UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas...

48
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O MERCADO DE CRÉDITO BRASILEIRO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS Por: Aurélia da Conceição Melo Orientador Profa. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2012

Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas...

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

AVM FACULDADE INTEGRADA

O MERCADO DE CREacuteDITO BRASILEIRO NOS

UacuteLTIMOS DEZ ANOS

Por Aureacutelia da Conceiccedilatildeo Melo

Orientador

Profa Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

AVM FACULDADE INTEGRADA

O MERCADO DE CREacuteDITO NOS ULTIMOS DEZ ANOS

Apresentaccedilatildeo de monografia agrave AVM

Faculdade Integrada como requisito para obtenccedilatildeo

do grau de especialista em Financcedilas e Gestatildeo

Corporativa Por Aureacutelia da Conceiccedilatildeo Melo

Rio de Janeiro

2012

3

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e Mestre Edgar

Abreu ao Banco do Brasil S A meu

empregador e a razatildeo do meu ingresso

neste curso e aos meus clientes com

quem aprendo diariamente

4

DEDICATOacuteRIA

Ao meu finado e amado pai

que tornou possiacutevel minhas realizaccedilotildees

ao meu finado marido meu filho minha

mentora profissional Rozania Fighera e a

amiga e incentivadora Valeria Lobatildeo

5

RESUMO

O mercado de creacutedito apresentou significativas mudanccedilas no Brasil nos

uacuteltimos dez anos Estas mudanccedilas alteram o comportamento do consumidor

O consumidor brasileiro aumenta seu consumo de creacutedito e a variaccedilatildeo por

produto contradiz o que se esperava diante dos custos financeiros de cada um

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro consumiria

creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem avaliar o preccedilo

do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e assimetrias de

informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

A conduccedilatildeo da politica monetaacuteria e de rendas do governo buscam

reduzir as taxas sem impactar o crescimento econocircmico da naccedilatildeo e

verificamos um incremento no consumo do creacutedito

Palavra Chave Credito Financiamento

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

AVM FACULDADE INTEGRADA

O MERCADO DE CREacuteDITO NOS ULTIMOS DEZ ANOS

Apresentaccedilatildeo de monografia agrave AVM

Faculdade Integrada como requisito para obtenccedilatildeo

do grau de especialista em Financcedilas e Gestatildeo

Corporativa Por Aureacutelia da Conceiccedilatildeo Melo

Rio de Janeiro

2012

3

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e Mestre Edgar

Abreu ao Banco do Brasil S A meu

empregador e a razatildeo do meu ingresso

neste curso e aos meus clientes com

quem aprendo diariamente

4

DEDICATOacuteRIA

Ao meu finado e amado pai

que tornou possiacutevel minhas realizaccedilotildees

ao meu finado marido meu filho minha

mentora profissional Rozania Fighera e a

amiga e incentivadora Valeria Lobatildeo

5

RESUMO

O mercado de creacutedito apresentou significativas mudanccedilas no Brasil nos

uacuteltimos dez anos Estas mudanccedilas alteram o comportamento do consumidor

O consumidor brasileiro aumenta seu consumo de creacutedito e a variaccedilatildeo por

produto contradiz o que se esperava diante dos custos financeiros de cada um

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro consumiria

creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem avaliar o preccedilo

do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e assimetrias de

informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

A conduccedilatildeo da politica monetaacuteria e de rendas do governo buscam

reduzir as taxas sem impactar o crescimento econocircmico da naccedilatildeo e

verificamos um incremento no consumo do creacutedito

Palavra Chave Credito Financiamento

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

3

AGRADECIMENTOS

Ao Professor e Mestre Edgar

Abreu ao Banco do Brasil S A meu

empregador e a razatildeo do meu ingresso

neste curso e aos meus clientes com

quem aprendo diariamente

4

DEDICATOacuteRIA

Ao meu finado e amado pai

que tornou possiacutevel minhas realizaccedilotildees

ao meu finado marido meu filho minha

mentora profissional Rozania Fighera e a

amiga e incentivadora Valeria Lobatildeo

5

RESUMO

O mercado de creacutedito apresentou significativas mudanccedilas no Brasil nos

uacuteltimos dez anos Estas mudanccedilas alteram o comportamento do consumidor

O consumidor brasileiro aumenta seu consumo de creacutedito e a variaccedilatildeo por

produto contradiz o que se esperava diante dos custos financeiros de cada um

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro consumiria

creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem avaliar o preccedilo

do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e assimetrias de

informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

A conduccedilatildeo da politica monetaacuteria e de rendas do governo buscam

reduzir as taxas sem impactar o crescimento econocircmico da naccedilatildeo e

verificamos um incremento no consumo do creacutedito

Palavra Chave Credito Financiamento

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

4

DEDICATOacuteRIA

Ao meu finado e amado pai

que tornou possiacutevel minhas realizaccedilotildees

ao meu finado marido meu filho minha

mentora profissional Rozania Fighera e a

amiga e incentivadora Valeria Lobatildeo

5

RESUMO

O mercado de creacutedito apresentou significativas mudanccedilas no Brasil nos

uacuteltimos dez anos Estas mudanccedilas alteram o comportamento do consumidor

O consumidor brasileiro aumenta seu consumo de creacutedito e a variaccedilatildeo por

produto contradiz o que se esperava diante dos custos financeiros de cada um

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro consumiria

creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem avaliar o preccedilo

do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e assimetrias de

informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

A conduccedilatildeo da politica monetaacuteria e de rendas do governo buscam

reduzir as taxas sem impactar o crescimento econocircmico da naccedilatildeo e

verificamos um incremento no consumo do creacutedito

Palavra Chave Credito Financiamento

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

5

RESUMO

O mercado de creacutedito apresentou significativas mudanccedilas no Brasil nos

uacuteltimos dez anos Estas mudanccedilas alteram o comportamento do consumidor

O consumidor brasileiro aumenta seu consumo de creacutedito e a variaccedilatildeo por

produto contradiz o que se esperava diante dos custos financeiros de cada um

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro consumiria

creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem avaliar o preccedilo

do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e assimetrias de

informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

A conduccedilatildeo da politica monetaacuteria e de rendas do governo buscam

reduzir as taxas sem impactar o crescimento econocircmico da naccedilatildeo e

verificamos um incremento no consumo do creacutedito

Palavra Chave Credito Financiamento

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

6

METODOLOGIA

O objeto desse estudo eacute a mudanccedila sofrida pelo mercado de creacutedito

nos uacuteltimos dez anos bem como o comportamento do consumidor em relaccedilatildeo

a esta mudanccedila A partir daiacute a metodologia de pesquisa para o trabalho foi

baseada em pesquisas bibliograacuteficas como leitura de livros jornais revistas

pesquisas em sites puacuteblicos na internet pesquisas em Instituiccedilotildees Financeiras

e observaccedilotildees dos uacuteltimos noticiaacuterios relativos ao objeto de estudo

Primeiramente foi feita uma busca em bibliografia relacionada ao fim

deste trabalho com objetivo de fazer um apanhado geral sobre o mercado de

creacutedito dos uacuteltimos dez anos no Brasil e do comportamento do consumidor

perante este mercado Depois foi feita uma pesquisa em sites puacuteblicos na

internet e aqui destaco os sites do Banco Central do Brasil do Banco do Brasil

e da Ambima (Associaccedilatildeo das Entidades e dos Mercados de Capitais) onde

foram pesquisadas as principais formas de financiamento disponiacuteveis no

mercado brasileiro bem como a atual economia Em uma terceira etapa

visando uma atualizaccedilatildeo dos fatos foi de grande importacircncia pesquisa em site

interno do Banco do Brasil S A segmento de Inteligecircncia Competitiva e o

curso preparatoacuterio para o exame de obtenccedilatildeo de Certificaccedilatildeo CPA20 O

Certificado habilita profissional a trabalharem com Investidores Qualificados e

eacute conferido pela Ambima atraveacutes de prova aplicada pela Fundaccedilatildeo Getuacutelio

Vargas O curso foi ministrado pelo Professor Edgar Abreu em marco de 2012

e abordou temas bem atualizados sobre economia o funcionamento da

variaccedilatildeo da taxa de juros no mercado brasileiro e seu reflexo para o

consumidor Diante de todos os assuntos pesquisados foi possiacutevel o

desenvolvimento do tema proposto

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

8

INTRODUCcedilAtildeO

Segundo o Professor Edgar Abreu (2012) o consumidor brasileiro

aumenta seu consumo de credito e a variaccedilatildeo por produto contradiz o que se

esperaria diante dos custos financeiros de cada um A multiplicaccedilatildeo de

informaccedilotildees sobre histoacuterico de creacutedito entre as instituiccedilotildees poderia gerar maior

concorrecircncia estre estas e consequentemente a reduccedilatildeo destes encargos

Apesar dos Instrumentos de politica monetaacuteria adotados pelo governo

num esforccedilo para o controle da inflaccedilatildeo e taxas de juros o limitador no

consumo do creacutedito e a escolha das linhas de credito utilizadas acabam sendo

a capacidade de pagamento determinada pelo sistema financeiro e natildeo a

escolha do consumidor por uma taxa mais atrativa Ferreira (2011)

O mercado de creacutedito teve significativas alteraccedilotildees nos uacuteltimos dez

anos Estas alteraccedilotildees mudaram o comportamento do consumidor brasileiro

Ainda segundo Edgar Abreu (2012) o governo introduziu poderosos

mecanismos de controle das taxas de juros como o COPOM (Comitecirc de

Politica Monetaacuteria) que permitiram um melhor controle inflacionaacuterio levando

maior seguranccedila ao Sistema Financeiro Nacional e aleacutem disso fatores como a

globalizaccedilatildeo a crise dos Subprime (EUA 2008) ascensatildeo da classe sociais

inferiores e sua bancarizaccedilatildeo podem ter influenciado o perfil de consumo da

populaccedilatildeo Neste sentido abordaremos as influecircncias destes fatores no

comportamento do consumidor

Este trabalho visa alertar o consumidor sobre seu proacuteprio

comportamento diante de novas ofertas do mercado mas tambeacutem interessa

aqueles que trabalham no setor intermediaacuterio que esta entre aqueles que

captam recursos e emprestam ou seja os profissionais que atuam no

mercado financeiro

No capitulo I seraacute abordado um panorama geral da economia nos

uacuteltimos dez anos e o mercado de creacutedito

No capitulo II destacaremos as linhas de creacutedito mais populares do

mercado bem como o processo de concessatildeo de creacutedito

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

9

No capitulo III seraacute dado um enfoque na relaccedilatildeo Banco ndash creacutedito e

finalmente no ultimo capitulo analisaremos o mercado de creacutedito atual os

principais produtos de creacutedito

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

10

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO

De acordo com Datz (2002) os Bancos Centrais conduzem a poliacutetica

monetaacuteria por meio de instrumentos destinados a influenciar as taxas de curto

prazo Contudo mudanccedilas na taxa de curto prazo impactam a atividade

econocircmica e a inflaccedilatildeo somente na medida em que afetem as taxas de longo

prazo as taxas aos tomadores finais de empreacutestimos

No caso especiacutefico do creacutedito os intermediaacuterios financeiros satildeo agentes

maximizadores de lucro natildeo neutros Suas decisotildees individuais afetam

diversas variaacuteveis que se por um lado natildeo estatildeo sobre o controle direto do

