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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Por: Alessandra de Almeida Ribeiro Orientador Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Alessandra de Almeida Ribeiro

Orientador

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato

Sensu” em Educação Infantil e Desenvolvimento...

São os objetivos da monografia perante o curso e

não os objetivos do aluno.

Por: Alessandra de Almeida Ribeiro

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AGRADECIMENTOS

... Aos amigos que conquistei no

meio desta jornada.

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DEDICATÓRIA

... Dedico ao meu marido que é amigo

e companheiro.

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RESUMO

O brinquedo contribui para que a criança tenha oportunidade de

descobrir, inventar, desenvolver capacidades, habilidades de realizar

aprendizagens significativas para si mesma. Além do exercício da relação

afetiva com o mundo, com as pessoas e objetos.

Através dos teóricos como Froebel, Dewey, Wallon, Vygotsky, Piaget

e Kishimoto, vai ser possível entender a importância do brincar no

crescimento intelectual, físico e mental das crianças de 0 à 6anos.

Com as brincadeiras a criança vai crescer através da procura de

soluções e de alternativas se tornando assim adulto mais criativo integrado e

tolerante à regras.

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METODOLOGIA

O método utilizado no processo de produção da monografia foi a

pesquisa bibliográfica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A História cultural do brinquedo 09

CAPÍTULO II - Reflexões teóricas acerca do brincar 12

CAPÍTULO III - A importância do brincar 21

CAPÍTULO IV - Brincadeiras e suas funções 31

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

ANEXO 40

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

Ao recordar dos velhos tempos de criança, onde as brincadeiras

eram ensinadas entre os amigos, vizinhos e promoviam, além de

divertimento, a manutenção da saúde e do desenvolvimento psico-motor.

Nos dias de hoje, a preocupação continua a mesma: da criança

interagir em grupo e desenvolver-se. Porém, os meios que favorecem esse

acontecimento mudaram do lúdico para o super tecnológico. Além, das

atividades extras como: inglês; balé; natação; entre outras. Que são

extremamente produtivas, todavia não englobam tudo.

Às vezes, as crianças conseguem dar conta de todos os seus

afazeres, apenas não conseguem tempo para a tarefa principal desta fase,

que é o brincar, pois seguem horários até para diversão.

Segundo Tizuko M. Kishimoto (1996) para que as crianças tenham

sucesso nas atividades de cunho intelectual e criativo, as crianças devem

brincar incondicionalmente, pois, o brincar é a base de qualquer atividade

criadora, sendo condição para criação artística, científica e técnica.

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CAPÍTULO I

A HISTÓRIA CULTURAL DO BRINQUEDO

À história dor próprio brinquedo, concentrou-se no círculo

cultural europeu. Mais precisamente na Alemanha que era o centro

geográfico da Europa. Boa parte dos mais belos brinquedos que ainda hoje

se encontram nos Museu Alemão de Monique, Museu de brinquedos de

Moscou, a sessão de brinquedos do Musée dês Arts Décoratifs de Paris e

quartos de crianças poderíamos considerar como um presente alemão à

Europa. Nuremberg é a pátria do soldadinho de chumbo e da bela fauna

arca de noé; a mais velha casa de boneca de que se tem notícia provém de

Monique. As bonecas de madeira de Someberg, as árvores de aparas de

madeiras do Erzgebirge, a fortaleza de Oberammergauer as lojas de

especiarias e chapelarias, afetada colheita em estanho de Hannover

constituem modelos insuperáveis da mais sóbria beleza.

Tais brinquedos não foram em seus primórdios invenções de

fabricantes especializados; eles nasceram sobretudo nas oficinas de

entalhadores em madeira, fundadores de estanho. Antes do século XIX a

produção de brinquedos não era função de uma única indústria. Entende-se

que a venda, ou, pelo menos, a distribuição de brinquedos não era no início

função de comerciantes especializados. Assim, como se podia encontrar

animais de madeira com marceneiro, figuras de doce com o confeiteiro,

bonecas de cera com o fabricante de velas.

Considerando a história do brinquedo em sua totalidade, o formato

parece ter uma importância muito maior o que poderíamos supor,

inicialmente na segunda metade do século XIX, quando começa a

acentuada decadência. Percebe-se como os brinquedos tornam-se maiores,

vão perdendo aos poucos o elemento discreto minúsculo e agradável.

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Período em que a criança começa a ganhar o próprio quarto de brinquedos,

com estante na qual ela pode por os livros separadamente dos livros dos

pais. Uma emancipação do brinquedo que começa a se impor (mais

industrializado).

A falsa simplicidade dos brinquedos modernos manifesta então uma

vontade de reconquistar os brinquedos "domésticos". Mas, quem

acompanha as estatísticas financeiras percebe que se ficou somente na

vontade, pois, a industria aprofundou-se na técnica do material plástico e

instrutivo. Porém, ficou muito a desejar no aspecto técnico, mal sabiam o

que é um brinquedo, muito menos o que ele significava. Implica ainda em

uma falta de conhecimento na classificação filosófico do brinquedo.

Enquanto vigorava um rígido naturalismo não havia nenhuma perspectiva de

fazer o verdadeiro rosto de criança que brinca.Hoje talvez podemos esperar

uma superação efetiva desse equivoco fundamental, qual acreditava

erroneamente que o conteúdo imaginário do brinquedo determinava a

brincadeira da criança, quando na verdade dá-se o contrario.

"... a criança quer puxar alguma coisa e

torna-se cavalo, quer brincar com areia

e torna-se pedreiro, quer esconder-se

e torna-se ladrão ou policia..."

(Grober -1928)

Chega ao fim a era dos bonecos com traços realistas, época em que

os adultos valiam-se de supostas necessidades infantis para satisfazer as

próprias necessidades.

Isso ocorre no século XIX onde era muito comum as bonecas com

trajes de adultos. Isto porque, para fazer bebês, não era possível, pois, os

mesmos eram inteiramente ignorados enquanto ser dotado de espírito e, por

outro lado, o adulto representava para o educador o ideal à semelhança do

qual ele pretendia formar a criança.

