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Clan 2012: um balanço do 35º Congresso Latino-Americano de Neurocirurgia hoje junho/2012 | vol. 20 | www.sbn.com.br TEATRO Mineiro é neurocirurgião e dramaturgo CRESCIMENTO | Conheça a diretoria de Patrimônio INOVAÇÃO | Projeto leva artigos científicos aos médicos DEPARTAMENTO | Lórimer Carneiro fala sobre o Jovem Neurocirurgião

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Clan 2012:um balanço do 35º Congresso

Latino-Americano de Neurocirurgia

hojejunho/2012 | vol. 20 | www.sbn.com.br

TEATROMineiro é

neurocirurgião e dramaturgo

CRESCIMENTO | Conheça a diretoria de Patrimônio

INOVAÇÃO | Projeto leva artigos científicos aos médicos

DEPARTAMENTO | Lórimer Carneiro fala sobre o Jovem Neurocirurgião

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TEATROConheça o neurocirurgião mineiro que concilia a Medicina com os palcos

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SEÇÕES

EDITORIAl | 5

SBN GENTE | 6

CuRTAS | 8

AGENDA DA DIRETORIA | 10

CAlENDáRIO SBN | 12

CRéDITO IMOBIlIáRIO | 16

PARCERIA | 22

NOTA DE fAlECIMENTO | 27

SBNDESTAQuECom elevado número de publicações, Brasil é destaque no 23rd ESPN Congress

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CRESCIMENTOPaulo Henrique, diretor de Patrimônio, fala sobre o crescimento da SBN

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PRINCIPAlConfira um balanço especial sobre o Clan 2012, realizado no Rio de Janeiro

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DEPARTAMENTOOs desafios dos jovens neurocirurgiões e o futuro da especialidade

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junho/2012 | vol. 20 | www.sbn.com.br

hoje

SBN CIENTÍfICA Projeto leva artigos científicos aos médicos | 7

VOCÊ fAZ A SBN HOJE Espaço reservado para seus comentários, críticas e sugestões | 13

GESTÃO Marise Audi faz um balanço sobre os trabalhos da atual diretoria| 30

ORIENTAÇÃO JuRÍDICA A relação dos médicos com a indústria farmacêutica | 32

DICA DE VIAGENS Rio de Janeiro: belezas naturais, cultura e boêmia | 33

AlMANAQuE CulTuRAl Seção apresenta dicas culturais | 34

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03/2012

Presidente: José Marcus Rotta Vice-presidente: Benedicto Oscar Colli Secretário geral: Marco Túlio França Tesoureira: Marise Augusto Fernandes Audi 1º Secretário: Eberval Gadelha Figueiredo Secretário auxiliar: Modesto Cerioni Junior Presidente anterior: Luiz Carlos de Alencastro Presidente da SBN 2012:Sebastião Nataniel Silva Gusmão Presidente do Congresso 2012:Marco Aurélio Marzullo de Almeida Presidente do Congresso 2014:Luis Alencar Biurrum Borba Diretor de Formação Neurocirúrgica:Benedicto Oscar ColliDiretor de Relações Institucionais:Cid Célio Jayme CarvalhaesDiretor de Políticas:Clemente Augusto de Brito Pereira Diretor de Divulgação e Projetos:Eduardo de Arnaldo Silva Vellutini Diretor de Recursos Financeiros: Jânio Nogueira Diretor de Departamentos:José Fernando Guedes Correa Diretor de Patrimônio:Paulo Henrique Pires de Aguiar Diretor de Representantes Regionais:Paulo Ronaldo Jubé RibeiroDiretor de Diretrizes:Ricardo Vieira Botelho

Conselho Deliberativo Presidente: José Antonio Damian Guasti Secretário: Luis Alencar Biurrum BorbaMembros: Albert Vincent B. Brasil, Atos Alves de Sousa, Cid Célio Jayme Carvalhaes, Carlos Roberto Telles Ribeiro, Djacir Gurgel de Figueiredo, Evandro Pinto da Luz de Oliveira, José Alberto Landeiro, José Carlos Saleme, Kunio Suzuki, Léo Fernando da Silva Ditzel, Luis Alencar Biurrum Borba, Mário Gilberto Siqueira, Nelson Pires Ferreira, Paulo Andrade de Mello e Sebastião Nataniel Silva Gusmão

ComissõesAperfeiçoamento: Carlos Gilberto Carlotti Jr, Antonio Cesar de Melo Mussi, Helder Tedeschi, João Cândido Araújo, Paulo Henrique Pires de Aguiar, Kunio Suzuki, Luis Alencar Biurrum Borba e Samuel Tau ZymbergCredenciamento: Roberto Colichio Gabarra, Aziz Rassi Neto, Francisco Ricardo Borges Ribeiro, Marcelo Paglioli Ferreira, Orival Alves, Sandoval Inácio CarneiroAcreditação de Eventos: Antonio Carlos Montanaro, Alessandra de Moura Lima, Nelci Zanon Collange, Daniel Freire de Figueirêdo, Osvaldo Vilela Filho, Juan Oscar Alarcon Adorno

Ensino: Paulo Andrade de Mello, Arlindo Alfredo Silveira D Avila, Carlos Henrique Ribeiro, Maria Carolina Martins de Lima, Jean Gonçalves de Oliveira, Wen Hung TzuÉtica: Francisco Flávio Leitão de Carvalho, Kurt Cléssio Morais Figueiredo de Mendonça, Luiz Alcides ManrezaExercício Profissional: Júlio César Meyer, Edson Lopes Jr, Alexandre Varella Giannetti, Pedro Garcia Lopes, Bruno Silva Costa, Marcelo Luis MudoGerenciamento do Fundo Financeiro: Carlos Batista Alves de Souza, Modesto Cerioni Junior, Nelson Pires Ferreira Comissão Fiscal: Modesto Cerioni Junior, Jânio Nogueira, José Carlos Saleme, Roberto Colichio Gabarra

DepartamentosBase de Crânio: Paulo Abdo do Seixo Kadri, Carlos Eduardo da Silva, Antônio Aversa Dutra do Souto, Carlos Gilberto Carlotti Jr, Frederico de Melo Tavares de Lima, Hélio Ferreira Lopes, Jânio Nogueira e José Alberto Landeiro Coluna: Ronald de Lucena Farias, Aluízio Augusto Arantes Junior, Albert Vincent B. Brasil, Alexandre José Reis Elias, Antônio Vinícius Ramalho Leite, Asdrubal Falavigna, Carlos Henrique Ribeiro, Cleanto Moreira de Lacerda, Edson Lopes Jr, Eidmar Augusto Neri, Ericson Sfreddo, Fernando Luiz Rolemberg Dantas, Francisco Ricardo Borges Ribeiro, Geraldo de Sá Carneiro Filho, Gladstone Santos da Costa, Jefferson Walter Daniel, João Domingos Barbosa Carneiro Leão, Marcelo Luis Mudo, Márcio Vinhal de Carvalho, Marcos Masini, Mario Augusto Taricco, Osmar José Santos de Moraes, Paulo Roberto Romano Ribeiro, Paulo Sergio Teixeira de Carvalho, Ricardo Vieira Botelho e Wilson Eloy Pimenta Jr.Endovascular e Imagem: Benjamim Pessoa Vale, Valdir Delmiro Neves, Carlos Batista Alves de Souza Filho, Eduardo Ernesto Pelinca da Costa, Gibrail Dib Antunes Filho, Jean Gonçalves de Oliveira, João Ferreira de Melo Neto, Luciano Ricardo França da Silva, Michel Eli Frudit, Miguel Giudicissi Filho, Orlando Teixeira Maia Junior, Paulo Abdo do Seixo Kadri, Wilson Guimarães NovaisFuncional e Dor: Alexandre Novicki Francisco, José Roberto Pereira Guimarães e Marcelo Neves LinharesJovem Neurocirurgião: Lórimer Sandoval Carneiro, Bruno Lôbo Mota de Siqueira , Giordano Queirós Miranda, André Bedin, Christian Diniz Ferreira, Tiago da Silva FreitasNervos Periféricos: Roberto Sergio Martins, Fernando Henrique Morais de Souza, Herbert Almeida Oliveira e Souza, Joel Monteiro de Jesus, Jorge Roberto Cilento, José Álvaro Bastos Pinheiro, José Fernando Guedes Correa, José Milton Peixoto, Leandro Pretto Flores, Luiz Antonio Araujo Dias, Manoel Baldoino Leal Filho, Marconi Alves Rosa, Marcos Alcino Soares Siqueira Marques, Marcos Flavio Ghizoni, Mário Gilberto Siqueira, Paulo Cézar Grigolli, Pedro Luís Gobbato, Ricardo de Amoreira Gepp e Ricardo Torres SantanaNeurointensivismo: Jorge Luiz da Rocha Paranhos, Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro, Carlos Umberto PereiraOncologia: Carlos Gilberto Carlotti Jr, Frederico de Melo Tavares de Lima, Antônio Aversa Dutra do Souto, Carlos Eduardo da Silva, Hélio Ferreira Lopes, Jânio Nogueira, José Alberto Landeiro, Paulo Abdo do Seixo KadriPediatria: José Aloysio da Costa Val Filho, Hamilton Matsushita, Jorge Wladimir Junqueira Bizzi, José

Francisco Manganelli Salomão, Ricardo Santos de OliveiraTrauma e Terapia Intensiva: José Luciano Gonçalves de Araújo, Audrey Beatriz Santos Araujo, Rodrigo Moreira FaleiroVascular: Jean Gonçalves de Oliveira, Benjamim Pessoa Vale, Carlos Batista Alves de Souza Filho, Eduardo Ernesto Pelinca da Costa, Guilherme Augusto Rodrigues do Prado, João Ferreira de Melo Neto, Luciano Ricardo França da Silva, Michel Eli Frudit, Miguel Giudicissi Filho, Nilson Ferreira Novais, Orlando Teixeira Maia Junior, Paulo Abdo do Seixo Kadri e Valdir Delmiro NevesRadiocirurgia: Leonardo Frighetto, Carlos Alberto Mattozo, Evandro César de Souza, Gilberto de Almeida Fonseca Filho, José Paulo Montemor, Luiz Fernando Martins, Marcos Antônio Dellaretti Filho, Marcelo Neves Linhares, Sérgio Adrian Fernandes Dantas, Yuri Mascarenhas de Andrade Souza

Intercâmbio Internacional Alemanha: Dierk Fritz Bodo Kirchhoff e Juan Oscar Alarcon Adorno | Árabe - Líbano: Aziz Rassi Neto | Canadá: Leonardo Vieira Neto e Osvaldo Vilela Filho | EUA: Evandro Pinto da Luz de Oliveira, José Carlos Lynch Araújo e Wen Hung Tzu | França: Atos Alves de Sousa | Japão: Koshiro Nishikuni | Portugal: José Alberto Landeiro

