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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM Curso de Administração - CAD João Antunes Vieira Filho RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção PAU DOS FERROS - RN 2011

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM

Curso de Administração - CAD

João Antunes Vieira Filho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção

PAU DOS FERROS - RN 2011

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João Antunes Vieira Filho

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção

Relatório Final de Curso apresentado ao Curso de Administração/CAMEAM/UERN, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em administração.

Professor Orientador: Gledson Antônio Dias de Oliveira

Área: Administração da Produção

PAU DOS FERROS - RN

2011

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COMISSÃO DE ESTÁGIO

Membros:

_____________________________________________________________________ João Antunes Vieira Filho

Aluno

_____________________________________________________________________ Gledson Antônio Dias de Oliveira

Professor Orientador

_____________________________________________________________________ Nayanne Kelly Cavalcante de Oliveira

Supervisora de Estágio

_____________________________________________________________________ Sandra de Sousa Paiva Holanda

Coordenadora de Estágio Supervisionado

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João Antunes Vieira Filho

ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção

Este Relatório Final de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de

BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO

e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora designada pelo Curso de Administração/CAMEAM/UERN, Área: Administração da Produção.

Pau dos Ferros/RN, em _____ de __________________ de __________.

BANCA EXAMINADORA

Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Gledson Antônio Dias de Oliveira

Orientador – UERN

Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Alexandre Wallace Ramos Pereira

Examinador(a) – UERN

Julgamento: _______ Assinatura: _______________________________________ Francisco Jean Carlos de Sousa Sampaio

Examinador(a) – UERN

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os meus familiares,

especialmente, a meu irmão, Roberto (In

memoriam) e a todos os meus amigos pelo apoio

a mim prestado.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pois só ele pode dar a mim

saúde e disposição; aos meus pais João Antunes

Vieira e Francisca Joana de São José; aos meus

colegas de curso sempre a disposição; a UERN e

ao Atacadão da construção onde foi realizado o

estudo.

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“Um idealista é uma pessoa que ajuda os outros a

prosperar.”

(Henry Ford)

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RESUMO

Este trabalho teve em seu objetivo principal realizar uma análise de controle de estoque e

armazenagem na empresa Atacadão da Construção, situado na cidade de Alexandria-RN, propondo ao

seu término possíveis melhorias para proporcionar uma redução de custos. A pesquisa foi considerada

exploratória-descritiva-diagnóstico quanto a seus fins e bibliográfica e estudo de caso quanto aos

meios. As informações foram captadas com uso de formulário para o gestor e colaboradores, contendo

questões abertas e fechadas. Foi utilizado um tratamento qualitativo com relação aos dados

trabalhados, buscando identificar as opiniões dos indivíduos, analisando o conteúdo e sua relevância

através de observações e apresentando resultados e procurando entender os fenômenos relacionados

à pesquisa. A pesquisa possibilitou a constatação da importância da gestão de estoque e

armazenagem para um melhor desempenho no processo de produção e na diminuição dos custos

permitindo a realização de intervenções e conclusão a respeito do tema trabalhado. De posse das

análises dos dados, sugeriu-se a empresa investir em treinamento focado na área de estoque e

armazenagem para seus colaboradores, a realização do inventário físico rotativo e uma diversificação

dos seus fornecedores buscando uma melhor gestão de seus estoques e consequentemente

proporcionar melhorias em seus resultados.

Palavras-Chave: Controle de estoque; armazenagem; custos; Atacadão da Construção.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABREVIATURAS E SIGLAS

IPECOL Indústrias de pré-moldados, ferros, cimento, telhas e tijolos......................................... 15

C.N.P.J. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.......................................................................... 15

CEP Código de endereçamento postal.................................................................................. 15

JIT Just in time…………………………………………………………………………………….. 32

PDV Ponto De Venda............................................................................................................ 35

ECR Efficient Consumer Response....................................................................................... 35

MRP Materials Requirements Planning……………………………………….………………….. 37

MRP II Manufacturing Resources Planning………………………………….…………………….. 37

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1 Logomarca da organização........................................................................................... 15

Figura 2 Organograma do Atacadão da Construção................................................................... 18

Figura 3 Curva do custo de pedido.............................................................................................. 26

Figura 4 Ordenação dos dados................................................................................................... 28

Figura 5 Curva ABC..................................................................................................................... 28

Figura 6 Ponto de equilíbrio de lote econômico........................................................................... 30

Figura 7 Estoque de segurança................................................................................................... 31

Figura 8 Diferença entre o fluxo tradicional e a abordagem JIT.................................................. 32

Figura 9 Organograma da seção de compras............................................................................. 34

Figura 10 Ficha de controle de estoque........................................................................................ 36

QUADROS

Quadro 1 Distribuição dos colaboradores..................................................................................... 15

TABELAS

Tabela 1 Idade dos colaboradores............................................................................................... 49

Tabela 2 Grau de escolaridade.................................................................................................... 50

Tabela 3 Tempo de empresa........................................................................................................ 50

Tabela 4 Avaliação do estoque.................................................................................................... 50

Tabela 5 Conhecimento na área de estoque................................................................................ 51

Tabela 6 Espaço físico reservado para o estoque....................................................................... 51

Tabela 7 Existência de pessoa responsável pela entrada de materiais....................................... 52

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Tabela 8 Falta de produto............................................................................................................. 52

Tabela 9 Como o estoque é controlado........................................................................................ 52

Tabela 10 Perdas por causa dos métodos de armazenagem e manuseio dos materiais.............. 53

FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 Um dos setores de Estoque........................................................................................ 16

Fotografia 2 Setor de Estoque........................................................................................................ 16

Fotografia 3 Estoque....................................................................................................................... 17

Fotografia 4 Serralheria................................................................................................................... 17

Fotografia 5 Fachada do Atacadão da Construção......................................................................... 18

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

EPÍGRAFE

RESUMO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 14

1.1 Caracterização da organização ................................................................................................ 15

1.2 Situação problemática ............................................................................................................... 20

1.3 Objetivos .................................................................................................................................... 21

1.3.1 Geral ......................................................................................................................................... 21

1.3.2 Específicos ............................................................................................................................... 21

1.4 Justificativa ............................................................................................................................... 22

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................. 23

2.1 Evolução histórica da área de gestão de produção .............................................................. 23

2.1.1 Importância estratégica do sistema de administração da produção ......................................... 23

2.1.2 Administração eficaz da produção ........................................................................................... 24

2.2 Planejamento e controle de estoque ........................................................................................ 24

2.2.1 Conceito de controle de estoques ............................................................................................. 25

2.2.2 Que é estoque? ....................................................................................................................... 25

2.2.3 Por que existe estoque? .......................................................................................................... 25

2.2.4 Custo de estoque .................................................................................................................... 25

2.2.5 Tipos de estoque ....................................................................................................................... 27

2.2.6 Curva ABC ............................................................................................................................... 27

2.2.7 Lote econômico ....................................................................................................................... 29

2.2.8 Estoque de segurança ............................................................................................................. 30

2.2.9 Administração de estoques determinados pela demanda ......................................................... 31

2.3 Planejamento e controle just in time ........................................................................................ 32

2.3.1 Que é just in time .................................................................................................................... 32

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2.4 A área de compras no estoque ................................................................................................ 33

2.5 O papel da logística na gestão de estoque .............................................................................. 34

2.6 O ECR e os sistemas de restabelecimento de estoque ......................................................... 35

2.6.1 Reposição de estoques feito de forma manual ........................................................................ 36

2.6.2 Reposição automática de estoques ........................................................................................... 37

2.6.3 Sistema MRP e MRP II ............................................................................................................. 37

2.7 Sistemas de controle de estoque ............................................................................................. 38

2.8 Armazenamento de materiais .................................................................................................. 39

2.8.1 Arranjo físico ............................................................................................................................ 39

2.8.2 Técnicas de estocagem de materiais ........................................................................................ 40

2.8.2.1 Carga unitária ....................................................................................................................... 40

2.8.2.2 Caixas ou gavetas .................................................................................................................. 40

2.8.2.3 Prateleiras ............................................................................................................................ 41

2.8.2.4 Raques ................................................................................................................................. 41

2.8.2.5 Empilhamento ....................................................................................................................... 41

2.8.2.6 Contêiner flexível .................................................................................................................. 41

2.8.3 Inventário físico .......................................................................................................................... 41

2.8.4 Gargalos de produção ............................................................................................................... 42

2.9 Estado da Arte ............................................................................................................................ 43

2.9.1 Análise e proposta de um sistema de informações para a empresa Hipermolde ..................... 43

2.9.2 Controle e gerenciamento de estoques das empresas comerciais de artigos de

vestuários de tangará da serra mato grosso .............................................................................

44

2.9.3 Gerenciamento de estoque farmacêutico ................................................................................ 44

2.9.4 Gerenciamento de estoques via previsão de vendas agregadas utilizando simulação .......... 45

2.9.5 O uso do código de barra no controle de estoque na Drogaria Dennys Ltda .......................... 46

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................................... 47

3.1 Tipo de pesquisa ..................................................................................................................... 47

3.2 Universo e amostra .................................................................................................................. 48

3.3 Coleta de Dados ....................................................................................................................... 48

3.4 Tratamento dos dados ............................................................................................................. 48

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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

.........................................................................

49

4.1 Análise através das informações dos colaboradores ......................................................... 49

4.1.1 Perfil dos Funcionários .......................................................................................................... 49

4.1.2 Gerenciamento de estoque ..................................................................................................... 50

4.2 Análise através das informações do gestor da empresa .................................................... 53

5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................ 56

5.1 Conclusões ............................................................................................................................... 56

5.2 Sugestões e recomendações ................................................................................................ 57

6. DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIO ........................................................................................ 59

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 60

APÊNDICES .................................................................................................................................... 62

Apêndice A – Questionários para o gestor ................................................................................ 63

Apêndice B – Questionário para os colaboradores ................................................................... 68

Apêndice C – Lista de acompanhamento das atividades de estágio II .................................... 70

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1. INTRODUÇÃO

Com a necessidade crescente das empresas de se manter a competitividade, de adequação ao

processo de globalização e tentar conseguir uma posição de destaque no mercado; as organizações

devem se atentar a implementação de novas tecnologias para que seus processos possam ser

executados da melhor maneira possível, buscando sempre redução dos seus custos e um maior nível

de eficiência. (CHIAVENATO, 2005, p.68) fala que [...] “estoques em níveis adequados é uma

necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo”.

Portanto, essa pesquisa tem como objetivo principal o estudo sobre a importância do

gerenciamento da produção na diminuição dos custos relevantes ao seu armazenamento, manutenção,

utilização de equipamentos, movimentação e etc. Foi realizado na organização Atacadão da

Construção tentando demonstrar as possíveis dificuldades que a mesma enfrenta em relação ao seu

controle de estoque de seus produtos.

Nesse sentido as organizações já estão buscando descobrir esses meios de controle de seus

estoques e armazenagem, pois essa área é fundamental para a empresa, devido o seu retorno em

termos de rentabilidade e na otimização dos gastos.

O trabalho foi organizado em capítulos, de acordo com a sequência descrita abaixo.

Dando inicio, caracterizamos a instituição, relatando suas atividades e um breve histórico.

Na sequência, mostra-se a situação problema, acreditando que a organização necessite de

mais mecanismos de controle dos estoques. Os objetivos fixam um delineamento desses mecanismos.

Capítulo dois é revisado a literatura para se focar nas estratégias de gerenciamento dos

estoques e então minimizar os custos com os mesmo.

Capítulo seguinte abordará os procedimentos metodológicos e então dando uma maior

compreensão da pesquisa para os leitores.

Capítulo quatro foi reservado para uma análise e discussão dos resultados obtidos, buscando

união com o embasamento teórico.

Por final, são feitas as conclusões e recomendações, onde o autor aborda os benefícios

adquiridos e as limitações do estudo, esperando que o mesmo tenha sido válido e satisfatório.

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1.1 Caracterização da organização

O Atacadão da Construção teve seu inicio/fundação em 1994 com o nome de IPECOL

(Indústrias de pré-moldados, ferros, cimento, telhas e tijolos) atuando no ramo de serviço de

fornecimento de material de construção.