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O brinquedo é condicionado pela cultura econômica e sobre tudo

técnica das coletividades. Rege pela lei da totalidade do mundo do

brinquedo: a lei da repetição.

"... a essência do brincar não e um

"fazer como se", mas um "fazer sempre

novo", transformação da experiência

mais comovente em habito"...

(Karl Groos - 1899)

Isso ocorre no século XIX onde era muito comum às bonecas com

trajes de adultos. Isto porque, para fazer bebês, não era possível, pois, os

mesmos eram inteiramente ignorados enquanto ser dotado de espírito e, por

outro lado, o adulto representava para o educador o ideal à semelhança do

qual ele pretendia formar a criança.

O brinquedo é considerado pela cultura econômica e sobre tudo

técnica das coletividades. Rege pela lei da totalidade do mundo do

brinquedo: a lei da repetição.

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CAPÍTULO II

REFLEXÕES TEÓRICAS ACERCA DO BRINCAR

Através dos estudos e de concepções sobre o brincar, os

pesquisadores dividiram o assunto em perspectivas filosóficas introduzidas

por Froebel e Dewey e as teorias psicológicas como Wallon,

Piaget,Vygotsky.

Porém, é importante frisar que ambas perspectivas valorizam a

importância do brincar nas idades iniciais.

2.1 - Froebel

A introdução da brincadeira no contexto infantil inicia-se lentamente,

com a proposta froebeliana na criação dos jardins de infância "Casa

Pestalozzi". Com a orientação para brincar livre, pois, Froebel justificava,

valendo-se do pressuposto que a brincadeira de criança é inata. Postulando

a brincadeira como ação metafórica, livre e espontânea da criança.

Para Froebel, a brincadeira é importante para o desenvolvimento da

criança, especialmente nos primeiros anos. Brincar é a fase mais relevante

da infância, onde a criança expõe a representação de necessidades e

impulsos internos.

A casa Pestalozzi aproximava-se do lar introduzindo tarefas

domesticas como parte do currículo, que juntamente com as brincadeiras,

representava os eixos do desenvolvimento da criança. Ao brincar com ação

livre e da supervisão, a criança gera uma unidade ideológica e social.

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"... a brincadeira é a atividade

espiritual mais pura do homem neste

estagio e, ao mesmo tempo, típica da

vida humana enquanto um todo... Ela

dá alegria, liberdade...A criança que

brinca sempre, com determinação,

perseverando, esquecendo a fadiga

física, pode certamente tornar-se um

homem determinado "...

(Froebel-1912c,p.55)

2.2 - Dewey

O filósofo Dewey procurava argumentos teórico-filosófico para

fundamentar sua fé na democracia e salientar o importante papel da

brincadeira (jogo) no mundo infantil. Como expressão máxima da atividade

espontânea da criança e instrumento educativo poderoso, capaz de propiciar

a ligação vital, tão almejada pela filosofia deweyana, entre necessidades

infantis de desenvolvimento e exigências sociais próprias da comunidade

democrática.

Dewey comentava que para ele todos os povos em todos os tempos

contaram com as brincadeiras, jogos como parte importante da educação de

crianças, especialmente de crianças pequenas. O jogo é tão espontâneo e

inevitável que, a seu ver, poucos pensadores educacionais atribuíram a ele

em teoria o lugar de destaque que sempre ocupou na prática.

Dewey, ainda completou que é certo que grande parte da vida das

crianças é gasta brincando, quer com jogos que elas aprendem com as

crianças mais velhas, quer com aqueles inventados por elas mesmas. Toda

criança pequena gosta de brincar de casinha, de medico, de soldado etc... E

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isso o teórico atribui o prazer nessas brincadeiras à necessidade que a

criança tem de imitar a vida dos pais e adultos. Entre essas atividades o uso

da dramatização como também é importante para oportunizar as crianças de

se expressarem por meio de experiência compartilhada.

Dewey alerta que todos os tipos de brincadeiras somente acontecem

quando as crianças se interessam por coisa que elas necessitam aprender.

O interesse deve ser a base para a seleção. Pois, as crianças têm

necessidades de aprender as coisas que se relacionam com interesses e

experiências sociais. Isto explica o profundo interesse das crianças por

bonecas, que constitui sinal característico do importante significado atribuído

por elas às relações e ocupações humanas e a necessidade de resolver

seus próprios problemas. Os jogos constituem elo de ligação entre poderes

e necessidades infantis, de um lado e exigências de renovação dos valores

inerentes às experiências sociais, de outro.

"... brincando...elas observam mais

atentamente e deste modo fixam na

memória e em hábitos muito mais do

que se elas simplesmente vivessem

indiferentemente todo colorido da vida

ao redor..."

(Dewey)

2.3 - Vygotsky

O interesse por Vygotsy pela psicologia do jogo infantil surge em

decorrência de seus trabalhos sobre a psicologia da arte, que percebendo

que o discurso sobre o imaginário e criatividade esta vinculado no mundo da

brincadeira da criança, no qual, se envolvem em um mundo ilusório e

imaginário, onde os desejos não realizáveis podem ser realizados.

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Segundo Vygotsy, a essência da brincadeira é a criação de uma

nova relação entre situações do pensamento reais criando uma zona de

desenvolvimento proximal, a criança se comporta alem do comportamento

habitual de sua idade. A criança se desenvolve através da atividade brincar.

Com isto, a brincadeira pode ser vista como uma atividade condutora que

determina o desenvolvimento da criança.

Vygotsy classifica o brincar em algumas fases para melhor

compreender:

Primeira fase: fase em que a criança começa a se distanciar de seu

primeiro meio social, representando pela mãe, começa a falar, andar e

movimenta-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por

meio do adulto e pose-se dizer que a fase estende-se ate em torno dos 7

anos.

Segunda fase: caracterizada pela imitação, a criança copia os

modelos dos adultos.