Banco Central por outro alteram preccedilos e quantidades de equiliacutebrio

As margens de lucro do setor as taxas de inadimplecircncia e os custos

operacionais impactam natildeo soacute o niacutevel da taxa de juros cobradas do tomador

final mas tambeacutem os custos de captaccedilatildeo Nesse sentido a estrutura e a

conduta no mercado de creacutedito se colocam como potenciais obstaacuteculos agrave

conduccedilatildeo efetiva da poliacutetica monetaacuteria

No contexto do mercado de creacutedito brasileiro diversos artigos buscam

responder questotildees relacionadas agraves altas taxas de juros observadas Contudo

pouca atenccedilatildeo foi dada agrave questatildeo da rigidez da taxa baacutesica de juros e a

elevada diferenccedila desta em relaccedilatildeo agraves taxas de empreacutestimos no Brasil Nosso

trabalho se insere nesse contexto e acreditamos ser sua principal contribuiccedilatildeo

Mercados de creacutedito satildeo afetados por problemas de assimetria de

informaccedilatildeo entre tomadores e emprestadores que podem resultar em forte

seleccedilatildeo adversa e racionamento de creacutedito Uma das implicaccedilotildees empiacutericas do

racionamento de creacutedito eacute uma rigidez para cima nas taxas de juros

A princiacutepio as evidecircncias empiacutericas encontradas no presente trabalham

que a forte rigidez para baixo das taxas de juros eacute favoraacutevel ao

comportamental proposto Nele os bancos competem de fato mas graccedilas a

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

11

problemas de seleccedilatildeo no mercado de creacutedito o incentivo a concorrer na

dimensatildeo preccedilo eacute arrefecido

De acordo com Miranda (2002) o efeito substituiccedilatildeo eacute bastante intuitivo

uma vez que o incentivo a poupar diminuiria o consumo Por seu lado o efeito

renda natildeo eacute tatildeo oacutebvio Se a decisatildeo de consumo eacute baseada em renda atual

mais renda futura descontada entatildeo uma elevaccedilatildeo nos juros diminuiria o

consumo futuro uma vez que a renda futura descontada diminuiu

Esse impacto no entanto pode ser compensado por um efeito de

aumento da riqueza Isso ocorreria se os consumidores forem credores

liacutequidos nesse caso um aumento nas taxas de juros aumentaria sua riqueza

Se o consumidor for devedor liacutequido o efeito contraacuterio vale pois um aumento

nas taxas de juros diminui seu caixa disponiacutevel para consumo

De acordo com Duarte (2005) para subsidiar essa discussatildeo de gestatildeo

de creacutedito o precircmio de financiamento externo eacute descrito como fator explicativo

importante natildeo considerado na visatildeo convencional

Esse precircmio corresponde ao diferencial de custos de tomada de

financiamento usando recursos proacuteprios ou externamente O aumento na

dificuldade em obter financiamento externo promove reaccedilotildees em firmas

O cartatildeo de creacutedito vem aumentando sua presenccedila como meio de

pagamento no Brasil e no Mundo desde sua criaccedilatildeo em 1950 O cartatildeo de

creacutedito e suas relaccedilotildees com o comportamento do consumidor jaacute foram

estudados em diversos aspectos de acordo com Pfitscher (2005) Pesquisas

tratam principalmente de como o consumidor se comporta durante a transaccedilatildeo

comercial ao realizar o pagamento

Mas falta investigar como eacute o comportamento do consumidor apoacutes

realizar a compra com cartatildeo de creacutedito e sua reaccedilatildeo quando a fatura mensal

chega Eles assustam-se ao receber a fatura do cartatildeo de creacutedito Caso sim

deixam de usar o cartatildeo de creacutedito Nesse contexto o objetivo principal da

dissertaccedilatildeo eacute compreender o comportamento do consumidor de cartatildeo de

creacutedito quando recebe a fatura mensal

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

12

O uso de diferentes meios de pagamento influencia a memoacuteria do

consumidor e suas posteriores decisotildees de compra Ele demonstra que

consumidores que pagam com cartatildeo de creacutedito satildeo mais inclinados a fazer

novas compras Mas tratou do comportamento do consumidor em um mesmo

ciclo ou seja em um mesmo mecircs Ele sugere novos estudos considerando o

impacto para o consumidor quando ele recebe a fatura Pesquisas em

Instituiccedilotildees Bancaacuterias demonstram que o consumidor que natildeo efetuou o

pagamento total de sua uacuteltima fatura eacute aquele mais propenso a reutilizar o

cartatildeo de credito e a utilizar o cheque especial fazendo rolagem de sua diacutevida

Neste contexto outro toacutepico relevante eacute o da necessidade de controle

de gastos pelos usuaacuterios de cartatildeo de creacutedito Novas ferramentas precisam ser

criadas pelos bancos emissores para auxiliar os consumidores a controlar suas

despesas e o valor da fatura

De Acordo com Carneiro (2002) o objetivo geral eacute analisar um processo

de adequaccedilatildeo agraves exigecircncias da gestatildeo de creacutedito de pessoa fiacutesica quanto ao

risco de creacutedito O paiacutes precisa gerar uma carteira de creacutedito saudaacutevel e

identificar aspectos de melhoria na eficiecircncia da gestatildeo de riscos

De acordo com Ferreira (2011) o mercado de creacutedito no Brasil tem se

apresentado bastante dinacircmico nos uacuteltimos 10 anos no sentido de alternar-se

frequentemente entre uma poliacutetica expansionista e uma poliacutetica contracionista

por parte do governo O governo atraveacutes do Banco Central (BACEN) tem o

poder de elevar ou reduzir a taxa SELIC ou SELIC META de forma a elevar

ou reduzir o consumo da populaccedilatildeo

O Conselho Monetaacuterio Nacional (CMN) determina anualmente a meta de

inflaccedilatildeo para o ano e o BACEN utiliza instrumentos para tentar manter a

inflaccedilatildeo dentro dos patamares determinados pelo CMN

De acordo com Edgar Abreu (2012) a taxa SELIC eacute um destes

instrumentos pois eacute a taxa de juros que valoriza os tiacutetulos puacuteblicos federais e eacute

com base nesta taxa que toda economia se move Se a taxa eacute elevada os

bancos tomam recursos a um custo mais alto e elevam a taxa de juros dos

empreacutestimos A elevaccedilatildeo das taxas de juros representa uma contenccedilatildeo no

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

13

consumo de creacutedito uma vez que gera prestaccedilotildees mais altas limitando a

capacidade de pagamento do consumidor e por consequecircncia o seu acesso ao

creacutedito A reduccedilatildeo na contrataccedilatildeo de empreacutestimos por sua vez reduz o

consumo no paiacutes As empresas entatildeo produzem menos e tendem a reduzir os

presos dos seus produtos para estimular o consumo A reduccedilatildeo dos preccedilos

reduz a inflaccedilatildeo gerando o que chamamos politica contracionista

Numa situaccedilatildeo contraacuteria a reduccedilatildeo da taxa SELIC reduz a taxa de

juros dos empreacutestimos estimulando a tomada de creacutedito por parte do

consumidor que iraacute consumir mais e o maior consumo gera inflaccedilatildeo maior agrave

medida que com o consumo estimulado haacute elevaccedilatildeo dos preccedilos Com o

consumo estimulado haacute maior produccedilatildeo no paiacutes

Esta alternacircncia no mercado de creacutedito ao longo dos uacuteltimos dez anos

tem sido para a adoccedilatildeo de politica expansionista com maior frequecircncia e isto

justifica o crescimento econocircmico do paiacutes frente aos paiacuteses mais

desenvolvidos

Ainda de acordo com Edgar Abreu (2012) desde que foi criada a SELIC

META ou seja desde que esta taxa passou a ser estipulada pelo BACEN em

1999 a exceccedilatildeo dos dois primeiros anos em que o processo estava se

iniciando e a economia do paiacutes se adequando tivemos histoacutericos de maacuteximas

em fevereiro 2003 com taxa de 2650 aa queda para 1600aa em maio

de 2004 1900 aa em maio de 2005 caminhando para reduccedilatildeo em uma

politica expansionista de consumo para chegar a 1125 aa em abril de

2008 e hoje a 975aa

De Acordo com Borccedila (2008) o estouro da crise Norte Americana em

2008 iniciada em 2006 com a Crise do Subprime sobre a qual natildeo nos

ateremos aqui por natildeo ser objeto deste trabalho reduziu a liquidez da

economia mundial gerando uma contenccedilatildeo no consumo em todo mundo

poreacutem com menor impacto nos paiacuteses emergentes como o Brasil

O governo preocupado com que a crise afetasse nossa economia

adotou medidas expansionistas utilizando aleacutem da taxa SELIC outros

instrumentos para tal inclusive reduccedilatildeo de impostos e ampliaccedilatildeo de recursos

para empreacutestimos a empresas com encargos reduzidos Por vezes este

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

14

expansionismo precisou ser contido com elevaccedilatildeo da SELIC para conter a

inflaccedilatildeo

De uma forma geral nos uacuteltimos dez anos a politica monetaacuteria do paiacutes

foi mais expansionista elevando o consumo da populaccedilatildeo e isso levou a

necessidade de maior controle na gestatildeo de credito

Neste contexto vamos discursar sobre as principais linhas utilizadas no

mercado de creacutedito

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

15

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREDITO

De acordo com Fortuna (2002) o creacutedito direcionado diz respeito a

recursos geralmente subsidiados nas duas pontas ou seja os bancos utilizam

fontes preferenciais eou exclusivas de captaccedilatildeo geralmente mais estaacuteveis e

baratas do que as taxas de mercado sendo obrigados em contrapartida a

destinar os empreacutestimos a um setor especiacutefico a taxas subsidiadas

De maneira geral essas modalidades de creacutedito diferem em algumas

dimensotildees como o niacutevel e o tipo de colateral o tipo de tomador e o propoacutesito

do empreacutestimo O creacutedito pessoal eacute um tipo de empreacutestimo com consideraacutevel

diferenciaccedilatildeo por parte das instituiccedilotildees financeiras

O cliente precisa ter uma conta no banco e geralmente o pagamento

de juros e principal eacute deduzido diretamente da conta Atualmente o creacutedito