O empreendedor Américo Elvira trabalhava com caminhões de frete fazendo transportes de

material de construção provindos da Bahia. Vindo para Alexandria teve a ideia de montar a empresa

para revenda. Começou apenas vendendo produtos básicos. Com o passar do tempo ampliou sua

estrutura e também sua linha de produtos.

Devido ao enorme desenvolvimento da demanda, foi necessário ampliar suas estruturas.

Atualmente o empreendedor alterou o nome da empresa de IPECOL para Atacadão da Construção,

sendo nome fantasia. A organização tem registro de razão social de nome Américo Elvira ME, seu

C.N.P.J. (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) é de número 70153978/0001-79, tornando a empresa

legalizada perante sua inscrição estadual.

Figura 1: Logomarca da organização. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

O empreendimento está localizado no endereço, Rua sete de novembro, nº 214, cascalho,

CEP 59965.000, Alexandria-RN. Telefones para contatos: (84) 3381-2242 e (84) 9198-4034.

A instituição, conta hoje, em seu quadro com 12 colaboradores, conforme a disposição

especificada no quadro a baixo.

Cargos Quantidade Atividade

Secretária 01 Execução das atividades administrativas básicas.

Vigilante 01 Segurança noturna da empresa.

Operário 03 Processo de produção.

Entregador 02 Conduz as entregas para os clientes.

Motorista 02 Abastecimento da empresa

Contador 01 Assessoria contábil

Descarregador 02 Descarregamento dos caminhões

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Total 12

Quadro 1: Distribuição dos Colaboradores. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Hoje apresenta como principais produtos e serviços ofertados a clientela estruturas pré-

moldados, estruturas de ferro, tijolos, telhas, cimento e toda parte de madeira como: portas, janelas e

estrutura para o telhado, contando com uma grande variedade de produtos para construção, atendendo

a população da própria cidade e cidades circo vizinhas.

A seguir, ilustramos com algumas imagens do estoque da empresa.

Fotografia 1: Um dos setores de Estoque. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Fotografia 2: Setor de Estoque.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2011

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Fotografia 3: Setor de Estoque.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2011

Fotografia 4: Serralheria. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Atualmente a loja conta com uma área de 1.600 m² no galpão de produção e 312 m² no

estoque. A empresa utiliza pouca divisão de departamentos, ficando quase tudo por conta do

proprietário as funções.

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Fotografia 5: Fachada do Atacadão da Construção. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

1.1.1 Clientes e concorrentes

Os principais clientes da empresa são: a população de Alexandria e parte de algumas cidades

vizinhas da região Alto Oeste. E os principais concorrentes são as distribuidoras que oferecem o

mesmo serviço na cidade como: A Casa Pires e Construcenter.

1.1.2 Estrutura organizacional

O organograma da organização apresenta-se de forma bem simples, e pode ser ilustrada

abaixo com a figura 1.

Figura 2: Organograma do Atacadão da Construção. Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Gestor/proprietário

Setor de Produção

Acessória Contábil

Secretária

Vigilância

Compras

Operário

Vendas

Recebimento Manutenção Entregador Contador

Transporte

Motorista

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1.1.3 Áreas funcionais da empresa

As áreas funcionais da empresa, que (CHIAVENATO, 2003, p.210) traduz, “[...] consiste no

agrupamento das atividades e tarefas de acordo com as funções principais desenvolvidas dentro da

empresa”, foram observadas suas atividades, dentre as quais estão presentes: Operações, finanças e

marketing. Para SLACK et al 2008, essas funções são as de suma importância para qualquer

organização. Esses campos, de acordo com a necessidade da organização, podem se modificar com

uma terminologia variável.

Gestão da produção ou operações: É uma das áreas mais desenvolvidas da organização,

contando com um campo especifico e separado para a produção interna da empresa. O controle dessa

produção é feita por um responsável de acordo com a demanda. “[...] responsável por satisfazer ás

solicitações de consumidores por meio da produção [...]”. (SLACK et al, 2008, p.32).

Gestão de marketing: Esta área não é uma forte da organização, necessitando de uma

estruturação e desenvolvimento mais bem planejado, pois não é muito explorada. (KOTLER e KELLER,

2006, p.4) afirmam que “administração de marketing é a arte e a ciência da escolha de mercados-alvo

e da captação, manutenção e fidelização de cliente [...]”.

Gestão financeira: Um campo bem trabalhado, pois conta com o trabalho de uma empresa de

contabilidade para sua consultoria. “[...] fornece a informação para ajudar os processos decisórios

econômicos”. (SLACK et al, 2008, p.32).

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1.2 Situação problemática

Administração de estoques é uma combinação de vários fatores, que pode levar uma

organização a um determinado sucesso ou a uma situação de grande prejuízo. Gerenciar estoques é

reduzir os custos, não desperdiçar capital com sua manutenção, eliminar o máximo do espaço ocupado

por eles, evitar a deterioração e sua obsolescência. FRANCISCHINI e GURGEL (2009, p.81) mostram

que “o objetivo é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos

da empresa e minimizando as necessidades de capital”.

Hoje, a conjuntura da administração de matérias nos mostra que, as empresas têm que se

adequarem a evolução da mecanização, para obter uma economia e melhores resultados na redução

dos seus custos. FRANCISCHINI e GURGEL (2009, p.5) definem administração de materiais como

“atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de

material, partindo das especializações dos artigos a comprar até a entrega do produto terminado ao

cliente”.

Para as organizações do passado, mensurar a importância de um rígido controle de seus

estoques não era um fator que elas fizessem com frequência. Mas para os tempos contemporâneos um

maior aperfeiçoamento dos processos para que se possa se manter atuante no mercado competitivo de

hoje.

Nas empresas atuais, ter um controle de estoque eficaz é imprescindível para ter um domínio

de sua produção. Caso esse controle não seja eficiente poderá ocorrer uma superprodução, apesar de

que ter níveis altos de estoque não condiz com há existência de problemas para a produção, mas

ocorrerá gargalos na otimização dos custos. Custos esses, vindos por vários fatores como,

manutenção dos espaços físicos, almoxarifado, pessoal e etc. Em contra partida vem os níveis baixos

de estoques, que podem também prejudicar a fabricação e afetar seus clientes. “Para que esse seja

eficaz é necessário, portanto, que haja um fluxo de informações adequada [...]”. (FRANCISCHINI e

GURGEL , 2009, p.148).

Os gerentes de produção, de compras ou de abastecimento, “exercem responsabilidade com

os recursos envolvidos pela função produção” (SLACK et al, 2008, p.32) e devem tentar eliminar ao

máximo esses entraves, com avaliações periódicas de seus estoques para que a empresa possa

minimizar as dificuldades do controle de entrada e saída de suas mercancias. Não é nada confortável

para as organizações ter em seu estoque um grande volume de produtos sem ser utilizados ou mesmo

a falta deles para necessidade dos clientes. “Esse é o dilema do gerenciamento de estoques: [...]

porque o fornecimento e a demanda não estão em harmonia um com o outro”. (SLACK et al, 2008,

p.380).

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Fazendo relação a essas dificuldades, uma utilização de avaliação de suas produções, as

organizações têm por obrigação investir em melhorias de seus estoques e em sua logística interna para

que haja um retorno em função da diminuição dos custos.

Levando esses pontos em consideração, podemos apresentar a seguinte questão: Quais as

contribuições das práticas de gestão de controle de estoque e armazenagem implantadas pela

empresa Atacadão da Construção para a redução dos custos de produção e armazenagem?

1.3 Objetivos

“[...] objetivo é um resultado a alcançar. O objetivo final, se alcança, dá resposta ao problema.

Objetivo intermediários são aqueles de cujo atingimento depende o alcance do objetivo final”.

(VERGARA, 2007, p.25).

1.3.1 Geral

MARCONI e LAKATOS (2008, p.10), traduzem “o objetivo torna explícito o problema, aumentando

os conhecimentos sobre determinado assunto”.

Identificar as atuais práticas de gestão de controle de estoque e armazenagem realizadas pela

empresa Atacadão da Construção.

1.3.2 Específicos

Descrever o sistema de estoque e armazenagem;

Investigar quais as ferramentas de controle existentes;

Verificar se as ferramentas de controle adotadas pela empresa proporcionam benefícios na

redução dos custos;

Apontar, caso necessário, outras ferramentas de controle de estoques que contribuirão para

redução de custos de produção.

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1.4 Justificativa

A realidade da concorrência empresarial atualmente, monstra que se os gestores não se

adequarem as mudanças que sempre ocorrem no cenário mundial, suas organizações vão mergulhar

nas incertezas de mercado, devido à evolução da globalização e das tecnologias, e consequentemente

o surgimento de uma perca de força de concorrência com as suas competidoras. FRANCISCHINI e

GURGEL (2009, p.1) mostram que, “as empresas que apresentam um quadro preocupante nessa área,

enfrentaram dificuldades financeiras sérias, havendo até casos de concordata e falência”.

Para GIL (2010, p.1), a importância de se pesquisar “[...] decorre do desejo de conhecer com

vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz”.

O estudo na área de produção e controle de estoque tem que ser bastante discutido, e tem

como objetivo, o aperfeiçoamento e desenvolvimento nas técnicas desse domínio, pois devido à

evolução das técnicas de controle no campo da gestão da produção, a concorrência se torna mais

acirrada. Por isso, sempre se tem a importância de estar melhorando as práticas no gerenciamento da

logística. Investigando as falhas existentes, e consequentemente, fazer as possíveis melhorias.

Com a existência de um consumidor muito mais exigente, as organizações não devem ter o

desprazer da existência de gargalos em sua produção e, com isso transtornos em seu estoque.

O departamento de estoque é responsável pelo controle de todas as etapas, desde a chegada

da produção, até sua distribuição. Com isso, deve-se buscar uma gestão muito eficiente, para evitar

estoques desnecessários e melhorar o gerenciamento da estrutura dos estoques.

Com as constantes mudanças e incremento de novas tecnologias, torna-se mais oportuno a

implantação desses novos meios de gestão mais eficientes, para as organizações terem agilidade em

decorrência de alguma mudança ou incerteza do ambiente de mercado.

O aperfeiçoamento dessas práticas de gestão da produção nas empresas, hoje, torna-se mais

viáveis, pois com a facilidade de adquirir informações essas práticas tornam-se de fáceis implantação.

Estes conjuntos de fatores que negativarão todo o processo de gestão dos estoques, tem que

ser contornado e torna-lo mais eficaz de acordo com as necessidades para o sucesso de

competitividade da organização. FRANCISCHINI e GURGEL (2009, p.2) dizem que “tratar

adequadamente do abastecimento, do planejamento e do reaproveitamento de materiais contribui para

a melhoria de qualquer organização”.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo foi tratado o embasamento teórico a cerca da literatura sobre os mecanismos de

gerenciamento dos estoques. Constituindo-se por conceitos de processos, gestão de estoques,

compras e por outros tópicos de conhecimentos de autores renomados da área.

2.1 Evolução histórica da área de gestão de produção

É difícil detectar a mais antiga correlação que a gestão de produção e operações tenha sido

utilizada nos tempos mais remotos. Mas ao passar dos temos, com a constituição de grandes projetos,

mudando sua natureza para planos empresariais, fez que fosse necessário à preocupação do um

gerenciamento dos recursos, surgindo assim à área de produção. O século XX foi um período que teve

uma grande ascensão e uma maior contribuição para o desenvolvimento das operações, com as

contribuições de vários pensadores como: Frederick Taylor, Henry Ford, Edwards Deming, Tahiichi

Ohno e outros, foram de extrema importância para a concepção e progresso da área da gestão de

operação.

Outro momento incentivador dessa evolução foi o acontecimento da II Grande Guerra Mundial,

pois “requeria que munições, alimentos e outros suprimentos, como peças sobressalentes de

equipamentos e veículos de combate fossem, de forma eficiente, disponibilizados [...] em diversas

regiões do mundo, onde fossem necessárias”. (CORRÊA e CORRÊA, 2008, p.34).

