UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · na frente do computador e o deixando um pouco...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI. Por: Erika Ribeiro Batista Orientador Prof. Marcelo Saldanha Niterói 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DO ASSISTENTE

SOCIAL NA EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI.

Por: Erika Ribeiro Batista

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Niterói

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DO ASSISTENTE

SOCIAL NA EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI.

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Recursos Humanos.

Por: Erika Ribeiro Batista

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu esposo pela compreensão de dias após dias sentada

na frente do computador e o deixando um pouco de lado. Mas ele sempre me

ajudando como podia até com serviços domésticos, preocupando-se com meu

bem estar físico e mental.

Agradeço as minhas amigas Darlene, Wanessa, Fabiani e Waldir pelas

inúmeras risadas e de nossos encontros para a realização de nossos

trabalhos.A Darlene me ajudou nas correções da monografia,já que tem horas

que nos lemos e relemos tantas vezes e não vemos um erro.

Agradeço ao orientador do tcc, Marcelo pela sua enorme paciência de

tantas leituras de nossas monografias e pela a sua orientação que nos ajudou

para que atingíssemos o nosso objetivo para a conclusão de nosso tanto

esperado trabalho.

Agradeço às pessoas que sempre me incentivaram e acreditaram em

mim.

Agradeço ao meu Senhor, que é a minha inspiração de todos os dias,

onde busco força e determinação para alcançar todos os meus objetivos.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu esposo, a minha mãe e

as minhas queridas amigas pelos

momentos divertidos e de muita

responsabilidade na construção de

nossos trabalhos.

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo identificar a inserção do assistente social

na empresa, a trajetória da assistência social no Brasil e o processo de

trabalho da assistente social na empresa, inclusive no setor de recursos

humanos. Assim foram utilizados para este trabalho autores como: Chiavenato,

Iamamoto, Sposati, Karsch entre outros. Também foi utilizado para tais

objetivos a entrevista com a assistente social da Águas de Niterói.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

CAPITULO I – O SERVIÇO SOCIAL

1.1-Breve histórico do Serviço Social 8

1.2-A inserção do assistente social nas empresas 11

1.3 A trajetória da Assistência no Brasil x benefícios 15

CAPÍTULO II- A EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI

2.1 O histórico da empresa AGUAS DE NITEROI 27

2.2- O setor de RH e seus desafios 32

Capítulo III - O SERVIÇO SOCIAL NA EMPRESA

3.1 A Especificidade da atuação do Assistente social nas empresas 35

Considerações Finais 37

Bibliografia 39

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INTRODUÇÃO

Esta produção tem por finalidade analisar o trabalho do assistente social

na águas de Niterói. O interesse de fazer este estudo surgiu a partir da pouca

inserção de assistentes sociais trabalhando em empresas no setor de

Recursos Humanos.

A pesquisa será feita em livros, na internet, visitas a empresa Águas de

Niterói (pesquisa exploratória).

O presente estudo esta estruturado em três capítulos. O primeiro

capítulo faz referência a história do serviço social, a inserção do assistente

social na empresa e a trajetória da assistência social no Brasil e sua relação

com os benefícios.

No segundo capitulo é abordada a história da empresa Águas de Niterói

e o setor de recursos humanos.

O terceiro capitulo analisa a atuação do assistente social nas empresas.

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CAPÍTULO I: O SERVIÇO SOCIAL

1.1-Breve histórico do Serviço Social

O que é o Serviço Social? Serviço Público ou privado na área da

Previdência, Assistência, Saúde, destinado a oferecer melhores condições

sociais a seus beneficiários. Segundo o site assistente social no link dúvidas

sobre a profissão.onde não possui nome de autor e número de página “É uma

profissão de nível superior e pode ser exercida somente por profissionais

diplomados em instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da

Educação (MEC) e devidamente registrados no Conselho Regional de Serviço

Social (CRESS).” Ao concluir o curso de Serviço Social é denominado de

assistente social.

Esta profissão originou-se nos anos de 1920 e 30 com a emergência e

institucionalização do trabalho, com influência européia e com ações dos

membros da Igreja Católica, baseada na caridade. Dá-se vinculado a igreja,

para a recuperação e a defesa de seus interesses em relação às classes

subalternas que estavam ameaçadas com as idéias comunistas. O Estado

utilizando de estratégia para apaziguamento de conflitos irá utilizar o assistente

social como mediador de políticas assistenciais e através desse enfrentamento

da questão social o seu foco passa a ser os operários. A questão social e suas

múltiplas expressões são os seus objetos de trabalho e sua origem, na

contradição existente em nossa sociedade capitalista. Sempre buscando

favorecer o capitalismo monopolista e o industrial com ações imediatistas e

acríticas. Segundo o site assistente social em sua pesquisa, sobre dúvidas da

profissão que contou com diversos alunos da pró-reitoria:

“A emergência da profissão encontra-se relacionada à

articulação dos poderes dominantes (burguesia

industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado

Varguista) à época, com o objetivo de controlar as

insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de

avanço do comunismo no país.”

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A partir de 1940, a profissão começa a se institucionalizar, pois as

ações que eram dispersas e sem solução de continuidade a parcela pobre e

insignificante da população rompem com o tradicionalismo europeu e das

damas de caridade e passa a ser direcionadas para os grandes segmentos do

proletariado. Segundo Iamamoto e Carvalho (1998:310): “... o Serviço Social

deixa de ser uma forma de distribuição controlada da exígua caridade

particular das classes dominantes, para constituir-se numas das engrenagens

de execução das políticas sociais do Estado e corporações empresariais”

Sendo assim, passa a ser marcado pelo tecnicismo, com a idéia do

ajustamento e de ajuda psico-social, forte influência da sociologia. O trabalho

dos assistentes sociais inovou as práticas de desenvolvimento de comunidade,

onde também utilizava das abordagens grupais e individuais, estando presente

o estudo de caso. A técnica era autônoma e estava voltada a si mesma .

Na década de 60 surge a crise ideológica, política e de eficácia da

profissão questionando a burocratização do serviço social, seu caráter

importado e sua ligação com as classes dominantes. Apontava para três

projetos: um que se propunha a manter o conservadorismo tradicional, outro a

modernização conservadora e o outro com a ruptura do conservadorismo,

sendo como marco, o movimento de Reconceituação. Com a mesma, o

Serviço social separa-se definitivamente da igreja Católica e busca a ruptura

com o conservadorismo e se aproxima do Marxismo direto pelas leituras de

Marx. Incorpora – se aos setores subalternizados da sociedade e obtêm a

junção com as ciências sociais e se aproxima dos movimentos de esquerda,

inclusive ao sindicalismo.

Na década de 70 segundo Miranda e Cavalcanti (2005:8) ocorre “a

discussão sobre um método único de intervenção com

diagnóstico/tratamento/avaliação que reatualiza o projeto profissional

conservador, visão liberal da intervenção social embasada no esforço

individual” sendo a liberdade subjetivada.

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Nos anos 80, inicia-se o debate da ética do serviço social, que busca romper

com a neutralidade e o tradicionalismo, na ética neotomista e no humanismo

cristão. O novo Código de ética é aprovado em 1986, faz com que as pessoas

denunciem inclusive usuários. No âmbito da formação profissional, busca-se a

ultrapassagem do tradicionalismo teórico-metodológico e ético-político, com a

revisão curricular de 1982. Segundo o site assistente social que cita (cf.

