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1 UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP CURSO DE PEDAGOGIA ILIANE KAZIMIERCZAK TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMATICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CAÇADOR 2011

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UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP CURSO DE PEDAGOGIA

ILIANE KAZIMIERCZAK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMATICA NOS ANOS INICIAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL

CAÇADOR 2011

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ILIANE KAZIMIERCZAK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMATICA NOS

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para a obtenção do título de licenciatura em pedagogia, do Curso de Pedagogia, ministrado pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, sob orientação do professor MS. Paulo Roberto Gonçalves.

CAÇADOR

2011

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMATICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

ILIANE KAZIMIERCZAK

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao processo de avaliação para a obtenção do Grau de:

Licenciado em Pedagogia

E aprovada na sua versão final em _______ (data), atendendo às normas da legislação vigente da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe e Coordenação do Curso de Pedagogia.

________________________________________ Nome do Coordenador do Curso

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RESUMO

Neste trabalho, falaremos sobre a história da pedagogia no mundo e a pedagogia no Brasil, nossa formação de pedagogo utilizando como tema de pesquisa as dificuldades de aprendizagem em matemática. A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagoga, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem, possibilitando situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa. Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas. Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar, sem considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores intra-escolares que favorecem a não aprendizagem. Palavras-chaves: Matemática. Aprendizagem. Dificuldades.

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ABSTRACT

Ii this work, the main objective to identify the students because of the lower

grades of elementary, school have difficulties in learning mathematics, learning mathematics entails difficulties during the learning process. The learning and knowledge building Are natural and spontaneous human being that very early learns to breastfeed,talk,walk,think,thus ensuring their survival. The study of human learning process and its difficulties are developed by the educational psychology, taking into account the internal and external realities, using the various field of knowledge, integrating them and summarizing them. Trying to understand in a comprehensive and integrated cognitive,emotional,physical,family,social and pedagogical determine the condition of the subject and interfere with the learning process, making it possible to rescue the learning situations in their entirety so enjoyable. Rarely have learning difficulties only cognitive origins.Assing students to own their failure, considering that there is any impairment in psychomotor development,cognitive,linguistic or emotional (talk much, it’s slow, does his homework, no assimilation, among others.),\family breakdown, without consider the conditions of learning that the school offers to this student and other intra- school factors that favor the non-learning. Key-words:mathematics.learning.difficulty.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

1 A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA ................................................................................. 9

1.1 A Pedagogia no Brasil ......................................................................................... 10

2 A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO .......................................................................... 12

2.1 Educação e as Exigências da Atualidade ............................................................ 15

2.2 O Conhecimento Matemático e a Teoria Sócio-Histórica .................................... 15

2.3 Concepções de Aprendizagem............................................................................16

2.3.1 Concepção Inatista............................................................................................16

2.3.2 Concepção Ambientalista..................................................................................17

2.3.3 Concepção Construtivista..................................................................................17

2.3.4 Concepção Histórico-Cultural............................................................................18

2.3.5 Aprendizagem: Conceitos Básicos....................................................................19

2.3.6 Aspectos Fundamentais para o amadurecimento da Criança..........................20

2.3.7 Detectando Dificuldades de Aprendizagem......................................................21

2.3.8 Dificuldades de Aprendizagem......................................................................... 21

3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA.................................. 25

4 A CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO SOBRE DIFICULDADES EM MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO................................................................................. 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................33

REFERÊNCIAS..........................................................................................................35

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INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso visa avaliar qualitativamente por que os

alunos dos Anos Iniciais têm dificuldades em aprender matemática.

Aprender matemática vai além de aprender técnicas de utilização imediata,

mas também interpretar, construir ferramentas conceituais, criar significados,

sensibilizar-se para perceber problemas tanto para preparar-se para resolvê-los,

desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar, transcender o

imediatamente sensível. Antes de entrar na escola a criança desenvolve um

conhecimento matemático informalmente nas experiências do seu cotidiano.

As vivências, as observações e as ações no seu espaço físico, no universo

sociocultural em que está inserida, assim como a interação com objetos e a troca de

idéias com outras pessoas, devem ser consideradas o ponto de partida para o

ensino de matemática.

Este estudo tem por finalidade identificar as dificuldades encontradas pelos

alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no processo de aprendizagem em

matemática. Muitas vezes o aluno passa por dificuldades no momento da

aprendizagem de matemática, que passa despercebida pelo professor. Talvez pelo

grande número de alunos na sala, porém não deve ser considerada como solução e

sim como uma abertura para buscar a solução.

A dificuldade dos alunos revela que há problemas a serem enfrentados, tais

como a necessidade de reverter um ensino centrado em procedimentos mecânicos,

desprovidos de significados para o aluno. Há urgência em reformular objetivos, rever

conteúdos e buscar metodologias compatíveis com a necessidade de cada aluno se

for necessário para solucionar as dificuldades encontradas.

È muito comum ainda se ouvir os alunos dizerem que odeiam matemática ou

que não sabem matemática. Os primeiros anos de escola são decisivos, se a

criança vai ou não gostar de matemática, é nessa etapa que educadores devem

tomar utilizar inúmeros atrativos na aplicação do ensino da matemática.

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Porque os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental tem dificuldades

em aprender matemática?

Estamos vivenciando uma época onde o mundo oferece inúmeros atrativos

para as crianças, e grande parte das escolas apesar de fazer tentativas para mudar,

continua trabalhando de uma maneira ou com ferramentas que não chama atenção

dos alunos. O que faz com que os alunos freqüentem a escola, das aulas

conhecidas como tradicionais por obrigação.

A proposta desse estudo vem a contribuir com os professores é deverá

reconhecer as possíveis causas dos alunos não aprenderem e não gostarem de

matemática. Ajudar nós professores a mudar nosso pensamento em relação à

maneira de ensinar matemática, usando novos métodos de ensino facilitando nosso

trabalho e a aprendizagem dos alunos.

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1 A HISTORIA DA PEDAGOGIA

A história da pedagogia no sentido próprio nasceu entre os séculos XVIII e

XIX e desenvolveu-se no decorrer desse ultimo como pesquisa elaborada por

pessoas ligadas à escola, empenhadas na organização de uma instituição cada vez

mais central na sociedade moderna (para formar técnicos e para formar

cidadãos),preocupadas,portanto,em sublinhar os aspectos mais atuais da educação-

instrução e as idéias mestras que haviam guiado seu desenvolvimento histórico.A

história da pedagogia nascia como uma historia ideologicamente orientada,que

valorizava a continuidade dos princípios e dos ideais,convergia sobre a

contemporaneidade e construía o próprio passado de modo orgânico e linear.