A partir de então as operações passaram a ser trabalhada de maneira mais estratégica, com

objetivos de gerenciar as atividades produtivas, se relacionando com as outras áreas e setores da

organização e agregando valor para aos processos e melhorando os serviços para os clientes.

2.1.1 Importância estratégica do sistema de administração da produção

O que podemos esperar de um sistema estratégico de administração da produção, é que ele

possa dar suporte para a empresa, no que diz respeito, a tomada de decisão quanto à logística da

organização. Isso inclui esquematizar as precisões futuras da empresa para que ela possa prever o

tempo e os efeitos dessas decisões possam causar. Fazer um planejamento dos materiais que iram ser

comprados, para que não possam existir suspensões, com o excesso ou com a falta deles, não

atendimento a demanda.

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A administração estratégica da produção também ajuda no suporte, a realizar diminuição nos

prazos de entregas aos clientes, pois o cumprimento dos prazos é um fator que dificilmente é

respeitado pelas organizações. Para (CORRÊA et al, 2008, p.5) “[...] encontram-se empresas em que a

força de vendas tende a subdimensionar os prazos prometidos aos clientes potenciais no ímpeto de

conseguir fechar a venda”.

Essas estratégias de produção proporciona na organização, o poder de reação mais eficaz as

mudanças inesperadas de demanda, replanejando suas atividades e obtendo um melhoramento

competitivo.

2.1.2 Administração eficaz da produção

Atualmente, com a concorrência acirrada, as organizações devem tentar administrar seus

recursos a sua produção da melhor maneira possível. Tentando ao máximo os melhoramentos de suas

técnicas, inserindo sempre inovações. Também conhecer muito bem o seu mercado atuante, prevendo

as necessidades dos consumidores, prestando um serviço de forma organizada com ambientes

arrumados.

Com isso, os recursos serão utilizados de forma satisfatória para os consumidores e a

organização poderá confrontar com igualdade a concorrência.

2.2 Planejamento e controle de estoque

Os estoques tem uma relação de ambivalência, pois seus custos são altos, podendo se

deteriorar com o tempo, e precisam de um grande espaço físico para mantê-los. Mas também, sua

manutenção ocasiona segurança em relação às incertezas de demanda, uma garantia contra as

mudanças. Resolver esse problema é um dos maiores desafios dos gerentes de produção, na tentativa

de balancear e harmonizar oferta e demanda.

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2.2.1 Conceito de controle de estoques

Toda organização que conhecemos, possui algum espaço dedicado para sua estocagem de

suas matérias-primas ou de seus produtos acabados. Dai a suma importância de esses estoques

serem gerenciados, para que a empresa possa ter conhecimento detalhado de sua produção.

Gerenciamento dos estoques tem a finalidade de conservar um equilíbrio mínimo em relação

às quantidades necessárias para manter um fluxo de produção equilibrado com a absorção da

demanda. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2009, p.148) mostram que “o problema está em encontrar um

nível de estoque que permita atender adequadamente aos sues usuários e obedeça às restrições

impostas”.

2.2.2 Que é estoque?

Definido por SLACK et al 2008, como todo o aglomerado guardado de recursos de materiais de

um sistema para a sua transformação. Todo recurso, material ou não material, que esteja armazenado

pode-se considerar como estoque.

2.2.3 Por que existe estoque?

Independentemente de o que a organização processe (transforme, produz, trabalha) sempre

existirá um certo tipo de estoque, por causa da inconsistência entre o abastecimento e a demanda.

Caso contrário, eles não eram necessários. Quando o fornecimento de um sistema é maior de que sua

procura, os estoques tendem a aumentar, quando o inverso ocorre, os estoques tendem a diminuírem.

O alvo das organizações é chegar a um ponto de equilíbrio, para que os estoques possam ser níveis

constantes.

2.2.4 Custo de estoque

Toda e qualquer organização que mantem estoques, vai ter que se preocupar com os custos

que ele acarretará, como exemplos; depreciação, conservação, equipamentos, deterioração e etc.

Esses custos podem aumentar ainda mais se forem mantido uma grande quantidade estocada ou

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permanecerem por muito tempo nos depósitos. Portanto, os administradores de materiais deveram

controlar rigorosamente essa movimentação, e tentar minimizar os custos a coeficientes aceitáveis.

Segundo FRANCISCHINI e GURGEL 2009, esses custos são subdivididos como; custo de

aquisição, custo de armazenagem, custo de pedido e custo de falta de estoque.

Custo de aquisição, que não é de inteira responsabilidade do gerente de materiais, pode-se

definir como equivalente ao valor que a empresa paga para adquirir o produto, e está relacionado com

o poder de compra da organização, em que tentara reduzir esse valor.

Custo de armazenagem é um dos mais preocupantes, se não for o maior, para o gerente de

estoques. Devido esse necessitar de pessoas capacitadas, uso de equipamentos para movimentação e

espaço físico, pois quanto maior o estoque, maior o custo. A armazenagem de materiais é um setor

que mais oneram uma organização. “[...] esse custo é considerável, tendo em vista que representa uma

parcela de grande eficácia para diminuir o custo total de empresa, e, consequentemente, é uma arma

poderosa para enfrentar a concorrência”. (DIAS, 2009, p.32).

Já o custo de pedido, é determinado como sendo o valor que a empresa se despõe a pagar,

para que um lote de compras seja requerido junto ao fornecedor, e entregue a empresa negociante.

Custos esses relacionados com, despesas administrativas e operacionais.

Representando graficamente a seguir, conforme FRANCISCHINI e GURGEL 2009, podemos

ver que quanto maior for o número de pedidos (quantidade), menor serão os custos e virse-versa.

Figura 3: Curva do custo de pedido. Fonte: FRANCISCHINI e GURGEL 2009, p.169.

O custo de falta de estoque acontece quando os materiais atrasam e não são entregues pelo

fornecedor, podendo gerar prejuízos enormes para a organização compradora.

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2.2.5 Tipos de estoque.

Para SLACK et al 2008, existem quatro tipos de estoque, são eles: estoque de proteção,

estoque de ciclo, estoque de antecipação e por fim, estoque de canal.

Estoque de proteção tem o objetivo de equilibrar as variações de oferta e procura. Nele sempre

existe uma quantidade mínima da maioria dos artigos ofertados.

O estoque de ciclo existe, por que algumas etapas da operação, não podem proporcionar ao

mesmo tempo todos os itens da produção.

Já o estoque de antecipação é caracterizado por ser produzido, não somente quando

necessário, e sim ao longo de um período à frente de sua procura.

Por fim o estoque de canal existe, por que todo o que é produzido não pode ser transferido

instantaneamente para seu destinatário, ele é todo estoque que está em trânsito.

2.2.6 Curva ABC

Atualmente as organizações, que trabalham, com um número bastante alto de itens nos

estoques, sendo muito complexo o trabalho de avaliar com precisão, os artigos de maior valor para a

empresa. Para FRANCISCHINI e GURGEL 2009, eles destacam que se deve priorizar uma maior

atenção naqueles componentes que trazem um maior beneficio para a companhia.

A classificação ABC é uma ferramenta que permite ao administrador identificar os itens que

merecem uma atenção maior por parte dele. Essa curva demostra uma ordenação do grau de

importância de alguns componentes do estoque de acordo com o seu consumo anualmente.

Os gerentes utilizam essa ferramenta para sua definição das políticas de venda da empresa,

para a programação da produção e uma série de fatores.

Os itens são divididos em três classes através do critério de consumo anual, sendo; A, B e C. O grupo

A classifica-se como o de mais importância e atenção dedicada. A classe B é composta de

componentes intermediários, em seguida, o grupo C. São itens que merecem um pouco menos de

cuidado.

Para poder construir uma classificação ABC é necessário ter cuidados na constatação e

levantamento das informações que vão ser usadas nessa classificação. Portanto é necessário pessoal

preparado, formulários bem feitos e normas técnicas de classificação.

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Geralmente são dispostos cerca de 20% dos itens no grupo A, 30% no B e 50% na classe C,

números esses que podem modificar de acordo com as necessidades da organização.

A tabela a seguinte mostra a ordenação dos materiais de acordo com a ordem decrescente

sobre os valores de consumo.

Figura 4: Ordenação dos dados. Fonte: DIAS, 2009, p.77.

A partir dessas informações, pode-se criar a curva ABC, que é traçada em eixo cartesiano, “colocando os números de ordem em abscissas e as respectivas porcentagens sobre o valor do consumo total em ordenadas, obtendo-se a curva ABC”. (DIAS, 2009, p.78). A curva ABC é ilustrada a seguir.

Figura 5: Curva ABC. Fonte: DIAS, 2009, p.78.

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Deste modo, nota-se que, os itens que merecem mais cuidado por parte do gerente de

produção são os itens C e B, estes pertencem à classe A. Os artigos E, D e G, integram o grupo B, e

merecem uma atenção intermediária. Já os artefatos F, H, A, J, e I pertencem à classe C, podem ser

trabalhados de modo mais simplificado com relação ao seu controle.

Esse modelo de controle trás uma vasta gama de aplicações. A curva ABC pode ser aplicada

em qualquer tipo de empresa, seja ela, grande, média ou pequena, ou grandes empresários e

pequenos empreendedores.

2.2.7 Lote econômico

Na administração de meterias, um dos maiores problemas é detectar o momento certo, a

quantidade certa de reabastecimento do estoque. Para minimizar esse problema, podemos utilizar o

lote econômico, que nada mais é que, a quantidade certa de materiais a serem reabastecidos para

determinada divisão da produção. Através dele poderá diminuir os custos, buscar otimização, para

aquele determinado período.

Os custos podem aumentar de acordo com as suas variáveis como; espaço, juros seguro, e

com isso, se é aumentado à quantidade de material, essas variáveis aumentam. Existem as despesas

que podem diminuir de forma que os materiais pedidos são aumentados como; os gastos de pedidos

em quantidades maiores. “Esta redução se deve ao fato de que poucos pedidos terão de ser emitidos

durante determinado espaço de tempo e, como resultado, haverá despesas menores de emissão de

pedidos de compra e inspeção, assim como de preparação das máquinas”. (DIAS, 2009, p.86).

A figura a seguir nos dá uma visão melhor da ideia:

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Figura 6: Ponto de equilíbrio de lote econômico. Fonte: SLACK et al, 2008, p.527.

A figura nos mostra, de acordo com o custo total, o custo de estocar e de pedir, o ponto de

equilíbrio de lote econômico, ou seja, a quantidade estabiliza e minimiza as despesas.

2.2.8 Estoque de segurança

Sabemos que nem sempre as demandas são fiéis, existindo uma flutuação em torno de sua

média. Uma maneira utilizada pelos gerentes de produção é de minimizar esse problema com o

incremento de um estoque de segurança, esse ficando a disposição dos consumidores, caso haja

algum problema na demanda, para que a empresa não sofra com a falta de seus itens no estoque

quando eles são necessitados. [...] “O estoque de segurança será utilizado apenas nas eventualidades,

é necessário que seu valor seja calculado ponderando adequadamente todas as variáveis que possam

influir na sua determinação”. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2009, p.157). (CHIAVENATO, 2005, p.69.)

acrescenta ainda que “sua função é proteger o sistema produtivo quando a demanda e o tempo de

reposição variam ao longo do tempo”.

A figura a seguir, nos mostra a utilização do estoque de segurança.

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Figura 7: Estoque de segurança. Fonte: FRANCICCHINI e GURGEL, 2009, p.153.

A organização deve trabalhar de forma completa, juntando os vários setores ou departamentos,

para que os níveis desse estoque seja o menor possível, buscando a diminuição dos seus custos.

Assim, aumentará os níveis de serviço para os clientes, com uma maior segurança para a empresa.