Terceira fase: É marcada pelas convenções que surgem de regras e

convenções a elas associadas.

Para Vygotsy a situação imaginaria, a imitação e as regras são

elementos fundamentais da brincadeira. Contrapondo-se à concepção da

brincadeira como fonte de prazer para criança ou como instinto natural,

indicava a importância de se descobrir quais as necessidades que a criança

satisfaz na brincadeira, para que seja possível aprender a peculiaridade da

brincadeira como forma da atividade.

Quando a criança brinca, ela cria uma situação imaginaria, sendo

esta uma característica definidora do brinquedo em geral. Neste momento a

criança inicialmente a criança ao assumir um papel imaginário, imita o

comportamento do adulto tal como ela observa o seu mundo. A imitação

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assume um papel fundamental no desenvolvimento da criança em geral, e

na brincadeira em especial, na medida em que indica que primeiro a criança

faz aquilo que ela viu o outro fazendo.

Vygotsy acredita que o brincar é crucial para o desenvolvimento

cognitivo, pois o processo de criar situações imaginárias leva ao

desenvolvimento do pensamento abstrato. Isso acontece porque novos

relacionamentos são criados nas brincadeiras entre significado e objetos de

ações. Este significado é poderoso da penetração da criança na realidade.

Através da linha teórica interacionista-construtivista, devem-se

destacar as interações sociais da criança com outros ou com adultos no

processo de construção do conhecimento. O brinquedo nesta fase

proporciona a criança o acesso a cultura, aos valores e aos conhecimentos

historicamente criados pelo homem. Vygotsy salienta a importância do papel

das experiências sociais e culturais a partir da analise do brinquedo infantil,

afirma que o brinquedo transforma a criança pela imaginação, os objetos

produzidos socialmente. O teórico ainda ressalta a importância dos signos

para criança internalizar os meios sociais. A criança amplia os limites de sua

compreensão, integrando símbolos socialmente elaborados(valores,crenças

sociais, o conhecimento acumulado da cultura e os conceitos científicos) ao

seu próprio conhecimento.

"... a essência da brincadeira é a

criação de uma nova relação entre o

campo de do significado e o campo da

percepção visual..."

(Vygotsy)

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2.4 - Wallon

Na concepção walloniana todas atividades infantil é sinônimo de

lúdico. Toda atividade da criança é lúdica, no sentido de que se exerce por si

mesma. E pode-se dizer que toda motricidade infantil é lúdica, marcada por

uma expressividade que supera de longe a instrumentalidade.

Wallon coloca que, entre um e três anos, o desenvolvimento

atravessa um período sensório motor/projetivo, isto é, sensorial e simbólico.

A criança busca o espaço explorável e objetos manipuláveis, que permitam

os avanços da autonomia motora. E educar neste momento é sinônimo de

preparar o espaço adequado, espaço brincável, isto é , explorável.

Para Wallon, o intercambio que a criança estabelece com o meio

social implica processos históricos da humanidade e ajuda o espaço

psíquico a incluir necessidades e desejos, direcionando a construção de

uma vida de representações. Pois, Wallon acredita que a brincadeira facilita

o desenvolvimento principalmente o de faz-de-conta que é o primeiro passo

da criança passar do pensamento sincrético para o pensamento categorial,

ou seja, essa brincadeira é um agente facilitador deste processo. Ou seja,

para o teórico a brincadeira é uma forma de organizar o acaso, de superar

repartições. Nas brincadeiras (jogo) a criança manifesta suas

disponibilidades de ação.

Segundo Wallon, o desenvolvimento da criança passa pela "idade de

graça", por volta dos quatro anos, onde ocorre a " necessidade de imitar

para tomar o lugar do outro"(Galvão,2000 p. 120). A criança tem

necessidade de imitar o outro para posteriormente poder excluí-lo, assim,

construindo sua personalidade.

O brincar possibilita compreender melhor a relação que existe com a

arte, pois a brincadeira e arte são atividades de origem comum, tendo uma

união através da motivação afetiva e o aspecto técnico-operativo da

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brincadeira. Sendo assim, uma das principais motivações da criança ao

brincar não é ser como um adulto, mas agir como adulto. Por este motivo é

que Wallon valoriza muita a brincadeira de faz-de-conta, pois, faz o

intercambio,construindo e compartilhando significados, que a criança

estabelece com o meio social.

"... a representação seria o resultado

da duplicação do real, ou seja, o

descobrimento do plano sensível e do

concreto em um equivalente, formato

de imagens de símbolos e de idéias..."

(Henri Wallon)

2.5 - Piaget

Piaget acredita que o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo e

afirma que o brincar é essencial na vida da criança. Que em torno dos 2-3

anos e 5-6, nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos que satisfazem a

necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o

acontecido, mas de executar a representação. Desta maneira aprende a

regular seu comportamento pela reação quer elas pareçam agradáveis ou

não.

Piaget diz que atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades

intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à pratica educativa. E

que o jogo representa a predominância da assimilação sobre a acomodação.

Essa concepção piagetiana deve ficar clara, pois, estes conceitos aparecem

em todas as fases do desenvolvimento, sempre completando-se no seu

equilíbrio crescente.

A acomodação é o processo pelo qual a criança modifica seu

estágio mental em resposta a demandas externas.

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A assimilação é o processo pelo qual a criança incorpora elementos

do mundo externo ao seu próprio esquema.

Esses dois processos formam parte de todas as ações. Às vezes um

predomina sobre o outro, outras, eles se encontram em equilíbrio.

Assim, distingue-se o brincar como sendo a assimilação,

dissociando-se da acomodação antes de reintegrar nas formas de equilíbrio

permanente que dele farão seu complemento.

Piaget, explicou que o brincar passa por diferentes fases do

desenvolvimento da criança. E que o brincar tem como finalidade o próprio

prazer, como nas atividades lúdicas a imitação, o desenho e a linguagem,

contribuem para a construção da representação pela criança.

