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Nova Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) poderá ser em breve uma realidade. Brasil, Portugal e Angola constituem ‘núcleo duro’ Página 8 CIMLOP quer unir países da lusofonia sob o signo do imobiliário Quarta-feira 3 Março 2010 2 Prudência é palavra de ordem no mercado 9 Novas tendências marcam segmento de retalho nacional 9 Hotpoint-Ariston com nova máquina de lavar roupa 8 CB Richard Ellis faz “balanço positivo” de 2009 Vila Franca de Xira Grupo Imovia avança com comercialização da Quinta da Cascata Jornal Oficial Imobitur VI Salão Imobiliário 25 a 28 Março Porto - Exponor

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Nova Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) poderá ser em breve uma realidade. Brasil, Portugal e Angola constituem ‘núcleo duro’ Página 8

CIMLOP quer unir países da lusofonia sob o signo do imobiliário

Quarta-feira3 Março 2010

2Prudência é palavra de ordem no mercado

9Novas tendências marcam segmento de retalho nacional

9Hotpoint-Ariston com nova máquina de lavar roupa

8CB Richard Ellis faz “balanço positivo” de 2009

Vila Franca de Xira Grupo Imovia avança com comercialização da Quinta da Cascata

JornalOfi cial

ImobiturVI Salão Imobiliário 25 a 28 MarçoPorto - Exponor

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010

Abertura

Prudência é palavra de ordem no imobiliário nacional Mercado com resultados pouco satisfatórios em 2009 e a revelar muita cautela este ano, conclui estudo “Marketbeat Primavera 2010”Rui Pedro Lopes

O mercado imobiliário nacional é ho-je dominado por uma única palavra: prudência. Em momento de crise, nin-guém quer arriscar um passo em falso e todos os negócios são discutidos até ao mais ínfimo pormenor, sempre com a opção ‘adiamento’ em cima da me-sa. Isso mesmo foi confirmado pelos responsáveis da Cushman & Wakefield (C&W), durante a apresentação do es-tudo «Marketbeat Primavera 2010», que faz um diagnóstico ao actual mo-mento do mercado imobiliário por-tuguês.

E esta prudência está a afectar con-sideravelmente a saúde do mercado imobiliário nacional que, em 2009, registou um dos piores desempenhos de que há memória. Por exemplo, do lado do investimento, o volume con-tabilizado ficou-se pelos 537 milhões de euros, bem longe dos mais de mil milhões verificados em 2007.

Os resultados apresentados ficaram muito aquém das expectativas optimis-tas de muitos analistas, que durante o primeiro semestre de 2009 acredi-tavam que a segunda metade do ano seria melhor. “Era expectável que hou-vesse algum dinamismo no segundo semestre de 2009, mas isso não veio a acontecer, uma vez que investidores e bancos recuaram nas suas intenções e adiaram os negócios para o novo ano”, assinalou Eric Van Leuven, Managing Partner da Cushman & Wakefield em Portugal.

Quererá isto dizer que estes negó-cios se poderão concretizar em 2010? O responsável máximo da consultora diz que sim e revela que existem vá-rios activos de retalho na calha para serem vendidos e que se regista “uma forte procura instalada” no segmento de escritórios.

A chave do sucesso deste novo ano poderá estar, no entanto, no sistema financeiro. Uma eventual subida dos juros, por parte do Banco Central Europeu (BCE), poderá deitar tudo a perder ao nível da recuperação do volume de investimento em imobiliá-rio, mas Luís Rocha Antunes, director do Departamento de Investimento da C&W, diz que “tudo indica que os juros não irão subir”.

Aliás, não são as taxas de juro que mais preocupam este responsável, mas sim o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), cuja versão nacio-nal estará em discussão no nosso país já este mês e que terá como principal objectivo a redução do défice para os três por cento até 2013. “As medidas a tomar no âmbito do PEC serão decisi-vas para este mercado”, defende.

A recente colagem de Portugal à Grécia, em matéria de dívida públi-ca, também “não é benéfica” e poderá mesmo “levar alguns potenciais inves-tidores a afastarem-se do nosso mer-cado”. Por isso, Luís Rocha Antunes

aconselha a “máxima prudência” a to-dos os que falarem sobre este assunto, numa clara alusão às recentes decla-rações polémicas de Joaquín Almunia, comissário europeu para os Assuntos Económicos, que afirmou que Grécia, Portugal e Espanha partilhavam “pro-blemas comuns”, como “a perda cons-tante de competitividade” e o “elevado défice público”.

Eric Van Leuven considera, todavia, que “continua a existir muito dinheiro para investir em imobiliário” e que, em 2010, o nível de investimento será “maior” do que o verificado no ano transacto. Luís Rocha Antunes enten-de que o valor médio de investimento no nosso país ronda os 800 milhões

É esperada uma “redução substancial do número de conjuntos comerciais previstos para os próximos três anos”, estando neste momento em pipeline 1,2 milhões de m² de ABL (um valor bem abaixo dos mais de 2 milhões que há uns anos se previa para este perí-odo). Além disso, os responsáveis da C&W não acreditam que toda esta ABL seja construída, sendo de esperar para este ano “novos cancelamentos e/ou adiamentos de projectos em fase de concepção”.

No segmento de escritórios, 2009 foi o “pior dos últimos anos a nível da ocupação”, com uma quebra homó-loga de mais de 50 por cento. Um ce-nário que deverá manter-se este ano, apesar de ser expectável uma ligeira recuperação deste mercado por via da melhoria da economia e das “sobeja-mente conhecidas intenções de reloca-lização de grandes ocupantes”.

