UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA NICOLY DE SOUZA...
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
NICOLY DE SOUZA RODRIGUES
OS EFEITOS DA ACUPUNTURA SOBRE PARÂMETROS ANSIOLÍTICOS E DESEMPENHO MOTOR EM RATOS TRATADOS COM RESERPINA, UM
MODELO ANIMAL DE DOENÇA DE PARKINSON
Tubarão 2008
NICOLY DE SOUZA RODRIGUES
OS EFEITOS DA ACUPUNTURA SOBRE PARÂMETROS ANSÍOLITICOS E DESEMPENHO MOTOR EM RATOS TRATADOS COM RESERPINA, UM
MODELO ANIMAL DE DOENÇA DE PARKINSON
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Graduação em Fisioterapia, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Orientador: Prof. Aderbal Silva Aguiar Jr, M.Sc.
Tubarão
2008
Dedico este trabalho a todos os meus
familiares, em especial ao meu avô
Petronilio por todo amor, carinho,
compreensão, dedicação, esforço e pelos
valores morais que muito contribuíram na
base da minha educação; a minha mãe
Kátia e à minha avó Alcione pela paciência
e incentivo à elaboração deste projeto e aos
momentos mais difíceis de minha vida; ao
professor e mestre Aderbal pelos
ensinamentos e sua competência. Sei que
esta vitória não se deu somente pela minha
capacidade, mas sim porque ao meu lado
caminhavam pessoas que acreditavam em
meu sonho e sucesso apesar de tantos
obstáculos no decorrer desta jornada.
AGRADECIMENTOS
Agora nesta reta final, agradeço as pessoas que estiveram comigo durante
toda esta jornada e que ajudaram na realização e construção desta pesquisa.
Primeiramente a Deus, que nunca me abandonou neste percurso de
minha vida, caminhando sempre ao meu lado, encorajando-me.
Ao meu avô Petronilio de Souza que desde o princípio acreditou em mim,
dando-me coragem e força; também pela preocupação e amor depositados em mim,
fazendo jus para que tudo chegasse ao fim.
À minha mãe Kátia de Souza e à minha avó Alcione de Souza pela
paciência, compreensão e carinho, nos momentos mais delicados de minha vida, e
pelo apoio que nunca me faltou.
Aos meus familiares de uma forma em geral que muito me ajudaram com
seu apoio e companheirismo, sempre me dando esperanças de novas realizações.
Ao meu orientador, professor e mestre Aderbal Silva Aguiar Jr., por
auxiliar-me com sua competência e inenarrável inteligência. Sem sua contribuição e
força este trabalho não seria bem sucedido.
À banca por concordarem em avaliar este projeto.
E, é claro, aos meus amigos de faculdade, que fizeram destes anos de
minha vida momentos marcante.
Agradeço ainda àqueles que não foram citados, mas que de uma forma ou
outra contribuíram para a conclusão de mais uma etapa de minha vida.
O meu muito obrigada a todos!
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho
original.” (ALBERT EINSTEIN)
RESUMO
A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa
progressiva que eventualmente leva à institucionalização. Com o aumento do
número de idosos na população mundial, esta tende a crescer, progressivamente.
Sua principal característica neuropatológica é a lesão dos neurônios
dopaminérgicos, os quais levam a alterações comportamentais (geralmente
ansiedade e depressão) e motoras, tais como bradicinesia, redução da motricidade
voluntária, rigidez muscular, tremor e instabilidade postural. A acupuntura, técnica
milenar chinesa age principalmente sobre o sistema nervoso central, endócrino, e
seu efeito pode ser imunoestimulante, imunossupressivo analgésico e/ou ainda
antiinflamatório. Por isso, ela tem sido utilizada como tratamento de numerosas
desordens neurodegenerativas e recentemente tem sido demonstrado que a
acupuntura possui efeitos neurotróficos e neuroprotetores sobre várias condições
patológicas, dentre elas na Doença de Parkinson. Foram submetidos ao método 32
animais, divididos randomicamente em quatro grupos de oito, quais sejam, sham,
sham-acupuntura, Doença de Parkinson-sham e Doença de Parkinson-acupuntura
e comparados através da verificação de variância (ANOVA) e o teste post-hoc de
Newman-Keuls. Objetivou-se, com este estudo, analisar qual o efeito da acupuntura
sobre parâmetros de comportamento e desempenho motor em modelo animal com
Doença de Parkinson induzido quimicamente. Foram obtidos como resultados que
os testes de cruzamento no campo aberto e de rotações por minuto no teste de
Rota Rod não apontaram deficiências de coordenação motora. Enquanto o grasping
test apontou deficiência de força, a qual a acupuntura reverteu. O item latência, no
teste de campo aberto, por sua vez, apontou bradicinesia sem efeito da acupuntura,
já a ocorrência de bolli fecalli no teste de campo aberto demonstrou que a reserpina
aumentou a ansiedade e a acupuntura a reverteu. Conclui-se, portanto, que a
acupuntura demonstra melhora no desempenho motor e age como ansiolítico em
modelo animal de Doença de Parkinson.
Palavras-chave: Parkinson. Acupuntura. Ratos.
ABSTRACT
The Parkinson Disease (DP) is gradual a neurodegenerative clutter that eventually
leads to the institutionalization. With the increase of the number of aged in the world-
wide population, this tends to grow, each time more. Its main neuropathologic
characteristic is the injury of the dopamine neurons, which take the mannering
alterations (generally anxiety and depression) and motor, such as hipokinesia,
reduction of the sthrength, muscular rigidity, tremor and postural instability. The
acupuncture, Chinese millenarian technique, act mainly on the central, endocrine
nervous system, and its effect can be adjuvants immunologic, immunosupression
analgesic and/or still antiinflammatory. Therefore, it has been used as treatment of
numerous neurodegenerativies clutters and recently he has been demonstrated that
the acupuncture possesss neure growth effect and neuroprotective on some
pathological conditions, amongst them the Illness of Parkinson. The experiments with
animal model, mainly rats, become interesting when the comment of neurological
variable is necessary, similar not to have detriment to the quality of life of the
individuals. 32 animals, divided randomized in four groups of eight had been
submitted to the method, which are, sham, sham-acupuncture, Illness of Parkinson-
sham and Disease Parkinson-acupuncture and compared through the verification of
variance (ANOVA) and the groups had been compared between itself using the test
post-hoc of Newman-Keuls. It was objectified, with this study, chemically induced to
analyze which the effect of the acupuncture on behavior parameters and motor
performance in animal model with Illness of induced Parkinson. It was gotten as
resulted that the reserpina cause anxiety, with reversion for the acupuncture, the
Illness of Parkinson cause reduction of muscular force, with reversibility for the
acupuncture, and hipokinesia, without the effect of the same one. One concludes,
therefore, that the acupuncture demonstrates improvement in the motor performance
and acts as anti-anxiety agent in animal model of Illness of Parkinson.
Key words: Parkinson. Acupuncture. Rats.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Desenho 1 – Naturezas Yin e Yang e sua contradição e complementaridade..... 23
Esquema 1 – Relações de inibição, geração e contra-inibição dos órgãos e aspectos
da natureza........................................................................................................... 24
Desenho 2 – Canais de energia do corpo com entrada de energia pela pele se
espalhando através do fluxo de energia............................................................... 27
Desenho 3 – Pontos de aplicação da acupuntura nos camundongos.................. 30
Organograma 1 – Disposição dos grupos da pesquisa. ..................................... 32
Fotografia 1 – Administração de reserpina intraperitonieal ao modelo animal..... 32
Fotografia 2 – Animais separados para em cilindro de vidro durante as sessões de
acupuntura .......................................................................................................... 33
Fotografia 3 – Pontos de aplicação do tratamento com acupuntura. .................. 33
Fotografia 4 – Pontos de aplicação do tratamento com acupuntura. .................. 33
Fotografia 5 – Animal durante o teste de campo aberto. .................................... 34
Fotografia 6 – Animal durante o teste Rota Rod (haste giratória). ...................... 35
Fotografia 7 – Sistema computacional específico.do teste Rota Rod ................. 35
Desenho 4 – Desenho ilustrando a realização do grasping test (teste de
agarrar).................................................................................................................. 36
Organograma 2 – Ordem dos acontecimentos da pesquisa, na seqüência
cronológica............................................................................................................ 36
Gráfico 1 – Análise de cruzamentos no teste de campo aberto nos grupos sham-
salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-
acupuntura ........................................................................................................... 38
Gráfico 2 – Análise da latência no teste de campo aberto nos grupos sham-salina,
salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-
acupuntura............................................................................................................ 39
Gráfico 3 – Análise do bolli fecalli no teste de campo aberto nos grupos sham-salina,
salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-
acupuntura............................................................................................................ 39
Gráfico 4 – Análise das rotações por minuto no teste Rota Rod nos grupos sham-
salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-
acupuntura ........................................................................................................... 42
Gráfico 5 – Análise do peso erguido (em gramas) no Grasping teste nos grupos
sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-
acupuntura ........................................................................................................... 43
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................11 2 DOENÇA DE PARKINSON E ACUPUNTURA .................................................14 2.1 DOENÇA DE PARKINSON ............................................................................14
2.1.1 Histórico .....................................................................................................14
2.1.2 Definição ....................................................................................................14
2.1.3 Evolução e sintomatologia .......................................................................15
2.1.4 Epidemiologia ............................................................................................16
2.1.5 Etiologia e classificação ...........................................................................16
2.1.6 Distúrbios do movimento na Doença de Parkinson................................18
2.1.7 Disfunções psicológicas da Doença de Parkinson .................................19
2.2.1 Modelo animal de Doença de Parkinson .................................................20
2.2 ACUPUNTURA ..............................................................................................21
2.2.2 Teoria do Yin e Yang ..................................................................................22
2.2.3 Teoria dos Cinco Elementos (Wu Xing) ...................................................23
2.2.4 Teoria do Zang-Fu .....................................................................................24
2.2.1 Os pontos de Acupuntura (acupontos) ....................................................25
2.2.5 Canais de Energia .....................................................................................26
2.2.6 O Diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa ....................................27
2.2.7 Efeito da Acupuntura nas Funções Mentais ...........................................28
2.2.8 Tratamento da Doença de Parkinson na Acupuntura ............................29
3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................31
3.1 AMOSTRA.......................................................................................................31
3.2 MÉTODOS .....................................................................................................32
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS ........................................................................37
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO ...........................................................38
4.1 CAMPO ABERTO ...........................................................................................38
4.2 ROTA ROD ....................................................................................................41
4.3 GRASPING TEST ..........................................................................................42
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................46
REFERÊNCIAS ....................................................................................................47
ANEXOS ..............................................................................................................59 ANEXO A – Aprovação do CEP..........................................................................60 ANEXO B – Termo de transferência .................................................................63
11
1 INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa
progressiva que eventualmente leva à institucionalização. Esta tem como principal
característica neuropatológica a lesão dos neurônios dopaminérgicos, localizados na
substância negra (SNC), que enviam projeções para os gânglios da base,
ocasionando uma redução nos níveis de dopamina (DA) no estriado (CARVEY;
PUNATI; NEWMAN, 2006; SCHULZ; FALKENBURGER, 2004; OGAWA; ASANUMA;
MIYOSHI, 2004).
