalmente para a criação da UFCG,

mas que a essência sempre foi a mesma e que precisa de mudança. “O estatuto que planejamos era bem liberal, seguimos a onda das eleições diretas. Devi-do a erros na redação final

o projeto foi devolvido a nós e neste intervalo de tempo para correção, houve uma mudança de gestão na reitoria e o projeto infelizmente foi esquecido”, completa, deixando claro que já está na hora dessa revisão estatutária acontecer na UFPB.

ser tocados durante o processo, Montoia revela que quase todos os pontos próprios aos trabalhos de uma Estatuinte são difíceis. A razão é que, segun-do ela, não há um projeto predito como ideal de Universidade, e que com todas as diferenças, e com propostas diversas, tem que haver disponibilidade para todos apresentarem publicamente suas razões e seus argumentos. Por isso o mais difícil é providen-ciar formas mais legítimas de consulta, sobretudo a quem consultar, e bem definir o significado da autonomia da Universidade em relação ao Estado, aos governos e à sociedade brasileira.

Para que estes pontos tidos como polêmicos se-jam resolvidos, é que o projeto conta com mem-bros de todos os níveis da instituição. O desafio da comissão de Estatuinte é gerar entusiasmo na co-munidade acadêmica, e não repetir erros cometidos no passado. Com o desenvolvimento da iniciativa

vê-se a oportunidade de rediscutir o desenho insti-tucional da UFPB, visto agora como ultrapassado. Será a oportunidade de se modificar esse desenho, e uma chance única para a comunidade participar democraticamente, de uma forma transparente na construção desse Estatuto.

Prazo

O primeiro movimento, da Comissão preparató-ria, deve entregar em outubro de 2013 os relatórios dos estudos empreendidos. No entanto é importan-te salientar que esse processo Estatuinte é extenso, e que essa é apenas a primeira etapa, levando-se em conta que, como manda a prudência e a responsabi-lidade, o desenrolar do procedimento deve pautar-se pelo princípio o mais amplo da publicidade e do debate na Universidade

O Professor aposentado e ex diretor do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), Josué Eugê-nio Viana pontifica que para obter sucesso na implan-tação de um novo Estatuto, a UFPB deverá interagir com os centros e dar um prazo para receber sugestões, incitar o debate com a comunidade acadêmica, tanto quanto uma abertura para os órgãos representativos dos estudantes. Ele fez parte da comissão responsável pela última tentativa de revisão estatutária, em 1984, na gestão de José Jackson Carneiro.

Questionado sobre a vigência de um Estatuto tão antigo na UFPB, Josué Eugênio afirma que o assunto sempre foi algo muito burocrático, e diz que poucos têm tal disposição para mergulhar a fundo no assun-to. Ele conta que na ten-tativa em que esteve pre-sente, em 1984, tudo foi feito de forma minuciosa, e o processo de elaborar, discutir e redigir levou em torno de dois anos para ser concluído, já que as reuniões tinham que ser feitas em João Pessoa e também em Campina Grande, ain-da Campus da Federal da Paraíba.

Viana revela que no Estatuto vigente só houve mo-

“O nível de uma Universidade é medida pelos estudantes, por isso toda decisão deve passar por eles. O estudante vê melhor o que se passa na instituição do que quem está de fora”

Josué recomenda prazo para receber sugestões

Josué integrou a comissão da reforma do Estatuto em 84

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18 UFPB em revista

O Universidade Participativa (UP), programa implantado pela Reitora Margareth, realizou a 7ª Audiência Pública para definir os investimentos prioritários para a UFPB. Na reunião estava presen-te toda a comunidade acadêmica, diretores de cen-tro, coordenadores dos cursos, professores e alunos que encaminhavam à banca suas solicitações, além de terem espaço para ex-posição de ideias.

Segundo o Coordena-dor do programa, Gusta-vo Tavares, a reitoria tem um orçamento de cerca de 16 milhões para investir na Instituição como um todo: “Sabemos que esse dinheiro não é suficiente para suprir todas as de-mandas da UFPB como: segurança, equipamen-tos. Então perguntamos aos centros quais são suas prioridades.”

A visão do UP, de acor-do com Tavares, é criar uma nova cultura no âm-bito acadêmico: “Historicamente, nós temos a re-alidade de um administrador que, junto com seus assessores, decide onde e como o dinheiro público deve ser gasto. O que nós queremos agora é que as pessoas participem das decisões, assumam uma cor-responsabilidade pela Universidade.”

Para Tavares é importan-te que os centros tomem como exemplo o novo modelo de orçamento de-senvolvido pela reitoria. Segundo ele, essa é uma demanda que já existe, citando os Campi de Bana-neiras, Rio Tinto e Mamanguape, o coordenador disse que nesses locais foi sugerido que os centros também escutem a comunidade antes de investir seu orçamento – cada centro possui dotação orça-

mentária própria.

O programa irá viabilizar também um controle social efetivo dos gastos da Instituição, além da oti-mização dos recursos utilizados. Gustavo Tavares salienta ainda que todos os anos serão realizadas au-diências de prestação de contas à comunidade e ba-

lanço anual do orçamento: “Nós vamos mostrar quais foram as demandas dos centros e o que foi feito em relação a isso. Então as pessoas vão ter a dimensão exata da situação.”