Apesar destes dados, a C&W não deixa de notar que continua a “haver procura de edifícios de qualidade, com dimensão relevante por piso e boa localização na cidade de Lisboa. Exemplo disto é a total ocupação da Torre Oriente das Torres Colombo”, indica o estudo.

Ao nível da oferta futura, é de prever que até 2012 não sejam construídos mais do que 190 mil metros quadrados de escritórios. Estes números configu-ram a adopção de uma nova estratégia por parte dos promotores que optam por garantir, “pelo menos parcialmen-te”, a ocupação dos seus edifícios an-tes do início da sua construção.

Ao contrário do que tem sucedido nos últimos anos, o segmento indus-trial “acabou por surpreender o mer-cado em 2009”, pois, “pela primeira vez nesta década, o forte desequilíbrio existente entre os níveis de oferta e de procura foi de alguma forma cor-rigido”, uma situação explicada pela quase ausência de novos projectos lançados no mercado durante o últi-mo ano.

Em 2010, este segmento não deverá sofrer grandes alterações, prevendo-se uma “estabilidade da oferta”, não estando agendado qualquer novo es-paço.

O segmento imobiliário ligado aos hotéis teve um ano de 2009 marcado por algumas contradições. Assim, e em virtude de muitos dos novos projec-tos hoteleiros estarem em construção ou com financiamento assegurado, a oferta continuou a crescer, com 17 no-vas unidades em 2009 (2.400 novos quartos).

No entanto, a estratégia dos promo-tores, relativamente a novos projectos, “tem passado por repensar ou adiar os mesmos”, até porque “as instituições financeiras se tornaram relativamente mais exigentes, impondo um maior compromisso dos investidores por re-forço dos capitais próprios, desafiando muitos planos de negócios”.

de euros, um número superior àqui-lo que foi contabilizado nos últimos dois anos.

Segmentos em baixaEm termos sectoriais, os resultados ve-rificados em 2009 foram bastante dís-pares. Desde logo, no retalho, foi bati-do mais um recorde de inaugurações de novos projectos comerciais (14 pro-jectos significando 340 mil m² de no-va ABL). Contudo, este fenómeno em época de crise é explicado “pelo ciclo longo do imobiliário”, que “não per-mite adaptações rápidas às oscilações do mercado”, sendo que a construção da maioria dos projectos teve início em 2006 e 2007, revelou Marta Leote,

directora de Research & Consultoria da C&W, com base nas conclusões do estudo Marketbeat Primavera 2010.

Mas os sinais da crise já estão insta-lados neste segmento. Isto porque ao contrário do que sucedia no passado, a maioria destes empreendimentos não estavam ainda totalmente ocupados quando abriram portas. Além disso, os valores das rendas “sofreram um ajustamento às novas condições do mercado, mais acentuadamente no caso dos novos projectos ou projectos em fase de consolidação”, pode ler-se naquele estudo.

Para o futuro, as expectativas não são animadoras, sobretudo por via da crescente maturidade deste segmento.

Investimento no imobiliário nacional em 2009 não foi além dos 537 milhões de euros

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Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010 • 3

Mercados

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Índice apresenta valorização de 0,6% em Janeiro

mercado de usados. Em termos anu-ais os alojamentos novos reflectem um comportamento mais favorável do que os usados, assim, a taxa de valorização anual (taxa de variação média dos úl-timos 12 meses), dos fogos novos, em Janeiro de 2010, foi de 1,2%, enquanto que, no caso dos usados, continua a apresentar valores negativos, situan-do-se em -0,5%.

AM PortoNa AM Porto a variação mensal do Índice manteve-se, em Janeiro de 2010, ao nível de Dezembro do ano passado, sendo de 0,2%. Em termos homólogos a evolução do Índice re-flecte melhorias em relação ao ano anterior. Entre Julho e Novembro de 2009 as variações homólogas foram

sempre negativas e em Dezembro re-gistou-se uma primeira variação positi-va de 0,8%, para em Janeiro deste ano a variação homóloga ser de 1,4%. Esta evolução favorável, ainda não é reflec-tida pelo comportamento da taxa de variação anual, continuando a mesma a decrescer, registando em Janeiro de 2010 uma variação de 0,1%.

Analisados os segmentos de mer-cado, a AM Porto reflecte um com-portamento semelhante ao resto do País, com os fogos usados melhor posicionados face ao segmento dos novos. Assim, em Janeiro de 2010, os fogos novos registaram uma taxa de variação homóloga de -0,5%, enquan-to que, os fogos usados apresentaram uma valorização de 3,4%, em termos homólogos.

O Índice Confidencial Imobiliário pa-ra o Continente iniciou o ano de 2010 apresentando uma valorização mensal de 0,6%. Com o segmento de fogos no-vos e usados a seguirem uma evolução idêntica, embora o ritmo de valoriza-ção seja mais forte junto dos fogos usa-dos, atingindo 0,8%, enquanto que os fogos novos valorizaram 0,4%.

