Unitins pensamento sistêmico

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EM BUSCA DA ABORDAGEM SISTÊMICA PARA ENTENDIMENTO DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS- UNITINS Geraldo da Silva Gomes Pós-doutorado em Educação, Doutor em Comunicação, docente do Curso de Sistemas de Informação da Fundação Universidade do Tocantins, membro do Grupo de Desenvolvimento de Mídias, [email protected] Silveira Aparecida Basniak SCHIER Mestre em Linguística, graduada em Letras, membro dos Grupos de Pesquisa em Língua, Discurso e Interação e de Design de Materiais Instrucionais, participante do Núcleo Interinstitucional de Estudos em Políticas Públicas Educacionais- NIEPPE (Unitins), [email protected] Fabiano Cottica Magro Mestrando em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Tocantins, Especialista em Gestão Pública pela Fundação Universidade do Tocantins, [email protected] Resumo A Fundação Universidade do Tocantins - Unitins foi criada em 1990, desde então tornou-se palco de inúmeras alterações fomentadas e implantadas pelas esferas pública, privada e público-privada no contexto latino-americano em fase de implantação maciça do modelo econômico neoliberal. Como decorrência, embates públicos foram realizados ou silenciados, alguns outros hipermidiatizados. A influência desse estado constante de instabilidade também se faz sentir na produção científico-acadêmica que traz a Unitins como objeto ou pano de fundo de cenário de pesquisa. Percepções da instituição se manifestam nesses documentos. Em face da necessidade de trazer mais abordagens, além da multirreferencial, para entendimento do fenômeno Unitins, o texto trabalha com possibilidade de abertura à abordagem ao pensamento sistêmico, levando-se em conta sua diversidade de correntes e tendências. Um estudo em realização, a longo prazo, se estabeleceu. Diante disso, primeiras tentativas de aproximação com o pensamento sistêmico são relatadas à luz da comunidade científica para contribuições e mais provocações. Palavras-chave: Educação. Universidade. Sistema. Multirreferencialidade. Complexidade Abstract The University of Tocantins - Unitins was founded in 1990. In the historical trajectory of Unitins several legal changes were caused by different logics of public sphere and the private sphere, in the Latin American context dependent of a neoliberal economic model. The discussions and demonstrations in favor or against the changes passed. Others were silenced or become objects of a hipermediatisation process. A constant image of instability is also felt in the scientific and academic studies when Unitins is an object or background to or from some research. Institutions’ perceptions manifest in these documents. In seeking to bring more approaches, beyond multireferential approach for understanding the phenomenon Unitins, the text works with the possibility of opening the Systems thinking approach with its diversity of currents and trends. The study is in progress, a long-term settled. The first approaches to Systems thinking are reported and in the light of the scientific contributions and for more teasing. Key-words; Education – University – System – Multirreferential - Complexity Introdução O texto é um relato provisório de estudo cuja gestação, a passos lentos, verifica as possibilidades das abordagens multirreferencial e sistêmica para o entendimento do fenômeno Fundação Universidade do Tocantins - Unitins nos contextos tocantinense e nacional. A instituição de ensino superior foi criada pelo governador José Wilson Siqueira Campos, em 21 de fevereiro de 1990 (Decreto Estadual nº 252), com autorização de funcionamento expressa pelo Decreto 2.021/90, de 27 de dezembro no mesmo. Contudo, o

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The University of Tocantins - Unitins was founded in 1990. In the historical trajectory of Unitins several legal changes were caused by different logics of public sphere and the private sphere, in the Latin American context dependent of a neoliberal economic model. The discussions and demonstrations in favor or against the changes passed. Others were silenced or become objects of a hipermediatisation process. A constant image of instability is also felt in the scientific and academic studies when Unitins is an object or background to or from some research. Institutions’ perceptions manifest in these documents. In seeking to bring more approaches, beyond multireferential approach for understanding the phenomenon Unitins, the text works with the possibility of opening the Systems thinking approach with its diversity of currents and trends. The study is in progress, a long-term settled. The first approaches to Systems thinking are reported and in the light of the scientific contributions

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EM BUSCA DA ABORDAGEM SISTÊMICA PARA ENTENDIMENTO DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS- UNITINS

Geraldo da Silva Gomes

Pós-doutorado em Educação, Doutor em Comunicação, docente do Curso de Sistemas de Informação da Fundação

Universidade do Tocantins, membro do Grupo de Desenvolvimento de Mídias, [email protected]

Silveira Aparecida Basniak SCHIER Mestre em Linguística, graduada em Letras, membro dos Grupos de Pesquisa em Língua, Discurso e Interação e de

Design de Materiais Instrucionais, participante do Núcleo Interinstitucional de Estudos em Políticas Públicas

Educacionais- NIEPPE (Unitins), [email protected]

Fabiano Cottica Magro

Mestrando em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Tocantins, Especialista em Gestão Pública pela

Fundação Universidade do Tocantins, [email protected] Resumo A Fundação Universidade do Tocantins - Unitins foi criada em 1990, desde então tornou-se palco de inúmeras alterações fomentadas e implantadas pelas esferas pública, privada e público-privada no contexto latino-americano em fase de implantação maciça do modelo econômico neoliberal. Como decorrência, embates públicos foram realizados ou silenciados, alguns outros hipermidiatizados. A influência desse estado constante de instabilidade também se faz sentir na produção científico-acadêmica que traz a Unitins como objeto ou pano de fundo de cenário de pesquisa. Percepções da instituição se manifestam nesses documentos. Em face da necessidade de trazer mais abordagens, além da multirreferencial, para entendimento do fenômeno Unitins, o texto trabalha com possibilidade de abertura à abordagem ao pensamento sistêmico, levando-se em conta sua diversidade de correntes e tendências. Um estudo em realização, a longo prazo, se estabeleceu. Diante disso, primeiras tentativas de aproximação com o pensamento sistêmico são relatadas à luz da comunidade científica para contribuições e mais provocações. Palavras-chave: Educação. Universidade. Sistema. Multirreferencialidade. Complexidade Abstract The University of Tocantins - Unitins was founded in 1990. In the historical trajectory of Unitins several legal changes were caused by different logics of public sphere and the private sphere, in the Latin American context dependent of a neoliberal economic model. The discussions and demonstrations in favor or against the changes passed. Others were silenced or become objects of a hipermediatisation process. A constant image of instability is also felt in the scientific and academic studies when Unitins is an object or background to or from some research. Institutions’ perceptions manifest in these documents. In seeking to bring more approaches, beyond multireferential approach for understanding the phenomenon Unitins, the text works with the possibility of opening the Systems thinking approach with its diversity of currents and trends. The study is in progress, a long-term settled. The first approaches to Systems thinking are reported and in the light of the scientific contributions and for more teasing.