Como funcionaO Universidade Parti-

cipativa criou oito gru-pos entre os 16 centros da UFPB para viabilizar ampla presença da comu-nidade nas audiências. De acordo com Tavares, os Pró-Reitores acompanham a Reitora Margareth Diniz nos locais para terem ci-ência da situação de cada setor. Até agora, já foram

dados os encaminhamentos necessários para resol-ver os problemas mais urgentes apresentados nessas reuniões.

Em relação a participação estudantil, o coorde-nador disse que foram enviados e-mails aos grupos

representativos convidan-do-os, mas em João Pessoa não houve presença dos es-tudantes, ao contrário dos Campis do interior que ti-veram presença maciça dos

alunos. Por fim Gustavo Tavares ponderou que no ano de 2014 será feita toda uma divulgação do UP, já que para ele existiram alguns problemas com o planejamento de tempo dessas ações e no próximo ano a participação dos estudantes deverá ser maior.

Orçamento Participativo é Realidade na UFPB

Gustavo: centros deveriam copiar modelo

Reportagem: Rômulo Jefferson

Sabemos que esse dinheiro não é suficiente para suprir todas as demandas da UFPB

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UFPB em revista 19

A Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Ex-tensão (Funape) da UFPB retomou recentemente suas atividades depois de oito meses inadimplente. A ausência de informação sobre alguns convênios causou a instituição um grande transtorno. Regu-larizada, a Fundação tem alguns projetos a serem desenvolvidos.

Segundo Raimundo Barroso, secretário executivo da Funape, a inadimplência vivenciada pela Funda-ção decorreu de dívidas contraídas e inconsistências encontradas na finalização de convênios financiados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Ele explicou que todas as fundações e empresas de serviço público em geral têm suas atividades fiscali-zadas por alguns órgãos, entre eles TCU (Tribunal de Contas da União) e Procuradoria das Fundações. A Funape não executou o plano de trabalho espera-do com os recursos cedidos pela Finep e teve como conseqüência a detecção de impropriedades.

Ao término dos convênios foram detectadas ações e informações que fugiram das regras estabelecidas pelo órgão financiador e isto acarretou em proble-mas para a Fundação. Havia duas alternativas para a Funape: a restituição dos recursos financeiros ao órgão ou entrar em uma situação de inadimplên-cia (não há devolução dos recursos nem respostas às notificações do Siafi (Sistema Integrado de Ad-ministração Financeira) a segunda alternativa tem como consequência o impedimento de captação de novos recursos financeiros.

O acúmulo de dívidas se deu por vários motivos, segundo Barroso. Ele cita a não finalização, por parte do então coordenador, do relatório técnico-científico que descreve os projetos que foram finan-ciados e que identifica todas as atividades realizadas na execução deles.

Barroso salienta que na Funape nunca houve caso de uso indevido de recursos públicos ou pri-vados. “A Funape não tem nenhum caso ilícito, apenas pendências administrativas com os órgãos de financiamento, especificamente com o Minis-tério da Saúde e com a Finep”, disse. “Passamos

um bom tempo trabalhando somente na área co-mercial”, afirmou o professor Bar-roso. Durante o período de inadimplência a Fundação atuou apenas em atividades de execução de concursos e gerenciamento de eventos, não ficando absoluta-mente paralisada.

O risco da Funape voltar a inadimplência já não existe. Barroso diz que “não há previsão de retorno a situação de inadimplência, considerando as pro-vidências tomadas pela Funape para evitar qualquer tipo de interrupção nas suas atividades de apoio à UFPB”. Ele reforça que o fato da Fundação estar apta atualmente a firmar convênios com órgãos fi-nanciadores não impede que eventualmente no fu-turo possa voltar à inadimplência devido a novas pendências, algo a que todas as fundações de pes-quisa e empresas em geral estão sujeitas.

Novos projetosApós a volta das atividades na Funape tem havido

uma grande procura por parte de pesquisadores, es-tudantes, professores a fim de que a fundação viabi-lize seus projetos. Porém, Barroso diz que isso não é algo tão simples, pois nem todos os projetos são fáceis de serem executados. Hoje a Fundação tem convênios a serem assinados com o Incra (Institu-to Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o EaD (Ensino à Distância) e com as secretarias da Educação e Desenvolvimento Social.

Funape supera inadimplência e desenvolve novos projetos

Raimundo Barroso, Secretário Executivo da Funape

Reportagem: Jessica Morais

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A administração da UFPB está implementando um rigoroso sistema de controle sobre a utilização dos ve-ículos da Instituição. A ausência de controle de gastos de combustíveis, a inexistência de controle de reco-lhimento dos automóveis, os licen-ciamento (emplacamento) com mais de cinco anos de atraso e as multas por infração de trânsito, estão sob vigilância e a incidência de um des-tes problemas será criteriosamente investigada e os responsáveis arcarão com as consequências das faltas co-metidas.

As delicadas questões envolvendo o uso dos veículos da UFPB eram tão sério que, por várias vezes, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu recomendações de correção e trans-parência, ainda na gestão passada. Ao assumir a administração da UFPB, a

Reitoria adota medidas para controle de uso dos veículos

reitora Margareth Diniz recomen-dou que os problemas apontados TCU tivessem imediata correção.