A taxa de variação homóloga (taxa apurada pelo confronto do índice no mês corrente com o índice do mesmo mês do ano anterior) voltou a terreno positivo, registando 1,2% em Janeiro deste ano. Desde Julho de 2009 que este indicador tem registado variações negativas ou quase nulas. Com a re-cente evolução do índice, a taxa de variação homóloga atingiu 0,6% nos fogos novos e 1,6% no segmento de

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— Índice Confidencial Imobiliário (2005 = 100) — Taxa de Variação Homóloga

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— Taxa de Variação Homóloga (Novos) — Taxa de Variação Homóloga (Usados)

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AM Porto Por estado de uso (2005=100)

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Mercado Habitacional Continente · Valor Médio/m2 da Oferta

Infografia Confidencial Imobiliário Fonte Ci/LardoceLar.com2009: 3º Trimestre

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Algarve 1 893 €

AM Lisboa 1 787 €

AM Porto 1 320 €

Alentej0 1 289 €

Centro 1 129 €

Norte 894 €

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1 600 € ‹·› 1 200 € 1 200 € ‹·› 1 000 € ‹ 1 000 €

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Actualidade4 • Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010

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Rui Pedro Lopes

Consultora apresentou resultados do ano transacto e destacou participação na maior transacção imobiliária realizada no nosso país em 2009

A CB Richard Ellis (CBRE) fez um balanço positivo da actividade em 2009, destacando o seu envolvimen-to naquela que foi a maior transacção imobiliária do ano no nosso país – a aquisição da Torre Oriente pelo Union Investment [a consultora assessorou este fundo alemão no negócio].

“A transacção da Torre Oriente [uma das duas que compõem o empreendi-mento Torres do Colombo, em Lisboa] foi o negócio de maior dimensão reali-zado no ano passado e veio confirmar que a CB Richard Ellis é um player de mercado fundamental”, sublinhou, ao PÚBLICO Imobiliário, Sofia Ferreira de Almeida, directora do Departamento de Capital Markets da CBRE.

Sobre o negócio propriamente di-to, a directora precisou que “foi uma transacção complexa, com um ele-vado grau de exigência, onde a nos-sa experiência foi posta à prova”. E acrescentou: “Tivemos os cuidados que costumamos ter nos negócios em que participamos, nomeadamente res-

Pedro Farinha

Os primeiros órgãos sociais da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tomaram posse no passado dia 25 de Fevereiro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. António Mendonça, minis-tro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, marcou presença nes-ta cerimónia, que contou com mais de duas centenas de convidados.

Reis Campos, presidente da CPCI, deixou a garantia de que a nova estru-tura fará “valer, de forma coerente e or-ganizada, o peso que tem a construção e o imobiliário quer no plano económi-co, quer na vertente social”, ao mesmo tempo que dará “voz às necessidades deste importante e vasto sector”.

O mesmo dirigente elencou como principais ambições desta estrutura o “fortalecimento do nosso tecido em-presarial” e o “crescimento sustentá-vel do sector”, que é responsável por “18 por cento do PIB e por metade do investimento nacional (ou seja, 49,7 por cento)”.

Aproveitando a presença do minis-tro das Obras Públicas, Reis Campos

afirmou que, “à semelhança do que acontece na Europa e no mundo, é indiscutível que a retoma da econo-mia portuguesa terá de passar pelas empresas de construção e do imobiliá-rio”. Todavia, para que esse papel seja assumido por estas empresas, o presi-dente da CPCI defende que o Estado “não pode impor condicionalismos burocráticos ou entraves injustifica-dos à liberdade empreendedora dos empresários”, devendo “ser eficaz” e “imprimindo uma maior celeridade e transparência nas suas decisões”.

A nova confederação, pela voz do seu responsável máximo, prometeu ainda “um permanente diálogo com os outros parceiros económicos e sociais, procurando equilíbrios e soluções que permitam o desenvolvimento compe-titivo de todos quantos operam neste mercado”.

Já o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações congra-tulou-se com a “capacidade demons-trada pelos responsáveis de todas as associações, que integram a CPCI, para se reunirem sob uma mesma es-trutura”.

António Mendonça deixou também um apelo à internacionalização do sec-tor e mostrou-se receptivo ao diálogo com esta confederação, “relativamen-te às dificuldades que o mercado atra-vessa actualmente”. E acrescentou: “Para o Governo, a CPCI é um inter-locutor importante”.

A CPCI integra no seu seio várias associações ligadas à fileira da cons-trução e do imobiliário, designada-mente a AICCOPN, AECOPS, APEMIP, ANEOP, APCMC, APPII, AIMMP, APAE, APPC, APICER, AÇOMEFER, ASSICOM, ANIET, AIPOR e AICOPA.

Órgãos sociais da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário tomaram posse

CB Richard Ellis fecha ano de 2009 com “balanço positivo” ponder em todos os momentos com o maior profissionalismo possível e co-locando os interesses do nosso cliente em primeiro lugar”.

Quanto aos resultados alcançados pela CBRE, Pedro Seabra, presidente da consultora em Portugal, deu con-ta de que “2009 foi o segundo ano consecutivo em que o mercado de imobiliário comercial ficou marcado pela ausência de transacções, como resultado da crise financeira que ‘ex-plodiu’ em 2008”. Todavia, “nem tu-do são más notícias, já que no último trimestre sentimos o regresso dos in-vestidores institucionais, nacionais e estrangeiros, ao mercado e fechámos com a maior transacção do ano e a única de relevo com um investidor estrangeiro”.

Sofia Ferreira de Almeida afina pelo mesmo diapasão, considerando que “o ano passado foi tremendamente difícil. Trabalhámos muito para estar no maior número de operações pos-sível”.

Nas áreas de negócio não relacio-nadas com transacções, Pedro Seabra anunciou que a “nossa actividade foi reforçada, fizemos mais avaliações, trabalhos de consultoria muito diver-sificados e de grande interesse e rele-vância, consolidámos a nossa activi-dade na administração de superfícies comerciais, estendemos com gran-de sucesso a nossa área de Buiding Consultancy Services à gestão da cons-trução de habitações em empreendi-mentos turísticos”, anunciou.