Piaget deixa claro que, brincando, os meios muitas vezes se tornam

fins e muitas respostas são emitidas apenas para serem emitidas.

Segundo os estágios de Piaget, a forma desse brincar sofre

mudanças do primeiro ao sexto ano de vida:

1) Brincar sensório-motor (nascimento ate 2 anos): não existe ainda

um brincar simbólico.

2) Brincar simbólico (2 a 6 anos): corresponde ao estagio pré-

operacional onde a criança começa a entrar no mundo dos símbolos.

3) Grupo de jogos com regras: corresponde ao estágio das

operações concretas (6 a 12 anos). A criança descobre uma serie de regras

para interagir com o mundo.

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Através desta seqüência proposta por Piaget, a criança tem no

brincar um agente ativo em seu próprio desenvolvimento, construindo e

adaptam-se ao ambiente ao modificar seus esquemas básicos. As

habilidades cognitivas da criança não só dependem do conhecimento e

perícia específicos, mas também do ambiente que facilitará o brincar da

criança.

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CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

Desde os tempos das cavernas, o homem já manifestava sua

Humanização através do brincar. Tal ato pode ser visto em suas pinturas

rupestres, suas danças, nas manifestações de alegria.

Brincar desde os primórdios é indispensável à saúde física,

emocional e intelectual da criança. Além de contribuir no futuro, para o

equilíbrio do adulto.

Com o brinquedo a criança descobre, inventa, aprende, além de

estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionando o

desenvolvimento cognitivo, a concentração e atenção. O brinquedo ajuda

também a traduzir o real para realidade infantil. Brincando a inteligência e

suas sensibilidades estão sendo desenvolvidas. Além de ter uma grande

importância para saúde mental do ser humano. A ludicidade é um espaço

que merece atenção dos pais e educadores, pois é neste momento que a

criança tem de se expressar por inteiro, é onde à oportunidade para exercitar

as relações afetivas, sociais, culturais com o mundo, com as pessoas e com

os objetos. OU seja, ela vai interiorizando o mundo que a cerca; na troca

com o outro, vai se construindo sujeito humano. Por isto é muito importante

deixar a criança brincar livremente com outras com outras crianças e ou

objetos como blocos e peças de encaixe, as dramatizações, a música. Pois,

é onde a criança vai desenvolver a criatividade e fantasia. Não esquecendo

o desempenho motor, que enquanto a criança brinca alcança níveis que só

quando é motivada consegue. Como conseqüência a criança fica mais,

calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência.

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3.1 - A relação criança x brinquedo

A criança pode e deve sempre que possível brincar livre.

De tão importante, a brincadeira ganhou lugar próprio para sua

manutenção: a brinquedoteca, um espaço preparado para estimular a

criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de

brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar onde

tudo convida a explorar, sentir, a experimentar. Ao mesmo tempo em que a

criança percebe o outro, aprende que não esta sozinha no mundo. Pois, "ali

é o espaço da partilha, da cooperação e também da competição" segundo

Nilse Helena de Souza Cunha -1999

.

Dentro das brinquedotecas as crianças têm contato com uma gama

enorme de brinquedos, que devem ser emprestados e manuseados de

acordo com nível intelectual e faixa etária de cada criança, para que não

desestimule o manuseio dos mesmos.

A responsabilidade da escolha dos brinquedos, não esta somente

nos profissionais que trabalham nas brinquedotecas, mas sim com os pais,

que muitas das vezes, passam para mãos das crianças objetos e brinquedos

de são desejados por eles (pais). Esses pais têm que ter a consciência de

que por mais que pareça "bobo", simples o brinquedo, é este mesmo

brinquedo que vai proporcionar dento da fase de desenvolvimento da

criança, alegria, prazer e estimular as possibilidades criativas. Evitando

assim, uma frustração, desinteresse da criança pelo brinquedo que não esta

de acordo com a faixa etária.

A criança trata os brinquedos conforme os receberam. Ela sente

quando está recebendo por razões subjetivas do adulto, ou ainda para

comprar afeto e outras vezes para servir como recurso para livra-se da

criança. É indispensável que a criança sinta atraída pelo brinquedo e cabe-

nos mostrar a ela as possibilidades de exploração que ele oferece,

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permitindo tempo para observar e motivar-se. Desta maneira os pais e

educadores tem que se policiarem para não estragar este momento com sua

ansiedade e falta de paciência, pois este tempo é único para criança que

recebe um brinquedo nas mãos. Então é muito importante respeitar o

brinquedo de seu filho, por mais "banal" que seja.

A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a

exploração não seja a que esperamos. Não nos cabe interromper o

pensamento da criança ou atrapalhar. Devemos nos limitar a sugerir,

estimular, a explicar, sem impor nossa forma de agir, para que a criança

aprenda descobrindo e não por simples imitação. A participação dos pais é

para ouvir, motivar a fala, pensar e inventar.

No momento em que a criança está absorvida pelo brinquedo é um

momento mágico e precioso, onde a criança exercita a capacidade de

observar e manter atenção concentrada e vai inferir na sua eficiência e

produtividade quando adulto.

Para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que

tenha pontos de contato com sua realidade. Através da observação do

desempenho das crianças com seus brinquedos podemos avaliar o nível de

seu desenvolvimento motor e cognitivo. No lúdico, manifestam-se suas

pontecialidades e ao observá-las podemos enriquecer sua aprendizagem,

fornecendo por meio dos brinquedos os nutrientes ao seu desenvolvimento.

Outra atenção que devemos ter é quando a criança brinca ou

constrói o seu próprio brinquedo de sucata. Pois, muitas vezes esta "sucata"

pode ser ou é confundida pelos pais de "lixo". Ofuscando assim o campo de

imaginação fértil. Uma vez que o objeto não esta mais na esfera do útil, ao

mesmo de sua utilização inicial ou de criação. E sim, migra para o campo da

imaginação, que aclopa-se a outros significados internos e externos,

psicologicamente constituintes do Ser brincante.

