Ulpiano O Atual e o Virtual Ou o Objetivo

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7/25/2019 Ulpiano O Atual e o Virtual Ou o Objetivo http://slidepdf.com/reader/full/ulpiano-o-atual-e-o-virtual-ou-o-objetivo 1/21 O atual e o virtual ou o objetivo, o subjetivo e o fora Aulas Transcritas Aula de 12/09/1995 – O atual e o virtual ou o objetivo, o subjetivo e o fora A leitura de jornais ou dos textos sobre cinema dicilmente encontra aluma coisa !ue trate do !ue eu vou di"er a!ui# $ a falta de contato com temas do ti%o &a ser ex%osto' torna &a nossa ex%erimenta()o' dif*cil# + uma %arte muita delicada### de um curso r%ido, em !ue eu ten-o !ue fa"er as ex%osi(.es e como vocs sabem s)o muito %oucos os lmes &dis%on*veis' no rasil !uase n)o temos nada %ara ver# om### 3eleu"e vai marcar, entre outros, a existncia de trs ti%os de cinematem%o, !ue ele c-ama um, de cinemacor%o4 outro, de cinema %ensamento4 e, o outro, de cinemacrebro# $m fun()o desses trs ti%os de cinema, eu vou a%ontar a%enas %ara o cinemacrebro e %ara o cinema cor%o# 6o cinemacor%o, n7s temos aluma coisa %ara ver sobretudo o  8o-n assavetes### e o :odard; a* - o !ue se ver# 6o cinemacrebro, s7 vou colocar o <tanle= >ubric?# O <tanle= >ubric? e esses lmes nais dele !ue tratam desse tema !ue o crebro# Aluna;O :odard cinema do cor%o@ ludio; +# or%o# $ em terceiro luar e a* vem uma com%lexidade maior &vem' o cinema %ensamento# $nt)o, eu vou fa"er uma ex%osi()o %ara a ente merul-ar nesses cam%os# 6)o - diculdade de entendimento no !ue eu vou di"er, mas, devido ao &fato de' serem conceitos fora dos %adr.es normais de estudos !ue n7s fa"emos, %rovavelmente eles &ir)o' tra"er uma %e!uena sur%resa %ra vocs# $u ten-o !ue ser muito %reciso em tudo### e um %ouco r%ido O -omem tem nele um com%onente a !ue -ist7ria deu o nome de subjetividade# $ essa subjetividade !ue um com%onente do sujeito -umano se d### dentro de um mundo f*sico# 3e outra maneira !uando a ente %ensa os elementos ca%a"es de nos darem entendimento sobre o !ue o mund o, o !ue a nature"a, n7s encontramos duas lin-as ou mel-or, dois mundos, !ue na min-a ex%osi()o se com%lementam a objetividade e a subjetividade# O !ue eu estou c-amando de objetividade o mundo f*sico# O !ue !uer di"er mundo f*sico@ undo f*sico onde se d)o todos os %rocessos !ue s)o !u*micos, biol7icos ou mesmo f*sicos, como se c-ama %or a*### %rocessos &!ue' %rovavelmente v)o tra"er uma %e!uena sur%resa %ra vocs; a eru%()o de um vulc)o, o bril-o de uma estrela, o Buir de um rio, uma %edra, a ravidade### Ou seja, a objetividade constitu*da %or um### um bloco###ela um bloco de fatos, um bloco de ocorrncias ocorrncias naturais; ecli%ses, c-uva### tudo o !ue na linuaem cotidiana n7s c-amamos de

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O atual e o virtual ou o objetivo, o subjetivo e o fora

Aulas Transcritas

Aula de 12/09/1995 – O atual e o virtual ou o objetivo, o subjetivo e o fora

A leitura de jornais ou dos textos sobre cinema dicilmente encontra alumacoisa !ue trate do !ue eu vou di"er a!ui# $ a falta de contato com temas doti%o &a ser ex%osto' torna &a nossa ex%erimenta()o' dif*cil# + uma %artemuita delicada### de um curso r%ido, em !ue eu ten-o !ue fa"er asex%osi(.es e como vocs sabem s)o muito %oucos os lmes &dis%on*veis'no rasil !uase n)o temos nada %ara ver#

om### 3eleu"e vai marcar, entre outros, a existncia de trs ti%os decinematem%o, !ue ele c-ama um, de cinemacor%o4 outro, de cinema%ensamento4 e, o outro, de cinemacrebro# $m fun()o desses trs ti%os decinema, eu vou a%ontar a%enas %ara o cinemacrebro e %ara o cinemacor%o# 6o cinemacor%o, n7s temos aluma coisa %ara ver sobretudo o

 8o-n assavetes### e o :odard; a* - o !ue se ver# 6o cinemacrebro, s7 voucolocar o <tanle= >ubric?# O <tanle= >ubric? e esses lmes nais dele !uetratam desse tema !ue o crebro#

Aluna;O :odard cinema do cor%o@

ludio; +# or%o#

$ em terceiro luar e a* vem uma com%lexidade maior &vem' o cinema%ensamento# $nt)o, eu vou fa"er uma ex%osi()o %ara a ente merul-arnesses cam%os# 6)o - diculdade de entendimento no !ue eu vou di"er,mas, devido ao &fato de' serem conceitos fora dos %adr.es normais deestudos !ue n7s fa"emos, %rovavelmente eles &ir)o' tra"er uma %e!uenasur%resa %ra vocs# $u ten-o !ue ser muito %reciso em tudo### e um %oucor%ido

O -omem tem nele um com%onente a !ue -ist7ria deu o nome desubjetividade# $ essa subjetividade !ue um com%onente do sujeito-umano se d### dentro de um mundo f*sico# 3e outra maneira !uando aente %ensa os elementos ca%a"es de nos darem entendimento sobre o !ue o mund o, o !ue a nature"a, n7s encontramos duas lin-as ou mel-or,dois mundos, !ue na min-a ex%osi()o se com%lementam a objetividade ea subjetividade#

O !ue eu estou c-amando de objetividade o mundo f*sico# O !ue !uerdi"er mundo f*sico@ undo f*sico onde se d)o todos os %rocessos !ue s)o!u*micos, biol7icos ou mesmo f*sicos, como se c-ama %or a*### %rocessos&!ue' %rovavelmente v)o tra"er uma %e!uena sur%resa %ra vocs; aeru%()o de um vulc)o, o bril-o de uma estrela, o Buir de um rio, uma %edra,a ravidade### Ou seja, a objetividade constitu*da %or um### um bloco###ela um bloco de fatos, um bloco de ocorrncias ocorrncias naturais;

ecli%ses, c-uva### tudo o !ue na linuaem cotidiana n7s c-amamos de

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nature"a# + o mundo f*sico ou objetivo# $ junto com esse mundo entran-ado com esse mundo estaria a subjetividade#

O !ue eu c-amo de subjetividade !ual!uer ser vivo### as eu n)o vou meim%ortar com !ual!uer ser vivo vou me im%ortar a%enas com o -omem#

$nt)o, o -omem um ser !ue constitu*do %or uma estrutura %sicoorCnica# $le um ser !ue tem um oranismo e esse oranismo tem uma%sicoloia uma estrutura %sicol7ica# $strutura %sicol7ica !uer di"er o!u@ O -omem v, sente, raciocina, imaina## # Todas essas %rticas### ver,sentir, falar, son-ar, etc### c-amamse subjetividade# A subjetividade oexerc*cio de uma estrutura %sicol7ica# $ssa estrutura %sicol7ica marca a%resen(a no mundo de um com%onente diferente da objetividade f*sica# +essa subjetividade !ue era os %rocessos do son-o, da imaina()o, damem7ria, do del*rio, do racioc*nio, da linuaem### Ou seja, o !ue eu estouc-amando de subjetividade aluma coisa !ue tem %ro%riedadesinteiramente suas; son-ar, dormir, falar, imainar### todas essas %rticas

s)o da ordem subjetiva#

A subjetividade , ent)o, aluma coisa voltada %ara o meio onde ela se d esse meio o mundo f*sico# O meio onde ela se d o mundo f*sico# Dor isson)o - como &se' colocar de um lado a subjetividade e de outro lado aobjetividade elas est)o entran-adas uma na outra# $las est)o entran-adas n)o - %ossibilidade de um sujeito -umano ou de uma subjetividadeexercer a sua vida sem um territ7rio f*sico# + necessrio !ue -aja umterrit7rio f*sico %ara !ue essa subjetividade exer(a a sua existncia# A %artirda* eu vou c-amar, tanto o mundo subjetivo !uanto o mundo objetivo###

O !ue o mundo objetivo@ O mundo objetivo s)o os fatos f*sicos### c-uva,dia de sol, dia de c-uva, calor, !ueda de uma %edra, a ravidade, um beijo###<)o esses os fatos f*sicos $ do lado de c, os fatos subjetivos### son-ar,dormir, acordar, falar, memori"ar, lembrar### $nt)o, esses dois mundos, umse c-ama objetivo, o outro, subjetivo ou mel-or um se c-ama %sicol7ico,o outro se c-ama f*sico# undo f*sico e mundo %sicol7ico#