pessoal ou creacutedito direto ao consumidor pode ser separado em duas

categorias tradicional e creacutedito consignado Ambos natildeo estatildeo ligados agrave

aquisiccedilatildeo de nenhum bem especiacutefico e possuem o lastro em conta corrente

como colateral

O creacutedito automotivo no Brasil estaacute obrigatoriamente ligado agrave aquisiccedilatildeo

de um veiacuteculo que funciona como o colateral a garantia real o que o torna

mais seguro para o banco O creacutedito para aquisiccedilatildeo de outros bens engloba as

linhas gerais de empreacutestimo para aquisiccedilatildeo de bens duraacuteveis como o

crediaacuterio O colateral eacute nesse caso baixo dado agrave relaccedilatildeo entre o custo para

recuperar o bem e seu valor Cheque especial e cartatildeo de creacutedito dispensam

maiores explicaccedilotildees

De Acordo com Kruzich (2004) o Brasil apresenta um baixo

desenvolvimento relativo do mercado de creacutedito mesmo quando comparado

aos outros paiacuteses da Ameacuterica Latina Em 2003 considerando a proporccedilatildeo do

creacutedito ao setor privado em relaccedilatildeo PIB o Brasil situava-se abaixo tanto da

meacutedia da Ameacuterica Latina como de outros paiacuteses da regiatildeo

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

16

O financiamento do consumidor exige poder de captaccedilatildeo controle de

inadimplecircncia e casamento de prazos e taxas para que seja seguro e rentaacutevel

para as Instituiccedilotildees Enquanto uma loja vai precisar de toda uma estrutura para

atender soacute os seus clientes a financeira usa uma uacutenica estrutura para atendecirc-

los

O creacutedito direito ao consumidor (CDC) eacute concedido por financeiras que

financiam bens de consumo para aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos que servem de

garantia O CDC vem sendo utilizado no segmento de automotivo por

financeiras bancos muacuteltiplos mas liderados pelos bancos de montadoras

como alternativa a consoacutercio de veiacuteculos

O CDC eacute utilizado por grandes varejistas atraveacutes de convecircnios com

financeiras ou bancos Transformou se em linha de financiamento que evita

maiores burocracias para liberaccedilatildeo de creacuteditos entre o fornecedor do bem

No segmento de financiamento automotivo houve grande evoluccedilatildeo no

mercado de creacutedito brasileiro sobretudo na aquisiccedilatildeo de veiacuteculos novos

Aleacutem do estimulo ao consumo aliado a elevaccedilatildeo do poder aquisitivo da

populaccedilatildeo brasileira ao adquirir um produto ou serviccedilo o cliente espera que

este funcione corretamente por determinado periacuteodo O pensamento na

maioria dos clientes que compra um carro 0 km eacute dispor de um veiacuteculo que natildeo

aborreccedila com visitas indesejaacuteveis a oficinas

Aleacutem disso usar por um periacuteodo que pode variar de dois a cinco anos e

soacute precisar quando realmente for necessaacuterio efetuar suas manutenccedilotildees

preventivas O cliente natildeo aceitaraacute imperfeiccedilotildees nos resultados e para isso

tambeacutem conta com a garantia de faacutebrica

Em uma reduccedilatildeo da atividade econocircmica onde o consumo do creacutedito

pessoal apresenta tendecircncia negativa parece que o consumidor

imediatamente recorre ao cheque especial e logo no segundo mecircs diminui seu

consumo talvez numa tentativa de diminuir sua diacutevida O consumidor tambeacutem

recorre ao financiamento de fatura de cartatildeo de creacutedito mas nesse caso a

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

17

persistecircncia eacute maior e isso eacute um sinal empiacuterico de que o consumidor tem mais

dificuldade em sair da diacutevida

De acordo com Carneiro (p 54 2002) A natureza da transaccedilatildeo de

tomada de creacutedito eacute bastante diferente nos trecircs casos

sect Financiamento do cartatildeo de creacutedito Se ele tem um cartatildeo de creacutedito

ativo ele jaacute possui creacutedito preacute-aprovado Para tomar creacutedito da

operadora do cartatildeo basta efetuar o pagamento da fatura em valor

menor que o montante total devido no mecircs O processo eacute automaacutetico

natildeo eacute necessaacuterio negociar juros nuacutemero de parcelas ou qualquer outro

processo operacional As parcelas do montante emprestado seratildeo

automaticamente calculadas e adicionadas agraves proacuteximas faturas do

cartatildeo

sect Tomada de cheque especial Nessa modalidade o cliente estaraacute

tomando creacutedito quando efetuar deacutebitos em sua conta corrente aleacutem do

saldo disponiacutevel O deacutebito pode ser devido a um cheque emitido um

saque ou uma compra com cartatildeo de deacutebito

sect Tomada de creacutedito pessoal Tipicamente o consumidor dirige-se a uma

loja de creacutedito pessoal apresenta seus documentos e recebe um

montante emprestado Ele negocia a taxa o nuacutemero de parcelas e as

liquida mensalmente utilizando boletos Caso o cliente tenha

relacionamento preacutevio com a instituiccedilatildeo o processo pode ser mais

simples Nesse caso a transaccedilatildeo de empreacutestimo pode ser feita ao

telefone com deacutebito das parcelas na conta corrente

Alguns observadores podem interpretar que o consumidor brasileiro

consumiria creacutedito da forma que for operacionalmente mais simples sem

avaliar o preccedilo do creacutedito que estaacute tomando Entretanto haacute que se considerar

as imperfeiccedilotildees do mercado de creacutedito brasileiro com a oferta natildeo uniforme e

assimetrias de informaccedilatildeo

Diante dessas imperfeiccedilotildees natildeo eacute seguro embutir irracionalidade na

escolha do consumidor de modo que natildeo podemos afirmar que ele

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

18

desconsidera os custos financeiros mas sim que apenas acaba consumindo o

produto de creacutedito que estaacute ao seu alcance

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

19

CAPIacuteTULO III - BANCO E O CREacuteDITO

De acordo com Carneiro (2002) o processo de consolidaccedilatildeo bancaacuteria

possui efeitos sobre a concessatildeo de creacutedito mas natildeo eacute o uacutenico determinante

deste De forma resumida pode-se considerar que o banco faz a gestatildeo de

seus ativos visando obter o melhor resultado diante de suas expectativas tanto

para a economia quanto para o retorno dos ativos

Existem vaacuterios modelos de risco de creacutedito utilizados pelas instituiccedilotildees

financeiras no auxiacutelio da decisatildeo quanto ao melhor portfoacutelio a ser perseguido

mas em linhas gerais pode-se afirmar que eles possuem caracteriacutesticas

comuns

Notadamente a rentabilidade das aplicaccedilotildees obedece agrave regra de

quanto maior o risco maior o retorno esperado sendo o maior risco inerente

aos empreacutestimos e financiamentos Excetuando-se os casos de bancos

puacuteblicos cujo objetivo seja de prover o desenvolvimento social e econocircmico

Pode-se considerar que os demais bancos visam o lucro Desta forma

analisam tanto os clientes quanto o ambiente econocircmico na busca da melhor

formaccedilatildeo de expectativas quanto ao futuro Este processo de previsatildeo eacute

fundamental para a decisatildeo bancaacuteria de alocaccedilatildeo de recursos e formaccedilatildeo

ativos

A formaccedilatildeo de expectativas eacute fortemente influenciada pela atual

conjuntura econocircmica Se a economia estaacute em um momento positivo de

crescimento as expectativas tambeacutem passam a ser positivas com os agentes

esperando que este processo se prolongue pelos proacuteximos anos Eacute o

comportamento convencional

Num ambiente de crise os bancos se comportam de

forma semelhante mais homogecircnea e no momento positivo do ciclo

de negoacutecios este comportamento se torna mais heterogecircneo

atribuindo esta diferenccedila de comportamento ao fato que alguns

bancos investem mais em aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo do que outros

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

20

possibilitando que alguns tenham uma postura menos conservadora

no tocante agrave concessatildeo de creacutedito Para a relevacircncia de variaacuteveis

macroeconocircmicas no que tange o risco de creacutedito (DATZ p 163

2002)

Todavia quanto maior e mais demorado o crescimento econocircmico mais

o sistema financeiro tende a se tornar fraacutegil diante de crises Os bancos assim

como todos os agentes possuem preferecircncia pela liquidez que eacute maior quanto

mais incerto for o futuro Desta forma quando a economia estaacute em

crescimento as expectativas se tornam cada vez mais positivas e os bancos

passam a adotar posturas cada vez mais abertas agrave concessatildeo de creacutedito mas

isso natildeo significa que as instituiccedilotildees financeiras se tornam mais propensas ao

risco

De acordo com Garcia (p 83 2002) Na fase positiva do ciclo

econocircmico os bancos passam a privilegiar rentabilidade agrave liquidez se

expondo mais aos riscos inerentes agrave atividade bancaacuteria tais como risco de

juros e de liquidez que resultam do descasamento de taxas e de prazos entre

as operaccedilotildees ativas e passivas dos bancos assim como risco de creacutedito que eacute

o risco do tomador do recurso natildeo honrar a diacutevida

Agregando o movimento tanto dos empresaacuterios quanto dos bancos

percebe-se o motivo pelo qual o crescimento da economia leva a uma situaccedilatildeo

de maior fragilidade do sistema financeiro Com isso no momento negativo do

ciclo os bancos racionam creacutedito afetando ainda mais as empresas no

momento no qual estatildeo precisando de recursos aprofundando os impactos da

crise

Todavia natildeo eacute somente o ambiente de crise que propicia racionamento

de creacutedito Neste sentido eacute relevante o trabalho que demonstra o impacto

sobre o creacutedito de mercados com informaccedilotildees imperfeitas Conforme jaacute

exposto os bancos buscam informaccedilotildees dos clientes para a concessatildeo de

creacutedito mas a obtenccedilatildeo de informaccedilatildeo eacute custosa Desta forma a assimetria de

informaccedilatildeo possibilita que o creacutedito seja negado para projetos que

teoricamente seriam rentaacuteveis

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

21

O que se pode perceber eacute que independentemente do momento

econocircmico existiraacute racionamento de creacutedito dado agrave existecircncia de assimetria de

informaccedilatildeo Assim o racionamento seraacute ainda maior nos momentos de crise