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No reuso que se faz do objeto que possuía um significado peculiar, a

criança re-inventa e re-brinca. Desta forma a criança constrói um mundo que

somente lhe pertence: de seu ser.

O brinquedo-sucata permite a quem brinca com ele desvendá-lo,

pois é um objeto que possui inúmeros sentidos que não são óbvios nem

estão evidentes.

O trabalho-sucata, por sua vez, é uma pratica de dissimulação, uma

tática relativa a uma dada situação particular que abre um imenso campo da

arte do fazer diferente. A criança que trabalha com sucata, dá vida a sua

imaginação, soltando a criatividade e fantasia a objetos e bens já

consumidos e descartados. Esses objetos passam a ser brinquedos

divertidos, quando construídos, trabalhados, pela criança que cria o novo

velho.

O brincar é criar. Neste sentido, todos os que brincam são artistas. A

grandeza do brincar consiste em dar formas infinitas às coisas mais

singelas.

"... Surpreendente o que uma criança

pequena pode aprender apenas

brincando com um rolo de papel... "

(Bettelheim, 2000)

3.2 - O brincar como facilitador do desenvolvimento

Para uma criança pequena, brincar é um meio de converter

poderes adormecidos em varias habilidades.

Conforme a criança vai se desenvolvendo o seu crescimento

filosófico se desacelera e ela adquire pratica em aplicar suas habilidades

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sensório-motoras. À medida que as atividades lúdicas da criança se

diversificam, ela usa a linguagem não apenas para identificar objetos e

atividades, como também para empenhar em diversas transformações tipo

"faz-de-conta. Sua fantasia transporta-a para dentro de muitas situações e

ela cria e resolve muitos problemas.

Ao destacar algumas palavras-chave do parágrafo acima, como

habilidades sensório-motoras, linguagem e cria e resolve problemas, pode-

se verificar que o brincar é não só um facilitador, mas essencial para uns

bons desenvolvimentos motores, sociais, emocionais e cognitivos.

A abordagem brincalhona das crianças em relação a pessoas,

objetos e situações, permite-lhes testá-los sem assumir a responsabilidade

pelas conseqüências."Eu estava brincando" é a disputa freqüente da criança

quando alguma coisa sai errada.

Brincar é uma modalidade-chave de aprender a respeito da

natureza, bem como sobre os relacionamentos entre pessoas. Brincar

também serve ao propósito de adaptação às situações frustradoras de

vontade e desejos não satisfeitos. Quando uma criança brinca e tem prazer

nisso, ela é completamente uma criança. Aos dois anos de idade, período

inicial da segunda infância, a criança obtém uma percepção geral de si

mesma como pessoa do sexo masculino ou feminino, faz progressos no

controle esfincteriano e começa a reconhecer perigos comuns.

A maior facilidade em um crescente repertório de habilidades

motoras ajuda a criança a adquirir competência nas atividades cotidianas. A

partir de dois anos e meio, a criança pode folhear uma revista, construir uma

torre de cubos e, conseqüentemente, tomar conta de algumas das

necessidades fisiológicas e expressar verbalmente algumas de seus

desejos. Agora, a criança tem mais tempo para conseguir e refinar os

controles neuromusculares. Pode se empenhar em atividades físicas e de

divertimento mais diferenciados do que antes.

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Atividades psicomotoras como nadar, patinar e tocar piano, também

podem ser adquiridos se forem apropriadamente introduzidas e a atenção e

esforço da criança forem sustentos por um reforço interno ou social. A

facilidade em executar perícias motoras básicas e especificas leva a

configurações rítmicas e graciosas que começam a marcar a criança nesta

fase.

A criança em idade pré-escolar gosta de ser percebida por todos e

mostra grande satisfação no que quer que realize. Sente-se orgulhosa de

mostrar o que pode fazer a fim de receber atenção e reconhecimento. Uma

criança de cinco anos que desenha uma figura e traz para mãe dizendo: É

você!, ainda que a mãe não perceba suas características na figura, deve

reconhecer a realização. Embora os produtos da brincadeira, como os

desenhos, figuras da massa de modelar, suas historinhas sejam

rudimentares, o valor de sua experiência é grande. A falta de reforço

reduzira a produtividade da criança quando a esse tipo de coisa. Nesta

idade, de cinco anos, sua busca de caminhar para o sucesso ainda é

limitada e ela precisa de sucesso para manter seu ajustamento.

Desde o inicio deste período, a criança reage com muita excitação

às brincadeiras de esconde-esconde e de pega-pega. A partir dos quatro

anos, certos jogos, inclusive os de argola exercem muita atração. Brincar de

pega e amarelinha atrai as de cinco anos. Estes re outros jogos sociais

contribuem muito para o sucesso da criança em relacionar-se com os outros.

Dos dois aos seis anos, as atividades lúdicas tornam-se cada vez

mais criativas e dramáticas à medida que a imaginação floresce. Ao imitar

adultos e outras crianças, tipos da televisão, a criança utiliza sua imaginação

e cria varia situações de faz-de-conta com instrumentos como boneca,

argila, miniaturas de animais e o que quer que haja em disponibilidade. O

equipamento de uma criança precisa estar relacionado com a idade e ser

bastante variado para não restringir o faz-de-conta. Para criança é bom ser

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capaz de imitar as atividades da brincadeira de acordo com suas

preocupações e interesses do momento.

A criança em idade pré-escolar balanceia as atividades físicas como

correr com algum brinquedo passivo e sedentário. Os primeiros anos da

menina são de vida muito ativa. A criança possui um anseio natural para

brincar, isto é , para aplicar seus poderes e habilidades que desabrocham

em uma crescente variedade de maneiras para explorar a si própria e ao

ambiente em que vive.

3.3 - O brincar na educação infantil

No Brasil no inicio dos anos 90, grande parte dos sistemas pré-

escolares tende para o ensino de letras e números excluindo elementos

folclóricos da cultura brasileira como conteúdos de seu projeto pedagógico.