<e n7s, -oje, em !ual!uer luar do mundo, em !ual!uer luar deste%laneta, entrarmos numa universidade, o !ue - %ara estudar ou o mundosubjetivo ou o mundo objetivo -averia esses dois %lanos# $m %rimeiroluar, o %lano do subjetivo !ue o %lano do %sicol7ico4 e o %lano doobjetivo !ue o mundo f*sico# $sse %lano do %sicol7ico se distribui em<ocioloia, Antro%oloia, EinF*stica e### tudo !ue &leva o nome' de cincias-umanas4 e o %lano f*sico a Gu*mica, %ode ser a ioloia, a H*sica, etc#

$nt)o, o cam%o de saber de !ual!uer -omem normal abrane os dois osexerc*cios subjetivos e os exerc*cios f*sicos# Guando voc encontra um-omem &%or n7s considerado' um sbio, a sabedoria dele est constitu*da%elo con-ecimento da subjetividade e %elo con-ecimento da objetividade omundo f*sico e o mundo %sicol7ico# $ isso invarivel em !ual!uer luar!ue vocs forem dicilmente vai variar# $sse mundo subjetivo, %orexem%lo, era duas %rticas !ue s)o fundamentais %ara a vida do -omem a %rtica l7ica e a %rtica matemtica# Guer di"er a E7ica e a

atemtica se oriinam na subjetividad e# $ a su%osi()o da subjetividade de !ue o mundo f*sico ao receber as %rticas l7icas e matemticas se

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submeta a essas %rticas### e o -omem %ossa entender o mundo f*sico,utili"ando E7ica e atemtica# Eoo a E7ica e a atemtica fariam %arteda subjetividade#

Guando voc vai estudar, voc vai estudar E7ica, atemtica# $ o !uemais@ Dsicoloia, <ocioloia, Antro%oloia### &!ue' s)o cincias %ro%riamente%s*!uicas cincias da subjetividade# Aora, se voc vai estudar H*sica,Gu*mica, etc#### s)o cincias da objetividade# $m fun()o dessa com%osi()oentre o subjetivo e o f*sico; entre os dois como uma jun()o dos dois estaria o crebro# ##

omo jun()o dos dois estaria o crebro o crebro seria o meio !ue o-omem teria de voltarse sobre si en!uanto estudante do %si4 e voltarse%ara o mundo f*sico# $nt)o, no nosso mundo a%arece uma %rtica c-amadabioloia do crebro# Drovavelmente, a bioloia do crebro o maisdesenvolvido dos estudos !ue n7s fa"emos &na atualidade'#

uito bem 6)o -aver nen-uma sur%resa %ara de n7s, se formos a!ual!uer rei)o, n)o s7 deste %laneta, mas a !ual!uer rei)o desteuniverso e encontrarmos %rticas te7ricas, cinematorcas, art*sticas !uese reram ao subjetivo e ao objetivo# Hicaremos inteiramente bem, se num%laneta distante encontrarmos um mundo, n)o im%orta !ual, em !ue otrabal-o dele seja no subjetivo e no objetivo n7s vamos nos recon-ecerDor exem%lo; o 3eus crist)o, ou mel-or o 3eus judaicocrist)o !ue odeus !ue %redomina no mundo ocidental um deus subjetivo#

O !ue !uer di"er um deus subjetivo@ $le constitu*do com os com%onentes!ue constituem uma subjetividade# Ou seja, se voc est estudando

subjetividade e objetividade, esse deus fa" %arte da subjetividade# O 3eus judaicocrist)o , como eu, uma### %essoa# $nt)o### $le tem intelincia, $letem vontade# ## o 3eus judaicocrist)o %ossui todos os mecanismos !ueexistem numa subjetividade comum &de um modo' um %ouco diferente#$nt)o, incluir 3eus no estudo da subjetividade e da objetividade n)o !uebrao es!uema !ue eu colo!uei %ara vocs n7s continuamos no interior does!uema da subjetividade e do es!uema da objetividade# A subjetividade o %sicol7ico, a objetividade o f*sico# $ n7s ter*amos esse mundo a*### IT@J

O %rimeiro momento, um %ouco dif*cil, a%arece aora# O mundo %sicol7icose constitui %or dois elementos !ue eu vou c-amar de forma e conteKdo# Amem7ria, %or exem%lo, uma %rtica subjetiva# Eoo, a mem7ria umaforma da subjetividade# &Tambm' a intelincia uma forma dasubjetividade, e a imaina()o uma forma da subjetividade# &$' toda formaim%lica em conteKdo#

Guando eu utili"o a forma mem7ria, essa Lforma mem7riaL a%reende umconteKdo !ual!uer### e esse conteKdo c-amado de antio %resente#

Guando eu utili"o a forma intelincia, essa Lforma intelinciaL utili"a umconteKdo !ue s)o as estruturas racionais, as estruturas l7icas ou asestruturas matemticas#

Guando eu utili"o a forma imaina()o, essa Lforma imaina()oL lida comum conteKdo !ue s)o imaens soltas#

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%sicol7ica ou da estrutura f*sica !ue n)o esteja no %resente do tem%o# Dorisso, eu vou identicar a objetividade e a subjetividade como %ertencentesao !ue se c-ama mundo atual#

+ o mundo atual# $sse mundo atual tanto o subjetivo !uanto o f*sico coordenado %elas lin-as l7icas da -ist7ria# Ou seja, as reras !uecomandam o mundo atual %resente da %sicoloia e do mundo f*sico s)oas reras da coerncia l7ica do -ist7rico# oerncias l7icas do -ist7rico

Guando, %or exem%lo, vocs vem um faroeste, ou mesmo um lmenaturalista n)o im%orta4 !uando vem um lme do Nitc-coc? %oucoim%orta### todos esses lmes s)o overnados %ela %resentica()o do%sicol7ico e a %resentica()o do mundo f*sico# Ou seja; um cinema !ue %elo menos su%ostamente se desenrola no %resente do tem%o# A* vocs%eruntam; Lmas n)o %ode &-aver' um Bas-bac? se &dando' no %assado@LDode### mas !uando a!uele Bas-bac? se d, ele se d no %resente; no%resente antio Tudo !ue se d nesse cinema se c-ama atual o universo

do atual#

l#; Hoi bem %ara vocs ou &-' %roblemas@

Al#; $stou %ensando na Dsicanlise###

l#; O !ue !ue tem a Dsicanlise@

Al#; $m rela()o @@ atuali"a()o, esse %resente do tem%o@###

l#; A Dsicanlise### eu n)o vou examinar a Teoria da Dsicanlise, mas###!ual!uer %rtica !ue o %sicanalista "er uma %rtica !ue se d no%resente do tem%o# 6)o tem como sair; %sicol7ico, f*sico est %resono %resente do tem%o# 6)o tem como sair; uma rera da %sicoloia e uma rera do mundo f*sico#

$nt)o, eu vou %rodu"ir um enunciado um enunciado te7rico %oderos*ssimo e ver se vocs entenderam# <e n)o, eu vou retornar e tentar ex%licarnovamente#IT@J

6essa tese, o %resente a dimens)o %resente %reenc-e todo o tem%o# <7- o %resente do tem%o I<e vocs entenderam, tentem me %eruntar#J 6)o- outra dimens)o do tem%o; no mundo %sicol7ico e no mundo f*sico s7existe o %resente#

Al#; as, ent)o, laudio, eu n)o ten-o %assado@

l#; Tem# as o seu %assado um antio %resente# Moc tem assim; antios%resentes, %resentes atuais e %resentes !ue v)o c-ear# Tudo %resente O%resente %reenc-e tudo Moc n)o encontra nada no mundo objetivo e nomundo subjetivo !ue n)o seja atual# $ o atual sem%re %resente# $nt)o,!uando voc est n)o im%orta se no cinema, na cincia ou na arte lidando com a %sicoloia### ou mel-or, lidando com o subjetivo, lidando como objetivo, voc est lidando com a atualidade do %resente do tem%o# Tudoisso overnado %elo %resente do tem%o# $ o mel-or enunciado, oenunciado !ue conclui, !ue o %resente %reenc-e todo o tem%o# O tem%o

&' %reenc-ido### somente %elo %resente# Ou mel-or, aora, !uando eu faloatual, essa ex%ress)o atual sinPnimo de %resente no tem%o# Tudo !ue

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atual %resente no tem%o Tudo !ue atual %resente no tem%o Tudo !ue atual %resente do tem%o Tudo !ue for %sicol7ico e for f*sico, tudo !uefor subjetivo e objetivo %resente no tem%o

IMou dar %or mais ou menos com%letoJIT@J#

IDor!ue a!ui !ue come(am a a%arecer as oriinalidades### $u vou serlento### mas vou dar um exem%lo %ra vocs#J

<e eu estou di"endo !ue atual sinPnimo de %resente no tem%o, se eu falar%assado e futuro### o %assado e o futuro s)o inatuais# Atual s7 o %resenteno tem%o# 6)o existiria no mundo da %sicoloia e no mundo f*sico outradimens)o do tem%o !ue n)o fosse %resente#

I$u sei !ue aluns de vocs, !ue n)o est)o acostumados a ouvir isso !ue euestou falando est)o com diculdade# as uma ex%erimenta()o muitosim%les %ara com%reender o !ue estou di"endo#J