Aleacutem dos impactos referentes agrave conjuntura econocircmica sobre o creacutedito e da

anaacutelise feita pelos bancos em relaccedilatildeo aos clientes e projetos existe uma

terceira vertente influenciadora do niacutevel de creacutedito concedido na economia o

ambiente jurisdicional e regulatoacuterio existente

Enquanto na fase positiva do ciclo o financiamento eacute

preponderantemente para compras e expansatildeo da capacidade produtiva no

momento de crise as empresas demandam creacutedito visando agrave rolagem dos

deacutebitos contraiacutedos anteriormente Devido a falhas no mercado financeiro

induzidas pela incerteza tais como risco moral e problemas de seleccedilatildeo

adversa os bancos investem em informaccedilotildees privadas O grau no qual os

intermediaacuterios financeiros podem adquirir informaccedilatildeo celebrar contratos e ter

estes contratos aplicados iraacute influenciar fundamentalmente a habilidade destes

intermediaacuterios para identificar firmas valiosas exercer controle corporativo

gerenciar o risco mobilizar poupanccedilas e facilitar as trocas

Exemplo do impacto do marco regulatoacuterio sobre o creacutedito

estaacute na exigecircncia de capital para os bancos que operam no mercado

brasileiro fruto da adoccedilatildeo do Acordo da Basileacuteia Por outro lado

existe um custo de se possuir determinada proporccedilatildeo de capital no

balanccedilo patrimonial assim como existe um custo em natildeo se atender

ao requerimento miacutenimo (MEDONCcedilA p 151 2002)

Ou seja quando um banco ameaccedila deixar de atender ao requerimento

os fiscalizadores podem por exemplo impor restriccedilotildees a suas atividades ou

exigir que aumente o rigor de seus criteacuterios de provisionamento de operaccedilotildees

de creacutedito Os reguladores podem requerer que a instituiccedilatildeo siga um plano de

capitalizaccedilatildeo restringir a distribuiccedilatildeo de dividendos ou em casos extremos

decretar a liquidaccedilatildeo do banco

Existem duas linhas baacutesicas de pesquisa com relaccedilatildeo ao impacto do

requerimento de capital sobre a gestatildeo de creacutedito ao consumidor Em uma

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

22

analise o impacto do requerimento confrontando o volume de creacutedito ofertado

antes e depois da implementaccedilatildeo da exigecircncia Na outra dada a

regulamentaccedilatildeo busca-se avaliar a sua influecircncia sobre a concessatildeo de

creacutedito somente analisando o poacutes-regulamentaccedilatildeo

Desta forma a concessatildeo de creacutedito mesmo quando as taxas de

retorno das operaccedilotildees sofrem um aumento pois os bancos fazem a gestatildeo de

creacutedito tendo em vista o requerimento miacutenimo e o custo de se aproximar do

miacutenimo exigido ou ateacute mesmo natildeo atendecirc-lo Consequentemente quanto

maior a folga existente entre o capital do banco e o miacutenimo exigido pela

autoridade monetaacuteria menor o custo de regulaccedilatildeo e maior o incentivo para

que o banco aumente a oferta de creacutedito

De qualquer forma fica evidente o efeito positivo que o creacutedito possui

sobre a economia assim como o efeito negativo que o racionamento de creacutedito

ocasiona especialmente em momentos de crise O preccedilo pago pela economia

eacute que nestas circunstacircncias as possibilidades de expansatildeo da economia se

tornam limitadas pela restriccedilatildeo de financiamento enquanto perdurar um

quadro de expectativas pessimistas (ONO 2002)

Ou seja o creacutedito eacute uma importante ferramenta para o bom

desempenho da economia assim como o desenvolvimento do sistema

financeiro como um todo e do sistema bancaacuterio em especiacutefico Tambeacutem

impactam positivamente no crescimento econocircmico No entanto o segmento

bancaacuterio vem passando por um processo de consolidaccedilatildeo do setor que

independentemente de suas motivaccedilotildees tem afetado negativamente o creacutedito

e consequentemente o proacuteprio crescimento econocircmico

31 - O Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor eacute o processo de decisatildeo e as

atividades que indiviacuteduos realizam quando avaliam adquirem usam ou

consomem bens e serviccedilos Define se o campo do comportamento do

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

23

consumidor como o estudo das unidades compradoras e dos processos de

troca envolvidos na aquisiccedilatildeo no consumo e na disposiccedilatildeo de mercadorias

serviccedilos experiecircncias e ideias

De acordo com Pfitscher (2005) empresas enxergam o consumidor

como solucionador de problemas que utiliza a informaccedilatildeo para satisfazer suas

metas de consumo Eles subdividem o comportamento de consumo em

aquisiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo de estiacutemulos manipulaccedilatildeo para a obtenccedilatildeo de

significado aplicaccedilatildeo do resultado na reflexatildeo sobre a decisatildeo por produtos

Utiliza conceitos da teoria da aprendizagem para explicar o

comportamento de seleccedilatildeo de marca ao longo do tempo Subdivide o

comportamento do consumidor em entradas compostas por estiacutemulos do

meio social ou profissional processo perceptivo e processamento de

informaccedilatildeo saiacuteda como a sequecircncia de compra

Ningueacutem compra um produto a natildeo ser que tenha um problema

necessidade ou desejo O reconhecimento da necessidade ocorre quando o

indiviacuteduo sente a diferenccedila entre o que percebe ser um ideal versus o estado

atual das coisas Os consumidores compram algo quando acreditam que a

habilidade do produto em solucionar problemas vale mais que o custo de

compraacute-lo

A extensatildeo e a profundidade da busca satildeo determinadas por variaacuteveis

como personalidade classe social renda tamanho da compra experiecircncias

passadas percepccedilatildeo da marca e satisfaccedilatildeo Se o consumidor estaacute encantado

com o produto que usa rotineiramente deveraacute comprar novamente a marca

com pouca ou nenhuma busca tornando mais difiacutecil aos concorrentes obter

atenccedilatildeo

O consumidor normalmente busca primeiro na proacutepria memoacuteria

informaccedilotildees referentes a uma necessidade especiacutefica relacionada a consumo

Somente apoacutes passa a procurar fontes externas Quanto menor a quantidade

de informaccedilotildees que o consumidor tiver sobre o produto e a importacircncia da

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

24

compra para ele mais tempo disponiacutevel teraacute e mais extensa tenderaacute ser a

busca antes da compra

Quando o consumidor tem de pagar por um produto ele buscaraacute

informaccedilotildees internas e externas sobre os meios cartotildees de creacutedito deacutebito

dinheiro ou cheque O ato de pagar a fatura formaraacute novas impressotildees e

percepccedilotildees sobre o meio de pagamento e consequentemente influenciaacute-lo aacute

quando fizer novas buscas em decisotildees sobre o meio de pagamento a utilizar

Os consumidores usam as avaliaccedilotildees novas ou

armazenadas na memoacuteria para selecionar produtos marcas e lojas

que mais provavelmente traratildeo satisfaccedilatildeo com a compra e o

consumo (SCHLOTTFELDT p 51 2004)

Os consumidores experimentam a sensaccedilatildeo de satisfaccedilatildeo ou

insatisfaccedilatildeo Satisfaccedilatildeo se o desempenho percebido confirma as expectativas

quando as experiecircncias frustram expectativas a insatisfaccedilatildeo ocorre Os

resultados satildeo significantes porque os consumidores guardam tais avaliaccedilotildees

na memoacuteria e se lhes referem em decisotildees futuras

Se o consumidor tiver alto grau de satisfaccedilatildeo as decisotildees sobre

compras se tornam mais simples e raacutepidas Entretanto o insatisfeito com o

produto que comprou ou com a loja na qual comprou estaacute pronto para

considerar competidores que prometam algo melhor

O risco percebido representa as apreensotildees do consumidor quanto agraves

consequecircncias de seu comportamento A percepccedilatildeo de risco pelo consumidor

depende de vaacuterios fatores como as caracteriacutesticas pessoais caracteriacutesticas do

produto da situaccedilatildeo e da cultura ou seja depende do contexto da decisatildeo

Em relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas pessoais alguns consumidores percebem

altos graus de riscos em vaacuterias situaccedilotildees de consumo enquanto outros veem

pouco risco As pessoas com percepccedilatildeo de alto risco limitam suas escolhas a

poucas alternativas as que consideram mais seguras

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

25

Aquelas com percepccedilatildeo de baixo risco preferem arriscar um pouco mais

a limitar a quantidade de alternativas O canal de venda como varejo

tradicional vendas por reembolso postal Internet venda direta tambeacutem

influencia o risco percebido pelo consumidor que pode percebecirc-lo mais

fortemente em um canal do que em outro

O crescimento desses outros canais de venda e a frequente utilizaccedilatildeo

deles pelo consumidor com experiecircncias positivas faz com que ele aiacute perceba

menos riscos Ademais a percepccedilatildeo de risco natildeo eacute a mesma em todo lugar do

mundo sendo influenciada pelas caracteriacutesticas do paiacutes e do povo

De acordo com Yin (p 56 2001) Algumas vezes o consumidor segue

um complexo processo de decisatildeo que requer quantidades substanciais de

tempo e energia Mais comum entretanto satildeo os processos mais simples a

que relativamente pouco tempo e esforccedilo satildeo devotados

A compra por impulso eacute uma accedilatildeo natildeo planejada estimulada pela

ocasiatildeo e disparada pela vitrine do produto ou promoccedilatildeo no ponto-de-venda

Eis a forma menos complexa mas que difere desta em alguns aspectos

Tambeacutem haacute as compras repetidas em que o consumidor adquire um produto

diversas vezes como encher o tanque do carro toda segunda-feira num

mesmo posto de gasolina ou comprar o jornal de domingo

O cartatildeo de creacutedito tambeacutem pode simplificar as decisotildees de compra

Neste caso o usuaacuterio natildeo precisa provar renda preencher formulaacuterios fazer

crediaacuterios Muitas vezes reforccedilos positivos e negativos podem acontecer

durante o consumo

No uso de cartotildees de creacutedito o consumidor vai incorporando reforccedilos

como facilidade da transaccedilatildeo praticidade linha de creacutedito adicional em

momentos de necessidade Entretanto poderatildeo ocorrer puniccedilotildees como o

consumidor perder o controle da fatura desestimulando a usar este meio de

pagamento

Viu-se que o consumidor no processo de compra eacute influenciado

inicialmente pelo seu proacuteprio conhecimento e posteriormente procura fontes

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

26

externas Isto estaacute ligado ao entendimento da influecircncia que os valores

esperado da fatura do cartatildeo de creacutedito e apresentado pelo banco emissor

exercem na intenccedilatildeo do cliente em continuar utilizando-o

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

27

CAPIacuteTULO IV - O CREacuteDITO HOJE EM DIA

As operaccedilotildees financeiras tiveram origem nas antigas civilizaccedilotildees

mesmo antes de existirem as moedas documentos da civilizaccedilatildeo sumeacuteria

datados de 3000 AC revelam a existecircncia de um processo formalizado de

creacutedito baseado no empreacutestimo de gratildeos e de prata De laacute para caacute o homem

passou por vaacuterias fases de desenvolvimento dos meios de troca do escambo

das mercadorias de troca da moeda metaacutelica da moeda papel da moeda

fiduciaacuteria do papel moeda da moeda de plaacutestico e por uacuteltimo da moeda

eletrocircnica ou virtual (MATTEN 2000)

