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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
OS CONTROLES INTERNOS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DOS
CONDOMÍNIOS
Por: Washington de Queiroz Santos
Orientador
Prof.ª Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
OS CONTROLES INTERNOS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DOS
CONDOMÍNIOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em AUDITORIA E CONTROLADORIA
Por: Luciana Madeira
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DEDICATÓRIA
...a minha querida esposa Ana pela sua grande
amizade e paciência, ao meu filhão Pedro por ser uma
grande fonte de felicidade e alegria e ao meu pai
Carlos por seu exemplo de vida.
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RESUMO
Nos últimos cinco anos vem ocorrendo um grande crescimento do numero
de lançamentos imobiliários, residenciais, comerciais e mistos, incentivados por
diversas ações governamentais, como: subsídio e linhas de crédito especiais para
as camadas mais baixas e de poder econômico menor, como exemplo pode-se
citar o programa MINHA CASA MINHA VIDA, uma economia aquecida, gerando
assim, uma grande oferta de crédito imobiliário no mercado, facilitando o acesso
aos imóveis. Numa visão macro do presente cenário, existe tanto crescimento
para o mercado de condomínios de luxo como para os populares. Estes
empreendimentos são compostos por unidades independentes que pertence aos
condôminos1, nome dado ao proprietário de um imóvel dentro de um condomínio,
onde a responsabilidade de manutenção é de responsabilidade exclusiva do
mesmo, isto quer dizer que os gastos relativos a esta unidade de total
responsabilidade dele. Neste ponto, surge a figura do condomínio, pois é por
intermédio dele que os condôminos irão administrar as despesas comuns geradas
pelas áreas pertencentes ao coletivo. Neste momento entra o objetivo deste
estudo, que é apontar e divulgar os benefícios de um controle interno dentro da
administração dos condomínios.
1 www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm - acesso em 20/04/2012
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada será consulta a quatro livros principais como
referência bibliografia dos seguintes autores: Schmidt e Santos (2006); Oliveira,
Perez Jr e Silva (2008); Megginson, Mosley e Pietri Jr (1986) e Chiavenato
(2003), dos quais serão tiradas as bases teóricas que serão aplicadas no
desenvolvimento do trabalho de pesquisa. Serão também utilizados artigos,
entrevistas e consultas na internet, sempre com o foco na informação sobre a
administração de condomínio. Serão utilizados também os balancetes dos últimos
cinco anos de um condomínio, com a finalidade de exemplificar os tópicos a
serem citados.
7
Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................8
CAPITULO I – CONDOMÍNIO COMO UMA ORGANIZAÇÃO ...............................................................9
CAPITULO II – CONTROLE DAS ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS ................................................... 15
CAPITULO III – OS CONTROLES INTERNOS NO CONDOMÍNIO ....................................................... 21
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 38
ÍNDICE .............................................................................................................................................. 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................................... 41
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INTRODUÇÃO
Os condomínios são organizações humanas que nascem por conta do
compartilhamento de despesas geradas por conta da manutenção de áreas
comuns ao coletivo2. Estas organizações são regidas por lei especifica (Lei do
condomínio 10.406/2002) onde são determinados o formato de administração, as
responsabilidades e direitos dos membros ou condôminos. Com base nesta lei,
todas as outras regras e regimentos são desenvolvidos. No campo administrativo,
a maioria dos condomínios sofre com a falta de padronização e continuidade de
seus procedimentos e processos administrativos. Isto ocorre por conta da falta de
regras escritas e pré-definidas nas assembleias, como manuais que orientem os
novos e antigos síndicos, que muitas vezes se veem, de certa forma, sem um
manual e regras para orientá-los e até mesmo controlá-los na gestão de
condomínios. Da mesma forma, os conselhos fiscais e consultivos ficam sem
saber e como proceder na fiscalização da gestão do condomínio. Este ambiente
sem regras e normas de procedimentos faz com que o condomínio se torne uma
terra fértil para os erros e as fraudes em sua gestão.
Tanto nos erros como nas fraudes, os condomínios sofrem na perda de
tempo e de recursos, tirando assim o foco, missão e objetivo da administração
condominial, criando um ambiente de insatisfação e de desconfiança entre
aqueles que são os seus clientes, os condôminos.
Por conta do exposto, este trabalho estará focado no capitulo I, na análise
dos condomínios como uma organização do ponto de visto da Sociologia da
Burocracia, criada por Max Weber, o modelo de organização proposto nesta
teoria pode de alguma forma ajudar no entendimento e no aprimoramento da
administração de um condomínio do ponto de vista de controle e racionalismo; o
capitulo II, apresentará a necessidade do controle dentro das organizações,
Encontrando resposta ao questionamento de como evitar os erros e fraudes na
gestão dos condomínios; o capitulo III, será visto os controles internos,
propriamente dito, aplicados no condomínio e como os mesmos podem ser
implantados.
2 www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm - acesso em 20/04/2012
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CAPITULO I
CONDOMÍNIO COMO UMA ORGANIZAÇÃO
1-1- Definição
Os condomínios são organizações com objetivos definidos3, por este
motivo, para entender melhor o funcionamento e a estrutura dos condomínios
deve-se conhecer algumas definições, características da teoria sobre as
organizações. As organizações devem ser administradas e controladas, para que
consigam chegar aos objetivos de seus controladores. Isto vale para empresas
privadas, públicas, com ou sem fins lucrativos.
Segundo o dicionário Aurélio, organização é uma associação ou instituição
com objetivos definidos entre duas ou mais pessoas com um objetivo em comum.
Segundo Chiavenato (2003), Weber em sua obra definiu que para melhor
entender as organizações do ponto de vista da “Teoria da Burocracia” deveria
distinguir três tipos de sociedades: SOCIEDADE TRADICIONAL, onde na
organização predomina as características patriarcais e patrimoniais; SOCIEDADE
CARISMÁTICA, onde predominam características místicas, arbitrárias e
personalísticas; SOCIEDADE LEGAL, RACIONAL OU BUROCRATICA, onde
predominam normas impessoais e uma racionalidade na escolha dos meios e dos
fins.
O condomínio se caracteriza por ser uma sociedade, ou organização, legal,
racional ou burocrática, pois o mesmo é regido pelo Código Civil, em capitulo
especifico onde são tratadas todas as características estruturais e como deve-se
proceder para o seu registro, passando a existir como uma organização com um
objetivo. Com base neste capitulo do Código Civil, também são apresentadas as
formas de administração e os direitos e deveres dos condôminos.
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos
ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis,
devendo constar daquele ato, além do disposto em Lei especial: ...
3 www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm - acesso em 20/04/2012
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Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício
deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das
frações ideais e torna-se, desde logo obrigatória para os titulares de
direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse
ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a
convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de
Registro de Imóveis.
Segundo Chiavenato, a autoridade é constituída e legitimada por
fundamentos legais nas sociedades burocráticas, no caso dos condomínios
verifica-se que a autoridade é constituída da mesma forma, onde a legislação
confere a Assembleia dos condôminos, a responsabilidade de escolher e definir
quem exercerá a autoridade, fazendo valer assim a vontade da maioria.
Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não
ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não
superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
Então o condomínio é uma organização burocrática por ser calcada em lei,
a qual lhe dar todas as diretrizes para sua constituição e elaboração de sua
convenção, que estabelecerá as normas preestabelecidas por dois terços dos
titulares.
1-2- Dos objetivos
Os condomínios são organizações criadas com o objetivo de cuidar, ou
melhor, administrar as áreas que são comuns a todos os condôminos4. A estas
áreas denominamos de áreas comuns, áreas de responsabilidades de todos os
condôminos e para que estas áreas sejam mantidas é necessário que ocorra o
rateio das despesas a serem divididas em partes iguais ou proporcionais.
Art. 1.336. São deveres do condômino: I – Contribuir para as
despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais;...
4 www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm - ACESSO EM 20/04/2012
11
Segundo Chiavenato (2003), as organizações para conseguirem alcançar
sucesso em seus objetivos de forma eficiente, necessitam detalhar
antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.
Para que isto seja possível é necessário que a organização tenha algumas
características da burocracia segundo a teoria de weber, que são elas:
• Caráter legal das normas e regulamentos: as normas e regulamentos
são racionais porque são coerentes com os objetivos visados. Neste
sentido, as organizações são uma estrutura social racionalmente
organizada. As normas e regulamentos são escritos para assegurar uma
interpretação sistemática;
• Caráter formal das comunicações: a burocracia é uma organização
ligada por comunicações escritas. As regras, decisões e ações
administrativas são formuladas e registradas por escrito para que exista
uma comprovação e documentação adequada. Além disso, a interpretação
unívoca das comunicações também é assegurada. Como muitas vezes
certos tipos de comunicações são feitas reiteradas e constantemente, a
burocracia lança mão de rotinas e de formulários para facilitar as
comunicações e para criar uma rotina de procedimentos formalizados;
• Caráter racional e divisão do trabalho: há uma divisão sistemática do
trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada
participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias.
Assim, as incumbências administrativas são altamente diferenciadas e
especializadas e as atividades são distribuídas de acordo com os objetivos
a serem atingidos;
• Impessoalidade nas relações; a administração da burocracia é realizada
sem considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de
cargos que ocupam. Também a obediência prestada pelo subordinado ao
superior do cargo que ocupa. Também a obediência prestada pelo
subordinado ao superior é impessoal. Ele obedece ao superior, não em
consideração à sua pessoa, mas ao cargo que o superior ocupa. As
pessoas vêm e vão, os cargo e funções permanecem;
12
• Hierarquia da autoridade: a distribuição de autoridade dentro do sistema
serve para reduzir ao mínimo o atrito, por via do contato amplamente
restritivo em relação às maneiras previamente definidas pelas regras de
organização. Desta forma, o subordinado está protegido da ação arbitrária
de seu superior, dado que as ações de ambos se processam dentro de um
conjunto mutuamente reconhecido de regras;
• Rotinas e procedimentos estabelecidos: as regras e normas técnicas
regulam a conduta do ocupante de cada cargo, cujas atividades devem ser
executadas de acordo com as rotinas e procedimentos fixados por elas.
Esses padrões facilitam a pronta avaliação do desempenho
• Competência técnica e meritocracia: a admissão, a transferência e a
promoção dos funcionários são baseadas em critérios, válidos para toda a
organização, esses critérios universais são racionais e levam em conta a
competência, o mérito e a capacidade do funcionário em relação ao cargo
ou função considerada;
• Especialização da administração que é separada da propriedade: em
outros termos, os administradores da burocracia não são os seus donos ou
proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou um
grande acionista da organização, mas um profissional especializado na sua
administração;
• Profissionalização dos participantes: cada funcionário da burocracia é
um profissional pelas seguintes razões: é um especialista, é assalariado, é
ocupante de cargo é nomeado por superior hierárquico. Seu mandato é por
tempo indeterminado, segue carreira dentro da organização, não possui a
propriedade dos meios de produção, é fiel ao cargo, identifica-se com os
objetivos da empresa e tende a controlar cada vez mais;
• Completa previsibilidade. O modelo burocrático de Weber parte da
pressuposição de que o comportamento dos membros da organização é
perfeitamente previsível. Todos os funcionários comportam de acordo com
as normas e regulamentos da organização.
Algumas destas características não se aplicam aos condomínios, mas
podem-se destacar algumas que se encaixam perfeitamente a este tipo de
13
organização. Os condomínios na maioria das vezes são administrados pelos
proprietários das unidades autônomas os quais são escolhidos pelos condôminos
nas assembleias realizadas anualmente. Geralmente são levadas em conta as
caraterísticas pessoais e não as de capacidade técnica. Isto ocorre por se tratar
de um grupo de pessoas que se unem não para administrar uma empresa com
fins lucrativos e sim administrar as áreas comuns entre eles, que muitas vezes
possui uma arrecadação maior que muitas empresas. Por este motivo, é de
grande importância a aplicação de algumas características citadas anteriormente,
como por exemplo:
Caráter legal das normas e regulamentos, Caráter formal das
comunicações, Hierarquia da autoridade, Rotinas e procedimentos estabelecidos
e Completa previsibilidade.
Segundo Larry J. Philip R. Thomas (1992), Weber não previu nenhuma
variação no comportamento humano dentro da organização. Antes, pelo contrário,
a burocracia assenta-se em uma visão padronizada do comportamento humano.
Weber não considera a organização informal. Parece ignorá-la. Na verdade, a
organização informal aparece como fator de imprevisibilidade das burocracias,
pois o sistema social racional puro de Weber pressupõe que as reações e o
comportamento humano sejam perfeitamente previsíveis, uma vez que tudo
estará sob o controle de normas racionais e legais, escritas de forma exaustiva. A
organização informal surge como uma consequência imprevista da
impossibilidade prática de se bitolar e padronizar o comportamento humano nas
organizações.
Em organizações como o condomínio, predominam-se muitas vezes as
características de uma organização informal com uma autoridade carismática. Isto
é causado por um único é grande motivo ambiental, nos condomínios o sindico é
escolhido entre os condôminos, geralmente um morador, o qual muitas vezes tem
algum tipo de relação com o outro e por sua vez a pessoa escolhida não
reconhecendo as normas ou até mesmo ignorando-as solenemente não cumpre
as deliberações da Assembleia Geral. Por este motivo, o modelo de organização
proposto pela Teoria da Burocracia, mesmo com os seus pontos negativos, é a
melhor que se encaixa, dentro da estrutura administrativa de um condomínio, o
14
sindico e o conselho fiscal é de estrema importância para que o mesmo tenha
sucesso em seus objetivos. Podemos afirmar que o papel do conselho fiscal e
consultivo é primordial no que diz respeito ao respeito às normas e deliberações
das assembleias de condôminos. O sindico é importante no ponto dos controles
operacionais e na realização das ações definidas pela maioria do condomínio e
evidentemente o sindico tem que ter uma grande flexibilidade no trato e no
relacionamento condomínio e condôminos, funcionários e a comunidade em torno
do condomínio, ficando o formalismo da Teoria da Burocracia presente na
estrutura funcional do condomínio.
