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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE - Campus de Cascavel - Centro de Ciências Sociais Aplicadas ESCOLA DE GOVERNO DO PARANÁ – Gerência Executiva da Escola de Governo CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PROPOSTA DE UM INSTRUMENTO DE PESQUISA PARA IDENTIFICAR AS DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS NO CONHECIMENTO E USO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ROSA ANI HEINZMANN Cascavel Dezembro – 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE -

Campus de Cascavel - Centro de Ciências Sociais Aplicadas

ESCOLA DE GOVERNO DO PARANÁ – Gerência Executiva da Escola de Governo

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS

PÚBLICAS

PROPOSTA DE UM INSTRUMENTO DE PESQUISA PARA IDENTIFICAR AS

DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS NO CONHECIMENTO E USO DOS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

ROSA ANI HEINZMANN

Cascavel

Dezembro – 2008

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ROSA ANI HEINZMANN

PROPOSTA DE UM INSTRUMENTO DE PESQUISA PARA IDENTIFICAR AS

DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS NO CONHECIMENTO E USO DOS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como requisito parcial para obtenção do

título de Especialista em Formulação e

Gestão de Políticas Públicas.

Orientador: Ivonei Freitas da Silva

UNIOESTE

Cascavel

Dezembro – 20008

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ROSA ANI HEINZMANN

PROPOSTA DE UM INSTRUMENTO DE PESQUISA PARA IDENTIFICAR AS

DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS NO CONHECIMENTO E USO DOS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas, da UNIOESTE – Campus de

Cascavel/Escola de Governo do Paraná.

Data da aprovação:

___/____/_______

Banca Examinadora:

______________________

Prof. Ms. Ivonei Freitas da Silva

Orientador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

_________________

Prof. Ms. Geysler R. F. Bortolini

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

_____________________

Prof. Ms. Marcio Miura

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida, força e lucidez.

Em especial a minha família, que não mediu esforços para contribuir com este

trabalho.

Os meus pais, pelo dom da vida e pela transmissão dos ensinamentos e pela dignidade

com que conduziram minha educação.

Aos colegas de trabalho, pela compreensão e contribuições, minha gratidão.

Agradeço ao meu orientador, professor Ivonei Freitas da Silva, de quem tive o apoio

na construção deste trabalho.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................9

1.1. Tema e problema do trabalho .........................................................................................9 1.2.1. Objetivo geral...............................................................................................................10 1.2.2. Objetivos específicos....................................................................................................11 1.3. Justificativa .....................................................................................................................11 1.4. Metodologia .....................................................................................................................13 1.5. Estrutura do trabalho ....................................................................................................14

2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE .......................15

2.1. Sistemas de Informação .................................................................................................15 2. 2. Planejamento das ações saúde a partir das informações em saúde ..........................17 2.3. Sobre os sistemas de informação em saúde ..................................................................20 2.3.1. Sistema de informação de mortalidade .....................................................................22 2.3.2. Sistema de informações de agravos e notificação .....................................................22 2.3.3. Sistema de informação de nascidos vivos ..................................................................23 2.3.4. Sistema de informação ambulatorial ........................................................................23 2.3.5. Sistema de informações hospitalares .........................................................................24 2.3.6. Sistema de informação de insumos estratégicos .......................................................25 2.3.7. Sistema de informação de febre amarela e dengue ..................................................26 2.3.8. Sistema nacional de informação de vigilância sanitária ..........................................27 2.3.9. Sistema de informações sobre a qualidade da água para o consumo humano ......27 2.3.10. Sistema de informação da atenção básica ...............................................................28 2.3.11. Sistema de informação de vigilância alimentar e nutricional................................29 2.3.12. Cadastro nacional de estabelecimentos de saúde ...................................................29 2.3.13. Cadastro nacional do SUS ........................................................................................30 2.3.14. Sistema de informações do programa de humanização do pré-natal, parto e puerpério ................................................................................................................................31 2.3.15. Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos ........32 2.3.16. Sistema informatizado para acompanhamento da execução do incentivo à assistência farmacêutica na atenção básica.........................................................................33 2.3.17. Avaliação do programa de imunização ...................................................................33

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA ..........................................................35

3.1. O Contexto da pesquisa..................................................................................................35 3.2. Os resultados da pesquisa sobre os Sistemas de Informação em Saúde nos Municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde .........................................36 3.3. Síntese e análise dos resultados .....................................................................................37

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................55

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................58

APÊNDICE ............................................................................................................................61

APÊNDICE A - Instrumento de pesquisa ...........................................................................62

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APÊNDICE B - Resultado da pesquisa sobre o nível de conhecimento acerca dos Sistemas de Informação ........................................................................................................65 APÊNDICE C - Resultado da pesquisa quanto às dificuldades encontradas no uso dos Sistemas de Informação ........................................................................................................67

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RESUMO Este trabalho monográfico tem como objetivo a apresentação de um instrumento de pesquisa visando obter um panorama do nível de conhecimento dos profissionais de saúde e as principais dificuldades que estes encontram no uso dos dados dos Sistemas de Informação em Saúde para o planejamento local dos 25 municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde. Após a análise dos resultados da pesquisa apresenta-se proposta de capacitação dos profissionais no conhecimento dos Sistemas de Informação em Saúde objetivando a formulação de políticas, planos, programas, projetos, análise da situação e determinação de prioridades em saúde aliada a detecção das necessidades e da oferta de ações e serviços. Palavras chave: instrumento de pesquisa, profissionais de saúde, sistemas de informação em saúde, capacitação, planejamento.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

API Avaliação do Programa de Imunização

CADSUS Cadastro do SUS

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

CIB Comissão Intergestores Tripartite é o fórum de negociação entre a União, o Estado e os Municípios na implantação e operacionalização do Sistema Único de Saúde, SUS. Tem composição paritária formada por 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde (MS), cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

DATASUS Departamento de Informática do SUS

DO Declaração de Óbito

HIPERDIA Sistema de Informação de acompanhamento do Programa de

Hipertensão e Diabetes.

MS Ministério da Saúde

SI Sistema de Informação

SIA Sistema de Informação Ambulatorial

SIH Sistema de Informação Hospitalar

SIM Sistema de Informação de Mortalidade

SINAN Sistema de Informação de Agravos e Notificação

SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica

SIES Sistema de Informação de Insumos Estratégicos

SINASC Sistema de Informação de Nascidos Vivos

SMS Secretaria Municipal de Saúde

SISAGUA Sistema de Informações Sobre a Qualidade da Água para Consumo

Humano

SIFAB Sistema de Incentivo à Assistência Farmacêutica

SIS Sistema de Informação em Saúde

SISFAD Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue

SISPRENATAL Sistema de Informações do Programa de Humanização do Pré-Natal,

Parto e Puerpério

SISVAN Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional

SUS Sistema Único de Saúde

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Tema e problema do trabalho Tema: O uso de sistemas de informação em saúde para a gestão municipal no âmbito da 10ª Regional de Saúde. Problema: A falta de planejamento nas ações de uma gestão governamental acarreta em má

distribuição de recursos públicos, ineficiente prestação de serviços públicos à sociedade,

dificuldades na gerência de pessoas e recursos materiais. Na área de saúde isso é agravado,

pois atinge diretamente a saúde das pessoas que dependem dos serviços públicos.

Pressupõe-se que os municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde

alimentam e têm acesso aos sistemas de informação em saúde disponibilizados pelo

Ministério da Saúde. No entanto, parece que os municípios não têm feito uso dessas

informações para o planejamento local em saúde. Percebe-se que as informações

disponibilizadas pelos Sistemas de Informação em Saúde não são utilizadas de forma efetiva

no planejamento pelas Secretarias Municipais de Saúde especialmente porque tanto os

gestores como as equipes não conhecem todos os dados e/ou informações disponíveis nestes

sistemas.

A partir de observações empíricas nas Secretarias Municipais de Saúde da área de

abrangência da 10ª Regional de Saúde verificou-se que um dos principais motivos da não

utilização dos Sistemas de Informação pela gestão local é o não conhecimento dos sistemas,

dos dados que estes fornecem.

Pressupõe-se que a não institucionalização do planejamento, aliada ao

entendimento de que os dados não são fidedignos e a insuficiente capacitação das equipes

também são fatores que contribuem para o não uso dos dados no planejamento das ações de

saúde.

Para compreender essa problemática faz-se mister responder a uma questão, quais

as dificuldades encontradas no uso dos diversos sistemas de informação em saúde pela

gestão municipal?

E, a partir da análise das respostas a essa questão, sugerir ações no sentido de

propor à gestão municipal a institucionalização do planejamento a partir da análise dos

Sistemas de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde a todas as Secretarias

Municipais de Saúde.

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É através da leitura e utilização dos indicadores contidos nos Sistemas de

Informação que o gestor público municipal tem a possibilidade de estruturar os planos,

programas e projetos adequados à realidade local.

Os Sistemas de Informação em Saúde disponibilizados pelo ministério da Saúde e

pesquisados são: Sistema de Informação de Mortalidade; Sistema de Informações de Agravos

e Notificação; Sistema de Informação de Nascidos Vivos; Sistema de Informação

Ambulatorial; Sistema de Informações Hospitalares; Sistema de Informação de Insumos

Estratégicos; Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue; Sistema Nacional de

Informação de Vigilância Sanitária; Sistema de Informação da Atenção Básica; Sistema de

Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional; Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde; Cadastro Nacional do SUS; Sistema de Informações do Programa de Humanização do

Pré-Natal, Parto e Puerpério; Sistema de Cadastramento e Acompanhamento dos Hipertensos

e Diabéticos; Sistema Informatizado para Acompanhamento da Execução do Incentivo à

Assistência Farmacêutica na Atenção Básica e Avaliação do Programa de Imunização, os

quais, alimentados adequadamente, fornecem bancos de dados com indicadores que

contribuem para o planejamento da saúde pública municipal.

Para avaliar quais as dificuldades encontradas no uso dos Sistemas de Informação

em saúde na gestão municipal pelas equipes locais de saúde nos 25 municípios da área de

abrangência da 10ª Regional de Saúde fez-se necessária a aplicação de um questionário, que

foi respondido tanto por gestores como por trabalhadores de saúde envolvidos na gestão.

A partir da análise dos dados coletados nos questionários chegou-se aos resultados

que apontam para um nível de conhecimento insuficiente acerca dos Sistemas de Informação

(SI) e que o planejamento local em saúde não está institucionalizado na rotina de trabalho das

equipes de saúde.

Verificou-se também que os dados/informações sobre a saúde da população e os

procedimentos realizados pela equipe são lançadas nos SI pelos técnicos da equipe, mas, não

é feita uma leitura regular destes no sentido de avaliar o impacto das ações.

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo geral

Propor um instrumento de pesquisa para identificar as dificuldades encontradas

pelos profissionais de saúde dos municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde

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na utilização dos Sistemas de Informação em Saúde visando o planejamento das ações da

gestão municipal em saúde.

1.2.2. Objetivos específicos

a) identificar os motivos porque os gestores de saúde dos municípios abrangidos pela 10ª

Regional de Saúde não usam os Sistemas de Informação no planejamento das ações

em saúde.

b) demonstrar que os sistemas de informação são subutilizados pela gestão pública

municipal de saúde na administração e planejamento.

c) apresentar quais são os diversos sistemas em saúde disponibilizados pelo Ministério

da Saúde e que dados apresentam para a gestão, e ainda, a importância da alimentação

correta dos dados.

d) construir um questionário que identifique as dificuldades encontradas pelos

profissionais de saúde no conhecimento e uso dos sistemas de informação em saúde

e) aplicar o questionário, avaliar/agrupar/analisar as respostas dos gestores e

trabalhadores de saúde das prefeituras no âmbito da 10ª Regional de Saúde.

f) conhecer e classificar em nível de importância as dificuldades que os trabalhadores de

saúde encontram desde a alimentação dos dados até o uso efetivo da informação para

gestão.

g) lançar proposta de capacitação dos profissionais de saúde lotados nas Secretarias

Municipais de Saúde visando habilitá-los a utilizar os diferentes Sistemas de

Informação no processo de planejamento local.

1.3. Justificativa

O uso dos Sistemas de Informação pode ser um fator decisivo para o

planejamento das ações na área de saúde, até porque o planejamento consistente leva em

consideração os dados da realidade. Neste sentido, os sistemas de informação devem ser

alimentados com os dados da saúde da população de um determinado município, e estes

dados devem compor um banco de dados local, regional e nacional que tem grande relevância

na forma de um instrumento para o planejamento das ações de saúde, desde a implementação

de programas locais até projetos de ação regionais.

Trata-se de assunto relevante, pois, a partir das informações destes sistemas é que

a gestão terá subsídios para planejar as ações em nível local. O conhecimento dos dados e

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indicadores de saúde possibilitará à equipe estruturar políticas que vão ao encontro das

necessidades reais da população atuando na prevenção e promoção da saúde.