Apoacutes a fase do escambo num segundo momento as civilizaccedilotildees

evoluem para o estaacutegio das moedas metaacutelicas iniciando pela cunhagem de

metais natildeo preciosos para mais tarde consagrarem as moedas de ouro e de

prata O uso dos metais preciosos como moeda facilitou o desenvolvimento

das trocas e da circulaccedilatildeo dos bens e serviccedilos necessaacuterios agrave sociedade

De Acordo com Matten (2000) no entanto sobreviviam problemas

relativos ao seu translado em razatildeo do peso e da seguranccedila dada a

precariedade dos meios de transporte e a vulnerabilidade ao ataque de

saqueadores A cunhagem do ouro e da prata via de regra era feita por

ourives que possuiacuteam locais seguros para guarda dos metais preciosos e por

seguranccedila adotou-se o costume de deixar as moedas depositadas com os

proacuteprios cunhadores em troca de um recibo de depoacutesito

Estes assumiram a funccedilatildeo de Casa de Custoacutedia marcando a fase da

moeda papel em que recibos de depoacutesito possuiacuteam um lastro e diante da

necessidade da moeda fiacutesica bastava converter a moeda papel em metal

precioso Mais tarde o manuseio do comprovante de depoacutesito evoluiu

passando a ser endossado transferindo a terceiro o direito de saque e

possibilitando o princiacutepio das ceacutedulas com lastro

Ao longo da histoacuteria humana os juros foram combatidos tanto pela

exacerbaccedilatildeo quanto por sua forma Enquanto o sistema financeiro ainda natildeo

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

28

havia se formado concatenando oferta e demanda de capitais os juros ou a

usura como era vista foram severamente reprimidos pelas leis vigentes

Apoacutes a idade meacutedia o sistema financeiro passa a agir

como intermediaacuterio entre os que possuem excedente de capital em

relaccedilatildeo ao seu consumo e aqueles que necessitam de capital para

alcanccedilar suas realizaccedilotildees Eacute a ponte entre dois extremos que se

completam sem se encontrarem (GARCIA p 54 2003)

Um lado possui sobra de recursos e procura uma forma de remunera-

loacutes o outro necessita de recursos e aceita pagar pela sua utilizaccedilatildeo Ao valor

pago pela utilizaccedilatildeo do capital ou agrave remuneraccedilatildeo pelo seu empreacutestimo daacute-se

o nome de juros e agrave diferenccedila entre ambos que eacute a parte que alimenta o

sistema financeiro por intermediar os dois interesses

Descreve que no pensamento claacutessico o mercado financeiro eacute formado

pelos agentes intermediadores pelos poupadores e pelos tomadores de

capital A taxa de juros promove o ajuste entre os poupadores que ofertam

recursos e os tomadores que demandam recursos

Havendo escassez de capital juros elevados estimulam os poupadores

por uma maior remuneraccedilatildeo e inibem os tomadores por um maior custo do

dinheiro Inversamente juros baixos inibem os poupadores por uma

recompensa menor e incitam os tomadores por um dinheiro mais barato

O comportamento das curvas de oferta e demanda de moeda eacute

baseado no fato de que as pessoas valorizavam a liquidez e estavam

dispostas a pagar um custo por uma reserva estrateacutegica de moeda O ganho

proveniente da taxa de juros oferecida demovia as pessoas do consumo

conforme a teoria claacutessica mas este mesmo niacutevel de taxa de juros natildeo

desestimulava os poupadores de manter em matildeos uma reserva de valor

De acordo com Fortuna (p 31 2002) Apesar de haver uma margem

decisoacuteria na conjugaccedilatildeo da rentabilidade e da liquidez os bancos satildeo apenas

os intermediaacuterios na ligaccedilatildeo entre os interesses dos que possuem excedentes

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

29

e escassez de capital A administraccedilatildeo do risco do negoacutecio limita a autonomia

dos bancos ao casamento entre prazos e taxas praticadas

Do ponto de vista operacional talvez ateacute fosse uma vantagem para os

bancos fazer apenas empreacutestimos de longo prazo Em tese entre outros por

exemplo eles poderiam atuar com quadro de pessoal mais reduzido e

especializado logo reduzindo custos eles teriam um fluxo de receita mais

previsiacutevel poderiam planejar melhor o seu fluxo de caixa poderiam eliminar ou

reduzir sensivelmente os iacutendices de inadimplecircncia teriam garantias mais

palpaacuteveis e assim por diante

Se natildeo haacute captaccedilotildees em longo prazo em volumes realmente

abundantes e significativos entatildeo natildeo haacute a possibilidade de os bancos

fazerem empreacutestimos em longo prazo O descasamento de prazos e taxas por

si soacute representa um risco muito grande Se juntada a inadimplecircncia dos

tomadores de empreacutestimos pode ser fatal como aliaacutes verificado com alguns

grandes bancos recentemente

As aplicaccedilotildees financeiras de longo prazo satildeo bem mais eficientes e

racionais mas na meacutedia dos prazos e das taxas os bancos emprestam

segundo a forma como conseguem captar Portanto considerando a economia

de custos obtida pela instituiccedilatildeo financeira com a captaccedilatildeo de longo prazo as

taxas oferecidas poderiam ser majoradas elevando a atratividade dos tiacutetulos de

longa maturaccedilatildeo sem o consequente aumento na taxa final de repasse

O financiamento de longo prazo eacute em geral realizado atraveacutes do

mercado de capitais pela emissatildeo de tiacutetulos junto aos investidores

institucionais que se constituem dos fundos de pensatildeo seguradoras fundos

muacutetuos de investimento entre outros destacando-se a atuaccedilatildeo dos bancos de

investimento como responsaacuteveis por estas operaccedilotildees

O mercado de creacutedito oferta financiamentos atraveacutes de intermediaccedilatildeo

financeira que podem ser de curto meacutedio e de longo prazo O mercado de

creacutedito caracteriza-se por funcionar a partir de normas contratuais em que

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

30

recursos obtidos satildeo repassados com spread de remuneraccedilatildeo que deve cobrir

os custos perdas decorrentes de inadimplecircncia e o lucro gerado

De acordo com Edgar Abreu (2012) a despeito das tentativas do

governo em controlar os niacuteveis de inflaccedilatildeo e vir adotando poliacuteticas

expansionistas devido a Crise Econocircmica Mundial iniciada em 2008 o paiacutes

apresentou em 2011 o menor crescimento do PIB registrado nos uacuteltimos 5

anos Diante deste fato o governo reduziu a taxa SELIC consideravelmente

em marccedilo de 2012

De acordo com Nakagawa (2012) Como se isto natildeo bastasse o

governo federal atraveacutes dos Bancos muacuteltiplos sob sua administraccedilatildeo (Caixa

Econocircmica Federal e Banco do Brasil) forccedilou estes a reduzirem seus spreads

na tentativa de que as Instituiccedilotildees Privadas tambeacutem o faccedilam tornando o

mercado mais competitivo Desta forma esta eacute uma mudanccedila significativa na

esperanccedila de resolver o problema da rigidez das taxas de juros para baixo

mesmo quando a taxa SELIC eacute reduzida Esta eacute uma tentativa de colocar o

paiacutes em uma posiccedilatildeo mais proacutexima dos paiacuteses desenvolvidos quando se fala

em taxas de juros uma vez que mesmo o financiamento imobiliaacuterio que eacute um

empreacutestimo com garantias ainda possui as maiores taxas de juros do mundo

Destacaremos agora as principais modalidades de creacutedito utilizadas

atualmente

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito

Os empreacutestimos mediante a garantia de um tiacutetulo de creacutedito futuro a

operaccedilatildeo de desconto de tiacutetulos daacute ao banco direito de regresso ou seja no

vencimento caso o tiacutetulo natildeo seja pago pelo sacado o cedente assume a

responsabilidade do pagamento incluindo multa e juros de mora pelo atraso Eacute

uma antecipaccedilatildeo em que o valor liberado estaacute abaixo do valor de resgate e

esta diferenccedila corresponde aos juros embutido na operaccedilatildeo

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

31

Os creacuteditos garantidos ateacute certo limite Representam

uma conta de saldo devedor em que o cliente saca a descoberto e os

juros satildeo calculados diariamente sobre o saldo meacutedio utilizado e

cobrados normalmente no primeiro dia uacutetil do mecircs seguinte ao de

movimentaccedilatildeo Sofre encargos de juros e IOF e o exemplo mais

comum eacute o cheque especial (DUARTE p 89 2005)

De forma a simplificar os procedimentos operacionais eacute comum para os

clientes tradicionais neste produto criar um contrato fixo de Hot estabelecendo

as regras deste empreacutestimo e permitindo a transferecircncia de recursos ao cliente

a partir de um simples telefonema fax ou e-mail garantidos por uma Nota

Promissoacuteria jaacute previamente assinada evitando-se assim o fluxo corrido de

papeacuteis para cada operaccedilatildeo

Empreacutestimo indexado agrave variaccedilatildeo cambial normalmente destinado a

financiar as necessidades de capital de giro para empresas que atuam no

mercado externo tem os recursos aplicados para suprir eventuais

necessidades do caixa da empresa para reposiccedilatildeo de estoques pagamento

de impostos e outras

Eacute importante observar que esta modalidade de creacutedito eacute

mais indicada para empresas exportadoras ou que possuam ativos

indexados agrave variaccedilatildeo cambial pois deste modo elas estaratildeo mais

aptas a suportar possiacuteveis oscilaccedilotildees cambiais (BUSSAB p 77

2004)

42 Derivativos de Creacutedito

Satildeo tiacutetulos que possuem seus valores dependentes de outras variaacuteveis

mais baacutesicas Uma opccedilatildeo de accedilatildeo eacute um derivativo uma vez que seu valor

depende do preccedilo de accedilatildeo O mercado de derivativos nos uacuteltimos anos

apresenta uma grande evoluccedilatildeo principalmente nos produtos utilizado

principalmente para proteccedilatildeo do tomador da variaccedilatildeo cambial ou da variaccedilatildeo

de preccedilos de commodities Jacob (2003)