Barroco, 2001 e Forti, 2005). “O Serviço Social já teve diversos Códigos de

Ética (1947, 1965, 1975 e 1993) que expressam os diferentes momentos

vivenciados pela profissão”.

Nos anos 90, verifica-se no Serviço Social os efeitos do neoliberalismo, da

flexibilização da economia e da reestruturação do trabalho, da minimalização

do Estado e da retração dos direitos sociais. Os profissionais discutem a sua

instrumentalidade na trajetória profissional, cria novos instrumentos para

mediação no alcance de finalidades e não mais sem objetivos, a técnica pela

técnica, com a direção do uso de um instrumental técnico-operativo e a

necessidade de contínua capacitação.

Nos ano de 2000 ocorre a proliferação de entidades de ensino superior

privados de baixa qualidade, inúmeros a distância que miniminiza a

mobilização em torno de projetos coletivos, o que gera novos desafios para a

consolidação de direitos da população usuária atendida pelos assistentes

sociais.

O Serviço Social é contra a barbárie capitalista, contra a desigualdade

social, que no Brasil é muito visível, onde a menor parte da sociedade, sendo

de 10% mais ricos que detêm 44,7% da riqueza do país e defende os

movimentos sociais organizados em defesa da classe trabalhadora. Os órgãos

de defesa da classe são: Conselho Regional do Serviço Social (CRESS),

Conselho Federal do Serviço Social, além de possuir um código que

regulamenta a profissão.

11

1.2-A inserção do assistente social nas empresas

Como surgimento das primeiras unidades industriais é nítida a

presença de religiosos: nas fábricas, nas vilas operárias e no plano sindical.

Nas fábricas realizavam missas para os operários e em algumas possuíam

capelas, onde eram obrigados as assistirem diariamente. Nas vilas operárias,

conjunto de casas de aluguel construídas por industriais ou empresários para

abrigar famílias de trabalhadores, dando o mínimo de bem-estar e também de

controlá-los. Muitos eram imigrantes anarquistas. Nesta, a presença era

constante de religiosos e no plano sindical desenvolviam iniciativas

assistencialistas visando contrapor o anarco-sindicalismo que segundo a

Wikipédia acreditavam que os sindicatos podem ser utilizados como

instrumentos para mudar a sociedade, substituindo o Capitalismo e o Estado

por uma nova sociedade democraticamente autogerida pelos trabalhadores. O

anarcossindicalismo foi a principal base de reinvidicação dos trabalhadores e

de greves como o exemplo da greve de 1917.

Ao término da Primeira Guerra Mundial em 1918, o Brasil inicia um

processo de inovação, diante do que estava acontecendo em outros países,

principalmente com o surgimento de uma nação socialista. Ocorreu em nosso

país a intensificação dos movimentos operários, em sua maior parte reprimida

à força. A burguesia que nasceu com a industrialização combate a situação

apresentada através do coronelismo e na política de café com leite. Entre os

anos de 1920 e 1929 com a queda da bolsa de Nova York, a indústria de

produção entra em crise na venda do café e na desvalorização da moeda.

Neste mesmo período ocorre o aumento das importações e o desaparecimento

dos pequenos industriais.

Com a entrada de Getúlio Vargas no poder dá-se ênfase aos problemas

sociais urbanos e a industrialização. Ocorre a criação dos Ministérios do

trabalho, da educação, do comércio e da indústria.

Com o aprofundamento do capitalismo, em especial ao final da Segunda

Guerra Mundial aumentam-se os mecanismos de controle social. O Estado

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assume o papel de zelar pelo disciplinamento e a reprodução da força de

trabalho ao atender as reinvidicações do proletariado que estão em defesa de

melhores salários, condições de vida, saúde, cultura, aposentadoria

provenientes de total carência em que se encontram, ao devolver em forma de

benefícios indiretos que são controlados diretamente ou indiretamente por ele

mesmo. Segundo Iamamoto e Carvalho (1998:306): ”as instituições

assistenciais atuam no sentido de recuperar e falsificar o conteúdo mais

profundo das lutas do proletariado por melhores condições de existência”.

Como pontua Vieira (2009:15) “O Serviço Social na empresa surge no

momento em que o desenvolvimento capitalista acirra os seus conflitos

ocasionando o aparecimento do que se chama de Questão Social”. A questão

social é o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista

Iamamoto (1999)

O Serviço Social de empresa se evidencia, a partir do desenvolvimento

industrial com exatidão nos anos do dito “milagre econômico”, mas não apenas

pelo crescimento industrial, mas pela situação sócio-político em que se

instaura. O assistente social foi inserido de forma que vigiasse e controlasse a

força de trabalho nas organizações. Sendo um mediador entre o empregado e

a empresa e propiciando o aumento da produtividade dos trabalhadores,

reduzindo o absenteísmo, viabilizando os benefícios sociais, atuando nas

relações humanas no ambiente de trabalho, cumprindo o seu papel de eliminar

as tensões sociais.

O Serviço Social como profissão na empresa surgiu mais tardiamente do

que em outros setores e segundo Karsch (2008), o fazer do assistente social

em uma empresa multinacional que iniciou-se em 1960, buscou seguir o

modelo do serviço Social na Indústria(SESI) que buscava valorizar o homem e

incentivava à atividade produtora.Em sua atuação prestava serviços como

doações,vales empréstimos,encaminhamentos para serviços de saúde.A

preocupação dos empresários era com a liberação do regime político e pelo

crescimento do movimento operário .Por isso seguiam o modelo proposto pelo

Sesi e depois de 1964, a própria empresa passou a assumir a reestruturação

13

do processo produtivo.As técnicas utilizadas para o atendimento individual era

o Serviço Social de Caso e de visitas domiciliares, as quais orientadas para

cuidar das dificuldades apresentadas na vida do trabalhador.

Em 1966, foi criada fundações que visem atividades de prestação de

benefícios, recreação, cultura, visando o bem estar comum, sustentada por

contribuições mensais. A profissão, buscando a sua modernização no fim dos

anos 60 passa a transferir para outros órgãos medidas de cunho imediatista e

assistencial, que não precisam de competência técnica. O atendimento

individual passa a ser orientado para as relações de trabalho e os casos

passam a ser direcionados para questões como acidente de trabalho,

adaptação ou readaptação do trabalhador, orientação como aposentadoria,

antecipação de 13º salário, inscrição da casa própria, casos como afastamento

de trabalhadores de suas funções como doença, reclusão, licenças passam a

ser preocupantes para a empresa. Uma de suas outras atribuições é a

elaboração do manual dos empregados, plano de treinamento

introdutivo,manual do supervisor ,a divulgação dos serviços da fundação.

O custo do Serviço Social é o custo de produção, sendo um custo

imensurável. Em princípio, serve a sociedade, mas na realidade serve ao

processo produtivo. È possível definir metas, objetivos, mas não tem como

isola-lo de outras atividades e nem isola-la em si. São muitas as atividades do

Serviço Social na empresa. Desde o sistema de comunicação interna, as

prioridades financeiras, o avanço tecnológico.