A história da educação é parte da historia da cultura, tal como esta, por sua

vez, é parte da historia geral. Não é tão fácil definir a história, para nós a história é o

estudo da realidade humana ao longo do tempo. Educação é a influência intencional

e sistemática sobre o ser juvenil,com o propósito de formá-lo e desenvolvê-lo.Mas

significa também a ação genérica,ampla,de uma sociedade sobre as gerações

jovens,com o fim de conservar e transmitir a existência coletiva.A educação é parte

essencial para a vida do homem e existe desde quando há seres humanos sobre a

terra.È parte da cultura quanto a ciência,a arte ou a literatura,sem educação não

seria possível aquisição e transmissão da cultura.

Pedagogia é a ciência da educação, é por ela que a ação educativa adquire

unidade e elevação. Pedagogia é ciência do espírito e esta relacionada com filosofia,

psicologia, sociologia e outras disciplinas.A pedagogia teve origem na Grécia,onde

primeiro começou a se meditar sobre educação.O próprio termo surgiu na Grécia e o

mesmo aconteceu com as idéias pedagógicas,não se trata ainda,de ciência

propriamente dita,mas de teoria de educação,valiosa ainda em nossos dias.A

principal características desta nascente pedagogia é claridade e transparência.

O primeiro grande educador espiritual foi Sócrates tanto como pensador ou

filósofo, realizou a atividade educativa por meio da conversação,da palavra

falada.Sócrates não fez da educação profissão remunerada,utilitária ,sua educação

não tinha caráter pratico de proveito pessoal era de tipo espiritual,moral.se

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preocupava com a ética.A contribuição de Sócrates para a educação pode ser

sintetizada em que ele foi o primeiro a reconhecer como fim de educação o valor da

personalidade humana,não a individual a subjetiva,mas a de caráter universal.Assim

começa o humanismo na educação.

Platão foi o fundador da teoria da educação da pedagogia, organizou ensino e

investigação sistemáticos,pois tal era a finalidade da Academia,constituída em forma

de corporação ou comunidade de alunos e mestres,e na qual se realizavam estudos

superiores de caráter filosófico e político.A pedagogia de Platão está baseada em

sua filosofia,a qual,por sua vez,assenta em sua concepções de idéias ,para ele a

educação esta a serviço do estado,mas este,por sua vez esta a serviço da

educação.Não há educação sem estado,nem estado sem educação.A educação

para ele,começa antes do nascimento.Na primeira infância,predominam os jogos

educativos praticados em comum pelas crianças de um de outro sexos.

Aristóteles une a reflexão pedagógica grande atividade educativo foi não

apenas grande filosofo, mas ainda educador mestre. Daí o interesse de suas idéias

pedagógicas, a finalidade da educação para ele é o bem moral, no qual consiste a

felicidade pra ele também é função do estado à educação e reconhece a família

como lugar da primeira infância. Mas a educação é necessária do estado.

1.1 A PEDAGOGIA NO BRASIL

A partir das considerações de Nóvoa (1995), podemos afirmar que a

identidade do pedagogo está atrelada a do processo de constituição da profissão

docente e assim como ao processo de instalação da escola pública no Brasil, e ao

processo de produção de uma profissão, a docência, entendida atualmente como a

base da formação profissional do pedagogo: esta idéia, que deveria estar no

começo, explica a relação entre a discussão de professores e, portanto, do curso

de Pedagogia.A profissão docente exerce-se a partir da adesão coletiva (implícita ou

explícita) a um conjunto de normas e de valores. No princípio do século XX, este

“fundo comum” é alimentado pela crença generalizada nas potencialidades da

escola e na sua expansão ao conjunto da sociedade. Os protagonistas deste

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desígnio são os professores, que vão ser investidos de um importante poder

simbólico. A escola e a instrução encarnam o progresso: os professores são os seus

agentes. A época de glória do modelo escolar também é o período de ouro da

profissão docente (NÓVOA, 1995, p. 19).

No início do século XX alguns movimentos, provocavam mudanças na

educação, especialmente o “entusiasmo pela educação” e o movimento dos

Pioneiros da Escola Nova, que lutavam pela educação e pela implantação de

universidades no Brasil. O movimento escolanovista rompeu com o período anterior,

impulsionando assim a profissionalização dos professores. Neste contexto com a

criação da Faculdade de Filosofia e Letras, que vai ser um dos pilares da

Universidade brasileira, é criado o curso de Pedagogia. Como todos os cursos das

Faculdades de Filosofia Ciências e Letras, seu primeiro objetivo era formar

professores para o ensino secundário, como bem esclarece Brzezinski (1996). A

partir dessa proposição inicial, no caso da Pedagogia, muitas perguntas foram sendo

colocadas desde sua existência.

Hoje o trabalho dos pedagogos nas escolas se explicita em duas vertentes:

trabalho docente e trabalho não docente, que são, respectivamente, trabalham em

sala de aula e fora da sala de aula. Tal explicitação não altera substantivamente o

trabalho realizado há muito tempo, representa um avanço no sentido da sua

normatização.

O curso de Pedagogia tem entre seus objetivos iniciais a formação de

professores para a Escola Normal e os Institutos de Educação. O primeiro curso

superior de formação de professores é criado em 1935, quando a Escola de

Professores (como era chamada), foi incorporada à Universidade do Distrito Federal.

Esta recém criada Faculdade de Educação passou a conceder licença magistral

para àqueles que obtivessem na universidade licença cultura l. Com a extinção da

UDF, em 1939, e a anexação de seus cursos à Universidade do Brasil, a Escola

voltava a ser integrada ao Instituto de Educação. Através do decreto lei n. 1.190 de

04 de abril de 1939, a partir da organização da Faculdade Nacional de Filosofia da

Universidade do Brasil, e conforme Silva (2006), visava à formação de bacharéis e

licenciados para várias áreas, inclusive o setor pedagógico. Com duração de três

anos era formado o bacharel, para a formação do licenciado era acrescentado mais

um ano de didática, passando a ser conhecido como o esquema 3+1.

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2 A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

Durante todo o curso de licenciatura em pedagogia foram muitas as

disciplinas que contribuíram para a nossa formação. Hoje a sociedade exige dos

professores conhecimento teórico e prático.

Todas as disciplinas são de total importância para um bom desenvolvimento

durante nosso trabalho pedagógico. As disciplinas específicas como fundamentos da

matemática, fundamentos de português, fundamentos em ciências, fundamentos em

geografia, fundamentos em história ,fundamentos em artes,fundamentos em

educação física,nos ajudaram na parte de teoria como se trabalhar com as crianças

em sala de aula,modelos de atividades sempre trabalhando com o lúdico valorizando

o brincar dentro da sala de aula.mostrando que é possível trabalhar essas

disciplinas de maneira divertida o que faz com que ajude no desenvolvimento e na

aprendizagem das crianças.

