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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS ORGANIZAÇÕES Fernanda Corrêa Nascimento Orientador Profº Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS ORGANIZAÇÕES

Fernanda Corrêa Nascimento

Orientador

Profº Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2016

DOCUMENTO P

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EITO A

UTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS ORGANIZAÇÕES

Apresentação de Monografia à AVM – Faculdade Integrada, como requisito parcial para obtenção de grau de especialista em MBA em Pedagogia Empresarial.

Por: Fernanda Corrêa Nascimento

Rio de Janeiro

2016

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter conseguido chegar até aqui, que Ele continue a abençoar

todos os meus passos.

A toda a minha família por toda ajuda e compreensão.

Aos meus professores e amigos que facilitaram minha caminhada e

proporcionaram que meu aprendizado fosse repleto de direção.

RESUMO

O objetivo desse estudo é mostrar a importância do pedagogo nas organizações enquanto profissional que atue nas várias instâncias da prática educativa e aos processos de transmissão, assimilação e modos de ação dos saberes, com vistas à formação e ao desenvolvimento contínuo das capacidades humanas intelectuais, sociais, cognitivas e afetivas, com a intenção de dar condições ao ser humano de alcançar patamares necessários à produção de novos saberes, habilidades, atitudes e valores, essenciais aos enfrentamentos e às exigências contínuas da sua vida diária, e assim criar uma integração e comunicação dentro da empresa que proporcionem uma excelência e consequentemente o aumento de produtividade.

Palavras – Chave: Profissional da Pedagogia; Pedagogia Empresarial; Gestão de Pessoas.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa

bibliográfica, partindo-se da consulta e revisão de livros, artigos, periódicos e

trabalhos acadêmicos relacionados com o tema, disponibilizados em bancos de

dados da internet. Foram utilizadas para a busca as seguintes palavras: Profissional

da Pedagogia, Pedagogia Empresarial e Gestão de Pessoas.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 07

CAPÍTULO I

A PROFISSÃO DE PEDAGOGO ............................................................... 09

CAPÍTULO II

O PEDAGOGO EMPRESARIAL ................................................................. 16

CAPÍTULO III

DOS DESAFIOS E POSSIBILIDADES ....................................................... 27

CONCLUSÃO ............................................................................................. 31

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 32

ÍNDICE ....................................................................................................... 35

FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................ 36

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INTRODUÇÃO

O pedagogo empresarial hoje vem crescendo gradativamente, onde o seu

papel é o de desenvolver, estimular e provocar mudanças nas três vertentes,

(funcionários, empresa e cliente). O pedagogo nada mais é que o mentor para

nortear a reeducação e a educação também para adultos, neste caso nas

organizações.

Com a parceria do Departamento de Recursos Humanos (RH), se torna mais

fácil à convivência entre o empregador e empregado visando, maior produção novas

construções e maior interesse junto aos colaboradores. Sua atuação prática por

meio de treinamentos, palestras, cursos, educação diária, testes de aptidão,

avaliações constante, programas e planejamentos e observações, atividades e

dinâmicas envolvendo o capital humano, proporciona a interação dentro do ambiente

de trabalho.

O pedagogo empresarial tem como uma de suas atribuições mais importante,

além de citadas acima, a valorização dos saberes e fazer o colaborador aprender,

além de intervir de forma grandiosa e positiva diariamente no crescimento de suas

habilidades e competências.

Podemos dizer que a atuação do pedagogo empresarial é indispensável para

um melhor andamento e desempenho nas organizações, e que seus conhecimentos

os qualificam para uma melhor interação de forma visionária, moderna e flexível em

todos os setores da empresa.

O pedagogo está apto a desenvolver o CHA (Conhecimento, Habilidade e

Atitude) de cada indivíduo (colaboradores), não deixando de investir, ou seja, "bater

em cima" das competências, extraindo o interesse e a motivação para atuação em

diversas áreas. Assim, sendo um grande motivador e incentivador para o melhor

crescimento humanizado nas organizações

Para realizar essa investigação a questão central foi elaborada com base no

tema e no objeto, apresentados anteriormente; e propõe pesquisar: a importância do

pedagogo dentro das organizações.

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Para delimitação da pesquisa foi necessário elaborar a seguinte questão

específica: Quais os benefícios da atuação do pedagogo dentro das empresas, tanto

para a organização quanto para o recurso humano?

Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância do profissional

pedagogo que atua dentro das organizações com vistas à formação e ao

desenvolvimento contínuo das capacidades humanas, intelectuais, sociais,

cognitivas e afetivas, com a intenção de dar condições ao colaborador de alcançar

novos saberes, adquirir e desenvolver habilidades, atitudes e valores, essenciais aos

enfrentamentos e às exigências contínuas do ambiente organizacional.

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CAPÍTULO I

A PROFISSÃO DE PEDAGOGO

1.1 Onde começa essa história

Essa história começa há séculos atrás com os filósofos que estudavam os

problemas educativos. Depois, em Roma e na Grécia vieram os “pedagogos

escravos” que conduziam e acompanhavam as crianças. Após, o fim da escravidão,

vieram os “preceptores”, que eram os mestres encarregados na educação no lar,

eram estudantes pobres que em troca de hospedagem, alimentação e o recebimento

de alguma importância ensinavam aos filhos dos senhores (HOLTZ, 2006, p.11).

Saviani afirma que:

Desde a Grécia, delineou-se uma dupla referência para o conceito de pedagogia. De um lado, foi desenvolvendo-se uma reflexão estreitamente ligada à filosofia, elaborada em função da finalidade ética que guia a atividade educativa. De outro lado, o sentido empírico e prático inerente à paideia entendida como a formação da criança para a vida reforçou o aspecto metodológico presente já no sentido etimológico da pedagogia como meio, caminho: a condução da criança (2012, p. 2).

Dessa forma, a educação era vista sob dois panoramas: um filosófico e outro

prático. Um lado era a educação refletida, sob a ótica da ética, que considerava a

sociedade da época e os efeitos da educação sobre ela. Do outro, estava à

educação prática, refletida à luz do empirismo e com foco no método que conduz a

criança.