15
CAPITULO II
CONTROLE DAS ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS
1-1- Definição
Uma organização, com sua missão e visão definidas e com uma estrutura
burocrática bem elaborada e não pesada, não voltada para sua própria existência
mais sim para a busca da máxima eficiência para alcançar os seus objetivos
como organização, se relacionando com o ambiente onde esta inserida, não
frustrando a criatividade dos seus colaboradores e sendo sensível com as
necessidades dos seus clientes, ela será sem duvida uma organização de
sucesso em seu seguimento, sendo assim, para que isto ocorra de fato à
administração desta, deverá criar controles que possibilitem que os objetivos
sejam alcançados com sucesso e com o máximo de previsibilidade, isto só é
possível quando temos um sistema de controle bem elaborado. Para um melhor
entendimento sobre o que é de fato controle segue-se a apresentação de
algumas definições.
Segundo o dicionário Aurélio, controle é o ato ou poder de controlar,
fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, etc., para que não
se desviem das normas preestabelecidas. Segundo o Dicionário de Contabilidade,
defini controle interno como sendo o controle que a empresa exerce sobre
determinado fato ou série de fatos, de acordo com suas rotinas próprias5. Anthony
e Govindarajan (2002, p. 27), defini como sendo os dispositivos que assegurem
que a organização siga na direção pretendida por seus executivos. Segundo o
Conselho Federal de Contabilidade, os controles internos é o conjunto integrado
de métodos e procedimentos adotados pela entidade na proteção de seu
patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade de seus registros e
demonstrações contábeis e de sua eficácia operacional6. Segundo a American
“Institute of Certified Public Accountants”, é a seguinte: “O controle interno é
composto, pelo plano de organização e pela coordenação dos métodos e medidas
implantados pela empresa para proteger seu patrimônio, seu recursos líquidos e
5 A. Lopes de Sá, Ana M. Lopes de Sá. (1990) 6 www.cfc.org.br/sisweb/sre/Confirmacao.aspx - CFC (2000) - acesso em 07/06/2012
16
operacionais, por meio de atividades de fiscalização e verificação da
fidedignidade dos administradores e da exatidão dos processos de manipulação
de dados contábeis, promovendo, desta forma, a eficiência operacional e a
adesão às politicas e estratégias traçadas pela alta gestão".
Desta forma, pode-se afirmar que os sistemas contábeis e de controles
internos, são um conjunto de procedimentos que, integrados ao fluxo operacional
da empresa, visa detectar e prevenir desvios, erros e irregularidades, intencionais
ou não, que possam afetar negativamente o desempenho da entidade, ocasionar
impactos em sua lucratividade e estrutura financeira e resultar em reflexos
significativos em suas demonstrações contábeis para o usuário interno ou
externo, relatórios gerenciais e demais análises e demonstrativos operacionais e
financeiros.
1-2- Os tipos de controles econômicos
Dentro das organizações existem vários níveis de controles com as suas
respectivas funções e objetivos, quanto maior os níveis de controle das operações
mais segura são as informações e consequentemente os riscos de fraudes e
falhas são menores. Os controles dentro de uma organização são necessários
também para que se tenham condições de se avaliar, não tendo controle não
podemos como realizar uma avalição do desempenho da organização. Estas
avaliações serão realizadas nos controle das atividades operacionais da empresa,
alimentar os sistemas de incentivos dos funcionários, conduzir a estratégias
competitivas, identificar problemas que necessitam da intervenção dos gestores e
verificar se a missão da organização está sendo atingida, portanto, o controle
serve como uma ferramenta para que os gestores planejem ações futuras. Desta
forma “Os atos administradores ou de seus agentes pelo quais todos os fatos da
gestão são determinados e presumidos primeiramente; são registrados, provados,
recordados e confrontados depois, e toda administração é regulada em seus
movimentos e estudada em suas causas e em seus efeitos. Os atos dos que
exercem a autoridade eminente mediante os quais intervêm na administração,
seja para determinar as formas gerais e estáveis, seja para assinalar
circunstancialmente o caminho a ser seguido pelo administrador e pelos agentes
17
num dado espaço de tempo, retê-los nesse caminho e ver logo se realmente o
seguiram” (BESTA, apud ESTRADA, 1977).
Segundo Besta, podemos classificar os controles internos de acordo com o
momento em que, com referência aos fatos administrativos, se efetuam e de
acordo com a sua natureza. Desta forma podemos classificar em controles
antecedentes, concomitantes e subsequentes.
Controles antecedentes são aquelas que precisam ser previamente
delimitadas em cada fase, uma vez que nenhuma operação deve ser iniciada sem
que sejam determinadas suas relações de lugar, tempo e pessoas com os dados
referentes à natureza e espécie dos bens que constituem o seu objeto.
Caracteriza este tipo de controle os estatutos, os contratos, os regulamentos, as
atas, as escrituras públicas, as notas, as circulares, os inventários nos quais é
determinada a composição patrimonial da entidade, as demonstrações de
entradas e saídas de fundos previstos para um determinado período e todo tipo
de documento que regule o funcionamento da entidade7.
A segunda espécie de função de controle, a concomitante, caracteriza-se
pela vigilância das tarefas determinadas para cada pessoa. É preciso que os
indivíduos sejam vigiados e estimulados enquanto executam as tarefas ou
imediatamente depois. Esta vigilância deve ser feita pelos que exercem a
autoridade direta, pelos administradores ou por outras pessoas indicadas para
este fim com o objetivo de proteger a entidade. Esta função de vigilância pode
contar com o auxílio de instrumentos tais como: cartões, medidores,
apontamentos etc.8.