 Toda e !ual!uer atividade %sicol7ica !ue n7s tivermos se d no %resentedo tem%o# Gual!uer atividade %sicol7ica !ue n7s tivermos### necessariamente, tem !ue se dar no %resente do tem%o# $ !ual!ueratividade f*sica tambm se d no %resente do tem%o# $nt)o## o %resente dotem%o a atuali"a()o da subjetividade e da objetividade# O %resente dotem%o atuali"a a subjetividade e atuali"a a objetividade# Ierto@J

IAora eu vou come(ar uma marc-a### uma marc-a cr*tica# $ durante %elomenos umas duas aulas, eu vou car nessa marc-a cr*tica# A marc-a cr*tica,%or exem%lo### eu vou %rodu"ir a%enas um enunciado O enunciado vai%rodu"ir a %rimeira lin-a de### fua#J

+ >ier?eaard um l7sofo dinamar!us# $ ele tem uma ex%ress)o incr*vel$le usa a %alavra alma e di" assim; L a min-a alma n)o nem %sicol7icanem f*sica# L 6)o nada, um enunciado La min-a alma n)o %sicol7icanem f*sica#L as se a ente levar em considera()o o !ue >ier?eaard estensinando, ele est di"endo aluma coisa sur%reendente $le est falandode um ti%o de ser !ue n)o est nem na subjetividade, nem na objetividade !ue seria a alma# $le estaria constituindo aluma coisa fora dasubjetividade, fora da %sicoloia4 fora da objetividade, fora da f*sica### $ mais rave do !ue isso### ele estaria %rodu"indo aluma coisa !ue n)oseria atual, !ue seria inatual# $st %rodu"indo aluma coisa muito

sur%reendente# I$u sei !ue ainda est dif*cil###J Dor!ue a ex%ress)o !ue eleusou, foi uma ex%ress)o !ue %arece ser tirada dos interesses dele emboran)o seja# $le di" !ue - dentro dele aluma coisa !ue ele c-ama de### alma !ue n)o nem subjetiva nem f*sica# + isso !ue ele di" $ se n)o for nemsubjetiva nem for objetiva, a* n7s j sabemos de aluma coisa n)o atual### n)o atual# as### deixa o >ier?eaard %ara l### Dor!ue, %oren!uanto, ele ainda n)o %ode nos ajudar muito#

as a* eu %eo um %ensador mais %r7ximo de n7s !ue o erson# $ oerson, na obra dele, vai trabal-ar com o conceito de inconsciente# $ esseconceito de inconsciente um conceito c-armoso e vitorioso no sculo QQ,In)o @J# $le um conceito t)o %oderoso como foi, %or exem%lo, o conceitode luta de classes# 6o sculo QQ, esse conceito de inconsciente foi umconceito %oderos*ssimo# A luta de classes Labaixou um %ouco a cristaL, mas

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o conceito de inconsciente %ermanece com um %oder muito rande aindano sculo QQ#

Al#; $st substituindo este conceito de inconsciente %ela subjetividade@

l#; 6)o ouvi### 3eixa eu concluir, %ara voc %oder entender# 3eixa eu

concluir#$ste conceito de inconsciente, %eo %elo erson e %eo %elo Hreud, ! uerdi"er, os dois Hreud e erson falando sobre o inconsciente;

Guando Hreud fala de inconsciente, ele di" !ue o inconsciente umaestrutura %sicol7ica# $nt)o, %ara o Hreud, o inconsciente %ertence subjetividade, %ertence %sicoloia# om 8 aluma coisa# Delo menos%ara o Hreud, o inconsciente n)o %ertence ao mundo f*sico, %ertence estrutura %sicol7ica; %ara o Hreud, ele subjetivo# $nt)o, a %sicoloia, %arao Hreud, ou a subjetividade -umana, %ara o Hreud, tem, como se di", doisto%os, dois luares a conscincia e o inconsciente ambos %ertencendo estrutura %sicol7ica# $ %ertencendo estrutura %sicol7ica, ambos v)omanter a %osi()o de atualidade ambos s)o atuais#

Aora###

Guando erson fala do inconsciente, ele vai introdu"ir uma incr*velsur%resa# $le di"; LO inconsciente n)o %sicol7icoL# Guando ele di" &!ue'o inconsciente n)o %sicol7ico imediatamente o -omem tradicional doocidente di" o !u@ <e n)o %sicol7ico ### o !u@ H*sico ele&res%onde' imediatamente# Dor!ue s7 ter*amos estas duas rei.es a rei)odo f*sico e a rei)o do %sicol7ico# &erson' di"; 6 )o, n)o %sicol7ico###

mas n)o f*sico# $le di" isso n)o %sicol7ico e n)o f*sico#67s temos uma sa*da a!ui se eu redu"o o %sicol7ico e o f*sico ao atual# ###e %rojeto um conceito e esse conceito n)o se a%lica nem ao %sicol7ico nemao f*sico### evidentemente !ue esse conceito n)o atual# I6)o sei se foibem assimJ#

$nt)o, eu vou c-amar### nessa entrada, nesse %ercurso dif*cil !ue n7sestamos fa"endo### eu vou c-amar### %ara vocs verem a rande"a do !ue o cinema; o cinema uma coisa admirvel# ## nesse %ercurso !ue n7sestamos fa"endo, muito tenuamente, %elo erson e %elo >ier?eaard, n7sencontramos dois conceitos ambos inatuais inconsciente no erson4 e

alma no >ier?eaard# <eriam inatuais n)o seriam nem f*sicos nem%sicol7icos4 nem subjetivos nem objetivos# IT@J Aora## #

N uma imediata conse!Fncia do !ue eu disse; esse inconsciente doerson e essa alma do >ier?eaard, se elas n)o s)o nem subjetivas nemobjetivas### elas n)o s)o atuais# 6)o s)o atuais4 loo, elas n)o est)o### no%resente do tem%o; s)o inatuais# ## s)o inatuais#

Mamos levar os dois a srio# Mamos levar o erson e o >ier?eaard a srio#$u como %es!uisador estou acostumado a lidar com a subjetividade### e alidar com a f*sica, com a objetividade# $ ao lidar com esses dois eu lido

com o %resente do tem%o# as, se eu aceitei o >ier?eaard e aceitei oerson### e vou aora avan(ar na alma e no inconsciente# ## eu ten-o !ue

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merul-ar nos abismos do tem%o# $u saio do %resente do tem%o e merul-ono abismo do tem%o#### %or!ue eu merul-o no inatual#

Aluma coisa de sur%reendente est come(ando a acontecer $stcome(ando a acontecer a %resen(a de um com%onente !ue n)o fa" %artenem da subjetividade nem da objetividade# Ou seja um l7sofo com oconceito de alma sai da %sicoloia e sai da f*sica# O outro !ue o erson com o conceito de inconsciente !ue, %elo !ue vocs est)o vendo, nada tema ver com o conceito de inconsciente do Hreud### Dor!ue &este' inconscientedo Hreud %ertence %sicoloia &o inconsciente' %sicol7ico# O conceitodo erson n)o %sicol7ico# $nt)o, foi lan(ada &e o' !ue me im%orta uma nova rei)o a rei)o do inatual# IT@J

A rei)o do inatual# ##

67s n)o sabemos nada sobre esse inatual# ## <abemos, &a%enas', !ueerson e >ier?eaard falaram aluma coisa sobre isso# <obre esse

inatual# ## &%ara o !ual' eu vou dar trs nomes# $u vou lan(ar trs nomes%ara ele, %ara ele### o inatual# <)o trs nomes %eda7icos, !uer di"er %oronde eu %osso come(ar a fa"er vocs entenderem# $u vou usar os nomes de%oss*vel, virtual e %rovvel# $ di"er !ue o %oss*vel, o virtual e o %rovvel n)o seriam com%onentes do !ue se c-ama mundo atual#

Doss*vel, virtual e %rovvel# IMamos ver o !ue isso, t@J#

$u disse !ue os conceitos de inconsciente e de alma do erson e do>ier?eaard estariam fora da subjetividade e da objetividade# $stando forada subjetividade e da objetividade s)o inatuais# Rmediatamente eu arranjeitrs ti%os de inatualidade# Os trs ti%os s)o o %oss*vel, o virtual e o

%rovvel# <eriam trs ti%os de inatualidade#

S $stou um %ouco sem ar###

IO nosso %rocesso ainda muito iniciante# Talve" at o m da aula a enteten-a crescido um %ouco, viu@J

