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CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO

DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA

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Mensagem do PresidentePág. 05

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Encontro de Primavera CIMLOP 2014 | ANGOLA

Visita à Baía de Luanda

Reunião de Direção da CIMLOP

VI ENBRACI/CIMI 2014/ III CONVENSI

Visita à Centralidade do Kilamba

Jantar de Gala da CIMLOP

Encontro no SECOVI-SP – São Paulo

Artigo de Opinião - Sérgio Sobral

Artigo de Opinião - Luis Lima

Artigo de Opinião - Celso Luiz Petrucci

Artigo de Opinião - Flávio Amary

Artigo de Opinião - Manuel Reis Campos

Reunião de Primavera da CIMLOP

Rodada de Negócios

Conferência Internacional

Seminário Nacional da APEMIP c/ participação de membros da CIMLOP

Visita ao Brasil

Encontro de Outono CIMLOP 2014 | PORTUGAL

Índice

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MAIS UM PASSO NO SENTIDO DA CREDIBILIZAÇÃO

A CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, nasceu em 2010, com o objetivo de criar, para os países aderentes, uma forma mais efi-caz, segura e transparente de captar investimento e potenciar os mercados imobiliários de cada um.

Esta é uma ambição que tem contado com o empenhado contributo de todos os membros que integram esta Confederação, que conta já com a representação de Portugal, Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Guiné Bissau, que em conjunto têm levado a cabo uma ação de divulgação das potencialidades dos mercados de todos os países.

O trabalho da CIMLOP tem vindo assim a ser reconhecido por diversas organizações e entidades públicas e privadas nos diversos países onde está representada, e não só, que assim realçam a importância da união de sinergias das associações que integram esta Confederação, consolidando a sua importância através da criação de ferramentas, para que os objetivos traçados sejam alcançados com o maior êxito possível.

Uma destas ferramentas passa a ser agora esta Revista Digital CIMLOP, que terá uma periodicidade semestral, e que tem como objetivo principal promover e dar a conhecer as ações e o trabalho desenvolvidos pela CIMLOP nos países lusófonos que a integram, bem como dar informação sobre o estado dos mercados da Construção e do Imobiliário dos respetivos países.

Desta forma, a CIMLOP adapta-se a novas tendências de comunicação, para melhor di-fundir as qualidades do mundo lusófono que conta com mais de 250 milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo!

Aproveito a oportunidade para desejar a todos um feliz ano de 2015, com votos de sucesso e muita prosperidade! Boas leituras,O Presidente da CIMLOPLuís Lima

Mensagem do Presidente

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ENCONTRODE PRIMAVERA CIMLOP 2014 | ANGOLA

A CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa constitui-se formalmente em 2010, em Angola, numa iniciativa de um grupo de associações empre-sariais de Angola, do Brasil e de Portugal, tendo em vista a cap-tação de investimento nas áreas da construção e do imobiliário para os países de origem das associações que a constituem, na base de todos os países que têm o português como língua oficial.

Quatro anos depois, a CIMLOP regressou ao país que a viu nas-cer para realizar o seu Encontro de Primavera de 2014, entre os dias 12 e 15 de maio de 2014. A sua missão dividiu-se entre a capital angolana, Luanda e a província de Benguela, onde de-corria também a FIB – Feira Internacional de Benguela.

As associações anfitriãs deste encontro foram a AECCOPA e a APIMA, que acompanharam a comitiva em todos os momentos programados.

Legenda

A Comitiva da CIMLOP visitou a Baía de Luanda

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A comitiva da CIMLOP foi recebida em Luanda pelo admi-nistrador da Finicapital (que integra a Sociedade Baía de Luanda), Miguel Carneiro, que fez uma apresentação sobre o projeto Baía de Luanda, área que foi alvo de um proces-so complexo de requalificação urbanística e ambiental, reconhecido internacionalmente, e que permitiu a criação de novas vias de comunicação e o alargamento de toda a frente marítima.

A Sociedade Baía de Luanda é uma parceria público-privada, para a requalificação da Marginal, desenvolvida pelo Execu-tivo em parceria com o sector empresarial angolano. A Obra Pública de requalificação foi concluída e inaugurada a 28 de Agosto de 2012, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Desde essa data, a nova frente marítima recebe uma média diária de 2.500 utilizadores e foi, durante o últi-mo ano, palco de mais de 43 eventos públicos e privados, que levaram à Baía mais de um milhão de pessoas.

O projeto de requalificação da Baía de Luanda foi distin-guido nos Estados Unidos pela International Waterfront Association, uma instituição sem fins lucrativos que atri-bui prémios aos melhores projetos de requalificação de frentes marítimas e ribeirinhas do mundo.

Os três lotes de terrenos postos à disposição na Baía de Luanda, no âmbito da terceira fase de requalificação da

VISITA À BAÍA DE LUANDA

área, encontram-se preparados para receber os primeiros edifícios, terminada a criação de infraestruturas técnicas.