2.2.9 Administração de estoques determinados pela demanda

Gerenciamento de estoque é um fator que está relacionando intimamente com a estimativa de

consumo futuro de um artigo, por parte da demanda, em determinado período de tempo. Portanto, isso

requer da organização, uma visão de amanhã para suprimento do item. São necessárias informações

precisas para que o gerente possa tomar decisões a respeito dos níveis de ressuprimento para acolher

as exigências dos consumidores. Para FRANCISCHINI e GURGEL 2009 existem dois procedimentos

de se estimar demandas: qualitativamente; que é baseado em opiniões e estimativas dos gerentes

vendedores e etc.; e o quantitativo, baseados em procedimentos estatísticos.

Essas dados, frequentemente, não estão sob controle da empresa, pois são sujeitos a vários

fatores influenciadores. CORRÊA e CORRÊA 2008 citam alguns fatores como; ofertas dos

concorrentes, as condições do mercado, promoções e etc.

Segundo FRACISCHINI e GURGEL 2009 a demanda pode ser independente, porque a

empresa não tem controle das condições do mercado, tendo como exemplo produtos acabados e

peças de reposição, e a demanda pode ser dependente, os gestores podem prever seu consumo

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através de cálculos baseados em fatores controláveis por parte da operação como; matérias-primas e

componentes para montagem.

2.3 Planejamento e controle just in time

Planejamento just in time surgiu no Japão, no final dos anos 40, trazendo uma nova prática que

mudou completamente as operações nas empresas, mudando radicalmente as tradicionais formas de

produção, aperfeiçoando o desempenho das operações, com as suas técnicas de produção no tempo

certo.

2.3.1 Que é just in time?

Just in time pode ser definido como sendo a produção no tempo em que ela é necessária, pois

produzindo antes, os estoques vão aumentar e produzindo depois, os clientes terão que ficar

esperando. Para (SLACK et al, 2008, p.482) “O JIT (just in time) visa atender à demanda

instantaneamente, com qualidade perfeita e sem desperdícios”.

A figura a seguir, mostrará a diferença entre o modelo tradicional e a abordagem JIT nas operações.

Figura 8: Diferença entre o fluxo tradicional e a abordagem JIT. Fonte: SLACK et al, 2008, p.483.

A figura 7 nos mostra que, no modelo tradicional, os diferentes estágios, logo que produz um

componente, ele é estocado, e só depois é enviado para o outro estágio. Já na abordagem just in time,

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os componentes produzidos pelos estágios, imediatamente após sua produção, é enviado ao próximo

estágio, sem a necessidade de estocagem.

As duas abordagens sempre buscam ter uma melhor eficiência, mesmo adotando caminhos

distintos. No modelo tradicional, visando uma segurança entre os fluxos, já no JIT busca-se evitar os

estoques.

2.4 A área de compras no estoque

Um setor que é, para toda organização, essencial para abastecer, com os materiais ou serviços

necessários, os departamentos. Tendo o dever de planejamento das quantidades certas, verificação

dos pedidos e do armazenamento, para que os materiais sejam ajustados com o processo produtivo.

DIAS (2009, p.229) mostra os objetivos básicos do departamento de compras:

Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção;

Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que

afete a operacionalidade da empresa;

Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de

quantidade e qualidade definidos;

Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honrada as melhores condições

para a empresa, principalmente em termos de pagamento.

Essas informações são fornecem para o gerente de compras a melhor forma para ele aplicar,

eficientemente, o processo das compras necessárias para a empresa.

A seguir mostramos o organograma do processo de compras.

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Figura 9: Organograma da seção de compra. Fonte: DIAS, 2009, p.232.

Na empresa, para reduzir os custos, tem que usar os meios (prazos, preços, volume,

qualidade) de se comprar melhor; com a necessidade de se estocar cada vez mais adequadamente os

insumos. Uma certeza para a empresa é que, com a utilização desses processos adequadamente, o

sucesso e as vantagens de competição e redução dos custos serão imensas.

2.5 O papel da logística na gestão de estoque

A logística é um fator agregador para o gerenciamento dos estoques, pois, permitirá à

organização um melhor equilíbrio nos níveis de estoques, não deixando acumular ou existir uma queda

do mesmo, que possa prejudicar a empresa. A logística, agindo de forma integrada e estratégica, com

atividades, tanto de compras como de distribuição física, pode otimizar os recursos disponíveis visando

um rendimento maior nos processos operacionais.

(DIAS, 2009, p.338) define a importância da logística como sendo “o processo de planejar,

implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo de armazenagem de matérias-primas

e estoque durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades,

desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando atender aos requisitos do cliente”.

As empresas, cada vez mais, devem utilizar as politicas e diretrizes da logística, devido estas

serem uma forma de alcance de uma relação convencionada entre a organização e os consumidores.

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2.6 O ECR e os sistemas de restabelecimento de estoques

Com a constante conscientização dos empreendedores de que é necessária uma busca por

maiores níveis de qualidade de sua produção, eles vêm introduzindo novos conceitos de

gerenciamento de ressuprimentos de sua produção.

No ano de 1998, difundido no Brasil pela Associação ECR Brasil, surgiu um novo conceito

nessa área, e foi apoiada por várias indústrias e empresas, foi à introdução dos princípios propostos

pelo sistema ECR (Efficient Consumer Response).

De acordo com site (www.senac.br),

ECR é uma ferramenta estratégica de gestão que tem o objetivo de identificar o perfil

dos clientes e suas necessidades. Tem como foco montar o mix ideal de linhas de produtos

para cada loja, onda se possa conhecer quais são os produtos mais vendidos por dia de

semana e por período do dia (manhã, tarde e noite). Esta ferramenta não só indica o mix de

produtos adquiridos pelos clientes como também as relações de categorias vendidas em

conjunto.

O ECR objetiva a coordenação de trocas de conhecimentos entre a indústria e o varejo,

sincronizando o fluxo dos produtos e estoques através das informações alcançadas. Segundo o site

(www.scielo.br) O ECR propõe quatro diferentes estratégias:

Determinação do mix de produtos mais adequado em todos os PDV (Ponto De Venda),

Ressuprimento do mix na quantidade certa e no exato momento em que a demanda

ocorre,

Promoções, a partir de melhor entendimento e coordenação das questões estratégicas

e operacionais quanto à alocação de recursos,

Lançamento de novos produtos visando maximizar o valor na visão do cliente final.

Percebemos, então, que o ECR visa à diminuição dos custos pelo meio da diminuição dos

estoques, estes reduzidos através de constantes trocas de informações com os seus fornecedores e

fabricantes.

Compreendemos que, com a utilização de tecnologias de informações como ECR, é importante

para a organização na sua gestão de suprimentos, utilizando os benefícios para se chagar na redução

nos custos, planejamento conjunto, aumento nos níveis de serviço, redução nos riscos e uma maior

vantagem competitiva.

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2.6.1 Reposição de estoques feito de forma manual

Mesmo com a evolução das tecnologias, ainda existem empresas que preferem controlar seus

estoques e sua produção de forma manual, por preferencia do administrador/proprietário da

organização, entendendo que esse sistema o satisfaz.

O sistema manual ou como é normalmente chamado, sistema Kardex, é composto por fichas

ou cartões de registros dos estoques. Este sistema depende muito da transmissão dos pedidos por

parte do intermediário ou portadores das fichas. A seguir vemos um exemplo de ficha de controle na

figura 9.

Figura 10: Ficha de controle de estoque. Fonte: BALLOU, 2009, p.230.

Esse princípio tem como benefícios, o baixo custo inicial e maior adaptação por parte da

empresa o dos funcionários. (BALLOU, 2009, p.269) diz que esse sistema “é mais apropriado para

organizações que manuseiam relativamente poucos pedidos ou que necessitam de flexibilidade para

tratar com ampla variedade de situações de venda”.

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2.6.2 Reposição automática de estoques

As organizações atualmente, cada vez mais, estão aplicando no seu processo de

ressuprimento os sistemas computadorizados, devido às vantagens que eles proporcionam. Tais como;

são facilmente adaptáveis aos estoques, programas disponíveis no mercado, elaboração de relatórios

mais aperfeiçoados. “Hoje há sistemas projetados e implantados que deixam para o ser humano

apenas o esforço envolvido em iniciar as vendas ou as entradas de pedidos e, então, monitorar a

operação”. (BALLOU, 2009, p.271).

Tais sistemas informatizados se tornam viáveis quando são grandes o volume de trabalho

exigido, que com a utilização do método manual se torna oneroso. Segundo BALLOU 2009, um dos

sistemas mais utilizados na área é o IMPACT (Inventory Management Program and Control

Techniques), ou seja, técnicas de controle e programação para administração de estoque. BALLOU

acrescenta que o sistema IMPACT é capaz de realizar ou produzir as ordens de pedido ou reposição,

ordens de entrega sem qualquer interferência manual. Mas nem sempre a utilização de sistemas

computadorizados podem eliminar ou dispensar o cuidado gerencial, pois eles não estão livres de

riscos como a parada total do sistema.

Cada vez mais as organizações estão cientes de que os sistemas de entradas e

processamentos de pedidos controlados por computador são de suma importância para seu

ressuprimento e sua distribuição.

2.6.3 Sistema MRP e MRP II

Nas organizações, atualmente, tem-se a necessidade de não estocar materiais que não

possam ser utilizados de imediato. Assim, o mais seguro para as empresas é comprarem seus

materiais no momento mais perto possível da absorção produtivo. O MRP (Materials Requirements

Planning) é um programa computadorizado que auxilia os gerentes de produção (fazendo cálculos), a

realizar essas entradas com maior perfeição, a partir de uma base de dados que devem ser atualizados

constantemente. Fazer esses cálculos, dos momentos certos e quantidades necessárias, para o

suprimento da produção, é a função que o sistema MRP trás para o beneficio das organizações.

Com a implementação do MRP, para medir a capacidade de materiais, surgiu também a

necessidade de calcular o volume de outros recursos, deu-se a criação de um outro sistema com a

utilização da mesmo sigla, o MRP II (Manufacturing Resources Planning). Este sendo uma

continuidade de modelo inicial.

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O MRP II é diferente do MRP, apenas pelo tipo de determinações de planejamento que ele

aponta. “enquanto o MRP orienta as decisões de o que, quanto e quando produzir e comprar, o MRP II

engloba também as decisões referentes à como produzir, ou seja, com que recursos”. (CORRÊA et al,

2008, p.133). Sendo assim, o MRP II fornece mais do que apenas os cálculos que o MRP provê,

incluindo planejamentos que visão ao alcance de uma capacidade de produção mais favorável para a

empresa.

2.7 Sistemas de controle de estoque

Como já citamos medir e controlar os níveis dos estoques é assunto de muita importância para

as organizações. O maior questionamento dos empreendedores é descobrir como minimizar seus

acervos, sem prejudicar sua produção e nem aumentar as suas despesas. “Toda empresa deve definir

como administrar seus estoques, não só pelas vantagens decorrentes da organização, como também

da exigência da implantação dos sistemas informatizados, hoje presentes em quase todas as

empresas”. (MARTINS e ALT, 2009, p.243).

CHIAVENATO 2005 diz que existem quatro métodos de controle dos estoques: sistema de

duas gavetas; sistema dos máximos-mínimos; sistema das reposições periódicas e planejamento das

necessidades de materiais (MRP).

O sistema de duas gavetas, ou caixas, é considerado o mais simples e o seu uso é

intensificado no comércio de pequeno porte, como os varejistas, por lidar com um grande numero de

itens com um valor baixo e uma demanda constante como: parafusos e porcas.

Nesse método, os estoques são guardados em duas caixas. A primeira gaveta (A) contem uma

quantidade de itens de acordo com o consumo antevisto para um determinado momento. Quando esse

estoque diminui ou chega à zero, é emitida uma ordem de reposição. Enquanto é aguardado esse

ressuprimento, a segunda caixa (B) é acionada para não existir comprometimento da produção.

(CHIAVENATO, 2005, p.82) relata que “a gaveta B tem uma quantidade de material suficiente para

atender à demanda durante o tempo necessário à reposição do estoque, mais o estoque de

segurança”.

A vantagem desse sistema é á não existência de procedimentos complexos na reposição dos

itens.