Representantes Estaduais: Alagoas: Abynadá de Siqueira Lyro | Bahia: José Marcos Ponde Fraga Lima | Ceará: Otaviano B. Alencar Araripe | Distrito Federal: Ana Luiza de Oliveira Machado | Espírito Santo: Robson Ribeiro Modenesi | Goiás: Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro | Maranhão: Arthur Lopes Gonçalves Almeida | Mato Grosso: Roger Thomaz Rotta Medeiros | Mato Grosso do Sul: Luiz Antônio Monteiro Simões | Minas Gerais: Carlos Batista Alves de Souza Filho | Paraíba: Luciano Ferreira de Holanda | Pernambuco: Geraldo de Sá Carneiro Filho | Piauí: José Nazareno Pearce Oliveira Brito | Paraná: Pedro Garcia Lopes | Rio de Janeiro: Francisco Ricardo Borges Ribeiro | Rio Grande do Norte: José Luciano Gonçalves de Araújo | Rio Grande do Sul: Marcelo Paglioli Ferreira | São Paulo: Juan Oscar Alarcon Adorno

Representantes Internacionais: Luiz Carlos de Alencastro (Flanc e World Federation – WFNS) e José Marcus Rotta (Flanc e World Federation – WFNS)

Telefone: (11) 3051-6075 [email protected] / www.sbn.com.br

Diretor geral Renato GregórioDiretor comercial Marconde MirandaEditor Bruno Aires (MTB 26.204/RJ)Coordenação editorial Marcello ManesRepórter Gabriela LopesDesigners gráficos Danielle V. Cardoso e Monica MendesFotógrafa Drika Barbosa

RJ Estrada do Bananal 56 - JacarepaguáRio de Janeiro - (21) 2425 8878SP Av. Santa Catarina 1521 sala 308Vila Mascote - São Paulo - (11) 2539 8878www.editoradoc.com.br

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Prezado colega,

Hoje gostaria de falar sobre um assunto fundamental para todos nós, neuroci-rurgiões: as más-formações. Não me refiro à hipoplasia cerebelar, à malformação de Dandy-Walker, nem à diplasia cortical, à lissencefalia, tampouco à holoprosencefalia. Quero falar de uma má-formação muito mais perniciosa e perigosa para os pacientes: a má-formação do profissional médico de Neurocirurgia.

São muitos os avanços de nossa área nos últimos anos, o que nos faz capazes de tratar doenças que até bem pouco tempo atrás eram incuráveis. A troca de experiências em todo o mundo tem feito que a Neurocirurgia avance a passos largos e se configure entre uma das mais importantes especialidades da Medicina moderna. Mas nem tudo são flores nessa vida.

Existem pessoas que, a despeito de serem bem ou mal intencionadas, praticam a Neurocirurgia sem a devida capacitação, formação e reconhecimento da categoria. E

isso é muito grave, gravíssimo. Esta prática condenável coloca muitos pacientes em posição de alto risco de morte e isso, obviamente, não podemos permitir. Tenho repetido, com bastante intensidade, que a única forma de fortalecer-mos a nossa categoria e elevá-la a níveis ainda mais altos é fazendo um movimento efetivo e constante de união.

A má-formação de profissionais da Neurocirurgia deve ser combatida com todas as nossas forças. Primeiro, em nome da vida, e segundo, em nome de nossa especialidade. Não temos neste momento o poder de influenciar todo o processo, mas podemos (e devemos) dar a nossa contribuição da melhor forma que pudermos. Sabemos que apenas um diploma de médico não é suficiente para cumprir todos os requisitos necessários à boa prática da Neurocirurgia.

Por isso, acredito que devemos estimular cada vez mais o profissional a buscar o seu título de especialista e estimulá-lo a tornar-se sócio da SBN como membro titular. Para isso, é necessário ter o título de especialista, solicitar a afiliação e ser aprovado pela assembleia da sociedade.

Desta forma, além de melhorar sensivelmente a formação de nossos neurocirurgiões, fortaleceremos nossa classe como um todo. Somente unidos, teremos capacidade de lutar por melhoras para os pacientes e para nós mesmos. Somente unidos conseguiremos melhorar as condições de trabalho e conquistar uma remuneração digna, à altura de nossa dedicação e capacitação.

Eu e meus colegas de diretoria temos lutado muito por estas questões, mas a ajuda, a colaboração e o engajamento de todos são fundamentais para transformarmos a Neurocirurgia brasileira em um exemplo a ser seguido. Uma re-ferência no tratamento de pacientes e uma referência na valorização dos neurocirurgiões. Garanto a vocês que isso é possível. Basta que nos unamos e caminhemos juntos em busca de nossos objetivos.

Grande abraço,

Dr. José Marcus RottaPresidente da SBN

EDITORIAL

A SBN Hoje é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), distribuída gratuitamente aos membros da Sociedade. Os artigos publicados não representam necessariamente a opinião da diretoria da entidade ou da Editora DOC. É autorizada a reprodução, desde que citada a fonte: www.sbn.com.br

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SBN Gente - especial Clan 2012

1| (Da esquerda para direita) Luís Carlos de Alencastro, José Alberto Landeiro, Nes-tor Renzi, Rogelio Revuelta e Edgardo Spagnuolo.2| José Carlos Saleme3| Gustavo Isolan, Carlos Carvalho e Marcus André Acioly4| Mário Gilberto Siqueira5| Antonio Aversa, Janio Nogueira, Danuza Tapioca, Malu Vianna, Ricardo Gu-tierrez, Heloísa Souza e Her-bert Almeida.6| José Francisco Manga-nelli Salomão e José Antonio Damian Guasti.7| Manoel Moreira Filho, Albedy Moreira Bastos e Carlos Henrique Ribeiro 8| Flávio Miura e Carlos Gilberto Carlotti9| Cid Celio Carvalhaes e Sebastião Gusmão.

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SBN Científica

Inovação: SBN apresenta novidade para manter associados atualizados

A Sociedade Brasileira de Neuro-cirurgia (SBN) acaba de lançar a SBN Científica, um novo ser-viço para deixar seus associados

inseridos nas descobertas da Neurocirur-gia ao redor do mundo. Através do e-mail, os médicos passarão a receber artigos re-centes e importantes sobre as principais subespecialidades da Neurocirurgia. Será enviado um resumo de cada trabalho científico junto aos comentários de um especialista. Além disso, os mais inte-ressados poderão clicar em “Saiba mais” dentro da newsletter para serem redirecio-nados ao site da SBN, onde encontrarão resumos e comentários na íntegra.“A ideia surgiu após o sucesso das aulas on-line. Percebemos que o neurocirurgião

brasileiro poderia se beneficiar de informa-ções periódicas sobre trabalhos científicos por meio da internet”, conta Fernando Campos, coordenador do projeto. Ele diz também que com esse serviço “o neuroci-rurgião recebe informações de forma mais rápida. Assim, ele se mantém atualizado e pode usar as recentes descobertas cientifi-camente comprovadas para prestar cuida-dos ao paciente”.

Foram escolhidos oito temas baseados nas principais subespecialidades da Neu-rocirurgia. São eles Trauma, Vascular, Oncologia, Nervos Periféricos, Funcional e Dor, Coluna, Neurocirurgia Pediátrica e Hidrodinâmica cerebral. Para comentar cada um deles, haverá a participação de um especialista. “A escolha da equipe foi

feita de acordo com os conhecimentos técnicos de cada um a respeito dos te-mas”, explica. Os assuntos científicos pu-blicados serão analisados pelos membros da SBN e poderão ser divulgados.

Os médicos que desejarem participar da SBN Científica podem entrar em contato com o coordenador do projeto através da sociedade e enviar a sugestão de artigo. O texto será analisado pelos membros responsáveis da SBN e pode-rá ser destacado e comentado. “A SBN Científica será enviada mensalmente, por isso é muito importante os associa-dos manterem seus cadastros e dados de correio eletrônico atualizados, para que não deixem de receber as informações”, lembra Fernando Campos.

Conheça a equipe da SBN Científica

1) Alexandre Novicki Francisco (Funcional e Dor)

2) Eberval Gadelha Figueiredo (Vascular)

3) Fernando Campos Gomes Pinto (Neurocirurgia Pediátrica e Hidrodinâmica cerebral)

4) Marcos Vinícius Calfat Maldaun (Oncologia)

5) Roberto Sérgio Martins (Nervos Periféricos)

6) Ruy Castro Monteiro da Silva Filho (Trauma)

7) Vinícius Monteiro de Paula Guirado (Coluna)

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Coordenadores: José Marcus Rotta e Fernando Campos Gomes Pinto

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curtas

Tarefas domésticas reduzem o risco de Alzheimer em 80%Segundo pesquisadores da Universi-dade Rush de Medicina, nos Estados Unidos, exercícios simples como lavar louça, cozinhar e limpar a casa dimi-nuem o risco de se ter Alzheimer. O estudo analisou 700 voluntários com idade média de 80 anos que usaram um dispositivo para monitorar suas rotinas. A pesquisa constatou que os menos ativos fisicamente eram duas vezes mais propensos à doença com-parados aos demais.

Frutas vermelhas retardam perda de memória em mulheresEstudo americano afirma que mulhe-res que consomem frutas vermelhas em grande quantidade sofrem um en-velhecimento do cérebro mais lento. Os benefícios vêm da grande quanti-dade de flavonoides. O consumo des-ses alimentos adia o declínio mental em até dois anos e meio. O estudo se baseou em mais de cem mil mulheres entre 30 e 55 anos que respondiam questionários sobre seus hábitos de saúde entre 1976 e 2001.

Sorvete pode contribuir para a cura da enxaquecaEstudo realizado nos Estados Unidos encontrou evidências de que a dor de cabeça após a ingestão de algo gelado pode ser causada pela dilatação da ar-téria cerebral. Segundo a pesquisa, a sensação de “congelamento” no cérebro é um ponto de partida para outros ti-pos de dor de cabeça. Essa dilatação pode ser uma forma de autodefesa do cérebro. Confirmadas as suspeitas, a pesquisa pode ser o primeiro passo para encontrar a cura da enxaqueca.

Sensor de pulso mede gravidade de crises epilépticasPesquisadores do Massachusetts Ins-titute of Tecnology (MIT) desenvol-veram um sensor de pulso que mede a gravidade das crises epilépticas com precisão. O aparelho possibilita a co-leta de dados clínicos durante o dia a dia do paciente, em vez de exigir idas constantes ao hospital. É possível que no futuro os sensores alertem os pa-cientes sobre a gravidade dos ataques e, assim, procurem tratamento médi-co imediato.

Neuroprótese recupera movimentos de mão paralisadaUma nova tecnologia, desenvolvida na Universidade Northwestern, nos Esta-dos Unidos, envia mensagens do cére-bro diretamente para os músculos, sem passar pela medula espinhal. Os testes foram feitos em macacos, que tiveram a atividade cerebral e seus sinais muscu-lares registrados por eletrodos implanta-dos no cérebro enquanto eles repetiam tarefas. Tal conexão pode representar o futuro do tratamento de pacientes para-líticos por lesão na medula espinhal.

Vacina contra câncer no cérebro tem resultados positivosUma vacina feita a partir do tumor de um paciente aumentou o tempo mé-dio de sobrevivência em 15 semanas. A técnica se aplica a um tipo especial de tumor, conhecido como glioblas-toma multiforme, um dos mais co-muns e agressivos. A vacina foi testa-da em três hospitais e em mais de 40 pacientes. Outros 80 se submeteram ao tratamento convencional para que uma comparação fosse feita, o que comprovou o resultado.