Nas parcelas, serão edificados prédios de 2.500 a 50 mil metros quadrados ao longo da Baía de Luanda à disposi-ção dos promotores, investidores institucionais, peque-nas e médias empresas.

A parcela A encontra-se no extremo norte da Avenida 4 de Fevereiro, junto ao Porto de Luanda, correspondendo a uma área de nove hectares, que avança para dentro da Baía, no alinhamento da Praça 17 de Setembro, onde será desenvolvido um pólo urbano que se antevê de eleição para o estabelecimento do novo centro de negócios da cidade.

A Parcela 1 é composta por 2 edifícios de escritórios, 2 edi-fícios de uso misto e uma torre residencial sobre a água que se destaca como marco arquitetónico na frente maríti-ma da nova baía.

Localizada na entrada da Ilha do lado interior da Baía, estende-se por 1,2 km ao longo da orla da Ilha com uma largura média de 250 m.

A Parcela 3 tem cerca de 28 hectares que admitem 934.044 m2 de área de construção total, distribuídos entre 552.324 m2 de área de construção útil e 321.150 m2 de estacionamen-tos. Adicionam-se ainda 60.625 m2 de áreas comerciais.

A área máxima é de 140 metros, equivalente a 35 pisos. Es-tão previstos para esta parcela 57 macro-lotes para torres residenciais, de escritório, áreas de comércio e hotelaria.

Baía de Luanda

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No âmbito do Plano Nacional de Urbanismo e Habitação, o Executivo Angolano assegurou a construção de 14 novas centralidades que vêm dar resposta a um conjunto de pro-blemas que se verificam no país, tais como a necessidade de reduzir o défice habitacional, a necessária descentrali-zação, a necessidade da criação de condições de acesso à habitação a preços comportáveis pelas famílias, a criação de infraestruturas, de zonas de lazer, de equipamentos, e, no que diz respeito à capital, Luanda, a necessidade de aliviar a pressão sobre uma cidade que continua dimen-sionada para cerca de meio milhão de utilizadores, estan-do sem qualquer possibilidade de suportar a pressão dos últimos anos.

A Comitiva da CIMLOP foi recebida numa destas novas cidades, a Cidade do Kilamba Kiaxi, que é atualmente a mais nova cidade de África. Esta receção foi feita por Os-car Veríssimo da Costa, representante da Administração da Cidade do Kilamba, que esclareceu os presentes sobre o intuito do projeto e o desenvolvimento desta cidade.

VISITA À CIDADE DO KILAMBAA cidade do Kilamba está localizada a cerca de 20 quiló-metros a sul do centro da capital. O projeto foi concebido para se desenvolver em três fases, com um total de 82 mil apartamentos, numa área de 54 quilómetros quadrados. A primeira pedra do empreendimento foi lançada no dia 31 de Agosto de 2008, sendo a cidade oficialmente inaugura-da a 11 de Julho de 2011 pelo Presidente da República José Eduardo dos Santos.

Esta nova centralidade surpreendeu bastante pela positiva todos os presentes, devido à qualidade do ordenamento e infraestruturas disponíveis à população de classe média--baixa / média, nesta cidade criada completamente de raiz.

A comitiva teve a oportunidade de visitar um andar modelo desta centralidade, e confirmou as boas condições das ha-bitações oferecidas à população angolana. O Presidente foi ainda convidado a assinar o livro de Honra da Cidade do Kilamba, onde parabenizou toda a estrutura pelo incrí-vel trabalho desenvolvido em prol do sector habitacional para os cidadãos angolanos.

Membros CIMLOP recebidos na Administração da Cidade do Kilamba

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A Direção da CIMLOP reuniu no dia 14 de maio, nas insta-lações do Hotel Mombaka, em Benguela, reunião esta que contou com a honrosa presença do Senhor Vice Ministro e Secretário de Estado do Urbanismo, Eng.º Manuel Cle-mente, que abriu oficialmente os trabalhos da CIMLOP, e de Adriano João Silva, Diretor Nacional da Habitação, bem como de empresários, portugueses e angolanos que tive-ram a oportunidade de apresentar as suas empresas e tro-car informações sobre as mesmas.

Neste encontro, os presentes tiveram a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre o mercado imo-biliário português e Angolano. Miguel Ribeiro, da APIMA, fez uma apresentação sobre a atualidade do sector, focan-do pontos como os valores médios de transação, as novas centralidades, o mercado de escritórios e construção, e a fiscalidade.

Também Vasco Reis, da APEMIP, focou alguns destes pontos na sua abordagem ao mercado português, dando desta-que à importância da captação de investimento estrangei-ro para o país, nomeadamente por via de projetos como o Programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento ou o Regime Fiscal para Residentes não Habituais. No final das apresentações houve um momento de perguntas e respostas onde participaram membros pre-sentes na audiência.