O presidente da CBRE em Portugal falou também das “áreas de negócio

em que a facturação ficou abaixo do esperado”, notando que nas “transac-ção de imóveis para investimento insti-tucional e para promoção, terminámos o ano com um pipeline de negócios em curso que se deverão concretizar du-rante o primeiro trimestre de 2010. A sua não concretização no ano fiscal que terminou, por um lado implicou um resultado perto do ‘break even’ suportado pelos nossos resultados nas

áreas não transaccionais que ultrapas-saram as expectativas, mas por outro lado deixa-nos numa posição bastante confortável neste ano que começa”.

No Porto, Pedro Seabra revelou que a consultora manteve “a liderança de mercado, nomeadamente na comer-cialização de habitação de qualidade”.

Comportamentos distintosO comportamento dos vários depar-tamentos da CBRE foi também alvo de análise por parte do presidente.

Assim, o Departamento de Agência de Escritórios foi responsável, em 2009, pela colocação de aproxima-damente 30 mil m² de escritórios nos mercados de Lisboa e Porto, ao passo que o Departamento de Agência de Comércio manteve as instruções do ano transacto e incrementou a acti-vidade em áreas como o comércio de Rua e a representação de insígnias. O Departamento Residencial colocou cerca de 100 imóveis, quer em ins-trução exclusivas quer em produto avulso, e o Departamento de Agência Industrial e Logística viu crescer o nú-mero de operações efectuadas.

Por seu lado, o Departamento de Promoção Imobiliária actuou na tran-sacção de imóveis afectos a vários sec-tores de actividade e continuou a pres-tar serviços de apoio a diversos players do sector, sendo que no Departamento de Capital Markets, a CBRE esteve en-volvida na maior transacção imobiliá-ria do ano e noutras “operações rele-vantes ocorridas no mercado”.

O ano de 2009 foi também “im-portante” para o Departamento de Avaliações, que “prestou serviços a um vasto leque de clientes na-cionais e internacionais”. Por sua vez, o Departamento de Building Consultancy Services “cresceu e con-solidou os seus serviços de consulto-ria técnica, concursos de empreitada, gestão de projectos e fiscalização de obras, desenvolvendo ainda um novo serviço de arquitectura e engenharia”, informou um comunicado da CBRE.

Reis Campos

Torre Oriente, em Lisboa

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Empreendimento6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010

Pedro Farinha

Projecto do Grupo Imovia compreende 72 apartamentos

O Grupo Imovia anunciou o início da comercialização do seu mais recen-te projecto imobiliário. Trata-se da Quinta da Cascata, um condomínio privado situado junto à saída da A1, em Vila Franca de Xira.

O empreendimento é constituído por 72 apartamentos, com tipologias entre o T1 e o T4 e áreas “acima da mé-dia”, e dois espaços comerciais.

As habitações dispõem de “amplas varandas com vista para o rio Tejo”, possuindo “cozinhas totalmente equi-padas”, pré-instalação de ar condicio-nado, roupeiros, caixilharia de alumí-nio com ruptura térmica e vidro duplo e painéis solares térmicos para uso de águas quentes sanitárias. O projecto conta com a certificação energética

A Siemens Enterprise Communications (SEN) recorreu aos serviços da Worx para procurar um novo escritório em Portugal. A escolha recaiu sobre o Neopark, localizado em Carnaxide, no concelho de Oeiras, e comercia-lizado em exclusivo pela Jones Lang LaSalle.

Para Martinho Dutschke, Country Manager da SEN em Portugal, “esta mudança de instalações permite-nos colocar à disposição dos nossos clien-tes e parceiros um espaço moderno e onde poderão conhecer melhor as nossas soluções. Dotado de tecnolo-gias de colaboração e mobilidade, o espaço proporciona aos colaboradores condições de excelência, privilegian-do a comunicação e interacção entre equipas”.

Pedro Salema Garção, responsá-vel pelo Departamento de Agência da Worx, sublinhou que “a Siemens Enterprise Communications, como Corporate Client da Worx, beneficia

Siemens Enterprise Communications com novas instalações no Neopark

de inúmeras vantagens competitivas”, nomeadamente, a “apresentação pe-riódica de estudos de mercado, pros-pecção e recolha de informações so-bre os melhores espaços disponíveis, representação do cliente perante os proprietários, prestação de todos os serviços de aconselhamento ou asses-soria durante a negociação do arren-damento”.

Já Mariana Seabra, directora do Departamento de Office Agency da Jones Lang LaSalle, destacou a quali-dade do imóvel e a sua localização: “O Corredor Oeste continua a ser uma lo-calização de escritórios bastante ape-tecível para empresas que procuram áreas de maior dimensão, preços com-petitivos e projectos integrados, que oferecem qualidade de vida aos seus utilizadores e ocupantes. O Neopark é um dos projectos que melhor integra estas características, além de possuir uma elevada flexibilidade e qualidade a nível técnico”.

Comercialização arranca na Quinta da Cascata

de classe A/A+.A Quinta da Cascata, com uma área

total de construção de aproximada-mente 18.600 m², distribuída por cinco prédios, inclui também espaços verdes e jardins, além de um parque infantil. O parque de estacionamento tem ca-pacidade para 135 viaturas.

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Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010 • 7

Opinião

de formação que abrangeram cerca de vinte e cinco mil formandos, num total de mais de um milhão e duzentas mil horas de formação.