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Ressonância magnética no diagnóstico de autismoA recente pesquisa da Universidade Chapel Hill, nos Estados Unidos, indica que a ressonância magnética pode apontar indícios do transtorno em bebês com seis meses de vida. Foi investigado o desenvolvimento cere-bral de 92 bebês, todos com irmão mais velho autista. Os pesquisadores acompanharam as mudanças na or-ganização neurológica por meio de exames de ressonância magnética. Indícios sugerem que esse fenômeno pode atingir o cérebro inteiro e não uma região específica.

Um medicamento para tratar várias doenças cerebrais Pesquisadores britânicos conseguiram interromper a degeneração do cérebro de ratos de laboratório. Os cientistas estão estudando a possibilidade de usar um mesmo medicamento para curar várias doenças que atingem o cérebro, como mal de Alzheimer e de Parkinson. O estudo procura um tratamento que pode trazer benefícios para vários tipos de doença.

Lesões por pancada na cabeça podem demorar a aparecerSegundo pesquisas da Loyola Uni-versity Medical Center, nos Estados Unidos, traumas na cabeça podem causar danos permanentes, mesmo meses após o acidente. A acumula-ção de sangue no cérebro pode acon-tecer de forma lenta e assintomática. Pessoas que sofreram traumas na ca-beça podem apresentar os sintomas dias, semanas ou meses depois..

Artigo brasileiro é capa no Journal of NeurosurgeryO trabalho intitulado Supracerebellar transtentorial approach – not an opening, but the resection of tentorium provides broad ex-posure of mediobasal temporal lobe. Anatomical aspects and surgical applications dos autores Jean Gonçalves de Oliveira, MD, PhD; Richard Gonzalo Párraga, MD; Feres Chaddad Neto, MD, PhD; Guilherme Carvalhal Ribas, MD, PhD; e Evandro de Oliveira, MD, PhD, foi publicado no mais tradicional jornal da Neurocirurgia mundial, o Journal of Neurosurgery, sendo premiado com a capa da edição de abril de 2012, além de vídeo demonstrativo no site do jornal.

SBN promove pesquisa sobre saúde do profissionalA Sociedade Brasileira de Neuroci-rurgia (SBN) disponibilizou em seu site um questionário para avaliar a saúde do neurocirurgião brasileiro. O profissional pode acessar o <www.sbn.com.br> e responder as pergun-tas. Após o fechamento da pesquisa, as respostas serão coletadas e os re-sultados publicados aqui mesmo na Revista SBN Hoje.

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Agenda da diretoria

Rio de Janeiro sedia edição do Clan 2012

José Marcus Rotta, Modesto Cerioni Jr. e outros diretores e neurocirurgiões do Brasil e do mundo estiveram presen-tes no Congresso Latino-Americano de Neurocirurgia (Clan), que ocorreu no Rio de Janeiro entre 31 de março e 5 de abril. Durante o evento, houve reu-nião da Federación Latino Americana de Neurocirugía (Flanc), em que o pre-sidente da SBN participou do módulo Fatores de Integração e Fortalecimento Regional da Flanc, com palestra sobre Análise sobre opções Educacionais. José Marcus Rotta também presidiu duas mesas sobre Oncologia e realizou pales-tra sobre Estado da Arte no Tratamento dos Gliomas de Alto Grau.

SBN na AANS 2012Entre 14 e 18 de abril, José Marcus

Rotta, participou do American Associa-tion of Neurosurgical Surgeons Annual Meeting (AANS 2012). O evento ocor-reu em Miami, nos Estados Unidos.

XXXII Encontro Inter-regional de Neurocirurgia

Aconteceu em Gramado (RS), en-tre 20 e 22 de abril, o XXXII Encontro Inter-regional de Neurocirurgia. A SBN marcou presença com Marco Tulio Fran-ça, Modesto Cerioni Jr e José Marcus Rotta, que ministrou a palestra Classifi-cação Diagnóstica a Partir da Biópsia, du-rante o painel sobre Gliomas Cerebrais.

SBN participa de reuniões na AMB

A diretoria da SBN participa com fre-quência das reuniões do conselho cientí-fico da AMB. José Marcus Rotta esteve presente nas reuniões entre 15 de mar-ço e 24 de maio. Na primeira reunião, realizou-se a eleição das Associações dos Representantes do Conselho Científico no Conselho Deliberativo da AMB.

SBN prestigia Neuro 2012 em Portugal

José Marcus Rotta, Modesto Cerioni Jr., José Alberto Landeiro e Carlos Telles representaram a SBN durante o Congres-so da Sociedade Portuguesa de Neuroci-rurgia (Neuro 2012). O evento ocorreu entre 10 e 12 de maio na cidade do Porto, em Portugal. José Marcus Rotta pales-trou sobre os temas Cirurgia dos Gliomas: avanços recentes e Metástases cerebrais.

SBN participa do Grupo de Trabalho Linha de Cuidado do Trauma

A Coordenação de Média e Alta Complexidade da Secretaria de Aten-ção à Saúde (SAS) tem promovido reu-niões denominadas Grupo de Trabalho Linha de Cuidado do Trauma, o qual iniciou serviços em janeiro deste ano. A SBN tem participado com José Marcus Rotta, Marco Túlio França, Modesto Cerioni Jr., Rodrigo Ferrari Fernandes Naufal, José Luciano de Araújo e An-drey Beatriz Santos Araujo.

Diretoria da SBN define pontos importantes

1- Contato com a Sociedade Brasilei-ra de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) para juntas analisarem a tabela de proce-dimentos do SUS e estudarem reinvindi-cações no Ministério da Saúde; 2- Com relação às bancas julgadoras dos prêmios

do Congresso Brasileiro de 2012, Modes-to Cerioni Jr. está formando a banca do prêmio Neurocirurgião Jovem. Já Cle-mente Augusto de Brito Pereira formará a banca do prêmio Exercício Profissional. Ainda será solicitado ao Conselho Delibe-rativo para que escolha os nomes da banca do prêmio Eliseu Paglioli; 3- José Marcus Rotta durante reunião com Maria do Pa-trocínio, representante do MEC, vislum-brou a necessidade de um projeto peda-gógico junto aos chefes de serviço. Isso fez com que o MEC convidasse a SBN para apresentar projetos na Comissão Nacio-nal de Residência Médica (CNRM).

Resoluções do Conselho Deliberativo

1- Em janeiro, a diretoria da SBN realizou reunião na AMB sobre pro-blemas com a Endovascular que ficou sob a responsabilidade da Radiologia dentro da AMB. José Marcus Rotta comunicou ter participado da reunião em que ficou estabelecida a criação de uma comissão com dois representantes da Neurocirurgia, dois na Neurologia e dois na Radiologia. A comissão definirá o currículo de formação do subespecia-lista em Intervencionismo. José Marcus Rotta reinvindicou a obrigatoriedade de existir um neurocirurgião em todo procedimento; 2- A SBN realizará em agosto prova de titulação àqueles com mais de dez anos de formação. As ins-crições abriram em 1º de junho.

Modesto Cerioni, Cid Carvalhaes, Hildo Azevedo, José Alberto Landeiro, José Marcus Rotta, João Paulo Farias, Célia Pinheiro, Luiz Carlos de Alencastro e Carlos Telles

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Brasil é destaque no 23rd ESPN Congress

Durante o 23rd ESPN Congress, que contou com a parceria da Sociedade Brasileira de Neu-rocirurgia Pediátrica, o Brasil

foi o segundo país que mais apresentou publicações de trabalhos científicos em Pediatria, com apenas uma publicação a menos que o Reino Unido. O país ficou na frente de países como Alemanha, Ho-landa, França, Itália e Estados Unidos.

O evento aconteceu na primeira semana de maio e foi realizado na VU University of Amsterdam, na Holan-da. Além da participação brasileira, o evento contou com a colaboração da Society for Research in Hydrocephalus

and Spina Bifida (Sociedade de Pesqui-sa em Hidrocefalia e Espinha Bífida) e das sociedades japonesa e coreana de Neurocirurgia Pediátrica.

O objetivo do congresso era pro-porcionar uma discussão entre es-pecialistas ilustres e com diferentes experiências sobre diversas áreas de interesse da Neurocirurgia, como neuromodulação, trauma, hidroce-falia, cirurgias de nervos periféricos, neuro-oncologia, cirurgia craniofa-cial etc. O evento acontece de dois em dois anos e é organizado pelo presidente da European Society for Pediatric Neurosurgery (ESPN).

Sobre a ESPNA sociedade foi fundada em 1967

durante seu primeiro congresso de Neurocirurgia Pediátrica que aconte-ceu em Viena, na Áustria. A ESPN é a instituição internacional mais antiga dedicada à Neurocirurgia do sistema nervoso em desenvolvimen-to, buscando promover a saúde das crianças na Europa e pelo mundo. Transmitir a ética e incentivar a troca de informações técnicas e neurocien-tíficas relacionadas à Pediatria fazem parte da missão da sociedade.

Publicações em Pediatria no 23rd ESPN Congress

Reino Unido = 33

Brasil = 32

Alemanha = 29

Holanda = 20

França = 19

Itália = 17

Estados Unidos = 11

Israel = 9

Polônia = 7

Outros = 4Amsterdã, Holanda

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SBNCalendário

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1º a 03 de agosto Local: Vitória (ES)

Neuro Embolution

XXIX Congresso Brasileiro de Neurocirurgia

7 a 12 de setembroLocal: Rio de Janeiro

10º Congresso da Sociedade

Brasileira de Neurorradiologia

Diagnóstica e Terapêutica

27 a 29 de setembro Local: Porto Alegre (RS)

16 a 18 de agosto Local: Praia do Forte (BA)

III Congresso de Cirurgia Minimamente

Invasiva da Coluna

17 e 18 de agosto Local: São Paulo

II Congresso Internacional de Neuro-Oncologia

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Você faz a hoje

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Revista SBN

VAlOR PATRIMONIAl: uma das forças da SBN

Sob o comando de Paulo Henrique Pires de Aguiar, a Diretoria de Patrimônio cresce e fortalece a SBN

Segundo o presidente da Socie-dade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), José Marcus Rotta, a força de uma sociedade médica

pode ser mensurada através de alguns re-quisitos: diretoria atuante, vasto quadro associativo, realização constante de con-gressos e de projetos de educação médica e, também, pelo seu valor patrimonial. E a SBN se enquadra em todos eles. Para tanto, José Marcus Rotta inovou, criando a Diretoria de Patrimônio para o desen-volvimento do trabalho patrimonial.

Este setor, em especial, tem recebido atenção da sociedade. Sob a direção de Paulo Henrique Pires de Aguiar, a Dire-toria de Patrimônio desenvolve um tra-balho fundamental para o crescimento da SBN. Para esta edição, a Revista SBN Hoje convidou o próprio diretor do de-partamento. Ele fala sobre os trabalhos e os objetivos do setor.