Neste encontro, o Presidente da CIMLOP, Luís Lima, apro-veitou para agradecer a presença do Senhor Secretário de Estado do Urbanismo, oferecendo-lhe uma pequena lembrança e convidando-o a apadrinhar a entrega de uma recordação deste encontro aos representantes das asso-ciações anfitriãs, a APIMA e a AECCOPA.

REUNIÃO DE PRIMAVERA CIMLOP

BENGUELA FOI O PALCO PRINCIPAL DO ENCONTRO DE PRIMAVERA DA CIMLOP.

Governador da Cidade de Benguela recebeu os membros da CIMLOP

Presidente da CIMLOP oferece lembrança ao Secretário de Estado do Urbanismo, Manuel Clemente, convidando-o a apadrinhar a entrega da recordação do encontro às associações anfitriãs, APIMA e AEECOPA.

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A CIMLOP promoveu uma Conferência Internacional subordinada ao tema “O papel dos Fundos de Investimento Imobiliário no de-senvolvimento do Mercado Imobiliário e da Construção”.

A nota de boas vindas foi dada pelo Presidente da CIMLOP, que realçou a importância deste tema, seguindo-se o Governador Pro-vincial de Benguela, Isaac dos Anjos, que antes havia já recebido a comitiva da CIMLOP no Governo Provincial de Bengela, e fez ques-tão de fazer a abertura oficial desta Conferência e de demonstrar a sua disponibilidade para apoiar a CIMLOP.

Feita a abertura oficial desta sessão, tomou a palavra o Eng.º Jorge Madeira, da Caixa Geral de Depósitos, para falar sobre os fundos imobiliários em Portugal. Numa apresentação bastante clara, Jorge Madeira esclareceu os presentes fazendo uma breve abordagem histórica sobre a existência de fundos imobiliários em Portugal (cujo o primeiro registo remonta a 1964), e esclarecendo sobre o que são fundos de investimento, as suas diferentes tipologias, o seu esquema de funcionamento e diversos intervenientes, e situa-ção atual dos fundos em Portugal (abertos, fechados e fundos de investimento para arrendamento habitacional).

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL CIMLOP

– O Papel dos Fundos de Investimento Imobiliário no desenvolvimento do Mercado Imobiliário e da Construção

A ele seguiram-se Emílio Londa, Diretor do Departamento de Estudos e Análises da Comissão de Mercado de Capitais de Angola (CMC), e Francisco Brito, Chefe de Divisão do Departamento de Supervisão dos Fundos de Investimento que, por sua vez, abordaram a existência e o esquema dos fundos de investimento em Angola, focando temas com o papel dos FII no desenvolvimento dos sectores da constru-ção e imobiliário, e a regulamentação dos FII no país.

A estas apresentações seguiu-se uma sessão de pergun-tas e respostas, onde os presentes tiveram oportunidade de esclarecer as suas dúvidas sobre o tema em debate com o painel de oradores.

Branca do Espírito Santo, Presidente da APIMA, tomou depois a palavra para proferir uma breve nota de agrade-cimento às entidades que promoveram este certame, pas-sando depois a palavra ao Senhor Vice Ministro Secretário de Estado da Construção, Ilidio de Jesus Braz Martins, que fez o encerramento oficial deste conferência, abordando a situação do país no que ao sector da construção diz res-peito, focando pontos como a construção de novas centra-lidades e infraestruturas que visam a melhoria das condi-ções de vida da população. O Secretário de Estado realçou ainda o trabalho desempenhado pela CIMLOP, na promo-ção dos mercados dos países que a integram, e revelou a sua disponibilidade em colaborar com esta Confederação, naquilo que fosse necessário.

LegendaCIMLOP promove Conferência Internacional sobre o tema “O papel dos fundos de Investimento Imobiliário no desenvolvimento do Mercado Imobiliário e da Construção”

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FORTALEZA E SÃO PAULO | BRASIL

VI ENBRACI/CIMI 2014/ III CONVENSI

A convite do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (COFE-CI-CRECI), o Presidente da CIMLOP, Luís Lima, marcou presença no VI ENBRACI / CIMI 2014 / III CONVENSI, a sua convenção anual que em 2014 decorreu entre os dias 15 e 17 de setembro, na capi-tal do estado do Ceará, Fortaleza, Brasil.

Acompanhado por um alto representante do Grupo Caixa Geral de Depósitos, o Presidente da CIMLOP participou neste encontro que contou com a presença de milhares de profissionais do sec-tor imobiliário.