O sistema dos máximos-mínimos é mais adequado quando existe uma dificuldade para

determinar o consumo. Segundo CHIAVENATO 2005, o sistema consiste em estipular o máximo e o

mínimo para cada artigo de acordo com sua expectativa de consumo para o período.

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Já no modelo de reposição periódica, os pedidos são realizados em grupos e em intervalos de

tempo colocados para cada item. “Esse sistema pode simplificar a programação de entrega, porque

estabelece uma rotina. Um pedido novo é sempre colocado ao final de cada revisão, e o intervalo entre

pedidos é fixado em demanda é uma variável aleatória; portanto, varia a demanda total entre as

revisões”. (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2004, p.311) Assim, os pedidos devem seguir as necessidades

de demanda do período seguinte.

O planejamento das necessidades de materiais ou MRP, já foi abordado anteriormente.

2.8 Armazenamento de materiais

Armazenar materiais e mercadorias adequadamente é um fator essencial para a redução dos

custos logísticos de qualquer organização. POZO 2008 enfoca que, dimensionar e controlar esses

estoques é uma tarefa muito valiosa para a empresa e até inquietante. O armazenamento de materiais

serve para suprir as precisões da fabricação, cobrir as dúvidas quanto às entradas dos insumos e as

saídas dos produtos acabados.

Uma grande questão a ser resolvida pelas empresas é se é favorável à disponibilização de um

grande espaço para o armazenamento ou minimizar esse espaço para reduzir os seus custos.

Segundo POZO 2008, algumas organizações justificam a utilização desse grande espaço, pois

possibilita redução nos custos de transporte, auxiliam o atendimento ao cliente e permite uma melhor

coordenação da área de suprimentos. Ao contrário, muitas empresas estão minimizando esses

espaços e se utilizando do modelo just in time, ou seja, o ajuste dos suprimentos à demanda, no tempo

e na quantidade certa. Entretanto é importante que as empresas se adequem e armazenem seus

materiais de forma a obter o melhor resultado na redução dos seus custos.

2.8.1 Arranjo físico (layout)

Segundo CHIAVENATO 2005, arranjo físico é o modo como a empresa dispõe seus

equipamentos, materiais ou pessoas para que se adequem ao processo produtivo. É um planejamento

dos espaços utilizados para a ocupação dos elementos de produção ou serviços.

Arranjo físico também pode ser considerado como a distribuição/localização dos órgãos ou

departamentos da empresa ligados a produção, não só os materiais precisam estarem alocados

adequadamente, como também os órgãos para promover uma ligação entre eles.

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Para CHIAVENATO 2005 existem três tipos de layout, de processo, de produto e estacionário.

Layout de processo é utilizado quando o produto sofre bastantes modificações ou sua

produção é baixa. Tem como beneficio uma maior flexibilidade, e desvantagem, o seu alto custo.

Layout de produto é empregado quando existe uma padronização do produto e não ocorrem

modificações. Vantagens como custos baixos, movimentação dos materiais e fácil planejamento são

características desse modelo. As desvantagens são baixa flexibilização e equipamentos com custos

elevados.

Layout estacionário é mais adequado para produção de grande porte, como de navios e

aviões, que possuem um ciclo longo de fabricação. A flexibilidade e fácil planejamento são vantagens

do modelo.

2.8.2 Técnicas de estocagem de materiais

O modo de armazenagem dos materiais é dependente das características dos mesmos,

podendo necessitar de técnicas simples ou até então de métodos mais complexos e sofisticados. De

acorde com CHIAVENATO 2005, deve-se levar alguns fatores em consideração para a escolha do

modo como: o espaço disponibilizado, tipo de material, número de itens, atendimento e tipo de

embalagem. A seguir discriminaremos alguns métodos.

2.8.2.1 Carga unitária

É constituída de certas embalagens que transportam uma quantidade de material para que

possa facilitar seu manuseio e armazenagem tornando-se uma unidade, ou seja, um conjunto de

cargas formando um único módulo. È formada por meio de um aparelhamento conhecido como pallet

feito de madeira. As vantagens da paletização são; economia de tempo, de mão de abra e de área.

2.8.2.2 Caixas ou gavetas

Modelo utilizado para materiais que de pequenas dimensões. Segundo CHIAVENATO 2005,

ideal para ser utilizadas para estocagem de materiais em processamento, semi-acabados ou acabados.

Podendo ser confeccionados pala própria organização.

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2.8.2.3 Prateleiras

Prática destinada à estocagem de materiais de vários tamanhos e permite certo apoio para o

modelo de caixas e gavetas. É o meio para estocagem mais econômica e mais simplificada, sua

técnica é bem utilizada para itens leves e que não necessitam de grande estoque.

2.8.2.4 Raques

Para CHIAVENATO 2005, são formados para acomodar peças longas e estreitas como tubos,

barras, vergalhões e etc. Montado para facilitar o deslocamento, sua estrutura básica é de madeira ou

de aço.

2.8.2.5 Empilhamento

É uma técnica para se aproveitar o máximo de espaço vertical do estoque. “É uma técnica de

estocagem que reduz a necessidade de divisões nas prateleiras, já que, na prática, forma uma grande

e única prateleira”. (CHIAVENATO, 2005, p.128)

2.8.2.6 Contêiner flexível

Uma tecnologia mais contemporânea de estocagem. “O contêiner flexível é uma espécie de

saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno que varia

conforme seu uso”. (CHIAVENATO, 2005, p.128)

2.8.3 Inventário físico

Uma prática que é muito valorizada e realizada cada vez mais nas empresas, é o inventário

físico. O inventário se trata de uma contagem física de todos os itens mantidos em estoque e em

processos na organização para efeito de comparação com os registros das fichas de estoque. Essa

contagem serve, também, para diagnosticar o valor total do estoque. “A feitura de um inventário físico é

uma prática há muito tempo valorizada em várias empresas, principalmente porque foi exigida para

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uma avaliação „precisa‟ do valor do estoque, que por sua vez será a base para as declarações

financeiras anuais”. (ARNOLD, 2009, p.346).

O inventário é realizado em toda a empresa, contando com a ajuda de todos, almoxarifado, os

depósitos, na produção e etc. Deve ser realizado por pessoas adequadamente treinadas.

Essa contagem pode ser feita de modo geral ou de modo rotativo.

Inventário geral, segundo POZO 2008, é efetuado no fim de cada exercício fiscal da empresa,

contando com todos os itens no estoque de uma só vez. Para a utilização dessa técnica é necessário

que se para o processo de produção e consiste numa realização apressada e às vezes de forma

inadequada.

Já o inventário rotativo é realizado ao longo de todo o ano fiscal através de uma programação

determinada. Não exige que o processo de produção seja paralisado. “Tal procedimento é mais

vantajoso e mais econômico em razão de não haver necessidade de paralisação da fábrica, de permitir

melhores condições e tempo para análise de problemas ou causas de ajustes, bem como por

aperfeiçoar o sistema de controle”. (POZO, 2008, p.97).

A área de controle financeira é responsável pela a orientação para a elaboração dos

inventários e dos documentos necessários para execução do mesmo. Ao final do inventário, uma

análise é feita para detectar as possíveis diferenças entre os documentos de controle e o estoque

físico, caso exista divergências esse estoque passará por analise e ajustes de acordo com a política da

empresa.

2.8.4 Gargalos de produção

É quase que impossível, para as organizações que mentem uma produção ininterrupta, a não

existência dos chamados „gargalos de produção‟, ou seja, uma parte no processo de produção onde

existe uma sobrecarga ou fique inativo, tornando assim mais demorado e o material fique parado por

muito tempo. Gargalos de produção são estações “onde a capacidade exigida é maior que a

capacidade disponível” (ARNOLD, 2009, p.168).

Esse tipo de sobrecarga ou ociosidade ocorre devido à falta de uma estabilização na

capacidade disponível nos diversos pontos de trabalho com a disposição que é demandada.

Para que uma organização possa tentar evitar ao máximo esses entraves, e possa controla-los,

para manter o processamento do sistema em ordem, segundo ARNOLD 2009, deve-se proceder da

seguinte forma: controlar a quantidade de materiais de entrada, proporcionar a capacidade necessária,

ajustar as cargas e fazer programações da demanda.

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Minimizando essas barreiras a empresa pode manter um processo continuo e que os materiais

fluam para uma produção mais eficiente.

2.9 Estado da arte: pesquisas realizadas na área do controle de estoques

Pesquisas realizadas em relação ao gerenciamento dos estoques estão sendo concretizadas

em uma grande parcela das organizações, devido à importância que essa função tem dentro das

empresas para reduzir os custos e alcançar uma produção de acordo com as necessidades do

mercado. A seguir destacamos algumas delas que serviram de base para o presente trabalho.

2.9.1 Análise e proposta de um sistema de informações para a empresa Hipermolde

Estudo realizado por LEME, GOMES, JÚNIOR, AGUIAR, SOUZA, RANULFO, SILVA e

ARAÚJO no ano de 2010, com uma sugestão de analisar a necessidade e propor a implantação de um

programa de gerenciamento de estoque na empresa Hipermolde Construção Pré-Fabricadas Ltda.

Para elaboração do artigo foi utilizada a pesquisa exploratória, a técnica de coleta de dados

utilizada foi em forma de entrevista. Foi utilizada, também, a pesquisa quantitativa, e devido ser uma

organização que possui um número de funcionários reduzidos, não teve necessidade de amostragem.

O alvo da pesquisa foi o seu administrador geral. Para verificação de que as questões foram

compreensíveis, foi aplicado um pré-teste.

Conforme a análise dos resultados comprovou-se que a organização não está utilizando

sistemas de informação, sendo feito o controle de gerenciamento através de fichas manualmente,

indicando o acontecimento de alguns erros, “a falta de materiais”, devido o sistema ser deficiente.

A empresa trabalha quase com o sistema just time, pois ela trabalha com reposições

regulares, devido constante utilização da mesma. Não uma necessidade de estocagem, pois os

fornecedores disponibilizam entregas rápidas. Solicitação dos materiais é feito pelo encarregado que

faz pedido ao setor responsável de acordo com a quantidade utilizada.

Os autores mostram as vantagens da utilização dos sistemas de controle dos estoques, como

a utilização do sistema MRP (Materials Requirements Planning) que provê um grau muito alto de

exatidão, para o abastecimento dos materiais para a empresa estudada.

Sendo assim, conclui-se que a composição e informatização dos métodos será sem dúvida

um grande avanço para empresa Hipermolde Construções Pré-Fabricadas Ltda.

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2.9.2 Controle e gerenciamento de estoques das empresas comerciais de artigos de vestuários de

tangará da serra mato grosso

O caso foi discutido por SILVA e ANUNCIATO em 2006 e a pesquisa teve como enfoco

principal identificar se as companhias revendedoras de artigos de vestuário do município de Tangará

da Serra/MT apresentam políticas de controle e gerenciamento de estoque formal.

Foram utilizadas cento e seis empresas comercias de artigo de vestuários, que atuam em

Tangará da Serra, e o instrumento de pesquisa utilizado, foi o de questionário semi-estruturado.

Na pesquisa ficou constatado que as empresas que atuam a mais de seis anos no mercado, ou

seja, cinquenta delas, não possuem esse controle formal dos estoques. Um fato que pode estar

comprometendo o desenvolvimento das organizações, pois a não existência desse controle pode,

dificulta as vendas dos produtos estocados há mais tempo.

O estudo mostrou também que 51% das empresas pesquisadas não oferecem treinamento

algum para seus colaboradores de como fazer controle e gerenciamento dos estoques, treinamento

que é fundamental para melhor desempenho das atividades da empresa.

Contrariando os resultados acima, 66% dos entrevistados responderam que o controle e o

gerenciamento dos estoques é importante, pois o seu uso de forma adequada, leva a empresa a

resultados extraordinários.

Outro ponto de discursão para os entrevistadores foi que os motivos da empresa não utilizar

políticas de controle de estoques são o, desconhecimento das reais necessidades de estoques, falta de

pessoas capacitadas, falta de espaço.

Concluiu-se que, a maioria dos entrevistados concordaram que o controle e gerenciamento de

estoques é uma peça fundamental dentro das empresas e eles tem a consciência disso. Mostrando a

falta de preparo dos empresários com relação à administração dos estoques.