Atribuições do departamento

Paulo Henrique conta que muita gente não consegue ter real a dimensão do trabalho do departamento. Quan-do se pensa em patrimônio, a primeira e às vezes única coisa que vem à cabe-ça são os imóveis da sociedade. Este pensamento não está errado, porém está incompleto. Há muitas outras

atribuições. O departamento precisa se dividir em quatro frentes: imóveis (sede e filial), bens móveis, estrutura tecnológica e acervo histórico. A con-tabilidade desses quatro setores é o que totaliza o patrimônio da SBN.

Além de contabilizar, é preciso fiscali-zar. “Periodicamente, precisamos realizar um trabalho fiscal sobre novas aquisições, recebimento de doações e também sobre desapropriações. É preciso ter tudo espe-cificado. Por exemplo, a cada bem que a sociedade se desfaz, é preciso apurar o seu valor real e aquele que se pretende vender, se for caso. Após esse trabalho, o valor só é outorgado com a aprovação do presidente”, explica Paulo Henrique.

Um dos mais recentes trabalhos pro-movidos pela diretoria, e que resultou num grande desafio, foi a catalogação de todos os bens móveis da sociedade. Todos os objetos encontrados na sede receberam placas com número de série e código de barras. Esse trabalho, iné-dito até então, facilita a entrada e a saí-da de qualquer bem da sociedade.

Tão importante quanto a cataloga-ção dos bens móveis, é também a pre-servação da história da SBN. “A histó-ria da SBN é um patrimônio de todos os neurocirurgiões brasileiros. Temos um enorme cuidado com a valoração das nossas publicações, quadros e fotos.

Periodicamente, precisamos realizar

um trabalho fiscal sobre

novas aquisições, recebimento de doações e

também sobre desapropriações. É preciso ter tudo

especificado”.Paulo Henrique Pires de Aguiar

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Tudo o que guarda a nossa história pos-sui um valor incalculável. Esse trabalho preserva nosso passado para futuras ge-rações”, reforça Paulo Henrique.

Ele ressalta que todo esse trabalho só é possível graças à colaboração de uma qualificada equipe, composta por secre-tárias e também pelo auxílio da Diretoria de Finanças, dirigida por Marise Audi.

Informações sobre as salas

Recentemente, a sede da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, localizada na Rua Abílio Soares, 233, no bairro Paraíso, em São Paulo, passou por uma ampla re-forma. As mudanças exigiram um grande trabalho em conjunto entre a Diretoria de Patrimônio e a Diretoria de Finanças.

A mudança estrutural da sede proporcionou uma disposição mais

ergonômica para o secretariado e um arquivamento mais seguro para os do-cumentos da SBN, além de uma nova sala para a reunião do conselho.

Além da sede, a sociedade ainda possui uma segunda sala que, atual-mente, está alugada para a Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (Sonesp), transformando-se, assim, em mais uma fonte de re-ceita para SBN.

Paulo Henrique explica que, so-mente o valor somado de ambas as sedes já garante à SBN um grande va-lor patrimonial. “Os dois imóveis da sociedade possuem um valor aproxi-madamente de R$ 1,4 milhões, isso já considerando todo o seu patrimônio interno. A nossa expectativa é que nos próximos quatro anos todo o patrimô-nio da sociedade cresça, no mínimo 20%”, prevê o diretor.

1) e 2) Novas salas após reforma da sede | 3) Paulo Henrique Pires de Aguiar, diretor de Patri-mônio da SBN

R$ 1,4 milhões:

valor estimado do patrimônio da SBN

20%previsão de

crescimento para os próximos quatro anos

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Facilidade na busca pelo

FiNANCiAmENTO imOBiliáRiO

Com taxas e prazos diferenciados, parceria com a Creditaria beneficia sócios da SBN na busca de imóveis

Os membros da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) possuem mais um benefício. Através de uma

parceria exclusiva com o Banco do Brasil e com a Creditaria, a SBN tor-na viável o acesso a crédito e finan-ciamento imobiliário. Tudo isso com juros mais baixos que os praticados no mercado e com facilidades que reduzem consideravelmente a buro-cracia do processo de financiamento de imóveis. Todos os neurocirurgiões associados à entidade terão direito a este benefício.

Para falar um pouco mais sobre essa parceria, a Revista SBN Hoje convidou Bruno Albarello, da Credi-taria. Ele explica exatamente quais são os benefícios e como os membros da SBN podem usufruir dessa parceria.

Revista SBN Hoje: No que consiste a parceria entre SBN e Creditaria? Qual a importância para os associados.

Bruno Albarello: A parceria consiste em auxiliar os associados da SBN na obtenção de financiamento imobi-liário junto ao Banco do Brasil. Os associados que desejam realizar esse financiamento contam com taxas bastante atrativas, pois existe um convênio entre a SBN e o Banco do Brasil. A participação da Creditaria nesse processo visa ao auxílio em toda a parte documental, tramita-ção de crédito, emissão e registro de contrato.

Revista SBN Hoje: E como os inte-ressados devem proceder para so-licitar o financiamento? Como eles devem procurar a Creditaria?

BA: O processo é todo muito simples. Os interessados devem preencher o cadastro via site da SBN. Após essa etapa, a Creditaria recebe um e-mail automaticamente com as informações e os contatos do cliente e dá continui-dade ao processo.

Revista SBN Hoje: Qual o prazo e o li-mite de financiamento dos imóveis?

BA: O prazo oferecido é bastante con-fortável: 360 meses (30 anos), o que dei-xa o valor da parcela muito acessível. O imóvel deverá ter valor máximo de R$ 500 mil no Sistema Financeiro de Habi-tação (SFH). Vale ressaltar que o neuro-cirurgião pode ter até 90% do seu imó-vel financiado, ou seja, até R$ 450 mil, o que é um belo atrativo. Outro desta-que dessa parceria é o valor mínimo de financiamento, apenas R$ 20 mil, o que ajuda muito os novos neurocirurgiões.

90%

percentual máximo do valor do imóvel que pode

ser financiado

Revista SBN Hoje: Quais imóveis po-dem ser financiados?

BA: Os neurocirurgiões podem finan-ciar imóveis residenciais e comerciais, novos ou usados, localizados em zona urbana. É preciso que o imóvel esteja registrado no Cartório de Registro de Imóveis e possua o “habite-se”, em caso de imóvel novo.

360 mesesprazo máximo do

financiamento

Revista SBN Hoje: Quais dicas e orientações você pode passar aos interessados?

BA: Ainda há alguns benefícios inte-ressantes, como carência de seis meses para começar a amortizar o capital; o beneficiário pode escolher um mês no ano para pular o pagamento da parce-la, sendo cobrado apenas o valor do seguro; e o neurocirurgião também pode solicitar à Creditaria uma solici-tação de crédito, basta entrar em con-tato conosco.

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Clan 2012: um balanço do 35º Congresso

latino-Americano de Neurocirurgia

O primeiro semestre de 2012 foi bastante especial para a Neurocirurgia da América Latina. Entre os dias 31 de

março e 5 de abril, o Brasil recebeu mais uma edição do evento mais antigo da história mundial da especialidade: o 35º Congresso Latino-Americano de

Neurocirurgia (Clan 2012). A cidade do Rio de Janeiro teve a honra de se-diar o encontro. Esta decisão significou muito para a Neurocirurgia brasileira, uma vez que o país já não abrigava o evento desde a fundação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), há 55 anos.

Durante dois anos, as comissões Científica e Executiva do congresso trabalharam intensamente para pro-porcionar aos neurocirurgiões do Bra-sil, América Latina e outros países uma programação atual e abrangente, tanto do ponto de vista científico, quanto social e cultural. A escolha por uma

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cidade do Sudeste brasileiro se deve a critérios estabelecidos pela própria comissão ainda na edição antecessora: “Escolhemos o país-sede do Clan por área da América Latina e coube ao Centro Sul, o Brasil. O Rio de Janeiro foi escolhido por apresentar condições de infraestrutura adequada”, afirma o presidente do congresso, José Alberto Landeiro.

O Clan reuniu, aproximadamente, 850 especialistas de diversos países, trazendo expertise, experiência e no-vidades da Neurocirurgia mundial. O número de participantes foi superior ao quantitativo de neurocirurgiões e convidados da edição realizada em 2010. “Contamos com especialistas latino-americanos, europeus e ameri-canos. Hoje, o país está entre uma das maiores potências neurocirúrgicas, abaixo apenas do Japão e dos Esta-dos Unidos”, orgulha-se o presidente da SBN, José Marcus Rotta, também vice-presidente do evento.

Comissão organizadora do Clan 2012: (da esquerda para direita) José Francisco Salomão, José Antonio Guasti, Jânio Nogueira, José Alberto Lan-deiro e Antonio Aversa

Destaques do ClanDurante a cerimônia de abertura do

congresso, neurocirurgiões brasileiros e estrangeiros foram homenageados pelo trabalho prestado à Neurocirur-gia Latino-Americana (veja box com homenageados). Já a programação cien-tífica deu enfoque às subespecialidades da Neurocirurgia. Novas tecnologias, novas abordagens e novos conceitos foram trazidos pelos conferencistas dos cinco continentes, junto com os demais especialistas, ocupando espa-ço diferenciado no programa. Para o presidente da SBN, outros momentos também merecem destaque no evento. “Três pontos marcantes foram as ques-tões na área da Neuro-Oncologia, em que trouxemos as últimas tendências e resultados no mundo; o tratamento dos aneurismas; e o V Fórum para o Desenvolvimento Político e Socioeco-nômico da Neurocirurgia na América Latina”, acrescenta Rotta.

“Quero parabenizar meus colegas brasileiros: o presidente da SBN, José Marcus Rotta, o presidente do Clan 2012, José Alberto landeiro, todos os

neurocirurgiões e cada um dos colaboradores

que fizeram este evento maravilhoso, permanecendo na memória de todos”

Rogelio Revuelta

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Um dos principais objetivos do Clan 2012 foi reunir os representan-tes da Neurocirurgia Latino-Ameri-cana e promover um debate sobre a qualidade de vida dos neurocirurgiões e pacientes desses cinco continentes. O saldo do encontro para o presiden-te da Federação Latino-Americana de Neurocirurgia (Flanc), Rogelio Revuelta, foi bastante positivo. Para o neurocirurgião veterano, essa edi-ção do Clan alcançou um equilíbrio entre os aspectos científicos e huma-nos. Essa igualdade se reflete não só nas reuniões acadêmicas, mas tam-bém entre os membros da Sociedade Latino-Americana, cuja amizade vem se tornando cada vez mais notável ao longo dos anos.

“Como presidente da Flanc, quero parabenizar meus colegas brasileiros: o presidente da SBN, José Marcus Rotta, o presidente do Clan 2012, José Alber-to Landeiro, todos os neurocirurgiões e cada um dos colaboradores que fizeram este evento maravilhoso, permanecen-do na memória de todos os participan-tes”, disse Revuelta.

O potencial da Neurocirurgia latino-

Americana Para que o congresso pudesse atin-

gir o seu propósito, o trabalho realizado em parceria pela SBN e pela Flanc foi essencial. Em seu discurso durante a ce-rimônia de abertura, José Marcus Rotta retribuiu os agradecimentos e falou sobre a importância da especialidade não só em

Próximos Congressos:

2014| Venezuela

2016| México

“Se a língua separa os brasileiros de nossos irmãos da

América latina, nossa proximidade geográfica

e amizade histórica fazem de nós um

grupo potencialmente forte e poderoso,

capaz de realizar uma verdadeira revolução na Neurocirurgia Mundial”.