O Centro de Eventos de Fortaleza esteve lotado na abertura oficial do evento, que abriu com as palavras do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (CRECI-CE), Apollo Albuquerque, que acolheu e deu as boas vindas aos congressis-tas, passando a palavra ao Tesoureiro do Conselho Federal de

Legenda

Vasco Reis, Secretário da CIMLOP; Armando Cavalcante, Presidente do CRECI-Ceará; Luís Lima,

Presidente da CIMLOP; João Teodoro, Presidente do COFECI-Creci; Sérgio Sobral, Vice-Presidente

da CIMLOP e José Gonçalves, Director da Direção de Financiamento e Negócio Imobiliário da CGD

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Legenda | José Gonçalves, Director da Direção de Financiamento e Negócio Imobiliário da CGD; Luís Lima, Presidente da CIMLOP e Sérgio Sobral, Vice-Presidente da CIMLOP

Corretores de Imóveis (COFECI), e Presidente da Convensi, An-tónio Armando Cavalcante, que agradeceu a presença de todos os presentes naquele evento.

O Presidente da CIMLOP foi então chamado ao palco, onde teve a oportunidade de congratular o Sistema COFECI-CRECI por mais um congresso, dirigindo um agradecimento especial ao Presi-dente do COFECI, João Teodoro da Silva, pelo convite que lhe foi dirigido e pela hospitalidade com que fora recebido na cidade de Fortaleza.

PRESIDENTE DA CIMLOP VISITA SECOVI-SP

No seguimento da sua visita ao Brasil, o Presidente da CIMLOP deslocou-se a São Paulo, onde visitou as instalações do Sindi-cato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP),

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uma das maiores associações empresariais da América La-tina, onde teve oportunidade de testemunhar o interesse crescente do mercado brasileiro nos mercados internacionais, nomeadamente em Portugal, muito por via do programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento.

Nesta visita, Luís Lima teve a oportunidade de reunir com o Presidente do SECOVI, Cláudio Bernardes, o Presidente do Conselho Consultivo, João Crestana e o vice-presidente do interior, Flavio Amary, que desempenhava funções de Pre-sidente em Exercício, tendo sido convidado para participar num encontro com a Corregedoria Geral da Justiça que foi promovido pelo SECOVI-SP, na sua respetiva sede, sendo um momento importante para conhecer melhor os contornos e funcionamento do mercado brasileiro.

Uma vez mais, o Presidente da CIMLOP fez-se acompanhar por José Gonçalves, Grupo Caixa Geral de Depósitos.

Neste seguimento, e para dar a conhecer à comitiva portu-guesa o que de melhor se faz no sector imobiliário na cidade de São Paulo, os anfitriões do SECOVI organizaram uma visi-ta ao empreendimento Jardim das Perdizes, um dos maiores desenvolvidos na cidade, com uma área de 250.000 m2 e 50.000 de área verde. A estrutura contará com um parque central com 44 mil m2, três praças verdes, e nove ruas que organizarão o bairro, e 32 torres, sendo que as residenciais estão dividas em condomínios independentes.

Este empreendimento impressionou pela sua dimensão e características, que foram bem reveladores da qualidade e empenho do sector da construção e imobiliário no Brasil.

Legenda | Comitiva da CIMLOP visitou o empreendimento Jardim das Perdizes, na cidade de São Paulo

Legenda | João Crestana, Presidente do Conselho Consultivo do SECOVI-SP; Luís Lima, Presidente da CIMLOP e Flavio Amary, Vice-presidente do Interior do SECOVI-SP e membro da CIMLOP, em encontro na sede do SECOVI, São Paulo

ROTA DE INVESTIMENTO LUSÓFONO PASSA PELO BRASIL

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Sérgio Sobral

ARTIGOS DE OPINIÃO

Neste ano o boom do mercado imobiliário, propiciado por mu-danças na legislação a partir de 2005, vai completar uma década. Com as medidas legais implementadas pelo governo federal a partir de 2004, houve uma retomada histórica em nosso seg-mento. Recursos para o crédito imobiliário voltaram com fartura ao mercado, tanto nos bancos públicos como no sistema finan-ceiro privado. Associado a outros fatores intrínsecos àquele ce-nário, a ampla oferta de crédito aqueceu o setor e trouxe de volta ao primeiro plano o acalentado sonho da casa própria.

Com um déficit habitacional estimado, à época, em onze milhões de unidades, muitos lançamentos, financiamento em abundân-cia, disponíveis também para a aquisição de imóveis usados, e clientes ávidos por conquistar uma propriedade os preços subi-ram em escala geométrica. O valor médio do metro quadrado no Brasil elevou nosso país a um patamar equiparável ao do primeiro mundo frente ao mercado imobiliário internacional.

A aceleração dos valores chegou a gerar especulações sobre uma possível bolha imobiliária nos trópicos, num equivocado paralelo com o mercado norte-americano. Os boatos passaram, mas as condições começam a mudar em decorrência de outros fatores.

As mudanças, entretanto, alteram também a temperatura do nosso setor.