Key-words; Education – University – System – Multirreferential - Complexity

Introdução O texto é um relato provisório de estudo cuja gestação, a passos lentos, verifica as possibilidades das abordagens multirreferencial e sistêmica para o entendimento do fenômeno Fundação Universidade do Tocantins - Unitins nos contextos tocantinense e nacional. A instituição de ensino superior foi criada pelo governador José Wilson Siqueira Campos, em 21 de fevereiro de 1990 (Decreto Estadual nº 252), com autorização de funcionamento expressa pelo Decreto 2.021/90, de 27 de dezembro no mesmo. Contudo, o

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que a torna um objeto de investigação para tantos pesquisadores e aprendizes das mais variadas áreas das Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas, como também pauta latente-dormente para os diversos meios massivos de comunicação regionais? Sua fluidez é extremamente radical. Essa característica de adaptabilidade em constante estruturação é resultado das intervenções constantes em sua estrutura jurídica e administrativa pelas políticas educacionais presentes nos planos dos governantes estaduais, em seus distintos momentos de atuação no cenário tocantinense e efeito das macropolíticas educacionais dos governos da Federação sob os corolários do neoliberalismo. Objetivos O estudo analisa a trajetória histórica da Unitins a partir de registros documentais impressos, audiovisuais e digitais em seus diferentes formatos, na busca das interfaces entre correntes do pensamento sistêmico e da abordagem multirreferencial. Em específico, almeja-se realizar uma aproximação teórica da trajetória da (des)construção sistêmica com a universidade e suas estruturas; refletir possibilidades de contributos advindos das vertentes do pensamento sistêmico e a estabelecer um primeiro banco de dados documentais sobre as narrativas de observadores do fenômeno Unitins. Metodologia O estudo possui uma configuração metodológica incidente sobre a mineração de dados e informações sobre as representações e justificações da organização e estruturas de instituição. A localização e organização das informações sobre essa instituição fluída é lenta, porque nem todos os registros de relevância historiográfica foram preservados, existem ainda análises a serem completadas e complementadas, bem como, outras a se iniciarem. Para sua realização, trabalha-se com matérias jornalísticas, telejornalísticas e textos opinativos da mídia impressa, televisiva e digital, dos períodos de 1990 a 2012, artigos científicos, dissertações e teses acadêmicas publicações e estudos acadêmicos (OLIVEIRA, 1994; LEAL,1995; MASCARENHAS, 1995; SILVA, 1995; OLIVEIRA, 1996; CASSIMIRO, 1996; DELLA GIUSTINA, 1997; AIRES, 1998; BRITO 2002, FREIRE, 2002; MORETZ-SOHN, 2002; SANTOS, 2003; LABANCA, 2005; ARAÚJO, 2006; MAIA, ZAINCO, 2006; GOMES, SILVA, 2006A; GOMES, SILVA, 2006B; GOMES, LIMA, CASTRO, 2006; GOMES, GUARENGHI, COELHO, 2006; GOMES, GUARENGHI, ANDREACI, 2007; GOMES, MORAES, ANDREACI, CLAUDEMIR, 2007; AIRES, 2007; PEREIRA,2007; PINTO, 2007; SOUZA, 2007; DOURADO, OLIVEIRA,2008; BOLWERK, 2008; GOMES, 2008, 2011; MAIA, 2008, 2011; ODEBRECHT, 2006; PINHO, 2004; PRETTO, PEREIRA, 2008; SCHIER, 2008; ALMEIDA, 2009; CERICATTO, 2009; LOPES, 2009; MARTINS, 2005; MELO, 2009; MENEZES, 2009; MOREIRA, 2009; PAULINO, 2009; ROCHA, 2009; SILVA, 2009A; SILVA, 2009B; SILVA, 2009C; SOUZA, 2009; TOZZI, 2009; VASCONCELLOS, 2009; BOHNEN 2011; GASPAR, 2012; LEAL, 2012), decretos, leis, pareceres e portarias emanados pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Ministério Público Federal - TO, Governo do Tocantins e da Unitins nos 12 anos já demarcados. Trabalha-se a passos lentos considerando sempre as conclusões provisórias, porque se admite o estado constante de modificação nas interpretações pelos rearranjos de cenários e atores. Após amadurecimento metodológico-teórico procurar-se-á os suportes de financiamento necessários juntos às agências de fomento disponíveis e sensíveis à temática em tela para sua efetivação em grande projeto de investigação. Optou-se por apenas sinalizar as fontes documentais audiovisuais, impressas, digitais bem como dos atos normativos e de suas narrativas legais em utilização neste estudo. Caso ocorresse, com os pormenores técnicos bibliográficos exigidos, em muito o texto ultrapassaria o número limite de páginas exigidas. Os registros tratam desde a criação da Unitins e suas reestruturações, transformações, extinção, recriação e os vários momentos de crise espelhados tanto na legislação em mudança quanto nas gramáticas de produção e de reconhecimento de sentidos presentes na mídia nacional-regional.

Resultados e reflexão O grupo de trabalho atém-se como ponto de saída sobre algumas considerações René Descartes (1596-1650), o filósofo, que entre outras contribuições, para busca a razão realça a dúvida, o levantamento das evidências, a seleção e a organização das partes para análise, de modo que informação alguma escape ao para se chegar à compreensão do todo. Os sentidos poderiam ser enganosos. Também o grupo aprendeu que trabalhar somente com o duvidar racionalizado arrisca-se a cair em outra doutrinação. Doutrinas racionalistas e idealistas auxiliaram a impulsionar posicionamentos, que sistematizados, estabeleceram-se em outras doutrinas que intencionalmente procuraram representar e justificar o mundo, a

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sociedade e os seres humanos. Uma delas arraigou-se firmemente desde o final do século XIX, continuando pelo século XX, e presente até os dias atuais: o positivismo de Auguste Comte (1798-1857) e suas derivações ou desmembramentos autônomos como o formalismo normativista, neopositivismo lógico, positivismo jurídico, neopositivismo jurídico. É importante duvidar dessa dúvida racionalizada e aprender como aprender a realização de outros caminhos para a produção do conhecimento, que venha a superar-conservar as tradições e saberes, mas sem absolutismo teórico-metodológico, recriando-se num estado mais latente de abertura ao mundo e assumindo todas as possibilidades de entendimento existente na relação todo-partes e unidade-diversidade, de forma a manejar-se nessas circularidades produtivas mútuas (MORIN, 1977). Tudo que nos aparece tem vários ângulos de observação para comprovar o que é de fato. Quem observa necessita aprender como a observar por entre variáveis, (in)consistências, espaços aberto-fechados e brechas infinitesimais. O pensamento sistêmico e a reflexão epistemológica sistêmica, assim como a abordagem multirreferencial, evidenciam essa possibilidade de buscar o entendimento sobre um fenômeno social, como a Unitins, sua identidade organizacional, características materializadas de sua estruturas e modelagens estabelecidas nos diferentes momentos e contextos históricos – e das formas de ser narrada, (de)marcada, (pré)conceituada por pesquisadores-professores e demais profissionais. Alguns acercamentos sobre multirreferencialidade são assumidos como anteparo ao estudo como os apresentados no quadro 1, antes de uma maior imersão em posicionamentos advindos do pensamento sistêmico. Quadro 1 – Matrizes para entendimento da multirreferencialidade Para Ardoino (1993)

É uma perspectiva de apreensão da realidade por meio da observação, da investigação, da escuta, do entendimento, da descrição, por óticas e sistemas de referência diferentes. (Nesse posicionamento, Ardoino defendeu, em 1993, no texto Aproximação multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas / L’approche multiréférentielle (plurielle) des situations éducatives et formatives.