José Marcus Rotta

Luis Carlos de Alencastro (esq.) e Rogelio Revuelta (dir.) homenageiam Nestor Renzi (ao centro)

Mesa de abertura do CLan 2012

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Homenagens no Clan 2012

José marcus Rotta Presidente da SBN do biênio 2010-2012. Foi presidente do capítulo de Neurocirurgia Oncológica (2006-2010) na

Flanc. É coordenador de intercâmbio em pesquisa em Neuro-Oncologia nas entidades ICB, HCFM-USP, HSPE-SP e Fred

Huntichson Cancer Research (FHCH).

José Carlos Saleme Presidente da SBN do biênio 2006-2008. Fundador e presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Espírito Santo e

fundador e membro da Cooperativa dos Neurocirurgiões do Espírito Santo.

manuel Jacobsen Atua como diretor técnico das divisões de Clínica Neurocirúrgica e Neurológica do Instituto Central do Hospital das

Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010.

Jorge Shilton Presidente da Sociedade de Neurocirurgia da Província de Buenos Aires (SNCPBA) entre 1988 e 2000. Atuou como

vice-presidente do Clan em 2006. Em 2010, foi nomeado membro honorário da Sociedade de Neurocirurgia da Provín-

cia de Buenos Aires.

medalhas de Honra da FlANC

Nestor Renzi (Argentina)Entre 2004 e 2006 foi presidente da Associação Argentina de Neurocirurgia. No mesmo período, organizou e presidiu

o 32º Congresso latino-Americano de Neurocirurgia. Integra a Federação Americana de Neurocirurgia.

Humberto Hernandez Zayas (Cuba) De 2001 a 2011 atuou como professor convidado do Instituto de Neurologia e Neurocirurgia em Santiago de Cuba.

Ocupou a função de Secretário do Grupo Nacional de Neurocirurgia e atuou como consultor da Comissão Nacional do

Ministério da Saúde de Cuba até 2011.

Evandro de Oliveira (Brasil) Atual diretor do Instituto de Ciências Neurológicas (ICNE) em São Paulo e é professor da disciplina de Neurocirurgia da

Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

âmbito latino-americano como também mundial. “Considero todas as profissões fundamentais para o desenvolvimento humano, mas não posso deixar de acre-ditar que a Neurocirurgia é quase um sa-cerdócio, praticado por pessoas especiais, competentes, plenamente conscientes de seu papel na sociedade e capazes de rea-lizar procedimentos sofisticados, comple-xos e arriscados com uma taxa de sucesso impressionante. Se a língua separa os brasileiros de nossos irmãos da América

Latina, nossa proximidade geográfica e amizade histórica fazem de nós um grupo potencialmente forte e poderoso, capaz de realizar uma verdadeira revolu-ção na Neurocirurgia mundial. Para isso, basta seguir a receita que eu e minha diretoria da SBN prescrevemos desde sempre: união, companheirismo, fra-ternidade, seriedade e concentração em nossos objetivos”, enfatizou Rotta.

Em seu último ano à frente da pre-sidência da SBN, José Marcus Rotta

representou a sociedade no 14º Con-gresso da Federação Mundial das Socie-dades de Neurocirurgia (WFNS, sigla em inglês), em Recife (PE) e aguarda, com bastante expectativa, o XVIII Con-gresso Brasileiro de Neurocirurgia, que será realizado em setembro de 2012, também no Rio de Janeiro. Em 2014, o Clan aportará em Isla da Margarita, na Venezuela. Entretanto, não há dúvidas de que o congresso realizado no Brasil marcou a história da Neurocirurgia.

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Parceria

SBN e Fusão: uma união de sucesso

Carlos Borges, diretor executivo da Fusão, e profissionais nas modernas instalações da empresa

Um sábio provérbio chinês, de autoria desconhecida, diz que “as coisas boas vêm em pares”. De fato, parcerias são essen-

ciais para o desenvolvimento das socie-dades médicas. Pensando nisso, desde a sua fundação, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) vem contando com a parceria de empresas qualifica-das, éticas e com expertise suficiente para promover o nome da sociedade e de seus associados.

A Fusão - Soluções para a Medici-na, especializada em comercialização de materiais para procedimentos ci-rúrgicos de crânio e coluna vertebral, é um exemplo de empresa que sempre esteve ao lado da SBN para estimular a melhor prática neurocirúrgica do país e, consequentemente, a saúde da popu-lação brasileira.

Em entrevista para Revista SBN Hoje, o diretor executivo da Fusão, Car-los Borges, fala sobre a importância dos dez anos de parceria com a SBN e so-bre a expectativa de participar do XXIX Congresso Brasileiro de Neurocirurgia.

SBN Hoje - Como é a atuação da Fu-são no setor neurocirúrgico?

Carlos Borges - A Fusão atua no setor oferecendo soluções no segmento de crâ-nio não endovasculares, como cirurgias abertas de tumores, aneurismas, hemato-mas e descompressão, além de atuar nas cirurgias gerais da coluna vertebral.

SBN Hoje - Qual o histórico da Fusão e como ela se tornou referência no segmento?

CB - A Fusão é uma empresa que acre-dita no constante aprimoramento. Ela começou suas atividades em 1999, sempre focada em trazer as inovações para o mercado brasileiro. Atuando com materiais exclusivos, ela estabele-ceu uma nova relação com o mercado, sendo identificada como uma empresa inovadora, de alta tecnologia e voltada para a educação continuada dos pro-fissionais da área da Saúde.

SBN Hoje - No que consiste a parceria entre a SBN e a Fusão?

CB - A Fusão investe na disseminação do conhecimento de novas tecnolo-gias para o aprimoramento do setor e na busca pelas melhores soluções dis-poníveis no mercado. Também acre-ditamos na parceria com a sociedade no intuito de mantê-la sólida para que possa cuidar do interesse da classe

médica e de seus pacientes. Fortale-cer a Sociedade Brasileira de Neuro-cirurgia é fortalecer os profissionais e, consequentemente, a Fusão.

SBN Hoje - Quais são os principais trabalhos dessa parceria?

CB - A Fusão vem mantendo essa parce-ria com a Sociedade Brasileira de Neuro-cirurgia por muitos anos, apoiando seus eventos e dando suporte aos projetos desenvolvido pela sociedade, dentre eles a casa da Neurocirurgia brasileira. Este é um apoio que nos deixa muito felizes.

SBN Hoje - Em setembro, a SBN reali-zará seu 18º Congresso Brasileiro de Neurocirurgia. A Fusão estará pre-sente no evento? A empresa já parti-cipou de eventos semelhantes?

CB - Sim. A Fusão está presente nos principais eventos do setor e sempre

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buscou estimular o desenvolvimento da SBN, acreditando que a disseminação do conhecimento é uma das principais formas para a evolução do setor. Nos últimos dez anos, a Fusão tem estado presente em quase todos os eventos im-portantes de Neurocirurgia e continua-rá presente sempre que possível através da contribuição de bons palestrantes ou contribuindo para a educação con-tinuada dos profissionais.

SBN Hoje - Qual a importância dessa parceria para os associados da SBN? Quais vantagens e benefícios são ofe-recidos aos neurocirurgiões?

CB - Esta parceria é fundamental. Os benefícios e vantagens oferecidos são no desenvolvimento tecnológico, na atualização das técnicas cirúrgicas e na segurança para a indicação dos mate-riais que a Fusão comercializa. Tudo isso

Excelência no segmento cirúrgico

A Fusão - Soluções para a Medicina é uma empresa especiali-zada na importação e comercialização de implantes e materiais para procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral e produtos para a cirurgia de crânio.

Atualmente é dirigida pelos diretores executivos Carlos Borges e Vittorio Beltran, que empenham esforços na busca do reco-nhecimento da Fusão como uma empresa líder de mercado no segmento cirúrgico, através da oferta de tecnologia e soluções inovadoras para o atendimento às demandas do mercado.

Um dos diferenciais da empresa é a comercialização de uma linha nacional de implantes, incluindo um dos melhores fabri-cantes do país, com a qualidade e a segurança dos produtos importados. Com escritórios em importantes capitais, a Fusão possui ainda distribuidores nas regiões Norte e Nordeste.

Além do investimento em tecnologia e infraestrutura, seus fornecedores seguem as mais rígidas normas internacionais de qualidade e segurança, produzindo componentes em mo-dernas fábricas nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Com o objetivo de proporcionar o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes, a Fusão vem passando por um constante processo de crescimento e modernização e já é considerada referência no segmento.

Fusão pelo Brasil

“Acreditamos na parceria com a

SBN para cuidar dos interesses da

classe médica e dos pacientes”.

Carlos Borges, diretor executivo da Fusão

difundido através da nossa participação em congressos, nos treinamentos pró-prios que oferecemos e na fomentação do desenvolvimento de procedimentos e produtos junto às universidades.

SBN Hoje - Como os interessados de-vem proceder para desfrutarem des-sa parceria?

CB - A Fusão procura desenvolver a parceria com todos aqueles que têm o interesse primário condizente com a sua política de qualidade, que é vol-tada ao benefício do paciente. Nossa equipe de representantes está sempre em contato com os profissionais no mercado. Eles são a porta de entrada nesta relação, que se estreitará cada vez mais com a construção da confiança de nossos produtos e compromissos assu-midos. E também através da própria SBN, que hoje oferece vários serviços de apoio aos seus membros.

SBN Hoje - É possível mensurar os be-nefícios para os neurocirurgiões?

CB - Entendendo que vivemos numa sociedade de direito e de tecnologia, essa parceria nos proporciona promo-ver o acesso seguro às novas tecnologias e ao desenvolvimento desses profissio-nais para o uso seguro das mesmas. A economia oferecida é a melhora no re-sultado total do profissional.

SBN Hoje - Quais dicas você pode dar aos neurocirurgiões quando forem procurar os equipamentos. O que eles devem buscar?

CB – Os neurocirurgiões devem buscar uma empresa de confiança da qual eles mesmos seriam os usuários dos produ-tos oferecidos.

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um médico nos bastidores do

TEATRo

Além da Neurocirurgia

Seguindo os passos de Anton Chekhov, notório médico dramaturgo russo, neurocirurgião mineiro Jair Raso divide seu tempo entre o hospital e a dramaturgia. Versátil, o médico lançará livro sobre a relação da Medicina com as Artes Cênicas

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“Ser artista me ajuda muito na humanização

do atendimento da Neurocirurgia”.

“Ser ou não ser, eis a questão”. A célebre frase do monólogo que consagrou Hamlet, clássica obra de William Shakespeare, tem

participação especial na história do neurocirurgião Jair Raso. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, o mé-dico sempre se mostrou apaixonado pelas expressões artísticas, principal-mente a Literatura e a Dramaturgia. Sua vocação pela Medicina o acompa-nha desde a infância, quando recebera forte influência dos tios patologistas. No entanto, a experiência como auxi-liar em um renomado hospital deter-minou a escolha pela Neurocirurgia.