2.9.3 Gerenciamento de estoque farmacêutico

Pesquisa realizada por PINHEIRO em 2005 com o objetivo de evidenciar que é essencial a

aplicação de um sistema de controle de estoque apropriado à atividade comercial farmacêutica, pois as

aquisições desse tipo de sistema objetivam, especialmente, os resultados e a otimização das

despesas.

O método utilizado no estudo foi o sistema de classificação ABC, representando a taxa de

representatividade do item no estoque com a sua demanda.

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Analisando os resultados, o autor mostra que a classificação ABC tem o objetivo de determinar

os produtos de maior saída na demanda total em um certo período. A demanda de um item não

depende somente de um gerenciamento eficiente do estoque, mas também das necessidades dos

consumidores e as de atendimento às exigências legais e outras.

Um gerenciamento de controle de estoque não informatizado colabora desfavoravelmente no

controle dos investimentos de reposição e na classificação das informações necessários à tomada de

decisão, devido a perco de tempo e a possível ocorrência de equívocos.

Com isso o autor elaborou um sistema de comandar o estoque capacitado a produzir dados

satisfatórios e confiáveis para a tomada de decisão. O modelo proposto sugeriu uma facilidade de

adequação à realidade dos estabelecimentos comerciais farmacêuticos, devendo atender, no mínimo,

às seguintes diretrizes referentes ao controle do estoque: cadastramento informatizado dos itens;

classificação ABC de todos os itens do estoque; estabelecimento de quantidades pedidas por item;

fixação de um estoque mínimo por item. O sistema possibilita o fornecimento de diversos documentos

de controle sobre os itens componentes do estoque.

Finalmente conclui-se que os registros manuais não são muito confiáveis, pois compromete a

confiabilidade dos elementos fundamentais à tomada de decisão para o controle competente.

2.9.4 Gerenciamento de estoques via previsão de vendas agregadas utilizando simulação

Desenvolvido por PEIXOTO e PINTO em 2006 com o objetivo de determinar corretamente as

alternativas e parâmetros do processo decisório para que apoie a tomada de decisão de solicitação de

compra dos seus inputs na Belgo Bekaert Nordeste S.A, empresa produtora de arames de aço.

Na pesquisa foi utilizado o método de pesquisa-ação, os membros do sistema estudado

participam ativamente nos trabalhos, ao oposto de pesquisas tradicionais.

Depois de uma concretização dos dados coletados e de um tratamento para adequação aos

procedimentos exigidos durante a constituição de um modelo de previsão, foi desenvolvido um banco

de dados composto por tabelas que devem ser ininterruptamente mantidas para possibilitar o

procedimento de simulação que acontecerá periodicamente.

O modelo foi verificado utilizando-se apenas em um grupo de vendas que produzia resultados

previsíveis. O exemplo foi legitimado através de testes para investigação de seu grau de aderência ao

processo.

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De acordo com os resultados, na maioria dos itens a política de aquisição sugerida pelo

sistema satisfez a demanda. Foi verificado um crescimento exagerado das vendas.

A companhia continua utilizando o instrumento para apoiar seu processo de tomada de decisão

de obtenção dos insumos. O sistema, apesar de fácil em relação ao sistema estudado, ofereceu

resultados que retratam a realidade com boa qualidade e eficiência.

2.9.5 O uso do código de barra no controle de estoque na Drogaria Dennys Ltda

OLIVEIRA realizou este estudo em 2006 com o objetivo de mostrar o uso de código de barras

como estrutura de gestão de gerenciamento de estoque nos estabelecimentos comerciais do ramo

farmacêutico de Gurupi, individualmente na Drogaria Dennys Ltda, relatando os problemas que a

empresa encara em relação ao seu controle de estoque de artigos.

Metodologia utilizada foi a de Pesquisa qualitativa, foram utilizadas14 farmácias. Utilizou-se um

questionário com questões abertas, contendo 18 perguntas formuladas.

Analisados os dados, o autor mostra que o controle dos produtos era feito manualmente, e era

mantido um estoque muito alto e sem rotatividade. Entres aqueles empresários que disseram ter

inserido o código de barras em sua empresa, apontam-se melhorias relacionadas à rapidez nas

vendas, diminuição das falhas e no gerenciamento dos produtos.

A pesquisa afirma que o velho sistema de controle de estoque, feito por meio de papeletas, era

conflitante com as reivindicações de mercado atual, pois gerava erros e atrasos no controle dos

produtos.

De acordo com os dados colhidos, a utilização de softwares de gestão de estoque, como o

código de barras, geraria a chegada de melhoria no controle do estoque, aumentando a agilidade na

recepção da freguesia.

Finalmente conclui-se que a utilização do código de barras agiliza as vendas, garante o

manipulação mais adequado dos produtos do estabelecimento, amortece a margem de erro nas

relações de compra e venda de produtos aos consumidores.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente capítulo tem como objetivo apresentar os procedimentos metodológicos, que se

trata de como o trabalho foi realizado. (BOAVENTURA, 2004) A metodologia é a explicação minuciosa,

detalhada e exata de toda a ação desenvolvida no método (caminho) de trabalho de pesquisa.

Contendo os métodos e técnicas utilizados para o esclarecimento do estudo visando definir a

forma científica do trabalho e para a melhor resolução do problema proposto.

3.1 Tipo de pesquisa

“Há várias taxinomias de tipos de pesquisa, conforme os critérios utilizados pelos autores. Aqui,

proponho dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios”. (VERGARA, 2007, p.46).

Levando em consideração os fins, as características da pesquisa podem-se tratar como;

exploratória-descritiva-diagnóstico.

“A investigação exploratória [...] é realizada em área na qual há pouco conhecimento

acumulado e sistematizado”. (VERGARA, 2007, p.47). Devido ser o primeiro estudo realizado na

empresa com a intenção de verificar as práticas de gestão de estoques efetivada na mesma.

“Descritiva, „delineia o que é‟ – aborda também quatro aspectos: descrição, registro, análise e

interpretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente”. (MARCONI E

LAKATOS, 2008, p.6). Mostrando simplesmente a descrição de algum fenômeno.

Pesquisa-diagnóstico, pois “visa ao diagnóstico interno ou externo do ambiente organizacional”

(ROESCH, 2005, p.72), “[...] apresenta um conjunto de técnica e instrumentos de análise que permitem

não só o diagnóstico, como também a racionalização dos sistemas” (ROESCH apud HESSEL, 1989).

Em relação aos meios, o trabalho pode-se considerar pesquisa bibliográfica, “é elaborada com

base em material já publicado. [...] esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros,

revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos” (GIL, 2010, p.29). O estudo é

desenvolvido com base em materiais de acesso ao público tais como: livros, revistas, jornais e etc.

A pesquisa é também considerada estudo de caso, já que “consiste no estudo profundo e

exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.”

(GIL, 2010, p.37). Define estudo de caso pelo fato de investigar um único fenômeno: a gestão de

estoques da instituição.

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3.2 Universo e amostra

Vai-se considerar universo, o gestor e os colaboradores do Atacadão da Construção, já que

universo é [...] um conjugado de elementos que possuem os atributos que serão objetos de estudo

(VERGARA 2007).

Entende-se por amostra, “uma pequena parte dos elementos que compõem o universo”. (GIL,

2010, p.109). (...) “os indivíduos são selecionados com base em certas características tidas como

relevantes”, (GIL, 2010, p.153) para a aquisição das informações.

Já a amostra considerou-se os funcionários ligados diretamente ao controle de estoque. Foi

adotada a amostragem não probabilística intencional, pois foi escolhido intencionalmente um grupo de

elementos que compôs a amostra.

3.3 Coleta de Dados

“Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas

selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos” (MARCONI e LAKATOS, 2008, p.18).

Na coleta de dados foi utilizado o modelo de tipo entrevista semi-estruturada, já que no

momento de sua realização o investigador tinha em mãos um formulário com perguntas abertas e

fechadas. Esses procedimentos foram utilizados para uma melhor compreensão dos resultados finais.

Todos os participantes responderam um formulário padronizado.

3.4 Tratamento dos dados

“Tratamento dos dados refere-se àquela seção na qual se explicita para o leitor como se

pretende tratar os dados a coletar [...]”. (VERGARA, 2007, p.59).

Segundo RESCH 2005, pesquisa qualitativa é basicamente aquela que busca entender um

fenômeno específico em profundidade, trabalha com descrições, comparações e interpretações.

Define-se na referida pesquisa, que os dados coletados foram tratados de forma qualitativa,

identificando as opiniões dos indivíduos, analisando o conteúdo e sua relevância através de

observações e apresentando resultados e procurando entender os fenômenos relacionados à

pesquisa.

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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste tópico são apresentadas as análises das informações dos dados coletados, feitos esses,

através de dois formulários, um aplicado junto aos colaboradores e outro com o gestor da organização.

A análise desses dados ocorreu de forma qualitativa avaliando o conteúdo e procurando

entender as características relacionadas à pesquisa.

4.1 Análise através das informações dos colaboradores

4.1.1 Perfil dos Funcionários

A análise dos resultados da pesquisa foi realizada através de uma leitura e interpretação dos

dados obtidos pela aplicação do um formulário, contendo dez questões fechadas junto aos

colaboradores para que possibilitasse ter uma visão geral e também, individual dos mesmos.

O formulário foi aplicado entre os dias 26 e 28 de setembro de 2001, tendo como participantes

os 12 funcionários da organização. Os resultados serão expostos a seguir por meio de tabela.

Iniciando com a identificação da faixa de idade dos funcionários na tabela a seguir:

Tabela 1 – Idade dos colaboradores

Faixe de idade Colaboradores Porcentagem

20 a 30 anos - -

31 a 40 anos 7 58%

41 a 50 anos 4 33%

Acima de 51 1 9%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Referente à faixa etária dos colaboradores, nota-se que em torno de 58%, ou seja, sete estão

com idade entre 31 a 40 anos, 33% ou 4, com idade de 41 a 50 anos e apenas 1 ou 9%, com idade

acima de 51 anos.

A tabela 2 proporciona os dados referentes à escolaridade dos colaboradores, e pode-se

observar que 18% dos colaboradores concluíram apenas o ensino fundamental, já 33% ou 4, não

concluíram o ensino médio, e outros 41% possui completamente o ensino médio, por fim, apenas 1 ou

8% concluiu uma graduação.

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Tabela 2 – Grau de escolaridade

Nível de escolaridade Colaboradores Porcentagem

Fundamental incompleto - -

Fundamental completo 2 18%

Médio incompleto 4 33%

Médio completo 5 41%

Superior incompleto - -

Superior completo 1 8%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Já a tabela 3, apresenta informações sobre a quanto tempo cada funcionário trabalha na

empresa. Nota-se que 41% trabalha entre 2 e 4 anos na empresa, também 41% ou 5 colaboradores

tem de 5 a 7 anos de empresa e dois ou 18% possui mais de dez anos colaborando com a

organização. Com isso percebe-se que na empresa contem funcionários com uma certa experiência

nas suas funções.

Tabela 3 – Tempo de empresa

Tempo na empresa Colaboradores Porcentagem

Menos de 1 ano - -

Entre 2 e 4 anos 5 41%

Entre 5 e 7 anos 5 41%

Mais de 10 anos 2 18%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

4.1.2 Gerenciamento de estoque

Com relação ao gerenciamento dos estoques, foi questionado sobre a opinião dos funcionários

como avalia a organização do estoque da empresa?

Tabela 4 – Avaliação do estoque

Avaliação Colaboradores Porcentagem

Organizado 7 58%

Desorganizado - -

Pouco organizado 2 17%

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Poderia ser melhor 3 25%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Na tabela 4, constatou-se que 58% ou sete dos colaboradores disseram que o estoque está

organizado, 17% disseram que o estoque está pouco organizado e 25% dos funcionários, que poderia

haver uma melhora na organização do estoque. Verificou-se que cerca de 42% ou 5 dos funcionários

acha que a organização do estoque deixa a desejar.