Ainda segundo Saviani (2012, p.4), a dualidade entre educação reflexiva e

condutora foi ampliada e passou-se a pouco refleti-la e questioná-la. Foi a

dissociação entre teoria e prática no campo da Pedagogia. “O saber educacional

passou a ser pouco refletido condutores de crianças. A Filosofia passou a estudar a

educação do ponto de vista científico, distanciando-se do empirismo”.

Passa-se, então a uma fase do controle do conhecimento, pois os homens

que refletiam a educação começaram a perceber que ela tem uma íntima relação

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com o poder. Exemplo disso foi à igreja católica que possuía grandes acervos que

somente eram disponíveis a um grupo limitado de pessoas. A educação, daqueles

que tinham acesso, era restrita (SAVIANI, 2012, p.3).

Foi nessa época que se deu o aparecimento das primeiras escolas

particulares e que a palavra “pedagogo” começou a ser usada como sinônimo de

“Mestre escola”. “Foi da palavra PEDAGOGO que derivou, o termo PEDAGOGIA,

vocábulo que aparece para designar uma ciência e uma arte que tinha raízes

antiquíssimas, quase tão velhas como a própria humanidade - a da educação das

pessoas” (HOLTZ, 2006, p.13).

A primeira vez que a palavra “pedagogia” surgiu foi em um dicionário de

língua francesa no século XVIII, como Ciência da Educação dando peso a palavra e

a profissão de pedagogo (HOLTZ, 2006, p.13).

No Brasil, a primeira concepção de pedagogia se dá com a chegada dos

jesuítas que dão início a educação formal, datada de 1599 a 1759, onde o domínio

da visão era tradicional religiosa.

Saviani (2012, p. 12) relata que o termo “pedagogia” surgiu oficialmente no

Brasil em 1826 na reabertura do parlamento, no projeto que resultou na Lei das

Escolas de Primeiras Letras. Entretanto, o termo era considerado inadequado e

carregado de conotações negativas.

Ao que parece, é essa a primeira vez, na história da educação brasileira, que aparece a palavra “pedagogia”. Mas seu caráter controverso já se manifestou também, de imediato, pois foi rechaçada pelo deputado Ferreira França, que informou tratar se de um termo de origem grega que significa “guia de meninos”, incompreensível para a maioria das gentes. Pronunciou-se, pois, pela sua rejeição, optando pela expressão “instrução pública”, que figura na Constituição, ou então por “escolas de primeiras letras”, devendo-se, em qualquer caso, riscar o nome bárbaro de “pedagogia” (SAVIANI, 2012, p. 12)

O termo “pedagogia” durante longo tempo teve sua conotação negativa e

muitos autores não a utilizavam devido ao seu caráter pejorativo.

A partir daí, dá-se as transformações com a concepção tradicional leiga, a

concepção moderna e finalmente a concepção dialética e crítico reprodutivista “em

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contraposição à concepção produtivista cuja expressão mais característica pode ser

encontrada na teoria do capital humano”. (SAVIANI, 2012, p. 20).

Dessa forma, a profissão de pedagogo parece-nos que sempre existiu,

conduzindo o comportamento humano. Entretanto, observa-se que a ideia de que a

profissão de pedagogo se restringe ao professor da sala de aula ainda é uma visão

que segue em transformação.

Segundo Libâneo (2001, p. 5), é errôneo quando se limita a pedagogia aos

métodos de ensino e a educação ao ensino, tendo em vista a abrangência de

campos educativos e a diversidade de práticas educativas.

Contudo, entende-se que o pedagogo, é um cientista da educação, tem

espaço no lugar em que está a educação. Para Libâneo (2001, p. 6-7), “Pedagogia

diz respeito a uma reflexão sistemática sobre o fenômeno educativo, sobre as

práticas educativas, para poder ser uma instância orientadora do trabalho

educativo”. Ou seja, ela não se refere apenas às práticas escolares, mas a um

imenso conjunto de outras práticas.

Aonde este conjunto de outras práticas, nos remete a educação ou a prática

educativa como:

um conjunto dos processos, influências, estruturas e ações que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais, visando a formação do ser humano. A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência humana individual e grupal (LIBÃNEO, 2001, p. 7).

Diante disso, estes processos abrangem competências que intercedem no

progresso humano e na sua formação ativa com o meio natural e social, num

delimitado contexto de relações sociais.

No entendimento de Holtz (2006, p. 18) para intervir de forma eficaz no

desenvolvimento humano individual ou em grupo, é necessário que o pedagogo

conheça à pessoa humana e faça uso de todas as ciências humanas, para assim,

conduzir e orientar. É um processo de construção que integra, simultaneamente,

diversos conhecimentos e promove o desenvolvimento intelectual e moral do

indivíduo.

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E, esse processo tem início na formação do pedagogo, onde o curso de

Pedagogia é destinado à formação de profissionais interessados em estudos do

campo teórico-investigativo da educação e no exercício técnico-profissional, como

pedagogos no sistema de ensino, nas escolas e em outras instituições educacionais,

inclusive as não escolares, aonde a formação destes profissionais contemple a

preparação adequada. Que segundo Libâneo (2001, p.15), “se destina a formar um

profissional qualificado para atuar em vários campos educativos, para atender

demandas socioeducativas (de tipo formal, não formal e informal) decorrentes de

novas realidades”.

O autor explica que:

a educação informal corresponderia a ações e influências exercidas pelo meio, pelo ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimento, experiências, práticas, mas que não estão ligadas especificamente a uma instituição, nem são intencionais e organizadas. A educação não-formal seria a realizada em instituições educativas fora dos marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e estruturação. A educação formal compreenderia instâncias de formação, escolares ou não, onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática (LIBÂNEO, 2010, p. 31).

Contudo, paralelo as teorias sobre a excelência na formação do profissional

pedagogo, o curso de pedagogia tem uma história de desafios. Desde seu ingresso

na universidade no século XX, foram estabelecidas uma série de regras que ora

estabeleciam suas modalidades ora criavam maneiras diferentes de enxergar o

profissional da educação.

E, dessa forma, frente a inúmeras alterações curso de Pedagogia, as

preocupações com a formação docente produziram um forte debate no âmbito

acadêmico e político. A identidade profissional do educador gerou discussões que

tinham foco, dentre outros aspectos, a base comum nacional.