Mou dar %ra vocs um exem%lo de %rovvel#

O %rovvel atual@ 6)o atual# Moc %ea dois dados### %ea dois dados#3ado todo mundo sabe o !ue &um dado', n)o@ O dado tem seis faces,seis lados IT@J# Moc bota cinco %ontin-os &em' cada lado de &um dos

dados'### ent)o, cada lado dos seis lados do dado tem cinco %ontin-os,cinco### em cada lado, de um dos dados# $ no outro dado, cinco lados tm onKmero cinco e um lado tem o nKmero um# m dado tem seis lados comcinco### e o outro dado tem cinco lados com o nKmero cinco e um lado com onKmero um# Antes de eu joar os dados eu sei de aluma coisa !ue mais%rovvel dar de" do !ue seis#I$ntenderam@J O de" e o seis !ue s)o mais%rovveis ainda n)o s)o atuais# <)o %rovveis, mas n)o s)o atuais# $nt)o,a %robabilidade### muito n*tido o !ue estou di"endo### ###a %robabilidade um modo de n7s %ensarmos tanto a subjetividade como a objetividadecomo sendo reuladas %elo caos# O !ue !uer di"er isso@ 3i"em os bi7loos!ue, se eles fossem fa"er uma com%osi()o da %ossibilidade do nascimento

da vida nesse %laneta, a %ossibilidade era de um %ara um tril-)o e ainda

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assim a vida a%areceu# Eoo, o cam%o da %robabilidade abre %ara n7s ocaos#

O !ue !uer di"er o caos@ Guer di"er !ue voc n)o sabe o !ue vai acontecer voc s7 tem uma %robabilidade#

A cincia do sculo QQ, modelada %ela H*sica GuCntica, trabal-a nessecam%o da %robabilidade# + mais %rovvel !ue A seja A, do !ue A n)o seja A#A %artir desse mundo da %robabilidade n7s nunca faremos umaarma()o###### n)o faremos uma arma()o absoluta n7s faremos sem%re&arma(.es' em torno da %robabilidade# $nt)o, essa no()o de %rovvel###nitidamente n)o atual# $n!uanto os dados est)o sendo balan(ados %ormim### eles n)o s)o nada atuais# $les s7 se atuali"am na -ora !ue caem mas antes de ca*rem eu j ten-o a %robabilidade deles# Ierto@J $nt)o mais %rovvel !ue em 100 mil anos### mais %rovvel !ue em 100 mil anosum cometa se c-o!ue com o %laneta Terra, do !ue n)o &se c-o!ue'# Dorisso, vai ser necessrio, %ara a -umanidade, um dia mudar de %laneta#

I $ntenderam@J A -umanidade tem de mudar de %laneta, sen)o vai acabarO !ue mais %rovvel !ue ocorra !ue um cometa se c-o!ue com o%laneta Terra num %er*odo a* de 100 mil anos# $nt)o, a %robabilidade umelemento nitidamente inatual# $ sendo inatual, n)o est no %resente dotem%o e est fora da subjetividade e fora da objetividade# $st fora dosdois#

Os randes artistas do cinematem%o semel-an(a desse exem%lo aindamuito sim%l7rio !ue eu dei, da %robabilidade, dos dados todos os randesartistas do cinematem%o v)o %rodu"ir um cinema em !ue a dimens)o dotem%o est fora do tem%o atual# $les v)o %rodu"ir um cinema fora da

dimens)o atual# $les v)o sair da dimens)o atual# $nt)o, o exerc*cio decineastas do ti%o Uobbe:rillet, Orson Velles, do %r7%rio assavetes### uma !uebra da domina()o do %sicol7ico e do f*sico, da subjetividade e daobjetividade# $les v)o merul-ar numa terceira rei)o# $ssa terceira rei)o,!ue n)o subjetiva nem objetiva, dentro da linuaem de dois randes%ensadores do sculo QQ, dois %ensadores formidveis do sculo QQ um,ic-el Houcault e o outro, aurice lanc-ot c-ama&se' L fora L ou de-ors,em francs# O L fora L ou seja aluma coisa !ue n)o %ertence ao%sicol7ico nem ao f*sico# Aluma coisa !ue n)o %ertence subjetividade en)o %ertence objetividade !ue, conforme eu ex%us %ara vocs no>ier?eaard c-amase alma e no erson c-amase inconsciente#

O !ue est acontecendo !ue, se o cinema tenta se construir fora do%resente do tem%o### se o cinema !uer %rodu"ir um cinema !ue n)o ocinema atual o cinema est ex%erimentando o inatual# $le est fa"endouma ex%erincia no inatual# Ou seja, est fa"endo uma ex%erincia no !ueeu c-amei de abismo do tem%o# $st merul-ando no tem%o erul-ar notem%o sair da rei)o da subjetividade e da objetividade ou mel-or, sairdo cinema %sicol7ico e do cinema -ist7rico# Moc abandona essas duaslin-as de cinema# Abandona essas duas lin-as de cinema e todas asramica(.es !ue esses dois ti%os de cinema v)o %ossuir#

Aluna; @@ um %ouco assim do fora###@

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ludio; $u estou tentando### Todo o meu objetivo tentar falar alumacoisa sobre essa terceira rei)o %ra vocs#

Guando n7s###

 Todo o meu objetivo o !ue eu res%ondi %ra ela falar### &sem utili"

los' da alma do >ier?eaard, do inconsciente do erson, ou do fora dolanc-ot e do Houcault# Todo o meu objetivo esse Dor!ue este fora, esteinconsciente e esta alma estar)o %resentes n)o como inconsciente, n)ocomo alma e nem como fora estar)o %resentes em vrios lmes, em vrioscinemas### Dor exem%lo### vocs %odem ver &um' lme maravil-oso &do' VinVenders, !ue est %assando a* &uma' verdadeira bele"a, &uma' verdadeiraobra %rima do cinema ele man*co + uma ex%erimenta()o nisso !ueeu estou falando#

$nt)o, eu vou tentar###

$u ac-o !ue conseui assim uma certa dis%osi()o de temas !ue &me dar)o'meios %ara falar dessa terceira instCncia novamente !ue se c-ama foraem Houcault, fora em lanc-ot %ode ter alum !ue estude Eiteratura a!ui fora ou de-ors em francs, !ue em erson se c-ama inconsciente e em>ier?eaard, alma#

Mou fa"er uma narrativa %ra ver se vocs a%reendem isso### e todas asconse!Fncias !ue v)o### ocorrer# onse!Fncias !ue &fa"em com !ue' o-omem comum !ue s7 lida com a subjetividade e com a objetividade### &ao' se de%ara&r' com &o' !ue vou falar %ra vocs, merul-e no caos e noaturdimento# $ !uando eu falo do -omem comum, eu estou falando dauniversidade %lanetria a universidade feita %ara o -omem comum# Dor

isso, ela lida sem%re com a subjetividade e com a objetividade#

$nt)o, na %rimeira ex%erimenta()o do !ue eu estou falando###

6a Hilosoa Antia, na Hilosoa :rea, !uando os l7sofos %ensavam otem%o### !uando eles %ensavam o tem%o, eles consideravam o tem%o umcom%onente do mundo f*sico# O tem%o era %ensado como osmoloia###como Astronomia ou, %ode botar### como Astroloia# O tem%o era umcom%onente do mundo f*sico# Ou seja, o mundo f*sico %ossu*a dois ti%os decom%onentes o tem%o e o movimento# Moc teria ent)o o mundo antiotodo overnado %or essas reras#

Dor en!uanto, como estou colocando %ara vocs, &de modo' muito sim%les n)o estou fa"endo nen-uma teoria es%ecial### $u estou a%enas di"endo;

<e vocs forem ler Arist7teles, se vocs forem ler Dlat)o, se vocs forem leros descendentes imediatos desses dois l7sofos### $les ao falarem domundo do tem%o dir)o !ue o tem%o uma entidade f*sica, uma entidadeda objetividade# Ierto@J ma entidade !ue %ertence objetividade#

Aora, se n7s %assarmos %ara o <culo M d## e encontrarmos um %ensadorc-amado <anto Aostin-o### a rande viraem !ue o <anto Aostin-o vaifa"er ele vai tirar o tem%o do mundo f*sico ou do mundo objetivo e botar o

tem%o no mundo subjetivo# $le tira da objetividade e coloca nasubjetividade# $nt)o, a rande %rtica de <# Aostin-o foi ter interiori"ado otem%o# $le &o' interiori"ou# Tirou&o' do mundo objetivo e &o' colocou no

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mundo subjetivo# $le &considerou' !ue o tem%o n)o era %ro%riamentecosmol7ico o tem%o seria %ro%riamente %sicol7ico# I Rsso numa entradarosseira %ara a ente com%reender o !ue est se %assando a!uiJ#

$sses dois %rocedimentos s)o fceis de serem entendidos# Dor!ue !uando aente %erunta sobre o tem%o e identica o tem%o ao mundo f*sico, muitofcil Guer di"er, a Terra ira em torno do <ol em 2W-### In)o isso@J 6)o,em torno do <ol em um ano, In)o @J $nt)o, nesse iro !ue ela fa", otem%o a%arece###

Ivirada de taJ

EA3O

&$U:<O6'

@@ uma entidade da %sicoloia, uma entidade da subjetividade### At!ue, na evolu()o e no %roresso da sua teoria esses dois conceitos s)o

dois conceitos extraordinrios; evolu()o e %roresso de uma teoria ou nodesenvolvimento da sua teoria, ele come(a a libertar o tem%o dasubjetividade# $le come(a a tirar o tem%o da subjetividade mas n)o joa otem%o de volta %ara a objetividade# 6a -ora em !ue &ele fa"' essemovimento &de' retirar o tem%o da subjetividade e n)o jolo de volta %araa objetividade, ou seja n)o fa"er a mesma %rtica !ue a losoa reateria feito### ele cria o conceito de virtual# $ o conceito de virtual vai ser ac-ave %ara o nosso trabal-o#