Em psicologia do desenvolvimento aprendemos cada estagio do

desenvolvimento das crianças tendo como referencia os autores vygotsky,Piaget e

Wallom,todos esses autores contribuíram para entendermos como acontece cada

estagio do desenvolvimento das crianças,desde seu nascimento ate a fase

adolescente.Ao identificar os estágios de desenvolvimento das crianças sabemos o

que deve ser trabalhado a cada momento de sua vida,proporcionando bem estar

físico e psicológico.Também tivemos contribuição das disciplinas de fundamentos e

metodologias da educação infantil,dos anos iniciais e da

alfabetização,proporcionando métodos a serem trabalhados em cada idade das

crianças desde a educação infantil passando pelo processo de alfabetização até o

termino dos Anos Iniciais,foi possível aprender alguns métodos de ensino para

cada ano escolar.

Didática e planejamento educacional nos ensinou a importância de se ter um

planejamento no dia a dia escolar, sem um bom planejamento não há organização e

para que o ensino seja de boa qualidade é preciso ter planejamento, mas só o

planejamento não ajuda nesse processo é preciso também utilizar da didática com

diferentes métodos e técnicas de ensino ajudando-nos diferentes métodos de ensino

e aprendizagem. A disciplina de Fundamentos da Avaliação teve como objetivos

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mostrar a importância da avaliação mas que a avaliação deve ser feita de maneira

que não traga traumas no desenvolvimento da criança mas que ajude ela a se

desenvolver cada vez mais,que ela não deve ser mais ameaçadora e autoritária,mas

deve ser renovadora utilizar de outros métodos e técnicas para se avaliar o aluno.A

avaliação não é só para alunos ela serve também para que o professor se auto

avalie se o seu trabalho esta sendo aproveitado pelos alunos se seus métodos de

ensino estão dando certo durante a aprendizagem.A avaliação tem por objetivo

diagnosticar os conhecimentos que já foram adquiridos pelo aluno,visando

prosseguir ou retornar com o que foi trabalhado.

Os educadores não podem ter a avaliação como fundamental na educação,

levando os alunos a pensar somente em alcançar a média e passar para a série

seguinte, o que precisa ser buscado é a apreensão dos conhecimentos que serão

usados na vida. A avaliação da aprendizagem deve consistir num processo rigoroso

de coleta de dados, que deve acompanhar o processo ensino-aprendizagem. Ela

deve fornecer informação contínua e significativa que propicie conhecimento de uma

situação de aprendizagem e referências para formar juízos de valor, para orientar

nos ajustes que poderão ser feitos para o sucesso e o avanço da atividade

educativa.

Filosofia da educação nos ajudou a refletir sobre os processos educativos, à

analise dos sistemas educativos,sistematização de metodos didaticos,entre diversas

outras tematicas relacionadas com a pedagogia,tendo como principal objetivo a

compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da

sociedade,mostrando as teorias educacionais,tradicional,escola

nova,renovada,progressista,libertadora,e tambem aprendendo as teorias de alguns

filosofos da educação como Platão,kant,Paulo Freire,e Rousseau.

Em Sociologia da Educação refletimos sobre as mais diversas relações

sociais,educacionais e politicas da sociedade contemporanea para além do âmbito

formal da escola,nos capacitando a relacionar nossa experiencia como educador

escolar com as transformações sociais que ocorrem a nossa volta.trabalhando com

as teorias de Karl Marx e Engels.Sociologia da educação fez nos entender que a

educação se dá no contexto de uma sociedade.Tambémnos deu oportunidade de

compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação.

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Também durante nosso curso tivemos Estágio Curricular Supervisionado,de

inicio fizemos um estagio de observação na educação infantil,onde constatamos as

fases e o desenvolvimento em que as crianças estavam para depois desenvolver um

trabalho com essas crianças,depois foram os estagios Nos anoas iniciais do Ensino

Fundamental começando tambem com observação para depois aplicar na

pratica.Esses estagios nos ajudaram muito em nossa formação porque é atraves da

pratica que adquirimos experiencias e atraves de leituras de autores como

vygotsky,Jean Piaget,Wallom entre outros que aprofundamos nossos conhecimentos

teoricos.Os estagios nos proporcionaram como é o dia a dia dos professores em

sala de aula,aplicar os metodos e as didaticas trabalhadas nas disciplinas do curso

de pedagogia,identificar cada fase do desenvolvimento das crianças e elaborar

planos de aula,troca de experiencia com os professores titulares.Os estagios foi uma

das etapas mais importantes para nossa formação de pedagoga.

Outras disciplinas não tao especificas também nos ajudaram muito,como

libras e Educação Especial,ja que hoje por lei alunos com necessidades especias

tem o direito de estarem participando da escola regular,essas disciplinas nos

ajudaram como trabahar e inserir essas crianças na sala de aula e a nos comunicar

com elas.

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2.1 EDUCAÇÃO E AS EXIGÊNCIAS DA ATUALIDADE

A trajetória da educação brasileira vem sendo marcada, nas ultimas décadas,

por posições que se contrapõem umas das outras. Neste momento a que está

emergindo está voltada para o ensino, melhorar a qualidade de ensino é a meta a

ser atingidos por governantes, educadores, técnicos e especialistas em educação.

Uma das exigências para se alcançar um elevado nível de qualidade na educação é

aprimorar o conhecimento sobre esse processo de forma a torná-lo mais capaz de

responder às exigências deste novo tempo. São muitas as áreas que contribuem

nesse sentido, a da psicologia da educação é uma delas. O conhecimento teórico

que nela se acumulou ao longo dos anos sobre os processos de aprender e ensinar

encerra inúmeras sugestões para se alcançar essa melhoria.

2.2 O CONHECIMENTO MATEMÁTICO E A TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA:

PONTOS DE APROXIMAÇÃO

A última década viu se acirrarem critica contra a forma como a escola vem

trabalhando os conteúdos escolares. A matemática não é exceção, ao contrario é

uma das mais comentadas quando se fala em aprendizagem ou dificuldades de

aprendizagem. A escola ensina a matemática sem sentidos, não ha muita

continuidade entre o que se aprende na escola e o conhecimento que existe fora

dela. não se mostra a relação que a matemática tem entre a escola e a vida,por

outro lado o conhecimento adquirido fora da escola nem sempre é usado para servir

de base á aprendizagem,nem mesmo como recurso motivacional para os alunos

gostarem da disciplina.

“O saber da escola, ao que parece anda na contra do saber da vida.”(Aplicações de

Vygotsky educação matemática,p:60)

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2.3 CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM

Toda prática de ensino contém uma teoria de aprendizagem predominante,

explicitada de forma consciente ou inconsciente pelo professor. Contudo, nenhuma

teoria sozinha explica como acontece o processo de aprendizagem. Mesmo aquele

que assume conscientemente uma teoria, deve reconhecer um elevado grau de

indeterminação na aprendizagem e nas interações, pois tanto o docente como o

discente se envolve de forma particular numa situação cuja dinâmica é difícil de

prever. De qualquer forma, qualquer profissional da educação, independentemente

da sua área específica de atuação, precisa compreender os princípios básicos de

como ocorre à aprendizagem. Conceito este que vem sendo estudado há muito

tempo por pessoas interessadas em desvendar a magia que faz com que esta

palavra exista. Ao passar dos anos novas maneiras de ver e conceber a

aprendizagem foram-se estabelecendo e determinando etapas características da

educação. E suas etapas receberam nomes específicos: as concepções.