Uma dessas discussões foi realizada em 1983, no Encontro Nacional para a

Reformulação dos Cursos de Preparação de Recursos Humanos para a Educação,

em Belo Horizonte, e foi firmado “o princípio de que a docência constitui a base da

identidade profissional de todo educador” (COSTA, 2013, p. 15) tendo sido

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reafirmado esse entendimento nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso

de Pedagogia, que compreendem a docência como:

(...) ação educativa e processo pedagógico metódico e intenciona l, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo (BRASIL, CNE, 2006, Art. 2° § 1º).

Portanto, a busca pelo conhecimento apresenta o profissional pedagogo

como um agente de transformação da sociedade, o que possibilita sua atuação

pedagógica não apenas na instituição escolar, mas também, em outros campos de

atuação o que amplia a realidade do trabalho e da aprendizagem.

1.2 O pedagogo na modernidade

A sociedade moderna apresenta demandas de caráter social e educacional

promovidas pelas consequências do sistema capitalista e da globalização que

ultrapassaram os limites formais do espaço escolar.

Em 2006, com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de

Pedagogia, homologadas, diferentes possibilidades de inserção no âmbito do

trabalho pedagógico foram vislumbradas, sucedendo várias reflexões e estudos no

que se refere à formação e atuação do pedagogo no âmbito da educação formal e

não formal (AQUINO et al., 2011, p. 248-250). Contudo, não esclarece como deve

ocorrer essa formação, deixando em aberto para que cada instituição de ensino

possa priorizar a grade curricular que considere condizente com as necessidades

locais, estabelecendo uma base teórica comum e uma diversificada.

Cabral (2015, p. 8) ressalta a importância desse profissional na formação

educacional nas escolas, como também, “ser capaz de atuar em diferentes espaços

que existam processos educativos, por possuir uma formação eclética, voltada para

o desenvolvimento humano”.

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Cabral (2015, p. 9) cita Frison (2006) “a educação dava caminhos a serem

seguidos, causando grandes estragos na vida dos indivíduos, na medida em que

trouxe consequências como a robotização, a eliminação da criatividade, as pessoas

passaram a agir de forma mecânica”. Na contemporaneidade, a sociedade exige

que a educação proporcione a emancipação e reflexão do sujeito, de forma a torná-

lo capaz de pensar e repensar suas ações, de acordo com as necessidades

estabelecidas pelo padrão emergente, que foca na educação do sujeito para que

tenha uma visão ampla e diversificada do mundo que ao qual pertence.

Nesse sentido, o pedagogo diante desse novo paradigma, numa sociedade

em constante processo de transformação, é o profissional que, a cada dia mais, se

enquadra para exercer essa função de transmissão do conhecimento, “ocorrendo

em muitos lugares, institucionalizados ou não, sob várias modalidades” (LIBÂNEO,

2010, p. 31).

Assim, este profissional tem que estar preparado para entender a educação

como um fenômeno multifacetado, onde as constantes mudanças e os avanços

tecnológicos fazem com que a disseminação do conhecimento sejam mais rápidos,

e o pedagogo ligado a essa prática, tem que estar atento, pois é também um sujeito,

participante e inserido nesse contexto.

Cabral (2015, p. 10) cita Fireman (2006), “(...) o pedagogo necessita refletir

constantemente sobre seu trabalho”, atualizar-se e se interar das necessidades da

sua área de atuação.

Entretanto, não se trata de uma tarefa fácil, a formação desse profissional

está sempre sendo questionada, principalmente nos quesitos qualidade e foco na

educação. Nesse sentido, a proposta atual é que a formação do pedagogo possua

uma base docente, que constitui um conjunto de conhecimentos que, independente

do campo de atuação, são necessários para a ação docente. Sobre esse assunto,

Saviani (2012) afirma:

Ora, se é possível compreender as formas não escolares de educação a partir da escola e o inverso não é verdadeiro, então o educador formado sobre a base da dissecação da anatomia escolar estará capacitado a compreender todas as demais formas de educação, qualificando se, portanto, para também agir nelas (SAVIANI, 2012, p. 132).

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Então, o campo escolar para este profissional é a constituição de tudo,

qualificando-o para atuar nas demais áreas.

Nesse sentido, Libâneo (2010, p. 58) cita Beillerot (1985), onde afirma que a

sociedade atual constitui-se numa “sociedade pedagógica” e o campo da Pedagogia

se ampliou para as várias instâncias onde a educação intencional se desenvolve,

muitas delas em espaços não escolares. Baseado na docência, o pedagogo pode

atuar em atividades ligadas à cultura, conscientização, aprendizagens em nível de

massa, como campanhas governamentais, sempre tendo o foco na educação

intencional, planejada, pois o pedagogo é o profissional específico que estuda as

minúcias dessa intencionalidade, para compreendê-la e aplicá-la de forma desejada

e adequada aos objetivos da instituição a qual está vinculado.

Assim, o pedagogo está apto a desenvolver o CHA (Conhecimento,

Habilidade e Atitude) de cada indivíduo (colaboradores), não deixando de investir,

extraindo o interesse e a motivação para atuação em diversas áreas.

Segundo Dias et al. (2014, p. 6), a aprendizagem humana é determinada pela

interação entre o indivíduo e o meio, da qual participam os aspectos biológicos,

psicológicos, e sociais.

Nesse contexto, é pertinente afirmar que: é fundamental que o funcionário seja estimulado em sua atividade/criatividade e que seja respondido às suas perguntas, curiosidades por meio de descobertas concretas, desenvolvendo a sua autoestima, criando em si uma maior segurança, confiança, tão necessária à vida profissional; É preciso que os lideres se impliquem nos processos educativo dos funcionários no sentido de motiva-los afetivamente ao aprendizado através de estímulos (DIAS et al. 2014, p. 6).

Segundo Costa (2013, p. 19) a literatura especializada que trata de educação,

ensino e aprendizagem aplicados às organizações trazem um “olhar psicológico”

sobre esses termos, ou seja, é um processo psicológico que ocorre com o indivíduo.