Mirtual n)o !uer di"er subjetivo nem objetivo# O virtual aluma coisa forada subjetividade e fora da objetividade# $le n)o nem subjetivo nem

objetivo# $nt)o como se o erson criasse, inventasse### Mamos di"er### seo erson fosse um cosm7loo, ele estaria colocando, entre a Terra e a Eua,um terceiro %laneta# O erson est fa"endo isso# $le est colocando fora dosubjetivo e fora do objetivo, uma entidade !ue ele c-ama de virtual# $ssevirtual sinPnimo, de### seundo ele### tem%o %uro# + dif*cil, nessemomento### O !ue n7s sabemos !ue o erson n)o vai concordar com oArist7teles desta aula %or!ue %ara o Arist7teles o tem%o f*sico#### n)ovai concordar com <anto Aostin-o desta aula %or!ue %ara <antoAostin-o o tem%o %sicol7ico### $ ele vai di"er !ue o tem%o est fora dasubjetividade e est fora da objetividade# Dor isso inatual# $ ele vai dar onome de virtual# IMamos tentar entrar nesse mundo, certo@J

$nt)o, o meu esfor(o tentar %enetrar, !uase !ue do mesmo modo !ue o3eleu"e e os randes %ensadores de cinema v)o fa"er com o tem%o# Oumel-or, o conceito de virtual, a idia de virtual exclui, %ara a suacom%reens)o, os com%onentes do subjetivo e os com%onentes do objetivo#<e n7s !uisermos entender o virtual e n7s vamos tentar entender n7sn)o %oderemos nos servir nem do subjetivo nem do objetivo#

IAora, vamos %enetrar###J

A nossa subjetividade uma estrutura %re%arada %ara se efetuar e seatuali"ar no mundo f*sico# Guando voc encontra um -omem &voc verica

!ue' ele atuali"a a existncia dele no mundo f*sico# A estrutura subjetivadele toda voltada %ara dar conta do mundo f*sico# $ssa estrutura subjetiva

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vai receber o nome de es!uema sens7riomotor# O es!uema sens7riomotor a estrutura !ue !ual!uer subjetividade %ossui# &Gual!uer subjetividade'%ossui &essa estrutura'### $ essa estrutura tem um objetivo# O objetivo efetuar a existncia de um ser %sicoorCnico no mundo f*sico# IMocsentenderam esse enunciado@J $fetuar a existncia de um ser %sicoorCnico

no mundo f*sico# Rsso se c-ama es!uema sens7riomotor# $nt)o, se %orexem%lo, o :ar= oo%er est com o es!uema sens7riomotor deciente, oEee arvin mata ele# O es!uema sens7riomotor o com%onentefundamental do cinema c-amado realista ou do cinema naturalista# Oes!uema sens7riomotor fundamental &nesses ti%os de lmes'# Moc tem!ue estar com esse es!uema sens7riomotor inteiramente %reciso,funcionando das maneiras mais %erfeitas %oss*veis# $m 8anela Rndiscreta ,Dor exem%lo, o Nitc-coc? leva o es!uema sens7riomotor a uma crise %orcausa de uma %erna !uebrada# ITodo mundo viu esse lme@J ma %erna!uebrada for(a o 8ames <teXart a n)o %oder air, &a' s7 %ode ol-ar ele s7%ode ol-ar# <7 %odendo ol-ar e n)o %odendo air### &Mejam' o !ue ocorre,

-eim@ + muito dif*cil o !ue eu vou di"er ###ele !uebra o v*nculo !ue ele temcom o mundo#

O v*nculo !ue n7s temos com o mundo um vinculo de a()o e rea()o# Omundo a%arece %ara n7s %ara n7s airmos sobre ele e reairmos sobre ele#<e voc tem duas %ernas !uebradas ou uma %erna !uebrada !ue ele!uebra a seunda no m do lme o !ue entra em crise o v*nculo com omundo# O seu v*nculo com o mundo entra em crise# $nt)o , !uando oNitc-coc? !uebrou a %erna do 8ames <teXart, o objetivo dele era mostrar osv*nculos !ue a subjetividade fa", com a objetividade em crise# Rsso , noNitc-coc?, vai an-ar mais for(a no lme m cor%o !ue cai vocs viram

m cor%o !ue cai@ Merti o@ 8ames <teXart, >im 6ova? 6esse lme, o 8ames <teXart um %olicial !ue, !uando sobe uma escada, &%or exem%lo',ca tonto# &$le' ca inteiramente %aralisado, fascinado# $nt)o na -ora em!ue ele ca %aralisado o v*nculo sens7riomotor se !uebra, o v*nculo !ueele tem com o mundo# A!uilo se !uebra#

I$nt)o, anotem essa no()o !ue eu estou dando###J

Guando aluma coisa ocorre no nosso es!uema sens7riomotor uma %erna!uebrada ou uma fascina()o ou fobia %elas alturas era uma !uebra dev*nculo# Guebra o v*nculo o v*nculo com o mundo# Dor!ue o v*nculo com omundo voc estar %ermanentemente aindo e reaindo sobre o mundo#

Rsso !ue o vinculo !ue n7s temos e !ue o cinema realista nos deu cominteral %erfei()o !ue essa vincula()o#

Iuito bemJ

O erson !ue n)o con-eceu o cinema como n7s con-ecemos vai seenvolver com o !ue eu c-amei de es!uema sens7riomotor# O meues!uema sens7riomotor est todo %re%arado %ara se vincular ao mundo###%ara se vincular %erfeitamente ao mundo $ &o erson' vai di"er uma coisamuito sur%reendente; ele vai di"er !ue - momentos no es!uema sens7riomotor### &em !ue -' uma ocorrncia c-amada %aramnsia# Daramnsia

!uer di"er dj vu#

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O !ue o dj vu@ O dj vu dif*cil### + !uando voc a%reende um objeto este co%o !ue est a!ui &laudio mostra um objeto como exem%lo' voca%reende este objeto simultaneamente com as for(as da %erce%()o### ouseja, !uando voc a%reende um objeto com as for(as da %erce%()o, a!ueleobjeto est no %resente do tem%o e, simultaneamente, voc a%reende o

mesmo objeto com as for(as da mem7ria e !uando voc a%reende umobjeto com as for(as da mem7ria, a!uele objeto est no %assado# $nt)o, na%aramnsia, n7s vamos a%reender um objeto e colocar &uma' metade no%assado e a outra metade no %resente#

IMocs entenderam@J

Al#; 6)o###

l#; Guem n)o entendeu@ Moc nunca teve isso !ue eu c-amei de dj vu@ Odj vu isso### O dj vu !uando voc a%reende uma coisa e %ra voca!uela coisa est simultaneamente no %resente e no %assado# + isso !ue

o dj vu# $u j vi isso# $u j vi esse fato !ue est a*# vamos botar esseco%o !ue ca fcil### $sse mesmo co%o est sendo a%reendido %ela%erce%()o %or!ue a nossa %erce%()o a%reende as coisas !ue est)o no%resente4 e est sendo a%reendida %ela mem7ria# Ou seja; este co%o&simultaneamente' est sendo %assado e %resente# I$st bem assim@J $le o %assado e o %resente simultCneos# Aora, a %aramnsia uma %atoloiado es!uema sens7riomotor# Datoloia uma doen(a uma doen(a does!uema sens7riomotor# Aora o erson como os randes %ensadores da%sicoloia !uando encontra uma %atoloia do es!uema sens7riomotor, aoinvs de desconsiderar essa %atoloia, ele considera fantasticamente essa%atoloia# Dor!ue ele vai di"er !ue a %aramnsia, !ue uma %atoloia do

es!uema sens7riomotor, libera o nosso sens7riomotor das estruturasorCnicas do nosso cor%o# Ou seja, n7s entramos em contato com o mundoovernados %ela nossa estrutura orCnica# 6o momento em !ue - umacrise na nossa estrutura orCnica e &nela' a%arece uma %atoloia, ela %assaa desfuncionar, a se tornar %atol7ica# $ n7s a%reendemos o mundo dessamaneira; o mundo sendo simultaneamente %assado e %resente#

A* o erson di";

Guando isso ocorre, esse %assado e %resente !ue a%arecem %ara n7s###&isso' n)o uma %roje()o da nossa %sicoloia o tem%o como ele # + otem%o como ele # Ou seja, o erson acabou de di"er eu sei !ue estsendo dif*cil### O erson acabou de di"er !ue o tem%o s)o dois jorrossimultCneos o jorro do %resente e o jorro do %assado#

Hicou muito dif*cil@ O !ue aconteceu###

l#;Hala

Al#; @@

l#;; $u falei jorro, isso@

Al#; @@

l#; +### O tem%o### !ue n7s### Guando n7s a%reendemos o mundo, e o nossoes!uema sens7riomotor est %erfeito### Meja bem; o nosso es!uema

