UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO … · irradiação por ano na superfície da Terra...
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
FONTES DE ENERGIA NÃO CONVENCIONAIS: ENERGIA
SOLAR
SÉRGIO VIDAL GARCIA OLIVEIRA
DANIEL GUSTAVO CASTELLAIN
JEFFERSON CARLOS FISCHER
JOINVILLE
2015
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ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Insolação diária, média anual (horas) ...................... 6
Figura 2 – Variação da radiação solar no Brasil ....................... 7 Figura 3 – Potência instalada de células fotovoltaicas no
mundo (MW) ............................................................................. 8 Figura 4 – Célula de silício monocristalino ............................ 10 Figura 5 – Célula de silício policristalino ............................... 11
Figura 6 – Silício amorfo ........................................................ 13
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................ 4
1.1 MOTIVAÇÕES .............................................................. 4
1.2 HISTÓRICO ................................................................... 4
1.3 FUNDAMENTOS .......................................................... 5
1.4 RADIAÇÃO SOLAR ..................................................... 5
1.5 EVOLUÇÃO DO USO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA .................................................................... 7
1.6 GERANDO CALOR E ELETRICIDADE .................... 8
1.6.1 Calor .......................................................................... 8
1.6.2 Gerando eletricidade ................................................ 8
2 REFERÊNCIAS ......................................................... 14
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1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão apresentadas algumas informações
com relação a energia solar.
1.1 MOTIVAÇÕES
O aproveitamento da energia gerada pelo Sol,
inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto como fonte de
calor quanto de luz, é hoje, sem sombra de dúvidas, uma das
alternativas energéticas mais promissoras para enfrentarmos os
desafios do novo milênio.
E quando se fala em energia, deve-se lembrar que o Sol
é responsável pela origem de praticamente todas as outras
fontes de energia. Em outras palavras, as fontes de energia são,
em última instância, derivadas da energia do Sol.
1.2 HISTÓRICO
A conversão de energia solar em energia elétrica foi
verificada pela primeira vez por Edmond Becquerel, em 1839
onde constatou uma diferença de potencial nos extremos de
uma estrutura de material semicondutor quando exposto a luz
[1].
Em 1876 foi montado o primeiro aparato fotovoltaico
resultado de estudos das estruturas no estado sólido, e apenas
em 1956 iniciou-se a produção industrial seguindo o
desenvolvimento da microeletrônica [1].
Neste ano a utilização de fotocélulas foi de papel
decisivo para os programas espaciais. Com este impulso, houve
um avanço significativo na tecnologia fotovoltaica onde
aprimorou-se o processo de fabricação, a eficiência das células
e seu peso [1].
Com a crise mundial de energia de 1973/74, a
preocupação em estudar novas formas de produção de energia
fez com a utilização de células fotovoltaicas não se restringisse
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somente para programas espaciais, mas que fosse intensamente
estudados e utilizados no meio terrestre para suprir o
fornecimento de energia [1].
1.3 FUNDAMENTOS
A energia solar chega a Terra nas formas térmica e
luminosa. Segundo o estudo sobre Outras Fontes constante do
Plano Nacional de Energia 2030, produzido pela EPE, sua
irradiação por ano na superfície da Terra é suficiente para
atender milhares de vezes o consumo anual de energia do
mundo. Essa radiação, porém, não atinge de maneira uniforme
toda a crosta terrestre. Depende da latitude, da estação do ano e
de condições atmosféricas como nebulosidade e umidade
relativa do ar [3].
Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da
energia solar manifesta-se sob a forma de luz visível de raios
infravermelhos e de raios ultravioleta. É possível captar essa
luz e transformá-la em alguma forma de energia utilizada pelo
homem: térmica ou elétrica. São os equipamentos utilizados
nessa captação que determinam qual será o tipo de energia a
ser obtida [3].