Outra característica marcante da DP, conforme Harrower, Michel e Barker
(2005) e Lee e Trojanowski (2006), é o aparecimento de inclusões eosinofílicas
citoplasmáticas denominadas corpos de Lewy e compostas, segundo Hattori et al
(2006) e Martin et al (2004), principalmente pelo acúmulo das proteínas α-sinucleína,
e, ainda, segundo Halliday, Macdonald e Henderson (2005) e Mochizuki,
Komatsuzaki e Shoji (2002) também pela ubiquitina. Estas inclusões parecem se
acumular em neurônios que se encontram em processo de degeneração,
particularmente em neurônios dopaminérgicos do SNC, sendo por esta razão
utilizadas como um marcador desta síndrome (CARVEY; PUNATI; NEWMAN, 2006;
HALLIDAY; MACDONALD; HENDERSON, 2005; LEE; TROJANOWSKI, 2006).
Desde a sua descrição inicial, feita por James Parkinson, em 1817, no
seu estudo “Essay on the Shaking Palsy”, a DP vem sendo caracterizada como um
distúrbio motor, e o seu diagnóstico baseado pela presença de dois ou mais
sintomas motores, que variam conforme a autoria. Tohgi et al (2001) e Yamanouchi
e Nagura (1997) citam a rigidez muscular; Rosa et al (2007), a bradicinesia; Hirsch et
al (1992) e Kassubek et al (2002), o tremor; já, Shivitz et al (2006) e Van der Burg et
al (2006) a instabilidade postural. Os quais ocorrem quando, aproximadamente, 60-
70% dos neurônios do SNC encontram-se degenerados e os níveis estriatais de
dopamina são reduzidos em 70-80% (CARVEY; PUNATI; NEWMAN, 2006; HIRSH,
2006; OGAWA; ASANUMA; MIYOSHI, 2004; SCHULZ; FALKENBURGER, 2004).
Mattson (2007) acrescenta que são de conhecimento notório atualmente,
inclusive, os distúrbios nos domínios emocional, cognitivo e psicosocial. Dentre eles,
destacam-se: conforme Malhi e Berk (2007) e Richard (2007), a depressão; para
Colloca et al (2004) e Meara e Hobson (1998), a ansiedade; segundo Williams-Gray
12
et al (2007) e Verleden, Vingerhoets e Santens (2007) os prejuízos cognitivos; e,
Masaoka et al (2007) e Albers, Tabert e Devanand (2006) acrescentam os prejuízos
olfativos. Emre (2004) cita, em particular, a demência na DP mais freqüente com o
avançar da idade, o que também pode ser observado nas outras formas de
demência. Alterações de comportamento são também frequentemente detectadas
(FERRERI; AGBOKOU; GAUTHIER, 2006).
Muitos doentes com DP têm ansiedade. A prevalência desta patologia
neste grupo de doentes varia entre 25-40%. Este achado pode ser um fator de risco
pré sintomático para DP. Além disso, a ocorrência de ansiedade é mais freqüente
em doentes com flutuações motoras. Um estudo mostrou que 66% dos doentes com
flutuações motoras apresentam ansiedade e 52% irritabilidade. Em alguns casos
podem surgir ataques de pânico (WITJAS et al, 2002).
Sua origem precisa, no entanto, é difícil de ser estipulada, uma vez que
pode surgir uma variedade de causas, que segundo Ferreri, Agbokou e Gauther
(2006), incluem: uso freqüente de medicações dopaminérgicas e anticolinérgicas,
tendência a apresentar episódios de confusão mental pela polifarmácia usualmente
necessária e pelas limitações motoras graves-intensas, além de distúrbio do sono,
conforme citado por Szucs et al (2007).
A acupuntura visa, conforme declarado por Park et al (2003), através de
sua técnica e procedimentos, estimular os pontos reflexos que tenham propriedade
de restabelecer o equilíbrio alcançando-se assim, resultados terapêuticos. Esta age
principalmente sobre o sistema nervoso central, endócrino, e seu efeito pode ser
imunoestimulante, imunossupressivo analgésico e/ou ainda antiinflamatório. Os
mesmos autores acrescentam que cada ponto de acupuntura tem função definida e
específica baseado na resposta fisiológica. O tratamento geral envolve de 1 a 20
pontos. Ela tem sido utilizada como tratamento de numerosas desordens
neurodegenerativas e recentemente tem sido demonstrado que a acupuntura possui
efeitos neurotróficos e neuroprotetores sobre várias condições patológicas, dentre
elas a Doença de Parkinson (L-SHER, 1998).
O crescente aumento do número de pessoas com mais de 60 anos na
população brasileira vai significar, também, o crescimento da quantidade de idosos
com a doença de Parkinson. Segundo dados da Associação Brasil Parkinson (ABP),
existem no País cerca de 220 mil pacientes com Parkinson, ou quase 2% dos 174
milhões de brasileiros. Assim, considerando a doença de Parkinson (DP) como uma
13
das principais patologias neurodegenerativas, a grande procura por novas
alternativas mais eficazes no seu tratamento e o benefício da aplicação de
acupuntura verificado em pacientes parkinsonianos, uma melhor compreensão
acerca do papel da acupuntura na fisiopatologia desta doença torna-se imperativa.
Sendo assim, este estudo demonstra sua importância ao tentar encontrar
uma alternativa de tratamento, primeiramente em uma espécie animal para,
posteriormente, proporcionar aos pacientes portadores de DP uma oportunidade de
se tratar, sem a presença dos medicamentos e seus tantos efeitos deletérios.
Portanto, este estudo teve por objetivo entender melhor os efeitos da
acupuntura sobre a ansiedade, o sistema locomotor, a coordenação e a força
muscular em ratos tratados com reserpina em modelo animal de Doença de
Parkinson.
Para tanto, utilizou-se de um estudo explicativo e experimental em modelo
animal, em 32 ratos da raça Wistar, separados em quatro grupos, oito em cada
grupo, assim sendo: (G1) salina, (G2) sham-acupuntura + salina, (G3) reserpina +
sham-acupuntura e (G4) reserpina + acupuntura. Os animais receberam três
sessões de acupuntura, com duração de 30 minutos cada.
Este trabalho consta de cinco capítulos, estando assim distribuídos: o
capítulo 1 sendo a introdução, o capítulo 2 uma breve revisão bibliográfica sobre
Doença de Parkinson e acupuntura, capítulo 3 com o delineamento da pesquisa,
capítulo 4 com resultados e discussão e o capítulo 5 contendo as considerações
finais.
14
2 DOENÇA DE PARKINSON E ACUPUNTURA
Este segundo capítulo do trabalho complementa os assuntos
determinantes para a pesquisa, quais seja, a Doença de Parkinson e Acupuntura.
2.1 DOENÇA DE PARKINSON
O tema Doença de Parkinson, por sua complexidade, será relatado em
seções separadas, tais como um breve relato histórico, sua definição, evolução,
sintomatologia, epidemiologia, classificação, distúrbios do movimento, disfunção
psicológica e modelo animal.