Uma das medidas adotadas para conter os gastos excessivos de com-bustíveis e minorar a possibilidade de uso inadequado dos automóveis diz respeito ao recolhimento à garagem da UFPB. Até então esta era uma ati-vidade que não era regulada ou não havia determinação para o seu cum-primento. “Os veículos devem servir às demandas da Instituição e, após o expediente de trabalho, devem ser recolhidos à garagem. Isso evita uma série de problemas para a adminis-tração e também para os condutores, que se veem resguardados de uma sé-rie de constrangimentos administra-tivos. Se houver necessidade de ope-ração fora do expediente de serviço, o motorista deve portar autorização

administrativa”, explica Amauri de Sousa Félix.

Os cuidados com os usos dos auto-móveis da Instituição também servi-rão para coibir abusos como os que dizem respeito a aplicação de multas por infração de trânsito. “Existem veículos que registraram cerca de cinco mil reais de multas. Essa é uma infração cuja penalidade, a multa, deve ser arcada pelo infrator”, pon-dera Amauri. Ele argumenta que as multas até então eram geradas para a Universidade e o infrator não era chamado à responsabilidade. “Nesta gestão, este é um dos pontos que não haverá contemplação nem conivên-cia: se errou, o condutor deverá ser chamado para assumir as responsa-bilidades de seus erros”, sentenciou.

Outro ponto que a administração está empenhada em corrigir os erros

Reportagem: Derval Golzio

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verificados na administração passada está diretamente relacionado ao li-cenciamento anual dos veículos. Al-guns estavam com o emplacamento atrasado em cerca de cinco anos. In-tolerável para uma Instituição como a Universidade Federal da Paraíba e para a gestão pública. Até mesmo por uma questão didático/pedagógi-ca a UFPB deveria dar exemplo so-bre questões como essa.

Como os automóveis possuem pla-cas oficiais, os controles de trânsito quase nunca os param para averigua-ção do licenciamento e das regras normalmente exigidas do condutor de veículos particulares. Esta facili-dade compelia aos administradores responsáveis por manter atualizado os licenciamentos a certa acomoda-ção. Tal fato gerava um ciclo vicioso: não havendo a renovação do licen-ciamento, também não havia con-trole sobre a aplicação das multas.

Gerenciamento

A Pró-reitoria Administrativa está abrindo licitação na modalidade pregão para o Gerenciamento de Frota e Aquisição de Combustíveis, nos moldes já executados em outras Instituições Federais de Ensino, que visam o menor preço. “Já existe aqui-sição de combustível para os veículos

que circulam em João Pessoa. No entanto, temos verificado o pro-blema do abastecimento dos ve-ículos em serviço fora da Ca-pital paraibana, como são os casos das viagens de cunho acadêmico científico”, pon-dera o pró-reitor Clivaldo Silva.

Com esse serviço implemen-tado a PRA espera solucionar as atividades em que a Universida-de Federal da Paraíba se faz presente outras Capitais ou mesmo em pequenas cidades onde há polos do Ensino a Distância. A administrado-ra que for a vencedora no pregão fornecerá cartões e os motoristas poderão fazer uso deles em viagens. De acordo com Clivado Silva “os relatórios de quilometragem e abastecimento nos serão repassado pela administra-dora para controle e estabe-lecimento da transparência necessária exigida pela sociedade e órgão fiscaliza-dores, a exem-plo do TCU”.

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A Pró Reitoria para Assuntos Estudantis (Prape) ampliou o número de comensais do Restaurante Universitário (RU) de 2.200 para 2.800 apenas em João Pessoa. Esse ampliação representa 25 por cento de aumento de estudantes com acesso à alimentação gratuita.. Segundo o superinten-dente, professor Antônio Luiz A. Gomes do RU professor Antônio Luiz, apenas para as refeições são gastos oito milhões anualmente, sem consi-derar a manutenção e a folha de pagamento dos funcionários.

O RU, que passa por reestruturação em sua parte física e administrativa desde novembro de 2012 fornece ainda cerca de 400 cafés da manhã para os estudantes da Residência Universitária que fazem as três refeições diárias. Antônio Luiz explicou que o preço do prato varia de acordo com o cardápio, mas que em média esse valor é 5,20 reais.Também encontra-se em fase de fi-nalização o Restaurante de Rio Tinto, uma das ações e melhorias destacadas pelo Pró Reitor da Prape, Thompson de Oliveira. “Esse restauran-te deveria estar em funcionamento desde 2011, porque estava previsto no Plano de Desenvolvi-mento Institucional (PDI da gestão Polari), mas só foi viabilizado agora. Tivemos que fazer a rees-

truturação da instalação elétrica, porque ela não suportava a demanda dos equipamentos.” Entre os outros pontos citados estão colocação de piso, reforma de teto e colocação de telas nos restau-rantes.

Thompson de Oliveira, informou que 14, de um total de 16 milhões de reais oriundos do Pro-grama Nacional de Assistência Estudantil (Pnae), são direcionados apenas para os gastos com a assistência, que inclui auxílio moradia, com-pra e preparação dos alimentos do Res-taurante e ma-nutenção dos serviços. Os outros dois milhões são reservados para inves-t i m e n t o s em ações de melho-ria.

Restaurante Universitário amplia vagas e melhora qualidade

Thompson Oliveira, da Prape

Reportagem: Rômulo Jefferson

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Uma outra questão discutida na UFPB é a implan-tação de um restaurante que atenda não só aos estu-dantes, mas também funcionários e professores a um baixo custo. De acordo com o Professor Thompson, as obras do prédio estão atualmente paradas porque a empresa que venceu a licitação entrou em falência,

O Coordenador de Organização do DCE, Ga-briel Chaves, esteve presente em duas audiências com a Reitora Margareth Diniz, onde foram cobra-das maior agilidade no processo de cadastramento dos novos usuários do RU e a validação dos reca-dastramentos. “Consideramos que havia estudantes há quase dois meses na Residência que não estavam tendo acesso ao restaurante e isso foi atendido, é tanto que na outra semana o restaurante já estava funcionando.”