1.4 RADIAÇÃO SOLAR
O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre,
1,5 x1018 kWh de energia. Trata-se de um valor considerável,
correspondendo a 10000 vezes o consumo mundial de energia
neste período.
Este fato vem indicar que, além de ser responsável pela
manutenção da vida na Terra, a radiação solar constitui-se n
uma inesgotável fonte energética, havendo um enorme
potencial de utilização por meio de sistemas de captação e
conversão em outra forma de energia (térmica, elétrica, etc.)
[1].
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A Figura 1 contempla a insolação diária, média anual,
em horas, no cenário nacional.
Figura 1 – Insolação diária, média anual (horas)
Fonte: Figura obtida de [2].
Assim como ocorre com os ventos, o Brasil é
privilegiado em termos de radiação solar. O Plano Nacional de
Energia 2030 reproduz dados do Atlas Solarimétrico do Brasil
e registra que essa radiação varia de 8 a 22 MJ (megajoules)
por metro quadrado (m²) durante o dia, sendo que as menores
variações ocorrem nos meses de maio a julho, variando de 8 a
18 MJ/m². Além disso, complementa o estudo, o Nordeste
possui radiação comparável às melhores regiões do mundo
nesta variável, como a cidade de Dongola, no deserto do
Sudão, e a região de Dagget, no deserto do Mojave, Califórnia.
O que, porém, não ocorre com outras localidades mais
distantes da linha do Equador, como as regiões Sul e Sudeste,
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onde está concentrada a maior parte da atividade econômica. A
Figura 2 a seguir ilustra esta variação.
Figura 2 – Variação da radiação solar no Brasil
Fonte: Figura obtida de [3].
1.5 EVOLUÇÃO DO USO DE ENERGIA SOLAR
FOTOVOLTAICA
A Figura 3 apresenta a evolução da potência solar
instalada no mundo de 1992 a 2007 para produção de
eletricidade. Na mesma figura, a Tabela 5.5 contempla a
participação relativa dos países. Assim como ocorreu no
segmento da energia eólica, também na energia solar a
Alemanha é a maior produtora, com 49% da potência total
instalada.
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Figura 3 – Potência instalada de células fotovoltaicas no
mundo (MW)
Fonte: Figura obtida de [3].
1.6 GERANDO CALOR E ELETRICIDADE
Se for utilizada uma superfície escura para a captação, a
energia solar será transformada em calor. Se utilizadas células
fotovoltaicas (painéis fotovoltaicos), o resultado será a
eletricidade.
1.6.1 Calor
Os equipamentos necessários à produção do calor são
chamados de coletores e concentradores – pois, além de
coletar, às vezes é necessário concentrar a radiação em um só
ponto. Este é o princípio de muitos aquecedores solares de
água [3].
1.6.2 Gerando eletricidade
Para a produção de energia elétrica existem dois
sistemas: o heliotérmico e o fotovoltaico.
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1.6.2.1 Heliotérmico
A irradiação solar é convertida em calor que é utilizado
em usinas termelétricas para a produção de eletricidade. O
processo completo compreende quatro fases: coleta da
irradiação, conversão em calor, transporte e armazenamento e,
finalmente, conversão em eletricidade.
Para o aproveitamento da energia heliotérmica é
necessário um local com alta incidência de irradiação solar
direta, o que implica em pouca intensidade de nuvens e baixos
índices pluviométricos, como ocorre no semi-árido brasileiro
[3].
1.6.2.2 Fotovoltaico
A transformação da radiação solar em eletricidade é
direta. Para tanto, é necessário adaptar um material
semicondutor (geralmente o silício) para que este, na medida
em que é estimulado pela radiação, permita o fluxo eletrônico
(partículas positivas e negativas).
Todas as células fotovoltaicas têm, pelo menos, duas
camadas de semicondutores: uma positivamente carregada e
outra negativamente carregada, formando uma junção
eletrônica [3].