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

32

Os derivativos podem ser negociados em bolsas centralizadas que

propiciam mercados para futuros e opccedilotildees em balcatildeo Esses mercados estatildeo

se espalhando rapidamente Atualmente mercados futuros podem ser

encontrados em todo o mundo

Os bancos principalmente com o propoacutesito de atender seus clientes

tecircm criado uma grande variedade de produtos sendo que esses podem ser

negociados em vaacuterios mercados

A princiacutepio esse mercado foi desenvolvido como forma de proteger os

agentes econocircmicos contra os riscos das possiacuteveis oscilaccedilotildees futuras de

preccedilos das mercadorias A ideia baacutesica dos agentes quando operam nesse

mercado eacute a de obter um resultado positivo em suas operaccedilotildees de forma a

compensar uma perda em outras atividades econocircmicas

De acordo Jacob (2003) assim os derivativos propiciam uma maior

previsibilidade pois com ele eacute possiacutevel se operar o futuro no presente Como

consequecircncia as informaccedilotildees de preccedilos exercidas pelos derivativos ajudam a

coordenar as expectativas dos agentes sobre a evoluccedilatildeo futura da econocircmica

Assim podem-se verificar aspectos contraditoacuterios nos derivativos pois

se de um lado aumentam a previsibilidade dos agentes e possibilitam a

transferecircncia dos riscos por outro como estatildeo alavancados e estatildeo

relacionados atraveacutes de grandes redes de transmissatildeo podem aumentar a

instabilidade dos mercados financeiros

Atraveacutes da globalizaccedilatildeo financeira a dinacircmica caracterizada por seus

mercados de capitais com mercados ativos privados sofisticados operaccedilotildees

cambiais estruturadas atraveacutes de instrumentos derivativos e grandes empresas

transnacionais se impocircs ao resto do mundo

As inovaccedilotildees financeiras a integraccedilatildeo do mercado a expansatildeo da

liquidez financeira internacional e um grande aumento da participaccedilatildeo das

instituiccedilotildees natildeo bancaacuterias nos sistemas financeiros justificam a forte expansatildeo

do mercado de derivativos

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

33

43 Creacutedito Imobiliaacuterio

A importacircncia do creacutedito imobiliaacuterio fundamenta-se em duas

caracteriacutesticas intriacutensecas a esse contrato ser o proacuteprio imoacutevel a garantia do

creacutedito e sua longa duraccedilatildeo quando comparado a outras modalidades de

creacutedito de varejo Quanto agrave primeira caracteriacutestica destaca-se o fato de que

para obter o financiamento o cliente necessita apenas possuir renda

compatiacutevel com as prestaccedilotildees visto que o creacutedito eacute seguro por si

Em relaccedilatildeo agrave segunda caracteriacutestica deve-se ressaltar

que satildeo criadas condiccedilotildees favoraacuteveis para que a instituiccedilatildeo financeira

estabeleccedila um viacutenculo com o cliente e garanta uma natural fidelizaccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de outros produtos e serviccedilos (ARNOLDI p 65 1998)

Por ser sempre tangiacutevel o bem que origina a relaccedilatildeo de creacutedito

imobiliaacuterio provoca cuidados diferenciados agrave concedente em ralaccedilatildeo ao risco

de creacutedito inclusive quanto ao impacto social que pode ocorrer no caso de natildeo

cumprimento da obrigaccedilatildeo Assim torna-se necessaacuterio explorar os diferenciais

oriundos desta relaccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos verificou-se que a economia brasileira

passou por um periacuteodo de intensa transformaccedilatildeo Apoacutes deacutecadas de

instabilidade monetaacuteria o Plano Real pocircs fim agrave inflaccedilatildeo crocircnica um

dos grandes obstaacuteculos ao crescimento (DI AGUSTINI p 85 2002)

Entretanto tais transformaccedilotildees natildeo foram suficientes para estimular o

creacutedito imobiliaacuterio Ao contraacuterio devido agraves poliacuteticas anti-inflacionaacuterias houve o

desequiliacutebrio do mercado imobiliaacuterio e o aumento significativo dos iacutendices de

inadimplecircncia

A evoluccedilatildeo destes acontecimentos construiu um sistema altamente

fraacutegil e desestimulador agrave atividade de creacutedito imobiliaacuterio Contudo atualmente

espera-se que as novas medidas governamentais contribuam para a reversatildeo

de tal situaccedilatildeo e reduzam o deacuteficit habitacional Uma das medidas jaacute

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

34

implementadas eacute o Programa Minha Casa Minha Visa que visa atender a

populaccedilatildeo de baixa renda

Aleacutem disso vale destacar que importantes inovaccedilotildees foram

implementadas no setor imobiliaacuterio como no caso da criaccedilatildeo do Sistema

Financeiro Imobiliaacuterio Tal Sistema viabilizou a alienaccedilatildeo fiduciaacuteria ferramenta

juriacutedica que permite agilizar a execuccedilatildeo das garantias e o patrimocircnio de

afetaccedilatildeo que proporcionou seguranccedila aos adquirentes de imoacuteveis em

construccedilatildeo e aos agentes financeiros que promovem os empreendimentos

Os investimentos no setor habitacional proporcionam um elevado e

raacutepido retorno para a sociedade visto que a construccedilatildeo civil eacute uma atividade

intensiva em matildeo-de-obra Desse modo quanto maior o aquecimento da

induacutestria da construccedilatildeo civil menor seraacute o iacutendice de desemprego

Eacute fundamental que ocorra a ampliaccedilatildeo do creacutedito habitacional pois a

moradia eacute um dos direitos do cidadatildeo consignados na Constituiccedilatildeo Aleacutem

disso o pleno atendimento do direito a moradia eacute importante pois proporciona

bem estar e fazem com que as pessoas se considerem mais cidadatildes

Segundo Dutra (2003) Isto eacute o devedor manteacutem a posse direta do bem

e o credor deteacutem a posse indireta do bem No momento em que a diacutevida eacute

quitada o credor autoriza a transferecircncia da propriedade para o devedor que

passa a exercecirc-la plenamente

O objetivo da anaacutelise de risco de creacutedito imobiliaacuterio eacute avaliar natildeo

somente o potencial de pagamento do tomador em si como tambeacutem a

garantia envolvida No primeiro caso eacute necessaacuterio identificar os clientes

conhecer o registro de suas transaccedilotildees a origem e legitimidade de seus

recursos e verificar a compatibilidade entre sua renda e suas movimentaccedilotildees

financeiras

No caso dos compromissos assumidos com os adquirentes finais eacute

comum agraves instituiccedilotildees financeiras concederem cartas de creacutedito que tecircm por

objetivo melhorar o potencial de negociaccedilatildeo dos adquirentes na medida em

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

35

que aleacutem dos recursos proacuteprios passam a demonstrar ao vendedor que o

valor complementar jaacute estaacute garantido mediante financiamento

Portanto os compromissos assumidos com empresaacuterios

e adquirentes tecircm grande importacircncia para a operacionalizaccedilatildeo do

creacutedito imobiliaacuterio e a efetiva liberaccedilatildeo dos recursos Dessa forma o

risco de creacutedito das instituiccedilotildees financeiras eacute minimizado (FREITAS

p 183 1997)

O risco de qualquer operaccedilatildeo e inversamente proporcional agrave relaccedilatildeo

entre o saldo devedor e o valor da garantia Assim os setores que integram os

segmentos imobiliaacuterios e representantes do governo vecircm trabalhando na busca

de condiccedilotildees para que o creacutedito imobiliaacuterio no Brasil ocupe lugar de destaque

no cenaacuterio nacional a exemplo do que ocorre em outros paiacuteses

Considerando que nos uacuteltimos anos houve uma evoluccedilatildeo no marco

regulatoacuterio em creacutedito imobiliaacuterio com a instituiccedilatildeo de mecanismos inovadores

alienaccedilatildeo fiduciaacuteria e patrimocircnio de afetaccedilatildeo que pela maior seguranccedila que

proporcionam permitem tratamento diferenciado ao creacutedito imobiliaacuterio

44 Cartatildeo de Creacutedito

O cartatildeo eacute um produto com pouco mais de cinquenta anos de mercado

que soube transformar-se em uma das mais poderosas ferramentas

mercadoloacutegicas que se conhece Mais que um produto o cartatildeo eacute um conceito

que tem se mostrado flexiacutevel o suficiente para agregar uma gama enorme de

possibilidades Trata-se de um setor que vem evoluindo bastante ao longo dos

anos e com grande potencial de crescimento

Atualmente as administradoras de cartatildeo de creacutedito tecircm investido no

puacuteblico de baixa renda que finalmente teve acesso a esse meio de

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

36

pagamento As administradoras tecircm investido cada vez mais em benefiacutecios ou

serviccedilos aos associados

As principais queixas dos usuaacuterios de cartotildees de creacutedito satildeo as

anuidades e as taxas de financiamento elevadas cobradas por parte das

administradoras de cartotildees Aleacutem disso eacute um dos setores com maior iacutendice de

reclamaccedilatildeo nos Serviccedilos de Proteccedilatildeo ao Consumidor Os cartotildees de deacutebito

tendem a substituir os cartotildees de creacutedito ao meacutedio prazo

Com base no cenaacuterio acima surge a necessidade de accedilotildees

diferenciadas para os clientes Os serviccedilos nos relacionamentos com os

clientes estatildeo se tornando uma forma importante de criar vantagens

competitivas

O marketing de relacionamento jaacute estaacute tatildeo claro em serviccedilos que um

dos pilares do marketing de serviccedilos eacute relacionamento pessoal O

relacionamento e a qualidade do serviccedilo diminuem a percepccedilatildeo de risco que o

cliente tem Por esses motivos tudo leva a crer que a estrateacutegia de

relacionamento seja a mais adequada nesse setor de serviccedilos

Em conjunto com o marketing de relacionamento o marketing de

serviccedilos tambeacutem desempenha um papel especialmente relevante como fator

diferencial de competitividade O relacionamento eacute um serviccedilo prestado ao

cliente e a sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contiacutenua de

valor superior

O marketing de relacionamento eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa

construir proacute-ativamente uma preferecircncia por uma organizaccedilatildeo com seus

clientes canais de distribuiccedilatildeo e funcionaacuterios contribuindo para o aumento do

desempenho dessa organizaccedilatildeo e para resultados sustentaacuteveis

Consiste portanto em lanccedilar matildeo de vaacuterias ferramentas

do marketing integradas sob um grande guarda-chuva que garante

alinhamento estrateacutegico e coerecircncia de accedilatildeo (MIRANDA p 85 2002)