Incentivador do movimento RU para Todos, o DCE busca uma maior ampliação nas vagas e o res-taurante a preço popular. “Nós defendemos vagas gratuitas para os estudantes carentes. Mas alguns alunos podem pagar por uma refeição de qualidade, e não essa que nós temos aqui, que nem sempre é de qualidade. O aluno as vezes precisa sair para fazer um lanche. Nós queremos algo como o que já existe nas outras universidades, uma refeição que custe R$ 3,50 ou R$ 4,00. Isso ainda precisa ser discu-

tido. Estamos na luta também pela ampliação das vagas, que foram aumentadas, mas ainda não pro-porcionalmente ao que consideramos adequado.”

Para ele, a Universidade precisa acompanhar o ritmo de crescimento da Instituição, porque todos os anos ingressam mais alunos por meio de cotas que se encaixam no perfil de vulnerabilidade social. Mas, Chaves r e c o n h e c e que nunca viu chegar ao DCE ne-nhum caso de estudan-te carente que não teve acesso ao Restaurante.

O que pensa o DCE sobre o RU

mas que as providências estão sendo tomadas junto à Prefeitura para a viabilização do anexo. O supe-rintendente do RU, Antônio Luiz, afirma que serão necessários estudos para a escolha do modelo a ser adotado com relação aos valores e que é fundamental a participação da sociedade.

Aumento do número de comensais do Restaurante Universitário é de 25% nos últimos seis meses

Gabriel Chaves: RU para carentes

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24 UFPB em revista

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Obras da UFPB embargadas pela Semam de João Pessoa revelam desastre administrativo do secretário de

planejamento de Luciano Cartaxo

POLARI ENFRENTA POLARI

A Secretaria do Meio Ambiente do Município de João Pessoa embargou, no dia 9 de maio, as obras da Universidade Federal da Paraíba situadas no bairro de Mangabeira. As razões para a medida da PMJP foram a falta de licenciamento ambiental, a deposição de material de entulho em local inade-quado e a supressão de árvores. A paralisação das obras, que foram iniciadas pelo ex-reitor e atual se-cretário de Planejamento da Prefeitura de João Pes-soa, Rômulo Polari, poderá acarretar na ausência de local para acomodar cerca de dois mil alunos no próximo ano.

A Procuradoria da UFPB requereu a suspensão do embargo e anexou documentos em 13 de maio, na intenção de poder continuar as obras até a so-lução completa das razões apontadas pela Semam. Os responsáveis pela Secretaria do Meio Ambiente da PMJP alegaram não haver base legal para sus-tar de momento o embargo das obras e exigiu que da UFPB o Projeto Executivo (arquitetônico e do corpo de bombeiros), projeto de tratamento e dis-posição de esgotamento sanitário (com memorial descritivo e de cálculo) e cópia de contrato com empresa responsável por recolhimento de entulho.

O Secretário do Meio Ambiente de João Pessoa poderia ter solicitado ao secretário de Planejamen-to, Rômulo Polari, as informações sobre as “irre-gularidades” verificadas nas obras dos centros de ensino localizado em Mangabeira. Teria apenas que caminhar alguns metros e travar uma conversa di-reta com o colega de administração petista, respon-sável pelas ausências do licenciamento ambiental, pelo armazenamento inadequado do entulho das construções e pelas supressões das árvores na área destinada às obras do Centro de Informática (CI), Instituto de Desenvolvimento da Paraíba (Idep) e Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional (CTDR).

Reembargo?Pelo menos três edificações situadas em Manga-

beira já estavam com as obras paralisadas em fun-ção dos problemas de desvio de recurso na Fun-dação José Américo, responsável pelos repasses de recursos para as empresas construtoras: o laborató-rio de biocombustível e de produtos fitoterápicos e o Instituto de Desenvolvimento da Paraíba. Já as obras que estavam em processo de finalização e que foram embargadas pela PMJP são os laboratórios de recursos naturais, de eficiência energética e o bloco de Iniciação Científica.

Edificações embargadas pela Secretaria do Meio Ambiente/JP

Reportagem: Derval Golzio

Após quase três meses de embargo(e atraso nas construções), um acordo

entre UFPB e a Semam/JP possibilitou a continuidade das obras, condicionada

a resolução das pendências relativas a licença ambietal e o depósito irregular de

material de entulho.

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UFPB em revista 25

INFR

AESTR

UTU

RA

A incidência de casos policiais na UFPB atingiu índices alar-mantes no início do ano de 2013. Com um plano de segurança fa-lho, onde as câmeras compradas a menos de quatro anos já se en-contram inutilizadas, seja por de-feito ou até mesmo por terem sido furtadas, a nova gestão propõe a definição de um renovado projeto de segurança que abrangerá to-dos os Campi e contará com um novo sistema de monitoramento eletrônico já a partir da sua im-plantação. Para diagnóstico e for-mulação do projeto, que deverá ser a solução para o problema de segurança enfrentado até então, foi designada uma Comissão de Segurança, coordenada por Flávio Lúcio Vieira.