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sens7riomotor est %erfeito### IT@J A* eu ten-o a %erce%()o### a min-a%erce%()o a%reende este co%o### a%rendeu este co%o### a* da!ui a %ouco eu!uero me lembrar deste co%o, a* a min-a mem7ria se lembra deste co%o#Ierto@J $ste co%o foi a%reendido %ela min-a %erce%()o no %resente atual###e a%reendido %ela min-a mem7ria no %resente antio# Aora, !uando vem a

%atoloia do es!uema sens7riomotor, as coisas nos a%arecemsimultaneamente no %resente e no %assado# Ou seja, a %aramnsia eraalo altamente estran-o !ue a simultaneidade do %resente e do%assado# A %aramnsia %rodu" o %assado e o %resente simultCneos,en!uanto !ue a nossa estrutura normal %rodu" o %assado e o %resentesucessivos# $ a %aramnsia %rodu" simultCneos# A* o erson di" a coisamais notvel do mundo a %aramnsia nos d o tem%o como ele #$n!uanto !ue as nossas estruturas orCnicas### o nosso es!uema sens7riomotor %rojeta o tem%o orCnico sobre o mundo#

67s %rojetamos o tem%o orCnico sobre o mundo# 6a -ora em !ue o

es!uema sens7riomotor se !uebra, a%arece o tem%o como ele O3eleu"e c-ama de tem%o cristalino#

$nt)o, n7s teremos a!ui dois tem%os; o tem%o da estrutura sens7riomotoraem seu funcionamento %erfeito4 e o tem%o da estrutura sens7riomotoraalterada# $ssa altera()o do es!uema sens7riomotor fa" a%arecer a coisamais incr*vel !ue %oderia a%arecer### + dif*cil o !ue eu vou di"er### Maia%arecer esse objeto simultaneamente no %resente e no %assado mas o%assado em !ue ele a%arece nunca foi %resente# Ou seja, a %aramnsia esterando aluma coisa de uma estran-e"a brutal !ue um %assado !uenunca foi %resente# Dor!ue, !uando n7s estamos com o nosso es!uemasens7riomotor absolutamente normal, o %assado !ue n7s a%reendemos um %assado !ue foi### !ue j tin-a sido %resente# Ou seja todo %assado!ue o es!uema sens7riomotor a%reende um antio %resente# + sem%re oantio !ue a nossa mem7ria a%reende# as, no %rocesso do dj vu, no%rocesso da %aramnsia, o !ue a%arece %ara n7s s)o dois jorros do tem%o o %resente e um %assado !ue nunca foi %resente# IMocs entenderam@J m%assado !ue nunca foi %resente $sse %resente# ## ele vai receber o nome!ue j tin-a recebido antes atual4 e o %assado !ue nunca foi %resentec-amase virtual#

$nt)o, o %assado !ue nunca foi %resente !ue se c-ama virtual# Mirtual!uer di"er o !u@ Guer di"er uma imaem do tem%o !ue n)o atual# ma

imaem do tem%o !ue n)o atual $u n)o %osso di"er muita coisa a!ui%ara vocs# as %osso di"er### e vocs es%erarem### !ue !uando voc tema imaem atual do tem%o, essa imaem atual do tem%o, dada %elo%resente, uma imaem indireta do tem%o# Guando voc tem a imaemvirtual do tem%o, voc tem a imaem direta do tem%o# $nt)o, a %aramnsianos daria### nos faria a%arecer aluma coisa !ue a estrutura### !ue oes!uema sens7riomotor estaria encobrindo# O es!uema sens7riomotorencobriria isso#

Mejam bem o !ue estou di"endo;

A %rtica do es!uema sens7riomotor constituir um tem%o utilitrio, umtem%o da utilidade# $nt)o, todo o tem%o &com' !ue n7s entramos em

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contato na nossa existncia um tem%o orCnico um tem%o dosinteresses do oranismo# 6a -ora !ue o oranismo entra em crise emere o!ue eu c-amei de tem%o cristalino, ou mel-or o cristal do tem%o# O cristaldo tem%o a emerncia do atual e do virtual simultCneos# O %assado e o%resente simultCneos# $mere um dos com%onentes mais %aradoxais do

%ensamento, %or!ue sem%re !ue n7s %ensamos o tem%o, o tem%o nosa%arece como sucessivo; %assado antes, %resente de%ois, futuro de%ois# Otem%o sem%re sucessivo# <em%re 6a verdade, o tem%o a%arece %ara n7scomo %resente atual, %resente antio e %resente futuro# 6o momento em!ue se !uebra o es!uema sens7riomotor o tem%o vai a%arecer %ara n7sfora desse modelo orCnico# Mai a%arecer, seundo erson, c o m o e l e #$ como ele , s)o dois abismos o abismo do %resente e o abismo do%assado# as n)o um %assado !ue j foi %resente um %assado !ue

 jamais foi %resente# $sse %assado, !ue nunca foi %resente, c-amase%assado em si# Dassado em si#

I$st bem at a!ui@JAl#; ais ou menos### $sse %assado !ue n)o foi %resente seria### estariamerul-ado nesse inconsciente, nessa alma@

l#; +## ### Ol-e a!ui, A# O dj vu# ## o dj vu voc entrar em contato comaluma coisa !ual!uer em !ue voc di"; L$u j vivi issoL# Moc di";; Leu jvivi issoL 6a verdade voc n)o viveu a!uilo# + %or!ue, na!uele instante, o!ue est a%arecendo %ara voc simultaneamente %resente e %assado# Dorisso !ue voc di" eu j vivi e vivo isso# Moc vive e viveusimultaneamente# $nt)o, esse vivi, esse viveu um %assado !ue jamais foi%resente# $le nunca foi %resente# A%arece um %assado %uro %ra voc# $sse

%assado %uro c-amase virtual

Ainda cou muito dif*cil@ +### est dif*cil, n)o @Mamos voltar###

Al#; <eundo o erson isso n)o seria a %aramnsia, n)o @###

l#; + a %aramnsia + a %aramnsia <7 !ue a %aramnsia uma coisa!ue vocs tm !ue com%reender a %aramnsia### !uebra as estruturas dosnossos -bitos# Os nossos -bitos overnam a nossa vida### Os nossos-bitos com%.em formas e modelos %ra a ente viver# $nt)o, o nosso -bitocom%.e o tem%o como se fosse uma lin-a de sucess)o# + assim !ue o-bito %rodu" o tem%o### $le %rodu" o tem%o como se fosse### um %resente

atual### $ esse %resente atual se transforma em antio %resente ou ofuturo %resente# Guando esse### essa %aramnsia se d, !ue uma%atoloia do es!uema sens7riomotor, ou mel-or dito, uma %atoloia do-bito o -bito entra em crise### Guando isso ocorre o -bito %erde o%oder# Guando ele %erde o %oder, o tem%o a%arece %ara n7s exatamentecomo ele # $nt)o, o tem%o sucessivo um tem%o orCnico e o tem%o ondeest)o o atual e o virtual simultCneos um tem%o ontol7ico# $le ### como em si mesmo, como nele mesmo inde%endente de !ual!uer %roje()o%sicol7ica orCnica, inde%endente de !ual!uer estrutura f*sica# $nt)o, exatamente isso !ue o fora do Houcault, isso !ue o inconsciente doerson# Moc tem, ent)o, nesse instante### a%arece uma coisa

sur%reendente# ## $ isso !ue a diculdade da ente %ear + !ue otem%o n)o tem o %assado, o %resente e o futuro### Aten()o $sse momento

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fantstico <e vocs %uderem %eruntar, fortalece# ## O %assado, o%resente e o futuro, a %artir dessa li()o da %aramnsia, j n)o s)o maissucessivos# O %assado, o %resente e o futuro se tornam simultCneos asimultaneidade do tem%o### A simultaneidade do tem%o a%arecendo de umamaneira assustadora %ara n7s, %or!ue n7s sem%re convivemos com essa

idia de sucess)o# $ssa idia de sucess)o isso !ue %reciso dominar erada %elo nosso -bito4 isso se c-ama re%resenta()o orCnica# Are%resenta()o orCnica !ue n7s fa"emos do tem%o uma %roje()o !ue aente fa" %elo -bito

AlY#; @ diferen(a do %assado e do futuro@

l#; O !ue est sendo c-amado de futuro %ertence### dimens)o %resente#Dor!ue o %resente %ara o erson n)o aluma coisa estacionria# O%resente %ara ele o devenir, um %rocesso# Guando o erson %ensa o%resente, ele %ensa o %resente como um %rocesso# $nt)o, %ara ele, %resentee futuro s)o combinados, eles s)o simultCneos %or!ue voc, merul-ado no

%resente, voc est ao mesmo tem%o se encamin-ando %ara o futuro# 67sestamos constantemente nos encamin-ando %ara o futuro# Rsso !ue sec-ama devenir# ## o %resente en!uanto devenir isso# $le n)o umaentidade estacionada ele um %rocesso; c-amase devenir# $n!uanto !ueo %assado o %assado em si#

$u vou ajudlos com a nomenclatura IT@J#

Dlat)o, na obra dele, di" !ue n7s ter*amos dois %oderes de a%reender o%assado# m dos %oderes c-amase mem7ria# $ com a mem7ria n7sa%reendemos o %assado !ue um antio %resente nosso# omo !ue se d

essa a%reens)o no cinema@Al#; &Delo' Hlas-bac?