2.1.1 Histórico
Em 1817, James Parkinson descreveu, conforme Olanow et al (2007) pela
primeira vez os sintomas da doença, então chamada Paralisia Agitante, que
consistia na presença de movimentos tremulantes involuntários, diminuição da força
muscular, alteração da marcha, e inclinação do tronco para frente, sem alterações
sensoriais e intelectuais.
A Doença de Parkinson (DP) é hoje classicamente descrita por uma
tríade de alterações: bradicinesia (diminuição dos movimentos), rigidez e tremor de
repouso, combinado com uma perda do controle postural (BLUM et al, 2001;
MENESES; TEIVE, 1996; STOOF et al, 1999).
2.1.2 Definição
15
É uma doença neurodegenerativa progressiva e severa com quadro
clínico manifestando-se geralmente entre 50 e 70 anos de idade (HUGHES et al,
1993). A DP é caracterizada, conforme Hirsch, Graybiel e Agid (1988) pela morte
progressiva dos neurônios dopaminérgicos da SNC, região de onde aferem fibras
principalmente para o estriado. Barc et al (2002) acrescentam que os neurônios
dopaminérgicos da SNC são particularmente vulneráveis ao processo
neurodegenerativo que ocorre na DP. A degeneração destas células resultará na
diminuição da produção de dopamina (DA) com conseqüente disfunção da via
nigroestriatal (MENESES; TEIVE, 1996; LEV; MELAMED; OFFEN, 2003).
2.1.3 Evolução e sintomatologia
Esta doença é de evolução lenta e a taxa de morte neuronal é muito
baixa, isto é, poucas células por dia (RAMSEY; GIASSON, 2007). A degeneração do
sistema dopaminérgico nigroestriatal é responsável pelas desordens motoras
características desta doença (MARIÉ; DEFER, 2003; WILLIAMS-GRAY et al, 2006).
Concomitantemente, Willians-Gray et al (2006) ressaltam que os sintomas
cognitivos presentes na DP foram tradicionalmente negligenciados desde a sua
descrição original. A partir da qual foi estabelecida uma cultura equivocada de que
as funções cognitivas permaneciam inalteradas no curso da doença (DUBOIS;
PILLON, 1997; FAGLIONI et al, 1997; LINDNER et al, 1999; SCHNEIDER; POPE-
COLEMAN, 1995). Modelos experimentais animais e estudos clínicos em pacientes
demonstram que alterações dos núcleos da base resultam em distúrbios cognitivos
(BROWN; SCHNEIDER; LIDSKY, 1997).
Além das alterações cognitivas e da memória, 15 a 20% dos pacientes
desenvolvem demência no decorrer da evolução da doença (DUBOIS; PILLON,
1997). A incidência de demência na DP é seis vezes maior do que na população
geral e a prevalência varia entre 10% a 50% (EMRE, 2004). A demência na DP é
caracterizada por redução ou falta de iniciativa para atividades espontâneas;
incapacidade de desenvolver estratégias exitosas para a resolução de problemas;
lentificação dos processos amnésticos e de processamento global da informação;
16
prejuízo da percepção visuoespacial; dificuldades de conceitualização; e, dificuldade
na geração de listas de palavras (WILLIAMS-GRAY et al, 2006).
São alterações cognitivas encontradas em pacientes com DP, conforme
Valldeoriola, Nobbe e Tolosa (1997), a lentidão no processamento das informações
e prejuízo na aquisição das memórias de curto prazo. Déficits cognitivos que
apresentam melhora com tratamento dopaminérgico podem estar relacionados com
depleções de DA nos núcleos da base ou no córtex (SKEEL et al, 2001). A redução
da atividade dopaminérgica no estriado e no lobo frontal pode levar a déficits de
memória declarativa e não declarativa (STEBBINS et al, 1999). Dubois e Pillon
(1997) observaram que a memória de longa duração assim como a memória de
curta duração, podem estar alteradas nestes pacientes. A etiologia da DP ainda é
desconhecida e o tratamento é basicamente sintomático (RAMSEY; GIASSON,
2007).
2.1.4 Epidemiologia
Segundo dados do censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
estatísticas (IBGE), 8,6% da população brasileira têm 60 anos de idade ou mais, o
que significa quase 15 milhões de habitantes. Nos próximos 20 anos, ainda segundo
o IBGE, o número de idosos no Brasil poderá ultrapassar a marca dos 30 milhões e
deverá representar quase 13% da população ao final deste período. (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2000).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000) afirma, ainda, que o
aumento do número de pessoas com mais de 60 anos vai significar também o
crescimento da quantidade de idosos com a Doença de Parkinson. Segundo dados
da Associação Brasil Parkinson (ABP), existem no País cerca de 220 mil pacientes
com Parkinson, ou quase 2% dos 174 milhões de brasileiros.
2.1.5 Etiologia e classificação
17
A causa primária da DP não está completamente esclarecida, entretanto,
estudos epidemiológicos têm destacado que alguns fatores ambientais podem estar
associados a um aumento nos riscos do desenvolvimento desta, tais como a
exposição a alguns tipos de herbicidas e pesticidas (DINIS-OLIVEIRA et al, 2006;
SINGH; AHMAD; KUMAR, 2007). Cardoso (1999) acredita que existem múltiplos
fatores que se somam: fatores genéticos, ambientais e do envelhecimento. Dentre
os vários mecanismos possivelmente implicados na degeneração celular da Doença
de Parkinson estudos destacam, segundo Ribeiro et al (2005), os seguintes: ação
neurotoxinas ambientais produção de radicais livres, anormalidades mitocondriais,
predisposição genética e envelhecimento cerebral
A causa da DP é desconhecida, mas existem alguns tipos de
parkinsonismo. Esses são os mais comuns, que serão citados devido a sua forma de
acometimento, a Doença de Parkinson é classicada como:
a) parkinsonismo idiopático: este grupo inclui a DP verdadeira ou paralisia agitante
que foi descrita como “paralisia com tremor” por James Parkinson em 1817
(STEBBINS et al, 1999). Têm sido identificados dois subgrupos clínicos distintos. Um
grupo inclui indivíduos cujos sintomas dominantes são instabilidade postural e
distúrbios da marcha. O outro inclui indivíduos nos quais o tremor é a principal
caraterística (CARDOSO, 1999);
b) parkinsonismo pós-infeccioso: a epidemia de gripes de encefalite letárgica que
ocorreu de 1917 a 1926 afetou um grande número de indivíduos (TORO, 2002). O
surgimento dos sintomas de parkinsonismo se deu tipicamente depois de muitos
anos dando origem à teoria de que um vírus lento estária infectando o cérebro
(RIBEIRO et al, 2005);
c) parkinsonismo tóxico: os sintomas parkinsoianos ocorrem em individuos expostos
a certos venenos industriais e produtos químicos (manganês, dissulfeto de carbono,
monóxido de carbono cianida, metanol) (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). A mais
comum dessas toxinas é o manganês, que representa um risco ocupacional sério
para muitos mineradores (CARDOSO, 1999);
d) parkinsonismo farmacológico: uma diversidade de drogas podem produzir uma
disfunção extrapiramidal que se assemelha aos sinais da DP (STEBBINS et al,
1999). Essas drogas parecem interferir nos mecanismos dopaminérgicos no nível
pré ou pós-sináptico (ROCHA et al, 2000). Elas incluem drogas neurolépticas,
antidepressivas e anti-hipertensivas, altas doses desses medicamentos são
18
particularmente problemáticas nos idosos e a gravidade dos efeitos observados
pode estar relacionada com DP subclínica (CARDOSO, 1999). A retirada desses
agentes geralmente reverte os sintomas após poucas semanas, embora em alguns
casos os efeitos podem perdurar (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
e) parkinsonismo secundários (causas metabólicas): o parkinsonismo pode ser
causado em casos raros por condições metabólicas, incluindo distúrbios no
metabolismo do cálcio que resultam em calcificação dos núcleos da base (ROCHA
et al, 2000). Essas incluem hipotiroidismo, hiperparatiroidismo, hipoparatiroidismo e
doença de Wilson (O’ SULLIVAN; SCHIMITZ, 2004).
2.1.6 Distúrbios do movimento na doença de Parkinson
Conforme O`Sullivan e Schimitz (2004), a rigidez é uma das marcas
clínicas da DP. Ela é definida como resistência ao movimento passivo que não
depende da velocidade. É sentida uniformemente nos músculos dos dois lados da
articulação e em movimentos nas duas direções. A rigidez está presente
independentemente da tarefa, amplitude ou velocidade do movimento. À medida que
a doença progride, a rigidez se torna mais grave e diminui a habilidade dos
pacientes se moverem com facilidade.
Acinesia refere-se à dificuldade para iniciar o movimento, segundo Goulart
e Pereira (2005). As mesmas acrescentam que essa representa um déficit na fase
preparatória do controle de movimento e pode ser diretamente influenciada pelo
grau de rigidez. A Bradicinesia refere-se à lentidão e dificuldade para manter o
movimento. O paciente apresenta redução da movimentação espontânea em todas
as esferas (O`SULLIVAN; SCHIMITZ, 2004). A mímica facial torna-se menos
expressiva, transmitindo com menor intensidade sentimentos e emoções que, por
sua vez, mantém-se preservados (MENEZES; TEIVE, 2003).