“A subordinação dos objetivos dos departamentos de

serviço aos objetivos dos departamentos de linha

modifica as suas finalidades. Portanto, o critério de

avaliação dos serviços é a validade de suas ações para

o produto final da organização. Daí, as prioridades

técnicas do Serviço Social raramente correspondem às

prioridades da organização. (Karsch, 2008:47”)

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O Serviço Social é útil ao capital e as lei do mercado de trocas, desde

que produza a mais-valia. O departamento do Serviço Social foi muito

importante, para o crescimento da economia e da empresa. O regime político

impedia os trabalhadores de organizar-se enquanto classe.

O mundo trabalhista passou a ser compreendida entre esfera pública e

privada. De um lado ocorre em relação ao trabalho social o desaparecimento

do setor privado e de outro lado, o não crédito do governo para a resolução

dos problemas sociais. ”Os objetivos explícitos do Serviço Social na instituição

são o estudo da realidade social do cliente e o tratamento dos problemas

psicossociais que possam ter interferência no processo de reabilitação social.”

(Karsch, 2008:60). Tendo como responsabilidade a síntese e conclusão de

diagnósticos, a visão total e contínua da clientela. Abordando as atitudes e

reações frente à deficiência física e do programa da instituição. Adotando

medidas terapêuticas, provocando atitudes e solução de problemas. Sendo o

único técnico que acompanha todo o processo de algum caso, registrando no

prontuário o andamento do tratamento, as atitudes e reações, dificuldades,

limitações.

15

1.3- A Trajetória da Assistência no Brasil versus benefício

A assistência social no Brasil, em sua trajetória histórica, indica que no

período de 1920, a questão social era tratada como caso de polícia, com

pouca assistência e com muita repressão. Neste período ocorreu o nascimento

da classe operária, pela crescente industrialização. As fábricas necessitavam

de mão- de- obra (trabalho vivo) para o manejo e manutenção das máquinas

(trabalho morto). O contexto social da classe operária estava muito insalubre,

possuía até mão- de –obra infantil, mais barata e útil para o processamento

das máquinas. Eles trabalhavam até 16 horas e muitas vezes com água até a

cintura, não possuíam nenhum tipo de proteção social e, no campo, os

coronéis usavam da força com os camponeses.

A assistência social era prestada nas entidades beneficentes. Neste

período, ocorreram inúmeros movimentos sociais - um deles parou São Paulo

em 1919; os trabalhadores reivindicavam as leis de acidente de trabalho,

diminuição da jornada de trabalho. A classe dominante, para o apaziguamento

da luta, resolve recuar para apaziguar o alvoroço, mesmo descumprindo logo

após o que havia prometido. Com a entrada de Getúlio Vargas no poder, em

1930, não poderia colocar em prática o ideal revolucionário: éramos um país

agrícola e exportador. Então substituiu a luta de classes pela colaboração entre

as classes. Getúlio era o presidente considerado pai dos pobres, que criou a

carteira de trabalho, férias, décimo terceiro, a dita “cidadania regulada”

(Dahmer apud Santos, 1987:02).

A assistência era por mérito, como as Caixas de Aposentadorias e

Pensões (CAPs), embrião de nossa Previdência Social, hoje, para os

ferroviários, marítimos e portuários. Depois vieram os Institutos de

Aposentadorias e Pensões (IAPs), tudo sazonalmente e destinado a

determinadas categorias. Com o final da Segunda Guerra Mundial e os países

totalmente destruídos, principalmente na Europa, houve a necessidade de sua

reconstrução e necessitava de mão de obra em todos os países do globo. O

crescimento da pobreza e da classe trabalhadora gerou a necessidade da

construção de políticas sociais efetivas, como o Welfare State (Bem- estar –

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Social), o que fez com que o Estado passasse a ter responsabilidade de cunho

social, regulamentando as leis trabalhistas.

As políticas sociais dependem do contexto social, político e econômico

vivido pelos seus distintos Estados Nacionais. A classificação das Políticas

sociais são caracterizadas das seguintes formas: liberal ou residual. O Estado

intervêm quando a sociedade civil organizada não consegue atendimento da

expressão social. Meritocrático ou particularista (Brasil, política de cunho

assistencial para os pobres). Institucional e redistributivo (parte fundamental da

sociedade, a solidariedade entre as classes sociais como a Suécia, Suíça).

Outro período marcante no Brasil foi a ditadura Militar, Estado

autoritário, período que as políticas sociais mais cresceram, por mais que

tenha sido burocrática ocorreu a centralização das decisões, ampla corrupção

do País e o Estado estende as políticas sociais em diversos atendimentos.

Sposati (2005), na menina Loas diz que nos anos 70, a corrente do

neoliberalismo, iniciada em Margareth Tatcher foi desfazendo as conquistas

sociais, esta corrente chega ao Brasil através de Collor. Neste período vê-se a

modernização do país e a expansão dos direitos sociais, mas a contenção dos

direitos civis e políticos, ainda segundo a dita cidadania regulada.

Em 1970 ocorre a criação do PIS/PASEP/FGTS. Em 1974, com a

assistência social Federal foi criado o Ministério da Previdência e Assistência

Social, antes apenas existia o Ministério do Trabalho e Previdência. Neste

período o Serviço Social passa pelo Movimento de Reconceituação, onde se

reuniram em encontros como de Araxá, Teresópolis que tentam conciliar-se

com o nacional-desenvolvimentismo.

“A chamada “via de modernização” profissional vai

conflitar com os então emergentes movimentos sociais

que tencionam e vinculam as democracias sociais e

políticas para o retorno ao Estado de Direito no Brasil e

na América Latina. A velha ideologia do Serviço Social

era posta em questão e a defesa de uma sociedade justa,

igualitária com decisão popular era fundamental. O lema

17

era: de costas para o Estado e de frente e mão dadas

com a população”. (Sposati, 2005:27)

Em 1979, segundo Yasbec (2003) e Sposati (2005) a reabertura política

é um período essencial para a construção das políticas sociais brasileiras. A

novidade que surge é a emergência dos novos movimentos sociais, surgindo

em um novo contexto e se importando com as questões brasileiras, como o

exemplo dos movimentos das mulheres, das crianças e adolescentes de rua,

negros. Em 1988, a Constituição cidadã centra a seguridade brasileira na

tríade: saúde, previdência e assistência. A assistência social passa a ser direito

do cidadão e dever do Estado, não contributiva e que prevê os mínimos

sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa

pública e da sociedade civil para garantir o atendimento às necessidades

básicas. Lembrando que com o Neoliberalismo (Estado mínimo para o social e

máximo para o capital), as políticas sociais no Brasil, previam o mínimo

possível à população brasileira, mas não conseguiu atingir completamente

devido aos movimentos contrários.

Em 1990, Fernando Collor de Melo impede a aprovação da Lei Orgânica

da Assistência Social e só vigora em 1993. SPOSATI (2005), diz que a Loas

tem a ver com o trabalhador informal, apartado, excluído. Os economistas

apenas a aceitam como foco de ação compensatória e focalizada. Segundo

DEMO (2002) a assistência social tem a função primordial em garantir o direito

a sobrevivência e a forma de combate a pobreza através da LOAS, uma

estratégia da direita principalmente em vista do orçamento. Mas para enfrentar

a exclusão é preciso muito mais do que sobreviver. É a tentativa de inserir em

nosso país o Estado de Bem estar social. Segundo DEMO (2002) tem como

resultado, uma caricatura, já que toda imitação tende a ser a mesma, e diz que

uma expressão popular bem compatível a LOAS é “está brincando!”.