Para Barbier (1992)

“Ela se subdivide em duas: a multirreferencialidade interna e a multirreferencialidade externa. A primeira é portadora dos sentidos que os sujeitos dão significações, sensações, opções às referências que constroem para suas vidas. A segunda é externa, isto é, pois é composta pela rede de referências teóricas simbólicas estabelecidas pelos sistemas de criação de concepções das comunidades científicas e visões filosóficas.” (BARBIER apud FROÉS-BURNHAM, 1993, p. 37)

Para Berger (apud BARBIER, 1992, p. 38)

“A multirreferencialidade parte da ideia de que o objeto é efetivamente suscetível de tratamentos múltiplos, em função não só de suas características, mas também dos modos de interrogação dos atores e que esta multiplicidade é radical. Cada abordagem, cada referente é como se fosse o limite do outro [...]. Há diversos campos de referência possíveis, nenhum esgota o objeto, nenhum pode, sobretudo, ser reduzido a outro, ou nenhum pode ser explicativo do outro campo.” (BERGER apud BARBIER, 1992a, p. 38). A tradução para língua portuguesa dessa citação encontra-se em Fróes-Burnham (1993, p. 8).

Fonte: Gomes e Aires (2013, p. 23) A multirreferencialidade, a grande variedade de abordagens, modelagens teóricas e aplicações aderentes do pensamento sistêmico e os enfoques dos Science Studies ingleses trazem em comum a estupefação de seus primeiros representantes “sistematizadores” (aprende-se a ter cuidado com os termos sistema, sistematização, sistêmico, sistematizar...) um mundo em mudança no século XX. Os pontos de partida de grande parte dos representantes dessas abordagens trazem pontos em comum relacionados com as transformações decorrentes da expansiva onda do ideário da revolução industrial, das fusão e diluição de territórios e nações ou por pactos-convenções ou guerras, do estado crescente de miserabilidade dos povos das ainda colônias e países pobres. Em momentos e contextos cronológicos específicos, iniciaram processos de questionamento sobre o sentido da ciência e das concepções de mundo e sociedade. Em muito seus porta-vozes se aproximam pela recusa ao universalismo e ao mecanicismo determinista como únicas formas de explicação do mundo e a produção do conhecimento, também se distanciam por idiossincrasias de seus campos de atuação e territórios científicos, pelos seus contextos históricos e culturais. Os enfoques dos estudos franceses tanto para a multirreferencialidade quanto para outras abordagens variam interna e externamente no país, ao se ter pela frente ingleses e estadunidenses com outras tendências, acirram-se debates, rupturas ocorrem, o movimento do pensar-refletir continua sua rota e continuam a ser forjados pelos seus representantes latino-americanos acrescentando mais contribuições (FRÓES BURNHAM, 1993; 1998).

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Ao realizar um breve exercício de revisão da literatura sobre o pensamento sistêmico também se percebeu com nitidez o estado constante de diferentes angulações e posicionamentos de seus pares estadunidenses, canadenses, ingleses tendo ainda austríacos e alemães naturalizados dos períodos intra e pós-2ª. Guerra Mundial (ACKOFF, 1969; ASHBY, 1970; BERTALANFFY, 1976; CAPRA, 1996; CHECKLAND, 1981; FORRESTER, 1989; GLEICK, 1990; JACKSON 1993; LAZLO, 1996; LEWIN, 1994; MARUYAMA, 1963; WIENER, 1970). O quadro tendeu a ficar dialeticamente mais rico mais com as reflexões agregadas de pensadores como do francês Edgar Morin (1977;1992) desde a década de 1960 e da aproximação e desenvolvimento de pesquisadores latino-americanos entre compartilhamentos e cisões, com H. J. Maturana e Varela (1996; 1997), além da expansão das reflexões e pesquisas dos grupos formados pelas novas gerações de continuadores do pensamento sistêmico sob outras perspectivas, mas mantendo vínculos com sua respectiva tendência ou corrente inicial. Lidar com abordagens diferenciadas para a investigação de um fenômeno ou aproximação mais rigorosa com o objeto requer a considerar relevantemente o contexto histórico, espaço demarcado geograficamente, modo de produção econômica e respectivo estágio de desenvolvimento, grupos e ou comunidades de interlocução, posicionamentos políticos, éticos, ideológicos e filosóficos. Além disso, deve-se sempre levar em conta a presença da tecnologia e dos processos de midiatização na oferta de sentidos sociocomportamentais para os indivíduos e sociedades. Fala-se muito no entrelaçamento interdisciplinar e multidisciplinar para desenvolver os estudos, contudo, de ambas acaba-se tendo uma compreensão vaga. Os termos não são autoexplicativos, exigem uma cartografia para sua compreensão. Nisso utiliza-se a contribuição dos trabalhos de Pombo (1994) com as tipologias levantadas, e a partir delas, o estudo em questão vai se construindo-estabelecendo inicialmente pela aprendizagem do exercício interdisciplinar compósito. Quadro 2 – Tipologias da interdisciplinaridade na ótica de Pombo (1994)

Tipologia Definição aproximada Matriz teórica Auxiliar Uma disciplina utiliza métodos de outra. Heckhausen (1972)

Compósita A partir de problemas e da busca de soluções técnicas, as disciplinas se interagem.

Heckhausen (1972)

Complementar Relação de várias disciplinas que tratam do mesmo assunto.

Heckhausen (1972)

Estrutural Disciplinas que interagem e criam novo corpus de novas leis, não é somente associação.

Boisot (1974)

De engrenagem Os objetos de uma disciplina são oriundos das relações entre os objetos de outra disciplina.

Palmade (1979)

Linear Transferência de uma lei de uma disciplina a outra, por processo de extensão.

Boisot (1974)

Restritiva Cada disciplina atua como restritiva das demais ao impor-lhe fins técnicos, econômicos e humanos.

Boisot (1974)

Unificador Coerência e coesão dos domínios de estudo das disciplinas, possibilitando vislumbre integrador teórico e metodológico.

Heckhausen (1972)

Fonte: Otsuka (2010) A partir da perspectiva multirreferencial sobre os materiais coletados foram observadas algumas narrativas textuais acadêmicas que, sob determinados contributos do exercício de ouvir-olhar psicanalítico evocam a Unitins como um organismo vivo e pulsante. Esse organismo marcou e ou marca tanto aqueles que por ele passaram profissionalmente como aqueles outros que chegaram a região tocantinense para trabalhar nas demais instituições de ensino superior. A instituição, próxima a essa ideia de organismo vivo, é destacada com forte presença negativa ou positiva. Os textos acadêmicos, pela abordagem multirreferencial ao se detectar um viés psicanalítico e antropológico, carregam marcas de rituais de passagem - de superação do vínculo materno para a chegada da vida adulta, de liberação de si mesmos -, ou de intentos de estabelecer uma identidade com representação e justificação para esse ser num eterno estado de vir a ser. Despoja-se, escuta-se e aprende-se mais. Muitos dos trabalhos realizados e até mesmo as matérias jornalísticas deixam entrever que as pessoas esperavam o delineamento de uma identidade institucional matriz para a Unitins. E isso não ocorreu. A instituição deveria espelhar um espaço, e por que não um organismo-nicho acolhedor e protetor.