Andrade (2006) afirma ainda, que a caligrafia torna-se menos legível e de
tamanho reduzido, fenômeno conhecido por micrografia, as atividades diárias, antes
realizadas com rapidez e desembaraço, são agora realizadas com vagar e à custa
de muito esforço. O paciente anda com passos mais lentos e pode apresentar
alguma dificuldade para equilibrar-se. Sanvito e Ferraz (2005) complementam ao
19
afirmar que a postura geral do paciente modifica-se: existe predominância dos
músculos flexores de modo que a cabeça permanece fletida sobre o tronco, este
sobre o abdômen e os membros superiores são mantidos ligeiramente à frente com
os antebraços semi-fletidos na altura do cotovelo
Menezes e Teive (2003) explanam que o tremor é o sintoma mais
freqüente e o qual mais chama a atenção embora não seja o mais incapacitante e
comentam que, para a maioria dos pacientes, o tremor é o principal motivo que os
leva a procurar, pela primeira vez, ajuda médica. Os mesmos autores acrescentam
que o tremor apresenta-se de forma característica: é rítmico, relativamente lento
quando comparado com outros tipos de tremor (4 a 7 ciclos por segundo) e ocorre
principalmente quando o membro está em repouso.
O`Sullivan e Schimitz (2004) afirmam que, quando o paciente movimenta
um membro, o tremor ali presente cessa de imediato para retornar logo após o fim
do movimento. No início da doença, o tremor ocorre em um lado e assim permanece
por períodos variáveis de tempo. Após algum tempo, o outro lado também é
acometido podendo aparecer na cabeça, mandíbula, lábio, queixo e nos membros
inferiores. Situações de estresse emocional ou a sensação de ser observado
aumentam visivelmente a intensidade do tremor. Por outro lado, durante estado de
relaxamento ou durante o sono, o tremor desaparece por completo.
2.1.7 Disfunções psicológicas da doença de Parkinson
Os sintomas psicológicos podem aparecer em até 60% dos casos dos
pacientes com Doença de Parkinson.
A ansiedade é a mais comum desses sintomas, estando mais associada
com os tremores. Pode ocorrer em qualquer momento durante a evolução da
doença e pode aparecer até mesmo antes de surgirem os sintomas motores
(LANDEIRA-FERNANDEZ et al, 2006). A ansiedade é uma sensação de alerta, que
permite ao indivíduo ficar atento a um perigo eminente e tomar as medidas
necessárias para lidar com a ameaça. O desconforto aumenta com o sentimento de
vergonha: “meu nervosismo (tremor) não me deixa realizar as tarefas”, “sou um
fracasso” (PEIXOTINHO; AZEVEDO; SIMÕES, 2005). A representação cerebral da
20
ansiedade pode ser estudada com medições objetivas que comparam a função
cerebral de pessoas normais e as pessoas sob efeito da ansiedade (GRAEFF;
ZANGROSSI, 2002).
É possível que algumas pessoas sejam mais propensas ao
desenvolvimento da ansiedade que outras, com base numa predisposição biológica.
Os principais neurotransmissores envolvidos na ansiedade são: noradrenalina, e a
serotonina. Segundo Peixotinho, Azevedo e Simões (2005), no caso da Doença de
Parkinson a ansiedade é um quadro ansioso generalizado e persistente, não restrito
a qualquer circunstância ambiental. Nestes casos, as queixas são de sentimento
crônico de nervosismo, tremores, dores musculares crônicas (especialmente na
região do pescoço e nuca), sudorese intensa, insônia, sensação de cabeça leve,
tonturas, sintomas cardíacos, pulmonares e gastrointestinais.
2.1.8 Modelo animal de doença de Parkinson
A doença de Parkinson é induzida pela degeneração e perda de neurônios
na substância negra e no estriado, onde o neurotransmissor dopamina é produzido.
As características clínicas da doença de Parkinson em modelo animal também são:
tremor em repouso, inabilidade em iniciar ou completar movimentos, rigidez
muscular, instabilidade na postura, deficiência na expressão facial e alteração da
cognição (OLANOW; TATTON, 2006).
Segundo Ismayilova, Verkhratsky e Dascombe (2006), a reserpina é um
alcalóide retirado de uma planta chamada Rauwolfia serpentina. A mesma foi
introduzida na clínica psiquiatria como agente antipsicótico em 1954, alguns anos
depois da primeira publicação clínica na França, na qual se descobriu que essa
droga também apresentava vários outros efeitos no SNC. Durante muito tempo essa
droga foi utilizada para tratamento de pacientes esquizofrênicos.
Em 1957, foram observados dois sintomas que caracterizavam esse
fármaco como neuroepilético, tais como, distúrbios cognitivos, indução de síndromes
extrapiramidais (distúrbios de desordem do movimento) (FRANSCISCO; MUÑOZ,
2004).
Em animais, o efeito da reserpina no sistema nervoso central é a
21
depressão dos neurotransmissores serotonina, dopamina e glutamato que estão
localizados no sistema límbico (hipocampo) e nos núcleos da base (estriado)
(ISMAYILOVA; VERKHRATSKY; DASCOMBE, 2006).
A serotonina possui diversas funções, tais como o controle da liberação de
alguns hormônios, sono, apetite, além de ter relação direta com reflexos e governar
alguns estímulos de medo e ansiedade. A dopamina tem efeitos sobre a atividade
motora, motivação e sobre a cognição. O Glutamato tem relação direta com
mecanismo de memória e aprendizado (LÓPEZ-MUÑOS, 2003).
As primeiras observações sobre a natureza bioquímica dos transtornos da
Doença de Parkinson se deram graças aos trabalhos experimentais com a
reserpina, de fato os aspectos dos animais (ratos) reserpinizados que, segundo
Cancro (2000), apresentavam uma redução da mobilidade espontânea, presença de
tremores, acinesia e bradicinesia.
2.2 ACUPUNTURA
A Acupuntura é um ramo de estudo e de aplicação da Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), e ambas possuem uma história antiqüíssima.
Atualmente, a Acupuntura é bastante difundida e o tratamento tem sido uma
importante alternativa para aqueles que não encontram diagnósticos na medicina
tradicional - a alopática -, ou mesmo para a prevenção de doenças e, inclusive,
como terapia. Stux e Pomeranz (2004) afirmam que a MTC é oriunda de
observação, dedicação e da experiência acumulada sobre a interação entre o ser
humano e seu estado de saúde, bem como, com as mudanças da natureza. Os
antigos sábios formularam a teoria de harmonia do universo e postulavam o
equilíbrio entre a natureza e o homem.
Acupuntura é um método terapêutico antigo, de origens chinesas, que
recuperou a atualidade em todo mundo, e que consiste em introduzir agulhas em
determinados pontos da superfície do corpo, com finalidade de suprimir as dores,
realizar uma anestesia ou tratar diversas doenças (SILVA; SILVA, 2005).
22
São amplamente conhecidas e estudadas as teorias que fundamentam
estes pensamentos, quais seja a teoria do Yin e Yang, a dos cinco elementos, a
Zang-Fu e dos canais de energia.
2.2.1 Teoria do Yin e Yang
O conceito de Yin-Yang é simples e ao mesmo tempo profundo
(MACIOCIA, 1996; SUSSMANN, 2000). Esta teoria se resume em duas partes
contraditórias e complementares dos fenômenos da natureza e que se relacionam
mutuamente. Para Junying e Zhihong (1996) o Yin e Yang representam os aspectos
opostos de todas as substâncias e seus conflitos implícitos, bem como suas
interdependências. A teoria do Yin e Yang é utilizada amplamente na MTC
explicando a estrutura histológica, fisiológica e as mudanças patológicas do
organismo, além de servir como guia para diagnóstico e tratamento (JUNYING;
ZHIHONG, 1996).
A natureza de Yin ou de Yang não é absoluta, mas relativa, e a sua
existência é determinada por condições interiores. Segundo Yamamura (1993) cada
aspecto compreende duas partes contraditórias, transformando-se mutuamente sob
determinada circunstâncias, mas dentro da parte Yin e da parte Yang sempre está
incluída sua parte oposta, ou seja, dentro da natureza Yang está o Yin e dentro da
natureza Yin está o Yang. Maciocia (1996), Hopwood, Lovesey e Mokone (2001) e
Sussmann (2000) ilustram ao afirmar que o Yin contém a semente do Yang e o Yang
contém a semente do Yin.
Para Galdós (2004), a aplicação da filosofia chinesa à medicina, constata-
se que a filosofia do corpo humano também obecede a um equilíbrio dinâmico,
decorrente da influência de um estímulo oposto e complementares. Esse fato é
observado em todos os aspectos do dinâmismo do corpo, como, por exemplo, no
sistema simpático (Yang) e no parasimpático (Yin), no transporte ativo (Yang) e no
passivo (Yin), nas contraturas (Yang) e no relaxamento (Yin) e assim por diante.