Portanto, o pedagogo é formado para além da visão psicológica da

aprendizagem, pois seu preparo é para a atuação e para a aplicação das várias

teorias que prestam serviço à educação na prática.

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CAPÍTULO II

O PEDAGOGO EMPRESARIAL

2.1 A importância do pedagogo no ambiente corporativo

Ao longo do tempo, a Pedagogia sofreu alterações teóricas e práticas, que

possibilitaram uma ampliação do seu campo de atuação, visto que, do atendimento

a educação formal expandiu sua área educativa e passou a abranger também

alguns aspectos das demais áreas do conhecimento.

Assim, antes de entrarmos na importância do pedagogo para as empresas,

vale mostrar algumas das definições sobre o que é a Pedagogia Empresarial.

Segundo Cadinha et al. ( 2011, p.32), Pedagogia Empresarial é:

[...] um ramo da Pedagogia que se ocupa em delinear frentes para que ocorra o desenvolvimento dos profissionais, como um diferencial entre as empresas. Ela procura favorecer uma aprendizagem significativa e o aperfeiçoamento do capital intelectual (produto da Pedagogia Empresarial) para o desenvolvimento de novas competências que atendam ao mercado de trabalho.

Ribeiro (2010, p.11), comunga das ideias de Cadinha (2011), e esclarece que:

A pedagogia empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes diagnosticadas como indispensáveis/necessárias à melhoria da produtividade.

Sobre Pedagogia Empresarial, Abrantes (2012, p.141) diz que:

(...) se ocupa do desenvolvimento do capital intelectual da empresa, ou seja, do desenvolvimento das pessoas, homens e mulheres. Por meio de métodos e recursos didático - pedagógicos, as pessoas aprendem e se modificam.

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Percebe-se, que estas conceituações definem o papel do pedagogo nas

organizações como o educador e condutor do desenvolvimento de sua principal

referência que é o capital humano.

A atuação do pedagogo nas organizações está ligada a educação não

escolar, e por essa razão os cursos de Pedagogia tem em seus currículos atuais

disciplinas que têm como conteúdo a atuação do pedagogo nestes espaços.

Nas empresas, há atividades de supervisão do trabalho, orientação de estagiários, formação profissional em serviço. Na esfera dos serviços públicos estatais, disseminam-se várias práticas pedagógicas de assistentes sociais, agentes de saúde, agentes de promoção social nas comunidades etc. Ampliam-se programas sociais de medicina preventiva, informação sanitária, orientação sexual, recreação, cultivo do corpo. Ano a ano aumenta o número de congressos, simpósios, seminários. Desenvolvem-se em todo o lugar iniciativas de formação continuada nas escolas, nas indústrias. As empresas reconhecem a necessidade de formação geral como requisito para enfrentamento da intelectualização do processo produtivo. (LIBÂNEO, 2010, p. 27).

A procura das organizações por este profissional formado para trabalhar com

educação, ensino e aprendizagem, se dá em decorrência do entendimento

corporativo da importância da mudança de comportamento para a melhoria da

produtividade e qualificação profissional contínua.

Desde os anos 90, com a globalização, ocorreram modificações na sociedade

e também no âmbito empresarial, com a chamada reengenharia produtiva,

reestruturações organizacionais. Assim, o setor empresarial passou a investir e

incentivar treinamentos, ou seja, a formação continuada, que antes era privilégio do

ambiente educacional, e a ter um discurso empresarial de que o fator que pode levar

uma empresa ao sucesso é o fator humano e que isso se dará pelo aprendizado

(PASCOAL, 2007, p. 188).

Na definição de Chiavenato (2010, p. 367), “aprendizagem é uma mudança

no comportamento da pessoa através da incorporação de novos hábitos, atitudes,

conhecimentos, competências e destrezas”.

Neste contexto, quando se fala em “mudança de comportamento” o que

requer a utilização de conhecimentos psicológicos, o pedagogo empresarial se

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utiliza dos conhecimentos dessa ciência, por tratar-se de um profissional preparado

para atuar e para aplicar as várias teorias que prestam serviço à educação na

prática.

Esse entendimento é confirmado por Libâneo:

Pedagogia, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnico-profissionais, investiga a realidade educacional em transformação, para explicar objetivos e processos de intervenção metodológica e organizativa referentes à transmissão/assimilação de saberes e modos de ação (LIBÂNEO, 2010, p. 32)

Assim, o pedagogo enquanto profissional com estudos mais profundos no

processo de aprendizagem, e que pode aplicar as variadas ciências, torna-se um

profissional importante para o desenvolvimento organizacional.

Holtz (2006, p. 6) diz que “uma empresa sempre é a associação de pessoas,

para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo empresário, pessoa

empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir os objetivos

também definidos”. Ou seja, esse grupo de pessoas em prol de um objetivo comum,

necessita de um condutor com a formação e conhecimento do pedagogo, que irá

encontrar soluções, criar ações pedagógicas que mantenham o ambiente positivo,

que motivem a produtividade individual, das habilidades e competências, que

atinjam os objetivos individuais e os objetivos da empresa.

Este conjunto de ações que visam atender aos anseios empresariais faz parte

da atuação do pedagogo, pois este profissional estudioso das teorias educacionais é

capaz de articulá-las e aplicá-las em várias instâncias.

Trabalhando interligado a outros gestores e junto ao departamento de

recursos humanos, a Pedagogia Empresarial, segundo Ribeiro (2010, p. 10),

apresenta-se como “um elemento de articulação entre o desenvolvimento das

pessoas e as estratégias organizacionais”, o que coloca o pedagogo empresarial e a

área de recursos humanos num ponto chave da estratégia e gestão organizacionais.

Pascoal (2007, p. 189) cita Greco (2005) quando diz que o pedagogo

empresarial precisa atuar em harmonia com os outros profissionais de gestão,

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“assim será possível elaborar e consolidar planos, projetos e ações que visem

colaborar para a melhoria da atuação dos funcionários, bem como para melhorar o

desempenho da empresa”.

Ainda, segundo Pascoal (2007, p. 190), o que credencia o trabalho do

pedagogo na empresa vai além de seus conhecimentos gerais, outros requisitos são

assim identificados: “conhece recursos auxiliares de ensino, entende do processo de

ensino-aprendizagem, sabe avaliar seus programas, estudou didática (arte de

ensinar) no seu curso superior, sabe elaborar projetos, além de outras atividades”.