2.3.1Concepção Inatista

De acordo com Pozo (1998) no início o ser humano era considerado um

sujeito que já nascia pronto, inato. O papel da escola e do professor perante o aluno

era de facilitar suas manifestações inatas, fazer com que fluíssem naturalmente.

Oportunizar situações que o aluno demonstre suas experiências e conhecimentos. A

avaliação visava apenas verificar o nível de conhecimento do aluno. Nessa

concepção é o sujeito que determina o meio.

As qualidades e capacidades básicas de cada indivíduo já estão prontas por

ocasião do nascimento, ou seja, a capacidade cognitiva é definida geneticamente. A

consciência humana pré-existe. A ação do meio pode no máximo acelerar

aparecimento da consciência. As estruturas mentais são totalidades pré-formadas e

organizadas segundo princípios inerentes a razão humana. Em fim, o destino de

cada pessoa já estaria determinado pela graça divina.

O meio serve apenas como estimulação. A ênfase na aprendizagem dada pelo

fator biológico: a aptidão, a prontidão. O professor dá suas aulas enfatizando tudo o

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que é representação externa ao aluno. É comum ouvir de pais e professores as

frases: “Pau que nasce torto, morre torto” e “Filho de peixe, peixinho é”.

2.3.2 Concepção Ambientalista

Para Hilgard (1973) que defendiam esta concepção o aluno era considerado

uma folha em branco, que ao freqüentar a escola começaria a adquirir os

conhecimentos que não possuía. O professor era dono do conhecimento, assim

como na concepção Inatista, mas aqui o aluno não possuía conhecimento algum.

Aprenderia ou não com o professor dependendo da sua vontade. O aluno era

condicionado através de memorizações repetitivas como cópia e exercícios. Ao

contrário do inatismo, no ambientalismo é o meio que determina o sujeito. A

prioridade é a experiência. Todos os elementos, responsáveis pelo conhecimento

são sensoriais e a consciência é gerada pelos estímulos que o ambiente

proporciona. Esses estímulos presentes numa determinada situação levam ao

aparecimento de um determinado comportamento. Manipulando-se os elementos

presentes no ambiente torna-se possível controlar o comportamento do indivíduo.

Dos estímulos externos dependem o sucesso ou insucesso do aluno. O professor é

quem programa, ensina e controla tudo. É comum ouvir as seguintes frases: É de

pequeno que se torce o pepino e Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

2.3.3 Concepção Construtivista

Segundo Lima (1984) nesta concepção o homem não nasce com o

conhecimento, nem o mesmo é adquirido pelo meio, mas sim é um processo de

construção permanente, ou seja, é constituído a partir do desenvolvimento do ser

humano, que é natural e dá-se por fases pré-estabelecidas. A aprendizagem se

beneficia dos progressos feitos pelo desenvolvimento, mas não o influencia nem o

direciona. Certos tipos de aprendizagem só ocorrerão quando se atingir um

determinado nível de desenvolvimento, ou seja, uma maturação biológica das

estruturas cognitivas. O ser humano é estruturado como mecanismos próprios, que

não se reduzem ao social, sendo determinado principalmente pela maturação

biológica. As ações do ser humano, a partir de esquema motores, propiciam a troca

entre o organismo e o meio, através de um processo de adaptação progressiva. A

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escola tem como papel provocar situações problemas para o aluno, respeitando

cada etapa do seu desenvolvimento. Deve-se ensinar a criança a observar,

investigar e estabelecer relações de cooperação. Na relação professor-aluno, o

primeiro deve ser orientador. Propor situações-problema sem ensinar as soluções,

respeitando sempre, as características próprias da fase evolutiva do aluno. Portanto,

o papel do professor, perante o aluno é de mediador do conhecimento que abrange

toda a cultura norteadora do aluno.

2.3.4 Concepção Histórico-Cultural

Conforme Bittencourt (1994) nessa concepção o desenvolvimento e a

aprendizagem estão relacionados desde o nascimento da criança. O

desenvolvimento não é um processo previsível, universal ou linear, ao contrário, ele

é construído no contexto, na interação com aprendizagem. Os processos de

desenvolvimento elementares são de origem biológica e as funções psicológicas

superiores são de origem sócio-culturais, ou seja, históricas.

O objeto de conhecimento é social e é determinado pelas relações humanas.

Não tem existência em si mesmo. Portanto, tudo o que constitui a realidade humana

tem origem nas relações sociais. Idéia e matéria são dimensões indissociáveis da

mesma realidade. O sujeito do conhecimento é um sujeito socialmente determinado,

portanto, é síntese das relações sociais da sua época. Enfim o conhecimento se dá

do plano social para o individual, através da mediação do sujeito que domina e

utiliza o objeto do conhecimento.

A linguagem tem papel determinante na formação da consciência humana,

que não é inata, nem é resultado das ações do sujeito sobre o meio e sim

considerada produção humana. Aqui o professor é criado de situações em que o

aluno vá a busca do conhecimento, nunca eliminando o que já sabe, e sim

utilizando-se da sua história para descobrir o que circunda na cultura humana,

ansioso em produzir, criar, ser crítico diante das situações que lhe serão impostas.E

é na escola que a criança deve se apropriar dos conhecimentos acumulados

historicamente para formular conceitos científicos e utilizá-los em seu dia-a-dia.

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2.3.5 Aprendizagem: Conceitos Básicos

Elementos fundamentais do processo de ensino-aprendizagem, segundo Ruth

Caribé da Rocha Drouet p.07 a aprendizagem apresenta os seguintes elementos:

Comunicador ou emissor, é representado pelo professor como transmissores

de informação ou agentes do conhecimento, ele deve estar motivado e ter

pleno conhecimento do que irá ensinar a seus alunos.

Mensagem, é o conteúdo que será transmitido ao aluno, ela deve ser

adequada à idade mental do educando deve ser clara e precisa.

Receptor, é o aluno, ele não tem papel passivo, deve ser um receptor critico

dos conhecimentos e das informações que recebe.

Meio ambiente, é o meio escolar, a familiar e social, onde se afetiva o

processo de ensino aprendizagem, o meio ambiente deve ser estimulador

para o processo de aprendizagem.

Caso um desses elementos falharem durante o processo de aprendizagem

ocorrerá problemas de aprendizagem. A aprendizagem é um processo pessoal,

individual. Existem pelo menos sete fatores para que a aprendizagem se efetive. Ao

conjunto de todos esses elementos, Bruner chamou de prontidão para a

aprendizagem.