Um dos indicadores que já se tornou consenso: os preços dos imóveis no Brasil já atingiram o teto aceitável pelo atual poder aquisitivo e não há mais espaço imediato para novos aumentos. A estabilização de valores que vimos assistindo desde o final de 2013 deve persistir, fazendo com que possíveis correções apenas acompanhem os avanços inflacionários. Quem aumentar preço, para comercialização ou locação, poderá ver seu produto “na pra-teleira” por um longo período.

Por outro lado, não há indicadores de que haverá queda nos preços, o que se constitui em tranquilidade para os investidores do mercado. A valorização imobiliária não é atingida por esse processo de estabilização de preços porque os fatores que a pro-movem nada têm a ver com o atingimento do ápice do poder aquisitivo.

Enquanto muitos atribuem os valores alcançados no Brasil à mera especulação há outra interpretação cabível, baseada em dados históricos. O segmento imobiliário brasileiro estava estag-

Diretor Secretário do COFECI e Vice-Presidente CIMLOP/COFECI

Tendências do Mercado Imobiliário no Brasil em 2015

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Sérgio Sobral

ARTIGOS DE OPINIÃO

Diretor Secretário do COFECI e Vice-Presidente CIMLOP/COFECI

nado há anos, desde a extinção do BNH (Banco Nacional de Ha-bitação) em 1986. As iniciativas isoladas de investimento e cons-trução da casa própria foram sufocadas pelo confisco do dinheiro no Plano Collor, em 1990. A falta de segurança jurídica para a aquisição de imóveis diretamente com os construtores também afastou os possíveis compradores.

Mas a partir da década passada o governo federal reinseriu pro-gramas e políticas habitacionais entre suas prioridades. Assim, após longo e tenebroso inverno, veio a primavera para o mercado imobiliário. A conjuntura, favorável, foi contagiada por uma eufo-ria que levou a uma valorização em cadeia. Os imóveis, insumos, mão de obra, terrenos. Tudo subiu de preço nessa cadeia que, rea-quecida, passou a responder por 18% do PIB brasileiro. Agora, é hora de rever custos e valores.

O cenário, em 2015, indica que o setor imobiliário deverá se con-centrar na comercialização das propriedades que já estão prontas. Os lançamentos serão poucos e pontuais. Para apimentar ain-da mais este cenário, a Caixa Econômica Federal elevou os juros para financiamento imobiliário e o governo federal aumentou os custos dos empréstimos bancários, inclusive os destinados à compra de imóveis.

Esse novo cenário aponta para a valorização da criatividade. Al-ternativas como consórcio imobiliário, o financiamento direto, entre outras, poderão retomar o espaço que já ocuparam. Enfim, os ingredientes de que dispomos, no momento, disparam um sinal de alerta. Mas a história ressalta: as crises podem gerar se-quelas, mas também geram muitas oportunidades.

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Economista-chefe do Secovi-SP

Financiamento imobiliário na visão de quem produz

Celso Luiz Petrucci

ARTIGOS DE OPINIÃO

Quando penso nas perspectivas do crédito imobiliário para os próximos anos, uma cena de 15 anos atrás me vem à cabe-ça: uma reunião em 2001, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, na maravilhosa casa sede da ADEMI-RJ, com o ex-presidente do BNH (Banco Nacional da Habitação), José Maria Aragão.

Eram tempos difíceis para os financiamentos, pois os bancos não queriam e não gostavam de financiar empresas e pessoas físicas em função da falta de garantia e, principalmente, do quase total desconhecimento do setor imobiliário sobre o mecanismo de compensação dos créditos dos bancos junto ao FCVS (Fundo de Compensação das Variações Salarias), que foram “vendidos” em 1995/1996 dentro do PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacio-nal). No ano de 2001, os recursos da caderneta de poupança financiaram 35.768 unidades e, em 2002, ano que o SBPE (Sis-tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) atingiu o fundo do poço, foram financiadas 28.932 unidades - ou seja, quase nada diante das necessidades habitacionais da época.

Fato marcante posterior foi a proposta de um novo marco re-gulatório pela equipe do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, convertida na Lei 10.931, conhecida como a Lei do Patrimônio de Afetação.

Daí para frente, o que vimos foi o retorno do apetite dos agentes financeiros em conceder financiamentos imobiliários e o iní-cio de uma saudável competição para melhorar as condições de financiamentos entre os bancos, com taxas de juros mais baixas e prazos mais alongados.

Para melhor ilustrar esse ciclo virtuoso, vale a pena conhecer a evolução dos números de concessão de financiamentos com recursos do SBPE, da caderneta de poupança. Em 2004, por exemplo, foram financiadas 53,8 mil unidades, com a aplica-ção de R$ 3,002 bilhões. Esses números foram crescendo ano a ano e, em 2013, chegaram ao total de 492,9 mil unidades financiadas, com a aplicação de R$ 109,177 bilhões.

Em 2014, segundo informações da Abecip (Associação Brasi-leira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), até o mês de outubro foram financiadas mais de 447 mil unidades, com a aplicação de R$ 93,227 bilhões.