“A primeira ignorância é aceitar que o Welfare State teria

mudado a essência do capitalismo, quando na prática, não

foi mais que périplo localizado, quase encenação ad hoc,

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com vistas a ofuscar a trama excludente do fundo. A

segunda ignorância é aceitar que o Welfare State teria

inventado um Estado essencialmente diferente, agora

amigo dos pobres. Sem negar os notáveis avanços na

configuração do Estado, sobretudo com base nos direitos

humanos e em processos de democratização mais efetivos,

trata-se, de todos os modos de Estado Liberal... Fixa-se em

cidadania tipicamente seletiva, elitista, porque mediada

pela iniciativa privada dos meios de produção. (Demo,

2002:72-73)”.

A LOAS é bem parecida com a Legião Brasileira de Assistência (caráter

populista, visando uma proposta mais próxima ao Serviço Social) iniciada em

1942 e extinta em 1995. Legião dava a idéia de luta em campo. Tudo se iniciou

com a segunda guerra mundial, enquanto os soldados combatiam o nazi-

fascismo, as mulheres ficaram responsáveis para mandar mensagens que

apoiassem os soldados, assim os incentivando na batalha. Com o fim da

guerra, ficaram incumbidas de assistir as crianças e as suas mães

necessitadas, tornando-se, após uma sociedade civil sem fins lucrativos,

destinada a assistir as famílias como ação caritativa e não no âmbito do direito.

“Do apóio às famílias dos pracinhas, ela vai estender sua

ação às famílias da grande massa não previdenciária.

Passa atender as famílias quando da ocorrência de

calamidades, trazendo o vínculo emergencial à

assistência social. (Sposati, 2005:20)”

A LBA, com o governo de Fernando Collor de Mello, foi totalmente

escandalizada e muitos dos seus trabalhadores mandados embora pela sua

falência e se reuniram em Associação Nacional dos Servidores da LBA:

ASSELBAS e ANASSELBAS e irão lutar pela conquista da Lei Orgânica da

19

Assistência Social (LOAS) e pelo Sistema Único da Assistência Social (SUAS-

2005).

No ano de 1985 a assistência social é particularizada como política

pública e o seu usuário como sujeito detentor de direitos e ocorre a ruptura da

assistência como caritativa, benevolência, tutelar, como antes se denominava.

Isto, graças ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República.

Também neste ano, com o presidente José Sarney, é Constituído o Ministério

de Ação Social, formado pela FUNABEM1, Projeto Rondom2 e pela FLBA3.

Em 1988, a Assistência Social entra no tripé da Seguridade Social como

dito nos artigo 203 e 204 da Constituição de 88: a assistência social será

prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à

seguridade social e tem por objetivos:

1 Segundo a fundação para a infância e adolescência, a Lei Federal 4.513 de 01/12/1964 criou a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor - FUNABEM - em substituição ao Serviço de Assistência ao Menor - SAM. À FUNABEM competia formular e implantar a Política Nacional do Bem-Estar do Menor em todo o território nacional. A partir daí, criaram-se as Fundações Estaduais do Bem-Estar do Menor, com responsabilidade de observarem a política estabelecida e de executarem, nos Estados, as ações pertinentes a essa política. A Lei Estadual 1.534 de 27/11/1967 autorizou o Poder Executivo a instituir a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor - FEBEM, vinculada à Secretaria de Estado e Serviço Social, destinada a prestar assistência ao menor, na faixa etária entre zero e 18 anos de idade, no Estado da Guanabara. A FEBEM passou a ter, então, por finalidade: "formular e implantar programas de atendimento a menores em situação irregular, prevenindo-lhes a marginalização e oferecendo-lhes oportunidades de promoção social." Na mesma época foi criada, também, a Fundação Fluminense do Bem-Estar do Menor - FLUBEM, cuja área de abrangência era o antigo Estado do Rio de Janeiro. 2 Segundo o site defesa do governo do projeto Rondon, a idéia de levar a juventude universitária a conhecer a realidade deste país continental, multicultural e multirracial e, especialmente, de proporcionar aos estudantes universitários a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento social e econômico do País surgiu em 1966, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, durante a realização de um trabalho de sociologia intitulado O Militar e a Sociedade Brasileira. O sonho esboçado nos bancos escolares iria se concretizar no ano seguinte, no dia 11 de julho de 1967, quando trinta estudantes e dois professores, entusiasmados com a nova idéia, partiram do Rio de Janeiro para o Território de Rondônia, a bordo de uma aeronave C-47 cedida pelo então Ministério do Interior. Era a Operação Zero, como ficou conhecida a primeira operação do Projeto Rondon, que tinha por objetivo levar os estudantes a tomar contato com o interior da Amazônia, sentir o Brasil e trabalhar em benefício das comunidades carentes daquela região. A equipe permaneceu na área por 28 dias, realizando trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência médica. No retorno, sucesso total, manchetes nos jornais e entrevistas dos participantes que voltaram com o slogan INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR. Os universitários sugeriram, também, um nome para a iniciativa Projeto Rondon inspirados no trabalho do grande militar e humanista, o Marechal Candido Mariano da Silva Rondon

3 É a mesma coisa que LBA

20

• A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à

velhice;

• O amparo às crianças e adolescentes carentes;

• A promoção da integração ao mercado de trabalho;

• A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência

e a promoção de sua integração à vida comunitária;

• A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa

portador de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir

meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua

família, conforme dispuser em lei.

Art.204-As ações governamentais na área da assistência social serão

realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no

art.195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes

diretrizes:

• Descentralização político – administrativa, cabendo a coordenação

e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e

municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência

social;

• Participação da população, por meio de organizações

representativas, na formulação das políticas e no controle das

ações em todos os níveis.

• Tendo neste período pós-Constituição luta pela eleição direta para

presidente da República, à última eleição foi em 1961. Com o novo

presidente eleito, Collor de Melo aprova-se leis como:

• 1989-lei 7.853, da pessoa portadora de deficiência.

• 1990-lei 8080. Lei Orgânica da Saúde e lei 8069, Estatuto da

criança e do adolescente;

• 2003-lei 8842 - Estatuto do idoso

• 2005-lei 8142 - Sistema Único de Saúde

21

Com o novo presidente, todos os movimentos passam a ser planejados

dentro de seus respectivos órgãos dentro da assistência social como o

Conselho Nacional de Assistência Social e Conselho Federal de Assistência

Social, hoje Conselho Regional do Serviço Social e Conselho Federal do

Serviço Social. Um grande avanço ocorreu em sete de Dezembro de 2003,

quando a LOAS passa a ser sancionada pelo presidente Itamar Franco, graças

à articulação nacional dos movimentos. Tendo como protagonistas os

trabalhadores da área da assistência e organizações da sociedade civil.