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Algumas notícias, análises de fatos e aprofundamentos teóricos trabalhados possibilitam recordar reflexões de Corso e Corso (2006) para além da fábula do “Patinho Feio”. A instituição fluída não garante lastro afetivo nem profissional. Existe insegurança no sentimento de pertencimento e na efetiva realização profissional. Sempre se faz presente uma sensação de ser um ovo num ninho errado ou de ter vindo de um ovo errado, ou ainda pior, de ser originário de um ovo errado a viver num ninho errado, o exemplo é encontrado em escritos posteriores daqueles que nela trabalharam, pois não deixam entrever seus pontos de suporte de formação de origem, como em recente publicação que traz participações de colegas ainda na ativa na instituição e os organizadores inconscientemente omitem em suas biografias o antigo ninho (GONÇALVES; MARTINS; BOLWERK, 2012). Em alguns documentos, a criação da Universidade Federal do Tocantins - UFT veio a contribuir para a formação de um laço profissional e afetivo dos professores institucionalmente. A UFT, embora não sendo objeto deste estudo, espelha para aqueles docentes que anteriormente pertenciam à Unitins e, agora, fazem parte de seu nicho, uma segurança de pelo menos ser um ovo no ninho certo, mas a relação com a matriz anterior por ter sido traumatizante - pouco resolvida sistemicamente (aqui se assume a necessidade do aprofundamento maior nas vertentes do pensamento sistêmico...) continuada, inclusive, sendo perpassada para a nova safra de profissionais concursados. Nos profissionais “neochegantes” e até mesmo aqueles que tiveram sua formação inicial nas IES regionais, prevalece a matriz discursiva sobre o falar daquela “mãe” Unitins que rejeitou a cria, de ser o ninho errado, mesmo que eles ainda não saibam de qual ovo vieram, abrem asas, afiam unhas e cerram bicos para qualquer e possível contato com o organismo estranho. Alguns registros trazem evidenciam traços da relação mãe que recusa e um pai “castrador”, sem se darem conta disso, como na rica crítica das políticas públicas para o ensino superior advindas do Governo Federal adaptadas pelo modelo político regional presente no artigo de Souza e Silva (2007). Para os que ficaram na matriz ou a ela se acoplaram em tempos recentes, está sedimentada a sensação de estranhamento ao lugar (topos) que não é lugar (atopos) e que tem todas as potencialidades para ser um bom lugar (eutopos) permanente. Ao trazer termos-conceitos da filosofia - em parte pela provocação realizada por Chauí (2010) - e confrontando-os com características da Unitins que subjazem nos registros documentais, após leitura geral explanatória, mas que ainda não foram demarcadas, tem-se um quadro inicial que permite verificar a existência de várias universidades dentro de uma mesma universidade. Os termos filosóficos escolhidos foram utopia, eutopia, atopia, distopia e antiutopia, tendo-se em vista a necessidade de visualizar a instituição e sua possível identidade enquanto presença espaço-temporal. Quadro 3: A Unitins e suas possíveis universidades Termo Das ideias suscitadas Utopia U (sem) + topos (lugar) = lugar (base etimológica grega) inexistente que deixa entrever a possibilidade de seu acontecer.

Das esperanças trazidas nos discursos de criação da Unitins nos tempos de implantação do estado do Tocantins (1990): inauguração de modelo de seleção de alunos por notas e desempenho via histórico escolar. Plano de desenvolvimento abrangente para toda a unidade federativa com campos de extensão (Arraias, Guaraí e Tocantinópolis). Dos discursos sobre acesso e permanência dos alunos no ensino superior em todo o cenário nacional por meio da oferta de cursos na modalidade a distância. Retomada da Instituição em 2010: após crise (também composta pelo descrendenciamento em 2009), a utopia se reacende com possibilidade de estruturação de uma política de estado de ensino superior, da aprovação na Assembleia Legislativa Estadual da Lei de criação do Plano de Empregos, Carreiras e Salários Cargos e Salários, criação da universidade estadual e concurso público para docentes.

Eutopia Eu (bom) + topos (lugar) = lugar feliz, gerador de bem estar, fruto do otimismo (base etimológica grega).

A Unitins como mediadora dos processos de desenvolvimento e progresso para o estado do Tocantins é fortemente citada com tal vocação nos documentos acadêmicos e atos legais de sua criação (1990), da primeira reformulação de sua estrutura (1991) e dos processos de transformação subsequentes até o presente atual. Acoplamento de partes das faculdades isoladas no Tocantins e criação de centros, posteriormente, campi universitários. A Unitins teve 10 campi universitários com cursos de graduação e de especialização, contribuindo na formação e aperfeiçoamento de mais de profissionais de mais de 8 mil alunos até o 2000. Nos anos 2004 a 2008: do credenciamento para a oferta de curso Normal Superior na modalidade EaD pelo Ministério da Educação a julho de 2008, período de ratificação da existência da instituição pela opção do uso de tecnologias da informação e comunicação nos processos educativos, na expansão dos cursos, na

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política de criação de mestrados e doutorados, na efetivação de convênios para formação continuada dos docentes com programas de pós-graduação stricto sensu (via mestrados e doutorados interinstitucionais), nos processos concorridos de seleção para docentes pela oferta de remuneração diferenciada no mercado de trabalho tocantinense e pelo acoplamento a um ideário de uma instituição direcionada para trabalhar com a gestão social, pesquisa agropecuária e formação de professores.

Atopia A (não) + topos (lugar) = um não lugar mesmo que inexistência seja assumida em nossa mente, ele aponta discursivamente para o saber desconfortável de que algo poderia estar.

Unitins, um “não lugar”, cujo sistema multicampi ao propor a anexação das faculdades isoladas trouxe o apagamento da história do ensino superior existente no norte-goiano ofertado pelas faculdades isoladas de Araguaína e Porto Nacional. Esse sistema multicampi que propunha o desenvolvimento das vocações de cada macrorregião tocantinense foi considerado como positivo pela sociedade regional (por meio de consultas públicas), cada município com condições de infraestrutura almejava ser sede de um campus universitário. Mas o multicampi era um lugar discursivo das reitorias diferente dos discursos e práticas de cada campus, que se autoassumia como topos único, material e referência acadêmico-científico local. Unitins como não lugar: embora o discurso mítico-romântico “da universidade como palco da democracia” fosse reproduzido pelos pares, no campo da política a Unitins era um não lugar universitário e sim um lugar para o não exercício da democracia tendo como exemplo: a cada mudança de gestão dos governos estaduais (em períodos pós-eleitorais), ou ocorriam interferências diretas ou indiretas na Unitins ou ela era deixada à parte, como um lugar possível de ser rearticulado para alguma estratégia política necessária.