Este profissional tem como atribuições dentro da empresa administrar atividades

relacionadas à educação, planejar e avaliar o desempenho profissional dos

funcionários.

Onde planejar é uma de suas principais atribuições, sem é o planejamento é

impossível antecipar fatos e situações, ou tomar decisões. De curto ou de longo

prazo sua essência está na tomada de decisões, visando à obtenção do resultado.

Nesse sentido, Ribeiro (2010, p. 65) diz que é “um conjunto de procedimentos

formais que uma empresa utiliza para facilitar a aprendizagem de seus funcionários,

de forma que sua conduta resultante contribua para a consecução dos objetivos e

fins da organização”.

Cabe ao pedagogo empresarial encontrar soluções para que ocorra o

desenvolvimento dos profissionais, de forma a transmitir uma aprendizagem

significativa e a conduzir o profissional na atividade que melhor se ajuste para o

aproveitamento de suas qualidades, assim ele cria um diferencial no capital humano

das organizações.

Holtz (2006, p. 15), acerca da responsabilidade da Pedagogia Organizacional

informa que ela deve incluir as etapas:

1. Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas – o objetivo de toda a organização. 2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde trabalha. 3. Conduzir as pessoas que trabalham na organização – dirigentes e funcionários na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais. 4. Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões...) para o desenvolvimento integral das pessoas, influenciado-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade.

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5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade organizacional. 6.Conduzir o relacionamento humano, através de ações, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade.

Todas estas etapas quando aplicadas, visam fornecer o contexto apropriado

para que o Pedagogo seja capaz de transformar o aprendizado de forma efetiva,

com cuidado e atenção no ambiente de trabalho.

Cagliari cita Andriani (1991):

As mudanças acontecem se houver ambiente para que elas ocorram. O peixe tem na água o seu ambiente para a sua sobrevivência. Para que uma organização possa caminhar para altos índices de qualidade e produtividade, é necessário que ela se abra para a participação dos funcionários. E a participação só ocorrerá de forma afetiva, se for gerado ambiente para tal; caso contrário, a participação não sobreviverá. Este ambiente começa a ser gerado, exercitando o respeito ao funcionário, ouvindo seus problemas de trabalho e antes de tudo, valorizando suas ideias (2009, p. 4).

Nesse sentido, a qualidade do ambiente dentro da organização, e que é

percebida pelos membros dessa organização como sendo boa ou não, é o que

influencia o seu comportamento. Segundo Nascimento (2008, p. 2) “O clima é a

forma como os colaboradores percebem e interpretam a organização, sendo o

resultado de como os recursos humanos são administrados dentro da empresa”.

Nesse contexto, continua a autora,

uma mesma situação será percebida de diferentes maneiras, por diferentes pessoas na Organização inteira, gerando diferentes climas e, portanto, diferentes motivações e percepções da Organização. Não se pode, então, falar em um único clima organizacional. Já que este irá se alterar a todo momento. Daí a importância do psicopedagogo investigar o clima, através da realização de uma Pesquisa de Clima, contemplando questões que considerar pertinente para aquele momento específico dentro da Organização (NASCIMENTO, 2008, p.2).

21

Dessa forma, o pedagogo empresarial faz a mudança necessária, desde que

atue com ações diversificadas e constantes à cultura organizacional, atualizando sua

estrutura e sistemas de gestão, treinando pessoas com ações permanentes através

de seu conceito de cultura, trabalhando em prol da diminuição das resistências às

mudanças, dentre outras.

Outra variável importante para o pedagogo empresarial é trabalhar também

com o quesito motivação, porque de nada adianta dar soluções aos conflitos, criar

ambiente favorável se o funcionário não estiver motivado, a motivação é o

influenciador do desempenho responsável para levar o indivíduo a fazer algo.

Quando o funcionário se sente frustrado, insatisfeito nas suas necessidades

ele, na maioria das vezes bloqueia sua capacidade de produzir. Estas necessidades

podem ser físicas ou psicológicas, ou ambas, sendo a baixa autoestima a que

bloqueia a capacidade do indivíduo de produzir (Holtz, 2006, p. 46). Ao pedagogo

interessa influenciar positivamente na mudança deste estado, visto que interfere no

processo de ensino e aprendizagem e esta diretamente ligada a produtividade.

Com isso, cabe ao pedagogo buscar meios e instrumentos que desenvolvam

não só o aperfeiçoamento, mas que proporcionem ao aprendiz autonomia suficiente

para que ele perceba-se capaz de atingir suas metas profissionais e individuais e

trabalhar sua autoestima. Para isso, esse profissional se utiliza dos conhecimentos

da psicologia, onde através dessa visão psicológica é possível trabalhar o

comportamento das pessoas, além de trabalhar em conjunto com profissionais do

setor de Recursos Humanos das empresas (COSTA, 2013, p.20).

Essa parceria com a área de Recursos Humanos proporciona ao pedagogo a

responsabilidade de treinar pessoas, de organizar projetos que facilitem a formação

de equipe de trabalho, de fazer o planejamento de avaliação de remumeração,

recrutamento, seleção e levantamento de profissionais, para que possa ter

resultados significativos dentro das empresas, visando assim um trabalho mais

humanizado e uma qualidade de vida melhor.

Em algumas organizações o pedagogo empresarial além da área de

Recursos Humanos, atua também na área administrativa dependendo de sua

experiência e capacitação profissional, com a função de empreender ideias

22

respeitando o sujeito enquanto cidadão, integrando a família no contexto local,

dinamizando o conhecimento.

Diante desse contexto, Trevisan et al (2003, p. 2) dizia que “este profissional

deve ter uma formação mais horizontalizada, ou seja, deve ser um agente voltado

para o desenvolvimento do ser humano como um todo (...)”. Pois, as empresas

funcionam com as pessoas.