A função subsequente caracteriza-se pelo exame dos fatos em seus
aspectos jurídicos e econômicos, ou seja, confrontando o que foi feito com o que
deveria ter sido feito. Os instrumentos destes controles anteriores, assim como os
registros contábeis dos fatos administrativos, as prestações de contas, os
balanços, o exame de tais prestações e sua aprovação ou rejeição. Desse modo,
os administradores devem estar envolvidos diretamente em todos os estágios da
7 Schmidt e Santos ( 2006) 8 Schmidt e Santos ( 2006)
18
função do controle, que vai desde a análise de sistemas de informações à
identificação de problemas e implementação de mudanças, finalizando nos
relatórios de controle que registram os resultados das alterações efetuadas.9
1-3- Controle como elementos de proteção das organizações
Para o CFC – Conselho Federal de Contabilidade, o sistema contábil e de
controles internos compreende o plano de organização e o conjunto integrado de
métodos e procedimentos adotados pela entidade na proteção de seu patrimônio,
promoção da confiabilidade e tempestividade de seus registros e demonstrações
contábeis e de sua eficácia operacional.10 Uma outra definição bem completa é a
que diz que o controle interno é composto pelos planos de organização e pela
coordenação dos métodos e medidas implantadas pela empresa para proteger
seu patrimônio, seus recursos líquidos e operacionais, por meio de atividades de
fiscalização e verificação da fidedignidade dos administradores e da exatidão dos
processos de manipulação de dados contábeis, promovendo, desta forma, a
eficiência operacional e a adesão as politicas e estratégias traçadas pela alta
gestão.11
Em uma terceira definição, pode-se afirmar que os sistemas contábeis e de
controles internos é o conjunto de procedimentos que, integrados ao fluxo
operacional da empresa, visa detectar e prevenir desvios, erros e irregularidade,
intencionais ou não que possam: afetar negativamente o desempenho da
entidade; ocasionar impactos em sua lucratividade e/ou estrutura financeiro bem
como resultar em reflexos significativos em suas demonstrações contábeis para o
usuário interno ou externo, relatórios gerenciais e demais analise e
demonstrativos operacionais e financeiros.12 Segundo o COSO, definiu controle
interno como sendo um processo, efetuado pela diretoria de uma instituição, seus
gerentes e demais colaboradores, concebido para prover razoável segurança no
sentido de que seus objetivos sejam atingidos em três diferentes categorias:
9 Schmidt e Santos ( 2006) 10 www.cfc.org.br/sisweb/sre/Confirmacao.aspx - CFC (2000) - acesso em 07/06/2012 11 Oliveira, Perez Jr e Silva (2008) 12 Oliveira, Perez Jr e Silva (2008)
19
eficácia e eficiência das operações; confiabilidade dos reportes financeiros e
conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. 13
Sendo assim, os controles devem buscar: deverão ser realizadas
reconciliações periódicas nos registros de ativos físicos e nas contas contábeis;
avaliação: deverão ser realizadas avaliações buscando a garantia de que os
ativos estão apropriadamente valorizados e de acordo com os princípios de
contabilidade vigente: proteção física dos bens: os ativos físicos devem estar sob
a custódia física daqueles responsáveis pela sua guarda, o acesso aos ativos
deverá ser restringido á pessoas autorizadas; conferência da exatidão e da
fidelidade dos dados contábeis; promoção da eficiência operacional: os controles
deverão criar mecanismos de estímulo à eficiência operacional, não permitindo o
consumo de recursos sem que se busque efetivamente a geração de resultado,
visando ao atingimento da missão da entidade; estímulo à obediência das
diretrizes administrativas estabelecidas: os controles deverão permitir que todas
as transações realizadas estejam dentro dos padrões estabelecidos pela
administração e que os limites definidos de autorização de contratações, de
investimentos e demais procedimentos realizados estejam sendo seguido;
implantação de projetos de Governança Corporativa.14
O ambiente de controle focaliza aspectos comportamentais dos
colaboradores de uma organização, ou seja, suas competências e seus
comportamentos éticos e morais no atingimento dos objetivos organizacionais.
Essa preocupação comportamental das pessoas em relação aos controles
internos ficou latente com a promulgação da Lei Sarbanes-Oxley, tanto que a Lei
passou a exigir que as entidades abrangidas por essa regulação passem a
divulgar, se possuírem, um código de ética para diretores financeiros seniores,
aplicável aos seus principais diretores encarregados de assuntos financeiros.
Em relação aos condomínios não é diferente, a postura dos
administradores em relação aos controles internos nele implantado. Pois os
condomínios são organização de administrar os bens e áreas comuns a diversas
13 Schmidt e Santos ( 2006) 14 Schmidt e Santos ( 2006)
20
pessoas, sendo assim imprescindível uma postura ética no trato dos recursos
arrecadados nos condômino e o respeito às delimitações tomadas pela
Assembleia, pois ela é a maior representação dos condôminos no que diz respeito
ao respeito aos objetivos traçados por ela.
21
CAPITULO III
OS CONTROLES INTERNOS NOS CONDOMÍNIOS.
1-1- Escolhendo o modelo de gestão
O condomínio como qualquer organização, deve ter definido o objetivo e a
razão de sua existência, partindo deste ponto, os administradores poderão traçar
a sua estratégia de ação, definindo a missão e a visão do condomínio. Sendo
assim os administradores que na maioria dos casos são os próprios condôminos,
deverão conhecer ou mesmos ter noção da razão da existência do condomínio.
Tendo estas informações eles poderão traçar e definir o modelo de gestão que a
administração irá adotar.
Segundo Teles e Vartanian (1998). “O modelo de gestão, que, de forma
explícita ou não, sempre existe numa empresa, é constituído de princípios
permanentes que orientam a atuação dos gestores, procurando potencializa-la. O
ponto de partida do modelo de gestão é, logicamente, o conjunto de crenças e
valores dos donos ou dos principais executivos da empresa”15.
Pode-se considerar como crenças e valores: simplicidade, criatividade,
integridade, ética, respeito, honestidade, comprometimento, espírito de equipe,
responsabilidade social, autodesenvolvimento, disciplina, preservação ambiental,
qualidade, relacionamento com clientes, fornecedores, funcionários, comunidade,
órgão públicos etc.16.
Com base na definição das crenças e dos valores do condomínio, a
assembleia poderá definir a missão do condomínio, sua gestão, neste momento
se faz necessário muita atenção na elaboração da missão. A missão de uma
organização (condomínio) pode ser entendida como verdadeiro motivo de sua
existência. A declaração de missão deve ser o mais precisa possível para que
sirva de guia para todas as decisões de uma organização. Para isso, ela deve ser
o mais fiel possível com relação à vontade dos condôminos.
15 Teles e Vartanian ( 1998) 16 www.unifin.com.br/institucional/missao/index.php - Acesso em: 5 out. 2005.
22
Uma declaração de missão fraca ou com propósitos focados apenas em
aspectos socialmente aceitáveis, porém, longe da real meta da organização, pode
levar a decisões contrarias aos reais propósitos que deveriam nortear as decisões
dos gestores17.
Para Steiner (1997), missões cuidadosamente preparadas tem sido a fonte
de sucesso das empresas. Missões revisadas têm mudado o rumo de empresas.
Por outro lado, missões pobremente formuladas têm trazido desastre para
algumas empresas.
A filosofia de cada empresa é definida em função das crenças e dos
valores individuais de seus sócios e administradores., Um empresário que
acredita dever conduzir seus negócios com base nas crenças indicadas
estabelecerá uma filosofia para sua empresa, contemplando provavelmente
pagamentos de salários justos a seus funcionários, treinamento constante, estrita
obediência às leis fiscais, tributárias, eleitorais e outras relacionadas a seu ramo
de atividades, intenção de produzir sem agredir o meio ambiente e assim por
diante18. Exemplo de missão da Natura Cosméticos S/A: “Nossa razão de ser é
criar e comercializar produtos e serviços que promovam o Bem-Estar. Bem-estar
é a relação harmoniosa, agradável, do individuo consigo mesmo, com o seu
corpo. Estar Bem é a relação empática, bem-sucedida, prazerosa, do indivíduo
com o outro, com a natureza da qual faz parte e com o todo”19. Exemplo de
missão da Agência de Publicidade e Propaganda Art&design: “Aperfeiçoar a
comunicação de nossos clientes para que mantenham e conquistem novos
mercados” 20.
A clara compreensão da missão possibilitará uma definição mais coerente
da direção em que uma entidade deverá mover-se para atingir seus objetivos.
Assim, as estratégias de ação poderão ser mais bem explicitadas,
considerando que toda organização bem administrada possui uma ou mas
estratégia.