Distopia Dys (mau) + topos (lugar)= lugar indesejável, apocalíptico, cujo o mal se faz presente nos desastres naturais, na violência e aniquilamento de toda espécie de vida, lugar de constante médio e ausência alguma de esperança. ((base etimológica grega)

Lugar de desrespeito à história do ensino superior no Tocantins: a interdição velada dos professores das faculdades isoladas (legalmente funcionários públicos tocantinenses mas colocados na categoria de remanescentes de Goiás) em realizar o concurso público de provas e título para docentes em 1990 para a então criada universidade estadual. Lugar de incertezas e de atos de violência simbólica: exemplificado pelas mudanças na estrutura organizacional e jurídica da Instituição (fundação pública de direito público�autarquia� fundação pública de direito privado), de forma verticalizada, sem levar em conta as comunidades dos docentes e discentes. Lugar de abandono e para esquecimento: a partir da criação da Universidade Federal do Tocantins e da oferta de concurso público para técnicos e docentes, todos aqueles docentes que viviam sob as incertezas advindas de contratos especiais de trabalho se dissiparam ao se integrarem aos quadros efetivos da IFES. As lembranças da insegurança do vínculo empregatício e da Unitins deveriam ser apagadas ou guardadas em algum canto escondido da memória. Lugar de morte institucional: o descredenciamento da Unitins para oferta de cursos superiores a distância pelo Ministério da Educação (MEC), no ano de 2009, devido ao processo de expansão sem regulação e pela perda de identidade institucional ao deixar-se assumir por lógicas e práticas da esfera privada destoantes de uma instituição de ensino superior pública.

Antiutopia Anti (contra) + topos (lugar): posição contrária a utopia consensual existente nos discursos e imaginários coletivos

Lugar de incerteza: embora a IES tenha readquirido credenciamento para oferta de ensino a distância pelo Sistema UAB-Capes, implantado cursos presenciais e campus universitário em reta final de construção, com possibilidade de referenciar-se como instituição de pesquisa de ciências agrárias e da terra, a dúvida e a incerteza perduram como características de antiutopia para com a Unitins. A antiutopia é contrária aos discursos ideológicos utópicos criados ao longo do tempo e aos momentos eutópicos da Unitins.

Fonte: Elaborado por Geraldo da Silva Gomes No texto de Pretto e Pereira (2008, p.663), algumas considerações são delineadas e reforçam essa ideia de várias universidades dentro de uma universidade:

Em escrituras textuais tradicionais, a noção de passado-presente-futuro baseia-se, muitas vezes, na longevidade numérico-cronológica, com uma extensionalidade marcada no tempo e espaço. Na Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS), todavia, o tempo e o espaço parecem estar revestidos de não-longevidades; o passado é assumido como um passado-passado numa extensão de cinco anos e o presente pode ter esse passado formando um contínuo breve. A UNITINS possui

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essa distensão temporal e espacial, característica esta que a inclusão das tecnologias de informação e comunicação em seus cursos de graduação parece ter salientado ainda mais. Desde 1990, ano de sua criação, muitos conflitos e dilemas demarcaram a UNITINS como instituição de ensino superior. Além das situações advindas das esferas econômica, política e cultural, a incorporação, em seus cursos de graduação, em meados do ano 2000, de interfaces das tecnologias da informação e comunicação e a transferência de todos os seus cursos regulares de graduação para a Universidade Federal do Tocantins, em 2003, resultaram em sua completa reestruturação.

Os autores supracitados complementam com a noção de acronia ou intercronia o que se está percebendo neste estudo sobre o espaço e seus horizontes da Unitins. A instituição vive tempos dentro de um tempo, que por vezes é “a-cronológico”. Pelo fato de sua história ser demarcada politicamente, numa das citações de trabalho acadêmico de Martins1 (2011), exemplo de olhar do pesquisador que utiliza da consideração documental de uma instituição-célula para expor em palavras seu desejo de superação da célula mãe:

Um aspecto que dificulta expandir e a potencializar a UFT sob uma perspectiva de desenvolvimento sustentável no estado é a ausência de uma universidade estadual enquanto uma instituição pública, gratuita e de qualidade para efetivar uma articulação institucional consequente no enfrentamento dos graves problemas sociais e econômicos na região. A proposta de uma fundação universitária estadual de direito público sempre enfrentou a resistência de setores conservadores privatistas no bojo de práticas políticas oligárquicas e, consequentemente, o desenvolvimento de uma dinâmica plural da comunidade acadêmica, científica e tecnológica se inviabiliza no estado.

Ao considerar a instituição como algo distópico e atópico, subssumidamente, de acordo com seu olhar de observador-analista, ele se utiliza da argumentação oficial da célula-filha que, em sua declaração de maioridade institucional, via Projeto Pedagógico-Institucional (2007, p. 6) expõe a “ferida” da célula-mãe.

A Unitins [Fundação Universidade do Tocantins] foi inicialmente organizada na forma de uma Fundação de direito público, uma instituição pública subsidiada pelo Estado e permaneceu com esse regime jurídico até aproximadamente o ano de 1992, quando sofreu sua primeira reestruturação,sendo transformada numa autarquia do sistema estadual. A partir do ano de 1996, foi iniciada uma nova reestruturação com a aprovação da Lei 872/96, de 13 de novembro de 1996, que determinou o processo de extinção da forma autárquica e indicou sua posterior transformação para o regime de uma Fundação de direito privado. Essa transformação foi efetivada com a sansão da Lei nº. 1.126/00, de 01 de fevereiro de 2000. Nesse momento, essa universidade passou por novas mudanças que implicaram num processo de privatização da única universidade pública do Estado do Tocantins. Novas medidas legais ajudaram a evidenciar os rumos e contornos que a Unitins foi assumindo. Nas mudanças implementadas, o Estado começou a distanciar-se de suas obrigações como gestor, propondo a assinatura de contratos de gestão com a iniciativa privada, pública e órgãos não-governamentais e implementando o pagamento de mensalidades pelos alunos (UFT apud Martins, 2011, p.195-196)

As formas discursivas utilizadas nas três últimas citações apresentam posicionamentos ideológicos, como almejam produzir sentidos para o que ocorreu ou está em ocorrência no espaço-tempo das relações sociais. Cada um deles pretende ser discurso único e possível sobre o objeto, a Unitins, demonstrando o desejo de poder absoluto para com o real. Assume-se que todo discurso é ideológico com suas gramáticas de produção e de reconhecimento (VÉRON, 1980,1996; MALDONADO, 2001). Ao assim ser e possuir dinâmicas de emissão e recepção, o seu conteúdo traz uma visão de mundo e modus operandi para a sociedade. Operações de entradas e saídas ocorrem. Em Pretto e Pereira (2008), como desdobramento sintetizado de Pereira (2008), essa carga de entrada intencionalmente ideológica produz um efeito de reconhecimento de maior propriedade sobre o falar a partir de uma perspectiva vivenciada junto ao objeto; já em Martins (2011) se faz presente uma gramática de produção discursiva não