E, em se tratando de pessoas este profissional tem que ter a capacidade de

trabalhar em equipe, de liderar, visto que esta capacidade se trata de influenciar e

tomar decisões. Ao trabalhar em equipe este profissional redimensiona conceitos e

práticas, desenvolve novas atitudes, direcionam a novas posturas e a novas

competências com o intuito de atender as demandas do mercado e também, ao

crescimento pessoal e profissional dos colaboradores (TREVISAN et al., 2003, p. 3).

Continuam os autores, a ressaltar, que este crescimento está diretamente

relacionado “a aquisição de novos conhecimentos que lhe são proporcionados no

próprio local de trabalho”. Nesse sentido, o pedagogo deve interagir, ouvir e

interpretar as necessidades da equipe.

Sua capacidade de liderar envolve o respeito, a cooperação, a participação, o

diálogo, para que possa ser percebido como líder, o que exige reflexão e percepção

a respeito do comportamento da equipe. Bem como, ter a capacidade de encontrar

soluções em conjunto para situações complexas, práticas, de dar autonomia e de

negociar (SILVA et al. 2014, p. 62).

Tudo isto que já foi dito está relacionado a gestão de pessoas, que envolve

mudanças e inovações. Nem todo mundo está preparado para as mudanças, assim,

a função do pedagogo empresarial é de motivador e encorajador para estas

pessoas, pois através de um planejamento participativo, com objetivos claros, ele é

capaz de provocar a aceitação das mudanças.

Silva et al. (2014, p.63) cita Lopes (2009) quando diz que este profissional

terá êxito em provocar as mudanças e interferir nos comportamentos se tiver

“profundo conhecimento estratégico de aprendizagem, capacidade de verbalização e

de organização de pensamento, além do entendimento de uma parte ou do todo que

envolve o processo de gestão e coordenação de pessoas”.

23

Neste formato a demanda por cursos, por participação em eventos específicos de construção de conhecimento e por promoção de situações de aprendizagens individualizadas ou socializadas pode vir de qualquer um dos três setores, porém a efetivação será realizada em parceria, e o acompanhamento inicial, processual e final, como organizações de grupos, “metodologias”, elaboração de relatórios, aplicação dos conhecimentos, será a cargo do pedagogo empresarial ( Lopes et al. 2009, p.59).

Dessa forma, entende-se que o pedagogo empresarial é um profissional

conhecedor do comportamento humano, um líder, um articulador de interesses, que

enquanto gestor preocupa-se em contribuir para o desenvolvimento dos

profissionais, ajudando-os a plena realização dos objetivos propostos, além de

mediar os interesses da empresa, de seus colaboradores e parceiros.

Almeida et al. (2012, p.8) cita Chiavenato (2002) ao afirmar que esta

contribuição para o desenvolvimento dos profissionais, “nos leva a compreender que

a qualidade de vida das pessoas pode aumentar através de sua constante

capacitação e de seu crescente desenvolvimento profissional”, pois pessoas

treinadas e habilitadas trabalham com mais facilidade e confiabilidade, prazer e

felicidade, além de melhorar na qualidade e produtividade dentro das organizações

também deve haver relacionamentos interpessoais, pois o homem é um ser de

relações, ninguém consegue ser autossuficiente e saber se relacionar também é um

aprendizado.

Logo, tão importante quanto capacitar e treinar os colaboradores, o pedagogo

tem o importante papel de trabalhar as relações interpessoais, pois quanto melhor

forem estas relações maiores serão a colaboração, a produtividade e a qualidade

(Almeida et al., 2012, p. 8).

Frente a todas as atribuições do pedagogo já descritas no decorrer deste

estudo, ressalta-se que atuar como pedagogo empresarial é uma função complexa,

considerando que cada colaborador tem características e necessidades diferentes, e

à medida que os conhecimentos se ampliam e as organizações precisam ser

competitivas, este profissional precisa se adaptar as novas exigências e promover a

aprendizagem destes profissionais.

E quando falamos em educação não podemos deixar de abordar a atuação

psicopedagógica na mediação do processo de ensino e aprendizagem, presente nas

24

instituições empresariais, tendo em vista que a construção dos conhecimentos

nessa área é dimensionada por uma visão multidisciplinar.

De acordo com Gonçalves (2002, p.42):

As relações com o conhecimento, a vinculação com a aprendizagem, as significações contidas no ato de aprender, são estudados pela Psicopedagogia a fim de que possa contribuir para a análise e reformulação de praticas educativas e para a ressignificação de atitudes subjetivas.

Costa, (2013, p. 20) cita Lopes (2006), que afirma que “a metodologia e a

aplicação das variadas ciências na transmissão e assimilação de saberes e modos

de ação é o fator que eleva a importância do pedagogo no contexto organizacional,

que organiza de forma útil e dinâmica o conhecimento construído dentro da

empresa”. E continua explicando que:

os administradores possuem a visão psicológica de aprendizagem proveniente da literatura especializada de suas áreas, entretanto, geralmente não se aprofundam no estudo desse fenômeno, o que é compreensível, uma vez que possuem outras preocupações e uma formação mais voltada para a gerência, o que por si só já demanda muito estudo de variadas áreas. Contudo, com a elevação da preocupação com os processos de ensino e aprendizagem, bem como e com as constatações de seus efeitos no desempenho e no desenvolvimento organizacional, fica evidente a necessidade da inserção de um profissional com estudos mais aprofundados na área (2013, p.20).

No estudo realizado por Dias et al. (2014, p. 3) sobre as formas de atuação do

psicopedagogo empresarial, a autora explica que o psicopedagogo empresarial

“reúne conhecimento de varias áreas e estratégias psicológicas que possibilita

voltar-se para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, atuando numa linha

preventiva e/ou terapêutica”.

Na linha preventiva seu desempenho envolve a preparação de vários

profissionais da empresa e dentro da empresa. Já na linha terapêutica sua atuação

se dá no tratamento das dificuldades de aprendizagem, nesse aspecto, Dias et al.

(2014, p. 4) cita Paulo Freire (1979) que explica:

25

No diagnóstico, o psicopedagogo empresarial volta-se para a apreciação de aspectos psicomotor-perceptivo, linguísticos cognitivos do individuo, tendo em vista as dificuldades que se apresentam e buscam a compreensão do significado dos sintomas de aprendizagem na organização da personalidade do individuo e seu contexto social.