l#; &Delo' Hlas-bac? Dor exem%lo; no Orson Velles, no Lidad)o >aneL, uma sucess)o de Bas-esbac?# $u n)o sei se vocs se lembram de Aondessa 3esacal(a, do an?ieXic"@ Tambm uma sucess)o deBas-esbac?# $nt)o, essa sucess)o de Bas-esbac? ### IDor !ue eu estoufalando isso@### ateu uma amnsia###J

Als; IMo"es###J

l#;; A- Dlat)o# $nt)o### !uando n7s a%reendemos o %assado, !ue o antio

%resente, Dlat)o di" !ue o instrumento %ara fa"er &essa a%reens)o' c-amase mem7ria# as !ue n7s %ossuir*amos um instrumento %ara a%reender o%assado %uro um %assado !ue

nunca foi %resente# $m %ortuus c-amarseia de reminiscncia# Areminiscncia seria o %oder em reo anamnese de a%reender o%assado em si mesmo# O %assado %uro# $nt)o, o !ue est a%arecendo a!ui,, na verdade### todo o trabal-o !ue estou fa"endo### uma tentativa de### Ol-a o !ue eu vou di"er ### uma tentativa de tirar o modelo dare%resenta()o orCnica# O modelo da re%resenta()o orCnica muitosim%les o %resente %reenc-e todo o tem%o# Aonde voc for no tem%o, voc

s7 encontra uma dimens)o; !ual@ Antio %resente, futuro %resente,%resente atual, %resente imainado, %resente sal### Tudo %resente Ou

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seja, o modelo do %resente esse um ac-ado terr*vel o modelo do%resente, ou seja, o tem%o %reenc-ido %elo %resente, um modeloconstitu*do %elo -bito# Os nossos -bitos constituem o tem%o inteiramente%reenc-ido %elo %resente# $nt)o, eu %osso %erfeitamente di"er %ara vocs!ue todo cinema realista um cinema do -bito# inema do -bito###

Ierto@J# $nt)o, a tentativa de %rodu"ir um cinema fora da re%resenta()oorCnica###

Aora vamos usar os nomes exatos, -em@

m cinema fora da re%resenta()o orCnica, um cinema fora do -bito, umcinema fora do bom senso# om senso !uando o es!uema sens7riomotorfunciona %erfeitamente# m cinema fora do -bito, um cinema fora do bomsenso### desativar a re%resenta()o orCnica# Ou seja, desarticular a idiade !ue o %resente %reenc-e todo o tem%o# $ a!ui n7s "emos a %rimeiratomada como se di" tomada em cinema da idia de tem%o#

$nt)o, a idia de tem%o n7s tentarmos rom%er com duas articula(.es !ues)o feitas %elo modelo do -bito# Drimeira### eu !ueria !ue vocs n)otomassem conta dessa### a %rimeira a sucess)o# A sucess)o### %assado,%resente e futuro s)o sucessivos# $ssa a %rimeira# A re%resenta()oorCnica s7 trabal-a assim# $la s7 trabal-a assim#

$ a seunda### a seunda !ue essa sucess)o torna o %resente a Knicadimens)o !ue existe no tem%o# <7 existe o %resente#

I67s vamos crescer a!ui, ouviu@ 67s vamos fa"er um crescimento a!ui###J#$nt)o, ### !uando voc %ea### IMamos ver a!ui###J

$u vou usar a mem7ria e a reminiscncia, conforme eu disse %ra vocsaora# Drestem aten()o O ato da mem7ria se d em !ual dimens)o dotem%o@

Als#; Dresente#

l#; Dresente# $ o ato da reminiscncia@ Dresente#

 Todos os dois atos se d)o no %resente do tem%o# O ato da mem7ria vaimerul-ar e tra"er l do### l### no %assado o !ue a mem7ria tra" n)o o%assado, o !ue ela tra" o antio %resente ela tra" o antio %resente#Mocs %odem fa"er a ex%erincia vocs v)o ver### a mem7ria tra" o antio

%resente# $nt)o, o ato da mem7ria colocar um antio %resente no%resente atual isso !ue ela fa" $la joa o antio %resente no %resenteatual# $nt)o, toda %rtica da subjetividade uma atuali"a()o# Aora, areminiscncia usando esse conceito %latPnico a reminiscncia### ela n)o!uer tra"er um antio %resente# $la !uer tra"er a %tria onde este antio%resente existe# A %tria em !ue este antio %resente existe o tem%o%uro# + como se###

Al#; O !u@###

l#; Dtria $sse nome n)o um nome### nada tem a ver com o Z desetembro# + um nome assim### %roustiano, no sentido de !ue !uando voc

vai se lembrar de um acontecimento da sua vida %or exem%lo, da semana%assada !uando voc vai se lembrar desse acontecimento, voc come(a a

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usar a mem7ria %ara recu%erar esse acontecimento, reativar esseacontecimento, esse acontecimento a%arece %ra voc, ele emere comoimaem, a* voc &o' %uxa e coloca no seu %resente atual lembrandosedele### vendo at as imaens# Aora, essa imaem como um %eixe !uevivia num oceano c-amado tem%o %uro# O !ue a mem7ria tra" s)o os

%eixes, a mem7ria jamais tra" o oceano# $ a reminiscncia seria### tra"er ooceano# erul-ar no tem%o fora da re%resenta()o orCnica# $nt)o eu vouc-amar esse tem%o fora da re%resenta()o orCnica#### dentro desseslimites do !ue foi esta aula### vocs vem !ue uma aula em !ue %oucasve"es eu citei o cinema### $u citei, o !u@ m %ouco de Nitc-coc?, maisnada# +### ##

IO !ue !ue eu disse@###J

Al#; @@ re%resenta()o orCnica#

l#; A re%resenta()o orCnica### e a outra vou c-amar de### vamos usar

mesmo o nome de re%resenta()o n)o tem %roblema### re%resenta()ocristalina# ristalina# O cristalino# ## o cristalino a sa*da do overno !ue afor(a do -abitus exerce sobre as nossas vidas# IMamos usar -abitus com us,%ara n)o fa"er confus.es# $ vamos come(ar a entender o !ue issoJ $nt)o,o !ue eu acabei de di"er %ara vocs aora &nessa' ex%osi()o nal !ue o-abitus constitui as nossas re%resenta(.es de mundo# -amamsere%resenta(.es orCnicas# 67s temos re%resenta(.es do mundo &e' essasre%resenta(.es do mundo s)o %rodu"idas %elo -bito# 67s confundimos eessa confus)o -oje vai ser dif*cil de com%reender n7s confundimos o-bito com a nature"a# 67s estamos %ensando !ue n7s estamos aindo %ornature"a e n7s estamos aindo %or -bito#

O -bito seria um com%onente constituinte do sujeito -umano# Numani"arse ### ter o -bito de ad!uirir -bitos# <7 - -umanidade se -ouver-bito# Eoo, o cinema cristalino a !uebra da -umanidade# Dara entrar nocinema cristalino, voc tem !ue rom%er com os dom*nios dasre%resenta(.es -umanas sair do -umanismo, sair do -omem# O !ueim%lica em di"er !ue l7sofos, a%arentemente estran-os !uest)o docinema, como %or exem%lo 6iet"sc-e !ue toda a obra do 6iet"sc-e %araconstruir o su%er-omem e li!uidar com o -omem est %resente nisso a!ui#Ou seja, o cinema uma atividade vamos usar esse nome uma atividade !ue busca a con!uista do tem%o %uro# $ essa con!uista do tem%o %uro

!uebra r a re%resenta()o orCnica e o dom*nio do -bito#IGue -oras s)o@J

Al#;@@

l#; IHoi bem@J Aora vamos ver os conceitos !ue n7s teremos !ue terovernados %ara a %r7xima aula# O conceito de re%resenta()o orCnica; otem%o como sucessivo e &interalmente' %reenc-ido %elo %resente# Are%resenta()o orCnica isso o %resente %reenc-e todo o tem%o# Moc n)osai do %resente n)o - -i%7tese de sair do %resente nem !uando selembra, nem !uando %rojeta; o %resente te overna# A !uebra da

re%resenta()o orCnica no mecanismo do erson, o elemento !ue eletrouxe %ara !uebrar a re%resenta()o orCnica foi muito sim%les foi a

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%aramnsia# A %aramnsia seria o elemento %ara !uebrar a re%resenta()oorCnica#

IMamos outra ve"@J

O !ue o Nitc-coc? introdu"iu %ara !uebrar a re%resenta()o orCnica@ &ma'