Quando a luz do sol atinge o semicondutor na região
dessa junção, o campo elétrico existente permite o
estabelecimento do fluxo eletrônico, antes bloqueado, e dá
início ao fluxo de energia na forma de corrente contínua [3].
1.6.2.3 Tipos de células
As células fotovoltaicas são fabricadas, na sua grande
maioria, usando o silício (Si) e podendo ser constituída de
cristais monocristalinos, policristalinos ou de silício amorfo.
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1.6.2.3.1 Monocristalinos
A célula de silício monocristalino é historicamente a
mais usada e comercializada como conversora direta de energia
solar em eletricidade e a tecnologia para sua fabricação, é um
processo básico muito bem constituído.
Este silício para funcionar como células fotovoltaicas
necessita de outros dispositivos semicondutores e de um grau
de pureza maior, devendo chegar à faixa de 99,9999%.
Dentre as células fotovoltaicas que utilizam o silício
como material base, as monocristalinas são, em geral, as que
apresentam as maiores eficiências.
As fotocélulas comerciais obtidas com o processo
descrito atingem uma eficiência de até 15% podendo chegar
em 18% em células feitas em laboratórios [2].
Figura 4 – Célula de silício monocristalino
Fonte: Figura obtida de [2].
1.6.2.3.2 Policristalinos
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As células de silício policristalino são mais baratas que
as de silício monocristalino por exigirem um processo de
preparação das células menos rigoroso.
A eficiência, no entanto, cai um pouco em comparação
as células de silício monocristalino.
Podem ser preparadas pelo corte de um lingote, de fitas
ou depositando um filme num substrato, tanto por transporte de
vapor como por imersão. Nestes dois últimos casos só o silício
policristalino pode ser obtido.
Cada técnica produz cristais com características
específicas, incluindo tamanho, morfologia e concentração de
impurezas. Ao longo dos anos, o processo de fabricação tem
alcançado eficiência máxima de 12,5% em escalas industriais
[2].
Figura 5 – Célula de silício policristalino
Fonte: Figura obtida de [2].
1.6.2.3.3 Silício Amorfo
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Uma célula de silício amorfo difere das demais
estruturas cristalinas por apresentar alto grau de desordem na
estrutura dos átomos.
A utilização de silício amorfo para uso em fotocélulas
tem mostrado grandes vantagens tanto nas propriedades
elétricas quanto no processo de fabricação.
Por apresentar uma absorção da radiação solar na faixa
do visível e podendo ser fabricado mediante deposição de
diversos tipos de substratos, o silício amorfo vem se mostrando
uma forte tecnologia para sistemas fotovoltaicos de baixo
custo.
Mesmo apresentando um custo reduzido na produção, o
uso de silício amorfo apresenta duas desvantagens: a primeira é
a baixa eficiência de conversão comparada às células mono e
policristalinas de silício; em segundo, as células são afetadas
por um processo de degradação logo nos primeiros meses de
operação, reduzindo assim a eficiência ao longo da vida útil.
Por outro lado, o silício amorfo apresenta vantagens que
compensam as deficiências acima citados, são elas:
processo de fabricação relativamente simples e
barato;
possibilidade de fabricação de células com
grandes áreas;
baixo consumo de energia na produção.
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Figura 6 – Silício amorfo
Fonte: Figura obtida de [2].
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2 REFERÊNCIAS
[1].CRESESB. Energia solar princípios e aplicações. Disponível em:
<http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_solar_2006
.pdf>. Acesso em: 11/04/ 2012.
[2].CRESESB. Energia solar princípios e aplicações. Disponível em:
<http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Atlas_Solarim
etrico_do_Brasil_2000.pdf>. Acesso em: 11/04/ 2012.
[3].ANEEL (Brasil). Atlas de energia elétrica do Brasil / Agência
Nacional de Energia Elétrica. 3ed. Cap. 5 p. 78 – Brasília : Aneel,
2008. 236 p. : il.