A doença tem origem quando se instala um desequilibrio entre Yang e o
Yin (HOPWOOD; LOVESEY; MOKONE, 2001). O desenho 01 ilustra as duas
naturezas e sua contradição e complementaridade:
23
Desenho 1 – Naturezas Yin e Yang e sua contradição e complementaridade. Fonte: Maciocia (1996, p. 85)
2.2.2 Teoria dos Cinco Elementos (Wu Xing)
Os antigos chineses chegaram a conhecer, através da prática e da vida,
observando-a durante longo tempo, que entre as outras coisas a madeira, o fogo, a
terra, o metal e a água eram fundamentais na constituição da Natureza
(YAMAMURA 1993). Ao mesmo tempo em que a Teoria do Yin-Yang, a Teoria dos
Cinco Elementos constitui a base da filosofia da Medicina Tradicional Chinesa
(MACIOCIA, 1996; SUSSMANN, 2000).
A teoria dos Cinco Elementos explica as relações internas de todos os
aspectos da natureza através das leis de geração e da dominância. A geração
implica na produção e promoção, sendo que o elemento que gera é chamado de
mãe, enquanto o elemento que é gerado é chamado de filho (DING, 1996).
A teoria chinesa sobre a filosofia energética do corpo humano identifica
cinco órgãos essenciais que fisiologicamente representa as caracteristicas dos
Cinco Elementos dentro do corpo humano. Assim, na concepção da Medicina
Tradicional Chinesa, os cinco Órgãos e as seis Víceras estão relacionados com os
Cinco Elementos (YAMAMURA, 2003).
Segundo Ding (1996), na filosofia energética humana, os cinco Órgãos
essenciais, representantes dos Cinco Elementos, comandam estruturas orgânicas e
promovem o dinamismo das atividades físicas e psíquicas.
No esquema 01, pode-se perceber estas relações de dominação, inibição
e contra-inibição:
24
Esquema 1 – Relações de inibição, geração e contra-inibição dos órgãos e aspectos da natureza. Fonte: Maciocia (1996, p. 125).
2.2.3 Teoria do Zang-Fu (órgãos e vísceras)
A teoria do Zang-Fu é a teoria utilizada para pesquisar a fisiologia, a
anatomia, e as alterações patológicas dos órgãos internos do corpo e as suas
relações.
Os aspectos energéticos dos Órgãos e das Vísceras, são responsáveis
pela integridade do corpo. Estando os Zang-Fu em harmonia energética, as funções
psiquícas, bem como dos Órgãos/Vísceras e das demais estruturas, apresentarão
bom desempenho funcional, mantendo – se dentro da normalidade (YAMAMURA
2003; MACIOCIA, 1996).
Essa relação dos Zang-Fu com a parte somática com a mente é utilizada
como meio de diagnóstico na MTC. Assim alterações do estado mental significa um
desequilibrio energético do Órgão correspondente. Por exemplo, as emoções: raiva
lesa Fígado, alegria excessiva/ansiedade lesa Coração, preocupação excessiva lesa
Baço/Pâncreas, tristeza lesa Pulmão e o medo/pavor lesa Rins (HOPWOOD,
LOVESEY; MOKONE, 2001).
As modificações que ocorrem no exterior, nas estruturas orgânicas
significam exteriorização do processo interno. Observando-se o exterior, conhece-se
o interior. Assim, alterações do cabelo (queda), da audição (zumbido) bem como
lombalgia significa desequilíbrio energético dos Rins; cãibras, tremores, unhas
25
quebradiças, diminuição dos movimentos, diminuição da percepção visual, e perda
de memória estão relacionados com a falta de energia no Fígado (GALDÓS, 2004).
Os Zang-Fu formam pares, sendo eles: Coração e Intestino Delgado,
Baço/Pâncreas e Estômago, Pulmão e Intestino Grosso, Rim e Bexiga, Fígado e
Vesícula Biliar e Pericárdio e Triplo Aquecedor. Cérebro e útero são considerados
órgãos extraordinários (MACIOCIA, 1996; ROSS, 1994).
À medida que as alterações energéticas vão se intensificando, surgem
manifestações funcionais, quando os exames laboratoriais e complementares
passam a detectá- las. O agravamento do processo altera a estrutura física dos
tecidos (células) e passam a ser demonstráveis no exame anatopatológico
(YAMAMURA 2003, DING 1996) .
2.2.4 Os pontos de acupuntura (acupontos)
Os acupontos foram empiricamente determinados no transcorrer de
milhares de anos de prática médica (RISTOL, 1997). Este é uma região da pele em
que é grande a concentração de terminações nervosas sensoriais. Essa região está
em relação íntima com nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas
articulares (WU, 1990).
Sua estimulação possibilita acesso direto ao SNC (FARBER; TIMO-IARIA,
1994). Estudos morfofuncionais identificaram plexos nervosos, elementos vasculares
e feixes musculares como sendo os mais prováveis sítios receptores dos acupontos.
Outros receptores encapsulados, principalmente o órgão de Golgi do tendão
também podem ser observados (HWANG, 1992). Diversos trabalhos têm
demonstrado grande potencial elétrico nos acupontos.
Nesse sentido, Zhai (apud HWANG, 1992) verificou que ratos adultos, os
acupontos possuem propriedades elétricas diversas das áreas adjacentes:
condutância elevada, menor resistência, padrões de campo organizados e
diferenças de potencial elétrico (ALTMAN, 1992). Por isso, são denominados pontos
de baixa resistência elétrica da pele (PBRP) e podem ser localizados na superfície
da pele através de um localizador de pontos.
26
Kendall (1989) verificou que, em acupontos de ratos e humanos, podem
ser observadas pela hipersensibilidade após sua estimulação com agulha.
A combinação destas características descritas torna o ponto de
acupuntura extremamente reativo ao pequeno estímulo causado pela inserção da
agulha (KENDALL, 1989).
Segundo Gunn et al (1976), os acupontos podem ser divididos em: tipo I ou pontos motores; tipo II, localizados nas linhas medianas posterior e anterior (ou
dorsal e ventral) do organismo; e tipo III, que apresentam leitura difusa com
neurômetro. Quanto à sua localização, os acupontos dos membros estão situados
sobre linhas que seguem o trajeto dos principais nervos e vasos sangüíneos; os do
tronco, ao nível da inervação segmentar, local onde nervos e vasos sagüíneos
penetram a fáscia muscular; e os da cabeça e face, próximos aos nervos cranianos
e cervicais superiores (KENDALL, 1989).
2.2.5 Canais de energia
Os canais de energia fornecem uma base essencial para compreender os
diversos aspectos patológicos, fisiológicos, de diagnósticos e terapêuticos da
Medicina Tradicional Chinesa. Segundo Yamamura (1996), de acordo com a teoria
tradicional, existe no corpo um sistema de canais de Energia ou vasos que integram
todas as partes do corpo, formando um organismo unificado. A energia (Qi) e o
Sangue circulam por toda à parte do corpo por meio desta rede de Canais de
Energia, de modo a manter a conexão entre os órgãos internos e a periferia.
A doença origina-se quando, por uma série de causas, sejam elas internas ou
externas, a função normal do corpo é interrompida, afetando os canais e pontos de
Acupuntura que se tornam mais sensíveis ou doloridos ao toque. Mesmo que uma
doença tenha origem em um órgão interno, os sinais e sintomas podem se
manifestar em áreas distantes, sempre relacionadas com aquele canal de Energia
associado ao órgão. Yamamura (1996) cita ainda que quando o pulmão ou coração
está doente, seu Qi é retido nas articulações do cotovelo. Quando o fígado está
doente, seu Qi é retido nas axilas. Quando o Baço/Pâncreas está doente, seu Qi é
retido nos quadris e quando os rins estão doentes, o Qi é retido na região posterior
27
dos joelhos. O relacionamento do órgão, com uma série de sintomas, só é possível
quando se conhece o trajeto do seu canal de Energia;
Os canais de energia podem ser visualizados no desenho 02, a seguir:
Desenho 02 – Canais de energia do corpo com entrada de energia pela pele se espalhando através do fluxo de energia. Fonte: Maciocia (1996, p. 65).
2.2.6 O diagnóstico na Medicina Tradicional Chinesa
O diagnóstico inclui, principalmente, as técnicas de diagnose que são a
indagação, a inspeção, a ausculta, a olfação, tomada de pulso e palpação. A
patologia está relacionada com a origem da desarmonia do corpo: se o Yin e o Yang
não podem manter um equilíbrio e uma interação relativos, separam-se um do outro,
extinguindo a vida que deles depende (JUNYING; ZHIHONG, 1996).
Para Hopwood, Lovesey e Mokone (2001) e Maciocia (1996), os oito
princípios: Yin/Yang, Calor/Frio, Excesso/Deficiência, Interno/Externo compreendem
uma forma lógica de diagnóstico que permitiu aos chineses antigos codificarem suas
observações sobre o paciente.
Segundo Ross (1994) a Medicina Tradicional Chinesa considera três
grupos principais de fatores de doenças que são: os fatores externos, que surgem
do ambiente; os internos, que surgem dentro do corpo; e nem internos e nem
externos (mistos), do qual participam fatores internos e externos.