1 Reproduziu-se, como de praxe e respeito, o texto digitado pelo autor de acordo com suas opções gramaticais e

ortográficas

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tão próxima do objeto, necessita de um segundo input para garantir a sustentação de seu discurso ideológico – a citação documental que tem também outro feixe de intencionalidades discursivo-ideológicas. Ambos os extratos trazem embutidos uma proposta de utopia. Em Pereira (2008) a gramática de produção de sentidos traz a narrativa intencionalmente para se criar o esquecimento motivado necessário para superação da opressão e da angústia que o ninho antigo proporcionou. Em Martins (2011), outros mecanismos de projeção se manifestam sobre o ninho no qual nunca viveu, a necessidade de um vínculo materno projeta-se na célula-filha como salvadora. Nisso, a Unitins é reforçada como modelo antiutópico e distópico, cujo caráter utópico a UFT conseguiu estabelecer como o novo lócus de utopia (PRETTO; PEREIRA, 2008). As gramáticas de produção de sentidos dos Outros auxilia tanto a sociedade envolvente à Unitins, bem como a si mesma, no estabelecimento de gramáticas de reconhecimento da utopia de uma universidade vir a acontecer de fato. Também nesse jogo dialético é importante salientar que um projeto utópico também corre o risco de se tornar sistema de crença, impossibilitando a ebulição de propostas de alternativas para movimentos de superação (SARGENTE, 2008). O doutrinário apaga a objetividade e corrói a criatividade. Aos poucos vai se incluindo sinalizações de vertentes do pensamento sistêmico. Conhecem-se as resistências expressas textualmente por pares acadêmicos frente ao pensamento sistêmico, sobretudo num momento histórico em que se vive sob as intempéries da política globalista neoliberal e os grandes estragos realizados na dimensão educacional. É imprescindível leituras exploratórias sobre os posicionamentos de Loureiro (2005) e demarcatória do termo sistema, anti-sistemas e teoria dos sistemas trabalhados por Sander (1993, p.341). Este último intenta trabalhar uma gênese do termo:

Ao longo da história republicana da educação nacional o termo sistema foi indiscriminadamente utilizado como sistema de instrução pública, sistema de avaliação do ensino, sistema pedagógico, sistema de controle, sistema universitário, sistema de ensino, sistema de educação e sistema escolar. Os diferentes significados atribuídos ao termo em seus variados empregos indiscriminados revela uma evidente falta de sistematização a respeito de seu uso no Brasil.

O pensamento sistêmico, enquanto abordagem, o autor não faz menciona alguma em seu texto, contudo desde um lugar de fala específico, o campo educacional realizou uma aproximação com a teoria dos sistemas, de forma didática para aqueles que almejam iniciar suas reflexões da matéria:

O elemento básico da teoria dos sistemas é o de totalidade ou globalidade, que surgiu como categoria lógica na filosofia hegeliana, firmou-se como categoria analítica entre sociólogos neomarxistas da Europa e operacionalizou-se como instrumento tecnológico nos Estados Unidos da América através de diferentes modelos ou enfoques de sistema. O modelo mecânico de sistemas é produto das ciências exatas. O modelo orgânico é originário das ciências naturais. O modelo adaptativo é uma construção das ciências sociais. Ao caráter de totalidade associa-se o de multidimensionalidade ao invés do de unidimensionalidade, o de interdependência dos fenômenos ao invés do de dependência ou independência. A perspectiva multidimensional associada à interdependência faz um chamamento à interdisciplinaridade. (SANDER, p. 335)

Também elabora uma série de questionamentos em seu texto que produzem um efeito de desconfiança em relação à teoria dos sistemas a quem possa se interessar numa aproximação epistemológica com o pensamento sistêmico. Sander (1993, p.336) busca responder às questões que levanta, contudo na gramática do reconhecimento, o efeito de interrogação se estabelece:

O questionamento do valor e da própria originalidade da teoria dos sistemas é uma constante da crítica moderna. Seria uma nova construção teórica? Uma teoria ou um instrumento analítico? Uma ciência ou um estado de espírito? Uma solução científica ou uma falácia acadêmica? Por outro lado, qual seria a lógica da utilização da teoria dos sistemas nas ciências sociais, em particular na pedagogia e na administração da educação? Até que ponto a lógica mecanomórfica e organomórfica subjacente à teoria dos sistemas seria capaz de equacionar os temas do conflito e da mudança que caracterizam a educação e a sociedade em geral?

Além da busca de respostas às dúvidas suscitadas e para melhor delinear uma forma de aproximação ao pensamento sistêmico, realizaram-se leituras dos pensadores-cientistas catalisadores bem como seus

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comentadores mais próximos. Da mesma maneira, buscou-se no estado da arte sobre o pensamento sistêmico no Brasil, aqueles pesquisadores que aportassem com clareza didática às respostas aos questionamentos, por meio de seus acercamentos teóricos e aplicações. Em Vasconcellos, Maria José (2005b, p. 4-5):

Considero o pensamento sistêmico como uma nova visão, um novo conjunto de pressupostos, um novo paradigma para nossas ações no mundo e tomo como equivalentes os conceitos de paradigma, pressuposto epistemológico, premissa, visão de mundo. Tem sido frequente as pessoas darem pouca atenção à distinção – que considero fundamental – entre teoria sistêmica e epistemologia sistêmica. O que estou abordando aqui [...] é o pensamento, o paradigma ou a epistemologia sistêmica, correspondendo a uma mudança de paradigma da ciência. (p.4) O que distingo hoje como pensamento sistêmico, ou como paradigma da ciência contemporânea emergente, é esse conjunto de três novos pressupostos assumidos pelo cientista, quando ele faz a ultrapassagem de três pressupostos epistemológicos constituintes da ciência tradicional. Ultrapassando os pressupostos da ciência tradicional – as crenças na simplicidade do microscópico, na estabilidade do mundo e na objetividade e realismo do universo – o cientista assume três novos pressupostos: - a crença na complexidade em todos os níveis da natureza, - a crença na instabilidade do mundo em processo de tornar-se, - a crença na intersubjetividade como condição de construção do conhecimento do mundo.