Raras propostas de socialização que surgiram desde a implantação dos

primeiros jardins de infância acabaram incorporando ideologia

econômicaspresentes no contexto histórico-cultural.

Grandes teóricos como: Froebel, Decroly, Montessori, entre outros

sempre se importaram com a questão das brincadeiras nos jardins de

infância.

Atualmente, grande maioria das 355 escolas Municipais de

Educação Infantil de são Paulo destinadas a crianças de 4 a 6 anos, adotam

o teoria o modelo escolar "ideal", porem, na pratica são poucos os espaços

para brincadeiras livres. Os horários são rígidos, com turmas homogêneas,

atividades padronizadas e pouca escolha da criança. A socialização pela

brincadeira fica ausente deste modelo que prioriza a escolarização e a

aquisição de rudimentos de escrita e calculo.

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Os estudos sobre a brincadeira indicam graduais alterações

especialmente nos materiais destinados às brincadeiras.

Essa evolução dos materiais cria a necessidade de adequar o

espaço da brincadeira, sem que se perca a característica do brincar como

ação livre, iniciada e mantida pela criança.

A pratica pedagógica brasileira por longo tempo não referenda a

associação intima entre materiais, espaços e brincadeiras.

O brincar livre, embora desejável, torna-se utópico, uma vez que a

criança não dispõe de alternativas, de objetos culturais, ou espaços para

implementar seus projetos de brincadeiras.

A solução imediata para tal problema, foi permitir a instalação de

brinquedotecas como instituições que emprestam brinquedos e oferecem

novos espaços de exploração lúdica.

Se a função da brinquedoteca é emprestar brinquedos e oferecer

espaço para animação cultural, podemos compreender que o uso corrente,

em muitas instituições infantis, distancia-se dessa pratica. Substituir a falta

de brinquedos e materiais para desenvolver atividades com pré-escolares

introduzindo brinquedotecas aparece mais uma vez como forma encobrir o

mal andamento das atividades, mascarando a função da brincadeira

enquanto proposta educativa .

Pela visão do profissional, o brincar não pode integrar-se às

atividades educacionais, ocupa lugar fora da sala, não sendo sua tarefa

interagir com a criança por meio da brincadeira, cabe a outro esse papel. O

brincar era sinônimo de dificuldade, pois, era difícil para os profissionais em

compreender o lúdico. Deixando a entender que as brincadeiras (brincar)

restringem-se ao professor de Educação Física.

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Nas instituições em que se permite o uso livre, cantos extremamente

estruturados e fixos, impedem a criação de projetos de brincadeiras por

parte da criança. A concepção de brincar como forma de desenvolver a

autonomia das crianças requer uns usos livres de brinquedos e matérias,

que permita a expressão dos projetos criados pelas crianças. Só assim, o

brincar estará contribuindo para a construção da autonomia.

Os professores estão longe de um ideal, levando em consideração

que os brinquedos ainda são guardados em armários ou estantes, longe do

acesso das crianças. Quando disponíveis, não há preocupação em adequá-

los à faixa etária, se estão em bom estado, se há quantidade suficiente, se

estimulam ações lúdicas.

Os brinquedos aparecem no imaginário dos professores de

educação infantil como objetos culturais portadores de valores considerados

inadequados. Por exemplo, as bonecas Barbies, brincadeiras de casinhas

devem se restringir-se ao publico feminino. Crianças pobres podem receber

qualquer tipo de brinquedo, por não terem nada. A pobreza justifica o brincar

desprovido de matérias e a brincadeira supervisionada. Escolas

representadas por diversas etnias começam a introduzir festas folclóricas,

com dança, comidas típicas, como se a multiculturalidade pudesse ser

resumida e compreendida como algo turístico, pelo seu lado exótico, apenas

por festas e exposições de objetos típicos, não contemplado os elementos

que caracterizam a identidade de cada povo.

Da mesma forma, a concepção de que o brincar deve restringir-se a

espaços como o playground, ou a uma sala com brinquedos, mostra o

quanto o brincar esta ausente de uma proposta pedagógica que incorpore o

lúdico como eixo do trabalho infantil.

Diante de tal situação destacam-se os trabalhos de centros de

pesquisa e de estudos. O Laboratório de Brinquedos e Materiais

Pedagógicos da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo,

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dispõe de um banco de dados sobre brincadeiras tradicionais brasileiras

para subsidiar profissionais no trabalho pedagógico. A fundação Carlos

Chagas, de São Paulo, realiza e divulga pesquisas no campo da educação

infantil; Universidades como a de Ribeirão Preto, dispõem de projetos de

capacitação de profissionais de creches e pré-escolas aproximando a cultura

da escola com a inclusão das brincadeiras infantis. Apesar de a grande

maioria das universidades e centros de formação marginalizarem a

educação infantil há, como tradição no Brasil, centros de excelência que

batalham pela expansão e melhoria da qualidade de formação tanto de

profissionais como da educação de o a 6 anos.

É muito importante para os profissionais da educação se

atualizarem, pois, com a mudança que houve nos currículos escolares, onde

a cobrança por melhorias e aperfeiçoamento estão sendo cobradas pelos

pais, que estão cada vez mais atentos com esses profissionais.

Um ambiente lúdico, a criança fica interessada, sente-se segura

junto dos seus colegas e ao professor que a orienta, desenvolve a auto-

estima, a imaginação criadora, a capacidade de expressão, a socialização e

o conhecimento, com alegria e prazer.

As atividades lúdicas, quando bem acompanhadas e observadas

permitem conhecer melhor a criança, suas necessidades e dificuldades e

conseqüentemente, a orientar melhor o processo de ensino a aprendizagem.

Reconhecendo a importância e o lugar do lúdico na Educação

Infantil, é preciso pensar na formação continuada e sistemática dos

educadores e na integração teórico-prática do seu fazer pedagógico, pois se

o brincar é livre e espontâneo, a atuação do adulto, junto à criança, precisa

ser muito bem fundamentada e preparada.