Ainda para se realizar o diagnóstico chinês é importante que se faça uma
anamnese através de um interrogatório. Segundo Maciocia (1996) no sentido geral,
a anamnese é uma conversa entre o terapeuta e o paciente para descobrir como
aconteceu a patologia, as condições de vida do paciente, o meio ambiente e o
ambiente familiar. O objetivo da anamnese é, finalmente, localizar a causa da
28
patologia de maneira que o paciente e o terapeuta possam trabalhar juntos e tentar
eliminá-la ou minimizá-la.
Outra forma de diagnosticar o paciente é através do pulso, conforme
Hopwood, Lovesey e Mokone (2001), pois este fornece informações sobre o estado
dos sistemas internos, além de refletir o complexo geral do Qi e do sangue (Xue).
A observação da língua também consiste em uma forma de diagnóstico
porque proporciona sinais de desarmonia do paciente. Segundo Maciocia (1996), a
observação da língua está baseada em quatro itens principais: cor, forma, saburra e
umidade.
2.2.7 Efeito da acupuntura nas Funções Mentais
A acupuntura e suas variações, como acupressura, eletroacupuntura (com
ou sem o uso de agulhas), laserpuntura, e outros, estão se tornando mais e mais
populares nos paises ocidentais, e elas continuam sendo o tipo de medicina mais
amplamente utilizado na China, em Taiwan e no Japão (L-SHER, 1998). Este
mesmo autor cita ainda, que há diversos estudos antigos e contemporâneos
relatando o uso bem-sucedido da acupuntura e suas variações para o tratamento de
pacientes com depressão, obsessões compulsivas, somatização, e desordens de
ansiedade, psicoses, anorexia nervosa, bulimia, autismo, impotência psicogênica, e
dependência ao álcool, opióides, cocaína e nicotina.
A acupuntura tem sido utilizada para melhorar a condição psicológica e
diminuir a fadiga. Pode, também, afetar a habilidade de aprendizado e memória.
Logo, a acupuntura e suas variações podem desempenhar papel significativo numa
aproximação contemporânea para o tratamento psiquiátrico de pacientes. Contudo,
os mecanismos dos efeitos da acupuntura no humor, comportamento, aprendizado e
memória continuam não bem definidos (L-SHER, 1998).
A estimulação de relevantes pontos de acupuntura pode resultar na
liberação de endorfinas. Bear, Connors e Paradiso (2002) afirmam que o papel
significativo que se atribui as endorfinas é o desencadear, o qual popularmente se
chama de ‘’alegria pós tratamento” e trata-se de um bem estar relatado por todos os
pacientes, como conseqüência, ocorre um relaxamento, bem como uma mudança
29
positiva no estado de humor, aumentando a tolerância à dor, permitindo maior
controle do apetite, reduzindo a ansiedade, a tensão e melhora do sono.
Numerosos estudos clínicos e experimentais, relatados por Park et al
(2003), demonstraram uma elevação nos níveis de endorfinas no sangue e nos
fluidos cérebroespinhais durante e após o tratamento com acupuntura e
eletroacupuntura. Contudo, em certas regiões do cérebro os níveis de endorfina
caem durante o tratamento com acupuntura.
2.2.8 Tratamento da doença de Parkinson na acupuntura
A acupuntura tem sido utilizada há muito tempo como um tratamento para
numerosas desordens, e tem sido tradicionalmente usada para aliviar os sintomas
da Doenca de Parkinson (WALTON-HANDLOCK, 1999; ZHUANG; WANG, 2000) e,
também, para atrasar a progressão clínica desses sintomas (WALTON-HADLOCK,
1999).
Recentemente, tem sido demonstrado que a acupuntura possui efeitos
neurotróficos e neuroprotetores em alguns modelos experimentais animais sobre
varias condicões patologicas: a acupuntura tem demonstrado aumentar os níveis do
fator neurotrófico na regiao do hipocampo de ratos após a indução de stress por
imobilizacão (YUN et al, 2002).
No estudo presente, as propriedades neuroprotetoras do tratamento da
acupuntura contra a Doença de Parkinson foram investigadas no estágio inicial de
modelos de ratos com a Doenca de Parkinson induzida por injecão reserpina.
Choi (2000) utilizou como modelo o grupo Acu, com o tratamento sendo
feito nos pontos de acupuntura Vesícula Biliar (VB34) e Fígado (F3), conhecidos na
medicina tradicional chinesa por aliviar os sintomas da Doença de Parkinson como
as desordens musculares e de movimento e obteve resultados favoráveis. Estes
pontos podem ser observados no desenho 3, a seguir:
30
Desenho 3 – Pontos de aplicação da acupuntura nos camundongos. Fonte: Park et al (2003).
Com base em tudo o que foi exposto, torna-se interessante analisar o
efeito da acupuntura sobre a doença de Parkinson, inicialmente em modelo animal,
para se alcançado o resultado almejado, utiliza-la em humanos, bem como analisar
seu efeito sobre os parâmetros motores e de comportamento, tão relatados na
literatura científica e tão incapacitantes para os Parkinsonianos.
31
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa realizada foi classificada com relação ao nível, como uma
pesquisa explicativa, pois teve como preocupação fundamental identificar fatores
que contribuissem ou agissem como causa para a ocorrência de determinados
fenômenos e, segundo Heerdt e Leonel (2005, p. 70), “[...] é o tipo de pesquisa em
que se explicam as razões ou os porquês das coisas.”
Com relação ao procedimento utilizado na coleta de dados, foi classificada
como pesquisa experimental. Isto por que:
A pesquisa experimental está interessada em verificar a relação de casualidade que se estabelece entre as variáveis, isto é, em saber se a variável X (independente) determina a variável Y (dependente). Para isto, cria-se uma situação de controle rigoroso neutralizando todas as influências alheias que Y pode sofrer (RUDIO, 1999 apud HEERDT; LEONEL, 2005, p. 80)
Na presente pesquisa buscou-se verificar, portanto, os efeitos da variável
independente, a acupuntura, sobre as variáveis dependentes, o comportamento e o
desempenho motor, sem a interferência das variáveis moderadoras.
3.1 AMOSTRA
Constituiram a amostra 32 ratos machos Wistar (20 semanas de idade,
350-400 g de massa corporal). Os animais foram mantidos no Biotério da UFSC,
sendo a sala mantida a 70% umidade/20±2ºC, ciclo claro/escuro de 12 h (luzes
ligadas 06.00 h), e ração Nuvilab CR1 (Nuvital Nutrientes S/A, Curitiba/PR, Brasil) e
água serão disponibilizadas ad libitum.
Os ratos foram distribuídos randomicamente em 4 grupos conforme o
organograma 1, a seguir, elaborado pela própria autora:
32
Organograma 1 – Disposição dos grupos da pesquisa. Cada grupo conterá sete camundongos.
3.2 MÉTODOS
Os animais foram induzidos à DP através do método de HI-Joon Park et al
(2003), sendo expostos à Reserpina (Sigma Chemical Co., USA), dissolvida em
salina (solução 5 mg/ml e 100µl de ácido acético). Enquanto o grupo sham recebeu
salina e ácido acético (1%). Ambos administrados por uma única injeção pela via
intraperitonial (i.p) no quadrante inferior esquerdo, conforme visualizado na fotografia
1, a baixo:
Fotografia 1 – Administração de reserpina intraperitonieal ao modelo animal.
Após 18 horas de indução à DP, os animais foram levemente
anestesiados e foi realizado o tratamento da Acupuntura num período de 30 minutos
durante um dia (três vezes por dia), numa profundidade de 3mm, nos quais os
32 Ratos
G1 Salina
G2 Sham-
Acupuntura e Salina
G3 Reserpina e
Sham-Acupuntura
G4 Reserpina e Acupuntura
33
animais permaneciam separados por um cilindro de vidro, como demonstrado na
fotografia 2 a seguir:
Fotografia 2 – Animais separados para em cilindro de vidro durante as sessões de acupuntura.
As agulhas foram colocadas nos respectivos pontos bilaterais, baseados
em Park et al (2003): (VB) 34 localizado na cabeça da fíbula e (F3) localizado entre
o primeiro e o segundo osso do metatarso, conhecidos na medicina tradicional
chinesa por aliviar os sintomas da Doença de Parkinson como as desordens
musculares e de movimento e alterações do sistema cognitivo. Os pontos dos
animais do grupo sham foram escolhidos fora do mapeamento dos canais onde
passam os pontos de acupuntura, que se localiza à 2 cm da coluna vertebral, em
qualquer lado, e na região lombar à 5 cm da base da cauda, para comparação do
grupo acupuntura. O tratamento pode ser visualizado nas fotografias 3 e 4:
Fotografias 3 e 4 – Pontos de aplicação do tratamento com acupuntura.
34
O comportamento motor e cognitivo foi mensurado a partir dos testes de
Campo Aberto, Rota Rod (haste giratória) e Grasping test (teste de agarrar). O teste
do campo aberto ou open field é, segundo Izquierdo (2006) amplamente utilizado
para quantificar movimentos locomotores e de exploração dos animais. Os
movimentos locomotores são os deslocamentos entre um ponto a outro da arena.
Os movimentos de exploração, ou não locomotores, são aqueles em que o animal
pode realizar sem a necessidade de deslocamento como, por exemplo, elevação
vertical, cheirar o ambiente, auto-limpeza e ocorrência de bolli fecali (fezes). Em
experimentos com roedores, estes comportamentos são essenciais para
compreender o efeito de diferentes drogas psicoestimulantes.