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

37

Pesquisadores em serviccedilos argumentaram que experiecircncias qualitativas

sobre os consumidores e subsequentes satisfaccedilotildees com os serviccedilos satildeo

primeiramente um resultado da relaccedilatildeo interativa entre os funcionaacuterios e os

consumidores pela comunicaccedilatildeo do marketing tradicional imagem institucional

e tecnologia

Assim satildeo enfatizadas a importacircncia do desenvolvimento e

manutenccedilatildeo das relaccedilotildees entre fornecedores e clientes

Teorias sobre o aprendizado do consumidor tambeacutem incluem aspectos

de compromisso do consumidor relativo ao comportamento do mercado

apesar desse desenvolvimento tornar limitadas as anaacutelises teoacutericas de longo

prazo

Fornecedores de serviccedilos utilizam ativamente as informaccedilotildees sobre

seus clientes O processo inicia-se construindo conhecimento sobre o cliente o

que resulta em interaccedilotildees de alto impacto com ele Isto permite as

organizaccedilotildees estabelecerem relacionamentos lucrativos e de longo prazo com

o cliente e que gerenciem os recursos

De acordo com Amaral (p 39 1993) Natildeo eacute nem um conceito e nem um

projeto Ao contraacuterio eacute uma estrateacutegia de negoacutecios que visa entender antecipar

e administrar as necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

organizaccedilatildeo

O mercado de hoje eacute muito agressivo e composto por muitos

concorrentes cada um deles oferecendo produtos ou serviccedilos relativamente

equivalentes O que eacute consideravelmente mais difiacutecil em tal dinacircmica de

mercado eacute manter os clientes comprando regularmente uma marca ou serviccedilo

Em funccedilatildeo dos custos decorrentes de conquistar novos clientes a uacutenica

maneira de lucrar em tal situaccedilatildeo eacute preservar os clientes atuais comprando por

mais tempo

O objetivo da fidelizaccedilatildeo eacute reter os clientes evitando que migrem para a

concorrecircncia e aumentar o valor dos negoacutecios que eles proporcionam As

empresas desejam clientes fieacuteis para obter vantagens financeiras Jaacute nos

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

38

relacionamentos pessoais a fidelidade estaacute diretamente ligada a vantagens

emocionais

Fidelidade normalmente eacute entendida como uma palavra

positiva Na maioria dos casos a fidelidade pode ser atribuiacuteda a

pessoas empreendimentos e produtos e eacute normalmente

caracterizada pela igualdade e cooperaccedilatildeo muacutetua (LUCCA p 61

1995)

A fidelidade do cliente eacute o resultado real de uma organizaccedilatildeo criando

benefiacutecios para um cliente para que ele mantenha ou aumente suas compras

junto agrave organizaccedilatildeo A fidelidade do cliente eacute criada quando ele se torna um

defensor da organizaccedilatildeo sem incentivo para tal

De acordo com Di Agostini (2002) a lealdade tambeacutem pode ser vista de

forma positiva sob o ponto de vista dos consumidores Para o consumidor

tornar-se fiel eacute uma maneira de reduzir o risco percebido na hora da compra

aumentar a eficiecircncia do processo de decisatildeo e reduzir a tarefa de

processamento de informaccedilotildees

Os programas de fidelidade satildeo considerados de extrema importacircncia

na construccedilatildeo de relacionamentos estaacuteveis e duradouros independentemente

do porte da empresa Com eles a empresa poderaacute saber quanto quando e o

que cada cliente comprou em um determinado periacuteodo de tempo e assim fazer

vaacuterios tipos de cruzamento de informaccedilotildees para poder conhecer melhor seu

cliente

Conhecendo quanto cada cliente gasta por semana fica faacutecil saber a

quem oferecer os melhores descontos sobre quais produtos e em qual dia da

semana por exemplo (DICK 1991)

Pode-se encontrar uma ramificaccedilatildeo sobre a preocupaccedilatildeo em verificar

como a medida da classe social afeta o consumo e como ele eacute realizado Tem-

se outra ramificaccedilatildeo em que se buscam as medidas adequadas e operacionais

para serem utilizadas nas pesquisas de mercados e acadecircmicas

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

39

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo

O uso do conceito de classe social como forma de estratificar e

analisar a propensatildeo ao consumo apesar de ser um conceito que parece

ainda ser vaacutelido Haacute diferenccedilas em cada classe social em termos de conceitos

valores e objetivos de consumo sendo entatildeo importante o uso das variaacuteveis

pertinentes a cada classe social de forma a obter satisfaccedilatildeo

De acordo com Requiatildeo (p 241 2000) conveacutem colocar que natildeo eacute a

classe que mais afetava o consumo mas sim como a classe social afeta a

forma como se consome ou seja passa-se a estudar a forma e motivaccedilatildeo

para o consumo e natildeo o estudo de um produto em si

Desta maneira podem-se identificar sinais claros de que a

estratificaccedilatildeo da populaccedilatildeo neste caso em funccedilatildeo da classe social se faz

necessaacuteria para se ter indicadores adequados para o estudo de consumo de

cada classe Isto permite inferir que eacute fundamental a definiccedilatildeo das classes

como maneira de adequar o estudo de maneira a obter uma anaacutelise dos

motivadores e os postos-chave para atender agraves necessidades reprimidas da

populaccedilatildeo de baixa renda

Uma das diversas maneiras de segmentar o mercado eacute atraveacutes da

segmentaccedilatildeo por renda aqui abordada como maneira de estudar e focar o

puacuteblico de baixa renda de maneira consistente com abordagem mais eficaz

conforme as necessidades e comportamentos deste segmento

O criteacuterio foi elaborado para atender a grande maioria dos usuaacuterios

nas circunstacircncias mais comuns e natildeo pode como em qualquer criteacuterio

satisfazer a todas as circunstacircncias A anaacutelise se daraacute nas grandes classes

sendo portanto admitido como vaacutelido para efetuar a segregaccedilatildeo do

consumidor

A anaacutelise de creacutedito envolve a habilidade de fazer uma decisatildeo de

creacutedito dentro de um cenaacuterio de incertezas e constantes mutaccedilotildees e

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

40

informaccedilotildees incompletas Esta habilidade depende da capacidade de analisar

logicamente situaccedilotildees natildeo raro complexas e chegar a uma conclusatildeo clara

praacutetica e factiacutevel de ser implementada

A avaliaccedilatildeo do risco de creacutedito traz consigo uma grande dificuldade que

eacute a de se prever se o cliente iraacute honrar ou natildeo o compromisso a ser assumido

Para se ter subsiacutedios para a tomada de decisatildeo podem ser utilizados alguns

modelos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito (BARROS 2000)

O principal objetivo de uma avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito em uma

instituiccedilatildeo natildeo financeira eacute o de identificar os riscos na situaccedilatildeo de uma venda

a prazo onde ocorre uma diferenccedila de tempo entre a entrega do bem pelo

fornecedor e o recebimento do pagamento pelo cliente

A anaacutelise de creacutedito utiliza dados histoacutericos para projetar situaccedilotildees

futuras pois o risco situa-se no futuro A decisatildeo da concessatildeo de creacutedito seraacute

tanto melhor quanto melhores forem as informaccedilotildees disponiacuteveis No entanto

sabe-se que nem sempre se dispotildee dos melhores dados e mesmo assim a

decisatildeo tem que ser tomada seja positiva concessatildeo ou deferimento do

creacutedito ou negativa (natildeo deferimento)

A concessatildeo de creacutedito deve ser baseada na seguranccedila e garantias de

retorno com uma alta correlaccedilatildeo com a poliacutetica de vendas Essas duas aacutereas

devem atender aos interesses da alta administraccedilatildeo em reduzir ao maacuteximo o

risco de creacutedito e maximizar o volume das vendas

O controle de risco pode ser realizado por uma ferramenta presente na

empresa de banco de dados que faz o monitoramento da situaccedilatildeo dos clientes

ao longo do tempo inclusive enviando avisos (em tempo real) ao responsaacutevel

pela anaacutelise de creacutedito sobre grandes mudanccedilas ocorridas no cadastro do

cliente

Existem diversos tipos de meacutetodos de avaliaccedilatildeo de risco de creacutedito que

explicam o comportamento do tomador do empreacutestimo Utiliza-se desde

meacutetodos subjetivos baseados em anaacutelise qualitativa a modelos que exigem

teacutecnicas estatiacutesticas como forma de ferramenta

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

41

Existe uma diversidade de fontes para a obtenccedilatildeo de informaccedilotildees

histoacutericas e atuais das empresas Como as principais fontes podem ser

citadas relatoacuterios emitidos por empresas de informaccedilotildees para decisotildees de

creacutedito ficha cadastral referecircncias comerciais e bancaacuterias demonstraccedilotildees

contaacutebeis e estatuto ou contrato social

As empresas de informaccedilotildees para decisotildees de creacutedito proporcionam

uma diversidade de relatoacuterios desde relatoacuterios contendo informaccedilotildees baacutesicas

do cliente como localizaccedilatildeo histoacuterico de pagamentos uacuteltimas empresas que

consultaram capital social controle societaacuterio presenccedila de protestos

Cheques sem fundos e accedilotildees judiciais ateacute relatoacuterios que

adicionalmente apresentam dados do balanccedilo patrimonial demonstrativo de

resultados iacutendices financeiros iacutendices de balanccedilo anaacutelise econocircmico-

financeira e uma pontuaccedilatildeo referente agrave classe de risco do cliente

Outra ferramenta importante para a anaacutelise de creacutedito eacute a ficha

cadastral As empresas fornecedoras normalmente trabalham com uma ficha

padratildeo que deve ser preenchida com algumas informaccedilotildees do cliente em

potencial (ALMEIDA 2001)

Este eacute um meacutetodo tradicional de se categorizar as informaccedilotildees de

creacutedito recebidas Sua anaacutelise eacute baseada nas informaccedilotildees cadastrais do

cliente (tanto internas quanto de empresas de informaccedilotildees cadastrais) e na

proacutepria convivecircncia e julgamento subjetivo do setor de creacutedito com o cliente

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

42

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A despeito da loacutegica da teoria econocircmica o consumidor brasileiro

aumenta a utilizaccedilatildeo de produtos de creacutedito Uma segunda contradiccedilatildeo agrave

loacutegica econocircmica eacute o aumento desproporcional entre os produtos de creacutedito

com aumento mais significativo para o produto mais caro rolagem de cartatildeo

de creacutedito Esse resultado natildeo quer dizer necessariamente que o consumidor

desconsidera os custos financeiros Haacute que se considerarem as imperfeiccedilotildees

do mercado de creacutedito brasileiro

O tamanho das instituiccedilotildees financeiras ajuda a explicar a transmissatildeo

dos choques para as taxas de creacutedito praticadas no mercado Num mercado

dominado por grandes instituiccedilotildees atuantes no mercado de cheque especial

os impactos de poliacutetica monetaacuteria tecircm efeitos uniformes e persistentes Os

efeitos num mercado mais pulverizado creacutedito pessoal satildeo mais defasados e

com maior variabilidade O precircmio de financiamento externo ajuda a explicar

essas diferenccedilas

Compartilhamento da informaccedilatildeo documentaccedilatildeo do histoacuterico de creacutedito

e o funcionamento adequado do registro de creacutedito satildeo importantes

ferramentas na reduccedilatildeo do impacto de assimetrias informacionais e

consequentemente restriccedilotildees de financiamento

Da mesma forma este histoacuterico de creacutedito natildeo deve ser restrito agrave

instituiccedilatildeo financeira no qual o cliente eacute correntista Obviamente obedecendo agrave

legislaccedilatildeo de sigilo bancaacuterio mediante solicitaccedilatildeo do proacuteprio cliente outra

instituiccedilatildeo bancaacuteria deveria ter acesso ao seu histoacuterico de creacutedito Esta

possibilidade de transferecircncia de informaccedilatildeo aleacutem de melhorias nos sistemas

e cadastros de informaccedilotildees dos tomadores de recursos diminuiria o custo de

transferecircncia e a assimetria de informaccedilatildeo aleacutem do risco podendo impactar

os juros para baixo aumentando a concorrecircncia entre os bancos

Esta inflexatildeo pode estar relacionada com um ambiente econocircmico mais

favoraacutevel onde as expectativas quanto ao crescimento econocircmico se tornam