Foram estes os pressupostos que permitiram a criação e disponibilização de serviços online no registo predial.

Desde 1 de Janeiro de 2009 que estão disponíveis no site www.predialonline.mj.pt os seguintes serviços:

- Pedido de actos de registo predial;- Certidão permanente;- Depósito de documentos particulares autenticados;- Publicação de editais e decisões;-Anúncio para manifestação do exercício do direito

legal de preferência.O pedido de registo predial por via electrónica faz-

se através do site acima referenciado e pressupõe a utilização de um certificado digital, já disponível para Advogados, Solicitadores, Notários e Cidadãos detento-res do cartão de cidadão.

A requisição de registo foi desmaterializada. É preen-chida através de formulário electrónico. Os documentos a submeter são enviados sob a forma digital ou por in-dicação do código de acesso ao documento particular autenticado já depositado ou do documento a consultar em base de dados publica.

Por esta via podem ser, actualmente, requeridos todos os actos sujeitos a registo predial.

O principio basilar da prioridade está salvaguardado através da anotação automática dos pedidos no livro diário electrónico, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Reconstruir sempre e ininterruptamente

Uma das vertentes da reforma do Registo Predial operada nos três últimos anos consiste na dis-ponibilização de serviços de Registos Online, a par da criação de balcões únicos e da simplifi-

cação de actos e processos de registo.O que era, ainda há bem pouco tempo, considerado

uma utopia ou uma miragem, os Registos Online são hoje uma realidade indesmentível e em constante cres-cimento.

E isto é válido para todas as áreas de registo: Predial, Comercial, Automóvel e Civil.

Chegar aqui não foi tarefa fácil.Exigiu muito esforço e empenho de uma vasta equipa,

mas também vontade e determinação politica.Foi necessário dotar todas as conservatórias de equi-

pamentos e aplicações informáticas que integram todo o fluxo de trabalho.

Os processos de registo são, agora, feitos exclusiva-mente em suporte informático.

A informação registal passou a estar sediada em bases de dados centrais, acessíveis directa e simultaneamente por todas as conservatórias e gigantesco está a ser o tra-balho para o seu carregamento.

No registo predial foram já introduzidos no sistema informático cerca de dez milhões de prédios, com toda a informação jurídica correspondente.

Porém, nada teria sido possível sem a necessária pre-paração dos recursos humanos.

Efectuaram-se mais de duas mil e quinhentas acções

Luís Lima

A maior fatia das 700 empresas que já fecharam portas neste ano de 2010, diz respeito a actividades ligadas à construção e ao imobiliário. Foram 182 pedidos de insolvência (154 da

construção e 28 de imobiliário) contra os 177 pedidos feitos para a área do comércio, grosso e retalho.

Não sei, com rigor, a quantos postos de trabalho correspondem estas insolvências, mas sei que, em 2009 o sector da construção perdeu mais de 60 mil empregos, isto é, quase metade dos que tinha perdido em acumulado desde 2002. É um cenário que merece a nossa reflexão.

Sendo o segmento residencial aquele que emprega mais mão-de-obra neste sector, parece evidente que a reabilitação/regeneração dos centros urbanos, indispensável para travar a própria degradação prematura do património construído, é um dos caminhos a seguir com maior urgência.

Isto, sem esquecer que em matéria de reabilitação dos centros urbanos – onde existe mais de um milhão de fogos a carecer de obras profundas – estamos muito longe dos valores da Europa, onde este segmento é, actualmente, um dos mais significativos para a fileira da Construção e do Imobiliário.

O investimento nesta área reproduz-se mais rapida-mente, e pode absorver uma parte significativa do desem-prego, nomeadamente do desemprego menos qualifica-do, que é, como se sabe, mais difícil de solucionar e aque-le que, tendencialmente se eterniza em longa duração.

Ao apresentante são enviadas mensagens automáticas, via e-mail, sob o estado do processo. Os pagamentos são efectuados por cartão de débito ou de crédito e as resti-tuições são feitas por transferência bancária.

A disponibilidade deste serviço evita a deslocação fí-sica dos utentes aos balcões de registo o que se traduz, desde logo, em redução de custos indirectos e em maior comodidade e, por isso, melhor qualidade de vida para os cidadãos.

Outro serviço Online de elevada utilização é a certidão permanente, que disponibiliza em suporte electrónico actualizado e em tempo real a informação sobre os regis-tos em vigor, bem como as menções das apresentações referentes aos pedidos de registo pendentes.

Pode ser requerida por qualquer pessoa, independen-temente de ser detentora de qualquer certificado digital e a sua disponibilização deve ocorrer até 48 horas após a confirmação do pagamento.

O pedido e a consulta de certidão permanente de qualquer prédio registado são também efectuados no site www.predialonline.mj.pt através de um código de acesso que, uma vez facultado a qualquer entidade pú-blica ou privada, dispensa a apresentação de uma certi-dão em suporte papel.

Os cerca de 195.000 e 2.100.000 pedidos de registo online e de certidões online, respectivamente, efectua-dos dão um bom testemunho da utilização destes servi-ços e da sua importância para os cidadãos e as empresas.

presidente do Instituto dos Registos e do Notariado

As grandes obras públicas – importantes se estruturantes e como solução alternativa para a ausência do investimento do sector privado – não são assim tantas e, apesar da respectiva grandeza, não conseguem absorver tanta mão de obra já lançada para o desemprego.

Um sector como o da Construção e do Imobiliário que representa 18% do PIB, quase metade do investimento nacional e mais de 750 mil postos de trabalho, tem de ser, nestes tempos de aumento significativo da taxa de desemprego, mais e mais bem apoiado.