Apenas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, é criado o Ministério

da Assistência Social, local próprio para o desenvolvimento da LOAS e esta

veio regulamentar a assistência social de acordo com os princípios fixados na

Constituição, definindo uma estrutura( Fundos Públicos para o financiamento

das ações, Conselhos Municipais, do Distrito Federal, Estaduais e Nacional e

os Planos de Assistência social, elaborados pelas três esferas do governo:

Municipal, Estadual e Nacional) descentralizada e democrática para a Política

Nacional de Assistência social.

“Na IV Conferência Nacional de Assistência Social, em

2003, deliberou a construção e implementação do SUAS

que representará a consolidação dessa estrutura

descentralizada, participativa e democrática e a

constituição de uma rede de serviços , com eficácia nas

suas ações específicas e nas ações em que se relacione

com as demais políticas públicas setoriais. (SUAS,

2005:06”

Apenas em 2004 o SUAS foi aprovado e passa a atender com a

proteção social básica, tendo como base de ação o Centro de Referência da

Assistência Social como unidade pública estatal, que trabalha com as famílias

e indivíduos visando a informação e o fortalecimento do vínculo entre as

famílias. A proteção social especial visa o atendimento a famílias e indivíduos

com risco de abandono, maus tratos abuso sexual, cumprimento de medidas

22

sócio-educativas, trabalho infantil sendo dividido em media (os vínculos

familiares não foram rompidos) e alta complexidade (vínculos familiares

rompidos).

Em relação às políticas públicas, “a cidadania realça a educação básica,

porque está mais próxima que outras de processos formativos baseados no

desenvolvimento de sujeitos críticos e autocríticos e aptos a intervir em seus

destinos” (DEMO, 2002:75). Deve-se combater a pobreza desfazendo a massa

de manobra e vendo a população como cidadãos e não apenas como

beneficiários. Isto faz com que tenham o poder de decisão.

A assistência pública é destinada para os pobres, da mesma forma que

a educação pública é destinada para a população excluída, o dito resto da

sociedade. Quando foi inventada uma melhor qualidade da escola pública

como é o caso das Universidades Públicas, quem está sendo contemplado

com as vagas em sua maior parte é a classe mais privilegiada, a dominante.

Uma relação importante entre educação e assistência é a bolsa escola. O dito

valor mensal recebido pelo governo deveria ser um complemento de renda

familiar, mas não, infelizmente vem como parte fundamental para o sustento

de tantas famílias. Vê-se como prioridade a assistência, em vez da prioridade à

educação. O pobre deve ser um educador, não apenas um receptor. As

Instituições estão acostumadas a dar as coisas, com o enfoque na caridade.

Os benefícios são vantagens concedidas, como pagamento adicional

para os funcionários de uma empresa. O dicionário Aurélio diz que se refere a

um melhoramento, benfeitoria. Conforme Chiavenato (2008:340):

“Os benefícios sociais são as facilidades, conveniências,

vantagens e serviços sociais que as empresas oferecem

a seus empregados, no sentido de poupar_lhes esforços

e preocupações. Constitui a chamada remuneração

indireta concedida a todos os empregados, como uma

condição de emprego, independente do cargo ocupado,

em conjunto com a chamada remuneração direta que é o

23

salário específico para o cargo ocupado, em função da

avaliação do cargo ou do desempenho do ocupante”.

A sua origem deu-se ao paternalismo das empresas, embora o primeiro

relato de participação de lucros tenha ocorrido nos Estados Unidos nas

vidrarias de Pensilvânia em 1794, o que impulsionou a concessão dos

benefícios foi durante a Segunda Guerra Mundial, com a falta de recursos para

os trabalhadores. O salário era controlado pelo governo Federal, então os

empregadores e os sindicatos criaram formas de atrair e reter os

trabalhadores. Os sindicatos tiveram grande importância nos programas de

benefícios nas décadas de 60 e 70, queriam ampliar novas formas. Os

empregadores começaram a oferecer vantagens para os seus funcionários que

não eram controladas pelo governo. Umas das vantagens seria a assistência

odontológica, seguro de automóvel. Uma das grandes vantagens é por ser

isento de impostos para quem recebe e para quem oferece podem ser

dedutíveis.

No Governo de Getúlio Vargas foi instituída a aprovação das legislações

trabalhistas, onde em sua representação, a carteira de trabalho, os brasileiros

podem ter os seus direitos garantidos por lei, além de vários benefícios. Vale

ressaltar que o décimo terceiro salário foi aprovado em 1962 e em 1966 o

FGTS (Fundo de Garantia por tempo de Serviço). Tipos de benefícios sociais:

Legais (exigidos pela legislação do Brasil) ou espontâneos (concedidos pela

vontade da empresa, não são exigidos por lei). Os legais são as férias, 13º

salário, aposentadoria, auxílio doença, salário família, salário maternidade,

seguro acidente de trabalho... Os espontâneos são transporte subsidiado,

seguro de vida em grupo, empréstimos de funcionários, complementação de

aposentadoria, cantina na empresa, sala de ginástica, vaga no

estacionamento, descontos nos produtos da empresa. Quando são monetários

são pagos em dinheiro e gerando encargos sociais, os não monetários são

oferecidos em forma de serviços, vantagens. Os seus objetivos são os

assistenciais (prover ao funcionário e a sua família condições de segurança e

previdência: serviço social, assistência odontológica, médico-hospitalar,

24

financeira, seguro de vida, creche para filhos dos funcionários), os recreativos

(oferecer melhores condições físicas e psicológicas de repouso: clube, áreas

de lazer, passeios), supletivos (proporcionam facilidades e melhorias de

qualidade de vida: transporte, restaurante no local de trabalho, agência

bancária no local de trabalho).

Os objetivos individuais atende as necessidades individuais dos seus

funcionários proporcionando uma melhor qualidade de vida. Os objetivos

econômicos funcionam como excelentes atrativos e de retenção as pessoas.

Os objetivos sociais procuram preencher deficiências da previdência social, do

sistema educacional e de outros serviços feitos pelo governo.

Os cidadãos possuem direitos como saúde, educação, sendo de

responsabilidade do governo prover essas necessidades através de programas

assistenciais, mas acaba em muitas das vezes ficando essa dita

responsabilidade para as empresas privadas aos seus empregados. Verifica-se

que os benefícios são custos que ocupam quase quarenta por cento do total

das folhas de pagamento, são custosos e nem sempre satisfazem os

funcionários por não acompanharem as mudanças demográficas da mão-de-

obra.

Nas 50 maiores empresas segundo o Exame de Abril em 2000 citado

por Silva, Gerente de Recursos Humanos da Canbrás, sem número de página,

os benefícios encontrados nestas empresas ficaram da seguinte forma:

“100%em plano de saúde e seguro de vida em grupo,

68% bônus (participação nos lucros, ganho por

produtividade),52% bolsas de estudo, 26%planos de

ações e aposentadoria , 9 a 16% horário flexível;

ginástica; férias com salário adicional, plano de

empréstimos, integração empresa-familiar (clube, colônia

de férias, festas), plano odontológico e de saúde a

familiares, reembolso de medicamentos e

suporte na demissão, 8% suporte financeiro a casamento

e moradia, orientação a esposa e filhos, lazer e educação

25

aos familiares, universidade na empresa, licença não

remunerada.”