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CAPÍTULO IV

BRINCADEIRAS E ATIVIDADES

Talvez as brincadeiras de rua tenham sido deixadas um pouco de

lado, substituídas por jogos mais modernos, eletrônicos. Mas tenha a

certeza que as crianças, curiosas como é, vão adorar conhecer as

brincadeiras que divertiam seus pais quando eles ainda eram pequenos.

Brincadeiras antigas, adaptadas a vida atual, sem perder a essência e a

liberdade de brincar livremente. É valido para retirarmos as crianças diante

dos computadores, vídeo games. Não que não seja importante a criança se

atualizar, modernizar, mas, antes de tudo a criança tem que se desenvolver,

socializar-se e isto somente as brincadeiras de "rua"podem dar com maior

intensidade.

4.1 - Jogos sensório-motor

São atividades com valor exploratório, pois, são realizadas para

explorar e o seu próprio corpo, seu ritmo, sua cadência e seu

desembaraços, bem como os efeitos que sua ação pode produzir.

Atividades :

Trabalham a coordenação motora ampla e a orientação espacial ,

além da discriminação visual / auditiva.

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- Andar: livremente, batendo palmas; para frente; de costas; com as

mãos na cabeça ou na cintura; ponta dos pés; linha traçada no chão (reta);

seguindo contorno de figuras geométricas; de perna abertas, sobre uma

corda esticada no chão; etc...

- Correr: com as mãos na cintura; rolando bola; desviando de

obstáculos; em dupla; nas pontas dos pés; etc...

- Transportar (puxando, carregando, empurrando, removendo,

rolando); carregar de um local para outro; puxar,até um local combinado;

transportar nos braços objetos sem ajuda das mãos; em fila passar a bola do

primeiro ao ultimo participante de varias maneiras;etc...

- Lançar e pegar; bolas; colocar um alvo na parede e lançar bolas de

meias; lançar dentro de caixas; jogar a bola no chão e tornar a pegá-la;

lançar bola para um colega;

- Dígitos-manuais; fazer bolinhas de papel; enfiar contas, macarrão;

alinhavar; etc...

- Explorar sons e movimentos e acompanhar ritmos lentos e rápidos;

provocar sons do próprio corpo; provocar ruídos com materiais disponíveis;

bater palmas; etc...

4.2 - Jogos envolvendo representação simbólica

A representação simbólica supõe a formação da imagem mental. Por

isso, os jogos e atividades têm como base a imagem mental e envolvem a

imitação, imaginação e linguagem. Assim como o desenho, a linguagem oral

e escrita é uma forma de representação simbólica da realidade, pois a

palavra funciona como símbolo, capaz de evocar objetos e eventos.

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Atividades :

As operações mentais envolvidas são: linguagem; orientação

espacial e temporal; memória e observação e coordenação motora.

- Desempenho de papeis como : brincar de casinha, de escola,

medico, feira, etc...

- Imitar a forma de andar dos animais.

- Cavalo e cavaleiro; galopar livremente montados sobre um cabo de

vassoura com ritmo acelerado, parar rapidamente ao sinal combinado;

galopar em duplas no mesmo cavalo; etc...

- Imitar meios de transporte: voar como avião, correr como carro,

andar de trenzinho; etc...

- Andar imitando pessoas e objetos; velhinho; cego; robô; sapato

apertado; etc...

- Dramatização.

- Teatro de sombras: fazer gestos, projetando suas sombras e criar

historias; fazer adivinhações; etc...

- Brinquedos cantados (aliados a musica, letra e movimentação

corporal); ciranda, cirandinha, escravos de Jó; etc...

- Boneco de pano: formar duplas, sendo que um faz o papel do

boneco de pano.

- Jogos de adivinhações; mímica; passa anel; o que , o que é; etc...

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- Descobrir palavras: conta uma história e toda vez que determinada

palavra for dita, as crianças fazem um som previamente combinado.

- Nomear objetos por categoria: divididos em grupos, cada grupo

nomeia objetos pertencentes a uma determinada categoria: flores/ animais/

peças dos vestuários; etc...

- Telefone sem fio.

- Pintura: a dedo; lápis-estaca; giz; etc...

- Desenhos cegos: ao som de rimos diferentes, com os olhos

fechados, segurando um lápis-estaca, deixar a mão deslizar sobre o papel,

etc...

- Brincadeiras de loja de consertos: brincar com objetos e

brinquedos, separando as partes que os compõem.

- Jogo de quebra-cabeça.

- Construir torres empenhando blocos.

- pintar palitos de sorvete com cores diferentes e agrupar pela cor.

4.3 - Jogos de regras

Os jogos de regras são jogos de combinações sensório-motoras ou

intelectuais, regulamentos por regras previamente estabelecidas, que

norteiam a cooperação e a competição entre os participantes. Esse tipo de

jogo é, portanto, uma atividade eminentemente social, pois pressupõe a

existência de parceiros e a observância a alguns regulamentos definidos. As

regras do jogo devem ser bem explicadas pelo orientador e seguida por

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todos os participantes. Ao apresentar um novo jogo, convém primeiro fazer

uma descrição do jogo inteiro, e depois dar as instruções especificas para a

realização de suas várias partes.

Jogos :

As operações mentais envolvidas são: linguagem; orientação

espacial e temporal; memória; observação; coordenação motora/ visual/

ampla ; atenção e discriminação auditiva.

- Batata quente

- Lenço atrás

- Boca de forno

- Coelhinho na toca

- Bola ao túnel (em fila, passar a bola por debaixo das pernas...)

- Bola no ar (por cima da cabeça)

- Corrida dos sacis

- Cabra-cega

- corrente

- A cabeça pega o rabo

- Corrida do ovo

- Dança das cadeiras

- Marcha dos jornais

4.3.1 - Jogos para a sala de aula :

- Mãozinhas falantes (quando a criança escolhida pelo grupo vai

procurar o objeto escondido, o mesmo ao chegar perto deste objeto, as

outras crianças batem palmas -forte ou fraca).