Jair Raso é também dramaturgo do grupo mineiro Cara de Palco. Na tru-pe, atua ainda como diretor, ilumina-dor e diretor de produção. Autor de mais de 20 peças, recebeu os prêmios do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (Sated-MG) pelo espetáculo Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu (1988) e o prêmio do Sindicato dos Produtores de Artes Cê-nicas (Sinparc Bonsucesso) pelo texto da peça Três Mães, em 2002. Além das atribuições, Jair Raso encontrou na Fi-losofia uma forma de suprir uma lacu-na, já que “todo artista é um formador de opinião”.

Um neurocirurgião dividido entre o consultório e o hospital, onde opera com frequência. Após anos de carrei-ra, o médico finalmente conquistou sua autonomia profissional, o que lhe permite mais tempo para ambas as ati-vidades. Nesta edição da Revista SBN Hoje, o neurocirurgião-teatrólogo afirma que é possível equilibrar apti-dões quando essas não são encaradas como um ofício, e sim como uma for-ma mais sensível de olhar o mundo.

SBN Hoje - Como surgiu o interesse pela Dramaturgia?

Jair Raso - Acaso e preguiça. Preguiça, diante de um desafio feito por um cole-ga de colégio para passarmos o recreio na biblioteca, lendo livros. Escolhi um livro fino, cheio de diálogos. Era Hamlet, de Shakespeare. Por acaso, no mesmo colégio, uma colega de turma resolveu montar uma peça de teatro para arrecadar fundos para nossa for-matura. Fui convidado para fazer um

SBN Hoje - Você é escritor, dramatur-go e filósofo. De que forma concilia essas atividades com as rotinas no consultório e no hospital?

JR - Ser escritor, dramaturgo ou fi-lósofo não é necessariamente ter um ofício. É uma forma de olhar o mundo. O fato de ter me profissio-nalizado no Teatro também ajuda. Trabalho em equipe tanto no Teatro como na Medicina, o que considero fundamental. Sou profissional libe-ral, o que me dá mais liberdade para organizar agendas de trabalho numa ou noutra profissão. Minha mulher diz que se casou com o teatrólogo, mas sabe que quem paga as contas é o médico. Ela está sempre ao meu lado nas duas profissões.

SBN Hoje - Onde busca inspiração para escrever? Quais os gêneros fa-voritos e por quê?

JR - Escrevo dramas, tenho um musical e algumas comédias. Também escrevo roteiros, contos e crônicas. A vida das pessoas, suas histórias, angústias, cren-ças e atividades são sempre bem mais ricas do que qualquer expressão artísti-ca. Aí está a fonte. E ela é inesgotável.

SBN Hoje - Você é autor de mais de 20 peças, entre dramas, musicais e comédias. Quais são seus próximos projetos?

JR - Estou escrevendo minha primeira peça infantil e estou tentando captar recursos para montagem de uma comé-dia que escrevi ano passado. Também

papel. Acabei dirigindo também. Tomei gosto pela coisa e nunca mais parei.

SBN Hoje - Por que optou cursar Medi-cina mesmo tendo outros interesses? Foi influência da família ou busca por uma carreira segura? Por que optou pela Neurocirurgia? JR - Já havia decidido fazer Medicina an-tes de começar com o Teatro. A escolha pela Medicina tem influência da família. Isso, de cuidar dos outros, vem de casa. Meu avô materno vivia em Desterro do Melo, uma cidade do interior de Mi-nas Gerais e transportava doentes para Barbacena. Durante as férias, eu ia até a “cidade” com meu avô. Queria ser pato-logista, como meus tios médicos e pela influência de Luigi Bogliolo, renomado professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No quarto ano de Medicina, porém, decidi que queria ser cirurgião. A Neurocirurgia surgiu pelo fascínio da Neuroanatomia, mas principalmente com a prática como auxiliar de Neuro-cirurgia no maior hospital de Trauma de Belo Horizonte, o João XXIII.

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estou trabalhando num roteiro para um vídeo institucional de uma empre-sa filantrópica na área de Medicina. E estou finalizando um livro onde trato da confluência das Artes Cênicas com a Medicina.

SBN Hoje - Qual a sua avaliação so-bre a Dramaturgia no país após as mudanças na lei Rouanet (política de incentivos que permite a aplicação de parte do imposto de renda a empre-sas e cidadãos em ações culturais)?

JR - A dramaturgia brasileira é muito rica. As leis de incentivo ajudam, uma vez que facilitam as montagens e circu-lação das peças de teatro. Entretanto, a Lei Rouanet é de difícil captação para os pequenos grupos e artistas pouco

de recuperação de pacientes. Minha ajuda para os pacientes está no exer-cício da Neurocirurgia. Reconheço, entretanto, que o fato de ser artista me ajuda muito na humanização do atendimento.

SBN Hoje – Qual a reação dos pacien-tes ao saber que o médico deles é também dramaturgo?

JR - Converso pouco com meus pa-cientes sobre minha segunda profissão. Sei que alguns pacientes me escolheram para operá-los pelo fato de eu também ser dramaturgo. Por outro lado, pro-vavelmente meu nome já deve ter sido declinado pelo mesmo motivo. Isso porque alguns devem pensar que Neu-rocirurgia é uma especialidade exclu-sivamente técnica. Eu a encaro como arte também.

SBN Hoje – Hoje, após anos de carrei-ra, o senhor pensa em trocar a Neu-rocirurgia para se dedicar somente ao Teatro?

JR - Não. Ainda tenho a sensação de que estou apenas começando. Pretendo continuar me equilibrando entre uma coisa e outra. Sou médico e artista. Não sei fazer outras coisas.

Escrita em 1987, a peça Chico Rosa (2003), dirigida por Jair Raso, narra um possível encontro de Chico Buarque e Noel Rosa em bate-papo descontraído no botequim.

“Sou médico e artista. Não sei fazer outras

coisas”.

“Alguns devem pensar que Neurocirurgia é uma especialidade

exclusivamente técnica. Eu a encaro como Arte também”.

conhecidos, como eu. Nunca consegui captar por meio da Lei Rouanet. Além do mais, a concentração de recursos ainda é muito grande no eixo Rio-São Paulo. Fora do eixo, as Leis Estaduais de Incentivo à Cultura, que permitem dedução do ICMS, ajudam mais. Mi-nhas últimas produções foram monta-das por meio deste incentivo. As leis municipais, pelo menos em Belo Ho-rizonte, são de captação garantida. A dificuldade é ter os projetos aprovados para a captação.

SBN Hoje – O que a Medicina e a Arte têm em comum? Essas áreas podem contribuir para a recuperação do pa-ciente, por exemplo?

JR – Interessa-me mais o que elas têm de diferente, principalmente no modo de trabalhar. Escrever e dirigir Tea-tro me descansa da atividade médica e vice-versa. Não tenho experiência com o uso da Arte como ferramenta

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Settani, Padua Bonnatelli e outros que vie-ram posteriormente.

Ele nos dava a chance do aprendizado, permitindo-nos iniciar uma craniotomia, uma craniectomia da fossa posterior, uma laminectomia e assim, aos poucos, comple-tar o ato cirúrgico. Permitia-nos ganhar a confiança em nós mesmos, entusiasmando-nos pela difícil especialidade.

Exerceu sua atividade docente com muita dedicação e era realmente muito querido por seus alunos e colegas em todo Brasil. Foi diretor clínico do Hospital São Paulo, chefe do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da EPM e também era coronel da Força Pública, tendo sido, por longa data, médico do hospital desta entidade governamental.

Viúvo, Orestes Barini faleceu em 3 de maio, deixando duas filhas, Regina e Beatriz, e cinco netos. Sua passagem vai real-mente deixar muito triste todos aqueles que o conheceram.

Por Fernando Menezes Braga

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Nota de falecimento - Orestes Barini

Nascido em Campinas (SP), estudou na Faculdade de Medicina de São Paulo (USP) tendo obtido a graduação em 1940. Filiou-se à equipe do Prof.

Paulino Watt Longo, catedrático de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM).

Em 1945, Prof. Longo convidou o Aloysio de Mattos Pimen-ta, que havia estagiado na Alemanha e nos nos Estados Unidos, para ser o chefe do serviço de Neurocirurgia do Hospital São Paulo. Orestes Barini logo se entusiasmou pela especialidade, tornando-se o primeiro assistente de Aloysio Pimenta.

O serviço de Neurocirurgia da EPM foi oficialmente fun-dado no dia 17 de fevereiro de 1947. Desde então, Orestes Barini exerceu sua atividade profissional na EPM até sua apo-sentadoria compulsória em 1986, aos 70 anos.

Conheci o Dr. Barini no final da década de 1950 e traba-lhamos juntos durante 26 anos. Posso afirmar que ele sem-pre foi uma pessoa do bem, honesto, ético, correto, excelen-te neurocirurgião e muito dedicado aos seus pacientes. Era aquele que sempre auxiliava o jovem neurocirurgião da EPM, dentre os quais me incluo, assim como Armando Alves, Flavio

Orestes Barini

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SBN Departamentos

Nessa edição, mostramos o Departamento Jovem Neurocirurgião, apresentado por Lórimer Carneiro, que atualmente ocupa sua coordenação. Conheça um pouco mais sobre esse importante departamento da SBN e como ele contribui para a atualização e aprimoramento dos neurocirurgiões recém-formados

Os desafios do DepartamentoJovem Neurocirurgião

Representante de uma parcela significativa de neurocirur-giões brasileiros, o Depar-tamento Jovem Neuroci-

rurgião, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), é constituído por profissionais com idade menor ou igual a 35 anos. A experiência não é uma virtude imediata, mas inerente ao trabalho e à dedicação à atividade que se pratica. Neste contexto, o neu-rocirurgião jovem mantém contato com outros experientes profissionais brasileiros e estrangeiros, que vêm contribuindo para o desenvolvimen-to e modernização da especialidade. Em entrevista a Revista SBN Hoje, o neurocirurgião Lórimer Carneiro conta mais detalhes sobre o departa-mento e mobiliza a participação de novos membros.

SBN Hoje - Como funciona o Depar-tamento Jovem Neurocirurgião da SBN?

lórimer Carneiro - O Departamen-to Jovem Neurocirurgião é compos-to por aqueles neurocirurgiões com

idade menor ou igual há 35 anos, membros da SBN. O departamen-to tem o intuito de estimular a ação do jovem neurocirurgião no âmbito geral, desde o estímulo à atividade científica até a participação em cur-sos de aperfeiçoamento profissional.

SBN Hoje - Quais são os principais trabalhos desenvolvidos pelo depar-tamento?

lC - As atividades do departamento visam a oferecer oportunidades de integração e estímulo científico-pro-fissional aos jovens neurocirurgiões que têm a responsabilidade de man-ter o padrão da Neurocirurgia nacio-nal. O departamento ainda tem pou-cos membros e estamos empenhados em ampliar o quadro. Esperamos estimular a participação de novos membros a partir do Prêmio Jovem Neurocirurgião no XVII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia, no Rio de Janeiro, no próximo mês de se-tembro. O nosso principal trabalho hoje está na tentativa de reestrutura-ção do departamento.