Os trabalhadores escolhem as empresas em que vão trabalhar

almejando no que receberão de benefícios em seu futuro local de trabalho. Os

benefícios possuem o seu lado ruim, na hora da aposentadoria, em que os

trabalhadores em sua remuneração não os recebem, fazendo grande falta aos

aposentados. Os benefícios se enquadram aos que possuem uma carteira de

trabalho. Leis trabalhistas que os assistem, enquanto a assistência se restringe

a população marginalizada que necessita dos recursos mínimos para a sua

sobrevivência. Enquanto o governo responsabiliza as empresas de ampararem

os seus trabalhadores, mesmo com o mínimo de direito, o Governo se abstém

de suas responsabilidades custeando menos do mínimo em que deveria

cumprir segundo as leis brasileiras como a nossa Constituição em seu Capítulo

II: Direitos Sociais em seu 6º artigo, os direitos “a educação, a saúde, o

trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a Previdência social, a proteção à

maternidade e a infância, a assistência aos desamparados” e neste capítulo

em seu 7º artigo se encontra as leis referidos aos ditos benefícios legais como

férias, licença a gestante, aviso prévio, adicional de remuneração, horas

trabalhadas, salário, seguro-desemprego, fundo de garantia... Sendo direito de

todos, porque precisa está empregado com carteira assinada, contribuindo

para o Instituto Nacional da Previdência Social. Quando realmente abrange a

todos os cidadãos, é de pior qualidade, que em muitas das vezes nem o

mínimo consegue de atingir. Se todos temos o direito a educação e ao trabalho

para que necessitaremos da assistência social( artigo 203), voltada apenas

para os que dela necessitarem,como a proteção à família, a maternidade,à

velhice,a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiências,com

a garantia de um salário mínimo de benefício mensal aos portadores de

deficiências e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a sua

manutenção.

A classe trabalhadora formal atualmente tem diminuído devido a

globalização, neoliberalismo, vemos outras formas de trabalho como os

26

contratos de trabalho, trabalhos informais, cooperativas, trabalhos

terceirizados... São cada vez mais escassos os ditos benefícios que de certo

deveriam estender-se a toda população, pois para usufruí-los temos que

conquistá-los. E para ter acesso a um salário mínimo da Loas, temos que está

simplesmente desprovidos de todos os nossos direitos.

27

Capítulo II: A EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI

2.1- O histórico da empresa Águas de Niterói

A empresa Águas de Niterói é privatizada e presta os serviços de

distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto em Niterói. Os seus

referidos serviços terão o prazo de 30 anos. A mesma é formada por um

consórcio de empresas nacionais de engenharia e construção que teve o seu

contrato assinado em 1997 com a prefeitura de Niterói. Segundo o site Águas

de Niterói “reúne cinco representantes da construção civil: Developer, Queiroz

Galvão, Carioca Engenharia, Cowan e Trana” e também é integrante do grupo

águas do Brasil que atuam em outros Municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Assumindo a sua responsabilidade em 1999, devido a disputa judicial com a

CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgoto). Esta se encontra atuante

em outros Municípios. O que ocasionou esse repasse foi o pouco investimento

da concessionária estadual nos bairros populares e de classe média na região

que não possuíam redes de água e esgoto e nem havia a perspectiva de

melhoria na qualidade nos serviços. Tinha como proposta, a expansão do

fornecimento regular de água a 90% da população incluindo todos os bairros

em no máximo em três anos, a coleta e o tratamento de esgotos á 60 % da

população no mesmo período e 90 % do mesmo em sete anos, além de outras

obrigações. O contrato foi estimado em R$ 1,65 bilhão, e ao longo da

concessão R$ 200 milhões, aproximadamente 60% deveria ser investido nos

três primeiros anos de sua vigência.

Ao longo de seus anos o seu balanço foi totalmente positivo em relação

ao desempenho operacional e de investimentos, superando a efetivação da

CEDAE em Niterói. Ultrapassou as metas de atendimento a distribuição de

água e de esgotos, apesar do atraso da finalização da obra da estação de

Tratamento de Esgoto em Toque-toque, que abrange o Centro de Niterói e

parte da zona Norte. Por conta própria ampliou a ETE em Icaraí (Boa Viagem,

Charitas, Cubango, Icaraí, Ingá, Santa Rosa, São Francisco e Vital Brasil,

término em 2003 e construiu a primeira estação de tratamento de esgotos de

nível terciário do Estado do Rio em Camboinhas em 2002. Contribuindo para a

28

despoluição da Baía de Guanabara e recuperação da qualidade da água da

lagoa de Itaipu e Piratininga. Em 2001/2002 a ETE Mocanguê (despoluição da

Baía de Guanabara) e em 2004 a ETE Itaipu que abrange Itaipu, Itacoatiara e

Engenho do Mato. Em 2005 ocorreu a implantação do esgotamento sanitário

em Jurujuba, em 2007 a ETE Barreto também ocorreu a distribuição dos

serviços de água e esgoto para os bairros populares e de classe média, além

da adoção de uma tarifa social para que os mesmos tenham acesso a tais

serviços.

Em relação aos problemas cita Vargas e Lima (p.83,2004)

“Quanto aos aspectos problemáticos da concessão,

cabe mencionar o déficit de regulação e transparência

que deixa dúvidas sobre aspectos importantes do

contrato, como a fórmula que estabelece o equilíbrio

econômico-financeiro deste e a margem de lucro da

concessionária, além do preço pago à CEDAE pela

compra de água por atacado, cujo valor, supostamente

subsidiado, está sendo questionado na justiça pela

companhia estadual.”

A estação de Toque-Toque inaugurada em 2004 possui o modelo

vertical que permite a ampliação de sua capacidade para o dobro de seu

volume. Sendo a primeira estação de modelo vertical no Brasil que permite a

vazão de 220 litros por segundo de esgoto e ampliando dessa forma o seu

fornecimento de tratamento e coleta de esgoto. E chegando a marca de 75 %

de coleta e tratamento de esgoto em Niterói ficando a média Nacional em

20%,o custo de sua construção foi de 10 milhões.

A estação de Mucanguê possui a vazão de 30 l de esgoto por segundo e

foi inaugurada em 2002. Esta trata os efluentes da maior base naval da

América Latina. Passou por obras de ampliação para suportar a demanda da

base naval que possuiu como custo três milhões.

29

A estação de Jurujuba tem a sua capacidade de 30 litros de esgoto por

segundo que atende 6 mil pessoas e foi inaugurada em 2005 cujo investimento

foi de 3 milhões.Foi a última praia da zona sul de Niterói a ser atendida .

A estação de Icaraí foi inaugurada em 2003 possui a vazão de 1350 l

por segundo. Além de receber o chorume proveniente do aterro sanitário do

Morro do Céu, possui tubulação de 550 m e 3 elevatórias. Coleta por dia

aproximadamente 15 mil l de chorume.

A estação de Itaipu trata 110 l de esgoto por segundo. Foi inaugurada

em 2004 e o custo de seu investimento foi de 28 milhões. Possui o despejo de

esgoto para tratamento de seis milhões de l por dia.

A estação de Camboinhas o site não permitiu a sua abertura.