Recorde-se que, mesmo que os recursos públicos para minimizar os efeitos sociais desta realidade fossem imensos, o que não acontece, a eternização das situações de desemprego também contribui para a desvalorização do trabalho, enquanto valor estruturante das sociedades, perigo que não é desprezível. E é sempre bom lembrar que, a retoma da nossa economia também passa pelo incremento do consumo interno, e este depende da capacidade das famílias e, obviamente, de uma menor taxa de desemprego, a exigir, simultaneamente, menor esforço público na área da segurança social.

Neste contexto, só posso concluir, reafirmando que temos de estar sempre a reconstruir e a perspectivar as nossas cidades e o nosso futuro – no sentido real e no sentido figurado do verbo reconstruir. Reconstruir sempre mais e mais e ininterruptamente.

Presidente da [email protected]

António Figueiredo

Registo Predial online

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8 • Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010

Actualidade

Sob o tema «Imobiliário & Ci-dades – O Desafi o do Norte»IMOBITUR apresenta pro-grama da I Conferência In-ternacional Retomando um modelo de conferên-cias integradas, a IMOBITUR vai realizar a 1.ª edição da Conferência Internacional IMOBITUR, tendo apresentado recentemente o programa detalhado dos trabalhos. Sob o tema «Imobiliário & Cidades - O Desafi o do Norte», o evento realiza-se nos dias 25 e 26 de Março e tem os apoios da CCDR-Norte, da ULI - Urban Land Institute, da EGP-Escola de Gestão do Porto, além do apoio institucional do INCI, a APEMIP e a AICCOPN. O programa do evento é marcado por dois blocos temáticos que ocuparão as manhãs dos dias agendados, reunindo um conjunto de responsáveis públi-cos, entidades privadas e especialis-tas académicos e do mercado para debater e refl ectir, num âmbito mais vasto, os desafi os que actualmente se colocam à Região Norte, quer num contexto nacional, quer internacional. No dia 25, o tema a debate será «Ge-rir território em tempos de crise - A realidade Arco Metropolitano», que integrará um primeiro painel sobre economia e um segundo sobre a cons-trução do território.No segundo dia, o tema de base é «A reabilitação das cidades e a competiti-vidade da região», no âmbito do qual se refl ectirá sobre as novas oportuni-dades de fi nanciamento e sobre o pa-pel do turismo em todo o processo.Chamados a intervir serão responsá-veis da CCDR-Norte, da ULI Portu-gal e Europa, Câmara de Gaia, Junta Metropolitana do Porto, Turismo do Porto, EGP UP, APEMIP, AICOPPN, Porto Vivo e Guimarães 2012, além de representantes de investidores e pro-motores imobiliários de renome.No âmbito do programa «Imobiliário & Cidades - O Desafi o do Norte», serão ainda realizados dois Almoços e eventos complementares, entre os quais o Seminário APEMIP, a apre-sentação do Estudo ULI - Emerging Trends e o Seminário SRU Porto Vivo / Agência Energia do Porto - A efi ciên-cia Energética e a reabilitação urbana.A IMOBITUR realiza-se entre 25 a 28 de Março, na Exponor, decorrendo em simultâneo com a INHOUSE. O evento, que este ano realiza a sua 6ª edição, tem vindo a colher a adesão de um número crescente de visitan-tes, e, até 2009, contabilizou perto de 104.000 visitantes.

Imobitur News

Rui Pedro Lopes

Chama-se Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) e poderá ser uma realidade muito em breve. A ideia partiu de Portugal, através da APEMIP, mas o Brasil também já deu o seu sim á iniciativa. Angola será o próximo visado e estes três países formarão o núcleo duro da confederação, que também integrará os outros países do espaço da lusofonia. Luís Lima, presidente da APEMIP, fez uma primeira apresentação, ao PÚBLICO Imobiliário, deste projecto. PÚBLICO Imobiliário – Como e quando surgiu a ideia da criação da CIMLOP?Luís Lima – A necessidade de descobrir novos caminhos capazes de fazer com que o sector imobiliário conseguisse contribuir ainda mais para a recuperação da nossa economia levou-nos, inevitavelmente, a olhar para a internacionalização do nosso mercado imobiliário e, neste contexto, o espaço da lusofonia surgiu como um dos primeiros a redescobrir. Se a língua portuguesa é a Pátria de Pessoa, também pode ser a Pátria dos Negócios de quem trabalha no sector imobiliário do espaço lusófono.Quais são os principais objectivos que pretendem atingir?O objectivo principal da criação dessa confederação é fazer com que as economias dos países de expressão portuguesa, incluindo naturalmente, Portugal, consigam, mais facilmente, captar capitais estrangeiros pela via da respectiva oferta imobiliária.Que importância poderá ter uma instituição deste género no espaço da lusofonia, sobretudo quando estamos a falar de realidades bem diferentes ao nível dos mercados locais?O espaço da lusofonia tem a vantagem da língua em comum. As realidades económicas são muito diferentes. O Brasil, por exemplo, prepara-se para entrar no clube dos países que já organizaram Jogos Olímpicos e projecta-se, a médio prazo, como a quinta economia mundial. Angola que ainda há poucos anos vivia em estado de guerra é uma potência africana

“Língua portuguesa pode ser a Pátria dos Negócios de quem trabalha no sector imobiliário”

emergente de enorme potencial. Nós, portugueses, estamos na União Europeia e na Zona Euro. As pontes que podemos fazer ao abrigo de um espaço como o da lusofonia são imensas e potenciam até a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento de outros países que também falam português e que viverão, no presente momento, estádios económicos menos

desenvolvidosO Brasil já deu o ‘sim’ à constituição desta estrutura. Como encaram este sinal das instituições brasileiras, designadamente do SECOVI e da COFECI?