Saúde física e mental – para se aprender a criança deve estar em bom

estado físico geral.

Motivação – querer aprender garante a criança maior sucesso na aquisição

de conhecimentos, o interesse em aprender é o principal para sua

aprendizagem.

Prévio domínio – conhecimentos, habilidades e experiências trazidos de casa

dão grande vantagem em relação aos outros colegas que não o possuem.

Maturação – é o processo de desenvolvimento estruturais e funcionais do

organismo, sentar, engatinhar e andar é um exemplo de maturação biológica.

Maturação e aprendizagem são processos diferentes, porém intimamente

ligados, a maturação é quem cria condições para que a aprendizagem ocorra.

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Inteligência – a criança deve ter a capacidade assimilar e compreender as

informações que recebe.

Concentração ou atenção – é através da concentração em um assunto é que

vai definir a sua aprendizagem, quanto maior a concentração mais facilidade

de aprender ela vai ter.

Memória – as experiências vividas pelas crianças e guardadas em sua

memória serão usadas para melhorar sua aprendizagem. A memória é um

fator importante no processo de ensino aprendizagem.

2.3.6 ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O AMADURECIMENTO DA CRIANÇA

Um dos primeiros aspectos é o intelectual. De acordo com Piaget, a

inteligência se desenvolve desde os primeiros anos de vida. A inteligência é a

capacidade que o individuo tem de interagir com o ambiente. O primeiro estágio de

desenvolvimento descrito por Piaget é chamado de sensório motor, nesse estágio a

inteligência é do tipo prático. O próximo estagio é o pré-operacional concreto vai dos

dois anos até os sete anos de idade, aonde irão dar as primeiras experiências

escolares. O terceiro estágio é o das operações concretas este período vai dos sete

aos doze anos de idade.

Segundo aspecto descrito por Piaget é o afetivo-social. Quando a criança

chega escola já possui características bem definidas. A criança entre os seis a sete

anos esta saindo da fase que chamamos de egocentrismo, em que acha que tudo

gira em torno dela. No ambiente escolar a criança se depara com regras a serem

seguidas perdendo sua liberdade de ação. È, portanto necessário que ao entrar na

escola a criança tenho certo amadurecimento social e uma capacidade de

adaptação que lhe permita superar a crise emocional que esse novo ambiente

poderá lhe causar.

O terceiro aspecto sensório-psiconeurológico.O preparo de uma criança para

o processo de aprendizagem depende de uma complexa integração das funções

neurológicas ,que precisam ser exercitadas para que amadureçam

harmoniosamente.o ambiente é considerado pobre de estímulos

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visuais,cores,formas,entre outros.o desenvolvimento é um processo continuo ,e a

educação é o meio pelo qual a criança desenvolve sua capacidade

psicomotora,cognitiva,afetiva e social.

2.3.7 DETECTANDO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Através da observação o professor poderá identificar falhas nos

desempenhos de seus alunos, observando se o aluno tem dificuldades de se

movimentar, se tem problemas de fala, se não consegue ler de certa distancia as

palavras no quadro, se não entende bem o ditado, se é hiperativo ou muito quieto,

se não consegue aprender a ler nem escrever até o final do ano letivo. Se o

professor constatar algumas dessas dificuldades este devera pedir ajuda de

especialistas para resolver o problema.

2.3.8 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e

espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar,

pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. Com aproximadamente três anos, as

crianças são capazes de construir as primeiras hipóteses e já começam a questionar

sobre a existência.

A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que

resulta de uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as

emoções, a memória, a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e

onde a criança deva sentir o prazer em aprender.

O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são

desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades

interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e

sintetizando-os. Procurando compreender de forma global e integrada os processos

cognitivos, emocionais, orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam

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à condição do sujeito e interferem no processo de aprendizagem, possibilitando

situações que resgatem a aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa.

Para Maria Lúcia Weiss (pg.45)

“a aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer “dissociações de campo” e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo”.

Atualmente, a política educacional prioriza a educação para todos e a

inclusão de alunos que, há pouco tempo, eram excluídos do sistema escolar, por

portarem deficiências físicas ou cognitivas; porém, um grande número de alunos

(crianças e adolescentes), que ao longo do tempo apresentaram dificuldades de

aprendizagem e que estavam fadados ao fracasso escolar pôde freqüentar as

escolas e eram rotulados em geral, como alunos difíceis.

Os alunos difíceis que apresentavam dificuldades de aprendizagem, mas que

não tinha origens em quadros neurológicos, numa linguagem psicanalítica, não

estruturam uma psicose ou neurose grave, que não podiam ser considerados

portadores de deficiência mental, oscilavam na conduta e no humor e até

dificuldades nos processos simbólicos, que dificultam a organização do pensamento,

que conseqüentemente interferem na alfabetização e no aprendizado dos processos

lógico-matemáticos, demonstram potencial cognitivo, podendo ser resgatados na

sua aprendizagem.

Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas.

Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum

comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou

emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem assimilação,

entre outros.), desestruturação familiar, sem considerar, as condições de

aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores intra-escolares

que favorecem a não aprendizagem.

As dificuldades de aprendizagem na escola podem ser consideradas uma das

causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não podemos

desconsiderar que o fracasso do aluno também pode ser entendido como um

fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. É preciso

que o professor atente para as diferentes formas de ensinar, pois, há muitas

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maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da importância de criar

vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e

reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos.

O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem,

muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade,

agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta

baixo rendimento por vontade própria.

Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelo

fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não

podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma

questão de vontade do aluno ou do professor, é uma questão muito mais complexa,

onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como os problemas de

relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia de ensino e os

conteúdos escolares.

Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluno, por danos orgânicos ou

somente da sua inteligência, para solucioná-lo não teríamos a necessidade de

acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao ambiente

familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno isoladamente.

A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz. Se o professor

tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido, não permitirá a sua aprendizagem e

o seu desenvolvimento. Se o professor mostrar-se despreparado para lidar com o

problema apresentado, mais chances terão de transferir suas dificuldades para o

aluno.

Os primeiros educadores são os pais, com eles aprendem-se as primeiras

interações e ao longo do desenvolvimento, aperfeiçoa. Estas relações, já estão

constituídas na criança, ao chegar à escola, que influenciará consideravelmente no

poder de produção deste sujeito. É preciso uma dinâmica familiar saudável, uma

relação positiva de cooperação, de alegria e motivação.

Torna-se necessário orientar aluno, família e professor, para que juntos,

possam buscar orientações para lidar com alunos/filhos, que apresentam

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dificuldades e/ou que fogem ao padrão, buscando a intervenção de um profissional

especializado.

Cada pessoa é uma. Uma vida é uma história de vida. É preciso saber o

aluno que se tem, ele aprende. Se ele construiu uma coisa, não se pode destruí-la.