17 Schmidt e Santos (2006) 18 Oliveira, Peres Jr. e Silva ( 2008) 19 http://scf.natura.net/SobreANatura/ - acesso em: 07/06/2012 20 www.artdesign.com.br/visao-missao-valores.html - acesso em: 27 maio de 20011
23
1-2- Plano estratégico
Segundo O planejamento estratégico procura estabelecer metas que, se
atingidas possibilitarão à organização alcançar os objetivos definidos. Desse
modo, ele indica a forma e os meios pelos quais essas metas serão alcançadas a
curto e médio prazo21. O objetivo do planejamento estratégico é definir as
direções e as politicas que servirão de base para os demais planos. O plano
estratégico concentra a atenção nas necessidades, nos perigos e nas
oportunidades que a organização deverá enfrentar nos próximos anos22.
Na formulação do plano, deverão ser analisados fatores externos e internos
à entidade, suas oportunidades, os riscos, os pontos fortes e fracos inerentes à
atividade, buscando a harmonização de capacidades internas e oportunidades
externas, visando ao atingimento de sua missão23.
Em um condomínio não é diferente dos outros tipos de organização, mas
pode-se ressaltar um ponto muito importante, que a difere das outras, e esta
característica em muitos momentos cria uma barreira que faz com que as
decisões a serem tomadas possam demorar uma pouco mais que nas outras
organizações. Isto não chega ser um impedimento na elaboração do plano e na
definição das metas e no atingimento dos objetivos do condomínio mas faz com
que as discursões sobre os temas, sejam bem mais demoradas que o normal.
Desta forma dando continuidade a analise ambiental do condomínio pode-
se determinar os principais fatores externos, como: legislação; fornecedores;
vizinhança; aspectos sociais, econômicos e políticos. Por outro lado, devem-se
levar em conta os fatores internos que impactam a determinação das estratégias,
tais como: gerenciamento dos conflitos internos, nível de satisfação interna,
comunicação e transparência etc.
Com estes pontos já definidos e identificados a administração do
condomínio poderá classificar de muitas maneiras diferentes. A maneira pela
qual o planejamento é classificado determinará o conteúdo dos planos e como é
21 Oliveira, Perez Jr. e Silva (2008) 22 Schmidt e Santos (2006) 23 Schmidt e Santos (2006)
24
feito o planejamento. Há pelo menos cinco bases para classificar planos. São
elas: área funcional coberta – como pessoal, produção, marketing e finanças.
Cada um destes fatores exige um tipo diferente de planejamento; nível
organizacional – que inclui a organização inteira ou as suas subunidades.
Técnicas e conteúdo diferentes se acham envolvidos em diferentes níveis;
características dos planos – fatores tais como incerteza, complexidade,
formalidade e custo envolvido; tempo envolvido – com curto, médio e longo prazo;
atividades envolvidas – incluindo as atividades desempenhadas com maior
frequência, como operações, propaganda, seleção do pessoal, e pesquisa e
desenvolvimento24.
Para uma organização como os condomínios, os planos permanentes e os
planos de uso único, são os que mais fácil se adapta ao seu planejamento, desta
forma estas duas formas será abordada para estudo nas próximas linhas.
1-2-1- Planos de uso único
Segundo Megginson (1986), este tipo de plano onde estão incluídas as
politicas para as atividades não recorrentes, onde são elaborados os projetos,
programas e outras atividades com tempo determinados, num ambiente como o
condomínio ele será muito utilizado para os projetos, como exemplo, novas
atividades não determinadas nos planos permanentes. Estes planos de uso único
podem ou não a vim a ser transformados em planos permanentes. É de extrema
importância que o plano de uso único, esteja de acordo com a missão do
condomínio e consequentemente de acordo com a estratégia traçada pela
assembleia dos condôminos.
1-2-2- Planos permanentes
Megginson (1986) acrescente que, os planos permanentes são os que
estão estritamente ligados a atividades recorrentes ou de longo prazo, aquelas
24 Megginson (1986)
25
atividades que estão ligadas com a operação da empresa. Estão incluídos neste
plano, as politicas operacionais, ou os enunciados e entendimentos gerais que
são guias para, ou canais de pensamento e tomada de decisão pelos
administradores e subordinados; procedimentos, que estabelecem um padrão ou
método de rotina ou técnica para tratar de atividades recorrentes; regras e
regulamentos, que declaram os cursos obrigatórios de ação, escolhidos dentre as
alternativas. Estes planos estão sujeitos a mudanças em resposta ao que se
espera dos fatores presentes no ambiente onde a organização esta contida. Esta
forma de planejamento pode envolver planos, planos alternativos, ou planos de
contingência, dependendo do nível e extensão das estratégias a serem usadas e
da magnitude e frequência das mudanças previstas. Da mesma forma que os
planos de uso único, os planos permanentes devem estar ligados com os valore e
crenças e consequentemente a missão do condomínio.
1-3- Politicas
São amplas declarações gerais das ações esperadas, e servem como
orientação para a decisão gerencial ou para a supervisão das ações dos
subordinados. Algumas vezes as politicas são formalmente determinadas e
anunciadas; também podem ser estabelecidas informalmente pelas ações dos
supervisores, que talvez não tenham a intenção de que se tornem políticas. Elas
podem até ser estabelecidas por precedentes. É estabelecido um precedente
quando o superior não toma decisão ou não age corretivamente quando os
subordinados atuam por si próprios. As politicas podem ser escritas ou não,
manifestadas por palavras ou não25.
O único pré-requisito para uma política é que se torne uma orientação para
ajudar os administradores a decidirem o que fazer quando não há mais ninguém
para decidir por eles, ou quando não existe outra maneira de saberem como
decidir ou agir. Uma vez que sejam estabelecidas as politicas gerais, os
administradores têm o encargo de formular as politicas menos importantes, porém
25 Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986)
26
muitas vezes as mais urgentes. Estas são de natureza ampla e tendem a cruzar
as linhas departamentais26.
Dentro de uma organização como o condomínio, encontram-se diversos
exemplos de politicas que servem para que os objetivos da administração e da
assembleia geral dos condôminos sejam alcançados. Estas politicas nem sempre
são escritas ou definidas de forma formal e sim de forma informal, quando isto
ocorre, a continuidade e a padronização ficam prejudicadas, criando a sensação
que as decisões são tomadas sem nem um critério. As politicas estão ligadas a
áreas especificas da operação do condomínio, normatizando e padronizando as
ações fazendo com que o condomínio chegue a seu objetivo, segue algumas
destas áreas: politica orçamentaria, politica de cobrança, politica de manutenção,
politica de funcionários e etc.
1-4- Procedimentos
A partir do momento que o condomínio já tenha a suas politicas
organizacionais gerais definidas e bem consolidadas, é chegada a hora da
administração juntamente com os condôminos, reunidos em assembleia, debater
e definir os procedimentos que ajudarão a administração e o condomínio como
um todo, chegar aos objetivos já definidos em sua missão e consequentemente
em suas politicas.
Os procedimentos devem ser destinados a garantir que a informação
pertinente flua para as pessoas que necessitam desses dados e que cada pessoa
envolvida no processo compreenda exatamente o que deve fazer com ela. A
transferência e a manipulação de informação escrita podem ser coordenadas e
simplificadas por meio de formulários e procedimentos padronizados. Formulários
padronizados, por seu turno, conduzem à padronização de facilidades para
armazenamento de informação27.