Atualmente atende 500 mil pessoas em 48 bairros, cinco regiões e dois

distritos, além de 100% do município ter o abastecimento de água e 90% dos

dejetos são coletados e tratados.Possui Niterói, sete estações de Tratamento

de esgoto enquanto a média nacional está em torno de 20% a mesma abrange

90 % da população

RELATÓRIO (concedido pelo vereador Fábio Fiedler)

Empresas de Saneamento Básico Águas de Niterói (Niterói/RJ) Concessão: 30 anos Início do serviço: novembro de 1999 Comparativo Nov/99 Abr/09 População 453 mil 478 mil Área com água tratada 46% 100% População com água tratada 72% 100% N.º ligações de água 44.339 81.816 N.º economias de água 126.109 181.138 Índices de perdas 40% 21% População com esgoto tratado e coletado 20% 90% População com esgoto coletado 72% 92% Inadimplência 32% 3,8% Vazão fornecida pela CEDAE 1.800 l/s 1.750 l/s Investimentos em água

Região Oceânica: as intervenções acima listadas favorecem 6º mil habitantes, levando água a sete bairros

30

• Projetos e consultorias especiais; • Implantação de 12 km de adutora; • 1 elevatória de 2.500 CV; • 310 km de rede de distribuição; • 1 reservatório de 3.000.000 litros; • 18.915 ligações domiciliares; • 14 elevatórias (boosters de água). Pendotiba: as intervenções listadas favoreceram 40 mil habitantes, levando água a oito bairros. • Implantação de 1 km de adutora; • 120 km de rede de distribuição; • 1 Reservatório de 3.000.000 litros; • 11.732 ligações domiciliares; • 26 elevatórias (boosters de água). Demais regiões • Macromedição; • Ligações domiciliares; • Recadastramento; • Equipamentos.

Investimentos em Esgoto

Região Oceânica § 280 km de rede coletora de esgoto; § 46 elevatórias de esgoto; § 1 Estação de Tratamento de Esgoto a nível terciário em Camboinhas (1ª

da Região Sudeste); § 16.100 ligações domiciliares; • Retiradas de línguas negras nas praias da Zona Sul; • Implantação da elevatória Ari Parreiras; • Implantação da ETE Mocanguê; • Estação de Tratamento de Esgoto de Icaraí; • ETE Itaipu; • Sistema de Tratamento do Centro; • Educação Sanitária; § Rede coletora de chorume; § Implantação do sistema de esgoto de Jurujuba / ETE Jurujuba; § Implantação da ETE Barreto.

Previsão para 2010

Água § Ampliação do Reservatório Correção § Implantação do Reservatório Caramujo § Implantação da adutora Pendotiba-São Francisco § Implantação do Reservatório São Francisco § Programa de Preservação do Manancial

31

Esgoto § Implantação do Sistema de Infraestrutura de Esgotos da Grande

Pendotiba § Ampliação da ETE Toque Toque § Ampliação da ETE Camboinhas

32

2.2- O setor de RH e seus desafios

Os dados foram analisados, a partir de uma entrevista com a gerente de

Recursos Humanos da Águas de Niterói, Eliana Arruda que executa o seu

cargo há um ano, fazendo parte da empresa há seis anos. Ela é formada em

Serviço Social. Inicialmente trabalhava na área de benefícios e a partir disso

teve a oportunidade de conhecer melhor o setor de RH e se formou em outras

especialidades, como pós em Marketing, Responsabilidade social no Terceiro

setor e MBA em RH e atualmente ao ingressar na gerência, iniciou o curso de

gestão empresarial. Hoje executando a profissão de gerência do RH e

rompendo os limites que foi a formação na área humana. Não exercendo a

função de assistente social atualmente.

O RH da empresa hoje está centralizado, prestando serviço para todo

grupo composto pelas cidades de Niterói, Petrópolis, Campos, Resende,

Friburgo e Região dos Lagos, que antes era descentralizado e cada um

possuía um RH. Hoje prestando como se fosse uma consultoria a todos. Há

quatro anos atrás foi criada a empresa de gestão GMS que fica toda as áreas

que não são afins do negócio em questão, como os setores financeiros,

marketing, informática, contabilidade. Cada concessão surgiu em momentos

diferentes, as mais antigas possuem 12 anos,: Niterói possui 10 anos. Este RH

unificado trata da seleção, treinamento, folha de pagamento, benefícios,

focando o atendimento em seu cliente interno: os colaboradores. Tende a

desmitificar a idéia de que vão ao Departamento de Pessoal, mas entender o

setor como um todo. Deram muitos passos importantes, mas tem muito que

mudar.

O diferencial competitivo no mercado para a clientela é possuir

profissionais capacitados, comprometidos com a organização. Tem que tratar

bem o cliente, senão irá fazer ligações clandestinas, cavar poços... Tem que

haver treinamento. Na empresa há três níveis de funções: baixo nível de

escolaridade, o intermediário (técnicos) e os analistas de nível superior. Para

capacitar os profissionais com baixo nível de escolaridade, ocorreu a

implantação de uma escola para complemento de formação a estes

33

profissionais. Este projeto tem parceria com o SESI denominado Educação de

Jovens e adultos (EJA). Possuindo uma escola de 1° grau e outra de 2°grau.

Praticamente obrigando-os a se inscreverem no programa. Pois os mesmos

devem estar atentos às novas tecnologias e saber escrever e conversar com

os clientes.

A empresa tem a preocupação de desenvolver os seus funcionários, os

preparando até mesmo para cargos futuros. Um dos cursos é o curso de

operadores de estação e tratamento de esgoto, feito na própria empresa. Pois

não existe cursos de treinamento em outras instituições.

O planejamento Estratégico é sistêmico determinado “a partir do

diagnóstico do cenário com o estabelecimento de metas de longo prazo e dos

meios disponíveis para alcançá-las”(Coren,2005 )A empresa águas de Niterói

não tem um planejamento estratégico formal, tem o norte e a ajuda de vários

programas para sustentar o planejamento estratégico. Sabe o foco, a missão,

de onde quer chegar. Onde vê realmente o resultado no crescimento da

empresa, são os programas de líderes. O objetivo é expandir, precisa de

líderes que conheçam a cultura, a estrutura da organização e que sejam os

futuros sucessores. O programa de líder é de um ano de formação tem como

público alvo os supervisores, coordenadores. Tem como módulos: lideranças,

técnicas de apresentação, e no final do treinamento o jogo de negócios. Outro

programa é o trainee, que é uma seleção muito rígida de universitários das

melhores universidades, principalmente da área do negócio, como engenheiro

químico. Futuro gestor. Outro programa é direcionado para a alta liderança, os

gestores da empresa e na capacitação dos mesmos faz-se work shops

também para retirar um pouco da tensão diária.

O papel do RH é dar assessoria a empresa, motivar o colaborador. Um

dos piores problemas é reter o profissional. A empresa oferece benefícios

atrativos e um dos objetivos é fazer que o colaborador esteja motivado em seu

ambiente de trabalho. Em todas as funções para concorrer a uma vaga precisa

passar pela seleção, entrevista, ficha, redação, teste psicológico. O RH tem

que está atento as exigências dos gestores que muitas das vezes querem

profissionais com inglês fluente, MBA e outros e para o cargo a ser executado,

34

não precisa de tal qualificação e informar a eles a não necessidade de tais

qualificações.