De acordo com o professor Flávio Lú-cio, um sistema de monitoramento por câmeras fará parte de um projeto piloto de controle de aces-so às salas de aulas, laboratórios e salas com equipamentos que possam ser vistas como interesse de meliantes. O sistema de controle de acesso à entrada do Cam-pus contará com câ-meras instaladas que verificarão as placas dos automóveis e o rosto do condutor do veículo, propon-do que o monitora-mento comece pelos

estacionamentos em decorrência da alta incidência de arromba-mentos a automóveis.

A iniciativa conta com a abertu-

ra de licitação para a contratação de nova empresa que dê assistên-cia à Instituição. A partir da con-tratação, novas exigências serão impostas, como por exemplo, a responsabilidade da empresa por arrombamentos e assaltos que aconteçam dentro do âmbito da instituição, o que não ocorre no momento. Ainda dentro do proje-to principal, a administração não abre mão da instalação de uma nova central de monitoramento eletrônico, que dará suporte as câ-meras instaladas, além de controle de acesso as entradas da UFPB, dos centros e estacionamentos.

Investimento Flávio Lúcio, informa que serão

disponibilizados cerca de três mi-lhões de Reais para uso imediato. “Pretendemos também ligar o se-tor de segurança diretamente ao gabinete da reitora. O que hoje é um setor ligado apenas a uma coordenação da prefeitura, sem a devida autonomia. Com essa

Renovado projeto de segurança será implantado em breve

Flavio: um dos autores do relatorio e projeto de segurança

Delitos ocorridos na UFPB entre 2007 e 2013

Reportagem: Walison Costa

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26 UFPB em revista

INFR

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proposta a segurança seria finalmente tratada com a importância que ela deve ser vista”, afirma.

Ainda na gestão anterior foram instaladas 145 câ-meras em toda UFPB. Segundo relatório da Comis-são de Segurança, em 2009 metade dessas câmeras já se encontrava sem funcionamento, uma parte havia sido roubada e outra encontrava-se com defeitos de funcionamento. Já em 2013, nenhuma dessas câme-ras se encontra em serviço, deixando claro o desper-dício de investimento.

Histórico de SegurançaAnálise feita pela mesma comissão de seguran-

ça, que além do professor Flávio Lúcio conta com o professor Guido Lemos de Souza Filho (Centro de Informática) e os servidores técnicos-adminis-trativos Amauri de Sousa Felix e João de Deus das Neves, foram levantados dados sobre os índices de crimes dentro da instituição entre os anos de 2007 a 2013. A estatística dos eventos demonstra clara-mente que entre o período de 2007 e 2008 havia incidência elevada de ocorrências policiais, e que em 2009 elas começaram a diminuir, voltando a crescer em 2011 e 2012, atingindo ápice de crescimento alarmante no início do ano de 2013.

O fator que pode explicar essa diminuição em um determinado período de tempo é que a UFPB come-çou a implantar um sistema de vigilância eletrônica no campus, inibindo a ação dos meliantes. O grande problema é que esse sistema de vigilância não tinha uma central de monitoramento, onde as imagens seriam controladas e gravadas pela equipe de segu-rança. Assim, as câmeras apenas serviam de agente inibidor para as ações dos bandidos, diminuindo as ocorrências apenas pelo fato de sua existência.

Após algum tempo da instalação e sem o funciona-mento adequado, as ocorrências voltaram a crescer substancialmente, a ponto de, em 2012, superarem o nível registrado em 2008. Em 2013 a situação se agravou, com mais de 40 casos de arrombamento de carros apenas no início do ano, além de invasão aos prédios de departamentos, roubos de equipamentos, etc.

O relatório de diagnóstico será encaminhado para o Conselho Universitário, responsável pela criação da comissão encarregada da análise e proposição de um novo e eficiente sistema de monitoramento e se-gurança para a UFPB. Se aprovado, a expectativa é que ainda esse ano o sistema de segurança reformu-lado possa estar em funcionamento.

ENGÔDO

Gestão Polari divulgou em julho de 2007 sistema

de segurança que não existia: Câmeras não

funcionavam e não havia sala de

monitoramento

Fac simile de inform

ativo institucional da UFPB, de julho de 2007

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UFPB em revista 27

Pós G

raduação

Gestão de Pessoas e PRPG criam mestrado profissional

A Pró Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) em par-ceria com a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas (Pro-gep) acaba de dar início ao Mestrado Profissional para os servidores da Ins-tituição. De acordo com o Professor Isac Medeiros, Pró Reitor de Pós-Gradu-ação, a iniciativa faz parte de uma grande ação para capacitação dos servido-res. “Preocupados com a formação dos servidores da Instituição, elaboramos este plano de qualificação que servirá tanto para ser-vidores docentes quanto técnicos administrativos”.

Segundo o Professor Isac, o Mestrado Profissio-nal está dentro do Plano de Qualificação Profis-sional (PQI), que já está em plena execução. “Já estão havendo reuniões com vários programas de Pós-graduação que aderiram a esse plano de quali-ficação e que vão ofertar vagas. Nas reuniões estão sendo discutidos com os programas como se dará esse processo. Os recursos já estão disponíveis para 2013, e pretende-se estar com tudo em pleno fun-cionamento até o mês de novembro.” afirma.