O psicopedagogo ajuda a promover mudanças, intervindo diante das dificuldades

que a escola nos coloca, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios e resgatando

o desejo de aprender. (Nadia Maria Dias da

Silva.www.colegiosantamaria.com.br.Pedagoga-Pisicopedagoga).

Não importa a época, o pesquisador, nem a concepção, mas sim o que foi

abordado em comum. Todos, desde:, Piaget, Vygotsky, Wallon e outros eram

cúmplices em suas reflexões. De maneiras diferentes ou não seus interesses se

encontravam na preocupação que tinham de que houvesse a aprendizagem por

parte dos alunos. Percebe-se que desde o início das explanações feitas sobre as

teorias citadas anteriormente, existe uma atenção especial sobre a questão da

aprendizagem. Desde o início dos tempos a sociedade vem se modificando e com

ela a necessidade de acompanhar enquanto escola, essa transformação.

A cada concepção estudada percebem-se as fases da mudança. Mudanças

essas que fizeram com que pesquisadores parassem e refletissem sobre o que

estava acontecendo com a educação. Cada vez mais, diante das teorias de

aprendizagem, evidencia-se a insatisfação das comunidades em geral. Há muito

tempo à escola deixou de ser um depósito de crianças e adolescentes onde eram

deixados para que seus pais pudessem trabalhar, para ser uma instituição onde os

alunos possam aprimorar seus conhecimentos científicos, tornando-se assim

capazes de interagir na sociedade em que vivem de modo a se tornarem cidadãos

atuantes e críticos.

Mas muitos são os fatores que impedem que essa aprendizagem aconteça. Toda a comunidade escolar: tanto pais, alunos, direção e professores têm sua opinião sobre o fracasso escolar. Cada um com seus anseios tentam de uma maneira ou de outra superar a dificuldade de transformar a escola em um ambiente agradável onde os alunos aprendam e alcancem todos os objetivos propostos obtendo assim o sucesso em suas vidas. O processo bem sucedido da aprendizagem, se observado, deveria tornar se consciente ao educando para que fosse reforçado e para que pudesse ser relembrado quando necessário. Isto, contudo, não é o que usualmente ocorre. (FREUDENTHAL apud MACHADO, 1992, p. 11).

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O resultado disso é demonstrado por meio da repetência e da evasão escolar

que temos nos dias de hoje. O desinteresse por parte de alguns alunos em estudar é

alarmante e causa grande preocupação, principalmente, dos docentes que se

questionam freqüentemente sobre de quem é a culpa disso tudo, e como resolver

esse problema. Apesar de muitos estudos alertarem para os sérios problemas da

educação no Brasil, o fracasso escolar ainda se impõe de forma gritante nas nossas

Estatísticas. Não é fácil encontrar uma definição clara e abrangente para designar

“problema de aprendizagem”.

Para Vygotsky (1988) o desenvolvimento cognitivo das crianças é

determinado por interações sociais com adultos. E é em volta dessa interação que

todas as disciplinas científicas que servem de embasamento ao processo educativo,

da Biologia à Antropologia e da Psicologia à Cibernética.

Nos últimos tempos, porém, estas sofreram fundamental transformação na

maneira de interpretar os fenômenos vitais, em particular, e os fenômenos sociais

em geral. Essa mobilização ocorreu e ainda ocorre para que a educação possa vir

cada vez mais de encontro à necessidade humana. Necessidade essa que

precisamos suprir por meio da tarefa de produzir uma educação para a cidadania.

3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA

Sabe-se que a importância da escola está intimamente ligada às

necessidades e ao progresso da humanidade. Diante disso cada disciplina tem seu

papel na construção do conhecimento do aluno e esta construção acontece

gradativamente com o passar do tempo. Há, porém aquelas disciplinas consideradas

mais fáceis e há as consideradas mais difíceis por parte dos alunos. E é

principalmente na disciplina de Matemática, que há um grande número de alunos

que apresentam dificuldades de aprendizagem e de professores que tentam lidar

com isso. Muitos professores pesquisadores reconhecem a importância da

matemática para a formação do indivíduo. Por exemplo, Piaget diz que por meio da

Matemática é que o homem o constrói os instrumentos para o desenvolvimento da

sua personalidade intelectual e de sua educação moral. Dessa forma o indivíduo

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desenvolverá o seu processo mental importante para a percepção e a compreensão

do mundo.

Muitas, como já foram citadas são as dificuldades de aprendizagem, mas é

principalmente na disciplina de Matemática que elas se destacam. E essas

dificuldades podem levar o aluno a perder o interesse pela disciplina, criando assim,

um mito em torno da mesma.

Segundo Piaget (apud MACHADO, 1992) esses fatores influenciam na

aprendizagem do indivíduo, criando para si um medo, um bloqueio mental no qual

não a deixa aprender. Ainda associado a essas teorias são evidentes as

metodologias inadequadas por parte de alguns professores que só reforçam nos

alunos a idéia de serem incapazes. Segundo Machado (1992, p. 31)

Os alunos se dispersam quando o ensino da Matemática se faz rotineiro, ocultando consciente e inconscientemente sua verdadeira força e beleza,complicando-a inutilmente com fórmulas que não sabem de onde vem. O ensino tem que alcançar uma investigação em que o aluno sinta sensação de estar fazendo algo com isso, em que se sinta mais confiante colocando em prática o seu trabalho efetivo e com isso, faça-o perceber o seu próprio rendimento.

Se o aluno não perceber a importância da aprendizagem acabará

acontecendo à reprovação ou até mesmo a evasão escolar. A falta de preparo do

professor não permite que eles percebam a forma que abandonam determinados

conteúdos de Matemática, sendo que muitos infelizmente não favorecem a

aprendizagem do aluno. Claro que este fator não é culpa dele já que foi educado

dessa forma, mas tem que ter a sensatez de não se acomodar com esta situação.

Conforme Dante (1989, p. 12) “o professor não é responsável pelo tipo de

ensino que recebeu, mas tem uma grande responsabilidade sobre o que leva para

as aulas”.

O que também ocorre é que o ensino da Matemática acaba na maioria das

vezes, resumindo-se a mera transmissão de informações dos conteúdos contidos

nos livros didáticos, sem a mínima relação com a realidade do aluno.

D’Ambrósio (1976, p. 35) diz que:

A preocupação maior no ensino da Matemática está em levar ao conhecimento do aluno uma série de algoritmos, fórmulas e símbolos, sem que fique explícito para que servem,onde serão usados e como serão usados. Não há, pois uma preocupação maior de integrar os conteúdos matemáticos com outras áreas do conhecimento.

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Na escola, a matemática é uma ciência ensinada em um momento definido

por alguém de maior competência. Na vida, a matemática é parte da atividade de um

sujeito que compra, que vende,que mede,e encomenda peças de madeira, que

constrói paredes, que joga. Que diferenças fazem essas circunstâncias para a vida

dos sujeitos?

Na aula de Matemática, as crianças fazem conta para acertar, para ganhar

boas notas, para agradar a professora e os pais, para passar de ano. Na vida

cotidiana, fazem as mesmas contas para pagar, dar troco, convencer o freguês.

Estarão usando a mesma Matemática? O desempenho nas diferentes situações

será o mesmo? Que papel exerce a motivação da venda? Que explicação existe

para que alguém seja capaz de resolver um problema em uma situação e não em

outra? O que fazer na escola se constata que as crianças sabem mais matemática

fora de sala de aula?Que postura deve ter o professor, que motivações devem

buscar para sua aula, se o mesmo teve uma formação tradicional, que não lhe

mostrou como relacionar os conteúdos da disciplina com o dia-a-dia do aluno?

Sabemos que grande parte dos professores busca, mesmo tendo essa

formação, inovar. Tentam especializar-se, criar formas de atrair a atenção do aluno,

de relacionar sua vida fora da escola com sua vida dentro da escola. Mas também é

visto que outros professores , ao contrário destes, citados anteriormente acomoda-

se com a formação que tiveram e continuam passando para os alunos aquela

matemática livresca, sem sentido algum.Sabemos que é difícil mudar, visto que sua

formação foi totalmente diferente. E que é mais fácil dar aula seguindo simplesmente

o livro didático.

Mas é certo se acomodar e continuar contribuindo com a submissão que

muitas crianças, adolescentes e até adultos se encontram pela preparação de uma

personalidade crítica, perseverante, democrática?

A sociedade capitalista em que vivemos hoje, onde poucos têm muito e

muitos têm pouco reforça a falta de preparo que nossos alunos obtêm na escola.

Muitas famílias sem ter ao menos comida para dar aos seus filhos estão longe de ter

estímulo para se preocuparem com o elo que a família deve ter com a escola.

Pais que trabalham o dia todo e deixam suas crianças sozinhas em casa,

muitas vezes sem ter o que comer, chega do trabalho sem ânimo algum para

acompanhar seus filhos na lição de casa, de olhar seus cadernos ou de perguntar o

que aprenderam naquele dia na escola.

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A base da educação de uma criança está na família. Mas a cada dia vemos

mais pais se separando ou filhos sendo criados pelos avós . Não há um

acompanhamento do aprendizado dessas crianças. Muitas vezes o professor vê a

responsável pelo aluno apenas uma vez no ano o dia do provão final – para pedir-

lhe que passe a criança .O estímulo, a conversa, o carinho, o alimento são

imprescindíveis para que ocorra a aprendizagem.

O que acontece também em alguns lugares é o trabalho infantil. Crianças fora

da escola ou então dividindo seu dia entre o estudo e o trabalho recebendo um

salário de fome, mas necessário para ajudar a família, que muitas vezes é quem

obriga a freqüência ao emprego.

4 A CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO SOBRE DIFICULDADES EM MATEMATICA

NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

Através do curso de pedagogia tivemos a oportunidade de identificar alguns

problemas que nossas crianças enfrentam no processo de ensino e aprendizagem.

Um dos problemas encontrados é as dificuldades de aprendizagem em

matemática nos iniciais do ensino fundamental, com esse tema foi feito uma

pesquisa de campo com os professores dos anos iniciais do ensino fundamental da

rede pública, com isso foi possível identificar alguns fatores que causam essa

dificuldade de aprendizagem.

Os professores pesquisados e que trabalham com alunos de 1° ano até o 5°

ano não tem formação completa, todos estão cursando pedagogia ou possuem

magistério. Para um bom ensino de qualidade é preciso que se tenha uma boa

formação profissional,a falta de experiência na área pode levar os professores a não

terem pleno conhecimento dos conteúdos a serem transmitidos para essas

crianças.Teoria e pratica caminham juntas para o desempenho do professor em sala

de aula,nossos professores não estão sendo preparados para entender o aspecto

essencial de sua atividade,que é como a criança aprende. A Formação Continuada

tem por objetivo, propor novas metodologias e colocar os profissionais a par das

discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que se

fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e

conseqüentemente da educação.

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Professores não sabem identificar quais são os objetivos principais do ensino

da matemática, esse é um fator muito importante para se ter bons resultados no

ensinamento dessa disciplina, a matemática, para a maioria dos professores é que

ela é utilizada no dia a dia e que ela ajuda a desenvolver o raciocínio lógico

matemático, mas sabemos que não é só isso, a matemática também ter por

objetivos instigar a curiosidade dos alunos e com isso faz com que eles utilizem

estratégias diferentes para resolver as situações problemas, alem de estratégias

aguça nos alunos a comprovação, a justificativa, a argumentação, o espírito critico, e

favorece a criatividade, o trabalho criativo, a iniciativa e a autonomia da capacidade

de conhecer e enfrentar desafios. È de fundamental importância que o professor

conheça os principais objetivos da matemática,de seus métodos e suas

aplicações.Para cada ano a matemática tem seus objetivos,para o primeiro ano

segundo ano e terceiro ano das series iniciais do ensino fundamental os objetivos

são:

Construir o significado do numero natural, a partir de seu diferente usos

no dia a dia;

Interpretar e produzir escritas numéricas;

Resolver situações problemas e construir, a partir delas, os significados

das operações fundamentais;

Desenvolver procedimentos de calculo - mental, escrito, exato e

aproximado;

Refletir sobre a grandeza numérica, utilizando calculador como

instrumento para produzir e analisar escritas;

Situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço;

Perceber diferenças e semelhanças entre objetos e espaços;

Utilizar sobre tempo e temperatura;

Utilizar instrumentos de medida;

Identificar o uso de tabelas e gráficos;

Para o quarto ano e quinto ano das Series iniciais do ensino Fundamental os

objetivos são:

Ampliar o significado do numero natural;

Construir o significado do numero racional e suas representações;

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Resolver problemas;

Ampliar os procedimentos dos cálculos;

Refletir sobre procedimentos de calculo;

Identificar características das figuras geométricas;

Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios;

Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar;

Os professores muito pouco sabem sobre os objetivos das turmas que

trabalham, cabe a cada professor identificar esses objetivos para que o ensino da

matemática não implique em tantas dificuldades.

A escolha dos recursos usados pelos professores ainda são muito

tradicionais sendo que hoje é possível utilizar desde o livro didático ate a tecnologia.

Os livros didáticos é uma seqüência pronta de conteúdos e muito pouco adequados

para a turma,por isso é necessário que o professor procure novos materiais como

brincadeiras,computadores,materiais concretos,buscar recursos que aticem a

capacidade e a curiosidade da criança,tornando a matemática prazerosa de ensinar

e aprender,deixando a decoreba e a copia sem sentidos de lado e usar outras

técnicas de ensino.È papel da escola ampliar o conhecimento e dar condições para

aprender,possibilitando uma aprendizagem significativa.Os alunos precisam do

apoio de recursos como materiais de contagem(palitos,fichas)instrumentos de

medidas,figuras,material dourado,material concreto etc.