%erna !uebrada###Al#; @@ do sens7riomotor#

l#; ma %aralisa()o do sens7riomotor %or causa de uma %erna&enessada', ou %or causa da fobia !ue &a %ersonaem do 8ames <teXart'tin-a %or alturas, In)o @J $nt)o, &o Nitc-coc?' ali !uebra o es!uemasens7riomotor, ele !uebra a re%resenta()o orCnica# Dor!ue esse oenunciado %rinci%al as %ernas !uebradas, a fobia da altura ou a%aramnsia rom%em com os v*nculos com o mundo# + esse o enunciado%rinci%al; &a' se%ara&()o' do mundo voc se se%ara do mundo $sse ummomento muito rave de aula, viu@ %or!ue esse momento vai mostrar %ravocs !ue o cinema uma coisa muito mais %oderosa do !ue as %essoas%ensam# Dor!ue, sob o reime da re%resenta()o orCnica, as %essoas%raticamente redu"em o cinema divers)o# O cinema n)o &divers)o'; ocinema uma das ex%erincias mais %oderosas !ue a vida j fe"# &ao'tornar a imaem movimento e tornar a imaem tem%orali"ada# $nt)o, esseenunciado a !uebra dos v*nculos com o mundo I$st bem a!ui, A#@ Mocest entendendo o !ue eu estou di"endo@J Guebrar os v*nculos com omundo Moc !uebrou os v*nculos com o mundo### Guando voc !uebra osv*nculos com o mundo, o !ue desa%arece @@ o %roblema@ 3esa%arece aobjetividade, n)o isso@ Ou n)o@ IHoi o !ue eu disse na aula todaJ A

objetividade desa%arece# as ao desa%arecer a objetividade voc n)omerul-a na subjetividade# Moc n)o entra na subjetividade# Dor!ue, ainda!ue isso v ser um %ouco com%lexo, %or!ue n7s vamos encontrardeterminados cinemas### %arece !ue o cinema russo, alum cinema sueco###eles tentaram !uebrar o es!uema sens7riomotor, %or exem%lo, com aura do moribundo# O moribundo a!uele !ue tem o mundo diante delemas n)o %ode reair sobre o mundo# $nt)o, o moribundo tambm tra" umacrise do v*nculo sens7riomotor# Toda a !uest)o insistir nesse enunciado um enunciado muito novo, !ue eu sei &ser' muito dif*cil !ue o v*nculo donosso cor%o com o mundo, !ue a re%resenta()o orCnica fa"# 6osso cor%o vinculado no mundo# $### o ato existencial de um moribundo !uebra esse

v*nculo# O v*nculo se !uebra, %or!ue ele n)o %ode mais air sobre o mundo#$le n)o tem como air sobre o mundo# Dor isso !ue determinados cineastasex%erimentam o moribundo como elemento %ara rom%er os v*nculos com omundo I$ntenderam a!ui@J Dara rom%er esses v*nculos# $nt)o eu vousim%licar, %or!ue n)o s7 isso# A ente %ea %or exem%lo um Tar?ovs?=###e voc est vendo um lme do Tar?ovs?= e voc n)o sabe se a!uela cena!ue est se %rocessando ali um son-o, uma imaina()o, um del*rio, uma mem7ria ou se ela real# $le torna o acontecimento indiscern*vel I$u!ueria !ue vocs marcassem esse conceitoJ Rndiscern*vel Aindiscernibilidade de um acontecimento### vai tra"er um afoamento does!uema sens7riomotor# Rmainem se o :ar= oo%er sai do <aloon %ara

fa"er um duelo com o Eee arvin#### c-ea na rua### e entra naindiscernibilidade ele n)o sabe o !ue imaina()o, o !ue son-o, o !ue

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real, o !ue mem7ria### $le vai Ldan(ar###L vai Ldan(arL $nt)o, exatamente, numa outra linuaem, fa"er dan(ar o es!uema sens7riomotor, %rodu"indo o indiscern*vel O cinema do Tar?ovs?= man*co %araisso# Moc ca merul-ado numa indiscernibilidade assustadora### 6)o sei sevocs viram o cinemacrebro dele <olaris@ Mocs %recisam ver## o

man*co <olaris# <olaris a res%osta do Tar?ovs?= ao >ubric?, do 2001#Guando o >ubric? fe" 2001 !ue o cinemacrebro &o Tar?ovs?= fe"<olaris !ue o cinemacrebro sovitico# + lid*ssimo o lme Mocmerul-a numa indiscernibilidade total# Moc n)o sabe se real, se imainrio, se son-o, se lembran(a# ## %or!ue voc n)o sabe mesmo

 Tem acontecimentos assim, sur%reendentes O surimento de imaens%rodu"idas %elo seu crebro# O seu crebro !ue %rodu"# 6a verdade n)o oseu crebro !ue %rodu", !uem %rodu" o crebro do %laneta !ue umcrebro l*!uido# $le %rodu" tudo !ue voc deseja# Tudo o !ue voc desejaele %rodu"# $nt)o, - uma %ersonaem %rinci%al### a %ersonaem %rinci%al!ue ele### a mul-er amada dele volta#### ele n)o resiste volta dela, ele vai

matla, mata mesmo# ## $le a mata de uma maneira s7rdida, -orr*vel maso crebro manda outra# ## manda outra# $nt)o, isso !ue est acontecendo nocinema do Tar?ovs?= o rom%imento com o es!uema sens7riomotor# $lecome(a a erar a indiscernibilidade# A* voc n)o sabe !ue a!uilo !ue estocorrendo### onde !ue a!uilo est ocorrendo# Dor!ue !uando esse%rocesso se d, o es!uema sens7riomotor come(a a entrar em crise#

I$u ac-o !ue est bom %or -oje Obtivemos alum xito, n)o @ Alumxito num momento muito dif*cil### Os conceitos !ue eu erei %ara vocsforam conceitos realmente muito dif*ceis### e n7s tivemos uma certafacilidade em fa"er o dom*nio deles, isto , submetlos %resen(a do nosso

entendimento#JIHec-ando %ara vocs##J

N uma %reocu%a()o dos randes %ensadores com o !ue eu acredito seja a!uest)o mais %remente da vida do -omem !ue aumentar a ca%acidadeda nossa com%reens)o, aumentar a ca%acidade do nosso entendimento# Onosso entendimento est muito %risioneiro das lin-as do -bito### ele est%risioneiro das lin-as do subjetivo e do objetivo $### %risioneiro da!uilo, elen)o ca%a" de fa"er merul-os em nada de es%ecial# Dor isso uma das!uest.es mais bonitas e mais com%lexas !ue o cinematem%o vai nos tra"erc-amase Ivocs v)o s7 marcarJ, c-amase a %rodu()o do autPmato

es%iritual### A %rodu()o do autPmato es%iritual### !ue %rodu"ir um%ensamento ca%a" de entrar em contato com o fora, a alma, o inconsciente,o virtual# Guer di"er, nos tirar das reras da re%resenta()o orCnica e do-bito#

I$st bom, n)o est@ $s%ero !ue eu ten-a tido xito# Acredito !ue sim#Mamos fec-ar a!ui mais um %ou!uin-o###J

O cinema do -bito %ode ser#### Ivamos &colocar' a!ui### ###J + incr*vel isso!ue eu vou di"er### as o mel-or !ue vocs %odem &fa"er colocar' ocinema -ist7rico, o documentrio, o cinema noir, o cinema %sicosocial###

Mocs se lembram de :e7ria, &do Ar-ur Denn, o t*tulo ' Amios %ara<em%re@ $sse um rande exem%lo A!ueles lmes do ecil # 3e ille###

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Iomo !ue o nome@J L<ans)o### n)o sei o !u###L Eembramse dessecinema@ ecil # 3e ille### inemas -ist7ricos $nt)o, esses cinemas### ofaroeste# ## s)o c-amados cinemas da re%resenta()o orCnica o cinema!ue est %risioneiro do tem%o %resente### ou %risioneiro do es!uemasens7riomotor em %leno funcionamento# Guebrar o es!uema sens7rio

motor simultaneamente !uebrar o v*nculo com o mundo#I+ nessa !uebra do v*nculo com o mundo !ue eu vou entrar na %r7ximaaulaJ# + exatamente isso !ue o nascimento do cinematem%o# Dorexem%lo, Mit7rio de <icca, Uoberto Uosselini### as %ersonaens deles vem ese assustam# Ou seja, voc sai do cam%o da a()o e entra no cam%o davis)o# Ou, mel-or dito, voc sai do !ue se c-ama actanteIa###c##t###a###n###t##eJ e fa" a%arecer o !ue se c-ama vidente# Midente uma%ersonaem !ue foi liberada na obra %otica do Uimbaud# Ou seja, !uandovoc !uebra os v*nculos com o mundo, voc j n)o mais um actante# Moc

 j n)o est mais ali %ara air voc est %ara ver# Mer como a!uele !ue ae

 jamais %ode ver Dor isso o rande %ensador### ele um atleta do es%*rito### eeralmente ele viu coisas terr*veis !ue n)o exatamente o !ue o 6exus[viu# $ntenderam o !ue eu disse@ O 6exus[, ou n)o@ lade Uunner&6exus [, a %ersonaem vivida %elo' Uuter Nauer, di"; L$u vi coisas !ue

 jamais os ol-os -umanos %oder)o verL# as o !ue Uuter Nauer viu s)ocoisas do sens7riomotor# O !ue### o !ue### o !ue o -omem !ue !uebra osens7riomotor v, s)o coisas fora do subjetivo e fora do objetivo# $nt)o avidncia s)o ex%erincias s ve"es mortais %rodu"em uma fra!ue"aorCnica muito rande#### e a* o artista n)o su%orta e morre### Asex%erincias !ue ele fa" fora das re%resenta(.es orCnicas###

I$st bom@J