Este sim é um inequívoco e importantíssimo apoio. Estamos a falar de estruturas e instituições muito poderosas e determinantes para o próprio desenvolvimento do Brasil. No domínio da construção, por exemplo, onde o SECOVI de São Paulo dá cartas, o Brasil carece de oito milhões de habitações sociais. São Paulo, por exemplo, é a maior cidade da América Latina e a quinta maior do mundo. O pilar lusófono da América do Sul é uma trave mestra deste edifícioAngola será o próximo país visado. Quais têm sido os sinais dados pelos profissionais locais à criação desta confederação?Este projecto da constituição da CIMLOP tem sido também abordado com estruturas do sector imobiliário de Angola e tem encontrado idêntica receptividade. Mas o primeiro grande passo na concretização do contributo de Angola para este projecto será formalmente dado em Maio, no decorrer do Salão Imobiliário de Luanda. Os outros países de língua oficial portuguesa também serão contactados? Todos os países de língua oficial portuguesa serão contactados para esta Confederação, mesmo tendo em conta que as realidades económicas diferem muito entre eles. Essa fase do alargamento a todos os países da lusofonia iniciar-se-á depois de lançadas as bases do projecto, tarefa que tem de ser realizada pelos países do chamado núcleo duro – Angola, Brasil e Portugal –, que são os que possuem melhores condições para o fazer.Confirma que o Governo português já manifestou o seu apoio a esta iniciativa?Temos tido palavras de incentivo neste sentido. A internacionalização da economia é, aliás, uma das palavras de ordem nacionais. Não quero, nem devo, neste momento, adiantar muito mais sobre esta matéria. Estou certo que os apoios adequados e justos irão surgir a seu tempo.Quando poderá ser constituída formalmente a Confederação?Por razões compreensíveis ainda é prematuro adiantar datas para a constituição formal da Confederação mas durante o presente ano de 2010 serão assinados acordos fundamentais para esse fim, podendo até acontecer que a CIMLOP ganhe forma jurídica também neste ano.

Luís Lima, presidente da APEMIP, revelou que os objectivos da CIMLOP passam por fazer com que as economias dos países de expressão portuguesa captem capitais estrangeiros pela via da respectiva oferta imobiliária

“As pontes que podemos fazer ao abrigo de um espaço como o da lusofonia são imensas”, defende Luís Lima

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Público Imobiliário • Quarta-feira 3 Março 2010 • 9

Actualidade

Um ano com Joana VasconcelosUm fi lme que acompanha um ano de trabalho de Joana Vasconcelos, em particular a criação da peça DOROTHY, um sapato gigante composto de tachos e tampas e a sua primeira apresentação em Veneza. Na semana em que a artista plástica tem uma primeira grande retrospectiva da sua obra no Museu Berardo, este fi lme é um documento único para conhecer o seu processo de trabalho e a sua visão de artista singular. Fique com um extraordinário retrato de uma artista no trabalho. Um fi lme de Joana Cunha Ferreira.

Ainda em banca, DVD “JOANA VASCONCELOS - CORAÇÃO INDEPENDENTE”por apenas mais 9,95€ com o Público.

20anosFESTIVAL ARTECINEMA - NÁPOLES - DOCLISBOA 2008 - FIPA - FIPATEL - BIARRITZ - CAMINHOS DO CINEMA PORTUGUÊS - JOANA CUNHA FERREIRA • PRÉMIO REVELAÇÃO

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Rui Pedro Lopes

Sentimento de confiança já se sente entre os lojistas, revela a Jones Lang LaSalle. Comércio de rua com importância crescente

Reposicionar projectos, aplicar estraté-gias inovadoras e apostar na diferencia-ção do produto. Estas são as tendências que deverão marcar, segundo Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, o mercado de reta-lho nacional em 2010. O ano também deverá ser de optimismo para os ope-radores deste segmento, sendo expec-tável o retorno de alguma da confiança perdida nos últimos meses.

A crise mudou o mercado e agora são os profissionais a adaptarem-se a essa mudança. Depois de anos de crescimento constante da Área Bruta Locável (ABL), fruto da inauguração de diferentes tipos de espaços comerciais – com predominância para os centros co-merciais –, o ano de 2010 deverá trazer uma “desaceleração relativa ao volume de ABL inaugurada comparativamente a anos anteriores”, pode ler-se no estu-do «Retailer Sentiment – Inquérito aos Operadores - Portugal», apresentado na última semana em Lisboa.

Estes dados configuram, como defen-deu Manuel Puig, uma nova forma de olhar e de pensar o mercado de retalho, que resulta na adopção de estratégias de crescimento diferentes num segmento que atingiu o seu ponto de maturidade.

E esta maturidade é também evi-dente do lado dos lojistas, que tentam adaptar-se à mudança verificada na ati-

Grupo Invictus diz que cresceu 150 por cento no volume de facturação

Hotpoint--Ariston tem nova máquina de lavar roupaA Hotpoint-Ariston acaba de lançar no mercado a sua máquina de lavar rou-pa Aqualtis com Sistema de Dosagem Automática, que “determina auto-maticamente a quantidade exacta de detergente e amaciador a utilizar em cada carga e tipo de roupa”, explicam os responsáveis da marca.