Uma Comissão da Co-ordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior (Capes) visitou a instituição no fim do mês de junho com o intuito de fazer o reconhecimento da infraestrutura e dar início às atividades do Mes-trado Profissional. A Comissão também avaliou os meios encontrados pela Instituição para dar apoio ao servidor durante a realização do Mestrado.

O Professor Isac conta que a PRPG, com verba de

seu próprio orçamento, disponibilizará um recurso para os programas que aderirem ao Mestrado, de modo que cada servidor que for selecionado pelo

devido programa receba apoio para desenvolver suas atividades. “Isso mos-tra que não estamos dando só a vaga, mas também, e sobretudo, os meios para que aquele aluno não fi-que represado. Ele terá recursos para financiar os estudos e desenvolver a sua pesquisa”.

Isac pontifica que o PQI consiste em algumas eta-pas. A primeira diz respeito a submissão de Aplicativo para Propostas de Cursos Novos (APCN) à Capes, que além do Mestrado

Acadêmico também passa a oferecer junto à UFPB o Mestrado Profissional. Este ano foram submeti-das 12 APCN’s pela PRPG, no qual três delas fo-ram em nível profissional. Ele também salienta que a necessidade de qualificação dos servidores não é apenas profissional, e que para determinados setores

e servidores, também é importante o Mestrado Acadêmico.

Outra etapa impor-tante é a que trata dos termos legais. Isac conta que: “Várias resoluções internas estão sendo mudadas na PRPG, de

modo a permitir que tudo isso aconteça, inclusive com a preocupação que nós temos hoje com o gran-de efetivo de servidores que estão fazendo pós-gra-duação no exterior. Estamos modificando essa legis-lação de modo a permitir que isso possa ser feito de uma maneira mais ágil e eficaz.” completa.

PARA SERVIDORES

Qualificação de funcionários é prioridade da atual gestão

Reportagem: Walison Costa

...não estamos dando só a vaga, mas também, e sobretudo, os meios para que aquele aluno não fique represado. Ele terá recursos para financiar os estudos e desenvolver a sua pesquisa.

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28 UFPB em revista

Exame Complementar

Mulheres Mamografia

Homens PSA(Antígeno Prostático

Específico)

Com idade acima de45 anos

Oftalmológico

Com idade acima de50 anos

Pesquisa de sangueoculto nas fezes

cedimentos realizados. Segundo a psicóloga e coordenadora de Qua-lidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho, Aline Lucena, as con-sultas são marcadas previamente no calendário interno e o funcionário é avisado da data que deverá com-parecer ao HU. O servidor que não quiser se submeter aos exames não é obrigado a realizá-lo, mas a sua recusa deve ser registrada em termo de responsabilidade, isentando a Instituição.

Descritos no artigo 60, do decre-to 6.856/09, os exames são organi-zados de acordo com critérios de idade, gênero e ocupação. Os clas-sificados como Básicos - comuns a todos os servidores - são: avaliação

QUALIDADE DE VIDA

Exames Periódicos de Saúde para todos os servidores ativos da Co-munidade Universitária são viabi-lizados pela atual gestão da UFPB. O atendimento acontece no HU (Hospital Universitário) duran-te o período de 02 de maio à 13 de dezembro deste ano. Além dos Exames Periódicos é realizado con-sultas e avaliação clínica com emis-são do Atestado de Saúde Ocupa-cional. Apesar de existir há varios anos e ser realizado em várias uni-versidades somente na atual gestão o programa foi implementado, no intuito de promover uma melhoria da assistência médica para os inte-grantes da comunidade acadêmica.

O programa é financiado pelo Governo Federal em parceria com a Universidade e possibilita a rea-lização de vários exames médicos básicos, complementares e específi-cos, incluindo avaliações médicas. Trata-se de uma medida essencial para o acompanhamento da saúde.

Cabe ressaltar que é garantido o sigilo das informações e dos pro-

Exames periódicos podem ser realizados até o dia 13 de dezembro de 2013

clínica, hemograma completo, gli-cemia, urina tipo I, creatinina, co-lesterol total, triglicérides, TGO, TGP e citologia oncótica (para mulheres). Os complementares estão relacionados com a idade e gênero do funcionário, de acordo com tabela (final da página).

Há também os exames específicos que são pertinentes à atividade la-boral, ambiente de trabalho e fato-res de riscos ao qual um servidor pode estar exposto. O período para a realização dos exames também varia a partir dos critérios de idade, gênero e ocupação, sendo bienais quando o funcionário tem idade entre 18 e 45 anos e anuais quan-do ele tem mais de 45. Apenas os servidores expostos a riscos que possam desencadear ou agravar do-ença ocupacional e os portadores de doenças crônicas deverão fazer os exames em intervalos menores que um ano.

O servidor agora tem acesso à análises laboratoriais e consultas periódicas, que possibilitam a pre-venção de doenças e o estímulo a cuidados com a saúde. O objetivo é melhorar a qualidade de vida.

Exames Periódicos são viabilizados e acontecem no Hospital Universitário

Reportagem: Nayane Maia

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A adesão à EBSERH e os novos rumos do HULW

O Conselho Universitário (Consuni) da UFPB decidiu, por 30 votos a favor e 2 contra, pela adesão do Hospital Universitá-rio Lauro Wanderley (HULW) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A par-tir da adesão, de acordo com a reitora Margareth Diniz, se esta-belece uma série de etapas para a efetivação. A primeira etapa consiste na assinatura do termo de adesão. Em seguida será feito um diagnóstico da real situação HULW por uma equipe de cin-co pessoas. A terceira e última etapa do processo de adesão será marcada pela assinatura da mi-nuta de contrato

Segundo a reitora, a assinatura do contrato garantirá o atendi-mento à população do Sistema Único de Saúde (SUS) e a ex-clusividade para estágio de estu-dantes da UFPB, estabelecendo as diretrizes para que o hospital melhore seu funcionamento. O prazo para implementação da EBSERH no HULW será de aproximadamente seis meses.