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

43

mais positivas bem como medidas de poliacutetica creditiacutecia como o creacutedito

consignado

Para clientes com menor risco podem ser oferecidos financiamentos

mais arriscados para a empresa como por exemplo o tipo vendor em que o

banco financia o cliente tendo como avalista a empresa fornecedora

Adicionalmente para empresas com pouco risco podem ser liberados valores

maiores de limite de creacutedito bem como um prazo meacutedio de financiamento

maior No entanto os valores de limite de creacutedito a serem liberados tambeacutem

tecircm que ser compatiacuteveis ao porte da empresa

Deve-se ressaltar que em relaccedilatildeo a analise de credito certos fatores

devem ser levados em consideraccedilatildeo como estrateacutegia situaccedilatildeo financeira da

empresa fornecedora grau de risco atual da carteira de tiacutetulos a vencer e

outras informaccedilotildees que forem julgadas necessaacuterias

Analisando o cenaacuterio atual verifica-se que em virtude da globalizaccedilatildeo e

competiccedilatildeo entre as empresas acirrou-se a busca por diminuiccedilatildeo de riscos e

maximizaccedilatildeo de resultados Neste cenaacuterio a prediccedilatildeo de cenaacuterios futuros tecircm

sido um grande desafio e uma anaacutelise confiaacutevel de creacutedito passa a ser uma

competecircncia importante para as empresas

De forma geral o sistema financeiro caminha para uma evoluccedilatildeo

positiva incrementando o grau de creacutedito concedido sem desconsiderar o fator

risco embora o consumidor em sua maioria ainda opte por soluccedilotildees de mais

faacutecil acesso mesmo que com taxas mais elevadas a melhoria nos sistemas de

informaccedilatildeo tanto para concessores de creacutedito como para tomadores eacute uma

forma de fortalecer o mercado de creacutedito

As recentes poliacuteticas monetaacuterias adotadas pelo Governo Federal criam

expectativas positivas de incremento e evoluccedilatildeo no mercado de creacutedito

nacional visando aproximar o pais de patamares de juros mais proacuteximos aos

dos paiacuteses mais desenvolvidos

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

44

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA Amador Paes Teoria e Praacutetica dos Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo

Ed Saraiva 20 ed 2001

AMARAL JUacuteNIOR Alberto do Proteccedilatildeo do consumidor no contrato de compra

e venda Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1993

ARNOLDI Paulo Roberto Colombo Teoria Geral dos Tiacutetulos de Creacutedito 1

ed Rio de Janeiro Forense 1998

BARROS Wellington Pacheco O Contrato e os Tiacutetulos de Creacutedito Rural

Livraria do advogado 2000

BORCcedilA Gilberto Rodriguez Borccedila Junior Revista do BNDES RIO DE

JANEIRO V 15 N 30 P 129-159 DEZ 2008

BORGES Joseacute Eunaacutepio Tiacutetulos de Creacutedito Rio de Janeiro Ed Forense 4

ed 1997

BUSSAB W amp MORETTIN P Estatiacutestica Baacutesica Satildeo Paulo Saraiva 2004

CARNEIRO Faacutebio Lacerda Modelagem de Risco de Creacutedito de Portfoacutelio

2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DATZ Marcelo Davi Xavier da Silveira Risco Sistecircmico e Regulaccedilatildeo

Bancaacuteria no Brasil 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Escola de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Economia Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

DI AGUSTINI Carlos Alberto A satisfaccedilatildeo do consumidor no pensamento

de marketing Satildeo Paulo Atlas 2002

DICK Ana Luisa Ullmann Manual de Creacutedito Agraacuterio Satildeo Paulo Editora

Aide 1991

DUARTE Jr A M Alocaccedilatildeo de Capital em Conglomerados Financeiros no

Brasil Revista Tecnologia de Creacutedito 2005

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

45

DUTRA Artumira A melhor forma de financiamento O Povo O jornal do

Povo 2003

FERREIRA Vera Rita de Mello Decisotildees Econocircmicas Editora Eacutevora 2011

FORTUNA E Mercado Financeiro Produtos e Serviccedilos 15ordf Ed

Qualitymark Rio de Janeiro 2002

FREITAS A C L de A imagem dos bancos na sociedade brasileira

Seminaacuterio A Comunicaccedilatildeo e a Nova Agenda do Paiacutes Brasiacutelia Banco do

Brasil 1997

GARCIA Valeacuteria Salomatildeo Gestatildeo de Risco de Creacutedito e Regulamentaccedilatildeo ndash

Uma Reflexatildeo Sobre o Caso Brasileiro 2002 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Administraccedilatildeo) Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas

HUMMEL Paulo Roberto Vampreacute TASCHNER Mauro Roberto Black Anaacutelise

e decisatildeo sobre investimentos e financiamentos 4 ed Satildeo Paulo Atlas

1996

JACOB Claacuteudio A Creacutedito bancaacuterio no Brasil uma interpretaccedilatildeo

heterodoxa 2003 Tese (Doutorado em Economia) Instituto de Economia

Universidade Estadual de Campinas

KRUZICH F A R Anaacutelise de Risco de Creacutedito Baseado em MIS ndash

Management Information System 2004 Artigo Universidade Federal de

Itajubaacute ndash Instituto de Engenharia Mecacircnica Departamento de Produccedilatildeo

MANCUSO Rodolfo De Camargo Manual do consumidor em juiacutezo Satildeo Paulo

Saraiva 1994v

MARTINS Fran Tiacutetulos de Creacutedito Satildeo Paulo Forense 2002

MATTEN C Managing bank capital Capital allocation and performance

measurement 2a ediccedilatildeo John Wiley amp Sons Ltd 2000

MENDONCcedilA Ana Rosa Ribeiro de Os Acordos da Basileacuteia Uma Avaliaccedilatildeo

do Novo Formato da Regulaccedilatildeo Bancaacuteria 2002 Tese (Doutorado em

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

46

Economia) ndash Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas

Campinas

MIRANDA Roberto Vianna de Manual de Decisotildees Financeiras e anaacutelise de

negoacutecios Satildeo Paulo Record 2002

NAKAGAWA Fernando Bancos vatildeo pedir mais garantias nos

empreacutestimos para reduzir o spread Jornal O Estado de Satildeo Paulo 09 de

abril de 2012

ONO Faacutebio Hideki O Acordo de Basileacuteia a Adequaccedilatildeo de Capital e a

Implementaccedilatildeo no Sistema Bancaacuterio Brasileiro 2002 Monografia - Instituto

de Economia Universidade Estadual de Campinas

PFITSCHER Paulo Ceacutesar O Comportamento do Consumidor e o Risco de

Creacutedito com as Normas do Acordo da Basileacuteia II 2005 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Universidade Federal de Santa

Catarina Florianoacutepolis

REQUIAtildeO Rubens Curso de Direito Comercial Volume 2 Satildeo Paulo Saraiva

2000

SCHLOTTFELDT Cristiane Lauer Exigecircncia Miacutenima de Capital e

Rentabilidade Uma anaacutelise empiacuterica dos bancos brasileiros 2004

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Administraccedilatildeo) Escola de Administraccedilatildeo da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TUMELERO Adriano Demanda do Creacutedito Imobiliaacuterio 2003 Dissertaccedilatildeo

(Mestrado em Engenharia de Produccedilatildeo) Departamento de Engenharia de

Produccedilatildeo e Sistemas Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos Porto Alegre Bookman

2001

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

47

WEBGRAFIA

Banco Central do Brasil ltURL httpwwwbcbgovbrSELICMESgt data de

acesso 22022012

Banco do Brasil ltURL httpwwwbbcombrgt data de acesso 08022012

Amiba lt URL httpportalanbimacombrPageshomeaspxgt data de

acesso 03032012

Jornal Estado de Satildeo Paulo lt URL

httpeconomiaestadaocombrnoticiaseconomiagt data de acesso

06042012

Professor Edgar Abreu lt URL httpwwwedgarabreucombr gt data de

acesso marco de 2012

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48
Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · A condução da politica monetária e de rendas do governo buscam reduzir as taxas sem impactar o crescimento econômico da nação

48

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATOacuteRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMAacuteRIO 7

INTRODUCcedilAtildeO 8

CAPIacuteTULO I - MERCADO DE CREacuteDITO 10

CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO 15

CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO 19

31- O mercado de Creacutedito 22

CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA 27

41 ndash Tiacutetulos de Creacutedito 30

42 Derivativos de Creacutedito 31

43 Creacutedito Imobiliaacuterio 33

44 Cartatildeo de Creacutedito 35

45 ndash A Importacircncia da Informaccedilatildeo 39

CONSIDERACOES FINAIS 42

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 47

IacuteNDICE 48

  • AGRADECIMENTOS
  • SUMAacuteRIO
  • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
    • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
    • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
      • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
        • 42 Derivativos de Creacutedito31
        • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
          • CONSIDERACOES FINAIS42
          • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
          • WEBGRAFIA47
          • IacuteNDICE48
            • 31 - O Comportamento do Consumidor
            • 42 Derivativos de Creacutedito
            • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio
              • CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
              • FOLHA DE ROSTO2
              • AGRADECIMENTO3
              • CAPIacuteTULO I- MERCADO DE CREacuteDITO10
                • CAPIacuteTULO II - LINHAS DE CREacuteDITO15
                • CAPIacuteTULO III ndash BANCO E O CREacuteDITO19
                  • CAPITULO IV ndash O CREacuteDITO HOJE EM DIA27
                    • 42 Derivativos de Creacutedito31
                    • 43 Creacutedito Imobiliaacuterio33
                      • CONSIDERACOES FINAIS42
                      • REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS44
                      • WEBGRAFIA47
                      • IacuteNDICE48