Assim como “desenvolve técnicas remediativas e orienta líderes e gerentes,

estabelecendo contato com profissionais das áreas, pois tais dificuldades são

multifatoriais em sua origem e, muitas vezes no seu tratamento” (DIAS et al. 2014, p.

4).

Dessa forma, o psicopedagogo deve ter visão diagnóstica da empresa no que

se refere à queixa e à deficiência estabelecida no grupo, bem como averiguar uma

prévia do histórico, dos objetivos, da missão e dos valores da empresa. Deve,

também, informar aos funcionários sobre a importância e realização do trabalho,

assim como a demonstração de ações, de conduta e de postura, com vistas à

qualidade de vida (DIAS et al. 2014, p.5).

Portanto, observa-se nos estudos levantados que a Psicopedagogia está

ligada à instituição escolar, hospitalar e empresarial, onde atua na readaptação das

empresas as mudanças do mercado e da educação. Os textos pesquisados

apontam para a emergência das empresas olharem mais apuradamente aos seus

funcionários no que diz respeito às questões emocionais, condições de trabalho,

dificuldades de aprendizagem e, principalmente, qualidade de vida.

No decorrer da pesquisa, percebe-se que um fator importante em toda a

atuação do pedagogo empresarial que é o posicionamento da organização, é

necessário que a organização reconheça a importância do conhecimento e invista

no capital intelectual da corporação; que desenvolva diferentes estratégias de

atuação objetivando a manutenção de empregados com elevado potencial de

agregação de valor, representando uma fonte potencial de vantagens competitivas.

Essa importância já é percebida nas organizações que investem nas

universidades corporativas, onde o papel do pedagogo é de responsável pela

avaliação de cursos, profissionais e programas de faculdades no estabelecimento de

parcerias. O pedagogo escolhe entre as opções disponíveis aquela que melhor

26

atende às necessidades da empresa. Às vezes, é necessário adaptar o currículo do

curso e isso também é feito pelo pedagogo, em conjunto com outros profissionais de

educação (PACHECO, 2011, p. 36).

27

CAPÍTULO III

DOS DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Durante muito tempo o pedagogo foi visto como aquele profissional inserido

somente nos ambientes escolares, sendo este ambiente considerado o único lugar

onde poderia atuar. Com a globalização e os avanços tecnológicos, uma nova forma

de pensar o processo educativo se tornou prioridade não somente para a escola

institucionalizada, mas para outros espaços.

Libâneo (2001, p 12) já explicava esta mudança de paradigma:

O curso de Pedagogia se destina a formar o pedagogo-especialista, isto é, um profissional qualificado para atuar em vários campos educativos, para atender demandas socioeducativas (de tipo formal, não formal e informal) decorrentes de novas realidades, tais como novas tecnologias, novos atores sociais, ampliação do lazer, mudanças nos ritmos de vida, sofisticação dos meios de comunicação. Além disso, informar as mudanças profissionais, desenvolvimento sustentado, preservação ambiental, nos serviços de lazer e animação cultural, nos movimentos sociais, nos serviços para a terceira idade, nas empresas, nas várias instâncias de educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia, nos programas sociais, na televisão e na produção de vídeos e filmes, as editoras, na educação especial, na requalificação profissional etc. A caracterização de pedagogo-especialista é necessária para distingui-lo do profissional docente.

Dessa forma, na contemporaneidade abriu-se um leque de possibilidades

para que o pedagogo exerça a função de transmissão de conhecimento em variados

lugares. Essas transformações levam à mudança no perfil desses profissionais,

afetando os sistemas de ensino, sobretudo os pedagogos, que são os profissionais

diretamente ligados ao processo de disseminação das práticas pedagógicas do

conhecimento (LIBANEO, 2001, p. 12).

Este profissional frente a estas mudanças na sociedade como um todo e no

âmbito empresarial, passou a ser requisitado nas novas reestruturações

organizacionais para atuar na formação continuada de seus colaboradores.

28

No estudo de Nascimento et al., realizado em 2010, sobre a análise da prática

pedagógica em espaços não escolares,enfatizando as possibilidades da atuação do

pedagogo nesses espaços e os desafios encontrados, mostrou que as questões que

envolvem hoje o campo pedagógico e os profissionais da Pedagogia estão ligadas a

fatos sociais. Para Libâneo (2001, p. 9) explica que “Isso quer dizer que as práticas

educativas não se dão de forma isolada das relações sociais que caracterizam a

estrutura econômica e política de uma sociedade, estando subordinadas a

interesses sociais, econômicos, políticos e ideológicos de grupos e classes sociais”.

As discussões acerca da identidade desse profissional desenvolveram-se “à

medida que a revolução tecnológica modificou a sociedade capitalista e transformou

a forma de trabalhar, exigindo a incorporação de saberes teóricos por parte dos

trabalhadores” (NASCIMENTO, 2010, p.62).

Quando o objeto de trabalho é o ser humano com toda a sua complexidade,

os desafios a serem superados são consideráveis. Segundo Nascimento et al.

(2010) afirma em seu estudo:

Não é diferente para o pedagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não, os desafios são grandes e dificultam categoricamente sua prática. Cabe ao pedagogo delimitar e conquistar seu espaço e se cercar de referenciais que possam ajudá-lo na relação entre sua atuação e o meio em que vai atuar, respeitando o contexto social, cultural, político e econômico (p. 64).

Desta forma, este profissional tem o desafio de persistir para superar os

paradigmas sociais, além de ter uma formação crítica e reflexiva para conquistar os

espaços que lhe são de direito.

Observa-se que nos mais variados estudos como os de Almeida (2010),

Libâneo (2001) entre outros, sobre os desafios enfrentados e os que estão por vir

que há uma unanimidade quanto a afirmativa de que o processo educacional

extrapola o ambiente escolar. Bem como, existe uma crítica construtiva no que tange

a necessidade de uma formação sólida e crítica.