O papel da Regional de Saúde centra-se no apoio às ações municipais, tendo como

missão essencial a assessoria na implementação das ações de saúde nos municípios. A

Secretaria de Estado da Saúde objetiva institucionalizar o planejamento a partir do

desenvolvimento de estratégias junto à gestão municipal contemplando o uso dos diversos

Sistemas de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

O gestor municipal, por sua vez é responsável pelas ações de saúde que inclui a

promoção, a proteção e a recuperação da saúde dos cidadãos. Para que estas ações sejam

efetivas há que se pensá-las de forma planejada. Neste sentido o papel de assessoria da

Regional é essencial.

Tem-se, entretanto, que os diversos Sistemas de Informação são subutilizados nas

secretarias Municipais de Saúde como ferramenta de gestão. Para tanto, conhecer os porquês

das dificuldades do uso dos diversos sistemas é essencial, daí justifica-se a presente

proposição.

A experiência leva a algumas hipóteses elencadas abaixo:

- Os Sistemas de Informação em Saúde são subutilizados como ferramentas de gestão por que

são muito complexos e os gestores não sabem fazer a leitura dos dados disponíveis.

- Os profissionais que alimentam os diversos dados nos sistemas encontram uma série de

dificuldades. Há que se identificar estas dificuldades e em que nível estas se encontram, se

são operacionais, institucionais ou tem outra origem e traçar um plano de ação para saná-las.

- Conhecer quais as dificuldades enfrentadas pelos técnicos que prestam assistência para

utilização dos diferentes Sistemas de Informação na ação diária visando o alcance das metas

pactuadas.

- Os gestores municipais são os responsáveis pelas ações de saúde em nível local. Entretanto,

não se concebe um trabalho efetivo sem planejamento. Planeja-se a partir de informações

concretas, estas por sua vez, são resultados dos dados trabalhados. Há que se identificar como

os gestores usam os sistemas de informação na gestão das ações, se sabem usá-los e ainda se

conhecem os sistemas e a sua importância no processo de planejamento municipal das ações

de saúde.

- Outra questão essencial é conhecer como se dá o planejamento em saúde a partir dos dados

existentes.

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1.4. Metodologia Os dados apresentados e analisados neste trabalho são frutos de uma pesquisa

realizada junto às equipes municipais de saúde dos 25 municípios da 10ª Regional de Saúde.

Para construção do instrumento de pesquisa procedeu-se a leitura de diversos

trabalhos realizados em saúde, principalmente trabalhos de pesquisa junto às equipes em que

houve a implantação de Sistemas de Informação em Saúde, com o objetivo de construir

indicadores de acompanhamento referente à atenção à saúde da população e a integração com

sistemas nacionais de informação, especialmente o artigo Avaliação do Projeto “Gestão Saúde

em Rede”: um primeiro olhar do período pós-informatização na perspectiva da gestão

(RIEVRS, 2006).

Foi realizada a construção e a aplicação de um questionário com 09 (nove)

perguntas fechadas. Optou-se por perguntas do tipo fechadas tendo em vista o curto espaço de

tempo para realização da pesquisa, da tabulação de dados, análise e estruturação do presente

trabalho.

De modo geral, quem atua na gestão é o Secretário Municipal, um técnico na área

de saúde e um técnico na área administrativa que o assessoram diretamente, por isso o

objetivo inicial era entrevistar pelo menos 03 (três) trabalhadores de saúde de cada município

desde que os mesmos atuassem diretamente na gestão, entretanto tendo em vista o prazo

exíguo para realização dos trabalhos não foi possível aplicar o questionário a todos. Foram

perquiridos 49 trabalhadores de saúde dos 25 municípios, assim distribuídos: em 06 (seis)

municípios foram aplicados 03 questionários; em 13 (treze) aplicou-se 02 (dois) questionários

e nos 05 (cinco) restantes aplicou-se 01 (um) questionário de forma direta, onde, o trabalhador

de saúde respondeu às questões com acompanhamento do entrevistador.

O instrumento de pesquisa foi aplicado a gestores e trabalhadores de saúde

ligados à gestão das Secretarias Municipais de Saúde, ou seja, àqueles de atuam diretamente

nas ações de planejamento. Destes encontrou-se os seguintes cargos: 19 enfermeiros; 14

secretários municipais de saúde; 04 técnicos administrativos; 04 digitadores; 02 agentes

administrativos; 01 diretor administrativo; 01 médico veterinário; 01 gerente de divisão; 01

biólogo; 01 técnico de enfermagem; e, 01 agente de execução.

Ao final, após a coleta e tabulação das respostas, procedeu-se uma análise das

mesmas a fim de verificar os motivos do não uso dos Sistemas de Informação como um

instrumento para o planejamento de ações em saúde no âmbito dos municípios.

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1.5. Estrutura do trabalho

No capítulo 2, apresenta-se, um breve referencial teórico onde os assuntos

abordados são os Sistemas de Informação, o Planejamento em Saúde a partir dos Sistemas de

Informação além da descrição sucinta dos Sistemas de Informação em Saúde disponibilizados

gratuitamente pelo Ministério da Saúde às Secretarias Municipais de Saúde e que são

regularmente alimentados por estas, sendo em sua maioria obrigatórios por força de portarias

ministeriais.

Para conhecer um pouco da realidade fez-se necessário a aplicação de um

instrumento de pesquisa, no terceiro capítulo deste trabalho está exposta a análise detalhada

dos dados do questionário aplicado a trabalhadores de saúde dos 25 municípios de área de

abrangência de 10ª Regional de Saúde.

Nas considerações finais lança-se uma proposta de ação do Governo do Estado

no sentido de instrumentalizar os trabalhadores de saúde dos municípios para que haja um

efetivo uso das informações em saúde contidas nos diversos Sistemas de Informação

objetivando, em última análise, a melhoria da atenção à saúde cidadão, numa linha de cuidado

englobando a proteção, promoção e recuperação da saúde.

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2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

2.1. Sistemas de Informação

Campos (1994), afirma que o Sistema de Informação é uma combinação

estruturada de informação, recursos humanos, tecnologia de informação e práticas de

trabalho, organizados de forma a permitir o melhor atendimento dos objetivos da organização.

Para Bio (1985), um Sistema de Informação é conceituado como sendo um

conjunto de partes interdependentes no seu todo que podem ser partes de um todo maior.

Um Sistema de Informação pode ser definido com um conjunto de componentes

inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir

informações com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise

e o processo decisório em organizações e outras organizações. (LAUDON E LAUDON,

1999).

Combinando os conceitos acima, tem-se que os Sistemas de Informação são

compostos por elementos essenciais, quais sejam, a organização propriamente dita, os

recursos humanos e a tecnologia.

Com relação à organização há que se considerar necessária maturidade

administrativa para implementação de um Sistema de Informação adequado às necessidades

organizacionais. Os recursos humanos por sua vez necessitam de conhecimentos específicos e

desenvolver a capacidade técnica para utilizar os Sistemas e os dados disponibilizados nestes.

A tecnologia, por sua vez, deve estar minimamente adequada às necessidades do trabalho.

De acordo com Laudon e Laudon (2004), os Sistemas de Informação podem

auxiliar as organizações a estender seu alcance global, oferecer novos produtos e serviços,

reorganizar fluxos de tarefas e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como

conduzem os negócios. Neste sentido, usar com habilidade, conhecimento e técnica os

Sistema de Informação em Saúde (SIS) é indispensável para o sucesso também na gestão

pública.

A utilização dos SIS como instrumento para dar sustentação ao planejamento é

essencial, pois, levará à decisões mais acertadas e de acordo com a realidade melhorando as

ações em saúde sejam elas, de vigilância, de promoção, proteção ou de recuperação da saúde

dos cidadãos. Além disso, pode causar impacto direto na organização do trabalho da equipe, e

conseqüente aumento no nível de satisfação dos trabalhadores de saúde e dos cidadãos que

utilizam o Sistema Único de Saúde.

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Para Dias (2004) a relação que existe entre o Planejamento Estratégico de uma

empresa com a informação disponível no âmbito corporativo é consideravelmente forte, pois

os parâmetros que orientam o seu desenvolvimento são as informações geradas, acessadas,

transformadas e consumidas em todos os níveis hierárquicos.

Ainda, de acordo com O’ Brien (2001), Sistema de Informação é um conjunto

organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que

coleta, transforma e dissemina informações em uma organização.

Entretanto, além da tecnologia que envolve hardware, software, as redes, acesso è

rede mundial de computadores, os bancos de dados, as informações extraídas deste e os

recursos humanos há um componente essencial no planejamento público, qual seja, o

componente político.

De nada adianta viver num período em que existe grande agilidade na

disseminação de informações tendo em vista os Sistemas de Informação e a facilidade de

acesso via rede mundial de computadores se a gestão pública não está preparada para

incorporar esse instrumental a serviço do processo de trabalho.

Para tanto, assim como nas empresas as informações são fontes geradoras de

negócios, propiciando oportunidades de negócios aumentando a lucratividade, no setor

público, especialmente no setor saúde os SIS devem ser utilizados como instrumental a

serviços do planejamento das ações visando a melhoria das condições de trabalho, de atenção

ao cidadão permitindo intervenções em tempo real visando a melhoria da qualidade de vida da

população.

Para que isso ocorra, ou seja, para que a institucionalização do planejamento a

partir de Sistemas de Informação em Saúde seja uma realidade é essencial que os

trabalhadores de saúde dominem o uso dos SIS e valorizem os dados neles contidos.

O processo da valorização dá-se desde a inserção dos dados nos SIS até a leitura

destes e o uso no tempo e oportunidades adequados compartilhando as informações com a

equipe de trabalho realizando, por conseguinte, ações coordenadas e um trabalho cooperativo

objetivando alcançar a melhoria da qualidade do trabalho e conseqüentemente dos indicadores

de saúde.

Assim como a administração de uma organização necessita identificar problemas

e oportunidades e a maneira de utilizar os SI para aumentar sua capacidade de reação ao

mercado, os gestores públicos da saúde, da mesma forma, necessitam conhecer os indicadores

apresentados pelos SIS transformando em vontade política o uso sistemático destes

instrumentos.

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2. 2. Planejamento das ações saúde a partir das informações em saúde

As áreas de informação e informática em saúde têm assumido papel cada vez mais

relevante em nível mundial, sendo bastante positivas as experiências de alguns países,

particularmente aqueles com sistemas públicos de saúde que priorizaram a gestão da

informação como estratégia para avançar nas suas políticas de saúde, tendo como meta a

melhoria das ações de saúde (NAFFAH FILHO, 2006).

Enfatiza o autor, que Brasil tem compartilhado da mesma preocupação, pois o

Ministério da Saúde estabeleceu como um de seus objetivos prioritários a definição de uma

política nacional de informação e informática em saúde, entendendo-a como essencial para

alcançar uma maior eqüidade, qualidade e transparência dos serviços de saúde.

Sobre o uso da tecnologia na saúde, Évora (in: Lopes, 2002) menciona três

categorias do que pode ser chamado de tecnologia dos cuidados em saúde: a tecnologia

biomédica, a qual utiliza máquinas e aparelhos complexos na assistência ao paciente; a

tecnologia da informação, que se refere à matriz eletromecânica utilizada para administrar e

processar informações; e a tecnologia do conhecimento, caracterizada pela interposição de

aparelhos eletrônicos entre o paciente e o enfermeiro de forma a influenciar na prática técnica.

No presente estudo o foco de interesse é a tecnologia da informação, que se refere

à matriz eletromecânica utilizada para administrar e processar informações. Percebe-se

nitidamente que houve uma mudança no perfil da aplicação da informática e dos sistemas de

informação que era basicamente utilizada pra estudos teóricos passando a ser aplicada nos

ambientes de trabalho.

Entendendo-se a informática como instrumento de processamento de dados das

diversas áreas num sistema complexo de saúde como é o Sistema Único de Saúde os SI

passam a consubstanciar instrumental essencial no planejamento da gestão e nas ações de

saúde.

Estudos apontam para o fato de que nas informações em saúde prevalecem os

modelos pautados na lógica da oferta de informações isso devido a duas principais

motivações de acordo com Marteleto (2007), em primeiro lugar, as novas tecnologias

eletrônicas e digitais aumentam as possibilidades de organização, tratamento, recuperação e

uso dos conhecimentos, o que acarreta uma abundância informacional que parece favorecer a

visão unilateral dos processos de comunicação/informação. A segunda motivação dessa

prevalência estaria relacionada à visão do que seja ciência presente no imaginário científico e

social. Afirma ainda a autora que apesar da expansão e importância do conhecimento

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científico para diferentes esferas e atores sociais nos dias de hoje, ainda se faz presente no

campo científico e nas políticas de ciência e tecnologia uma visão positivista e elitista da

ciência e das possibilidades de apropriação dos seus produtos e informações pela sociedade.

E, de acordo com Ribeiro et al (2007), a complexidade das tarefas governamentais

na atualidade sugere que processos de interação virtual, capazes de agilizar a circulação e

troca de informações entre governos e sociedade nos espaços de produção de políticas

públicas, podem contribuir para intervenções mais resolutivas e sintonizadas com a

heterogeneidade e diversidade dos problemas sociais.