Lórimer Carneiro

O departamento tem o intuito de estimular

a ação do jovem neurocirurgião no

âmbito geral, desde o estímulo à atividade

científica até a participação em cursos

de aperfeiçoamento profissional”.

lórimer Carneiro

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SBN Hoje - Quem pode participar e contribuir para o departamento?

lC - Qualquer neurocirurgião que seja membro da SBN com idade menor ou igual a 35 anos pode fazer parte do de-partamento. Estamos sempre abertos a sugestões e divisão de tarefas para contribuir para o crescimento do nosso departamento.

SBN Hoje - Como funciona o prêmio Jovem Neurocirurgião entregue du-rante o congresso da SBN? Quem pode concorrer e como é feita a esco-lha do vencedor?

lC – O prêmio será entregue durante o próximo congresso da SBN. O tra-balho clínico ou experimental ins-crito deve ter como principal autor um jovem neurocirurgião membro da SBN, que esteja em dia com as

obrigações societárias. O trabalho deverá ser entregue até 28 de junho de 2012 acompanhado de carta de solicitação ao Conselho Deliberati-vo para participar do concurso. Os trabalhos serão avaliados por uma comissão de três membros que es-colherão o vencedor. As demais in-formações sobre o prêmio podem ser vistas no site http://www.neu-rocirurgia2012.com.br/premio_jo-vem_neurocirurgiao.php.

SBN Hoje - Qual sua opinião sobre a formação do jovem neurocirurgião brasileiro atualmente? Quais são seus desafios?

lC - Há vários serviços de formação de neurocirurgiões no Brasil e acre-dito que a formação é satisfatória. Deve-se levar em consideração a

existência de neurocirurgiões de re-nome, pioneiros que muito contri-buíram para proporcionar tal forma-ção. A experiência aliada ao trabalho de construir modelos de residência médica em Neurocirurgia foi deter-minante para a organização destes centros brasileiros formadores de neurocirurgiões.

SBN Hoje - Como você enxerga o futu-ro da Neurocirurgia brasileira?

lC - A Neurocirurgia brasileira tem uma reputação internacional inques-tionável e acredito que nós mantere-mos este patamar. Hoje, a aquisição de informação é infinita e ao mesmo tem-po muito facilitada. Desta forma, não há desculpas para não desenvolvermos. Com certeza o futuro da Neurocirurgia brasileira será brilhante.

“A Neurocirurgia brasileira tem uma reputação internacional inquestionável e acredito que nós

manteremos esse patamar”

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Gestão

BAlANçO DA GESTãO:

Por Marise Audi, tesoureira da SBN, com a colaboração de José Marcus Rotta e Modesto Cerioni Jr.

Os quase dois anos da atual ges-tão passaram voando e foram marcados por grande dina-mismo e muitas inovações.

Aproximando-se do seu final, é possí-vel contabilizar as realizações. A seguir, seguem algumas delas:

• Novo sistema de gestão financei-ra: permite análise acurada dos gastos e investimentos nos diversos setores e departamentos da SBN, além de faci-litar a visualização dos gastos em cada comissão (credenciamento, ensino e aperfeiçoamento), com as assinaturas de periódicos, Recursos Humanos, as-sessorias (de imprensa e jurídica), audi-torias, contabilidade geral, tecnologia da informação, etc. Esse sistema pro-porciona também a rápida análise das receitas da SBN provenientes das se-mestralidades, patrocínios, congressos e cursos de atualização. Foram instituí-das também autorizações de pagamen-to (A.P.), dessa forma todos os cheques emitidos tem uma cópia anexada à nota fiscal e à AP respectiva, identifi-cando quem autorizou o pagamento, a finalidade do mesmo e o número de parcelas. Tal controle permite a total rastreabilidade dos mesmos. Todos es-ses documentos estão à disposição dos sócios para consulta na sede da SBN;

• Auditoria independente: contra-tada para auferir credibilidade e confia-bilidade à contabilidade da SBN, por meio do exame dos documentos con-tábeis e da atualização dos valores do patrimônio e do mobiliário;

• Modernização da prova do título de especialista: sob supervisão dos chefes de serviços formadores dos residentes e do Departamento de Ensino e de Aperfei-çoamento, a parte escrita foi totalmente informatizada e a prova oral unificada;

• Prova de título de especialista, categoria especial: para médicos no exercício da Neurocirurgia há pelo menos dez anos e também para sócios efetivos que pretendem obter o título de especialista;

• Reforma da sede: patrocinado em quase sua totalidade por empresas parceiras;

• Inventário físico dos bens: os imó-veis e o mobiliário receberam emplaca-mentos de identificação e contabilização;

• Seguro da sede, mobiliário e bens do patrimônio;

• Engajamento das regionais e de-partamentos da SBN;

• Visitas da Comissão de Creden-ciamento aos serviços de residência médica credenciados pelo MEC e aos demais já credenciados pela SBN;

• Contratação de novos funcionários e exclusão do cargo de assessoria admi-nistrativa: tal medida reduziu custos;

• Implantação da SBN Notícias e do SBN Científico: ambos dispo-níveis no site da SBN. O primeiro é enviado via e-mail marketing aos associados e o segundo contém co-mentários e resumos de artigos de periódicos da Biblioteca Virtual. Tais ferramentas possuem o intuito de es-treitar o relacionamento da SBN com seus associados, além de criar espaços para publicidade, trazendo recursos financeiros para sociedade.

• Implantação da pesquisa Atuação e Saúde no site da sociedade: avalia a saúde e a qualidade de vida do neuro-cirurgião;

• Reestruturação do site;• Reestruturação das revistas SBN

Hoje e Arquivos Brasileiros de Neuro-cirurgia;

• Negociação e implementação de novos valores de honorários médicos: atuação junto ao Ministério da Saúde e CBHPM, com a definição dos procedi-mentos que fazem parte de cada código;

• Assinatura de World Neurosur-gery: novo periódico disponível no site da SBN, juntamente com o Journal of Neurosurgery, Neurosurgery, Wolters

forte atuação impulsiona o crescimento da sBN

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Kluwer, Medline Ovid e as revistas científicas da EBSCO;

• Contratação da WebEx: empresa operadora de reuniões on-line para in-teração dos departamentos, comissões, diretoria e conselho deliberativo.

• Liberação de verba governamental para implementação do Projeto Pense Bem: o projeto tem por finalidade a prevenção do neurotrauma em crian-ças, adolescentes e seus familiares por meio de material didático distribuído em escolas, órgãos públicos, autoesco-las e por aulas ministradas por volun-tários locais;

• Aumento do quadro social: novos 79 novos membros aprovados no últi-mo concurso para título de especialista, atingindo a marca de 1.949 sócios;

• Crédito imobiliário: ação junto ao Banco de Brasil oferecendo aos associados, com taxas reduzidas, a aquisição de imóveis de qualquer va-lor e finalidade;

• Ações entre MEC e SBN: o presi-dente da SBN, José Marcus Rotta, en-fatizou, durante reunião com a repre-sentante do MEC, Maria do Patrocínio Tenório Nunes, a necessidade de um projeto pedagógico junto aos precep-tores e chefes de serviços formadores de residentes. Isto foi bem aceito pela

representante do MEC, que proferiu elogios à postura da SBN e convidou a SBN a apresentar projetos na próxima sessão da Comissão Nacional de Resi-dência Médica, que ocorrerá em Natal (RN) em julho.

Além das ações pontuais citadas acima, a diretoria da SBN também participa de reuniões do Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB). José Marcus Rotta esteve nas reuniões de 15 de março e 24 de maio, participando com re-presentantes das demais sociedades na eleição dos seus representantes no Conselho Científico da AMB.

A SBN também participou dos encontros quinzenais, entre janeiro e maio, do grupo de trabalho Linha de Cuidado do Trauma, promovido pela coordenação de média e alta comple-xidade SAS/Ministério da Saúde. A sociedade esteve presente com: José Marcus Rotta (presidente), Marco Túlio França (secretário geral), Mo-desto Cerioni Jr. (secretário-auxiliar), Rodrigo Ferrari Fernandes Naufal (re-presentante do projeto Pense Bem), José Luciano de Araújo (coordenador do Departamento de Trauma e Tera-pia Intensiva) e Audrey Beatriz Santos Araujo (secretária).

Outra ação da SBN foi o contato com a Sociedade Brasileira de Orto-pedia e Traumatologia (Sbot) para, juntas, analisarem a tabela de procedi-mentos do SUS para coluna vertebral e, assim, estudarem as reinvindicações a serem feitas no Ministério da Saú-de, além de atualização de valores de honorários, novos procedimentos, im-plementos tecnológicos, implantes e recursos hospitalares.

Sobre o congresso brasileiro a ser realizado em setembro deste ano no Rio de Janeiro, as bancas julgadoras das premiações estão sendo definidas: Sandoval Inácio Carneiro coordenará a banca do prêmio Neurocirurgião Jovem e Clemente Augusto de Brito Pereira coordenará a banca do prêmio Exercício Profissional. O Conselho Deliberativo da SBN ainda escolherá os nomes da banca do prêmio Eliseu Paglioli. Os candidatos aos respecti-vos prêmios já podem acessar o site do CBN/2012 para enviar os trabalhos.

Por estas e outras ações, muitos as-sociados que se encontravam afastados da SBN voltaram a contribuir com as semestralidades, reduzindo, assim, a taxa de inadimplência. Isso permitiu mais investimentos, revertidos em be-nefício dos próprios.

1- Marise Audi, tesoureira da SBN | 2- Da esquerda para direita: Paulo Jubé Ribeiro, Marco Aurélio Marzullo, Marco Túlio França, Paulo Hen-rique P. de Aguiar, José Marcus Rotta, Clemente A. de Brito Pereira, Ricardo Botelho, Eduardo Vellutini, Eberval Gadelha Figueiredo, Marise A. Fernandes Audi e Modesto Cerioni Jr (sentado) em reunião na sede da SBN

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JurídicaOrientação

por Dr. Roberto GodoyNeurocirurgião e advogado

Toda vez que uma indústria farma-cêutica faz algum tipo de conces-são a médicos ou suas entidades, surge uma questão de natureza

ética. Preocupados com isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associa-ção Médica Brasileira (AMB), a Socie-dade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) assinaram re-centemente um acordo para estabelecer regras sobre o patrocínio de médicos pela indústria farmacêutica.

O motivo principal do acordo foi es-tabelecer princípios pelos quais médicos e dirigentes de entidades médicas agirão diante do que é considerado ético. A pre-missa é a de que a relação com a indús-tria deve ser baseada com transparência, para garantir a independência técnico-científica dos médicos e a mais absoluta autonomia e liberdade na formulação de suas opiniões, ideias e análises.

Deve-se informar ao público se há al-gum tipo de conflito de interesse, sobre-tudo os de ordem econômica. No caso de patrocínio de congressos, simpósios e eventos semelhantes, a indústria patroci-nadora deve firmar contrato por escrito com a comissão organizadora do evento, sendo vedada qualquer interferência na definição da programação, objetivos, lo-cal ou seleção de palestrantes. No caso de convite a médicos, deve haver como es-copo a disseminação do conhecimento, e não ser baseada em critérios comerciais.