Os procedimentos geram benefícios para a operação do condomínio, as
vantagens mais importantes são preservar o esforço gerencial; facilitar a
delegação de autoridade e estabelecimento de responsabilidades; levar ao 26 Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986) 27Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986)
desenvolvimento de méto
economias de pessoal; fac
Os administradores
para auxiliarem na execu
que vai auxiliar a administ
estes se tornam mais
procedimentos devem ser
podendo ser, até mesmo,
dos objetivos traçados. Ele
1-5- Regras e Regulam
Os mais simples, e
permanentes, regras e re
que não pode ser feito
usados para programar ou
uma politica em cada ca
torna uma regra ou regula
se for violado.
FLUXO
FONTE: ELABORADO PELO AUTOR
Figura 3.1.
1 • CREÇAS E V
2 • MISSÃO
3 • PLANO EST
4 • POLITICAS
5 • PROCEDIM
6 • REGRAS E N
métodos de operação mais eficientes; perm
al; facilitar o controle e auxiliar a coordenação
dores devem ter em mente, que os procedi
execução da missão da organização, ele é u
ministração chegar ao seu objetivo, um grand
mais importantes que a própria da or
m ser modificados conforme as necessidades
esmo, dispensados por não ser mais necess
os. Eles não devem ser tratados como algo im
ulamentos
les, e ainda assim os mais detalhados de t
s e regulamentos declaram especificamente o
feito sob um dado conjunto de circunstânci
outros planos e habitualmente resultam em
da caso. Quando não são permitidas variaçõ
regulamento, muitas vezes com uma conseq
UXO DOS COMPONENTES DA GESTÃO
S E VALORES
ESTRATÉGICO
CAS
DIMENTOS
S E NORMAS
27
permitir significantes
nação.
ocedimentos existem
le é uma ferramenta
grande erro é quando
a organização. Os
ades da organização
ecessário no alcance
lgo imutável.
de todos os planos
te o que pode e o
stâncias. Assim, são
am em que se adira a
ariações, o plano se
onsequência negativa
28
2-1- A importância da comunicação
Comunicação é o processo de transferir significado sob a forma de ideias
ou informação de uma pessoa para outra. Um verdadeiro intercâmbio de
significados entre as pessoas abrange mais do que as palavras usadas em suas
conversações. Inclui sombras de significado e ênfase, expressões faciais,
inflexões vocais e todos os gestos não intencionais e involuntários que sugerem o
verdadeiro significado. Um intercâmbio efetivo solicita mais do que apenas a
transmissão de dados. Exige que as pessoas que enviam as mensagens e
aquelas que as recebem confiem em certas habilidades para que o intercâmbio
de significado tenha sucesso28.
Portanto, a comunicação é a cadeia de entendimento que liga os membros
das várias unidades de uma organização em diferentes níveis e áreas. Este
conceito tem os seguintes elementos: um ato de fazer-se entender, um meio de
passar informação entre as pessoas e um sistema de comunicação entre dois ou
mais indivíduos. Esta visão tradicional de comunicação, contudo, como algo que
ocorre entre dois ou mais indivíduos, está sendo modificada pela revolução
tecnológica a fim de incluir comunicação entre pessoas, entre pessoas e
máquinas, e até entre máquinas e outras máquinas29.
A comunicação representa uma permuta ou troca de notícias entre um
emissor, que envia a mensagem, e um receptor, que a acolhe. A ligação entre
estes dois elementos se estabelece por um canal de comunicação. A
comunicação pode ser verbal ou visual. A teoria da comunicação, em síntese,
“tem por objetivo o estudo dos conceitos e enunciados fundamentais da
comunicação verbal ou visual” (MASER, 1975, p.2).
Um dos modelos de comunicação mais conhecido é o de Shannon e
Weaver. Este modelo foi apresentado por Littlejohn (1982 p. 156), conforme
evidenciado na figura 3.2.
28 Megginson (1986) 29 Megginson (1986)
29
MODELO DE COMUNICAÇÃO DE SHANNON E WEAVER
FONTE: Littlejohn (1982 p 156)
Figura 3.2
A partir desse modelo básico de comunicação, muitos outros autores
desenvolveram seus estudos; entre eles destacam-se Bierman Jr.: Drebin (1979),
que apresentaram uma adaptação do modelo básico de comunicação de
Shannon e Weaver para o processo de comunicação na contabilidade. O modelo
de Bierman Jr.: Drebin (1979) pode ser desdobrado nos cinco seguintes
elementos básicos: fonte da informação, responsável pela produção das
mensagens a serem comunicadas ao receptor; transmissor, opera a mensagem
de alguma forma para produzir um sinal possível de ser transmitido através de um
canal; canal, meio utilizado para transmissão do sinal; receptor, efetua a operação
inversa do transmissor, reconstruindo a mensagem a partir do sinal; destino; é a
pessoa (ou coisa) para a qual a mensagem é dirigida30.
As organizações, como os condomínios, despende uma grande
percentagem do dia de trabalho em alguma forma de comunicação com os outros.
Esta se acha ligado de perto às funções gerenciais de planejar, organizar,
preencher os quadros, dirigir e avaliar. A comunicação descendente consiste em
políticas, regras, procedimentos e coisas parecidas, que fluem da administração
do condomínio para os níveis mais baixos. A comunicação ascendente consiste
30 Schmidt e Santos (2006)
Fonte de informação
Transmissor
Canal Receptor Destino
Fonte de ruído
Sinal Sinal recebido
30
no fluxo de relatórios de desempenho e outras informações dos níveis mais
baixos para os mais altos. A comunicação lateral ou horizontal é essencialmente
coordenadora e ocorre entre os indivíduos ou departamentos no mesmo nível. A
comunicação diagonal cruza a cadeia de comando da administração,
principalmente em resultado dos relacionamentos de linha e assessoria 31.
2-2- dado x informação
Sistema de informação é a combinação de um conjunto de dados sobre os
quais se aplica determinada rotina de trabalho, manual e/ou com a utilização dos
recursos computacionais, para a obtenção de informação de sídas. Parte dos
dados entra no sistema de forma articulada; eles encontram-se com outros
conjuntos de dados e/ou tabelas mantidos em arquivos, gerando informações,
que podem ser: demonstrações contábeis, relatórios administrativos e gerenciais,
listagens, gráficos de atividades, mapas, demonstrativos de desempenho,
análises comparativas etc.32.
Segundo Oliveira (1998), O que distingue dado de informação é o
conhecimento que esta última propicia ao tomador de decisões. Para melhor
entendimento do significado de Sistema de informações Gerenciais, apresentam-
se os seguintes conceitos: dado, é qualquer elemento identificado em sua forma
bruta, que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou
situação. Pode ser entendido como a “matéria-prima” que necessita ser
trabalhada dentro de determinando contexto para, de forma sistêmica e ordenada,
transformar-se no “produto acabado”, representado pela informação; informação,
trata-se do “produto acabado” em decorrência da “lapidação” dos dados
disponíveis, pronto para ser consumido pelos gestores da corporação, de forma
útil e capaz de proporcionar o retorno necessário à realização dos objetivos
estabelecidos.
2-3- Informação
A teoria da informação, ou teoria matemática da comunicação,
denominação dada por Shannon (1949), foi formulada como uma teoria visando à 31 Megginson (1986) 32 Oliveira (1998)
31
solução de problemas de otimização do custo na transmissão de sinais. Esta
teoria se concentra na medição da informação, ou seja, trata do estudo
quantitativo da informação em mensagens e do fluxo de informação entre
emissores e receptores.