Um aspecto relevante é que nas sociedades onde a informação tem peso no

desenvolvimento de ações na gestão pública e que a atuação está voltada para a política

institucional há uma constante contribuição no desempenho das tarefas dos funcionários e

das organizações desencadeando a transformação da realidade onde a garantia dos direitos

individuais são assegurados por políticas públicas.

A atuação dos profissionais de saúde, orientados por relatórios concisos que

refletem a realidade, construídos a partir de dados de SIS orientam o aperfeiçoamento dos

planos, programas e s projetos governamentais que se convertem em ação voltada para as

necessidades da população possibilitando o planejamento das ações além de se converterem

em processo de prestação de contas à sociedade viabilizando efetivo controle político e social.

Neste contexto, a produção e socialização de informação, vinculadas ao

alargamento dos espaços de discussão pública, são identificadas como insumos fundamentais

para ações institucionais orientadas à constituição de processos de planificação social

democráticos. (GUENDEL, in: RIBEIRO et al, 2007).

Evidencia Ribeiro et al (2007), que a associação entre informação, tecnologia e

política vem sendo abordada a partir de diferentes perspectivas: como requisito para aliviar o

déficit estrutural e funcional do sistema político, como condição para a eficiência e

democratização da gestão governamental, como recurso de "empoderamento" da sociedade

civil e como meio para reduzir distâncias entre nações mais e menos desenvolvidas, entre

outras aproximações não menos importantes, como já mencionado.

Existe um movimento estruturado em nível nacional, através da Comissão

Intergestores Tripartite - CIB, comissão esta, composta por representantes dos três níveis de

governo o que tem ampliado a discussão na atualização do acompanhamento dos diversos

indicadores de saúde desencadeando ações de regulação e acompanhamento do planejamento

dos gestores visando à integração regional, macro regional, estadual e nacional,

principalmente a distribuição de recursos de forma eqüitativa entre as unidades federadas.

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Nesse escopo, o artigo de Ilara Moares e Maria Nélida Gómez, “Informação e

Informática em Saúde: caleidoscópio contemporâneo da saúde” citado por Marteleto (2007),

partindo do pressuposto da formação de um intercampo de informação e informática em

saúde na contemporaneidade, composto por processos sócio-políticos e epistemológicos,

pretende estudar as possibilidades de uma ação informacional no campo da saúde, capaz de

ampliar as respostas do Estado na melhoria das condições de vida da população brasileira.

O conhecimento das condições de saúde da população, o perfil epidemiológico

desta, ou seja, os determinantes das doenças, a freqüência, e tipo de doenças que acometem

determinada população são fornecidos pelos SIS. Proporcionam ao gestor dados adequados e

suficientes para construção de um diagnóstico e análise da situação desencadeando em

planejamento efetivo com o estabelecimento de prioridades.

Impulsionam, por conseguinte, a implementação de novos projetos de ação,

proporcionando indicadores de avaliação e monitoramento das ações de saúde. E ainda, são

instrumentos para elaboração de análise e estudos de situações específicas, como por

exemplo, da mudança do perfil epidemiológico, das tendências de mortalidade, e, fonte de

informação sobre fatores de risco que ameaçam a saúde da população.

Para Naffah Filho (2006), um dos principais objetivos de um Sistema de

Informação é garantir dados e informações de qualidade para que os diferentes gestores do

sistema de saúde possam executar as ações adequadas de planejamento e de serviços e

atividades em saúde, tendo sempre como objetivo uma melhoria da saúde do cidadão.

Conta-se com diversos SI implantados nas Secretarias Municipais de Saúde, este

são alimentados via internet, sendo que os bancos de dados ficam disponíveis para gestão,

fornecendo informações sobre doenças, dados epidemiológicos, alertas sanitários, livros e

revistas eletrônicas, de educação em saúde além de aplicações de tele-medicina, legislação

vigente, manuais de orientação dos programas, e protocolos clínicos.

De acordo com Teixeira, (2004) a observação, ainda que assimétrica da realidade,

tem revelado que a alimentação obrigatória dos bancos de dados de base nacional pouco tem

contribuído para apoiar o processo de tomada de decisão local. Percebe-se um

desconhecimento sobre as potencialidades das informações para o processo de formulação e

monitoramento das políticas e ações de saúde.

A operacionalização de gestão descentralizada do SUS no conjunto das unidades

político administrativas da Federação requer o empoderamento dos trabalhadores de saúde e

dos gestores locais no sentido de dominar os diversos SI disponibilizados pelo Ministério da

Saúde.

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É preciso, todavia, uma ação mais concreta dos governantes no sentido de

instrumentalizar os profissionais de saúde. Para que ocorram as mudanças institucionais,

gerenciais e administrativas exige-se, além de atualização permanente das informações

governamentais a produção de conhecimentos capazes de levar a reorganização do cuidado à

saúde da população; informações sensíveis a atender situações locais, e acima de tudo,

trabalhadores de saúde capacitados que podem contar com condições de trabalho a fim de

implementar as políticas de saúde.

Parafraseando Teixeira (2004), a utilização dessas informações no processo de

tomada de decisão, recai sobre a necessidade de formação gerencial que incorpore o

conhecimento epidemiológico às práticas de gestão, associada ao entendimento da relação

entre organização de serviços e enfrentamento dos problemas prioritários de saúde da

população sob a responsabilidade sanitária daquele gestor.

O necessário fortalecimento da capacidade gerencial passa invariavelmente por

iniciativas de capacitação, formação e educação permanente em saúde. Estas ações

contribuirão no uso adequado das informações disponíveis nos Sistemas de Informação em

Saúde as quais servem de suporte no planejamento em saúde além de contribuir com a

racionalização dos Sistemas de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

2.3. Sobre os sistemas de informação em saúde

Os sistemas de Informação em Saúde são desenvolvidos pela equipe do

Departamento de Informática do SUS - DATASUS, disponibilizados gratuitamente pelo

Ministério da Saúde a todos os gestores municipais, estaduais bem como aos prestadores de

serviços do SUS, estando disponíveis na página do DATASUS: www.datasus.gov.br.

Na página de abertura encontram-se uma série de orientações com a explicação:

“Em Sistemas e Aplicativos, estão estruturadas as opções para os principais sistemas de

processamento de dados do DATASUS, com descrição sumária, principais objetivos e

configuração mínima de equipamento para sua utilização. Informações adicionais podem ser

obtidas através dos núcleos estaduais de fomento e cooperação técnica”. “A concepção de

integração sistêmica dos produtos, base para a construção do Sistema Nacional de

Informações em Saúde (SNIS), qualifica o avanço na produção e utilização das informações”.

E ainda, “É importante ressaltar que a gratuidade na distribuição dos produtos

subsidia a construção de uma parceria na tarefa de informatização do SUS”.

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Cabe aqui esclarecer que a quase totalidade dos Sistemas de Informação são de

alimentação obrigatória, por força de portarias ministeriais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, Sistema de Informação em

Saúde – SIS é um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação

necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Esta definição

encontra-se em diversos documentos publicados por órgão oficiais de saúde do país,

especialmente em documento elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina

no site: http://www.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/artigos/Sistemas_de_Informacao/

SistemasInformacaoSaude.pdf.

Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da

análise, a divulgação, inclusive, recomendações para a ação. Na saúde como em qualquer

outra atividade a informação é obtida através da análise dos dados, sendo esta redutora de

incertezas e valoroso instrumento de detecção de prioridades. A análise dos dados e a

organização estruturada destes levam a um planejamento responsável orientando para

execução de ações com o estabelecimento de prioridades possibilitando às transformações

necessárias da realidade

Entende-se, por conseguinte, que o planejamento é um processo de tomada de

decisão e implementação de ações visando atingir um objetivo desejável com base numa

situação atual.

Neste sentido, é importante que a equipe local conheça os diversos Sistemas de

Informação em Saúde, pois, uma vez que os dados passam ser, além de alimentados

localmente e analisados pela equipe geram subsídios para o planejamento local. Outro aspecto

relevante é que conhecendo os Sistemas de Informação em Saúde a equipe poderá contribuir

para melhoria da qualidade dos dados além de contribuir com o aperfeiçoamento dos

sistemas.

Ainda hoje há uma centralização dos dados, o que por um lado é salutar, pois a

criação e manutenção de bancos de dados que centralizam as informações é essencial para que

se possa ver o todo do país. Por outro lado, a centralização da análise ocasiona atrasos na

programação de intervenções mais ágeis e efetivas, uma vez que a demora do retorno para o

nível local causa acomodação de equipe e demora na intervenção da realidade.

Conhecer os Sistemas de Informação e o conjunto de passos de cada um destes é

fundamental para garantir a fidedignidade dos dados e sua utilização em tempo real, sem

perder de vista que os Sistemas de Informação em Saúde são ferramentas valiosas na melhoria

da qualidade da gestão na saúde e da assistência aos cidadãos.

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A seguir, far-se-á uma breve exposição dos Sistemas de Informação mais

utilizados pelos gestores municipais, estaduais e federal. Para construção desta utilizou-se

basicamente leituras acerca dos SI na página oficial do DATASUS e os manuais dos diversos

SIS, que podem ser encontrados no site do Ministério da Saúde.

2.3.1. Sistema de informação de mortalidade

O Ministério da Saúde disponibiliza aos gestores municipais e estaduais de saúde

o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM que tem como objetivo o cadastro dos óbitos

a partir da declaração de óbito – DO. Este sistema oferece dados de relevância para definição

de prioridades nos programas de prevenção e controle de doenças a partir das declarações de

óbito. É uma ferramenta importante para os gestores, pesquisadores e entidades da sociedade;

aos gestores têm especial importância, pois, fornece dados essenciais para a vigilância

sanitária e epidemiológica, além de estatística de saúde e demografia.

2.3.2. Sistema de informações de agravos e notificação

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN é disponibilizado

pelo Ministério da Saúde para todos os gestores municipais e estaduais devendo ser

alimentado regularmente quando da notificação e investigação de casos de doenças e agravos

que constam de lista de doenças de notificação compulsória.

A alimentação regular das informações sobre as doenças de notificação

obrigatória como diarréias, dengue, malária, meningite, que estão ocorrendo, em qual

localidade, a idade e o sexo das pessoas, permite a realização do diagnóstico dinâmico da

ocorrência de uma determinada doença ou agravo em determinada população ou área

geográfica.

Tem como objetivo principal o fornecimento de subsídios para explicações

causais dos agravos de notificação compulsória, contribui na democratização da informação

ao permitir que os profissionais de saúde têm acesso, bem como, na identificação de uma

realidade epidemiológica em determinada área ao indicar riscos aos quais determinado grupo

de pessoas está sujeito. Visa, principalmente, o controle de doenças e agravos de notificação

compulsória com base em informações sobre o número de casos segundo semanas

epidemiológicas.

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Relevante destacar que seu uso regular faz um instrumento essencial no auxílio do

planejamento em saúde, pois, passa a indicar prioridades e ao subsidiar análises

epidemiológicas e tomadas de decisões permite a avaliação do impacto das intervenções da

gestão.

2.3.3. Sistema de informação de nascidos vivos

O Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC foi implantado pelo

Ministério da Saúde a partir de 1990 com o objetivo de obter informações sobre os

nascimentos tornou obrigatória a alimentação dos dados em todos os estabelecimentos de

saúde que fizerem atendimento a partos. O instrumento de coleta de dados é a Declaração de

Nascidos Vivos – DN a qual fornece informações sobre o nascimento, sobre as mães e sobre

os recém-nascidos, sobre a gestação e o parto, oferecendo dados epidemiológicos de

determinada área geográfica e estimativas de níveis e padrões de fecundidade em determinada

região e faixa sócio econômica. Além disso, apresenta variáveis importantes como: sexo, peso

ao nascer, tipo de parto, local de ocorrência, duração da gestação, número de consultas pré-

natais realizadas, grau de instrução da mãe.

Este sistema regularmente alimentado pelos serviços de saúde e forma um banco

de dados disponível para pesquisas e para os gestores; fornece o número de nascidos vivos,

as características da mãe, do parto e da criança ao nascer, além de compor os dados para o

cálculo da taxa de mortalidade infantil, cujo denominador é o número de nascidos vivos.

Possibilita estudos sobre os riscos a que estão expostas as crianças além de fornecer

importantes dados epidemiológicos que viabilizam o planejamento de ações de vigilância

integral à saúde da mulher e da criança; proporciona dados para implementação de ações em

hospitais na área de vigilância em saúde e no direcionamento de ações da gestão em saúde

local.

2.3.4. Sistema de informação ambulatorial

O SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS é alimentado por

todos os estabelecimentos de saúde que prestam serviços ao SUS (Ministério da Saúde, 2004).

Para o estabelecimento de saúde, tem como objetivo principal a apresentação dos

procedimentos realizados em determinado período visando a contrapartida financeira,

entretanto, para o gestor é fonte de dados de avaliação e planejamento.

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Este SI contém informações que agilizam os procedimentos de pagamento dos

serviços produzidos e permitem analisar o perfil da oferta de serviços ambulatoriais, através

do acompanhamento das programações físicas e orçamentárias e das ações de saúde

realizadas em determinado prestador de serviços ao SUS. Traz variáveis importantes como a

identificação e caracterização da unidade prestadora e procedimentos específicas realizados,

além de apontar indicadores do quantitativo de consultas médicas ou outro tipo de

procedimento por habitante ao ano e por consultório ou equipamento/estabelecimento,

exames/terapias realizados pelo quantitativo de consultas médicas geral ou por especialidade.

Os gestores têm no Sistema de Informação Ambulatorial instrumento importante

de informação da capacidade instalada em tem-se conhecimento da rede ambulatorial como,

serviços de pronto-socorros, unidades básicas de saúde, consultórios médicos e

odontológicos, policlínicas, clínicas especializadas, laboratórios, serviços de radiologia, entre

outros.

Este sistema tem importância vez que além de demonstrar a capacidade, estrutura

instalada de serviços ambulatoriais, e a necessidade de atualização do cadastro, retrata o

quantitativo de serviços prestado e as distorções na programação. Traz o quadro de moléstias

podendo haver a confrontação entre as patologias mais freqüentes podendo ser realizada

análise no número de consultas habitante ano, a freqüência da realização de procedimentos.

Como é possível a análise da situação cadastral e o acompanhamento das ações

dos estabelecimentos de saúde, possibilita ao gestor ações de regulação, controle, avaliação a

auditoria além de planejamento em saúde.

2.3.5. Sistema de informações hospitalares

O Ministério da Saúde disponibilizou para todos os gestores e estabelecimentos de

saúde que prestam serviços ao SUS o Sistema de Informações Hospitalares SIH/SUS que tem

por objetivo inicial a apresentação de informações por parte dos prestadores de serviços dos

procedimentos hospitalares realizados a fim de viabilizar o pagamento da produção dos

serviços hospitalares, em suma, processa as Autorizações de Internação Hospitalar (AIH)

realizadas pelo SUS. Processando as informações da produção hospitalar disponibiliza aos

gestores mensalmente informações sobre recursos destinados a cada hospital que integra a

rede do SUS, as principais causas de internação por serviço no município no estado e no país.

Os dados que por um lado são lançados pelo prestador como forma de comprovar

os internamentos e receber a contrapartida demonstram aos gestores informações sobre a

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saúde da população, pois, mostram a relação dos procedimentos mais freqüentes as causas de

internamentos realizados mensalmente em cada hospital, município e estado, a quantidade de

leitos ocupados por especialidade médica e o tempo médio de permanência do paciente no

hospital, entre outras informações.

O SIH traz também indicadores importantes como o tempo médio de permanência

geral ou por causa específica, o valor médio da internação geral ou por causa específica, a

proporção (%) de internações por causa ou procedimento, a taxa de mortalidade hospitalar

geral ou por causa específica, a taxa de internamentos de uma determinada população, entre

outros.

Disponível em âmbito nacional para consulta, através de tabulações via Internet,

informa também a capacidade instalada em termos do número dos hospitais, do quantitativo

de leitos, as especialidades destes, quantos são públicos ou privados credenciados ao SUS, e,

sua resolutividade, sendo desta forma, importante ferramenta a serviço do planejamento da

gestão possibilitando atividades de regulação, controle, avaliação e auditoria, além de ações

das vigilâncias epidemiológica e sanitária.

2.3.6. Sistema de informação de insumos estratégicos

O Sistema de Informações de Insumos Estratégicos – SIES visa disponibilizar as

informações necessárias à gestão de recursos do Programa de Dispensação de Insumos para

diversas ações em saúde, por exemplo, vacinas, insulina. Tem como meta realizar o controle

da aquisição e da distribuição feita aos estados dos insumos e imunobiológicos adquiridos

através dos Convênios, Contratos e Portarias realizadas entre o Ministério da Saúde e os

Laboratórios Nacionais e consolidação dos dados de distribuição tais como o quantitativo, a

data de distribuição e o estado da federação para onde forma distribuídos.

Objetiva fornecer documento técnico contendo informe sobre aquisição de

insumos, por laboratório nacional (fabricante), período e tipo de insumo estoque destes,

sobre a distribuição dos insumos de aquisição nacional, para os estados, relacionando os

insumos, número dos pedidos recebidos e atendidos por UF, data do pedido e quantidade

autorizada através do SIES - Sistema de Informação de Insumos Estratégicos; análise sobre

os preço unitário e preço total por insumo, no ano visando análise comparativas dos gastos

realizados com as aquisições de soros e vacinas provenientes dos Laboratórios Nacionais.

E ainda, fornecer informações sobre a distribuição de insumos adquiridos, para os

estados/região, relacionando o número dos pedidos recebidos e atendidos por Unidade da

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Federação, data do pedido e quantidade autorizada através do SIES - Sistema de Informação

de Insumos Estratégicos. Além de fornecer documento contendo análise dos informes sobre

os preços unitários e preço total por insumo, no ano visando análise comparativa dos gastos

realizados com as aquisições de soros e vacinas provenientes dos Laboratórios Nacionais.

Os municípios cadastram via on-line os pacientes podendo visualizá-los

posteriormente no próprio sistema, o gestor pode acompanhar a distribuição de recursos de

forma equilibrada e controlada. Possibilitando a gestão de recursos e controle dos próprios

para Insumos Estratégicos de Saúde com vistas ao atendimento da Emenda Constitucional nº

29/00.

2.3.7. Sistema de informação de febre amarela e dengue

O Sistema de Informações de Febre Amarela e Dengue – SISFAD – tem por

objetivo vigiar sistematicamente o índice de infestação predial de uma área delimitada, isto é,

o percentual de imóveis com a presença do mosquito transmissor da febre amarela e dengue

baseado no número total de imóveis visitados, a fim de facilitar o pronto diagnóstico, isto é,

saber da presença do mosquito e da magnitude desta presença. (SIFAD, 2000).

Este sistema tem por objetivo apontar a presença do mosquito a fim de

desencadear ações de combate dos focos ou do controle nos casos em que não se faz possível

o uso de inseticidas.

São os municípios que prestam as informações a fim de que se conheça a

realidade possibilitando saber o índice de infestação predial pelos mosquitos Aedes aeyipti

bem como quais são os hábitos destes e em que tipo de local se encontra. A partir das

informações alimentadas pelos gestores municipais gera-se um banco de dados regional. Este

banco de dados regional é consolidado pelo estado passando a integrar o banco de dados

nacional no Ministério da Saúde sob a coordenação da Fundação Nacional de Saúde.

Neste sentido, de acordo com Roseli La Corte dos Santos (2002), a Fundação

Nacional de Saúde (FUNASA) recebe de todos Estados brasileiros, por intermédio do Sistema

de Informação de Febre Amarela e Dengue (FAD), dados sobre a infestação de Aedes aegypti

e Ae. albopictus. As informações são oriundas de amostras coletadas com vistas à

determinação dos índices de infestação em áreas com a presença de Ae. aegypti. Além disso,

também são geradas informações da vigilância entomológica, com uso de larvitrampas ou

ovitrampas, para municípios inicialmente sem infestação.

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Verifica-se que o SISFAD é uma ferramenta de suma importância no

planejamento das ações de combate á dengue tanto em nível local, municipal, regional,

estadual e federal, pois, possibilita conhecer a realidade sobre os níveis de infestação pelo

vetor que é o mosquito Aedes eagypti, o transmissor da doença.

2.3.8. Sistema nacional de informação de vigilância sanitária

O Sistema Nacional de informações de Vigilância Sanitária – SINAVISA

objetiva fornecer informações e ferramentas gerenciais e operacionais que possibilitam a

criação de um banco de dados dos estabelecimentos de saúde, da tramitação dos processos, do

acompanhamento das vistorias, entre outros.

Neste sentido, é importante ferramenta para os gestores municipais, estaduais e

federal de saúde, pois, além da troca de informações contempla o acompanhamento da ações

tanto por parte dos gestores como das equipes da Vigilância Sanitária.

Para enfatizar a importância do SINAVISA como ferramenta de gestão

transcreve-se a conceituação encontrada no site da Secretaria de Estado da Saúde de

Alagoas(2008) “este é tido como o Sistema de Informação que tem a finalidade de dotar a

Vigilância Sanitária de ferramentas gerenciais e operacionais capazes de agilizar registros,

análises e, sobretudo auxiliar a instituição no planejamento e execução de ações, tanto para o

corpo técnico quanto para gestão de VISA”.

2.3.9. Sistema de informações sobre a qualidade da água para o consumo humano

O Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo

Humano (SISAGUA) tem o objetivo de coletar registrar, transmitir e disseminar os dados

gerados rotineiramente, provenientes das ações de vigilância e controle da qualidade da água

para consumo humano. A produção dessas informações é fundamental para nortear as

decisões e o direcionamento das práticas da vigilância em todos os níveis do SUS.

De acordo com esta portaria o sistema divide-se em três módulos: o cadastro, o

controle e a vigilância. Com o cadastro forma-se um banco de dados de todos os sistemas de

abastecimento de água e das soluções alternativas de coleta desta.

Este cadastro é realizado em nível local sob responsabilidade da Vigilância

Ambiental em Saúde do município. É também a Vigilância local responsável pelo controle

alimentando o sistema com as informações do monitoramento da qualidade da água que é

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realizado os sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento. Os dados são

encaminhados às Secretarias Municipais de Saúde regularmente para propiciar a prática da

vigilância.

A vigilância por sua vez, consiste no acompanhamento do resultado das análises

de vigilância da qualidade da água para consumo humano realizadas pelo setor saúde são

notificadas pelo sistema.

2.3.10. Sistema de informação da atenção básica

De acordo com o Ministério da Saúde o Sistema de Informação da Atenção

Básica – SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde e

incorporou em sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade

sanitária, completamente inserido no contexto de reorganização do SUS no país, o que fez

com que assumisse características distintas dos demais sistemas existentes.

As características como a micro espacialização de problemas de saúde e de

avaliação das intervenções, a utilização mais ágil e oportuna da informação, a produção de

indicadores capazes de cobrir todo o ciclo da organização das ações de saúde a partir da

identificação de problemas e a consolidação progressiva da informação, partindo de níveis

menos agregados para mais agregados significaram avanços concretos no campo da

informação em saúde.

É por meio do SIAB que o gestor obtém informações sobre cadastros de famílias,

condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes

de saúde.

Este sistema passou a ser o principal instrumento de monitoramento das ações do

Programa de Saúde da Família, tem sua gestão na Coordenação de Acompanhamento e

Avaliação, Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde, cuja missão é

monitorar e avaliar a atenção básica, instrumentalizando a gestão e fomentar e consolidar a

cultura avaliativa nas três instâncias de gestão do SUS.

Com a disponibilização da base de dados do SIAB na internet, está sendo possível

alcançar o objetivo de fornecer informações que subsidiam a tomada de decisão pelos gestores

do SUS, e a publicização passou a instrumentalizar o Controle Social, subsidiando com os

dados que são discutidos com o controle social, nas equipes de saúde e nas instâncias

gestoras com vistas ao planejamento de ações local.

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2.3.11. Sistema de informação de vigilância alimentar e nutricional

A Vigilância Alimentar e Nutricional foi concebida na década de 70 tendo como

objetivo segundo FAO/UNICEF/OMS: (...) Promover informação contínua sobre as

condições nutricionais da população e os fatores que as influenciam. Esta informação irá

fornecer uma base para decisões a serem tomadas pelos responsáveis por políticas,

planejamento e gerenciamento de programas relacionados com a melhoria dos padrões de

consumo alimentar e do estado nutricional. Para tal, deviam ser concebidos sistemas

intersetoriais, contemplando informações e articulando informações da agricultura, economia,

planejamento, educação e saúde, cabendo a esse último a geração de informações sobre o

estado nutricional da população (www.datasus.gov.br).

O Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN,

implantado pelo Governo Federal sendo que no Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à

Saúde/Departamento de Atenção Básica Coordenação Geral da Política de Alimentação e

Nutrição direcionam as ações na área de saúde.

A partir dos dados do SISVAN torna-se possível visualizar como está a

alimentação, a saúde e o estado nutricional da população que faz uso dos serviços do SUS,

vez que as informações contidas neste sistema contribuem para o conhecimento dos

problemas relacionados com a nutrição possibilitando ações de combate ao desvio nutricional

desde o baixo peso até o sobrepeso, pois, contém informações sobre o estado nutricional de

crianças de zero a cinco anos e gestantes.

Sendo possível identificar também por este sistema quais as regiões ou estados,

grupos populacionais e segmentos sociais com maiores problemas de Segurança Alimentar e

Nutricional no que diz respeito ao acesso ao alimento bem como na sua adequada utilização.

A partir do conhecimento e acompanhamento da situação nutricional da população, da

descrição das tendências de saúde e nutrição e os determinantes sociais e grupos

biologicamente de maior risco nutricional, e, identificação de área geográfica é possível um

planejamento local e regional.

2.3.12. Cadastro nacional de estabelecimentos de saúde

De acordo com o Manual Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde do Ministério da Saúde (2006) o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde -

CNES é base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde.

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Ainda de acordo com este manual técnico o objetivo do CNES é cadastrar todos

estabelecimentos de saúde, hospitalares e ambulatoriais, componentes da rede pública e

privada, existentes no país, e manter atualizados os bancos de dados nas bases locais e federal,

visando subsidiar os gestores na implantação/implementação das políticas de saúde,

importantíssimo para áreas de planejamento, regulação, avaliação, controle, auditoria e de

ensino/pesquisa.

O CNES, uma vez que alimentado com os dados dos estabelecimentos de saúde

proporciona ao gestor em saúde o conhecimento da rede assistencial disponível bem como sua

potencialidade. Este sistema é indispensável no planejamento das ações, além de ser

instrumento essencial nas ações de regulação, controle, avaliação e auditoria, pelo fato de

conter dados da totalidade dos estabelecimentos de saúde independentemente se serem

credenciados ao SUS.

Ressalta-se que o cadastro dos estabelecimentos de saúde, as revisões e

atualizações são realizadas de forma descentralizadas, isto é, pelos estados e municípios de

acordo com a forma de gestão, ou ainda de forma descentralizada por delegação dos estados

aos municípios que realizam as ações relativas ao cadastro dos estabelecimentos localizados

em seu território. O cadastro contém dados dos serviços como área física, recursos humanos,

equipamentos, profissionais e serviços oferecidos pelo estabelecimento.

2.3.13. Cadastro nacional do SUS

O Cadastro Nacional do SUS – CADSUS é um Sistema de Informação onde são

cadastrados todos os usuários do Sistema Único de Saúde, e suas residências. Consiste na

realização do cadastro por meio do qual é possível a emissão do Cartão Nacional de Saúde

aos usuários do SUS, vinculando cada um ao domicílio de residência.

O CADSUS é alimentado no nível municipal, ou seja, os municípios inserem os

dados dos usuários do SUS no Sistema. Após gera o banco de dados local e envia para o

DATASUS onde os dados passam a fazer parte do banco de dados nacional. Cabe ao

município manter o banco de dados atualizado e, é através CADSUS Multiplataforma que o

município a recebe sua base de dados diretamente no sistema através da conexão do

centralizador municipal com o DATASUS, via internet, mediante solicitação de liberação.

O cadastro dos usuários permite a construção de um banco de dados para o

diagnóstico, avaliação, planejamento e programação das ações em saúde, tanto em nível

individual como coletivo num determinado território.

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Não se pode perder de vista a possibilidade de construir um banco de dados

nacional que aliado a manutenção constante dos cadastros que permitirá aos gestores do SUS

nos três níveis de governo a construção de políticas de saúde intersetoriais plenamente

integradas com outros setores governamentais como a educação, principalmente no que tange

ao ensino e à pesquisa, à política de trabalho e reinserção social, as ações de assistência social,

políticas agrícolas e de manutenção do homem no campo, entre outras.

Uma das grandes vantagens do CADSUS como banco de dados é a implantação

do Cadastro de Usuários do SUS em todo território nacional constituindo ferramenta essencial

para a gestão do sistema, além de representar um esforço de integração das informações entre

os diversos gestores de saúde.

2.3.14. Sistema de informações do programa de humanização do pré-natal, parto e puerpério

O Sistema de Informações do Programa de Humanização do Pré-Natal, Parto e

Puerpério, SISPRENATAL, é um sistema informatizado, disponibilizado pelo DATASUS

para os municípios que aderirem ao Programa. Este sistema possibilita aos gestores o

monitoramento do Programa, a partir do acompanhamento das gestantes.

O município obtém o programa realizando o download do MS-BBS do Ministério

da Saúde após passa a cadastrar as gestantes a partir da ficha de cadastros e registro de

atendimento da gestante, devendo alimentá-lo mensalmente podendo esta alimentação ser na

própria unidade sendo possível a importação dos dados de um nível para outro para fazer a

consolidação final.

Em o gestor adotando os procedimentos das portarias ministeriais terá além de

um instrumento que possibilita o faturamento do incentivo um excelente instrumento de

acompanhamento das gestantes e um sistema que possibilitará planejar ações relacionadas à

atenção a saúde da mulher.

De acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde o Programa de

Humanização no Pré-natal e Nascimento, instituído pelo Ministério da Saúde, através da

Portaria/GM n.º 569, de 1/6/2000, foi baseado na análise das necessidades de atenção

específica à gestante, ao recém-nascido e à mulher no período pós-parto, objetiva:

- concentrar os esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna e

perinatal; adotar medidas que assegurem a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do

acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto, puerpério e neonatal;

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- atuar na ampliação de ações adotadas pelo Ministério da Saúde na área de atenção à

gestante, concentrada nos investimentos das redes estaduais de assistência à gestação de alto

risco, o incremento do custeio de procedimentos específicos;

- atuação em no Projeto de Capacitação de Parteiras Tradicionais, do financiamento de cursos

de especialização em enfermagem obstétrica e a realização de investimentos em unidades

hospitalares que integrem estas redes.

Ao avaliar a amplitude/abrangência do SISPRENATAL entende-se ser este mais

um Sistema de Informação que disponibiliza ao gestor local uma série de informações

essenciais ao planejamento de estratégias de atuação em saúde.

2.3.15. Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos

O Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos –

HIPERDIA é um Sistema de Informação disponibilizado pelo Ministério da Saúde para todas

as unidades ambulatoriais dos estados e dos municípios ligados ao SUS que tem como

objetivo cadastrar todos os pacientes portadores de diabetes mellitus e hipertensão arterial

visando gerar informações tanto aos gestores municipais e estaduais bem como para os

gerentes e equipes de saúde local. Este cadastro permite o acompanhamento dos pacientes, a

garantia de recebimento de medicamentos além de permitir traçar o perfil epidemiológico da

população a fim de desencadear estratégias de ação da saúde pública a fim reduzir o custo

social destas doenças melhorando a qualidade de vida da população.

De acordo com o Manual de Operações do HIPERDIA (2002), tem por finalidade

permitir o monitoramento dos pacientes captados no Plano Nacional de Regionalização da

Atenção à hipertensão e ao Diabetes Mellitus, e gerar informações para aquisição,

dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os

pacientes cadastrados. O Sistema é integrado ao Cartão Nacional de Saúde, transferindo e

recebendo dados do Sistema CADSUS – Cadastro de Domicílios e Usuários do SUS,

garantido a identificação única do usuário do Sistema Único de Saúde, através do número do

CNS - Cartão Nacional de Saúde.

Instalado nas diferentes unidades básica de saúde permite o cadastro dos

pacientes, sendo que os dados são transferidos ao Subsistema Federal do Sistema HIPERDIA

passando os dados a integrar a base nacional do cadastro de portadores de hipertensão e

diabetes.

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33

2.3.16. Sistema informatizado para acompanhamento da execução do incentivo à assistência farmacêutica na atenção básica

O sistema informatizado para acompanhamento da execução do incentivo à

assistência farmacêutica na atenção básica – SIFAB é de acordo com Manual de Instalação e

Utilização do Ministério de Saúde (2005) é um sistema informatizado de monitoramento e

avaliação dos recursos destinados ao Financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção

Básica, a ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, dos Municípios e do Distrito

Federal, sendo disponibilizado e mantido pelo Departamento de Assistência Farmacêutica e

Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do

Ministério da Saúde.

Alimentado regularmente pelos gestores municipais e estaduais de saúde permite

visualizar de forma clara a aplicação de recursos financeiros destinados à assistência

farmacêutica na atenção básica. É também um instrumento essencial para demonstrar a

regular e assídua aplicação das contrapartidas pelos gestores municipais e estaduais na

assistência farmacêutica seja na forma de recursos financeiros como na forma de

medicamentos.

2.3.17. Avaliação do programa de imunização

O sistema de Avaliação do Programa de Imunizações – API é um dos sistemas

integrantes do SI-PNI, que tem pro finalidade o registro, por faixa etária das doses de

imunobiológicos aplicadas e além de calcular a cobertura vacinal, por unidade básica,

município, regional da Secretaria Estadual de Saúde, estado e país. Fornece ainda, as

informações sobre rotina e campanhas, taxa de abandono e envio de boletins de imunização.

É utilizado nos âmbitos federal, estadual, regional e municipal fazendo parte de

um complexo controle do sistema vacinal do país que é o Programa Nacional de Vacinação –

PNI. Este pro sua vez integra o Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio

técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) .

Este SI apresenta informações referentes às doses de vacinas aplicadas, visando o

controle das coberturas vacinais alcançadas, além de apontar o quantitativo de vacinas

aplicadas por tipo de vacina, dose, faixa etária e as coberturas vacinais por tipo de vacina, ou

seja, a proporção da população vacinada x cobertura mínima preconizada.

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34

A alimentação correta e regular deste sistema contribui para demonstração dos

dados vacinais, a partir dos quais poderão ser comprovados os avanços nas ações bem como

as falhas possibilitando traçar estratégias de ação visando alcançar a meta de vacinação.

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35

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA

3.1. O Contexto da pesquisa

Neste capítulo, é exposto o resultado da pesquisa através da análise de cada um

dos itens, bem como uma breve exposição sobre a caracterização dos municípios da área de

abrangência da 10ª Regional de Saúde.

Os Municípios que compõe a Regional de Saúde são:

Em termos populacionais são municípios pequenos, somente Cascavel, que é o

município sede, conta com 57% do total de população da Regional, ou seja, 285.784

habitantes. Dos demais: 06 (seis) contam com até 5 mil habitantes; 10 (dez) até 10 mil

habitantes, 07 (sete) até 20 mil habitantes; 01 (um) com 30 mil habitantes.

No que diz respeito às ações de saúde todos são responsáveis pelas ações de

atenção básica o que compreende todas as ações de proteção, promoção e recuperação da

saúde da população do município. As ações de atenção básica compreendem ações de

assistência, de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, vigilância sobre meio ambiente

e saúde do trabalhador, além de ações de regulação, controle, avaliação e auditoria.

Em 16 municípios têm estrutura hospitalar, sendo que os hospitais são de baixa

resolubilidade. Somente o município de Cascavel dispõe de serviços ambulatoriais, médicos e

de apoio ao diagnóstico e tratamento e hospitalares de média e alta complexidade, para onde

são referenciados os casos de maior complexidade através de um sistema de referência que

compreende uma rede pactuada e integrada de serviços.

Com o objetivo de identificar problemas relacionados ao uso dos diversos

Sistemas de Informação em Saúde e com a pretensão de saber sobre nível de conhecimento

que os trabalhadores de saúde dos municípios têm sobre estes aplicou-se um instrumento de

pesquisa em forma de questionário à profissionais de saúde dos 25 municípios da área de

abrangência de 10ª Regional , cujo questionário completo encontra-se no apêndice A.

Com relação à formação dos entrevistados, 37 concluíram o 3º grau, 11

concluíram o 2º grau e um não informou. Isso demonstra que o nível de escolaridade é muito

bom já que 76% dos entrevistados concluíram uma graduação, o que facilita a capacitação das

equipes, pois os funcionários contam com um conhecimento já consolidado na área de

formação possibilitando um crescimento significativo na área de planejamento.

Quanto ao vínculo empregatício encontrou-se 30 são funcionários concursados, 13

estão em cargo de comissão e 06 são contratados. Como 61% dos entrevistados são

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36

funcionários concursados é possível desenvolver um trabalho de capacitação com resultados

muito positivos, pois, a fixação do funcionário em uma determinada secretaria garante

continuidade de ações iniciadas e institucionalizadas independente de mudanças de gestão.

Com relação à faixa etária foram encontrados os seguintes dados: de 22 à 29 anos

– 17 ; de 30 à 39 anos – 18; de 40 à 49 anos – 11 e de 50 à 59 anos -03 trabalhadores. Isso

revela que os trabalhadores de saúde que atuam nas áreas técnicas e de gestão são em sua

maioria jovens, tendo grandes possibilidades de capacitação das equipes e garantia de

continuidade dos trabalhos.

3.2. Os resultados da pesquisa sobre os Sistemas de Informação em Saúde nos Municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde

Após a caracterização dos trabalhadores em saúde passa-se a realizar

questionamentos acerca dos Sistemas de Informação em Saúde e a utilização destes no

planejamento local, o nível de conhecimento acerca dos diversos SIS, além da realização do

levantamento das principais dificuldades visando a partir dos dados apresentados a proposição

de um projeto de ação.

Questionados sobre se o município tem acesso a todos os sistemas de informação

disponibilizados pelo Ministério da Saúde, obtive-se as seguintes respostas: 46 responderam

positivamente, 02 negativamente e 01 absteve-se de responder, revelando que os profissionais

de saúde têm conhecimento sobre a existência de SI e da disponibilização destes ao

município.

Relativamente à utilização efetiva pela Secretaria Municipal de Saúde dos

Sistemas de Informação, dentre as opções da pesquisa 23 entendem que servem apenas para

digitar dados; outros 23 para produzir informações; 27 manifestaram que servem para dar

subsídios para o planejamento local; 10 percebem que são usados para agrupar dados e 01 não

manifestou sua opinião. Percebe-se que a maioria dos entrevistados entende os Sistemas de

Informação como uma ferramenta de lançamento de dados e produção de informações.

Entretanto, a minoria concebe os SIS como ferramenta para o planejamento local.

Para obter informações sobre o nível de conhecimento e compreensão, dos

profissionais de saúde, acerca dos diversos Sistemas de Informação em Saúde

disponibilizados pelo Ministério da Saúde foi construído um quadro contendo os sistemas e as

opções de conhecer todo o sistema, um pouco o ainda desconhece o sistema, ver apêndice B.

Como os sistemas pesquisados são de uso regular no dia-a-dia dos trabalhadores de saúde,

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considera-se que conhece todo o sistema é fazer uso regular, inserir os dados, e

esporadicamente, acessa-o na busca de dados para o planejamento. Conhece um pouco

significa insere ou não os dados, no entanto, não utiliza os dados e não processa as

informações necessárias para o planejamento. E, desconhece, significa não utiliza o sistema,

conseqüentemente, não o utiliza para o planejamento.

3.3. Síntese e análise dos resultados

Os resultados são analisados a seguir, por Sistema de Informação, a partir de

gráficos com a representação de:

1- Conhece todo; 2- Conhece um pouco; 3- Desconhece.

· SIM – Sistema de Informação de Mortalidade

1

2

3

Gráfico 01 – Conhecimento sobre o SIM.

Conforme gráfico 01 dos trabalhadores de saúde entrevistados 51% conhecem

todo o SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) o que significa que além de inserir

dados, também buscam esporadicamente os dados para subsidiar os trabalhos. 45%

conhecem um pouco, usam o sistema, inserindo dados, no entanto, não utilizam os dados e

nem processam as informações necessárias para o planejamento e 4% desconhecem.

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38

· SINAN – Sistema de Informação de Agravos e

Notificação

1

2

3

Gráfico 02 – Conhecimento sobre o SINAN.

Em 53% demonstraram que conhecem o SINAN, inserem dados acessando-os

quando solicitado, na época das pactuações para verificar quais foram os indicadores do

período. Entretanto 47% responderam que conhecem um pouco, isso significa que não

utilizam o sistema, para planejar e acompanhar as ações.

· SINASC - Sistema de Informação de Nascidos Vivos

1

2

3

Gráfico 03 – Conhecimento sobre o SINASC.

Dos entrevistados 47% afirmaram que conhecem todo o SINASC indicando que

inserirem dados e buscam esporadicamente os dados para subsidiar as ações. 51% conhecem

um pouco, utilizam o sistema para inserir dados, no entanto, fazem uso dos dados e não os

processam para subsidiar o planejamento e 2% desconhecem o SI.

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39

· SIA - Sistema de Informação Ambulatorial

1

2

3

Gráfico 04 – Conhecimento sobre o SIA.

Em 22% dos entrevistados apontaram que conhecem o SIA, introduzindo dados

como forma de receber a contrapartida financeira pelos procedimentos ambulatoriais

realizados, 49% conhecem um pouco, sabem quais os objetivos do SI, mas não o utilizam

para planejar suas ações e 14% não conhecem os SIA, conseqüentemente não o utilizam para

o planejamento.

· SIH - Sistema de Informação Hospitalar

1

2

3

Gráfico 05 – Conhecimento sobre o SIH.

O gráfico 05 aponta que 16% conhecem o SIH, indicando que acessam o sistema

para conferência de dados sobre as causas de internamentos dos pacientes, entretanto só o

fazem na época de pactuação de indicadores de saúde. Outros 26% conhecem um pouco, não

acessando o SIH, mas utilizam dados para avaliar as causas de internamentos. E, 31%

desconhecem este SI, isso significa que este não é utilizado para ações de planejamento.

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· SIES - Sistema de Informação de Insumos Estratégicos

1

2

3

Gráfico 06 – Conhecimento sobre o SIES.

Dos trabalhadores de saúde dos municípios da 10ª Regional de Saúde somente 4%

conhecem todo o SIES, 29% conhecem um pouco e 63% não conhecem o SI em questão.

Pode-se inferir que o Sistema de Informação de insumos estratégicos é pouco conhecido não

sendo utilizado no planejamento em saúde.

· SISFAD - Sistema de Informação de Febre Amarela e

Dengue

1

2

3

Gráfico 07 – Conhecimento sobre o SISFAD.

O SISFAD é conhecido totalmente por 20% dos entrevistados que o utiliza para

inserir e acompanhar os dados, já 54% conhecem um pouco, relatando que sabem da sua

existência, quais os objetivos, mas, esporadicamente utilizam dados para traçar as ações.

Ainda, 24% desconhecem o Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue. Apesar da

importância deste SI é pouco utilizado para estruturar ações em saúde.

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· SINAVISA - Sistema de Informação de Vigilância Sanitária

1

2

3

Gráfico 08 – Conhecimento sobre o SINAVISA.

O SINAVISA é conhecido por 8% dos entrevistados, pouco conhecido por 57% e

desconhecido de 35% o que significa dizer que este SI é subutilizado pela gestão municipal

no planejamento local em saúde.

· SISAGUA – Sistema de Informações sobre a qualidade

da água para consumo humano

1

2

3

Gráfico 09 – Conhecimento sobre o SISAGUA.

Observa-se que 12% dos entrevistados conhecem o SISAGUA, isto é utilizam o

sistema para inserção de dados e esporadicamente utilizam os dados para planejar as ações.

Por outro lado, 49% conhecem um pouco do SI sobre a qualidade da água para o consumo

humano, sabem da sua existência, entretanto, somente têm acesso aos dados, via Regional de

Saúde na época das pactuações dos indicadores (que é feita uma vez ao ano), e 39% não

conhecem o SISAGUA, não o utilizando para embasar os programas de trabalho.

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· SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

1

2

3

Gráfico 10 – Conhecimento sobre o SIAB.

O Sistema de Informação da Atenção Básica é conhecido de 55% dos

entrevistados, pelo fato de lançarem dados e posteriormente acessarem o banco de dados para

programar as ações da equipe. Já 41% conhecem um pouco, sendo sabedores da sua

existência, mas não conhecem seu objetivo e funcionamento nem o utilizam no planejamento.

Por fim, 4% desconhecem o SIAB, não fazendo uso dele para o planejamento do trabalho.

· SISVAN - Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e

Nutricional

1

2

3

Gráfico 11 – Conhecimento sobre o SISVAN.

41% dos trabalhadores de saúde que responderam ao instrumento de pesquisa

apontam conhecer todo o SISVAN, utilizando-o para verificar questões relacionadas à

nutrição, principalmente das crianças. Também 51% apontaram conhecer um pouco do

sistema, no sentido da saberem qual o objetivo, entretanto não o utilizam para planejar a

atuação da equipe. E, 8% desconhecem o sistema. Estes dados fazem concluir que o SISVAN

é subutilizado no planejamento local em saúde.

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· CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

1

2

3

Gráfico 12 – Conhecimento sobre o CNES.

Na tabulação dos dados foram encontrados 31% de entrevistados que conhecem

todo o CNES, 53% conhecem um pouco e 16% o desconhecem. Como o Cadastro Nacional

de Estabelecimentos de Saúde é um sistema essencial para conhecer a capacidade instalada de

cada serviço de saúde considera-se 31% um nível de conhecimento insuficiente entre os

trabalhadores de saúde visto que em tese é essencial conhecer os serviços para poder

estruturar qualquer plano, programa ou projeto.

· CADSUS – Cadastro do SUS

1

2

3

Gráfico 13 – Conhecimento sobre o CADSUS.

O instrumento de pesquisa revelou que 31% dos entrevistados conhecem todo o

CADSUS, 61% conhecem um pouco e 8% desconhecem o sistema. Como o Cadastro do SUS

é bastante amplo e complexo, pois, centraliza um número expressivo de dados – é evidente

sua importância para o planejamento. Observa-se, entretanto, que é pouco conhecido, o que

leva a deduzir sua não utilização no planejamento local em saúde.

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· SISPRENATAL – Sistema de Informações do Programa de

Humanização do Pré-Natal, Parto e Puerpério

1

2

3

Gráfico 14 – Conhecimento sobre o SISPRENATAL.

O SISPRENATAL revela-se conhecido por 51% dos trabalhadores de saúde

entrevistados. Pouco conhecido por 45% e desconhecido por 4%. Como este sistema é

essencial para o acompanhamento das gestantes e recebimento de procedimentos realizados,

entende-se que ainda não é suficientemente conhecido pelas equipes de saúde tendo em vista

sua importância nas ações de assistência das equipes de saúde em nível municipal.

· HIPERDIA – Sistema de Informação de

acompanhamento do Programa de Hipertensão e Diabetes.

1

2

3

Gráfico 15 – Conhecimento sobre o HIPERDIA.

Dos entrevistados, 39% revelaram conhecer todo o HIPERDIA, entretanto, 59%

apontaram conhecer um pouco o sistema e 2 % desconhecer. Este sistema é essencial para

planejar a assistência aos pacientes portadores de hipertensão e diabetes, bem como, a

dispensação dos medicamentos. Neste sentido é essencial que a equipe de saúde tenha acesso

regularmente aos dados. Os índices de conhecimentos revelam que o HIPERDIA está sendo

subutilizado no planejamento das ações de saúde local.

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· SIFAB – Sistema de Incentivo à Assistência

Farmacêutica

1

2

3

Gráfico 16 – Conhecimento sobre o SIFAB.

O instrumento de pesquisa apontou que 33% dos entrevistados conhecem todo o

SIFAB, 37% conhecem um pouco e 30% desconhecem. Consideram que o sistema em

questão é instrumento essencial no planejamento da assistência farmacêutica local os dados

deste deveriam ser de conhecimento comum da equipe com vistas a um planejamento efetivo.

Entretanto, os dados revelaram que apenas 1/3 dos trabalhadores de saúde têm conhecimento

do sistema, o que nos leva a deduzir que é subutilizado.

· API – Avaliação do Programa de Imunização

1

2

3

Gráfico 17 – Conhecimento sobre o API.

O API é conhecido por 53% dos entrevistados, pouco conhecido por 41% e

desconhecido de 6%. Considerando que este sistema é essencial para avaliação do programa

de imunização entende-se que deveria ser acessado por todos os membros da equipe de saúde

para que estes pudessem programar ações e curto, médio e longo prazo de acordo com os

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dados. Apesar de 53% dos entrevistados revelarem conhecer o sistema é evidente a

subutilização do uso dos dados dos sistemas do planejamento de ações na área de imunização.

Analisando os índices de conhecimento sobre os Sistemas da Informação em

Saúde analisados no instrumento de pesquisa depreende-se que os trabalhadores de saúde

ligados à gestão municipal têm maior conhecimento dos Sistemas que estão diretamente

ligados à assistência à saúde do cidadão e ao recebimento de recursos, ou seja, aquele em que

o município realiza determinados procedimentos e em contrapartida recebe uma remuneração,

como é o caso do SISPRENATAL, do HIPERDIA e, do SIAB.

Já o SINAN, O SINASC, o SIM e o API, que são de alimentação compulsória

além de serem utilizados regularmente pelas equipes de saúde nas suas ações tendo em vista

que refletem dados, respectivamente, sobre do que as pessoas adoecem, como nascem, do que

vem à óbitos e quais são os índices de vacinação alcançados estão igualmente ligados à

assistência são de maior conhecimento da equipe.

O SIA e o SIH, apesar de serem sistemas ligados a assistência são menos

conhecidos das equipes de saúde dos municípios porque os dados de procedimentos

ambulatoriais e hospitalares são na maioria das vezes lançados por prestadores de serviços

privados e somente importados pelo Gestor de Saúde Estadual pelo fato dos municípios da 10ª

Regional de Saúde terem assumido a gestão somente da atenção básica. Assim as equipes da

saúde somente têm acesso a estes dados em situações específicas

Por outro lado, os SIS das áreas de vigilância sanitária como o SINAVISA, o

SIFAD; da vigilância ambiental, o SISAGUA e os Sistemas cadastrais como o CNES e o

CADSUS, além dos relativos a insumos como o SIES e o SIFAB são menos conhecidos.

A partir desta análise infere-se que os profissionais de saúde têm conhecimento

maior sobre os SIS relativos à assistência e os remunerados pelos SUS. Já os SIS relativos às

vigilâncias sanitária e ambiental, além dos cadastrais e os de controle de insumos são menos

conhecidos, acredita-se que isso se deve ao fato de não causarem impactos aparentes e

imediatos na saúde da população, assim, pode-se presumir que os SIS são subutilizados no

planejamento em saúde local.

Perguntado se os dados lançados nos Sistemas de Informação em Saúde são

disponibilizados e discutidos com a equipe municipal de saúde desde a equipe de apoio,

equipes da Unidade Básicas de Saúde e dos Programas de Saúde da Família. As respostas

foram negativas em 28 e positivas em 21, isso significa que 57% não discutem os dados dos

SIS com a equipe de saúde e somente 43% das equipes acessa esporadicamente os dados dos

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SIS e os utiliza para avaliar as ações visando o estabelecimento e implementação de planos,

programas e projetos em saúde.

Questionados sobre quais os motivos da não utilização dos dados/informações

contidos nos SIS no planejamento em saúde, foi apresentada uma questão de múltipla escolha

onde cada trabalhador de saúde entrevistado teria que manifestar o grau de importância de

cada item. Para tal, foi realizada a indicação de 13 itens onde o entrevistado apontava de

01(valor de alta importância) a 13 (valor de baixa importância).

A tabela com os resultados encontra-se no apêndice como apêndice C, entretanto

para facilitar a visualização são apresentados os dados contidos no apêndice C, agrupados em

alta importância para valores do 1º ao 4º, representado no gráfico por 1; média importância

para valores do 5º ao 9º, representado no gráfico por 2; e, de baixa importância os valores do

10º ao 13º, representado no gráfico por 3. Abaixo, os gráficos de importância dos itens

avaliados.

Não sabe acessar os Sistemas de Informação.

1

2

3

Gráfico 18 – Conhecimento sobre o acesso aos SI.

Em 40% dos entrevistados apontaram que acessar os dados dos Sistemas de

Informação é um motivo preponderante pelo qual os dados dos SIS não são utilizados no

planejamento. Já 25% consideram ser um motivo de importância mediana e 35% entendem

ser motivo de pouca importância.

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Desconhece os dados que os Sistemas de informação fornecem.

1

2

3

Gráfico 19 – Conhecimento sobre os dados dos SI.

Quanto ao conhecimento dos dados que os Sistemas de Informação fornecem,

28% entendem que o desconhecimento destes é um problema significativo; 42% aponta este

como motivo e media relevância e 30% de pouca relevância no uso dos SIS no planejamento.

Acha que os dados alimentados não refletem a realidade.

1

2

3

Gráfico 20 – Entende que os dados não refletem a realidade.

Em relação ao grau de fidedignidade dos dados à realidade, 33% apontam como

principal fator do não uso dos dados no planejamento o fato destes não refletirem a realidade;

46% consideram este um fator de média importância e 21% de baixa importância.

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Não sabe interpretar os dados.

1

2

3

Gráfico 21 – Não sabe interpretar os dados.

Dos trabalhadores de saúde entrevistados, 18% apontam que não saber interpretar

os dados é um aspecto relevante no não uso dos dados dos SIS no planejamento. 52%

apontam este fator como sendo de média importância e 30% entendem que este não é

significativo, pois, sabem interpretar os dados contidos nos SIS.

Os sistemas de Informação são muito complexos.

1

2

3

Gráfico 22 – Os SI são muito complexos.

O fato dos Sistemas de Informação serem muito complexos é fator impeditivo do

uso dos dados dos SIS no planejamento local para 38% dos entrevistados; Outros 44% aponta

a complexidade dos SI como motivo de média importância do não uso no planejamento. E,

18% consideram este um fator pouco importante.

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Faltam profissionais capacitados no município para trabalhar com os

dados.

1

2

3

Gráfico 23 – Faltam profissionais capacitados nos municípios para trabalhar os dados.

A falta de profissionais capacitados no município para trabalhar com os dados é

apontada como de grande importância no não uso dos dados dos SI no planejamento por 37%

dos entrevistados, entretanto, 42% apontou como aspecto de média relevância e 21% de baixa

relevância.

Faltam equipamentos adequados.

1

2

3

Gráfico 24 – Faltam equipamentos adequados.

Em 13% entendem que a falta de equipamentos adequados é fator relevante para o

não uso dos SI no planejamento. Já 47% apontam ser este um fator de média importância e

40% de pouca importância. Isso nos lava a inferir que os municípios da área de abrangência

da 10ª Regional de Saúde têm, em sua maioria, equipamentos de informática adequados às

necessidades de trabalho.

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Não tem acesso à Internet.

1

2

3

Gráfico 25 – Não tem acesso à internet.

Como 10% apontou o não acesso a internet como problema relevante ao não uso

dos SIS no planejamento, 17% como sendo de média importância e 73% de baixa relevância

conclui-se que este não é um aspecto impeditivo do uso dos SIS no planejamento local.

Acha que os dados não são importantes para planejar.

1

2

3

Gráfico 26 – Acha que os dados não são importantes para planejar.

Que os dados não são importantes para planejar é entendido como sendo aspecto

relevante para o não uso dos dados dos SI no planejamento para 8% dos entrevistados, já 35%

entende ser esse um aspecto de média importância e 57% elencou este como fator de baixa

importância. Entende-se que os profissionais de saúde creditam a devida importância aos

dados contidos nos sistemas e ao uso destes no planejamento.

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Não há planejamento institucionalizado.

1

2

3

Gráfico 27 – Não há planejamento institucionalizado.

Dos profissionais que responderam ao instrumento de pesquisa 61% apontam

como fator de alta importância o não uso dos dados no planejamento pelo fato de não haver

planejamento institucionalizado. 29% entendem ser este um aspecto de média importância e

10% de baixa importância.

As informações dos Sistemas são insuficientes para realizar

planejamento local.

1

2

3

Gráfico 28 – As informações dos sistemas são insuficientes para realizar planejamento local.

Que as informações dos sistemas são insuficientes para realizar o planejamento

local é importante para 28% dos entrevistados. Entretanto, na avaliação de 52% dos

entrevistados este é um problema de média importância, e 20% consideram que este não é

relevante entendendo que as informações são suficientes para o planejamento local em saúde.

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Os treinamentos nos sistemas foram insuficientes.

1

2

3

Gráfico 29 – Os treinamentos nos sistemas foram insuficientes.

O treinamento insuficiente nos sistemas foi considerado um problema relevante

impeditivo do uso dos SIS no planejamento para 53% dos entrevistados. Para 33% este é um

problema de média relevância e para 14% não têm relevância.

Falta suporte técnico nos sistemas.

1

2

3

Gráfico 30 – Falta suporte técnico nos sistemas.

De acordo com os dados do gráfico 30, 63% dos entrevistados consideraram a

falta de suporte técnico nos sistemas um aspecto relevante no não uso destes no planejamento;

já 21% entendem ser este um problema de média importância e 16% disse que é de pouca

importância.

Ao analisar as respostas sobre o nível e importância que os quesitos apresentados

no instrumento de pesquisa têm no não uso sistemático dos dados/informações contidos nos

SIS para o planejamento local em saúde obtive-se como resultado que são considerados de

alta relevância pelo fato de 50% dos entrevistados terem considerado com sendo de alta

importância:

- Não há planejamento institucionalizado;

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- Os treinamentos nos sistemas foram insuficientes;

- Falta suporte técnico nos sistemas.

Consideram-se como sendo de média relevância os itens que foram indicados por

mais de 50% dos entrevistados na somatória das indicações de alta importância e média

importância, quais sejam:

- Não sabe acessar os dados;

- Desconhece os dados que os Sistemas de Informação fornecem;

- Acha que os dados alimentados não refletem a realidade;

- Não sabe interpretar os dados;

- Os Sistemas de Informação são muito complexos;

- Faltam profissionais capacitados no município para trabalhar com os dados;

- Faltam equipamentos adequados;

- As informações dos Sistemas são insuficientes para realizar planejamento local.

Os itens que apareceram como sendo de pouca relevância e que, portanto, não

interferem negativamente no planejamento local são:

- Não tem acesso à Internet;

- Acha que os dados não são importantes para planejar.

Há outros aspectos que influenciam negativamente na utilização efetiva dos dados

dos Sistemas de Informação em Saúde, como:

- Falta de conhecimento no acesso dos sistemas;

- Falta de conhecimento dos dados que esses sistemas fornecem;

- Entendimento de que os dados não refletem a realidade e são insuficientes para planejar;

- Dificuldades na interpretação dos dados;

- Falta de capacitação dos profissionais para trabalhar com sistemas considerados complexos;

- Os equipamentos são inadequados para inserir e consultar a base dados.

Depreende-se, a partir da análise quantitativa das respostas obtidas através do

questionário, que a gestão municipal de saúde, dos municípios da área de abrangência da 10ª

Regional de Saúde, não tem institucionalizado um planejamento local com base nos diversos

Sistemas de Informação, primeiramente porque não há planejamento institucionalizado,

também porque os treinamentos nos sistemas foram insuficientes além de faltar suporte

técnico nos sistemas.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O planejamento em saúde é essencial para que a gestão possa ter ações efetivas, e

os Sistemas de Informação em Saúde são de grande valia no processo de planejamento, pois,

fornecem uma gama de dados e informações importantes acerca do perfil de saúde de uma

determinada população, além do que, a partir de dados atualizados é possível avaliar a

efetividade dos planos, programas e projetos que estão sendo implementados pelos gestores

de saúde.

Não se pode perder de vista que os recursos humanos, as tecnologias e a

organização municipal têm grande importância neste processo. Recursos humanos

capacitados, acesso a tecnologia da informação adequada e dados atualizados são essenciais

na formulação do plano municipal de saúde. Além disso, a maturidade organizacional e a

vontade política são preponderantes na institucionalização de políticas estruturantes que

levem em consideração a realidade local.

Nesse sentido retoma-se o conceito de Sistema de Informação da Organização

Mundial da Saúde: Sistema de Informação é um mecanismo de coleta, processamento,

análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os

serviços de saúde. A par de Sistemas de Informação que proporcionam dados sobre a saúde da

população necessita-se de profissionais capacitados e habilitados a utilizar esses sistemas no

planejamento das ações locais de saúde.

A alimentação correta dos dados e a criação de processos ágeis de disseminação

das informações são essenciais para intervenções resolutivas em tempo real frente às questões

de saúde. A diversidade dos problemas, a complexidade das tarefas (promoção, proteção e

recuperação da saúde) e o perfil epidemiológico de uma dada população exigem ações

concretas do gestor. Instituicionalizar essas ações através da utilização de diversos Sistemas

de Informação em Saúde requer vontade política e maturidade da gestão.

A maturidade organizacional da gestão pública de saúde decorre invariavelmente

do efetivo conhecimento dos diversos Sistemas de Informação em Saúde, pois, uma equipe

que conhece os Sistemas e os dados fornecidos por esses irá incorporá-los na prática do dia-a-

dia. Aliado a isso, o conhecimento dos dados sobre as condições de saúde e do perfil

epidemiológico da população proporcionam ao gestor informações adequadas e suficientes

para a construção de um diagnóstico da situação desencadeando o que pode se chamar de

vontade política para um planejamento efetivo e de acordo com as prioridades locais.

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Ao proceder a análise dos resultados do instrumento de pesquisa observou-se que

o desconhecimento dos Sistemas de Informação em Saúde leva a subutilização dos dados

destes no planejamento local. Como causas da subutilização dos dados no planejamento local

não se pode perder de vista a complexidade dos SIS, apontadas por um número significativo

de entrevistados, aliada a falta de capacitação e a não institucionalização do planejamento.

De acordo com os dados levantados no instrumento de pesquisa o elevado grau de

desconhecimento sobre os Sistemas de Informação em Saúde decorrente da complexidade

destes, o desconhecimento e a dificuldade de interpretação dos dados disponíveis são fruto de

treinamentos insuficientes, falta de suporte técnico e a não institucionalização do

planejamento que levam a subutilização dos dados no planejamento local.

Conforme demonstrado na análise da pesquisa os profissionais de saúde têm

conhecimento maior sobre os Sistemas de Informação em Saúde relativos à assistência, os

remunerados pelos SUS e os epidemiológicos uma vez que os últimos causam impacto

imediato nos indicadores de saúde da população. Já os Sistemas de Informação em Saúde

relativos às vigilâncias sanitária e ambiental, além dos cadastrais e os de controle de insumos,

apesar de serem tão importantes para a gestão como os anteriores, são menos conhecidos.

Acredita-se que isso se deve ao fato de não causarem impactos aparentes e imediatos na saúde

da população.

Outro aspecto relevante é que 57% não discutem os dados dos Sistemas de

Informação em Saúde com a equipe de saúde e somente 43% das equipes acessa

esporadicamente os dados utilizando-os para avaliar as ações visando o estabelecimento e

implementação de planos, programas e projetos em saúde, isso reforça a tese de subutilização

dos dados como subsídio para o planejamento local em saúde.

Apesar do uso da tecnologia da informação para melhorar a qualidade e a

amplitude das ações na área da saúde pública ainda é necessário melhorar a qualidade das

informações e o uso efetivo destas no planejamento das ações. Algumas iniciativas precisam

ser tomadas na definição de uma política sobre a informática e a informação em saúde, como

por exemplo: a capacitação e a reciclagem periódica dos profissionais de saúde dos

municípios da área de abrangência da 10ª Regional de Saúde a fim de permitir um adequado

gerenciamento e utilização dos dados no processo de planejamento em saúde.

Esse projeto monográfico sugere uma proposta de capacitação dos trabalhadores

(área de saúde) dos municípios pesquisados em Sistemas de Informação em Saúde voltado

para a formulação de políticas, planos, programas, projetos, análise da situação e

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determinação de prioridades em saúde aliada a detecção das necessidades e da oferta de ações

e serviços.

Com isso, almeja-se a melhora da capacidade da gestão na implantação de

políticas públicas estruturantes na área da saúde.

Ressalta-se ainda, que após a realização do presente trabalho, quando ainda em

fase de conclusão, antes mesmo da apresentação para banca examinadora, os resultados

foram apresentados à equipe da Divisão de Informação e Análise da Situação da 10ª Regional

de Saúde. Depois de discutidos resultaram na construção de projetos de capacitação em

Sistemas de Informação em Saúde objetivando implementação junto aos trabalhadores de

saúde dos municípios da área de abrangência desta Regional.