A falta de um projeto bem definido e de materiais adequados pode gerar

certa desorganização no ambiente escolar e em seus alunos. Conteúdos mal

estruturados, ou que se apresentam de maneira desorganizada, exigindo dos alunos

saltos mentais e a utilização de conceitos que ainda não assimilou, podem gerar

muitas dificuldades.

A metodologia pode resultar em dificuldades por várias causas. É o caso da

exposição de conteúdos de maneira não estruturada, pouco clara e não levando em

consideração as possíveis lacunas em determinados conhecimentos; da falta de

exemplos simples para ilustrar as explicações; da ausência de uma avaliação

apropriada; da não utilização de uma linguagem acessível aos alunos; de um ritmo

de trabalho que não leva em consideração as necessidades e as capacidades dos

alunos; da má utilização e da não variação dos recursos didáticos.

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A avaliação dos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é de

acordo com seu desempenho e participação. A avaliação esta sendo feita para

medir a aprendizagem dos alunos e classificá-los em aptos ou não para prosseguir

os estudos. Para que não tenhamos essa pratica excludente, é preciso que os

professores reconheçam a necessidade de avaliar com diferentes finalidades, sobre

o que e como se avalia. Os professores avaliam o aluno pelo que aprendeu e não

como um todo, buscar novas alternativas de avaliação é uma pratica que deve ser

colocada em pratica por todos os docentes.

A maioria dos alunos desde o primeiro ano ate o quinto ano das series

iniciais do ensino fundamental apresentam dificuldades em aprender matemática. As

dificuldades mais freqüentes são interpretação de problemas, raciocínio lógico,

multiplicação e divisão que exige deles a memorização da tabuada. E como muitos

professores não permitem o uso de calculadoras e não procuram novos métodos a

aprendizagem se torna mais difícil. São muitas as dificuldades encontradas nos

primeiros anos de ensino por isso os professores estão procurando novas formas de

superar essas dificuldades mudando seu método de ensino, buscando materiais

didáticos diversos e assim facilitar a aprendizagem.

Ensinar e aprender matemática tem se tornado tarefas cada vez mais

complexas diante dos anseios de formar, também por meio da matemática cidadãos

mais críticos e participativos na sociedade da qual fazem parte. No entanto, os

modos como um professor conduz os processos de ensino e de aprendizagem são

determinados não só pelo modo como os professores encaram o ser cidadão, mas,

sobretudo, sobre o modo como entendem a matemática e os próprios processos de

ensinar e aprender.

Deste modo, algumas reflexões iniciais são importantes, pois influenciam e

determinam o modo de agir dos professores em sala de aula.

Se o professor entende a matemática como mera disciplina do currículo ou apenas

como uma linguagem com suas regras próprias e imutáveis podem entender o

ensinar matemática como transmitir uma série de informações sobre esta linguagem

e dos modos corretos de utilizá-la, bem como entender o aprender matemática como

o “memorizar” tais regras próprias da linguagem. Nessa perspectiva, o objetivo do

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ensino da Matemática nas séries iniciais é que os alunos reconheçam a Matemática

como uma linguagem e a utilizem em contextos onde a sua vida necessitar.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao terminar esse curso foi possível concluir que nosso caminho é longo, num

processo continuo de construção e reconstrução de saberes, fomos amadurecendo

nossas idéias e descobrindo que ser educador não é apenas ministrar conteúdos e

conseguir impor disciplina na sala de aula, pelo contrario, professor é aquele que

estimula o aluno a fazer reflexões, que respeita o conhecimento prévio dos seus

alunos, que dá espaço para as criticas fazendo assim com que o aprendizado

aconteça de maneira prazerosa e significativa. Dessa forma,vale lembrar como

afirma Freire(1999) que:“ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar

possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.

Compreendemos que a escola pode se tornar um espaço de transformação

social onde nós os professores somos principais autores desse processo. Que é

papel da escola formar cidadãos, dar aos alunos os ensinamentos de que eles

necessitam para viver e trabalhar neste mundo de evolução, bem como orientá-los

para a vida. Deve o professor conduzir o aluno de forma que possa o aprendizado

ser mútuo e repleto de paixão. O professor deve traduzir os ensinamentos de forma

que o aluno se sinta dentro de uma inesquecível viagem e dessa forma possa

assegurar a produtividade do ensinamento, sempre utilizando-se da criticidade no

ensino e aprendizagem dos conteúdos.

Os docentes devem se preocupar, também, com a arte do ensinar. Não basta

ser um bom pesquisador, necessário se faz que seja, também, um bom transmissor

de conhecimentos e formador de opinião.

Durante o curso tambem foi possivel aprender a importancia de cada tipo de

avaliação (somativa,formativa e diagnostica) para o processo de ensino

aprendizagem.Entendemos que a avaliação não pode ser de caracter punitivo e

classificatório.O professor deve rensar a todo tempo sua pratica pedagogica e

buscar os melhores caminhos e meios para que o aprendizado dos seus alunos de

fato aconteça.Durante nossa vida profissional de educador o nosso fazer e nossa

formação devem se tornar objetos permanentes de discussão.Para que o aluno

tenha sucesso na escola,o professor precisa instigar o aluno,ou seja,criar ou leva-lo

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á duvida,á contestação,á inquietação e ao questionamento.A transmissão do saber

precisa ser estimulante e prazerosa.Há que se estabelecer entre os mestres e seus

aprendizes uma relação de troca porque ensinar também é,antes de

tudo,aprender.“ninguém nasce feito,é experimentando-nos no mundo que nós nos

fazemos”.(Paulo Freire).

Ser professor não é so dominar o assunto, é tambem não perder o

entusiasmo na sala de aula,é emocionar-se ao perceber o progresso de seus

alunos,é empenhar-se na busca de melhores métodos de ensino,é usar seus

conhecimentos não para humilhar os que não sabem,mas para mostrar-lhes como

aprender cada vez mais.Por isso,os verdadeiros professores são pessoas

especiais:eles tornam a humanidade melhor.

Durante nosso curso foi possivel identificar muitos problemas que a nossa

educação ainda enfrenta,com isso foi possivel desenvolver uma pesquisa das

dificuldades em aprender matematica nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,e foi

possivel constatar que o problema dessas dificuldades estão na formação

imcompleta dos profissionais dessa area,nos metodos de ensino ainda tradicionais

sem criatividade e utilização a pouca utilização de materias didáticos diversificados

ainda usando a decoreba como o meio de ensino,a avaliação destruturada sem

objetivos que estimulem os alunos a aprenderem com alegria.

Os desafios são muitos mas desistir é uma palavra que não pode estar no

vocabulario de um professor.”Não se pode falar em educação sem amor”(Paulo

Freire).

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