O superintendente do HULW, João Batista da Silva disse que a expectativa é que até o final deste ano a EBSERH inicie seus trabalhos administrativos den-tro do hospital. De acordo com Batista, “100% do nosso atendi-mento será mantido à população do SUS”. Além disso, estão pre-vistas muitas melhorias, já que o governo federal, segundo a reito-ra, já enviou 4 milhões destina-

dos a viabilizar diversos serviços no HULW.

O que faz a EBSERH?A EBESERH (Empresa Brasi-

leira de Serviços Hospitalares) foi criada em 2011, por meio da Lei

nº 12.550 e se caracteriza por ser uma empresa pública de direito privado vinculada ao Ministério da Educação. Ela é responsável pela gestão do Programa de Rees-truturação dos Hospitais Univer-sitários (Rehuf ), que visa melho-

A adesão à EBSERH proporcionará mais equipamentos para o HU

Foto: Nayane

Reportagem: Jessica Morais

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30 UFPB em revista

HULW será administrado pela EBSERH em aproximadamente seis meses

Foto: Rômulo Jefferson

rar a situação dos hospitais das universidades federais de todo o Brasil.

Além de administrar os hospi-tais universitários (HU’s), a EB-SERH desenvolve atividades de assistência médico-hospitalar e ambulatorial. Ela também pres-ta serviços de apoio ao ensino e à extensão das instituições federais, cabendo a mesma a implementa-ção de um sistema único de gera-ção de indicadores qualitativos e quantitativos, estabelecendo me-tas a serem alcançadas.

Novos equipamentos A adesão à EBSERH deverá

proporcionar a chegada de mais equipamentos hospitalares para o Hospital Universitário. O su-perintendente do HU, João Ba-tista, afirma que alguns já estão em fase de instalação. Entre eles encontram-se oito leitos de ci-rurgias, cabos de anestesias, um tomógrafo e um aparelho de res-sonância, dois de raio-x teleco-mandados e dois mamógrafos a serem instalados com circuitos de imagens. Batista afirmou ain-da que o governo federal já ga-rantiu um milhão de Reais para im-plementação do projeto de refor-ma enviado pela reitoria. “A pers-pectiva de melho-rias se apresenta nitidamente a to-dos que chegam ao hospital”, afir-ma ele.

A situação dos funcionários terceirizados e profissionais em geral é outro pon-to-chave da ade-são a EBSERH.

A reitora Margareth Diniz afir-ma que alguns dos trabalhadores terceirizados passarão pela etapa de concursos e outros permane-cerão terceirizados, como os da limpeza, por exemplo. A reitora também salienta que o propósito da reitoria é acompanhar todas as licitações para garantir que os recursos enviados aos trabalha-dores paguem os encargos tra-balhistas de modo a averiguar se foram pagas as férias, vale-trans-porte, entre outros.

Já os profissionais da saúde, como enfermeiros e fisiotera-peutas serão cedidos total ou parcialmente a EBSERH, mas para trabalhos executados dentro do HULW. O hospital tem um grande déficit de profissionais: atualmente conta com 1.059 profissionais exercendo ativida-des em seus diversos setores. Este número considerado baixo em comparação com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre (4.800 funcionários) que é o modelo que a EBSERH tomou como base para implementar no hos-pital universitário da UFPB. No-vas contratações, de acordo com

a reitora Margareth Diniz, serão feitas por meio de concursos pú-blicos.

Vantagem e desvantagemA reitora Margareth Diniz e o

superintendente, João Batista da Silva, preveem muitas vantagens na adesão a EBSERH. Além da chegada de novos equipamentos a possibilidade da recomposição do quadro do pessoal, que está em déficit há 15 anos, está nos horizontes para efetivação. João Batista enfatiza que há muitos equipamentos parados pela falta de mais profissionais que lidem com estes equipamentos.

“A grande desvantagem é que agora teremos uma empresa que reali-za contratações via CLT (Con-solidação das Leis do Trabalho), onde a gestão do hospital será feita de modo compartilhada”, afirma a reitora. Os recursos viabilizados para o hospital não serão mais repassados para a uni-versidade após a adesão da EB-SERH, e sim para a empresa, que em gestão compartilhada com a UFPB se encarregará de aplicar o dinheiro no HULW.

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UFPB em revista 31

Enredados na administração precária que marcaram as gestões da Editora Universitária nos últimos 10 anos, os cerca de 50 livros da Coleção Humanidades, do CCHLA, e que desde 2011 dormitavam a espera da definição do processo licitatório e definição da formatação dos exem-plares, deverão ser entregues em breve. Desde que assu-miu a Editora da UFPB, em 7 de janeiro deste ano, a professora do departamento de Ciência da Informação, Izabel França de Lima, trabalha para organizar e dar vazão a demanda reprimida das publicações universitárias.