As despesas pagas pela indústria de-vem limitar-se a transporte, refeição,

A relação dos médicos com a

hospedagem e inscrição. Pelo acordo, não será admitido o pagamento de passagens de primeira classe. São impostos critérios quanto ao local, devendo ser compatíveis com o princípio de aquisição do conheci-mento científico. O pagamento das des-pesas deve limitar-se aos dias do evento, sendo admitidas despesas do dia anterior e posterior se o acesso ao local do evento não permitir transporte no mesmo dia. Nunca incluir pagamento de despesas de acompanhantes, nem despesas com qual-quer espécie de lazer, shows, atividades esportivas ou atividades semelhantes.

A indústria deve registrar todas as des-pesas realizadas com médicos, para de-monstração do cumprimento do acordo. Não é permitida a remuneração do mé-dico convidado pelo tempo despendido, com exceção da obrigação por contrato para prestação de serviço. Em simpósios-satélites, a indústria farmacêutica não pode torná-lo mais importante que o in-teresse técnico-científico que motivou o evento. Poderão ser distribuídas algumas benesses, como lanches, desde que não comprometam a dignidade e o respeito devido à classe médica.

A distribuição de brindes deve seguir alguns parâmetros como estar de acordo com a legislação sanitária, estar relaciona-da exclusivamente à prática médica, ter valor inferior a um terço do salário míni-mo e limitar-se a três ocorrências anuais. No acordo, a distribuição de canetas, lápis e blocos são vedadas. A visita dos repre-sentantes de laboratórios farmacêuticos deve ser baseada na troca de informação

científica e respeitar princípios éticos. Os representantes devem informar

apenas vantagens e riscos do produto, promovê-lo de acordo com as normas egulatórias, acrescentando subsídios científicos que tenham conhecimento por trabalhos publicados, e obter do mé-dico informação sobre a aceitabilidade e dos efeitos adversos. Quanto a estudantes de Medicina, é vedada a distribuição de amostras a eles, exceto em eventos cien-tíficos. O acordo tem como conclusão o texto que se segue literalmente.

“Com a publicação do presente do-cumento, o CFM, a AMB, a SBC e a Interfarma pretendem inaugurar uma nova fase de relacionamento caracteriza-da pela união de esforços em benefício da promoção da melhor educação técnico-científica na área farmacêutica. Essa nova fase deverá ser caracterizada também por iniciativas que proporcionem meios de atualização permanente dos profissio-nais médicos e da indústria farmacêutica acerca dos objetivos deste posicionamen-to, sempre com o propósito de reforçar o compromisso do CFM, da AMB, da SBC e da Interfarma em torno da con-duta ética, profissionalismo e absoluta transparência de relacionamento.

Mais do que perseguir objetivos para as classes representadas, a expectativa é a de que os frutos dessa parceria resultem em novos paradigmas para o mercado farmacêutico e, consequentemente, trazer resultados concretos que levem também – e principalmente – ao melhor atendi-mento às necessidades dos pacientes”.

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Dicas de Viagens

Cidade MaravilhosaOs encantos da

Palco da final da Copa do Mundo de 2014 e sede das Olimpíadas de 2016 e do XXIX Congresso

Brasileiro de Neurocirurgia, a cidade do Rio de Janeiro é uma das principais rotas turísticas do Brasil. Além de ser um dos mais importantes centros eco-nômicos do país, a cidade une a vasta diversidade cultural de seus habitantes às belas paisagens naturais. Famosa pela simpatia dos cariocas, o Rio de Janeiro acolhe seus turistas de braços abertos.

Para quem não conhece o lugar, o ideal é começar pelo passeio no bondi-nho do Pão de Açúcar. O ponto mais alto desta beleza natural oferece uma vista incrível de paisagens como as praias de Ipanema, Leblon e Copacaba-na, a enseada de Botafogo, o Morro do Corcovado, o Cristo Redentor, a Baía de Guanabara, a Ponte Rio-Niterói etc. É um ótimo lugar para decidir qual será o próximo ponto turístico a ser visitado.

Eleito como uma das novas sete ma-ravilhas do mundo, o Cristo Redentor é o cartão postal da Cidade Maravilho-sa. Para chegar ao topo do Corcovado, a melhor opção é o passeio de trem. O primeiro trecho da antiga estrada ferro foi inaugurado em 1884 por Dom Pedro

II. A linha segue por dentro do Parque Nacional da Tijuca, terceira maior flo-resta urbana do Brasil, até chegar ao topo da atração turística.

O visitante que curte ecologia e tem espírito aventureiro pode aproveitar a parada para conhecer o parque. O lugar oferece atividades como trilhas, banhos de cachoeiras naturais, passeios de bicicle-ta e piqueniques. Através de caminhadas moderadas, é possível apreciar a vista da Pedra Bonita (693 m), Pico do Papagaio (987 m) e Pico da Tijuca (1.021 m). Sím-bolos da cidade como o Parque Lage, a Pedra da Gávea, a Vista Chinesa, a Capela Mayrink e a Mesa do Imperador tornaram o parque famoso internacionalmente.

O Rio de Janeiro tem um litoral de 630 km, com praias para todos os gos-tos. Famosa mundialmente pela canção “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Morais, a praia de Ipanema combina uma larga faixa de areia bran-ca e água cristalina com toda a infraes-trutura que os turistas precisam: hotéis, restaurantes, centros culturais, postos salva-vidas, sanitários e chuveiros. Para quem prefere lugares exóticos, a Praia da Macumba e a Prainha são ótimas op-ções. Cercadas por morros cobertos por

Mata Atlântica, essas praias são peque-nos paraísos escondidos.

Não são só as belas paisagens que atraem os turistas. A cidade é um grande polo cultural. Localizado no centro da ci-dade, o Museu Histórico Nacional guar-da um acervo formado por mais de 287 mil peças, como documentos, imagens, moedas, móveis, armas etc. Vale a pena conhecer as magníficas pinturas murais da Igreja da Candelária e as exposições do Centro Cultural Banco do Brasil. Após um passeio como esse, nada melhor que recarregar as energias na Confeitaria Co-lombo. Inaugurada por portugueses em 1894, a confeitaria faz parte do Patrimô-nio Histórico e Artístico do Rio de Janei-ro e sua decoração se compara aos típicos salões europeus do final do século 19.

Para fechar a noite, a Lapa representa bem os cariocas e lembra o clima de boê-mia da cidade. Lá, encontramos o Aque-duto Carioca, por onde passa o bondinho para Santa Tereza, além de barzinhos para todos os gostos. Uma noite mais tranqui-la pode ser encontrada nos quiosques da Lagoa Rodrigo de Freitas. Música ao vivo, estrutura de restaurante e vista para o Cristo Redentor. Alternativa perfeita para se despedir do Rio de Janeiro.

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Almanaque Cultural

Teatro

Doze homens e uma sentença Criado para um teleteatro, o drama ganhou projeção por meio do filme de Sidney Lumet, produzido em

1957. A história narra o impasse de 12 homens trancados em uma claustrofóbica sala de júri. O réu foi acusa-do de assassinar o pai, e a decisão precisa ser unânime para executá-lo ou absolvê-lo. O conflito começa quan-do um dos jurados (Henri Pagnocelli) opta pela dissonância e abala a convicção do grupo, até então decidido pela condenação. Com Adriano Bedin, Brian Penido e Ricardo Dantas. Direção de Eduardo Tolentino.

Tucarena: Rua Bartira (esq. com a Rua Monte Alegre) – Perdizes– (11) 3670-8462 – Sextas e sábados, 21h; Domingos, 19h30. Ingressos: R$ 50 (sextas e domingos) e R$ 60 (sábados). Até 29 de julho.

meu meioQuais os desafios que devemos enfrentar para alcançar uma vida sustentável? O SESC Interlagos,

em parceria com a [X] Brasil, questiona a relação humana com os sistemas responsáveis pela vida na Terra através da mostra multimídia Meu meio. A exposição visa a provocar a reflexão e incentivar os visitantes a se sentirem como os verdadeiros protagonistas da mostra.

SESC Interlagos – Hall de Exposições | Avenida Manoel Alves Soares, 1.100, Parque Colonial, São Paulo – (11) 5662-9500 – De quarta-feira a domingo e aos feriados, das 10h às 17h. De R$1 a R$7. Até 29 de julho. Informações: <www.sescp.org.br>.

Exposição

Na estrada(On the road, França, Reino Unido e Estados Unidos, 2012)

Pé na estrada, publicado em 1957, foi um marco do movimento beat. O livro é narrado pelo alter-ego de Kerouac, Sal Paradise, cujo impulso era colocar o pé na estrada e ver a América. Nessa jornada, ele pega carona, sobe em trens, conhece outros viajantes, luta por comida e explora temas como liberdade e nostalgia. As filmagens acontece-ram em estradas dos Estados Unidos, Canadá e México. Com Sam Riley, Kristen Stewart, Garret Hedlund. Direção de Walter Salles.

millennium - Os homens que não amavam as mulheres (The girl with a dragon tattoo, 2012)

Mikael Blomkvist é um jornalista determinado a restaurar sua honra após ser condenado na justiça por difamação. Contratado por um dos industriais mais ricos da Suécia para investigar o desapare-cimento de sua sobrinha Harriet, ele se muda para uma ilha remota sem saber o que o aguarda. Ao mesmo tempo, Lisbeth Salander, hacker da Milton Security, é contratada para levantar a ficha e os antecedentes de Blomkvist, missão que será o ponto de partida para que ela se una a Mikael na investigação do desaparecimento. Com Daniel Craig e Rooney Mara. Direção de David Fincher.

Bolsa de valores para médicos(Francinaldo Gomes e Francisco

Vaz, Editora DOC)O inves-

timento na Bolsa de Va-lores ainda é considerado por muitos como tarefa de especia-listas. Esse livro, escri-to por dois neurocirur-

giões, desvenda o investimento em ações. Com linguagem simples e di-reta, os médicos mostram aos colegas de profissão que investir na bolsa é uma opção viável mesmo para pro-fissionais que não têm tempo para se dedicar ao tema. Conhecer os ca-minhos da Bolsa de Valores pode ser o diferencial para você colocar o di-nheiro trabalhando a seu favor.

DVD

Cinema livro

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Inscrições

www.rvmais.com.br/neuro-oncologiaInformaçõesApoio InstitucionalIniciativa e Realização

tel.: +55 11 [email protected]

Temas PrincipaisMódulo Doença Metastática para

Sistema Nervoso Central

» Manejo da Lesão Cerebral Isolada

» Manejo das Lesões Múltiplas

» Manejo da Doença Metastática em Coluna

» Outros Tumores

Módulo Gliomas

» Astrocitomas de Baixo Grau do Sistema Nervoso Central

» Controvérsias no manejo de glioma de baixo grau

» Astrocitomas de alto grau do Sistema Nervoso Central

» Controvérsias e novas direções no manejo dos gliomas de alto grau

Coordenadores

José Marcus RottaPresidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia

Fernando C. MalufChefe do Centro Avançado de Oncologia Clínica do Hospital São José

Andreas F. Hottinger Lauren E. Abrey Hugues Duffau Luis Souhami Nader Sanai

Convidados Internacionais

Certificaçãode atualização

profissional

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