No teste de Campo Aberto - para avaliarmos possíveis alterações motoras
induzidas pelos diferentes tratamentos utilizados - os animais foram testados
durante 5 minutos dentro do campo aberto. O aparato, feito de madeira, é formado
por um chão de (30 x 40 cm), dividido em 12 quadrantes de 3 x 10 cm, com paredes
de madeira de 40 cm de altura. Durante os experimentos, cada rato foi colocado no
centro do campo aberto, como demonstrado na fotografia 5 a seguir:
Fotografia 5 – Animal durante o teste de campo aberto.
O teste de Rota Rod (haste giratória), no qual a coordenação motora dos
animais será avaliada, no aparelho Rotamex-V-EE/85, dos EUA e controlada pelo
sistema computacional Columbus Instruments Computer-Counter Interface, de OH,
35
EUA. O aparelho consiste de uma caixa de acrílico dividida em quatro
compartimentos com uma barra rotacional entre eles, que pode girar com velocidade
constante ou com aceleração regulável de uma rotação por minuto (1 RPM). Os
animais foram treinados (antes de receberem os tratamentos com controle ou
Reserpina) sob aceleração contínua (1 RPM) em sessões de 1 min, e retornaram em
seguida para a sua caixa. A latência (s) de queda dos animais da barra rotatória
(que corresponde à velocidade rotacional da barra) e a RPM correspondente foi
quantificada como desempenho motor. As fotografias 6 e 7, na seqüência, mostram
o animal durante o teste e o sistema computacional específico:
Fotografias 6 e 7 – Animal durante o teste Rota Rod (haste giratória) e o sistema computacional específico.
A performance motora nos animais do estudo (todos grupos) foi estudada
pela força de agarramento antes e após a última sessão de acupuntura, no grasping
test. Para isso, uma grade com fios medindo 8 cm x 14 cm (sendo o diâmetro dos
fios de 1.5 mm) foi colada a uma balança eletrônica pela media de quatro tentativas
de agarrar no centro da tela. Um peso de 500 g foi colocado no prato da balança. Os
ratos foram permitidos de agarrar a tela enquanto eram levantados pela cauda
havendo um aumento da firmeza até eles soltarem a tela. O valor registrado pela
balança no momento preciso da perda foi anotado e a força de agarramento foi
calculada (500 – valor registrado). Os ratos foram testados 3 vezes e o melhor valor
da performance foi registrado. O teste pode ser melhor visualizado no desenho 4
que segue:
36
Desenho 4 – Desenho ilustrando a realização do grasping test (teste de agarrar). Fonte: Bertelli et al (2003).
Resumindo, no primeiro dia, no período matutino, foram realizados o
grasping teste e o Rota Rod basal em toda a amostra. No período vespertino, os
animais do grupo 03 e 04 foram induzidos ao Parkinson com aplicação de reserpina
intraperitonial. No outro dia, às 8 horas, os animais foram anestesiados e
submetidos ao tratamento com acupuntura (sham e/ou acupuntura). O mesmo
ocorreu no período vespertino e noturno, por 30 minutos cada sessão. Logo após a
última sessão de acupuntura foram realizados os testes de Campo aberto, grasping
test (teste de agarrar) e o Rota Rod (haste giratória). Depois dos testes, os animais
foram sacrificados por deslocamento cervical.
No organograma 2, abaixo, pode ser visualizada a ordem de
acontecimentos da pesquisa:
Organograma 2 – Ordem cronológica da pesquisa.
Acupuntura 1dia,
3 vezes por dia, durante
30`
Após acupuntura Open field
Grasping teste e Rota rod
Sacrifício
Grasping teste e Rota Rod Basal
Indução com
reserpina
37
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS
Os dados foram descritos em média±erro padrão médio. As análises
estatísticas foram realizadas por verificação de variância (ANOVA) de uma ou duas
vias, adequadas ao protocolo experimental. Posteriormente, os grupos foram
comparados entre si empregando-se o teste post-hoc de Newman-Keuls. A
probabilidade aceita como indicativo da existência de diferença estatisticamente
significante foi de P<0,05. Todas as comparações estatísticas foram efetuadas
utilizando-se o pacote estatístico Statistic 5.0.
38
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo serão discutidos os valores encontrados nos testes e os
resultados serão confrontados com a literatura atual.
4.1 CAMPO ABERTO
O gráfico 1 apresenta o teste de cruzamento no campo aberto nos grupos
sham-salina, salina-sham acupuntura, Reserpina-sham acupuntura e Reserpina-
acupuntura. O grupo sham-salina apresentou 47,8±7,2 cruzamentos, o grupo salina-
sham acupuntura 35,9±3,3, o grupo Reserpina-sham acupuntura 52,3±6,8, e o grupo
Reserpina-acupuntura 37±4,9.
Sendo assim, os dados dos cruzamentos comprovam que não houve
deficiência motora, pois os animais do grupo acupuntura apresentaram praticamente
o mesmo número de cruzamentos que o grupo salina-acupuntura.
Gráfico 1 – Análise de cruzamentos no teste de campo aberto nos grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura
Já em relação ao item latência de sair do quadrado inicial, o gráfico 2
apresenta o teste de campo aberto nos grupos sham-salina, salina-acupuntura,
doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. O grupo sham-
salina apresentou 17,9±3,2 cruzamentos, o grupo salina-acupuntura 11,9±2,5, o
39
grupo Doença de Parkinson-sham 22,3±3,8, e o grupo Doença de Parkinson-
acupuntura 18,0±1,7.
Estes dados demonstram que os animais apresentaram bradicinesia, sem
efeito da acupuntura, pois o tempo de permanência no teste foi maior no grupo
acupuntura, o que os autores Bourin et al (2007) classificam como distúrbios do
movimento.
Gráfico 2 – Análise da latência no teste de campo aberto nos grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. * P<0,05 do grupo controle; #P <0,05 do grupo Parkinson-acupuntura;
Já em relação ao item bolli fecalli, o gráfico 3 apresenta o número e
ocorrência do mesmo no teste de campo aberto nos grupos sham-salina, salina-
acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. Quanto
ao item bolli fecalli, o grupo sham-salina apresentou 1,0±1,5 incidência, o grupo
salina-acupuntura 1,1±0,5, o grupo Doença de Parkinson-sham 2,4±0,7, e o grupo
Doença de Parkinson-acupuntura 0,9±0,3.
Com estes dados, percebemos que a reserpina aumentou o número de
bolli e a acupuntura o reverteu.
40
Gráfico 3 – Análise do bolli fecalli no teste de campo aberto nos grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. * P<0,05 do grupo controle;
Os autores Bourin et al (2007) ao relatarem o teste de campo aberto,
afirmam que o mesmo serve para avaliar a ansiedade e função locomotora dos
animais, porém os resultados devem ser estudados de forma minuciosa e
interligada, como ocorreu nesta pesquisa.
Os estudos, segundo Vectore (2005), têm mostrado, ainda, a capacidade
da acupuntura em modificar neuroquimicamente o sistema límbico (relacionado às
emoções), aumentando o nível de serotonina e sendo, desse modo, indicada para o
tratamento de depressões e alguns quadros de ansiedade evitando os efeitos
colaterais dos antidepressivos. Pilkington et al (2007) corroboram ao afirmarem que
a acupuntura tem efeito benéfico sobre a ansiedade sobretudo se associada a
drogas antiansiolíticas.
Park et al (2003) mostraram o aumento da dopamina e a significativa
redução da insônia e ansiedade em pacientes tratados com acupuntura durante
cinco semanas. Shiotani et al (2004) evidenciaram que a técnica não invasiva de
estimulação magnética transcranial (TMS), cujos princípios são derivados da
acupuntura, apresenta efeitos na modulação cerebral sendo, portanto, indicada na
pesquisa de doenças neurológicas, distúrbios psiquiátricos e na investigação
farmacológica.
Galhardo, Apkarian e Lima (2002) em seus estudos com coelhos que
apresentavam deficiência de endorfinas observaram que durante as sessões de
acupuntura, os níveis de endorfinas aumentavam consideravelmente no sangue
periférico e no líquido cérebroespinhal.
A acupuntura foi benéfica para pacientes fibromiálgicos, na pesquisa de
Takiguchi et al (2006), na qual para o questionário de impacto da fibromialgia (QIF),
com p<0.05 houve melhora nos quesitos capacidade de trabalho, dor, cansaço,
ansiedade e depressão.
Audette e Blinder (2003) afirmam que os pontos VB 20, C7, IG3, F3, e
pontos auriculares tais como Shenmen são somáticos, agem promovendo equilíbrio
principalmente nas patologias psíquicas e são usados em disfunções
psicossomáticas intensas.
41
A ansiedade humana, por representar um fenômeno multifacetado,
compartilha em diversas circunstâncias e em inúmeros aspectos específicos, o
envolvimento de mais de um sistema de mediadores específicos como GABAérgico
e os opióides.