Vasconcellos (2005a, 2005b) também sinaliza para a importância doa condição do observador e do exercício de mudança ou revisão de conhecimento construído, mas com a atenção e responsabilidade para não se caía na retórica discursivo-textual prenhe de termos “engajados” mas esvaziados de significado quando confrontados com os contextos de mundo e das pessoas que vêem e vivem nesse mundo. Ao buscar a Unitins para essa perspectiva sistêmica e no aprender a trilhar um caminho epistemológico sistêmico, foi necessário a elaboração do quadro 4. No quadro 4 realizou-se um pré-exercício de encontrar elementos que fazem parte de um todo, que por sua vez é faz parte de outro todo. O quadro traz a pretensão de ser pré-sistêmico. Nele surgem questões que foram trabalhadas teoricamente por cientistas-professores das diferentes correntes do pensamento sistêmico. A primeira constatação é a possibilidade de visualizar o conjunto (parte/todo, uno/diverso) dentro da esfera da complexidade, da mesma maneira ao se relacionar os fatos-leis e leis-fatos com lacunas de narrativas de sujeitos pesquisadores defronta-se com a instabilidade da instituição-organização em um mundo também constantemente instável e mutante. O que os textos dos observadores (dissertações e teses) estabelecem como interpretação do objeto Unitins, direta ou indiretamente presente. Algumas sinalizações se encontram nos quadros 3 e 4. O estudo está em sua primeira etapa, a ela acrescentam-se questões sobre como a Unitins é percebida em contextos de instabilidade e pelo instigante conjunto de princípios relativo às relações do sistema com a soma das partes (MORIN 1977). Que todo é ou pode vir a ser a Unitins ao se buscar respostas para questões: a Unitins é todo de si mesma? As partes são maiores que a Unitins ou a desconhecem, ignoram ou mascaram em seus textos sob efeito de diversos contextos conflitantes? A Unitins é suficiente, é incerta, é conflitiva? Espera-se, que no prisma do pensamento sistêmico algumas dessas respostas possam ser respondidas para se chegar a uma universidade eutópica. Quadro 4: Matriz pré-sistêmica provisória das dissertações/teses, legislação e mídia relacionados à Unitins no período de 1989-2012.

Ano Decretos, leis, relatórios e demais documentações regulatórias

Parte de relatos da mídia sobre a Unitins (incompletos)

Dissertações e teses com temática direta ou indireta relacionada à Unitins defendidas por docentes ainda em atividade na IES e de outras instituições

1989a

Governo Tocantins: Lei n.º 136, de 21 de fev de 1990 - criação

Criação, implantação, novidades, apoios e

Dissertações:

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1996 da Fundação Universidade do Tocantins; Decreto n.° 252, de 21 de fevereiro de 1990 - criação da Universidade do Tocantins; Decreto n.º 2.044, de 8 de janeiro de 1991– autorização de concurso para o quadro docente da Unitins; Lei n.º 326, de 24 de out de 1991- Reestruturação da Universidade do Tocantins; Pré-projeto de organização de um Sistema Integrado de Educação, Ciência e Tecnologia e Reorganização da Universidade do Tocantins (1991); Lei n.º 872,de 13 de novembro de 1996: processo de extinção da autarquia da Universidade do Tocantins; Lei n.º 873, de 25 de novembro de 1996 – a Unitins se torna fundação de direito privado, para a implantação da Universidade Autônoma do Tocantins; Lei n.º 874, de 6 de dezembro de 1996 – alterou a Lei n.º 873 – para promoção da Fundação Universidade do Tocantins.

resistências à Unitins: Correio do Norte (15 a 21 de outubro de 1989); A Voz Tocantinense (1991, ed. 4); Jornal do Tocantins (matérias das edições: 12 a 18 de dezembro de 1989; 12 a 18 de março e 27 a 5 de março de 1990; 19 a 21 de março, 27 de agosto, 22 a 24 de outubro de 1991; 23 a 24 de outubro, 10 a 12 de novembro, 22 a 23 de novembro de 1996).

1994: OLIVEIRA, J. F. Liberalismo, educação e vestibular: movimentos e tendências para o ingresso no ensino superior no Brasil a partir de 1990. 1995: LEAL, W. P. As políticas de habilitação de professores leigos no estado do Tocantins. MASCARENHAS, O. M. G. O Ensino Superior e o discurso da Modernidade: A experiência de implantação da Universidade do Tocantins.. 1996: OLIVEIRA, J. M. M. de. Estudo de possibilidades de democratização do acesso ao ensino duperior: o caso da Unitins.

1997 a

2000

Governo Tocantins: Lei n.º 896, de 28 de fevereiro de 1997- reconhecimento como de Utilidade Pública a Fundação Universidade do Tocantins; Lei n.º 1.042, de 26 de janeiro de 1999 - transformação da autarquia Universidade do Tocantins e de instituição e consolidação da Fundação Universidade do Tocantins; Unitins: Relatório de Gestão 1999; publicação de DELLA GIUSTINA (1997) no Caderno Unitins;

Jornal do Tocantins (3 de setembro de 1999; 15 de abril de 2000)

Dissertações: 1998: AIRES, M. L. F. G. A formação de professores para o ensino fundamental e médio na Universidade do Tocantins: uma avaliação preliminar do período 1988-1996.

2001 a

2005

Governo Tocantins:Lei n.º 1.126, de 01 de fevereiro de 2000 - reestruturação da Fundação Universidade do Tocantins; Lei n.º 1.127, de 10 de fevereiro de 2000 - nova denominação para Universidade do Tocantins – UNITINS, autarquia estadual, e adota outras providências; Lei n.º 1.160, de 19 de junho de 2000 - reestruturação da Fundação Universidade do Tocantins; Decreto n.º 1.672, de 27 de dezembro de 2002 - dispõe sobre a Fundação Universidade do Tocantins; Decreto n.º 1.861, de 22 de setembro de 2003 -

Revista Impressa: Revista Caros Amigos: “Greve de Fome em protesto pela UNITINS” (2002), “A Unitins: no centro das desatenções” (2002).

Dissertações: 2002: MAIA, M. Z. B.. Poder político, universidade pública e o movimento docente no Tocantins: entre a realidade e o sonho. MORETZ-SOHN, M. C. D’Almeida. A estruturação da educação superior no Tocantins: caminhos e descaminhos da Unitins. 2003: SANTOS, N. S. dos S. Caminhos pedregosos: a tentativa de organização do Movimento Estudantil no Tocantins na década de 1990 (1988/1999). 2005:

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recredencia a Fundação Universidade do Tocantins – Unitins. Governo Federal: BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC). Parecer n.º CNE/CES 140/2004 - credenciamento da Universidade do Tocantins para oferta de cursos de graduação à distância e autorização para oferta do Curso Normal Superior – licenciatura Para Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Unitins: Propostas Curriculares dos Cursos de Graduação (2002).

LABANCA, M. R. C. P. Avaliação da aprendizagem no ensino a distância: um wstudo de xaso para os cursos na modalidade telepresencial no Estado do Tocantins. MARTINS, J. L. A recepção na educação a distância: estudo da relação estudante/televisão. nas aulas telepresenciais da Universidade do Tocantins. 2006: ARAUJO, F. P. Informática e educação: A (RE) estruturação da formação docente no contato com os computadores. Tese: 2004: PINHO, M. J. de. Políticas educacionais de formação de professores no estado do Tocantins: Intenção e Realidade. 2006: ODEBRECHT, E. B. Educação a distância no estado do Tocantins: a qualidade educativa no local.

2006a

2008

Unitins: Plano de Desenvolvimento Institucional 2005-2009 (2007); Plano de Desenvolvimento Institucional – Unitins 2007/2011 (2007); Projeto Pedagógico Institucional da Unitins 2007/2011 (2007);

2007: Dissertações: PINTO, Simone A. A presença da ausência: A formação do pedagogo na modalidade a distância da Universidade do Tocantins. SOUZA, Raquel A. Da Unitins a UFT: modelos e práticas gestoriais na educação superior no estado do Tocantins no limiar do século XXI. Teses: AIRES, M.L.F.G. A Telepresencialidade educativa no Tocantins: sinalizações de uma trajetória em construção. PEREIRA, Isabel C. A. Apreensões e apropriação do tempo e espaço na educação a distância da Unitins. Salvador.