Segundo Littlejohn (1982), a teoria da informação desenvolveu-se em três
áreas distintas de interesse. “A primeira dessas áreas, ou nível técnico, preocupa-
se com a exatidão de transmissão da informação. O nível semântico trata dos
significados da informação para a fonte e o receptor. Finalmente, o nível de
eficiência da informação sobre o receptor”.
A teoria da informação procura definir com precisão o que seja informação.
Para definir informação, é preciso entender primeiramente o que seja entropia.
Entropia significa a ausência de organização em uma situação, ou seja, quando
existe entropia a situação é imprevisível. Informação é segundo Littlejohn (1982),
é uma medida de incerteza ou entropia numa situação. Quanto maior for a
incerteza na situação, maior será a informação. Em termos quantitativos, pode-se
definir informação como sendo uma função do número de mensagens
necessárias para reduzir completamente a incerteza na situação.
Sendo assim os gestores de condomínios deve dar uma grande
importância a comunicação dentro da organização, pois o condomínio possui
grande quantidade de regras e normas, que se não divulgadas, não surtirão o
efeito desejado dentro de sua estrutura. Da mesma forma é o trato das
informações contábeis e financeiras devem estar organizadas de tal forma que
possa servir de parâmetro para as tomadas de decisões.
Quando não existe a qualidade na informação, o ambiente se transforma
em um ambiente de incertezas.
2-4- A qualidade da Informação
Um ruído pode ser definido como “todo fenômeno que é produzido numa
comunicação e não pertence à mensagem intencionalmente emitida” (Epstein,
1986). Um ruído pode estar presente em qualquer tipo de comunicação, tanto na
visual, quanto escrita, sonora etc.
32
A origem do ruído pode ser em função de defeito no canal ou fontes
externas. Ele causar desconforto e incerteza na recepção da informação, o ruído
é responsável, portanto, pela alteração da recepção fiel da mensagem.
Umas das formas de proteger a informações de ruídos externos e internos
é a redundância que é “um fator capaz de proteger a mensagem contra o ruído,
embora onerando a transmissão, uma vez que emprega um número maior de
sinais do que o estritamente necessário” (Epstein, 1986).
Faz necessário que o uso de redundâncias seja suficiente para compensar
o montante de ruído presente na transmissão. Caso existam redundâncias em
excesso, a transmissão será ineficaz, em função do alto custo de transmissão. Se
for insuficiente, a transmissão será inexata.
2-5- A importância da Informação
Segundo Littlejohn (1982), existem quatro tipos de generalizações que
ajudam a entender o papel da informação na comunicação. A primeira é a de que
a informação surge no processo de realização de escolhas, ou seja, a informação
é uma medida de liberdade de escolha, Quando aumenta o número de
alternativas numa situação, a informação também aumenta. A informação ou
liberdade de escolha aumenta igualmente com a falta de previsibilidade dos
resultados. A segunda generalização é de que a informação deve ser transmitida.
A incerteza de uma mensagem, que consiste em símbolos padronizados, e
transmitidos através de um canal para um receptor. Como qualquer situação, uma
mensagem possui um grau de incerteza ou informação. A terceira generalização é
de que a informação reduz a incerteza. A última generalização altera o estado do
organismo. As mensagens têm impacto sobre o receptor.
Sendo assim as informações dentro de uma organização, são de extrema
importância, pois é, por intermédio delas que as alternativas serão apresentadas
e as escolhas serão feitas gerando assim transformações boas ou ruins. De fato o
que vai determinar se os impactos serão bons ou ruins, será a qualidade da
informação obtida.
33
2-6- Sistemas da informação
Segundo Laudon (1999), um sistema de informação pode ser interpretado
como um conjunto de componentes inter-relacionados que trabalham juntos a fim
de coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informação para que o
planejamento, o controle, a coordenação, a análise e processo decisório em
organizações sejam facilitados.
Para Dalfovo (2004) os sistemas de informação surgiram para manter o
executivo preparado, mantendo uma visão integrada de todas as áreas da
organização, tudo isso sem precisar gastar muito tempo nem requerer do mesmo
um conhecimento aprofundado de cada área.
Dalfovo (2004) acrescenta ser de extrema necessidade para as
organizações poder administrar as informações, devido à crescente demanda e
sofisticação na tecnologia da informação (software e hardware). Esses recursos
são atualmente de vital importância para a sobrevivência das empresas.
2-7- Sistemas da informação contábil
Dentro do campo contábil, a informação sempre representou o principal
elemento propulsor de seu desenvolvimento. Como aponta Perez (1994), “a
informação se transformou em um recurso igual ao trabalho e ao capital”.
Em matéria de informação contábil, cabe aos profissionais da área, como
defende Lesourd (1990), a busca da qualificação dos canais de comunicação,
como forma de melhor atender os usuários dos relatórios contábeis.
O processo de comunicação contábil deverá gerar informações que sejam
úteis para os vários usuários de uma entidade. De acordo com Barsantini (1982),
para que a informação contábil seja útil, deve reunir as seguintes características:
oportunidades, a informação deve satisfazer ás necessidades dos usuários
sempre que necessários; confiabilidade, a informação deve permitir que os
usuários possam utilizá-la em suas decisões. Para o usuário a informação deve
ser representativa e verificável; claridade, a informação deve ser a mais inteligível
34
possível; comparabilidade, a informação deve ser capaz de satisfazer às
necessidades dos usuários de fazer comparações; produtividade, a informação
deve levar em consideração a relação custo-benefício; oportunidade, a
informação deve ser emitida no momento em que tenha a maior capacidade
possível de influenciar o usuário na sua tomada de decisão.
O processo de comunicação contábil terá sucesso, de acordo com Madonik
(1995), no momento em que criar uma linguagem que seja capaz de convencer,
influenciar, motivar e controlar pessoas.
Segundo Oliveira (1998), o objetivo máximo a ser alcançado é produzir a
informação certa, para a pessoa certa no momento certo. Analisar a massa de
dados, formular diagnósticos os mais precisos e atualizados possíveis, estudar
alternativas e gerar relatórios compactos passa a ser, consequentemente, a
filosofia máxima da moderna controladora.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Figura 3.3 – fonte: Oliveira, Hernadez e Silva (1998)
Entrada de dados externos
Processamento dos dados
Utilização de dados do arquivo
SAÍDA DAS INFORMAÇÕES
Demonstrações contábeis
Relatórios gerenciais
Demonstrativos de desempenho
Mapas analíticos
Tabelas e quadros
Informações genéricas
35
2-7-1- Contabilidade do condomínio
Segundo Tabosa Filho (2011), o condomínio, pela sua natureza de ente
despersonificado, não se configura como pessoa jurídica para efeitos fiscais. Por
essa razão estão dispensados da apresentação dos livros fiscais e, por
conseguinte, da escrituração pelo regime de competência. O ideal é fazer as
escriturações das despesas e receitas de um condomínio pelo regime de caixa, já
que os valores realizados sempre estarão de acordo com os extratos bancários e
de contas caixas apresentados, não gerando dificuldade de apresentação e
facilitando a leitura das prestações de contas.
2-8- Tomada de decisão
Tomada de decisão é exigida de todos, tanto de indivíduos como de
administradores. Vejamos primeiramente como os indivíduos tomam decisões e
depois consideraremos a decisão gerencial. Depois nos concentraremos nas
decisões mais difíceis, não rotineiras, que os administradores têm de tomar.
Decisão individual, todos os dias as pessoas tomam numerosas decisões.
Todos temos de decidir se nos levantamentos, que roupas vestir, o que comer,
que caminho vamos fazer, em que lugar vamos estacionar o corro; e encaramos
numerosas decisões cotidianamente no empregado ou na escola. A maioria
destas decisões está na categoria de “rotina”. Isto é, não sugere uma em que há
muito mais coisa em jogo 33.
Decisão gerencial pode ser definida como a seleção consciente de um
curso de ação dentre as alternativas disponíveis para obter um resultado
desejado. Como tal, é um modo de vida para os administradores, e a qualidade
das decisões tomadas é um fator predominante na determinação de como a alta
administração considera o desempenho de um administrador de nível mais
baixo34.
33 Megginson (1986) 34 Megginson (1986)
36
2-8-1- Decisões programadas e não programadas
Um método geral de classificar as decisões é examinar se são
programadas ou não. A decisão programada é a rotina e repetitiva. Para facilitar a
tomada de decisão, o administrador cria uma maneira sistemática de tratar a
situação de decisão. Os exemplos de decisões programadas incluem as
seguintes: a decisão de um gerente de supermercado sobre quantos itens pedir
quanto o nível de estoque atinge um certo número; a decisão de uma
universidade sobre como processar o requerimento de um estudante que quer
deixar um curso ou acrescentar outro; o processo de um hospital para admitir
novos pacientes; a decisão de um departamento de manutenção sobre a
frequência com que fazer os serviços de manutenção em maquinaria e
equipamento e a ação disciplinar de um administrador quando um operário se
apresenta no trabalho em estado de embriaguez.
2-8-2- Estrutura Administrativa do condomínio
Segundo Tabosa Filho (2011), A administração do condomínio se
assemelha à administração de uma empresa. Porém, mesmo considerando pelo
“faturamento” que seria nos moldes de uma empresa de pequeno porte, individual
ou mesmo uma sociedade limitada, a administração condominial é um pouco mais
parecida com uma S/A., em face de lidar com um numero maior de condôminos
(sócios). Deve ser composta da Assembleia Geral, do síndico e conselho
Consultivo. Pode a convenção ou uma assembleia determinar a existência das
figuras do subsíndico, do conselho ou comissão fiscal, entre outras comissões
que entenda necessário aos condomínios. A administradora, assim como o
conselho consultivo, exerce funções de assessoria. O conselho Fiscal, quando
existente, desempenha função de fiscalização, como o próprio nome diz.
37
CONCLUSÃO
Neste trabalho, o objetivo principal foi apresentar a teorias disponíveis na
Teoria Geral da Administração (TGA), que apresentasse uma definição de
organização onde os condomínios mais se identificar-se, que apresentasse a
necessidade de controles nas organizações a fim de alcançar os seus objetivos, e
o porquê da necessidade da definição das crenças e valores, de sua missão, de
seu plano estratégico, politicas, procedimentos, regras e normas e a importância
da comunicação dentro da organização e implantação de um sistema de
informação eficiente onde trate os dados e os transforme em informações uteis
para gestão eficiente do condomínio.
Foi demonstrado que a tarefa básica da governança foi delegada pela
Assembleia Geral ao Conselho Fiscal do condomínio, o qual é garantir que os
recursos arrecadados sejam empregados de forma eficiente e eficaz na missão,
objetivos e metas da organização. Entretanto, como os que têm o dever e o poder
de governação não são os que dirigem e tomam decisões sobre os recursos, no
caso dos condomínios os síndicos, há uma inexorável necessidade de que haja,
internamente, um sistema de controles especialmente voltados para o controle
das custódias e do desempenho. Sem tal sistema não poderá haver uma
governação efetiva. A possibilidade da existência de uma governança empresarial
aplicada aos condomínios, levando em conta os custos e benefícios, deve ser
equacionada definitivamente como um problema de controles internos, além, é
claro, da disposição dos Conselhos para exercê-la.
O maior desafio para que os condomínios implante uma gestão calcada
nos princípios de controle interno, é o seu ambiente organizacional, pois se tratam
de uma organização onde os gestores e administradores são moradores e muitas
vezes causando grandes choques de interesses, a falta de interesse na
participação da gestão. Uma alternativa para a diminuição dos impactos destes
pontos, é a escolha de uma administradora capas de auxiliar a administração do
condomínio no controle das informações dentro do modelo de gestão escolhido
pela assembleia geral, apresentando as informações para o controle e
fiscalização do Conselho Fiscal e para a analise e verificação se os
administradores estão no caminho certo.
38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 - CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações / Idalberto Chiavenato – 7. Ed ver. E atual. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2003 – 8 reimpressão
2 – OLIVEIRA, Luís Martins de. Controladoria estratégica / Luís Martins de Oliveira, José Hernandez Perez Jr., Carlos Alberto dos Santos Silva. – 4. Ed. – 2. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008.
3 – SCHMIDT, Paulo. Fundamento de controladoria / Paulo Schmidt, José Luiz dos Santos. – São Paulo: Atlas, 2006. – (coleção resumos de contabilidade; v. 17)
4 – MEGGINSON, Leon. Administração: conceito e aplicações / Leon C. Megginson, Donaldo C. Mosley, Paul H. Pietri Jr. – University of South Alabama – tradução: Auriphebo Berrance Simões - Revisão técnica: Joel Camacho.
5 – SÁ, Antonio Lopes de 1972 – Dicionário de contabilidade / A. Lopes de Sá, Ana M. Lopes de Sá. 8. Ed – São Paulo: Atlas, 1990.
6 – TABOSA FILHO, Mário. Gestão de condomínio: direito ao assunto! / Mário Tabose Filho. – Brasília: SENAC DF, 2011.
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CONDOMÍNIO COMO UMA ORGANIZAÇÃO
1.1 – Definição 9
1.2 – Dos objetivos 10
CAPÍTULO II
CONTROLE DAS ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS
1.1 – Definição 15
1.2 – Os tipos de controles econômicos 16
1.3 – Controles como elementos de proteção das organizações 18
CAPÍTULO III
OS CONTROLES INTERNOS NOS CONDOMÍNIOS
40
1.1 – Escolhendo o modelo de gestão 21
1.2 – Planos estratégico 23
1.2.1 – Planos de uso único 24
1.2.2 – Planos permanentes 24
1.3 – Politicas 25
1.4 – Procedimentos 26
1.5 – Regras e regulamentos 27
2.1 – A importância da comunicação 28
2.2 – Dado x informação 30
2.3 – Informação 30
2.4 – A qualidade da informação 31
2.5 – A importância da informação 32
2.6 – Sistemas da informação 33
2.7 – Sistemas da informação contábil 33
2.7.1 – Contabilidade do condomínio 35
2.8 – Tomada de decisão 35
2.8.1 – Decisões programadas e não programadas 36
2.8.2 – Estrutura administrativa do condomínio 36
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38