O futuro do RH está cada vez mais junto da liderança. Tem que mostrar

a sua eficiência, se posicionar e mostrar a sua necessidade para a empresa. O

desafio como gestora foi falar a linguagem dos engenheiros, pois para mostrar

um projeto desenvolvido, teve de saber fazer o marketing. E hoje não é mais

um desafio, foi se aprimorando,vencendo os obstáculos. E no ano passado

todas as metas foram alcançadas.

Uma das metas para 2010 é construir a avaliação de desempenho que é

definida como: “Apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa no

cargo e o seu potencial de desenvolvimento” (Chiavenato, 1999), onde os

colaboradores terão metas a cumprir, saberá onde deverá melhor investir, criar

melhores condições para os colaboradores e aplicar o feedback que é uma

forma de o colaborador obter o retorno positivo ou negativo de sua atividade.

35

CAPÍTULO III: O SERVIÇO SOCIAL NA EMPRESA

3.1 A ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DO ASSISTENTE

SOCIAL NA EMPRESA

O assistente social é o mediador de conflitos entre o capital e o trabalho.

Intermediando o trabalho e a vida pessoal, buscando amenizar conflitos e

almejando o aumento de produtividade. O profissional trabalha com a

concessão de benefícios sociais para atender as necessidades da população

usuária. A profissão foi inserida na empresa com o intuito de vigiar e controlar

a força de trabalho. As demandas profissionais segundo Iamamoto (2001,

p.47):

“O Serviço Social sempre foi chamado pelas empresas

para eliminar focos de tensões sociais, criar um

comportamento produtivo da força de trabalho,

contribuindo para reduzir o absenteísmo, viabilizar

benefícios sociais, atuar em relações humanas na esfera

do trabalho.”

Com as inovações tecnológicas, o neoliberalismo, ocorreu muitas

mudanças na sociedade, inclusive a precarização das relações de trabalho.

Como a flexibilização da mão-de-obra, terceirização, desemprego em grande

escala estando em escassez o trabalho formal, exigência de polivalência.

Dentro de tantas mudanças ocorridas, o assistente social passou a ser

requisitado para ocupar novas funções. Mas continuando a sua

responsabilidade de administração de benefícios como transporte, assistência

médica e odontológica. Continua intermediando as relações de trabalho e a

vida particular do operário, mas interligado ao processo acirrado de

competividade e a política da empresa com o empregado. Mas a busca de

soluções passa a fazer parte de todos os profissionais envolvidos na área de

Recursos Humanos da empresa.

36

Quando Abreo e Fávero citam César na p.8 informa que o Assistente

Social assume a função de assessorar as gerencias, podendo tornar o seu

trabalho mais importante, podendo instrumentalizar a conduta gerencial.

As novas políticas de administração se denominam em novas

expressões como reengenharia organizacional, qualidade total gerenciamento

estratégico, gestão participativa e qualidade de vida. Portanto o aumento da

demanda do profissional que se enquadra na polivalência como as novas

atuações nos círculos de controle de qualidade em equipes interdisciplinares,

nos programas de qualidade de vida, com o foco em resultados, ditas metas

empresariais e a qualidade do produto.

A partir de uma pesquisa no Estado de Rondônia que tem como objetivo

saber a atuação do assistente social na empresa e suas demandas uns dos

importantes itens na pesquisa foi que existem poucos assistentes sociais na

empresa, por mais o que não falte seja demanda para o mesmo. A pesquisa

identificou que a área empresarial com a maior presença dos profissionais é no

setor de RH. Podendo atuar de várias formas como mediador entre a

organização e os colaboradores, podendo desenvolver trabalhos com equipes

interdisciplinares. O assistente social na única página da pesquisa de vários

autores reunidos no site www.revista.ulbrajp.edu.br/seer/in diz que através de

seu instrumental técnico operativo... analisa a realidade da empresa e contribui

com a estratégia organizacional, participando também, do processo de

desenvolvimento da área de Recursos Humanos.”.

Outra tarefa que pode ser executada pelo mesmo é a assessoria a

treinamentos organizacionais, medicina do trabalho e equipe de segurança.

Focado a trabalhos educativos. Além do desenvolvimento de política de

benefícios que atendam aos colaboradores para a sua satisfação e melhor

comprometimento. A área de supervisão também é incumbida ao profissional

como ambulatório médico, restaurante, serviço de limpeza. Tornando-se

bastante generalizada de acordo com cada organização. Tornando-se a

profissão necessária e com muitas demandas para o assistente social, sendo

muito privilegiado no âmbito das relações humanas .

37

CONCLUSÃO

As empresas ao longo dos anos passaram a ser locais que possibilitam

a atuação de diferentes profissionais que contribuem de forma positiva para o

sucesso organizacional, desta forma o assistente social emerge neste cenário

para contribuição na relação entre os colaboradores e a empresa, para com

isso amenizar os conflitos existentes nestes espaços.

A trajetória do assistente social ao longo de sua história esteve

associado como mediador de conflitos. Antes com o foco na caridade e após a

institucionalização da profissão, apaziguador de conflitos sociais existentes na

sociedade.

A sua inserção na empresa teve como objetivo conter ameaças

comunistas provenientes de muitos empregados que participaram de

manifestos de melhores condições de trabalho. Os problemas sociais é o

objeto de trabalho do assistente social, onde tem como função atender as

reivindicações dos trabalhadores ao mesmo tempo em que atende o capital.

Tornando a assistência social um dos meios de atuação do assistente

social destinado a uma população que dela necessita devido à ausência de

condições mínimas de sobrevivência, e os benefícios para boa parte dos

trabalhadores sendo um atrativo para a permanência de empregados nas

empresas.

Atualmente a área de recursos humanos tornou-se o cenário principal

dos profissionais de serviço social segundo algumas pesquisas, por ser um

ambiente que permite crescimento profissional, devido às novas demandas

que exigem um melhor relacionamento dentro das empresas.

O olhar diferenciado do assistente social contribui para melhores

relações inter-profissionais e conseqüentemente nas relações com os

colaboradores da empresa. Assumindo muito das vezes a função gerencial ao

buscar novas especializações da área em questão passando a agregar valores

e conhecimentos a novas funções

38

O assistente social está cada vez mais sendo requisitado para atuar na

gestão de recursos humanos por ser um profissional que se destaca por saber

lidar com as relações humanas em ambientes conflituosos, intermediando

ações que amenizem tais conflitos.

39

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empresa:limites e possibilidades .-acessado em 10/02/2010

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ÍNDICE

Folha de rosto 2

Agradecimento 3

Dedicatória 4

Resumo 5

Sumario 6

Introdução 7

CAPITULO I – O SERVIÇO SOCIAL

1.1-Breve histórico do Serviço Social 8

1.2-A inserção do assistente social nas empresas 11

1.3 A trajetória da Assistência no Brasil x benefícios 15

CAPÍTULO II-A EMPRESA ÁGUAS DE NITERÓI

2.1 - O histórico da empresa AGUAS DE NITEROI 27

2.2 - O setor de RH e seus desafios 32

Capítulo III - O SERVIÇO SOCIAL NA EMPRESA

3.1 A Especificidade da atuação do Assistente social nas empresas 35

Considerações Finais 37

Bibliografia 39