Tabela 5 – Conhecimento na área de estoque

Conhecimento de estoque Colaboradores Porcentagem

Sim - -

Não 12 100%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Na sequencia, na tabela 5, é questionado a respeito se os funcionários possuem algum tipo de

conhecimento na área de estoque. Nota-se que todas as respostas afirmaram que não. Isso devido a

não existência de treinamento para os mesmos.

A tabela 6 apresenta as informações referentes à definição do espaço físico reservado para o

estoque de materiais.

Tabela 6 – Espaço físico reservado para o estoque

Espaço físico Colaboradores Porcentagem

Adequado 9 75%

Inadequado - -

Poderia ser melhor 3 25%

Não sei Responder - -

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Percebeu-se que 75% das respostas foram que o espaço reservado é adequado, também 25%

responderam que poderia haver uma melhora nesse espaço físico. Realmente constatamos, por nossa

observação, que o espaço reservado é bestando amplo para o estoque de materiais.

Os dados exibidos na tabela 7 são referentes à existência de uma pessoa

específica/responsável pelo recebimento e entrada dos materiais. Na tabela podemos constatar que

100% dos funcionários disserem que sim.

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Tabela 7 – Existência de pessoa responsável pela entrada de materiais

Pessoa responsável Colaboradores Porcentagem

Sim 12 100%

Não - -

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Já a tabela 8 nos apresenta a opinião dos colaboradores a respeito de o que motiva a falta de

determinado produto quando ele ocorre. Sendo que 75% responderam que o motivo era a falta de

planejamento e 25% que o motivo era o atraso por parte dos fornecedores.

Tabela 8 – Falta de produto

Falta de produto Colaboradores Porcentagem

Falta de planejamento de

compras

- -

Falta de atenção com o

estoque disponível

9 75%

Diferença estoque físico e o

existente no sistema

- -

Atraso na entrega pelo

fornecedor

3 25%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

A tabela 9 a seguir, mostra as informações referentes de como o estoque é controlado.

Podemos constatar que 100% das respostas foram que o estoque é controlado de forma manual,

método este que pode ser de alta vulnerabilidade, podendo causar perdas e assim possibilitando um

aumento no custo final para a organização.

Tabela 9 – Como o estoque é controlado

Controle do estoque Colaboradores Porcentagem

Manual/visual 12 100%

Informatizado - -

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

A tabela 10 questiona se existe algum tipo de perdas por causa dos métodos de armazenagem

e manuseio dos materiais da empresa. Constatamos que 92% ou 11 dos funcionários responderam que

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sim sobre a existência de perdas e que apenas 8% ou um, disseram que não existem perdas, os

funcionários disseram ainda que as principais perdas eram quebras e desperdícios. Com base nisso

percebemos constatar que a organização tem um alto nível de desperdício, causando ainda mais

despesas excessivas para empresa.

Tabela 10 – Perdas por causa dos métodos de armazenagem e manuseio dos materiais

Perdas Colaboradores Porcentagem

Sim 11 92%

Não 1 8%

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

4.2 Análise através das informações do gestor da empresa

Essas informações foram obtidas junto com o gestor da organização para uma melhor

confirmação acerca de tema da pesquisa. Começando a nossa entrevista indagando sobre a formação

escolar do mesmo. Constatou-se com a resposta, ensino médio completo, que o gestor possui um,

razoável a bom, nível de instrução para a execução de seu papel.

Seguindo com a segunda questão, perguntado se o gestor tem algum tipo de conhecimento na

área de controle de estoque, obteve-se resposta positiva. Em sequencia, o questionamento se esse

conhecimento é suficiente para uma boa gestão dos estoques da empresa. A resposta foi que não era

o suficiente, que era necessário uma melhor qualificação na área.

Com a quarta pergunta, referiu-se a avaliação da organização do estoque da empresa

atualmente. De acordo com o gestor o seu estoque é organizado, contrariando o cruzamento feito com

as respostas de alguns dos seus colaboradores que afirmam estar pouco organizado, mas ele, o

gestor, acrescenta ainda que poderia haver uma melhora nessa organização.

Em sequencia, foi perguntado a respeito de como é feito o gerenciamento dos estoques, se é

de forma manual/visual ou informatizado. Segundo o gestor a empresa não se utiliza de sistema

informatizado, sendo assim, feito de forma manual/visual. Utilizando apenas essa forma de controle, a

empresa corre riscos como: a falta de produtos, perdas no armazenamento e na aquisição, assim tendo

um custo final elevado para a empresa.

Quanto ao sexto questionamento, foi a respeito se é realizado o inventário físico na

organização. Sendo que inventário se trata de uma contagem física de todos os itens mantidos em

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estoque e em processos na organização. A resposta foi que a empresa não faz essa prática como

deveria ser, mas sim, uma contagem dos produtos logo que são recebidos ou quando são fabricados.

Questionado sobre a realização de algum tipo de treinamento na área de controle de estoque

para com seus colaboradores, constatou-se que não existe nenhuma forma de treinamento voltado

para essa área. Por isso, todos os colaboradores responderam que não possuem qualquer

conhecimento na área de estoque.

Perguntado a respeito se é realizado algum tipo de procedimentos com relação à qualidade de

sua produção, constatou-se que o gestor sempre está buscando utilizar, ao máximo, matérias-primas

de alto nível de qualidade, para manter um bom nível de satisfação dos clientes com relação a esse

quesito.

Atualmente uma das grandes preocupações das empresas é com a falta do produto no estoque

quando o cliente chega, quando isso ocorre, além de deixar uma má impressão para o cliente, à

empresa ainda deixa de lucrar. Com isso, foi questionado se ocorrem percas de vendas por falta de

produtos no estoque. Se sim, qual a principal motivação para isso? O gestor respondeu que sim, que

às vezes ocorre essa inconveniência com os clientes. Segundo ele um dos fatores que lavem a isso, é

a falta de atenção com o estoque disponível. Já alguns dos colaboradores acrescentaram ainda que, o

atraso na entrega por parte dos fornecedores é o motivo que leva a isso.

Normalmente, as organizações devem manter um relacionamento próximo com seus

fornecedores, para que não haja problemas no gerenciamento dos seus estoques. Com isso, foi

pesquisado, com quantos fornecedores a organização trabalha? Observou-se que a empresa mantem

de 1 a 3 fornecedores, um número muito baixo, pois assim a empresa fica refém de poucos

fornecedores, correndo o risco de constantes atrasos na entrega. Na sequencia, foi questionado junto

ao gestor, qual é a periodicidade para a realização das compras pela empresa? Obteve-se a

informação que a organização realiza seus pedidos, em média, quinzenalmente, ficando assim

constatado que a maior parte de sues produtos tem uma boa rotatividade. Na sequencia foi

questionado sobre a existência um encarregado para o processo de compras e do controle do estoque,

a resposta foi positiva, mas que o responsável por essa atividade era bem supervisionado pelo gestor.

Quando entrevistado se a empresa realiza compras de forma programada, o gestor respondeu

que não utiliza esse método e sim apenas quando sente que é necessário a realização de compra.

Cada vez mais as organizações tentam diminuírem a falta de materiais em seu estoque, para

que não sejam pegas de surpresa por qualquer variação de demanda, adotando um estoque extra que

é denominado de estoque de segurança. Partindo dessa análise, questionamos se a empresa trabalho

utilizando estoque de segurança? O gestor afirmou que não trabalha com esse método, não mantem

um estoque mínimo de seus produtos.

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Com relação à utilização de algum tipo de equipamento de movimentação dos estoques, o

gestor respondeu que não usa nenhum equipamento em especial.

No que diz respeito ao tipo de materiais armazenados, qual tipo a empresa mantem?

Observou-se que a empresa mantam o armazenamento de matéria-prima e de produtos acabados em

seu estoque. Em seguida foi questionado se na organização existem algum produto que necessite de

armazenagem mais cuidadosa? O gestor afirmou que sim, materiais como: cimento, portas e janelas de

madeira e os vergalhões de ferro são os que precisam de um cuidado a mais, devido à umidade,

oxidação e não devem ser mantidos em contata direto com o solo.

A respeito do planejamento e o controle do estoque realizado pela organização, perguntou-se

se a empresa utiliza alguns métodos conhecidos. A resposta foi negativa, mas foi constatado que a

empresa mantem seu estoque determinado pela sua demanda. Em seguida, o questionamento foi em

relação se a empresa pratica avaliação de seu estoque, pois essa avaliação dá uma noção exata das

quantidades e informações financeiras dos materiais do estoque da empresa. O gestor afirmou que não

utiliza, pois não tem muito conhecimento sobre as técnicas de avaliação.

Armazenar materiais e mercadorias adequadamente é um fator essencial para a redução dos

custos logísticos de qualquer organização. O modo de armazenagem dos materiais é dependente das

características dos mesmos, levando em consideração, foi questionado quais técnicas de estocagem

são utilizadas na empresa? Constatou-se que as técnicas mais utilizadas são: empilhamento, caixas e

gavetas, raques e prateleiras.

Com relação a outros sistemas de controle de estoque, foi questionado se há necessidade de

implantar outros mecanismos de controle. O gestor respondeu que positivamente e seria bem vindo,

pois acredita que facilitaria o processo de trabalho. Perguntado ainda quais os principais impedimentos

para implementação de outros métodos, ele respondeu que imagina que teria um aumento de seus

custos e também que não tem total conhecimento dos mesmos.

Na sequencia foi perguntado na avaliação do gestor o que pode ser melhorado na gestão de

estoque ou de compras de empresa? A resposta foi ter uma maior atenção com a as formas de

controle e conhecer outros métodos. Seguindo, foi questionado na opinião do gestor qual é a maior

deficiência encontrada no gerenciamento dos estoques? A resposta foi que a falta de existência de

mais fornecedores, assim ficando refém de poucos com o risco de constantes atrasos no recebimento e

com isso acarreta em reclamações dos clientes.

Por fim, questionado quais seriam os maiores benefícios da utilização de outros modelos de

gerenciamento dos estoques? O gestor disse que poderia ter um maior controle dos estoques, um giro

maior do mesmo e uma qualidade mais elevada de seus produtos.

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5. CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Nesta seção são apresentadas as conclusões que responderam as questões do trabalho

juntamente com as recomendações acerca das melhorias no processo de controle e armazenamento

de estoque da empresa Atacadão da Construção.

5.1 Conclusões

A gestão de estoque dentro de uma empresa deve ser analisada e controlada através de

análises periódicos a fim de manter uma quantidade de insumos favoráveis, reduzindo custos

adquiridos com armazenagem inadequada ou por falta de espaço, deterioração e perda de materiais

devido a prazo de validade ou falta de insumos (matéria-prima) gerando possível anormalidade na

produção.

A pesquisa pode nos mostrar atualmente a importância da gestão de estoque e armazenagem

para um melhor desempenho no processo de produção e na diminuição dos custos. O empresário que

não adotar uma política de gestão de estoque mais forte, principalmente, o gerenciamento dos

estoques de materiais, acarretará sérios problemas nas suas tomadas de decisão mais importantes

para empresa.

Na pesquisa, realizada constatou-se que, na empresa, essas práticas de gerenciamento de

estoque não são bem trabalhadas e até mesmo nem são utilizadas, pois se viu a ocorrência de falta de

produtos em seu estoque e algumas ocorrências de perdas durante a movimentação e o

armazenamento de mesmo. A falta de produtos acarreta custos para a organização e/ou perca de seus

clientes.

Com base nos dados coletados na empresa constatou-se que a mesma deixa um pouco a

desejar em relação ao uso de técnicas de gerenciamentos dos estoques e nos processos de produção.

Observou-se também na parte de armazenamento alguns erros que acarretam danos aos materiais,

em consequência um aumento dos custos para a empresa.

Na presente pesquisa observou-se um pouco de falta de conhecimento por parte do

empresário com relação à administração de materiais, como forma de melhorar os fluxos de produtos

nas organizações, mas observou-se haver uma consciência por parte do gestor que há uma

necessidade de se atuar de forma mais direta para obtenção desse controle. De posse de mais

qualificação sobre armazenagem a empresa poderia trabalhar de forma mais satisfatória com sua

estrutura de materiais e estoques.