Além Coleção Humanidades, também estão sendo pro-duzidos mais 41 títulos de empenhos antigos. Boa parte dos livros dessas coleções já está pronta, dentro dos pa-drões de formatação determinados pelas notas de empe-nho e sendo impressos por gráficas terceirizadas que ga-nharam as licitações para impressão. A previsão é que até o fim do ano sejam publicados em torno de 90 obras.

Ainda na perspectiva de concretizar a produção da comunidade universitária no tocante a publicação de li-vros há também a parceria com o projeto de produção de e-books dos professores Marcos Nicolau, do departa-mento de Mídias Digitais e Guilherme Ataíde do depar-tamento de Ciência da Informação. A proposta é ofer-tar maior visibilidade à produção acadêmica e de levar

o conhecimento que se encontrava apenas no âmbito da academia para a sociedade em geral.

Dívida e ISBN inválidoA dívida de mais de 10 mil Reais foi herança da antiga

administração da Editora Universitária. Este débito trou-xe diversas dificuldades para a nova gestão, que foi impe-dida de publicar livros com ISBN (International Standard Book Number) válidos. A sede da Editora UFPB também foi atingida pelo descaso da gestão passada: instalações e equipamentos sucateados forçaram a Editora a diminuir cada vez mais suas atividades e a perder espaço físico para o pólo Multimídia.

Izabel França conta que encontrou a Editora em si-tuação de abandono. No parque gráfico foi registrado o maior grau de sucateamento, onde nenhuma das máqui-nas do setor tem condição de funcionamento. Com isso, a Edu/UFPB terceiriza, desde alguns anos, as impressões dos livros produzidos pela comunidade acadêmica. Há também a necessidade de equipamentos no setor de edi-toração que, no momento, possui apenas três computa-dores que foram emprestados de outro setor.

Segundo Izabel França, o estado de abandono era tão grave que não havia sequer sala para a administração, e

Direção salda dividas herdadas e publicação de livros está acelerada

Editora está empenhada na produção de 91 titulos além da produção de livros digitais

Reportagem: Nayane Maia.

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32 UFPB em revista

Procurado para esclarecer as motivações da desativação da Gráfica da UFPB, seu ex dire-tor, professor David Fernandes, disse não re-cordar do processo, pois já está “a nove anos afastado do cargo”. Ele enfatiza que “grandes editoras” não têm parque gráfico e que o papel delas é cuidar da produção dos livros, selecio-nar bons textos, e de toda a parte pré indus-trial. “A parte industrial sai mais econômica

para a universidade quando é terceirizada. Na minha época, tinha funcionário que chegava bêbado, fora de hora, máquinas velhas, problemas com materiais incompatíveis. No serviço público é mui-to complicado administrar esses detalhes”.

todos os móveis do lugar encontra-vam-se em estado degradado, muitos infestados por cupins. Sem espaço para organizar e acondicionar os ma-teriais, a reserva técnica, bem como uma grande quantidade de papel para impressão (encomendados no fim da ges-tão Polari, sem uma definição de aplicação, já que os serviços de impressão são terce i r i zados) ficam amonto-ados de forma precária, ex-postos à poeira, umidade e tra-ças.

Também não há espaço para reativar a livraria, fechada desde 2010. Uma vez que não houve o cuidado em organi-zar e contabilizar o acervo e repassar os recursos do que era comercializado em consignação, é possível que a Edi-tora tenha que pagar por livros de ou-tras editoras que foram vendidos na UFPB. Atualmente o controle não pode ser refeito, pois o único com-putador que mantinha o estoque da livraria apresentou problemas e todos os dados foram misteriosamente per-didos, comenta a diretora.

A existência de cadastro de dois CNPJ da Editora UFPB junto à Bi-blioteca Nacional (um relacionado à UFPB, que é o válido, e outro liga-do à Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão, inválido) desem-bocou em outro grave problema: 767 livros cadastrados de forma irregular.Para resolver o problema dos livros que foram publicados com o ISBN inválido, a Biblioteca Nacional orien-tou que a Editora lançasse segundas edições dos mesmos, com os núme-ros regulamentados, processo este que já foi iniciado. No entanto, por questões financeiras, somente os li-vros digitais puderam ser validados. Os livros impressos ainda aguardam verba para serem regularizados.

A diretora Izabel França acredi-ta que é preciso solucionar todas as pendências e organizar a casa para só então dar início às mudanças. Uma das primeiras medidas tomadas pela nova administração foi entregar à reitoria da UFPB um diagnóstico, inclusive com imagens, da situação de abandono em que se encontrava a Editora, desde o parque gráfico até o setor de editoração.

A professora conseguiu junto a Prefeitura Universitária reorganizar o espaço, iniciar algumas reformas e promover a troca de móveis que esta-vam sem condições de uso. Devido a estas mudanças e ao empenho da equipe, o setor de editoração já está normalizado e produzindo diversos livros.

Também foi entregue à reitoria o orçamento e a relação de equipamen-tos necessários para reativar o parque gráfico, no intuito de que a Editora Universitária volte a ser independen-te, tendo o controle sobre a produ-ção sem precisar pagar para que ou-tras gráficas imprimam os materiais. A professora Isabel França procura elaborar uma nova política para a Editora UFPB e montar um comitê editorial, que seja amplo e represen-tativo, inclusive com integrantes lo-tados em outras universidades.

Off sets deterioradas da Editora Universitária

Professor explica razões para fechamento da gráfica

Equipamentos foram deixadas a ceu aberto

José David Fernandes

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Contato

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