Não vemos problemas de falta de recursos para o financia-mento do crédito imobiliário para os próximos anos. Ao con-trário, a baixa inadimplência e a insistência de os brasileiros anteciparem o pagamento de suas dívidas refletem na saúde do sistema e mostram que o apetite dos bancos continuará forte para essas operações de crédito, em função de sua ga-rantia e liquidez. O que nos preocupa mais, no atual momento, são as condições econômicas do País para devolver ao merca-do imobiliário a pujança dos últimos anos. É nisso que temos que ficar de olho!

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Carnaval, Copa do Mundo, Eleições e seus efeitos negativos

Flávio Amary

ARTIGOS DE OPINIÃO

O ano de 2014 não deixará boas lembranças para os brasi-leiros. “Crescimento” econômico próximo de zero, inflação acima da meta proposta pela equipe econômica, tendência de alta nas taxas de juros e desequilíbrio fiscal com gastos pú-blicos elevados.

Junte-se a isso carnaval tardio, com inicio no mês de março, copa do mundo, que não trouxe o efeito econômico esperado e paralisou o País. Somando a tudo isso, ainda tivemos a mais disputada eleição presidencial dos últimos 25 anos e, com ela, grande incerteza econômica.

A conjuntura política e econômica levou à queda acentuada no índice de confiança do consumidor e várias decisões de compras foram postergadas em todos os setores, inclusive o imobiliário.

Registramos queda nos lançamentos e nas vendas de imóveis novos em praticamente todas as regiões de nosso País. Essa desaceleração, porém, pode ser analisada sob o enfoque de ajuste nos preços e de equilíbrio nos estoques. É certo que a valorização imobiliária dos últimos anos não poderia conti-nuar no mesmo ritmo, pois se tornaria insustentável.

Portanto, esse período tem o seu lado positivo e que deve ser percebido em uma valorização imobiliária mais próxima da inflação. Além de se traduzir em boas oportunidades de negócios àqueles que procuram comprar o primeiro imóvel, pois há recursos disponíveis para financiar a aquisição e as ta-xas de juros ainda estão atrativas.

Em matéria de emprego, os dados de 2014 não foram tão bons quanto os do ano anterior. Caíram os índices de geração de novos postos de trabalho, e o medo do desemprego não assusta, assim como a inadimplência do crédito imobiliário, que se mantém em 1,6%.

Agora, o período é de ajustes econômicos, com esperada re-tomada econômica no segundo semestre. A valorização do dólar e o estoque mais alto de imóveis novos podem ser óti-mas oportunidades de investimentos para estrangeiros.

Vice-presidente do Interior do Secovi-SP e membro da diretoria da CIMLOP

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ENCONTRO DE OUTONO DA CIMLOP | LISBOA

O Encontro de Outono da Direção da Confederação da Constru-ção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), de-correu nos dias 9 e 10 de outubro em Lisboa, em paralelo com o Salão Imobiliário de Portugal 2014 (SIL 2014) e proporcionou um momento extraordinário para a divulgação das potenciali-dades do sector da construção e do imobiliário, num mercado tão vasto e diversificado como é o dos Países de Língua Oficial Portuguesa.

Esta diversidade dos mercados da lusofonia é uma grande ri-queza e os encontros da Direção da CIMLOP, são momentos de troca de informações fundamentais para que se possam apro-veitar as sinergias possíveis no encontro de cada mercado que compõe este universo, sempre com benefícios multilaterais.

Neste encontro, ficou definido o calendário das reuniões de Primavera e de Outono para o ano de 2015, ficando estabeleci-do que o Brasil receberá a primeira reunião da CIMLOP do ano, desta vez em São Paulo, Brasil.

LegendaConferência Internacional “O que procuram os maiores investidores estrangeiros no imobiliário português?

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No âmbito deste encontro, decorreu o habitual Jantar de Outono da Direção da CIMLOP que se realizou no Palácio da Azurara, que data do Séc. XVII e que foi restaurado com a colaboração do Arquiteto Raul Lino. Neste edifício tem também lugar o Museu de Artes Decorativas Portuguesas. O jantar, que se seguiu de uma visita guiada pelo Palácio, contou com a presença do Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, que testemu-nhou a importância do trabalho levado a cabo por esta Confederação.

Neste jantar, tomou a palavra o Presidente da CIMLOP, Luís Lima, que agradeceu a presença de todos, destacan-do a importância das relações entre os países de Língua Oficial Portuguesa, nomeadamente no sector imobiliário, que se revela como um mercado de múltiplas oportunidades.

“O sector imobiliário pode ser e é uma pedra angular para o crescimento e para o desenvolvimento das respetivas economias e para confirmar como esse estado de boa saú-de pode contagiar outras paragens deste universo lusófo-no, por ação da influência positiva que uma Confederação como a CIMLOP pode exercer, potenciando sinergias em rede”, declarou o Presidente, que realçou ainda que “a internacionalização do sector é uma necessidade insubs-tituível, cuja consolidação exige esforços públicos concer-tados, não podendo ser realmente competitiva se apenas contar com a generosa cumplicidade financeira privada”.