Sendo assim, a acupuntura é benéfica para casos com ansiedade, pois os
cinco meridianos principais encontrados na acupuntura (fígado, estômago,
baço/pâncreas, rim e vesícula biliar) cruzam a região anterior do tórax. Nessa região,
estes meridianos apresentam pontos ipsilaterais independentemente do nome do
meridiano. No agulhamento destes pontos haverá uma influência nas funções
ansioliticas, pois a região responsável pelas alterações emocionais se encontra na
porção anterior do tórax, e os pontos F 3 e VB 34 estão dentro dos cinco meridianos
que passam pelo tórax.
O número de cruzamentos, segundo Scognamillo-Szabó e Bechara
(2001), em ratos submetidos à eletroacupuntura elevou-se, o que não coincide com
o encontrado neste trabalho.
Prut e Belzung (2003) afirmam que no teste de campo aberto deveram ser
avaliados os níveis de estresse e a defecação do animal, conforme aplicado na
presente pesquisa.
4.2 ROTA ROD
O gráfico 4 apresenta as rotações por minuto no teste Rota Rod nos
grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de
Parkinson-acupuntura. O grupo sham-salina apresentou no pré-teste 9,5±1,2
rotações por minuto e no pós-teste 10,3±1,3; o grupo salina-acupuntura 10,9±1,8 no
pré e 11,8±0,8 no pós; o grupo Doença de Parkinson-sham 8,2±0,8 no pré e
11,8±1,3 no pós; e o grupo Doença de Parkinson-acupuntura 7,5±0,4 no pré e
7,5±1,2 no pós.
Sendo assim, os dados das rotações por minuto comprovam que não
houve alteração na coordenação motora, pois os animais do grupo Parkinson-
acupuntura apresentaram praticamente o mesmo número de cruzamentos que o
grupo Parkinson-sham.
42
Gráfico 4 – Análise das rotações por minuto no teste Rota Rod nos grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. Os dados das colunas da esquerda referem-se ao pré-teste e os da direita ao pós-teste.
Pilkington et al (2007) afirmam em seu estudo que a estimulação por
acupuntura pode induzir mudanças plásticas em longo prazo no sistema nervoso
central relacionadas ao córtex motor primário.
A função motora é aprimorada em pacientes após patologias neurológicas
submetidos à acupuntura, segundo Joaquim (2007).
Por ser um tema recente, não existem muitos estudos comparáveis.
Portanto, tornam-se interessantes maiores trabalhos na área para que os dados da
pesquisa possam ser confrontados com a literatura atual.
É notório, portanto, com os resultados obtidos e a literatura pesquisada,
que não houve deficiência motora e que, quando esta estiver presente a acupuntura
pode a reverter.
4.3 GRASPING TEST
O gráfico 05 apresenta a análise do peso erguido no grasping teste nos
grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de
Parkinson-acupuntura. O grupo sham-salina apresentou 447,5±12,1 gramas
erguidas no pré-teste e 367,8±23,8 no pós-teste; o grupo salina-acupuntura
431,2±30,3 no pré e 405,4±20,1 no pós; o grupo Doença de Parkinson-sham
43
440,9±7,1 no pré e 373,0±26,4 no pós; e o grupo Doença de Parkinson-acupuntura
401,9±35,0 no pré e 424,7±21,3 no pós.
Sendo assim, os dados da força no grasping teste comprovam que houve
deficiência na coordenação motora, sendo que a acupuntura reverteu à mesma, pois
os animais do grupo Parkinson-acupuntura conseguiram maior força após as
sessões de acupuntura, ao contrário dos demais grupos.
Gráfico 5 – Análise do peso erguido (em gramas) no Grasping teste nos grupos sham-salina, salina-acupuntura, doença de Parkinson-sham e doença de Parkinson-acupuntura. Os dados das colunas da esquerda referem-se ao pré-teste e os da direita ao pós-teste; * P<0,05 do grupo controle;
Segundo a Sociedade Médica de Acupuntura (2006), a técnica possui
dentre seus objetivos terapêuticos a recuperação motora. Bertelli et al (2003)
afirmam que o melhor método para avaliar a performance motora em ratos é através
do teste de agarrar, como utilizado no presente estudo.
Salazar, Mena e Nunez (2006) e Park et al (2003) afirmam que a doença
de Parkinson é decorrente da degeneração massiva e progressiva do sistema
dopaminérgico nigrostriatal que resulta num comportamento motor anormal e que
pode ser amenizada com a aplicação da acupuntura. Em seu estudo, comprovaram
que a técnica reverte às alterações motoras, tais como a bradicinesia e aumento de
força.
Zhang et al (2003) em seus estudos observaram que os tratamentos de
reabilitação de pacientes neurológicos e ortopédicos pela acupuntura usa o reflexo
cutâneo-muscular para conseguir um melhor desempenho motor e uma melhora da
44
nutrição sangüínea intramuscular, justificando-se então, o uso da acupuntura
fisioterapêutica, inclusive previamente à cinesioterapia.
A técnica, conforme Chen (1999) melhora a coordenação motora, o
equilíbrio, a postura, a força muscular, a atenção e concentração, além de ajudar na
memória.
Outro estudo comprova a eficácia da acupuntura, o de Ehrlich e Haber
(1992), com 36 homens saudáveis divididos em três grupos: um de Acupuntura
verdadeira, um com Acupuntura placebo e o terceiro, grupo controle que não
recebeu estimulação alguma. Os resultados foram positivos para a performance
física e para os parâmetros hemodinâmicos no grupo que recebeu a aplicação de
acupuntura.
Este mesmo efeito foi observado por Lee et al (2002) em ratos em
decorrência da relação entre acupuntura e melhora de desenvoltura dos animais
durante exercícios, através do incremento de força e destreza de movimento.
Flowers (1987) defendeu sua Tese de Doutorado em Medicina Oriental,
em um estudo experimental com dez sujeitos, ainda pioneiramente, sobre os efeitos
da Acupuntura e as mudanças na força muscular. O mesmo concluiu que a força
pode ser aumentada pelo tratamento apropriado de Acupontos e essa melhora é
igual em ambos os sexos. Conclusão muito semelhante foi obtida pelo presente
trabalho.
Os estudos cujos resultados sugeriram que a Acupuntura melhorou o
desempenho físico (BOPP-LIMOGE, 1988; EHRLICH, HABER, 1992; DABOU, 1993;
TEKEOGLU et al, 1998; LUDWIG, 1999; AKIMOTO et al, 2003) são, até a presente
data, em maior número do que os estudos que não encontraram resultados
satisfatórios e embasam de forma palpável a melhora significativa de desempenho
motor.
Por estes estudos, comprova-se que a acupuntura interfere positivamente
na força muscular, e deve ser tida como uma possível forma de tratamento para
pacientes Parkinsonianos.
Este teste, em especial, demonstra a eficácia da acupuntura sobre a
função motora, visto que os animais do grupo submetido ao tratamento foram os
únicos que apresentaram incremento de força muscular no pós-teste.
A acupuntura tem relação direta com o reflexo víscero-cutâneo que pode
ser observado quando uma doença cinético–funcional ou orgânica de uma víscera
45
causa dor, tensão ou irritação, a uma área particular da pele. Em geral, a área da
pele onde a dor é projetada tem relação com a víscera dolorosa (energia da
víscera). Um exemplo disso é a dor na vesícula biliar que é projetada no hipocôndrio
direito e na parte superior do ombro direito. Esta pode estar relacionada a úlceras
gástricas, explicando-se assim quando se aplica uma agulha no ombro para tratar
patologias na vesícula biliar.
A deficiência motora na DP segundo a Medicina Tradicional Chinesa
significa um aumento de Yang no Fígado (F) e na Vesícula biliar (VB), pois de
acordo com suas teorias, estes regem os músculos e os tendões. O grasping test
pode comprovar que quando acupunturados os pontos F3 VB34, houve diminuição
do Yang que levou ao equilíbrio entre os dois opostos – Yin e Yang. Com isto, após
a acupuntura, ocorreu aumento de força e um sinergismo da musculatura dos ratos.
46
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se observa, apesar da eficácia demonstrada em várias situações, a
carência nas bases científicas da acupuntura ou na compreensão de sua linguagem
tem restringido seu uso. Portanto, são necessários maiores estudos para
compreender os mecanismos de ação desta técnica milenar que apresenta
resultados práticos e satisfatórios, mas que para ciência tem muito que explicar.
Também por ser um tema demasiadamente recente e inovador não foram
encontrados dados variados para confrontar aos resultados obtidos.
Foram obtidos como resultados que os testes de cruzamento no campo
aberto e de rotações por minuto no teste de Rota Rod não apontaram deficiências
de coordenação motora. Enquanto o grasping test apontou deficiência de força, a
qual a acupuntura reverteu. O item latência, no teste de campo aberto, por sua vez,
apontou bradicinesia sem efeito da acupuntura, já a ocorrência de bolli fecalli no
teste de campo aberto demonstrou que a reserpina aumentou a ansiedade e a
acupuntura a reverteu.
No presente trabalho, percebe-se que a acupuntura demonstra melhora
no desempenho motor e age como ansiolítico em modelo animal de doença de
Parkinson.
46
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ANEXOS
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ANEXO A – Aprovação do CEP
60
61
62
ANEXO B – Termo de transferência