29

Nesse sentido, Almeida (2010) entende que:

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia redimensionam a função docente ao entendê-la na sua pluralidade, não restringindo apenas ao espaço escolar, ao processo ensino- aprendizagem, mas compreendendo-a como valiosa experiência que perpassa valores, princípios e contextos político, econômico, social e cultural. Nesse sentido, constrói-se a identidade do novo profissional da pedagogia. As Diretrizes se coadunam, assim, aos novos paradigmas sociais, mostrando que a pedagogia não está restrita apenas ao exercício da docência em sala de aula, e sim à formação de profissionais críticos e reflexivos acerca da sua função social, sendo capaz de criar e recriar, construir e reconstruir conceitos práticos que atendam as necessidades de uma sociedade que se encontra em pleno estágio de metamorfose e evolução (2010, p. 34).

Onde o maior desafio enfrentado por este profissional é conquistar o espaço

que lhe é de direito como intelectual da educação e o aprimoramento de suas

aptidões.

Ainda segundo Almeida (2010, p.39), o pedagogo no ambiente empresarial

dissemina o conhecimento, quebra paradigmas, integra equipes, atende as

necessidades tanto dos colaboradores como da organização onde contribui para o

sucesso da empresa. Contudo, é necessário que este profissional esteja em

constante desenvolvimento, pois as empresas querem profissionais capacitados,

com desenvoltura para a resolução dos mais variados problemas, execução e

elaboração de projetos, conseguir que todos trabalhem com empenho para juntos

superarem os desafios que possam surgir.

Cabral (2015) em seu estudo sobre as perspectiva das áreas atuação dos

pedagogos constatou que este profissional “ainda não chegou a todos os ambientes

possíveis, no entanto, nos últimos anos, percebe-se um aumento na inserção desse

profissional nesses novos campos de atuação no Brasil” (p. 14).

Contudo, observou-se que o pedagogo ainda é visto como um profissional

voltado para a docência. E que as organizações necessitam ampliar seu

entendimento no sentido de vislumbrar para seu público interno o desenvolvimento

constante, dando oportunidade de aprendizagem para que possam aprender e

melhorar a qualidade de seus serviços.

30

O pedagogo empresarial tem o desafio de se colocar na posição de um eterno

aprendiz, de ter um planejamento pessoal tendo como foco sua formação contínua,

buscar por atualizações e especializações em sua área, ser o administrador de sua

própria aprendizagem. Assim, os desafios vão sendo enfrentados à medida que o

profissional busque sua atualização e o aperfeiçoamento para acompanhar as

exigentes demandas profissionais.

Como já dito por Holtz (2006), este profissional tem a importante função de

integrar e interagir as pessoas para que atendam aos objetivos das organizações,

proporcionar a aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades, das

competências, motivando e conduzindo para a plena satisfação das necessidades

de ambos os lados.

O pedagogo empresarial necessita ter um equilíbrio emocional e um código

de ética profissional muito bem elaborado e digerido, pois trabalhar com grupos é

estar permanentemente administrando conflitos.

No sentido de administrar conflitos é importante que este profissional tenha

uma atuação de mediador, onde seu perfil deve ser de um gestor imparcial, ou seja,

conforme Almeida et al. (2012, p. 8) explica, sua atuação deve ser pautada na

confiabilidade e imparcialidade, pontos importantes no relacionamento com as

pessoas, principalmente em grupos.

Este profissional tem o desafio de criar um ambiente de trabalho justo, com

tratamento equitativo para os colaboradores e exclusão da percepção de

favoritismos ou politicagens, é importante rever e assegurar a adoção de uma

política transparente. As pessoas precisam acreditar e perceber que as decisões são

tomadas de maneira justa.

Assim, ressalta-se que desenvolver confiança entre colaboradores e empresa

trás vantagem competitiva para a organização e reflete em todos os demais

processos.

31

CONCLUSÃO

Com as transformações pelas quais passam a sociedade, tanto as práticas

educativas quanto a Pedagogia requerem uma maior compreensão dos fenômenos

decorrentes dos processos sociais contemporâneos e da ampliação dos espaços

educativos.

Na atualidade, o pedagogo empresarial tem a função dentro das organizações

de conduzir e direcionar os processos de transmissão, assimilação e modos de ação

dos saberes, com vistas à formação e ao desenvolvimento contínuo das

capacidades humanas intelectuais, sociais, cognitivas e afetivas, com a intenção de

possibilitar ao ser humano alcançar patamares necessários à produção de novos

saberes, habilidades, atitudes e valores, essenciais aos enfrentamentos e às

exigências contínuas da sua vida diária e profissional.

As organizações necessitam deste profissional mesmo que ainda seja tímido

o seu entendimento, pois é este profissional que articula a gestão, a formação e

interação de pessoas, o trabalho em equipe. Contudo, ainda há a necessidade de se

enfrentar e combater a ideia arraigada deste profissional atuante no espaço escolar,

fazendo-se necessária uma transposição de saberes.

Portanto, a importância deste profissional para as organizações é exatamente

pela sua capacidade de transformar, de entender o comportamento humano e

desenvolver e aprimorar talentos, de renovação de sistemas de organização do

trabalho e do perfil dos trabalhadores para o enfrentamento da intelectualização do

processo produtivo.

32

BIBLIOGRAFIA

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34

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35

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 02

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 03

RESUMO ........................................................................................................... 04

METODOLOGIA ................................................................................................ 05

SUMÁRIO .......................................................................................................... 06

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 07

CAPÍTULO I

A PROFISSÃO DE PEDAGOGO ...................................................................... 09

1.1 Onde começa essa história ......................................................................... 09

1.2 O pedagogo na modernidade ..................................................................... 13

CAPÍTULO II

O PEDAGOGO EMPRESARIAL ....................................................................... 16

2.1 A importância do pedagogo no ambiente corporativo.................................... 16

CAPÍTULO III

DOS DESAFIOS E POSSIBILIDADES................................................................ 27

CONCLUSÃO .................................................................................................... 31

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 32

ÍNDICE ............................................................................................................... 35

FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 36

36

FOLHA DE AVALIAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PEDAGOGIA

EMPRESARIAL – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Fernanda Corrêa Nascimento

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS ORGANIZAÇÕES

Monografia apresentada a Universidade Candido Mendes - AVM – Faculdade Integrada, como requisito parcial para obtenção de grau de especialista em MBA em Pedagogia Empresarial.

Banca Examinadora:

Marcelo Saldanha Professor Orientador