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Por meio de uma análise do referencial teórico, pode constatar que uma empresa que se

proponha a utilizar métodos adequados de controle de estoque e processos de armazenagem

apresentará uma maior rentabilidade, redução de custos e oferecerá um serviço de qualidade junto a

seus clientes.

Outro ponto observado com a pesquisa foi uma falta de conhecimento dos funcionários na área

de controle de estoque, cabe e empresa escolher e preparar seus colaboradores dentro de técnicas

como: movimentação, armazenamento e transporte para uma contribuição na redução dos custos e

uma melhor produtividade.

A partir desta analise fica bem claro o quanto algumas mudanças são de extrema necessidade

para empresa no que diz respeito ao seu estoque a sua armazenagem, reduzindo custo, aprimorando a

gestão de compras e controle de estoque.

5.2 Sugestões e recomendações

Baseado no que se diagnosticou com a realização deste trabalho de campo, podemos observar

que o Atacadão da Construção necessita implantar algumas medidas que proporcionem um melhor

gerenciamento de estoque e armazenagem.

Com isso a seguir sugere-se algumas ações a serem realizadas.

Indica-se ao proprietário conhecer e adotar de forma mais intensificada outras técnicas controle

de estoque e armazenagem como: estoque de segurança para contornar possíveis flutuações de

demanda, o sistema máximos-mínimos, que consiste em estipular o máximo e o mínimo para cada

artigo de acordo com sua expectativa de consumo para o período, pois o que se notou na empresa que

as mesmas não são eficientemente trabalhadas, levando em consideração uma real necessidade da

empresa na diminuição de erros de aquisição e de vendas de seus materiais.

Sugere-se também que a empresa passe a adotar o sistema de inventário físico rotativo,

realizado de forma dividido por itens, com isso possibilitando ações preventivas mais rápidas para o

controle do estoque sem grandes custos e sem grandes esforços.

Realização de treinamento dos funcionários com foco nos métodos de controle de estoque e

armazenagem, o entendimento dessas técnicas é de grande relevância para os colaboradores

trabalharem de forma correta e eficiente. Entidades como o SEBRAE podem oferecer cursos de

aperfeiçoamento na área.

Outro ponto importante é tentar diversificar o número de fornecedores, para que não

possibilitem atrasos nas entregas dos materiais e assim a empresa possa perde suas vendas.

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Como resultado obtido através deste trabalho será possível um melhor controle de

armazenagem melhorando a gestão de compras e controle de estoque da empresa. Espera-se que

este trabalho possa colaborar com a melhoria da empresa objeto de estudo, dando apoio à gestão de

seus estoques e consequentemente proporcionar melhorias em seus resultados.

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6. DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIO

Durante o período entre 25 de abril de 2011 e 19 de outubro de 2011 ocorreu o estagio

supervisionado II. Podemos conhecer melhor a instituição e suas atividades e também a atuação do

seu processo de controle de estoque e armazenagem.

As áreas funcionais da empresa foram observadas suas atividades, dentre as áreas estão:

finanças, operações/produção e marketing. (CHIAVENATO, 2003, p.210) diz que, “[...] as funções

fundamentais de qualquer empresa consistem em produção, venda, e finanças”.

Foram feitas observações do processo de produção da empresa, desde seu inicio com relação

à matéria-prima, até seu produto final. Também se observou o procedimento de armazenagem na

organização, constatando que necessita de algumas melhorias.

Foram feitas observações sobre o layout da empresa visando os pontos fortes e fracos.

Seguindo com as observações, foi feito o acompanhamento das atividades de operações da empresa.

Posteriormente, foi feito uma vistoria em todo seu estoque e, também o processo de compra dos

produtos que a organização não os fabrica.

Dentro das áreas destacadas foram analisadas as seguintes descrições:

Gestão da Produção: É uma das áreas mais desenvolvidas da organização, contando com uma

área especifica e separada para a produção interna da empresa. O controle dessa produção é feita por

um responsável de acordo com a demanda.

Gestão de marketing: Este campo não é um forte da organização, necessitando de uma

estruturação e desenvolvimento mais bem planejado, pois não é muito explorada.

Gestão financeira: Uma área bem trabalhada, pois conta com o trabalho de uma empresa de

contabilidade para sua consultoria.

As dificuldades encontradas foram muitas, pois a realidade de uma organização não é tão

simples como se ver apenas dentro de universidade, e também a falta de técnica e um conhecimento

bem mais profundo da ciência e de algumas técnicas do estudo.

Enfim, foi muito interessante esse tipo de experiência, pois nos mostra realmente as

dificuldades práticas de um empreendedor que com a teoria acadêmica não é proporcionada ao

máximo.

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REFERÊNCIAS

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2009.

BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. 1.

ed. 21. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

BOAVENTURA, E. M. Metodologia de pesquisa. Monografia, dissertação e tese. 1. ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

CHIAVENATO, I. Administração de materiais: Uma Abordagem Introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier,

2005.

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

CORRÊA, H. L., CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: Manufatura e serviços:

Uma abordagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

CORRÊA, H. L. et al, Planejamento, programação e controle da produção: MRP II/ERP: Conceitos,

uso e implantação: Base para SAP, Oracle Applications e outros softwares integrados de gestão. 5. ed.

São Paulo: Atlas, 2008.

DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios: conceitos e gestão. 6. ed. São Paulo: Atlas,

2009.

FRANCISCHINI, P. G. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Cengage Learning,

2009.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552000000300006&script=sci_arttext>.

Acesso em 05/mai/2011.

BRASIL, Senac. Disponível em: <http://www.senac.br/informativo/BTS/281/boltec281e.htm>. Acesso

em 04/mai/2011.

Disponível em: <http://www.slideshare.net/mhaefeli/situao-problema-presentation>. Acesso em

09/nov/2010.

KOTLER, P., KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2006.

MARCONI, M. A., LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas,

amostragem e técnicas de pesquisa, elaboração e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas,

2008.

MARTINS, P. G., ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São

Paulo: Saraiva, 2009.

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61

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 5. ed.

São Paulo: Atlas, 2008.

RITZMAN, L. P., KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2004.

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágio,

trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

SLACK, N. et al, Administração da produção: 2. ed. 9. reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9. ed. São Paulo: Atlas,

2007.

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APÊNDICE

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ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção

APÊNDICES

Apêndice A - Questionários para coleta de dados

Questões para o gestor

1. Qual a sua escolaridade?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

2. Tem algum tipo de conhecimento na área de controle de estoque?

( ) Sim

( ) Não

3. Se sim, acha que com esse conhecimento é o suficiente para uma boa gestão dos estoques da empresa?

( ) Sim

( ) Não

4. Como você avalia a organização do estoque da empresa atualmente?

( ) Organizado

( ) Desorganizado

( ) Pouco organizado

( ) Poderia ser melhor organizado

5. Qual o tipo de sistema utilizado para o gerenciamento dos estoques da empresa?

( ) Manual/Visual

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( ) Informatizado

6. A empresa realiza o inventário físico, ou seja, contagem dos seus itens em estoque? Se não, passe a

questão 6.

( ) S im

( ) N ão

7. Caso a empresa realize o inventário físico, qual é a periodicidade adotada pela empresa para a realização?

( ) Mensal

( ) Trimestral

( ) Semestral

( ) Anual

8. A empresa realiza algum treinamento de qualificação profissional para os funcionários na área de controle

dos estoques?

( ) S im

( ) N ão

9. A organização realiza algum tipo de procedimento com relação à qualidade de sua produção?

( ) Sim

( ) Raramente

( ) Não

10. Ocorrem perdas de vendas na empresa por falta de algum produto no estoque? Se sim, com qual

frequência?

( ) S im : C o m q u a l f r e q u ê n c i a : _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

( ) N ão

11. Se sim, em sua opinião o que motiva a falta de determinado produto quando ele ocorre?

( ) Falta de planejamento de compras

( ) Falta de atenção com o estoque disponível

( ) Diferença entre o estoque físico e o existente no sistema

( ) Atraso na entrega pelo fornecedor

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12. Com quantos fornecedores a organização trabalho?

( ) De 1 a 3

( ) De 4 a 6

( ) De 7 a 9

13. Qual é a periodicidade adotada pela empresa para a realização das compras?

( ) Semanal

( ) Quinzenal

( ) Mensal

14. Existe um encarregado para o processo de compras e do controle do estoque da empresa?

( ) S im

( ) N ão

15. A empresa realiza compras de forma programada?

( ) Sim

( ) Não

16. A empresa trabalha com estoque de segurança?

( ) Sim

( ) Não

17. A empresa utiliza algum tipo de equipamento de movimentação dos estoques?

( ) S im : q u a i s ? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

( ) N ão

18. Com relação à armazenagem de materiais, a empresa mantem quais desses tipos?

( ) De matéria-prima

( ) De produtos semi-acabados

( ) De produtos acabados

19. Existe, na empresa, produtos que precisem de uma forma de armazenagem mais cuidadosa?

( ) Sim: Quais__________________________________

( ) Não

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20. É realizado o planejamento e o controle do estoque pela organização? Se não, passe a questão 15.

( ) Sim

( ) Não

21. Em caso de sim, quais?

( ) Lote econômico

( ) Estoque determinado pela demanda

( ) Curva ABC

( ) Estoque de segurança

( ) Outros

22. É realizado na organização a avaliação dos estoques? Se não, passe a questão 17.

( ) Sim

( ) Não

23. Em caso de sim, quais?

( ) Custo médio

( ) PEPS ou FIFO

( ) UEPS ou LIFO

24. Quais das técnicas de estocagem são utilizadas na empresa? Marque quantas quiser.

( ) Empilhamento

( ) Caixas e Gavetas

( ) Raques

( ) Carga unitária

( ) Prateleiras

( ) Contêiner flexível

25. Em sua avaliação, existe a necessidade de implantar outros sistemas para melhorar o controle de

estoque?

( ) Sim

( ) Não

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26. Quais os maiores impedimentos existentes para essa implantação destes outros modos de controle?

( ) Aumento nos custos

( ) Falta de planejamento

( ) Falta de mais informação

27. Na sua avaliação o que pode ser melhorado na gestão de estoque ou de compras de empresa?

28. Em sua opinião qual é a maior deficiência encontrada no gerenciamento dos estoques?

29. Em sua opinião quais seriam os maiores benefícios da utilização de outros modelos de gerenciamento

dos estoques na empresa?

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ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM: um estudo de caso no Atacadão da Construção

Apêndices B - Questionários para coleta de dados

Questões para os colaboradores

1. Qual a sua idade?

( ) 20 a 30 anos

( ) 31 a 40 anos

( ) 41 a 50 anos

( ) Acima de 51

2. Qual a sua escolaridade?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

3. Quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) Menos de 1 ano

( ) Entre 2 e 4 anos

( ) Entre 5 e 7 anos

( ) Mais de 10 anos

4. Como você avalia a organização do estoque da empresa atualmente?

( ) Organizado

( ) Desorganizado

( ) Pouco organizado

( ) Poderia ser melhor organizado

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5. Tem algum tipo de conhecimento na área de controle de estoque?

( ) Sim

( ) Não

6. Como você define o espaço físico reservado para o estoque de materiais?

( ) Adequado

( ) Inadequado

( ) Poderia ser melhor

( ) Não sei responder

7. Existe uma pessoa especifica/responsável pelo recebimento e entrada dos materiais?

( ) S im

( ) N ão

8. Em sua opinião o que motiva a falta de determinado produto quando ele ocorre?

( ) Falta de planejamento de compras

( ) Falta de atenção com o estoque disponível

( ) Diferença entre o estoque físico e o existente no sistema

( ) Atraso na entrega pelo fornecedor

9. O estoque é controlado de que forma?

( ) Manual/Visual

( ) Informatizado

10. Ocorre algum tipo de perdas por causa de métodos de armazenagem e manuseio dos materiais da

empresa? Se sim quais?

( ) S im : q u a i s ? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

( ) N ão