Para acompanhar a sobremesa, os convidados puderam ainda desfrutar da magnífica atuação da fadista Vanda Ju-not, que interpretou alguns dos fados portugueses mais populares.

A diversidade dos mercados da lusofonia é, como se fez notar, uma enorme riqueza que se reflete nos encontros da Direção da CIMLOP!

JANTAR DE OUTONO

Legenda | Luís Lima, Presidente da CIMLOP, discursa no Jantar de Outono que teve lugar no Palácio da Azurara, em Lisboa

Legenda | Leonardo Mathias, Secretário de Estado da Economia de Portugal, discursa no Jantar de Outono da CIMLOP

O encontro de Outono terá lugar no país de origem do Pre-sidente, neste caso Portugal, e decorrerá uma vez mais no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal.

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A presença da CIMLOP em Portugal foi também mote para a promoção de uma Rodada de Negócios, organizada pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) e pela Associação dos In-dustriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), com o apoio da CIMLOP e da Fundação AIP.

Esta “Rodada de Negócios” contou com centenas de em-presários, e voltou a dar corpo a uma das principais voca-ções desta estrutura confederativa, que visa a dinamiza-ção da atividade económica da fileira da Construção e do Imobiliário dos Países de Língua Oficial Portuguesa, e por esta via, das próprias economias destes países, harmoni-zando a informação sobre a oferta e a procura imobiliárias no vasto espaço da lusofonia.

SEMINÁRIO NACIONAL DA APEMIP COM CASA CHEIA

A APEMIP, associação integrante da CIMLOP e anfitriã des-te encontro em Lisboa, aproveitou a sua participação no Salão Imobiliário de Portugal 2014, que decorreu na FIL, entre 8 e 12 de Outubro, para uma vez mais realizar o seu Seminário Nacional.

Sob o tema “Investimento Estrangeiro no Imobiliário Por-tuguês: As oportunidades que se abrem da Reabilitação Urbana ao Turismo Residencial”, este Seminário reuniu personalidades como o Secretário de Estado do Turismo de Portugal, Adolfo Mesquita Nunes; Manuel Salgado, vereador da Câmara Municipal de Lisboa; Pedro Megre, Director-Geral da União de Créditos Imobiliários e Pedro Almeida e Sousa, da Telles de Abreu, Advogados.

RODADA DE NEGÓCIOS

LISBOA PROMOVE A DINAMIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E DO

IMOBILIÁRIO DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA

Legenda | Reunião de Outono da Direção da CIMLOP, em Lisboa

Legenda | Rodada de Negócios organizada pela APEMIP e pela AICCOPN, com o apoio da CIMLOP e da Fundação AIP

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O Secretário de Estado do Turismo, que abriu esta Confe-rência, declarou que “o turismo é uma das formas mais virtuosas de pôr o imobiliário a crescer” pelo seu papel na captação de investimento estrangeiro, e dirigiu-se ainda às vozes críticas que acusam o país de receber “turismo a mais”, declarando que “há quem fale em turismo de mas-sas, mas a verdade é que os turistas estão cá a deixar as suas massas”. Adolfo Mesquita Nunes afirmou ainda que é necessário saber divulgar os programas de que o país dispõe para a captação de investimento estrangeiro.

O Seminário Nacional da APEMIP incluiu ainda um painel de debate subordinado ao tema “O que procuram os maio-res investidores estrangeiros no imobiliário português: a perspetiva de Angola, Brasil, China e França”, que contou com a presença de Alain Duffoux, Presidente do Syndicat National des Professionnels de L’immobilier em repre-sentação de França; Miguel Ribeiro, em representação de Branca do Espírito Santo, Presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola - APIMA; Cláudio Bernardes, Presidente do SECOVI-SP e Sérgio Sobral, em representação de João Teodoro da Silva, Presidente do

Sistema COFECI-CRECI, que falaram sobre a perspetiva do Brasil; e de Zhu Zhanhong, Conselheiro do Presidente da APEMIP para assuntos do Oriente, em representação da China.

A participação de membros da CIMLOP de Angola e do Brasil neste painel de debate, mostrou bem a força deste espaço económico de mais de 250 milhões de pessoas es-palhadas por todo o mundo.

No encerramento da Sessão tomou a palavra o Presiden-te da APEMIP e da CIMLOP, Luís Lima, que declarou que o trabalho da captação de investimento deve “ser mais e melhor, e em parceria com mercados estratégicos como é o dos países de língua oficial portuguesa, de forma a per-mitir que as empresas estejam preparadas para enfrentar o futuro” e recordou que “o mercado imobiliário é cíclico, pelo que devemos aproveitar com inteligência e muito trabalho a boa maré de hoje, para que seja mais simples aguentar o barco quando marés piores se aproximarem”.