Os projetos de capacitação Sistemas de Informação em Saúde foram apresentados

por esta equipe na reunião do dia 05 de dezembro de 2008 aos membros do Pólo de Educação

Permanente, composto por membros da Regional, do Controle Social e das Universidades

locais. Houve a aprovação para encaminhamento à Escola de Saúde Pública do Paraná/

Secretaria de Estado da Saúde no inicio do ano de 2009 para serem implementados ainda no

primeiro semestre.

Frente a este resultado sugere-se que o questionário aplicado para construção

deste trabalho monográfico seja aplicado como ferramenta de avaliação nas 22 Regionais de

Saúde do Estado do Paraná seguindo a análise dos resultados de acordo com este trabalho.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

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APÊNDICE A - Instrumento de pesquisa

Pesquisa sobre os Sistemas de Informações em Saúde nos municípios da área de

abrangência da 10ª Regional de Saúde

1) Cargo:..............................................................................................................

2) Formação:........................................................................................................

3) Vínculo:............................................................................................................

4) Sexo ....................................... Idade.............................................................

5) O município tem acesso a todos os sistemas de informação disponibilizados pelo

Ministério da Saúde.

( ) sim ( ) não

6) Na sua opinião, na Secretaria Municipal de Saúde, os Sistemas de Informação são

efetivamente utilizados para:

( ) digitar os dados;

( ) agrupar os dados;

( ) produzir informações;

( ) dar subsídios para o planejamento local em saúde.

7) Dos Sistemas de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde abaixo,

manifeste o seu nível de conhecimento? O preenchimento dos itens abaixo deverá

estar relacionado ao seu conhecimento e compreensão quanto aos itens relacionados.

• SIM – Sistema de Informação de Mortalidade ( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SINAN – Sistema de Informação de Agravos e Notificação

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SINASC - Sistema de Informação de Nascidos Vivos

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SIA - Sistema de Informação Ambulatorial ( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

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• SIH - Sistema de Informação Hospitalar ( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SIES - Sistema de Informação de Insumos Estratégicos

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SISFAD - Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SINAVISA - Sistema de Informação de Vigilância Sanitária

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SISAGUA – Sistema de Informações sobre a qualidade da água para consumo humano

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SISVAN - Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• CADSUS – Cadastro do SUS ( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SISPRENATAL – Sistema de Informações do Programa de Humanização do Pré-Natal, Parto e Puerpério

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• HIPERDIA – Sistema de Informação de acompanhamento do Programa de Hipertensão e Diabetes.

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• SIFAB – Sistema de Incentivo à Assistência Farmacêutica

( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

• API – Avaliação do Programa de Imunização ( ) todo ( ) um pouco ( ) desconhece

8) Os dados lançados nos Sistemas de Informação em Saúde são disponibilizados e

discutidos com a equipe municipal de saúde desde a equipe de apoio, equipes da

Unidade Básicas de Saúde e dos Programas de Saúde da Família?

( ) sim ( ) não

9) Em sendo seu entendimento de que os dados/informações não estão sendo

sistematicamente utilizados no planejamento local em saúde, quais os motivos da não

utilização. Marque com números de 1 a 13 em ordem de importância.

( ) Não sabe acessar os Sistemas de Informação;

( ) Desconhece os dados que os Sistemas de informação fornecem;

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( ) Acha que os dados alimentados não refletem a realidade;

( ) Não sabe interpretar os dados;

( ) Os sistemas de Informação são muito complexos;

( ) Faltam profissionais capacitados no município para trabalhar com os dados;

( ) Faltam equipamentos adequados;

( ) Não tem acesso à Internet;

( ) Acha que os dados não são importantes para planejar;

( ) Não há planejamento institucionalizado;

( ) As informações dos Sistemas são insuficientes para realizar planejamento local;

( ) Os treinamentos nos sistemas foram insuficientes;

( ) Falta suporte técnico nos sistemas;

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APÊNDICE B - Resultado da pesquisa sobre o nível de conhecimento acerca dos Sistemas de Informação Questão nº. 7. Dos Sistemas de Informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde

abaixo, manifeste o seu nível de conhecimento? O preenchimento dos itens abaixo deverá

estar relacionado ao seu conhecimento e compreensão quanto aos itens relacionados.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO TODO UM POUCO DESCONHECE

• SIM – Sistema de Informação de Mortalidade 25 22 02

• SINAN – Sistema de Informação de Agravos e Notificação

26 23 0

• SINASC - Sistema de Informação de Nascidos Vivos

23 25 01

• SIA - Sistema de Informação Ambulatorial 11 24 14

• SIH - Sistema de Informação Hospitalar 08 26 15

• SIES - Sistema de Informação de Insumos Estratégicos

04 14 31

• SISFAD - Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue

10 27 12

• SINAVISA - Sistema de Informação de Vigilância Sanitária

04 28 17

• SISAGUA – Sistema de Informações sobre a qualidade da água para consumo humano

06 24 19

• SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica

27 20 02

• SISVAN - Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional

20 25 04

• CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

15 26 08

• CADSUS – Cadastro do SUS 15 30 04

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• SISPRENATAL – Sistema de Informações do Programa de Humanização do Pré-Natal, Parto e Puerpério

25 22 02

• HIPERDIA – Sistema de Informação de acompanhamento do Programa de Hipertensão e Diabetes.

19 29 01

• SIFAB – Sistema de Incentivo à Assistência Farmacêutica

18 20 16

• API – Avaliação do Programa de Imunização 26 20 03

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APÊNDICE C - Resultado da pesquisa quanto às dificuldades encontradas no uso dos Sistemas de Informação Questão nº. 9. Em sendo seu entendimento de que os dados/informações não estão sendo

sistematicamente utilizados no planejamento local em saúde, quais os motivos da não

utilização. Marque com números de 1 a 13 em ordem de importância.

Não sabe acessar os Sistemas de Informação.

01 considerou ser o 1º; 03 consideraram ser o 2º; 09 entrevistados consideraram 3º; 03

entrevistados consideraram 4º; 02 entrevistados consideraram 5º; 02 entrevistados

consideraram 6º; 03 entrevistados consideraram 7º; 02 entrevistados consideraram 8º; 01

entrevistado considerou 9º; 02 entrevistados consideraram 10º; 02 entrevistados consideraram

11º; 06 entrevistados consideraram o 12º; 04 entrevistados consideraram em 13º.

Desconhece os dados que os Sistemas de informação fornecem.

02 entrevistados consideraram 1º; 02 entrevistados consideraram 2º; 01 entrevistado

considerou 3º; 06 entrevistados consideraram 4º; 3 entrevistados consideraram 5º; 05

entrevistados consideraram 6º; 04 entrevistados consideraram 7º; 03 entrevistados

consideraram 8º; 02 entrevistados consideraram 9º; 04 entrevistados consideraram 10º; 04

entrevistados consideraram 11º; 01 entrevistado considerou 12º; 03 entrevistados

consideraram 13º.

Acha que os dados alimentados não refletem a realidade.

07 entrevistados consideraram 1º; 01 entrevistado considerou 2º; 04 entrevistados

consideraram 3º; 01 entrevistado considerou 4º; 05 entrevistados consideraram 5º; 02

entrevistados consideraram 6º; 03 entrevistados consideraram 7º; 05 entrevistados

consideraram 8º; 03 entrevistados consideraram 9º; 03 entrevistados consideraram 10º; 03

entrevistados consideraram 11º; 02 entrevistados consideraram 12º; 00 entrevistado

considerou 13º.

Não sabe interpretar os dados.

02 entrevistados consideraram 1º; 04 entrevistados consideraram 2º; 00 entrevistado

considerou 3º; 01 entrevistado considerou 4º; 01 entrevistado considerou 5º; 03

entrevistados consideraram 6º; 05 entrevistados consideraram 7º; 05 entrevistados

consideraram 8º; 07 entrevistados consideraram 9º; 03 entrevistados consideraram 10º; 03

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entrevistados consideraram 11º; 05 entrevistados consideraram 12º; 01 entrevistado

considerou 13º

Os sistemas de Informação são muito complexos.

03 entrevistados consideraram 1º; 02 entrevistados consideraram 2º; 02 entrevistados

consideraram 3º; 08 entrevistados consideraram 4º; 04 entrevistados consideraram 5º; 05

entrevistados consideraram 6º; 05 entrevistados consideraram 7º; 02 entrevistados

consideraram 8º; 02 entrevistados consideraram 9º; 03 entrevistados consideraram 10º; 01

entrevistado considerou 11º; 02 entrevistados consideraram 12º; 01 entrevistado considerou

13º.

Faltam profissionais capacitados no município para trabalhar com os dados.

10 entrevistados consideraram 1º; 02 entrevistados consideraram 2º; 02 entrevistados

consideraram 3º; 02 entrevistados consideraram 4º; 05 entrevistados consideraram 5º; 05

entrevistados consideraram 6º; 02 entrevistados consideraram 7º; 05 entrevistados

consideraram 8º; 01 entrevistado considerou 9º; 03 entrevistados consideraram 10º; 00

entrevistado considerou 11º; 02 entrevistados consideraram 12º; 04 entrevistados

consideraram 13º.

Faltam equipamentos adequados.

01 entrevistado considerou 1º; 00 entrevistado considerou 2º; 02 entrevistados consideraram

3º; 02 entrevistados consideraram 4º; 04 entrevistados consideraram 5º; 03 entrevistados

consideraram 6º; 04 entrevistados consideraram 7º; 04 entrevistados consideraram 8º; 04

entrevistados consideraram 9º; 07 entrevistados consideraram 10º; 04 entrevistados

consideraram 11º; 03 entrevistados consideraram 12º; 02 entrevistados consideraram 13º.

Não tem acesso à Internet.

00 entrevistado considerou 1º; 02 entrevistados consideraram 2º; 02 entrevistados

consideraram 3º; 00 entrevistado considerou 4º; 00 entrevistado considero 5º; 01

entrevistado considerou 6º; 01 entrevistado considerou 7º; 00 entrevistado considerou 8º; 05

entrevistados consideraram 9º; 01 entrevistado considerou 10º; 08 entrevistados

consideraram 11º; 05 entrevistados consideraram 12º; 16 entrevistados consideraram 13º.

Acha que os dados não são importantes para planejar.

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00 entrevistado considerou 1º; 02 entrevistados consideraram 2º ; 01 entrevistado considerou

3º; 00 entrevistado considerou 4º; 03 entrevistados consideraram 5º; 02 entrevistados

consideraram 6º; 01 entrevistado considerou 7º; 07 entrevistados consideraram 8º; 01

entrevistado considerou 9º; 01 entrevistado considerou 10º; 03 entrevistados consideraram

11º; 07 entrevistados consideraram 12º; 12 entrevistados consideraram 13º.

Não há planejamento institucionalizado;

16 entrevistados consideraram 1º; 05 entrevistados consideraram 2º; 02 entrevistados

consideraram 3º; 02 entrevistados consideraram 4º; 02 entrevistados consideraram 5º; 04

entrevistados consideraram 6º; 04 entrevistados consideraram 7º; 00 entrevistado considerou

8º; 02 entrevistados consideraram 9º; 01 entrevistado considerou 10º; 03 entrevistados

consideraram 11º; 00 entrevistado considerou 12º; 00 entrevistado considerou 13º.

As informações dos Sistemas são insuficientes para realizar planejamento local.

01 entrevistado considerou 1º; 04 entrevistados consideraram 2º; 00 entrevistado considerou

3º; 06 entrevistados consideraram 4º; 03 entrevistados consideraram 5º; 03 entrevistados

consideraram 6º; 04 entrevistados consideraram 7º; 08 entrevistados consideraram 8º; 03

entrevistados consideraram 9º; 04 entrevistados consideraram 10º; 04 entrevistados

consideraram 11º; 00 entrevistado considerou 12º; 00 entrevistado considerou 13º

Os treinamentos nos sistemas foram insuficientes.

08 entrevistados consideraram 1º; 07 entrevistados consideraram 2º; 04 entrevistados

consideraram 3º; 03 entrevistados consideraram 4º; 04 entrevistados consideraram 5º; 02

entrevistados consideraram 6º; 02 entrevistados consideraram 7º; 00 entrevistado considerou

8º; 06 entrevistados consideraram 9º; 03 entrevistados consideraram 10º; 00 entrevistado

considerou 11º; 01 entrevistado considerou 12º; 02 entrevistados consideraram 13º.

Falta suporte técnico nos sistemas.

06 entrevistados consideraram 1º; 10 entrevistados consideraram 2º; 07 entrevistados

consideraram 3º; 04 entrevistados consideraram 4º; 02 entrevistados consideraram 5º; 03

entrevistados consideraram 6º; 03 entrevistados consideraram 7º; 01 entrevistado considerou

8º; 00 entrevistado considerou 9º; 01 entrevistado considerou 10º; 02 entrevistados

consideraram 11º; 03 entrevistados consideraram 12º; 01 entrevistado considerou 13º.