2009 Governo Federal: Portaria n.º 44, de 18 de agosto de 2009, Ministério da Educação (MEC) que descredenciou a Universidade do Tocantins para oferta de EaD; Parecer CNE/CES n.° 299, de 7 out. 2009 sobre recurso apresentado em face às decisões da SEED-MEC para com a Unitins. Governo Tocantins: Decreto n.º 3.897, de 8 de dezembro de 2009. Institui a Comissão Multilateral de Estudos Destinados à Reformulação e Reestruturação da Fundação

Jornais impressos e ou digitais e blogues: Correio Forense (15 mai. 2009); Jornal do Tocantins (22 de julho, 18 de setembro de 2009); Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br); Ministério Público Federal (http://noticias.pgr.mpf.gov.br , arquivos de 22 de julho de 2009); Portal CT (www.clebertoledo.com.br) Matérias de telejornais:

Dissertações: 2009: LOPES, E. M. T. O curso de Pedagogia na modalidade a distância: o pensado, o dito e o feito no Estágio Curricular. MELO, C. M. Aparências valorizadas e contornos sublinhados: a construção do corpo e da imagem do docente televisivo na Fundação Universidade do Tocantins. MENEZES, G. B. Trajetória da construção imagética nas teleaulas da EaD da Unitins: Um estudo de caso nos anos de 2001 a 2009.

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Universidade do Tocantins – UNITINS, e adota outras providências.

Jornal Nacional (“Impressões de uma maratona” - 27 abril de 2009; “Na tela e nos livros – 28 abril de 2009; “Provas polêmicas” – 29 de abril de 2009 – do jornalista Alfredo Bokel) Matérias e depoimentos em www. youtube.com.

MOREIRA, A. do N. Percepção docente e discente no modelo pedagógico de EaD - mídia televisiva e ambiente virtual de aprendizagem: o caso da UNITINS. PAULINO, M.S.B. Subjetividade e Tecnologia dentro do Ead: uma pesquisa exploratória na Unitins sob a visão dos alunos. SILVA, A. P. da. Do Texto ao hipertexto: um estudo de caso dos processos de leitura hipertextual de professores de educação a distância da Unitins. SILVA, A. N. A formação por um fio: o tutor na EaD no estado do Tocantins. SILVA, M. do R. B. Representações sociais de alunos e professores do curso de Letras sobre o texto poético. SOUZA, R. C. As representações sociais dos professores e alunos sobre a relação ensino e aprendizagem em educação a distância na Unitins. TOZZI, P.M.B. A sala de aula on-line – AVA: o impacto do ambiente virtual de aprendizagem na cultura docente do sistema EaD- Unitins. VASCONCELLOS, C. T. J. Aprendizagem de língua espanhola em ambientes virtuais: o caso Unitins. 2009. Palmas. Tese: ROCHA, J. D. T. A presença ausente das tecnologias digitais no curso de pedagógica da UFT: interconexões e hibridações da educação e comunicação como interzona contemporânea

2010 a

2012

Governo Tocantins: Relatório da Comissão Multilateral de Estudos Destinados a Reformulação e a Reestruturação da Unitins (2010); Lei n.° 2.317, de 30 de março de 2010: institui do Plano de Empregos, Carreiras e Salários da Fundação Universidade do Tocantins Governo Federal: Portaria n.° 837, de junho de 2010, Ministério da Educação que

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Ministério da Educação e Cultura (MEC). Portaria n.° 837, de junho de 2010. Integrar a Unitins no conjunto de Instituições de Ensino Superior do Sistema UAB. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 jun. 2010. FILGUEIRAS, Thâmara.

Dissertação: 2011: BOHNEN, N. T. A jornada do herói: a narrativa autobiográfica na formação da identidade profissional do professor. Teses: 2011: MAIA, M. Z. B. Expansão da educação superior a distância no Brasil: o caso

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integrou a Unitins no conjunto de Instituições de Ensino Superior do Sistema UAB. Unitins: Relatório de Gestão 2010 (2010); Relatório de Gestão 2011 (2011); Plano de Desenvolvimento Institucional – Unitins 2007/2011 – Extrato de Complementação da Gestão 2010 (2011); Plano de Desenvolvimento Institucional 2012-2016 (2012);

Unitins recebe credenciamento do MEC e integrará o Sistema UAB. Unitins, Palmas, 2010. Disponível em: <http://www.unitins.br/portal/Noticia_principal_Visualizar.aspx?in=2063&idl=4>. Acesso em: 30 jun. 2010. ARAÚJO, Ana Mariana; BAYMA, Carlos de. Governador empossa novos reitor e vice-reitora da Unitins. Unitins. Palmas, 01 mar. 2010. Disponível em: <http://www.unitins.br/ portal/Noticia_principal_Visualizar.aspx?in=1900&idl=4>. Acesso em: mar. 2010.

da Universidade do Tocantins – Unitins. MARTINS, P. F. de M. Carreira e formação de professores no Tocantins: da percepção dos licenciandos da UFT aos planos de carreira e remuneração do magistério público. 2012: GASPAR, J.C. O papel do ensino Superior em Araguaína – TO : o que dizem os estudantes e os professores. 2012.

Fonte: Elaborado por Geraldo da Silva Gomes.

A guisa provisória de uma conclusão: O estudo tem proporcionado a descoberta de outra percepção “ (in) disciplinada” da lógica racionalista radical de trabalhar cientificamente,como dizia o filósofo-escritor e poeta francês Paul Valéry (1871-1945): Entre a ordem e a desordem reina um momento delicioso (Entre l’ordre et le desórdre règne um moment delicieux) (1934, p. 20). Em meio ao conjunto de tendências e vertentes do pensamento sistêmico reina ordem e desordem, consenso e dissenso, olhares extremamente oníricos e outros ciberneticamente estruturados sobre a realidade, e aqui se encontra mais uma possibilidade de ampliação do entendimento e da compreensão sobre a Unitins com suas modelagens, intencionalidades, metáforas. Um caminho com inúmeras rotas para analisar a Unitins se abre, talvez de início provoque sensibilidades ao trazer metáforas e levantar horizontes, espera-se que auxilie a todos em seus processos e compassos de amadurecimento pessoal, profissional e grupal para continuidade da instituição. O trabalho é extenso, observar observando-se como parte em um todo e as maneiras como esse todo acolhe, assimila, neutraliza, rejeita, destrói-se- (re)construindo-se deixa marcas constantes, afinal, é um sistema em constante funcionamento. Referências Bibliográficas

a) Artigos e livros:

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A Voz Tocantinense (1991), Revista Caros Amigos (2002), Jornal Nacional (2009), Portal Cleber Toledo, Jornal do Tocantins (edições de dezembro 1989 a julho de 2013)