Legenda | Sérgio Sobral, Vice-presidente da CIMLOP discursa na Conferência Internacional promovida em Lisboa

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As tendências para 2015 no sector imobiliário português

Luis Lima

ARTIGOS DE OPINIÃO

As tendências para o sector imobiliário português em 2015 deverão seguir em continuidade com o verificado em 2014.

Alicerçado em programas como a Autorização de Residência para Atividades de Investimento e no Regime Fiscal para Re-sidentes não habituais, o investimento estrangeiro deverá manter-se como uma das prioridades do sector, que con-tinuará a trabalhar no sentido de divulgar o país e o sector além-fronteiras.

O ano de 2014 foi excecional no que ao investimento estran-geiro diz respeito, e esta dinâmica deverá manter-se no próxi-mo ano. O grande objetivo será desta vez conseguir descen-tralizar este investimento, que se tem focado muito na cidade de Lisboa ou na região do Algarve, e dirigi-lo para outros pon-tos do país.

Também a Reabilitação Urbana deverá ser uma das princi-pais tendências para 2015, esperando-se que haja uma reco-nhecimento cada vez mais consensual da sua importância, que confirme que o crescimento económico passa pela recu-peração do sector imobiliário, através da requalificação das cidades e da reabilitação dos edifícios, levando, por sua vez, à dinamização da economia à diminuição do desemprego e

ao crescimento do PIB. Portugal tem vindo a descurar esta obrigação e é hoje um dos países europeus o que menos tem apostado nesta área, sendo necessário inverter esta tendência.

Espero que o ano de 2015 seja, finalmente, o verdadeiro ano da Reabilitação Urbana e que seja uma das prioridades a ado-tar pelo sector e pelo país.

O mercado imobiliário português tem algo que muitos ou-tros não têm e que se prende com a credibilidade do valor dos nossos ativos, que apresenta uma crescente tendência de valorização. Este fator, aliado ao facto de não termos passado por uma bolha imobiliária e à qualidade da nossa construção, faz com que se abram novas potencialidades com projetos de Reabilitação urbana, quase sempre associados a projetos muitos interessantes de Turismo Residencial, que fazem do nosso imobiliário um bom refúgio para os investimentos.

Presidente da CIMLOP

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Vice-Presidente da CIMLOP

2015: O anoda concretização das promessas adiadas

Manuel Reis Campos

ARTIGOS DE OPINIÃO

Dar à Reabilitação Urbana uma dinâmica nacional, captar mais investimento estrangeiro, executar os fundos comu-nitários do QREN ainda disponíveis, concretizar o Plano Es-tratégico dos Transportes e Infraestruturas, implementar o Programa Portugal 2020 e responder cabalmente ao desafio corporizado pelo «Plano Juncker», são as metas que o Gover-no terá de assumir para que o ano de 2015 se possa traduzir no esperado início de um novo ciclo.

Os instrumentos e as soluções existem e passam, necessaria-mente, pela Construção e pelo Imobiliário. Esta não é uma particularidade do nosso País. É a Europa Comunitária que o afirma, ao identificar o Setor como uma das alavancas im-prescindíveis para alicerçar a produção de riqueza e a criação de mais emprego, vetores essenciais para o desenvolvimento sustentado das economias.

Estão em causa os fundos comunitários previstos no QREN e ainda por utilizar – 4 mil milhões de euros, dos quais 2,2 mil milhões estão alocados a infraestruturas e investimentos de proximidade –, a que se juntam mais de 25 mil milhões de euros do novo Portugal 2020. O «Plano Juncker», com o qual se pretende lançar na economia europeia 315 mil milhões de euros até final de 2017, no âmbito do qual Portugal já identifi-

cou projetos nos domínios das infraestruturas e da inovação, necessários para o nosso desenvolvimento e competitividade que totalizam 31,5 mil milhões de euros.

O cumprimento destes Planos é essencial, desde logo porque o investimento público tem de ser um fator mobilizador do investimento privado e os efeitos positivos da reabilitação ur-bana, o Programa dos Vistos “Gold”, bem como os resultados obtidos pelo Regime dos Residentes Não Habituais não po-dem ser ignorados, mas, antes, devem ser potenciados.

As necessidades reais existem e, agora, o financiamento pode, finalmente, vir a ser canalizado para o nosso País e, em particular, para áreas como a Sustentabilidade, a Eficiência Energética ou a Reabilitação Urbana, que será objeto da cria-ção de um novo Instrumento Financeiro com uma dotação de 2,2 mil milhões de euros. Por isso, com a consolidação da ten-dência iniciada no último trimestre de 2014, seja ao nível do investimento, do desemprego ou da diminuição do número de insolvências no setor, as expectativas para o ano de 2015 têm de ser positivas.

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CIMLOP Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa

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