A nova máquina tem dois depósitos integrados que comportam até 5,5 li-tros de detergente líquido e 3,5 litros de amaciador, o que assegura uma autonomia até 60 ciclos de lavagem ou de cerca de quatro meses. “Esta extraordinária inovação garante uma lavagem perfeita sem desperdício de água ou energia e preservando o meio ambiente. Com este novo sistema em que, quer a gaveta do detergente, quer a gaveta do amaciador estão integra-dos dentro da própria máquina, as do-ses do detergente (líquido) e o amacia-dor são utilizados automaticamente de acordo com a quantidade de roupa e tipo de tecidos, e lavagem selecciona-da”, pode ler-se num comunicado da Hotpoint-Ariston.

De acordo com a marca, a Aqualtis reduz o consumo de água até 30 por cento e limita a quantidade de energia utilizada.

O Grupo Invictus apresentou em 2009 um crescimento na ordem dos 150 por cento no seu volume de facturação (to-tal de 50 milhões de euros), comparati-vamente com os resultados verificados em 2008. O anúncio foi feito pela em-presa durante a última semana.

“Os resultados que atingimos em 2009 são extremamente positivos. Na base deste crescimento está o reforço

da expansão nacional e a rigorosa se-lecção dos activos”, assinalou Pedro Paredes, presidente do Conselho de Administração do Grupo Invictus.

A empresa, que actua na compra e revenda de imóveis de segmento alto e médio-alto, investiu 110 milhões de euros no último ano, o que significa o dobro de aquisições de activos relati-vamente ao período homólogo.

possui cerca de 600 imóveis para venda, em todo o território nacional. A empresa tem diversas agências espalhadas pelo país, que se encon-tram situadas em Viana do Castelo, Póvoa do Varzim, Braga, Porto, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Coimbra, Lisboa (Amoreiras e Expo), Malveira, Cascais, Setúbal, Vila Real, Portimão e Vilamoura. P.F.

Mercado de retalho marcado por novas tendências em 2010

tude dos consumidores: “O consumidor impulsivo e ávido de comprar transfor-mou-se. É agora mais racional nas su-as compras e acima de tudo procura mais informação sobre os produtos que pretende adquirir”, indica o estudo.

Talvez por isso, não seja de estra-nhar que as quase 100 marcas inqui-ridas neste estudo admitissem que, em 2009, optaram por planos “mais retraídos e muito ponderantes” no que toca aos seus processos de tomada de decisão. Todavia, a situação deverá alterar-se ligeiramente em 2010: “O sentimento de confiança já se sente entre os lojistas que participaram nes-te estudo”, apesar de se manter “uma atitude bastante prudente na tomada de decisões. Num ritmo lento, mas es-tável, a procura de espaços de retalho começa a dar sinais positivos e o mer-cado de retalho aguarda um reavivar” ao longo deste ano, admitiu Patrícia Araújo, directora do Departamento de Retail Leasing desta consultora.

Um importante sinal de mudança

tem que ver com os planos de expansão dos lojistas que privilegiam mercados como as da Região Centro e Algarve em detrimento da Grande Lisboa.

Comércio de rua cresceOs centros comerciais continuam a ser os preferidos nestes planos de ex-pansão (43 por cento dos inquiridos), apesar de ser evidente um aumento do interesse dos lojistas pelo comércio de rua (31 por cento).

No comércio de rua, a cidade de Lisboa continua a ser a preferida, com o Chiado e a Avenida da Liberdade a surgirem no topo das escolhas, logo seguidas pelo núcleo Avenida Guerra Junqueiro/Avenida de Roma.

Apesar deste dinamismo, o comércio de rua é “ainda muito incipiente e tem que se profissionalizar mais”, declara Manuel Puig, que exorta os responsá-veis públicos a tomarem medidas para tornar este sector “mais apetecível” e uma “alternativa forte aos centros co-merciais”. O director-geral da Jones

Lang LaSalle Portugal sugere mesmo a montagem de “uma estratégia de gestão semelhante à que é aplicada nos centros comerciais”, o que “aumentaria a ape-tência dos lojistas pelo comércio de rua”.

A aposta na reabilitação urbana é ou-tra das soluções defendidas por Manuel Puig para a dinamização do comércio de rua, sobretudo em cidades como Lisboa, Porto e Coimbra, onde “exis-tem oportunidades, que merecem ser exploradas”.

“Uma vez que o grupo adquire um número avultado de fracções re-manescentes em empreendimentos imobiliários, consegue apresentar valores competitivos no mercado. A estratégia assenta exclusivamente na compra de empreendimentos habi-tacionais novos”, acrescenta aquela responsável.

Neste momento, o Grupo Invictus

Robert Bonwell, CEO de Retail da Jones Lang LaSalle para a região EMEA (Europa-Médio Oriente e Norte de África), não tem dúvidas de que este é “o momento certo para investidores e retalhistas adoptarem novas estratégias”, notando que isso já está a suceder com alguns deles que “procuram novos formatos e novos países para investir”. Questionado pelo PÚBLICO Imobiliário sobre os melhores países para investir actualmente em retalho, Robert Bonwell apontou a Turquia e a Polónia, acrescentando que existem boas oportunidades para os retalhistas na Alemanha e na Rússia. O mesmo responsável mostra-se também “muito confiante” relativamente ao futuro deste segmento, onde “o retalhista voltou a ser rei novamente” e em que é “necessário ‘atacar’ os portfólios”.

Actualidade Retalhistas procuram novos mercados para investir

Centros comerciais continuam a ser os preferidos nos planos de expansão dos lojistas

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