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- Mensageiro.

- O trabalho (arremessar uma bola de papel e quando o outro

agarrar, falar o nome de uma profissão...).

- Descobrir o objeto (tem que descobrir o objeto com tato).

- Terra, água e ar (a criança fala o nome um animal correspondente)

- Procurar o parceiro (cada criança pega uma figura, e o mesmo

procura o colega com a mesma figura...)

- Jogo do contrario (fala o nome de um colega e algo sobre ele , o

próximo fala ao contrario...).

- Descubra a palavra (escreve uma palavra letra por letra

separadamente e a criança tem que descobrir).

- Apanhador de batatas (em fila nas carteiras,passar o objeto para

atrás...).

- Corrida num pé só.

- Corrida do livro.

Esses são exemplos de muitas atividades e jogos que temos no

universo educacional. Entre, muitos outros conhecidos ou criados,

atualizados, modernizados que conhecemos ou vamos conhecer na nossa

caminhada. Mas, uma coisa é certa, seja a brincadeira que for, elas devem

continuar fazendo parte do cotidiano de nossas crianças, integrando com a

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sua realidade e seus interesses. Pois, o ato de brincar é mágico, é único,

prazeroso e inesquecível.

Brincar para as crianças é o momento em que elas se divertem,

sentem-se livres para se expressar, viver no mundo de fantasias. Cada

atividade tem seus significados próprios, únicos para cada um que brinca. A

interação com amigos ou colegas torna a brincadeira mais gostosa, mais

divertida.

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CONCLUSÃO

Podemos afirmar, diante do que aprendemos com os teóricos ao

longo deste trabalho, é que o brincar faz parte do universo dos seres

humanos desde sua existência. E que o ato de brincar não é exclusivo de

crianças e deveria ser preservado ao longo da vida adulta como um dos

raros momentos em que o ser humano consegue ser verdadeiro, livre para

se expressar e bastante criativo. Pois, as crianças e adultos quando brincam

recriam a si mesmo e o mundo, dando aos objetos novas formas,

transformando a realidade no que ela realmente deve ser.

Quando pensamos que brinquedos vão dar ao meu filho, não

tenham duvida dêem a si mesmo como parceiros de uma aventura lúdica.

Pois, é brincando que se aprende a brincar.

Esta brincadeira que mergulha no mundo do mágico da fantasias de

pais e filhos, não se aprende na escola. Por isto o brincar é tão importante,

é brincando que a criança se prepara para uma vida adulta saudável e se

você observar suas brincadeiras retrataram a vida dos pais como, por

exemplo, brincar de casinha ou papai e/ou mamãe. As crianças agem do

mesmo modo com os seus brinquedos como seus pais fazem com ela.

O brincar que defendo aqui, não são os eletrônicos, porque passar

horas na frente do computador ou da televisão faz mal a criança e falta de

exercícios pode fazer dela uma criança obesa. E muito menos dos jogos que

não sejam pedagógicos. Defendo, as velhas e boas brincadeiras infantis.

A criança tem que correr, pular, subir em arvore, brincar com água e

lama, andar de bicicleta, brincar com os colegas, ou seja, fazer"travessuras."

Brincar não é perda de tempo, e também sei que o espaço em

apartamento é pequeno e por causa da violência é quase impossível levá-la

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no parquinho ou na pracinha.Deixem que pelo menos ela construa seus

próprios brinquedos, que desenhe quando tiver vontade. Pois, conforme aos

grandes teóricos aqui estudados, podemos afirmar que seu filho vai ser mais

feliz, calmo e menos estressado quando crescer. Ele vai agradecer.

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ANEXO

ATIVIDADES CULTURAIS

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FRIEDMANN, Adriana. Brincar : crescer e aprender- O resgate do jogo

infantil. São Paulo: moderna, 1997.

KISHIMOTO, T. M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e Educação. São Paulo:

Cortez, 2000.

KISHIMOTO, T. M. O Brincar e suas teorias. São Paulo: Cortez, 2000.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: A Criança, O Brinquedo, A Educação. São

Paulo: Summus, 1984.

RIZZI, HAYDT. Leonor, Regina C. Atividades Lúdicas na Educação da

Criança. São Paulo: Ed. Ática, 1997.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 - GALVAO, I. Henri Wallon: uma concepcao dialética do desenvolvimento

infantil. Petrópolis: Vozes, 2000.

2 - REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultura da educação.

Petrópolis: Vozes, 2000.

3 - AROEIRA, Maria; SOARES, Ines; Mendes, Rosa Emília. Didáctica da

pré-escoLa: vida crianca: brincar e aprender. Sao Paulo: FTD, 1996.

4 - OLIVEIRA, Zilma (org.). Educação infantil: muitos olhares. São Paulo:

Cortez, 2000.

5 - www.psicopedagogia.com.br. Brincar é difícil - Rubens Alves, 2004.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A história cultural do brinquedo 9

CAPÍTULO II

Reflexões dos teóricos acerca do brincar 12

2.1 - Froebel 12

2.2 - Dewey 13

2.3 - Vygotsky 14

2.4 - Wallon 17

2.5 - Piaget 18

CAPÍTULO III

A importância do brincar como facilitador do desenvolvimento 21

3.1 - A relação criança x brinquedo 22

3.2 - O brincar como facilitador do desenvolvimento 24

3.3 - O brincar na educação infantil 27

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CAPÍTULO IV

Brincadeiras e suas funções 31

4.1 - Jogos sensório-motor 31

4.2 - Jogos envolvendo representação simbólica 32

4.3 - Jogos de regras 34

4.3.1- Jogos para sala de aula 35

CONCLUSÀO 38

ANEXO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação "Lato Sensu"

A importância do lúdico na educação infantil

Alessandra de Almeida Ribeiro

28 de Janeiro de 2005

Avaliado por: Conceito: