UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, … · MOTIVAÇÃO PARA OS FUNCIONÁRIOS ... 4.2...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILINGUE ALESSANDRA WAN ZUIT A PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NA QUALIDADE DO CLIMA ORGANIZACIONAL DO SETOR DE ZELADORIA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL TOLEDO 2009

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILINGUE

ALESSANDRA WAN ZUIT A PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NA QUALIDADE DO CLIMA ORGANIZACIONAL

DO SETOR DE ZELADORIA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL

TOLEDO

2009

ALESSANDRA WAN ZUIT

A PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NA QUALIDADE DO CLIMA ORGANIZACIONAL DO SETOR DE ZELADORIA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL

Relatório final de estágio supervisionado do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo.

Supervisor de Estágio: Professor Benedito José Calixto, ms.

TOLEDO 2009

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AGRADECIMENTO

Agradeço inicialmente a Deus, por me guiar sempre e por me possibilitar

realizar este trabalho.

Agradeço a minha família por todo incentivo, apoio, paciência e dedicação.

Vocês são muito importantes para mim, amo muito vocês.

Agradeço também aos amigos, principalmente a Greice Caroline

Weisheimer, Márcia Medeiros e Fernando José Ciello, que estiveram sempre comigo

nos momentos difíceis e alegres, me apoiando, me ajudando e comemorando

comigo. Vocês foram fundamentais para o alcance desse objetivo.

Agradeço aos professores pela dedicação e por dividir conosco os seus

conhecimentos e agradeço principalmente ao professor Benedito José Calixto pela

orientação, incentivo, carinho e comprometimento e por ter confiado e acreditado

neste projeto.

Agradeço a Prefeitura Municipal de Cascavel, principalmente o Setor de

Zeladoria, pela disposição e por permitir a realização desse trabalho.

A todos que contribuíram de alguma forma para a minha formação

acadêmica.

Obrigada.

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RESUMO Este projeto apresenta um estudo do clima organizacional do Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de Cascavel. Para analisar a qualidade do clima organizacional, do ambiente e da relação colaborador/empresa, a acadêmica realizou uma pesquisa de clima organizacional. Primeiramente, foi realizado um diagnóstico organizacional, com o intuito de conhecer a empresa. Na prática do estágio foram utilizadas as técnicas questionário e entrevistas buscando identificar as variáveis que influenciam positivamente e negativamente no clima organizacional. Após a análise dos dados obtidos foram apresentadas sugestões para a melhoria do clima organizacional. O desenvolvimento desse trabalho destacou a importância do clima organizacional no desenvolvimento dos funcionários e permitiu aplicação prática das teorias estudadas em sala de aula. Palavras-chave: clima organizacional; pesquisa de clima organizacional; qualidade de vida no trabalho;

ABSTRACT

This project presents a study of organizational climate in the Janitorial Sector of the City Hall of Cascavel. To analyze the quality of the organizational climate, the environment, and the relation between employee and the organization, the academic held and organizational climate to research. For first, the author conducted an organizational diagnosis, in order to know the company. In the stage practice we have used questionnaires and interviews in order to identify the variables that influence positively and negatively on the organizational climate. After, analyzing the data, we showed some suggestions for improving the organizational climate. The development of this work emphasized the importance of organizational climate on employee development and the academic allowed practical application of theories studied in class. Key words: organizational climate, organizational climate research, quality of work life;

RESUMEN

Este proyecto presenta un estudio del clima organizacional del Sector Limpieza de la ciudad de Cascavel. Para analizar la calidad del clima organizacional, del ambiente y la relación de los empleados/empresa, la académica celebró una investigación sobre el clima organizacional. Primeiro fue realizado un diagnóstico organizacional a fin de conocer la empresa. Para el desarrollo del proyecto fueron utilizados cuestionarios y entrevistas con el fin de identificar las variables que influyen positiva y negativamente en el clima organizacional. Después de analizar los datos fueron apresentadas sugerencias para mejorar el clima organizacional. El desarrollo de este trabajo destacó la importancia del clima organizacional en el desarrollo de los empleados y permitió la aplicación práctica de las teorias estudiadas en clase. Palabras-claves: clima organizacional, la investigación del clima organizacional, la calidad de vida en el trabajo;

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – O RELACIONAMENTO ENTRE AS PESSOAS DA EQUIPE ............ 40

GRÁFICO 2 – RELACIONAMENTO ENTRE A EQUIPE E OS OUTROS

DEPARTAMENTOS .......................................................................... 41

GRÁFICO 3 - COMPARAÇÃO ENTRE O RELACIONAMENTO ENTRE A EQUIPE E

DA EQUIPE COM OS OUTROS DEPARTAMENTOS ...................... 42

GRÁFICO 4 – VOCÊ SE CONSIDERA RESPEITADO PELO SEU SUPERIOR

IMEDIATO ......................................................................................... 42

GRÁFICO 5 – A LIBERDADE QUE VOCÊ SENTE PARA PROPOR MELHORIAS NA

EXECUÇÃO DO SEU TRABALHO .................................................... 43

GRÁFICO 6 – EM TERMOS DE SENTIR QUE SUAS IDÉIAS E SUGESTÕES SÃO

OUVIDAS PELA EMPRESA .............................................................. 44

GRÁFICO 7 – VOCÊ TEM LIBERDADE PARA FAZER O FAZER O SEU

TRABALHO DA FORMA COMO CONSIDERAR MELHOR .............. 44

GRÁFICO 8 – VOCÊ SE SENTE RECONHECIDO PELO TRABALHO QUE VOCÊ

EXECUTA .......................................................................................... 45

GRÁFICO 9 – O SEU TRABALHO LHE DÁ SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO

PROFISSIONAL ................................................................................ 46

GRÁFICO 10 – INDIQUE OS PRINCIPAIS FATORES QUE GERA MAIS

INSATISFAÇÃO NO SEU TRABALHO ............................................. 47

GRÁFICO 11 – INDIQUE AS PRINCIPAIS RAZÕES PELAS QUAIS VOCÊ

TRABALHA NA EMPRESA ............................................................... 48

GRÁFICO 12 – DOS ITENS ABAIXO, MARQUE AS OPÇÕES QUE VOCÊ

CONSIDERA ATUALMENTE COMO OS PRINCIPAIS FATORES DE

MOTIVAÇÃO PARA OS FUNCIONÁRIOS ........................................ 50

GRÁFICO 13 – TEMPERATURA .............................................................................. 52

GRÁFICO 14 – ESPAÇO .......................................................................................... 52

GRÁFICO 15 – FERRAMENTAS DE TRABALHO .................................................... 53

GRÁFICO 16 – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS .......................................................... 54

GRÁFICO 17 – VOCÊ CONHECE O PROGRAMA 5S ............................................. 55

GRÁFICO 18 - VOCÊ JÁ ACOMPANHOU A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S 55

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 3

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 3

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 3

3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 4

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 5

4.1 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL .......................................................... 5

4.1.1 Cultura Organizacional ....................................................................................... 6

4.1.2 Clima Organizacional ......................................................................................... 9

4.1.3 Motivação ......................................................................................................... 11

4.1.3.1 Teorias .......................................................................................................... 12

4.2 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL ..................................................................... 14

4.2.1 Comportamento organizacional ........................................................................ 14

4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .............................................................. 17

4.3.1 Higiene e segurança no trabalho ...................................................................... 18

4.3.2 Fadiga .............................................................................................................. 19

4.3.3 Relacionamento interpessoal ........................................................................... 20

4.3.5 Satisfação com o trabalho ................................................................................ 21

4.4 Cinco S ................................................................................................................ 23

4.4.1 Senso de utilização (Seiri) ................................................................................ 23

4.4.2 Senso de ordenação (seiton) ........................................................................... 24

4.4.3 Senso de limpeza (Seiso) ................................................................................. 25

4.4.4 Senso de saúde (Seiketsu) .............................................................................. 25

4.4.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke) .................................................................. 26

4.4.6 Implantação do programa 5S ........................................................................... 26

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 28

6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

.................................................................................................................................. 30

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL .................................................................. 30

6.1.1 Histórico da organização .................................................................................. 31

6.1.2 Operacionalização da organização .................................................................. 33

6.1.2.1 Cultura organizacional ................................................................................... 33

6.1.2.2 Políticas organizacionais ............................................................................... 34

6.1.2.3 Sistema de remuneração .............................................................................. 34

6.1.2.4 Sistema de seleção e desenvolvimento ........................................................ 35

6.1.2.5 Estilo gerencial .............................................................................................. 36

6.1.2.6 Gestão de qualidade ..................................................................................... 36

6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO .............................................................. 36

6.2.1 Análise e interpretação dos dados ................................................................... 40

6.2.1.1 Relacionamento Interpessoal ........................................................................ 40

6.2.1.2 Satisfação no trabalho ................................................................................... 45

6.2.1.3 Higiene e segurança no trabalho ................................................................... 51

6.2.1.4 Cinco S .......................................................................................................... 54

6.2.2 Sugestões e recomendações ........................................................................... 57

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 61

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA PESQUISA DE CLIMA

ORGANIZACIONAL. ................................................................................................. 66

APÊNDICE 2 – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA AVALIAÇÃO DA PALESTRA 69

1 INTRODUÇÃO

O indivíduo ao ingressar no mercado de trabalho, de modo geral, é

revestido de expectativas e motivação. Porém, com o dia-a-dia, se não for motivado

por influências externas vai perdendo o entusiasmo e isso interfere no seu

desempenho, porque funcionários estressados, desmotivados, desvalorizados e

esgotados fisicamente e mentalmente, perdem o poder de inovação, cometem mais

erros e não buscam desenvolver-se na empresa. Consequentemente, os prejuízos

são revertidos à própria instituição. Assim, cada vez mais, as organizações

percebem que é necessário criar condições para que seus colaboradores possam

desempenhar com maior criatividade e satisfação as atividades que fazem partes do

seu cargo.

Para que as organizações consigam criar essas condições, é

imprescindível o trabalho da Administração de Recursos Humanos no

desenvolvimento de estratégias visando melhorar o clima organizacional. Para isso,

é necessário que as empresas conheçam os sentimentos e pensamentos de seus

colaboradores em relação aos diferentes aspectos que interferem no clima

organizacional.

Uma das ferramentas utilizadas para mapear o ambiente interno, na busca

da compreensão e identificação dos aspectos positivos e negativos que configuram

o momento motivacional dos colaboradores, como os seus pontos fortes,

deficiências, aspirações e expectativas, é a pesquisa de clima organizacional. Para

LUZ (2003, p. 30), “a pesquisa de clima organizacional deve ser considerada como

uma estratégia para identificar oportunidades de melhoria contínua no ambiente de

trabalho”.

Visando essa melhora do clima organizacional, o presente trabalho tem

como tema a proposição de melhorias na qualidade do clima organizacional no setor

de Zeladoria da Prefeitura Municipal de Cascavel.

Inicialmente, será realizada uma pesquisa de clima organizacional, através

de questionários e entrevistas para identificar os aspectos que influenciam no clima

organizacional, no ambiente e na relação colaborador/empresa, porque a

identificação das variáveis do clima organizacional auxilia no desenvolvimento de

estratégias que buscam melhorar a qualidade de vida no trabalho.

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Na seqüência será feita a análise dos dados obtidos buscando identificar

os aspectos negativos e posteriormente serão apresentadas sugestões para a

melhoria da qualidade de vida dos funcionários no trabalho.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Proposição de melhorias, pesquisa, diagnóstico e análise da qualidade do

clima organizacional, do ambiente e da relação colaborador/empresa do Setor de

Zeladoria da Prefeitura de Cascavel,

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) pesquisar fundamentação teórica sobre o assunto proposto;

b) aplicar uma pesquisa de clima organizacional através de questionários;

c) analisar os questionários;

d) estudar o clima organizacional da empresa através de análise observativa;

e) identificar os fatores que influenciam positivamente e negativamente no nível de

satisfação e motivação dos colaboradores;

f) propor melhorias para os fatores que influenciam negativamente;

3 JUSTIFICATIVA

Muito se tem falado sobre a importância do clima organizacional para as

empresas. Atualmente, os empresários têm percebido que o clima organizacional

tem uma relação muito grande com o nível de comprometimento dos colaboradores

com o trabalho, pois, quando o clima organizacional é bom as pessoas se sentem

mais motivadas para trabalhar, e consequentemente produzem mais e melhor.

Segundo CARVALHO e SERAFIM (1995, p. 158), “a produtividade do

trabalho pode ser identificada como sendo o processo contínuo que procura obter, a

partir do potencial do empregado motivado, o máximo de sua capacidade com o

mínimo de tempo e esforço”.

No entanto, é necessário que o ambiente de trabalho favoreça a

motivação dos colaboradores através de mecanismos que melhorem a qualidade de

vida dos funcionários no trabalho. Além da motivação, esse fator auxilia baixando o

índice de doenças e afastamentos, otimiza os recursos da empresa, oportuniza

crescimento pessoal e profissional, entre outros.

Portanto, esse projeto será desenvolvido para a disciplina de Estágio

Supervisionado II e será aplicado no Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de

Cascavel, tendo como tema A proposição de melhorias da qualidade do clima

organizacional do Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de Cascavel.

O objetivo deste trabalho é propor melhorias, pesquisar, diagnosticar e

analisar a qualidade do clima organizacional, do ambiente e da relação

colaborador/empresa.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Voltado para as mudanças, surge, a partir da década de 60, o

Desenvolvimento Organizacional (DO), articulado como um conjunto de idéias e

teorias a respeito do homem, das organizações e do ambiente, propiciando o

crescimento e o desenvolvimento de suas potencialidades (CHIAVENATO, 1998).

O Desenvolvimento Organizacional originou-se baseado na Teoria

Comportamental ou Behaviorista. De acordo com FARIA (2002) essa teoria

apresenta novos conceitos e novas variáveis com base no comportamento humano

nas organizações. Porém, não basta apenas desenvolver treinamentos ou

adequações individuais ou grupais, sem provocar mudanças. Portanto, o DO é o

desdobramento prático e operacional da Teoria Comportamental. É um movimento

badalado de vários autores para a aplicação das ciências do comportamento.

(CHIAVENATO, 1998)

Em principio, DO é toda mudança planejada dentro da organização

(CHIAVENATO, 1998). Segundo SPECTOR (2004), é um conjunto de técnicas

projetadas para ajudar as organizações a mudar para melhor. Ele utiliza princípios e

procedimentos da ciência comportamental para auxiliar os funcionários a melhorar

seu desempenho e se interagir de forma eficiente com os companheiros de trabalho.

De acordo com CHIAVENATO (1998), os diversos autores analisam as

quatro variáveis básicas de maneira que possam explorar sua interdependência,

diagnosticar a situação e intervir em variáveis estruturais ou comportamentais, para

que uma mudança atinja tanto os objetivos organizacionais quanto os individuais.

São elas:

a) o meio ambiente: focalizando aspectos como a turbulência ambiental, a

explosão do conhecimento, a explosão tecnológica, a explosão das

comunicações, o impacto dessas mudanças sobre as instituições e valores

sociais;

b) a organização: abordando impacto sofrido em decorrência da

turbulência ambiental e as características necessárias de dinamismo e

6

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flexibilidade organizacionais para sobreviver em um ambiente dinâmico e

mutável, onde surgem novas tecnologias, novos valores sociais, etc;

c) o grupo social: considerando aspectos de liderança, comunicação,

relações interpessoais, conflitos, etc.

d) o indivíduo: ressaltando as motivações, atitudes, necessidades, etc.

Segundo CHIAVENATO (1998):

“Uma das ilusões mais perigosas é a de que o DO pode ser gerado por modificações apenas de estrutura, ou, ainda, mais simplesmente, pela destruição das estruturas. Além da mudança estrutural, o DO exige mudanças nos procedimentos que ocorrem entre pessoas e grupos. Há que se mexer na estrutura e, principalmente, na cultura organizacional.”

4.1.1 Cultura Organizacional

A cultura organizacional influencia o comportamento de todos os

indivíduos e grupos dentro da organização. Representa as normas formais e

informais que orientam o comportamento dos membros de uma organização no dia-

a-dia. Segundo CHIAVENATO (2004) “significa um modo de vida, um sistema de

crenças, expectativas e valores, uma forma de interação e relacionamento típicos de

determinada organização”.

Para a organização, valores são todos aqueles elementos apreciados que

predominam sobre os outros na tomada de decisão, na solução dos conflitos, na

maneira de fazer as coisas. Alguns valores organizacionais entram em conflitos com

valores pessoais, que são as crenças individuais, quando se referem às práticas

administrativas. A organização precisa reunir um conjunto de valores que ao ser

compartilhado com todos os membros geram uma ação coordenada para o alcance

dos objetivos organizacionais. Valores compartilhados facilitam a delegação,

proporcionam eficácia às decisões, unidade de imagem e a identidade da

organização. (CHIAVENATO, 1998).

Para CHIAVENATO (2004), a cultura organizacional apresenta seis

características principais:

a) regularidades nos comportamentos observados: as interações entre os

participantes caracterizam-se por uma linguagem comum, terminologias

próprias e rituais relacionados com condutas e deferências;

7

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b) normas: são padrões de comportamentos que incluem guias sobre a

maneira de fazer as coisas;

c) valores dominantes: são os principais valores que a organização

advoga e espera que seus participantes compartilhem, como qualidade de

produto, baixo absenteísmo, alta eficiência;

d) filosofia: são políticas que afirma as crenças sobre como os

empregados ou clientes devem ser tratados;

e) regras: são guias estabelecidas e relacionadas com o comportamento

na organização.

f) clima organizacional: é o sentimento transmitidos pelo local físico,

como os participantes interagem, como as pessoas tratam os outros,

clientes, fornecedores, etc.

De acordo com SCHEIN (apud LUZ, 2003, p.15),

“cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu e desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.”

“A cultura organizacional está enraizada na história da organização, isto é,

nos seus êxitos (que proporcionam os modelos a seguir no futuro) e nos seus

fracassos (que indicam os modelos a serem evitados)” (CHIAVENATO, 1998). É

constituída de aspectos que dão as organizações um modo particular de ser.

Não é algo palpável. Ela não é percebida ou observada em si mesma, mas

através de seus efeitos e conseqüências. CHIAVENATO (2004) compara-a com um

iceberg. Na parte superior, acima do nível da água, estão os aspectos visíveis e

superficiais observados na organização. Quase sempre são decorrência físicas e

concretas da cultura, como o tipo do edifício, métodos e procedimentos de trabalho,

títulos e descrições de cargos, entre outros.

Na parte submersa estão os aspectos invisíveis e profundos, cuja

observação ou percepção é mais difícil. Nessa parte estão os aspectos psicológicos

e sociológicos da cultura. Quanto mais profunda a camada, mais difícil se torna a

mudança ou transformação da cultura. Para JOHAN (2004), nos aspectos invisíveis

encontram-se também as zonas de sombras, que são os medos inconfessos, os

tabus, os preconceitos e os contratos psicológicos, sendo eles positivos ou não.

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A cultura organizacional se expressa de diferentes formas, através do

Código de Ética, Missão, Visão da Empresa, Princípios, Valores e através do

comportamento da organização e das pessoas que nela trabalham. Em algumas

empresas, o slogan usado também revela a cultura.

Quanto aos funcionários, as formas de manifestação da cultura da

organização se observa através do vestuário, das formas como se apresentam,

cortes de cabelos, as maneiras como as pessoas são tratadas, os assuntos

preferencialmente discutidos.

Segundo LUZ (2003) os principais fatores que influenciam a cultura

organizacional são:

a) seus fundadores: esses líderes deixam marcas na história de uma

organização. São figuras singulares para a cultura de uma empresa,

impregnando-a com suas crenças, seus valores, seus estilos, etc;

b) seu ramo de atividade: as empresas tem um perfil que as caracterizam.

Alguns ramos de atividades, em função do tipo de produto ou serviços que

produzem, ou o tipo de mercado que operam, são mais sofisticados, mais

exigentes, do que os outros. Isso acaba impactando na tecnologia, na

estrutura, no grau de sofisticação dos processos de trabalho e também na

própria qualidade de seus recursos humanos;

c) dirigentes atuais: também pode gerar forte influência sobre a cultura de

uma empresa. Em algumas empresas, o ingresso de apenas um influente

executivo pode modificar radicalmente a cultura;

d) a área geográfica na qual a empresa atua: a localização também pode

exercer forte influência sobre a sua cultura. A escolaridade, o padrão

cultural e o nível socioeconômico de uma determinada população vão

imprimir valores, crenças e outros ingredientes aos seus membros.

Mudar a cultura organizacional é criar o comportamento futuro da

organização. Não é simplesmente mudar as crenças, expectativas e valores dos

empregados, mas também os da organização. CHIAVENATO (1998, p. 280) afirma

que para alguns autores do Desenvolvimento Organizacional,” o conceito de cultura

organizacional mostra que a única maneira de mudar as organizações é mudar sua

cultura, ou seja, mudar os sistemas nos quais as pessoas trabalham e vivem.”

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Além da cultura organizacional, os autores do DO enfatizam o clima

organizacional e consideram que a cultura influencia o clima existente na

organização.

4.1.2 Clima Organizacional

“Clima organizacional é a atmosfera resultante das percepções que os

funcionários têm dos diferentes aspectos que influenciam seu bem estar e sua

satisfação no dia-a-dia de trabalho” (BARÇANTE e CASTRO, apud LUZ, 2003, p.

10). É reflexo do estado de ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários na

empresa e na relação entre a empresa e seus funcionários. (LUZ, 2003)

Segundo CHIAVENATO (1999) é o nome dado ao ambiente interno

existente entre os membros da organização. Refere-se especificamente às

propriedades motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, os aspectos que

levam a provocar diferentes espécies de motivação. O quadro a seguir, auxilia na

visualização dos fatores determinantes e das variáveis dependentes do clima

organizacional:

VARIÁVEIS

DE ENTRADA

SAÍDAS PRÓXIMAS SAÍDAS ÚLTIMAS

Determinantes do clima

organizacional

Variáveis dependentes

intermediarias

Variáveis dependentes

finais

• condições econômicas • níveis de motivação • organização bem

• estilo de liderança • estimulação de motivos sucedida

• políticas específicos • organização

• valores • satisfação no cargo mal-sucedida

• estrutura da

organização

• métodos de

trabalho

• características das • absenteísmo

pessoas • produtividade no

• natureza do negócio trabalho

• estágio da vida da

organização

10

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As variáveis dependentes intermediárias resultam da percepção dos

colaboradores em relação ao clima organizacional e as conseqüências das variáveis

intermediárias definem as variáveis dependentes finais, ou seja o desempenho das

organizações.

De acordo com LUZ (2003), o clima pode ser bom, prejudicado ou ruim.

Ele é bom quando predominam atitudes positivas e quando os funcionários indicam

seus conhecidos e parentes para trabalharem na empresa por sentirem orgulho em

participar dela.

O clima é prejudicado quando algumas variáveis afetam de forma negativa

o ânimo dos funcionários que resultam em conflitos, baixo desempenho,

desinteresse pelo cumprimento das metas, entre outros.

Quando o clima da empresa é predominantemente ruim, a rotatividade de

pessoal costuma ser alta e alguns funcionários chegam a omitir sua passagem

profissional por elas. Esse é um típico sentimento de vergonha e desaprovação dos

funcionários por uma empresa.

Ainda segundo o autor acima citado, o clima organizacional mesmo sendo

abstrato torna-se tangível através de alguns indicadores. Esses indicadores, não nos

fornecem elementos capazes de descobrirmos as causas que estão afetando,

positivamente ou negativamente o clima, mas alertam quando algo não está bem ou

ao contrário, quando o clima está muito bom. São eles:

a) turnover (rotatividade de pessoal): quando elevado pode significar que

as pessoas não têm comprometimento com a empresa, que falta algo

que as satisfaçam;

b) absenteismo: o excessivo números de faltas e atraso pode ter o

mesmo significado que o apresentado sobre o turnover;

c) avaliação de desempenho: a avaliação pode confirmar que o baixo

desempenho de alguns colaboradores decorre do seu estado de

ânimo, da sua apatia em relação à empresa, ou até mesmo problemas

pessoais que esteja afetando o seu desempenho;

d) greves: em algumas vezes, a adesão às greves revela uma reação dos

empregados ao seu descontentamento com a empresa;

e) conflitos interpessoais e interdepartamentais: essa é a forma mais

aparente do clima da empresa. A intensidade dos conflitos é que vai,

muitas vezes, determinar um clima tenso ou agradável.

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Assim, o clima organizacional influencia no estado motivacional das

pessoas e é por ele influenciado. Quanto mais alta for à motivação e satisfação dos

funcionários, maior será o desempenho da organização.

4.1.3 Motivação

Surge no fim da década de 40 a teoria comportamental como uma

redefinição dos conceitos da teoria das relações humanas. Baseando-se no

comportamento humano nas organizações, sua ênfase, como na teoria das relações

humanas, é dada às pessoas.

Segundo Faria (2002), as necessidades do homem orientam e dinamizam

seu comportamento em direção a objetivos pessoais. Assim que uma necessidade

é satisfeita, logo surge outra em seu lugar, dentro de um processo contínuo, que não

tem fim. Desse modo, o administrador precisa conhecer as necessidades humanas

para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação humana

como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida na empresa.

Para explicar o comportamento organizacional é preciso entender o

comportamento individual das pessoas e para compreender o comportamento

humano, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Por isso, a motivação

humana é um dos temas principais da Teoria comportamental.

De acordo com SOTO (2002, p. 118),

“A motivação é a pressão interna surgida de uma necessidade, também interna, que excitando (via eletroquímica) as estruturas nervosas, origina um estado energizador que impulsiona o organismo à atividade iniciando, guiando e mantendo a conduta até que alguma meta (objetivo, incentivo) seja conseguida ou a resposta seja bloqueada.”

Para SPECTOR (2004, p. 198) “a motivação é geralmente descrita como

um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados comportamentos”.

Portanto, motivação é o desejo de alcançar alguma meta ou satisfazer

alguma necessidade. Ao se sentir motivado, o homem adota alguns

comportamentos que o auxiliam na busca da realização e satisfação dos seus

desejos, necessidades ou vontades.

Segundo SPECTOR (2004), há três elementos que estão coesos na

definição de motivação: direção, intensidade e persistência. Direção é a escolha dos

comportamentos específicos dentro de uma série de comportamentos possíveis.

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Intensidade é o esforço que uma pessoa empenha na realização de uma tarefa.

Persistência é um contínuo engajamento em um determinado tipo de

comportamento ao longo do tempo.

A motivação varia de indivíduo para indivíduo, pois as necessidades, os

padrões de comportamento, os valores sociais, a capacidade de atingir o objetivo,

são diferentes para cada pessoa.

Segundo CHIAVENATO (2008), quando surge uma necessidade inicia-se

o ciclo motivacional. Necessidade é a força dinâmica e persistente que provoca o

comportamento. A necessidade gera um estado de tensão, insatisfação, desconforto

e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação em

busca de satisfazer a necessidade. Se o comportamento for eficaz, encontrará a

satisfação da necessidade e descarregará a tensão voltando ao equilíbrio.

Contudo, a necessidade nem sempre pode ser satisfeita. Ela pode ser

frustrada ou compensada (transferida para outro objeto, pessoa ou situação). No

caso da frustração, a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra

uma barreira ou um obstáculo para a sua libertação. Não encontrando saída, a

tensão encontra um meio indireto para sair, seja por vias psicológicas

(agressividade, descontentamento, tensão emocional, etc.), seja por vias fisiológicas

(tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas, etc.). Nos casos onde a

necessidade é transferida ou compensada, a satisfação de outra necessidade reduz

a intensidade de uma necessidade não satisfeita.

As necessidades ou a satisfação das mesmas podem ser temporárias e

passageiras, ou seja, a motivação humana é cíclica, é um processo contínuo, pois,

as necessidades são resolvidas a medida que vão surgindo.

As teorias mais conhecidas sobre a motivação são relacionadas com as

necessidades humanas.

4.1.3.1 Teorias

As primeiras teorias sobre a motivação surgiram na década de 50. Três

teorias especificas foram formuladas nesse período: teoria da hierarquia das

necessidade, teorias X e Y e a teoria da motivação-higiene. Existem outras teorias

que são chamadas de teorias contemporâneas, pois representam o estágio atual

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para explicar a motivação dos empregados. Estas se desenvolveram a partir das

três primeiras teorias.

Para SPECTOR (2004) as teorias de motivação no trabalho normalmente

se preocupam mais com as razões do que com as habilidades que levam o indivíduo

a realizar suas tarefas melhor do que os outros. Dependendo da situação, as teorias

prevêem as escolhas do comportamento para a tarefa, o esforço ou a persistência

dessas pessoas.

Ainda segundo o autor acima citado, as teorias vêem a motivação dos

empregados por perspectivas diferentes. As teorias da hierarquia de necessidade e

a teoria ERC (existência, relacionamento e crescimento) preocupam-se com os tipos

de coisas que as pessoas são motivadas a alcançar. Classificam as necessidades

em pequenos grupos e acreditam que o comportamento humano está direcionado

para a satisfação delas. A primeira diz respeito a satisfação em si e a segunda

refere-se a recompensas. (op cit.)

A teoria do reforço vê o comportamento como resultado de recompensas e

reforços. Ela descreve a motivação como resultado de influências ambientais, em

vez de motivos gerados internamente. O princípio mais importante é a lei do efeito,

ou seja, comportamentos relacionados ao trabalho, que tenham sido

recompensados, encontram maior probabilidade de se repetir no futuro,

inversamente, um comportamento seguido de punição tem menor probabilidade de

se repetir. A teoria da expectativa, também relaciona recompensas ambientais ao

comportamento, ela tenta explicar como as recompensas levam ao comportamento.

Afirma que as pessoas terão um bom desempenho se acreditarem que seus

esforços resultarão em uma recompensa. (op cit.)

A teoria da auto-eficácia estuda as crenças das pessoas em suas

habilidades como fator de motivação. De acordo com essa teoria, a motivação está

atrelada ao fato de acreditar ou não que é capaz de realizar com êxito a tarefa. (op

cit.)

A teoria da equidade se concentra nos valores pessoais, em vez das

necessidades, crenças e reforços. Afirma que as pessoas valorizam o tratamento

justo e igualitário e se motivam a corrigir situações em que existam injustiça e

desigualdade. (op cit.)

As teorias, mesmo partindo de perspectivas diferentes, não

necessariamente levam previsões diferentes sobre o comportamento.

14

14

4.2 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

No início do século XX, os psicólogos experimentais estavam interessados

em aplicar novos princípios da psicologia para resolver problemas em organizações.

Os trabalhos iniciais concentravam-se em questões de desempenho no trabalho e

eficiência organizacional. Surge então a Psicologia Organizacional. (SPECTOR,

2004)

A primeira utilização das suas práticas foi datada durante a primeira guerra

mundial. As forças armadas dos Estados Unidos precisavam saber a melhor forma

de utilizar as habilidades de seus novos recrutas. Então os soldados foram

submetidos a vários testes recém inventados para saber para qual função eles

apresentavam maior adequação. (SPECTOR, 2004)

Após a primeira guerra mundial, esses materiais foram utilizados pelas

empresas e serviram de fundamento para os testes em massa, utilizados pela área

educacional e organizacional.

Para TELES (1994) a Psicologia Organizacional tem por objeto de estudo

o homem atuante na organização e o objetivo é pesquisar o comportamento humano

dentro da empresa para harmonizar o desenvolvimento organizacional com o

desenvolvimento da pessoa humana. Já para SPECTOR (2004, p.5), a Psicologia

Organizacional preocupa-se em “compreender o comportamento individual e

aumentar o bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho”.

Sua área de ação abrange vários campos importantes para as

organizações: motivação, liderança, mudanças organizacionais, acidentes de

trabalho, avaliação de desempenho, etc. Portanto, compreende-se que a Psicologia

Organizacional utiliza-se de métodos e técnicas da Psicologia, com aplicação na

empresa, com o objetivo de melhorar o comportamento humano dentro da

organização.

4.2.1 Comportamento organizacional

Segundo ROBBINS (2002), o comportamento organizacional é um campo

de estudo que investiga o impacto do comportamento dos indivíduos, grupos e

estrutura dentro da organização. Tem por objetivo utilizar esse conhecimento para

promover a melhoria da eficácia organizacional. Em resumo, estuda o que as

15

15

pessoas fazem nas organizações e como esse comportamento afeta o desempenho

das empresas.

Para melhor compreender o comportamento organizacional,

CHIAVENATTO (2008) salienta algumas características genéricas do

comportamento humano nas organizações:

a) o homem é proativo: as pessoas procuram satisfazer suas

necessidades pessoais e alcançar seus objetivos e aspirações. Por isso,

reagem e responde a seu ambiente. As pessoas podem tanto resistir

como colaborar com as políticas e procedimentos da organização,

dependendo da estratégia adotada pelo supervisor;

b) o homem é social: a participação em organizações é importante na vida

das pessoas porque as conduz ao envolvimento com outras pessoas ou

grupos, pois, quando estão em grupos tendem a manter sua identidade e

bem-estar psicológico e procuram no relacionamento com outros obter

informações sobre si mesmo;

c) o homem tem diferentes necessidades: as pessoas são motivadas

pelas necessidades, porém, um fator pode motivar uma pessoa hoje e não

ter potencia para motivá-la amanhã;

d) o homem percebe e avalia: a experiência da pessoa com seu ambiente

é um processo ativo, pois, seleciona os dados dos diferentes aspectos do

ambiente e avalia-os com experiências passadas e com suas

necessidades e valores;

e) o homem pensa e escolhe: o comportamento humano é proposital,

proativo e cognitivamente ativo. Ele analisa, escolhe e executa planos

comportamentais para alcançar seus objetivos pessoais.

f) o homem tem limitada capacidade de resposta: o homem tem limitada

capacidade para desempenhar de acordo com o que pretende ou

ambiciona. As pessoas não são capazes de se comportar de todas as

formas porque suas capacidades físicas e mentais são limitadas.

Certamente existem diferenças entre as pessoas. Elas não reagem da

mesma forma nas mesmas situações, porém, ROBBINS (2002) afirma que existem

algumas consistências fundamentais que sustentam o comportamento dos

indivíduos, permitindo assim a previsibilidade.

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O comportamento geralmente é previsível e essas previsões são

realizadas pelo estudo sistemático, que consiste na observação dos

relacionamentos, tentativas de atribuições de causa e efeito e conclusões baseadas

em evidencias científicas.

Para TELES (1994) o comportamento das pessoas muda conforme o seu

ambiente, portanto, cada tipo de organização pressiona e exige determinados tipos

de comportamentos. Para o individuo, seu desejo é de ser totalmente espontâneo,

fazer aquilo que seus impulsos lhe sugerem, porém, dentro da organização o

indivíduo terá que se adaptar, criando um tipo de comportamento que é resultante

das forças: pressão da organização e espontaneidade pessoal.

Pressão da organização é a força que a organização exerce em relação

ao indivíduo. As leis, normas, estruturas e objetivos da organização impossibilitam a

espontaneidade. Ao contrário, o individuo busca fazer aquilo que quer e gosta,

buscando a liberdade e espontaneidade.

Essas duas forças tendem a criar posições psicológicas dentro de uma

pessoa na organização:

a) alienação: quando a organização exerce 80% de dominação e o

individuo possui 20% de espontaneidade. A pessoa se anula, percebendo

e sentindo o seu meio de forma apagada;

b) crise ou revolta: 60% de dominação e o 40% de espontaneidade. Ainda

possui dominação por parte da organização, porém com a dominação

menor cria-se autonomia e capacidade para o individuo questionar a esta

dominação. A conscientização da dominação pode gerar ansiedade,

conflitos e neuroses;

c) indiferença: 50% de dominação e 50% de espontaneidade. Esse

equilíbrio resulta na indiferença, pois a pessoa pode não ser tão

participante e não tão revoltada;

d) aceitação: 40% de dominação e 60% de espontaneidade. O indivíduo

sente-se pessoa, pode até resistir a autoridade, mas sem ser hostil;

e) integração: 20% de dominação e 80% de espontaneidade. Não sente

ou sente pouco a dominação;

f) identificação: 10% de dominação e 90% de espontaneidade. É quando

o individuo se sente empresa, ele sente que a organização faz parte da

sua vida.

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17

Para auxiliar no processo de adaptação do funcionário com a empresa,

muitas organizações utilizam ações que visam melhorar os processos de trabalho.

Esse conjunto de ações é chamado de qualidade de vida no trabalho.

4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Compreende-se qualidade de vida no trabalho (QVT) como “um conjunto

das ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações

gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”.(LIMONGI-FRANÇA,

apud LIMONGI-FRANÇA et. al, 2002, p.296). Já Preste Rosa, alto executivo de

Recursos Humanos da Ticket Grupo de Serviços (apud LIMONGI-FRANÇA, 2008,

p.42) define qualidade de vida como sendo :

“a busca contínua da melhoria dos processos de trabalho, as quais precisam ser construídos não só para incorporar as novas tecnologias como para aproveitar o potencial humano, individual, e em equipe. No contexto empresarial ela se insere na qualidade organizacional, no repensar contínuo da empresa.”

O início da QVT deu-se no começo do século XX com as regulamentações

de trabalho e teve sua difusão no decorrer do século com as conquistas trabalhistas.

WALTON (apud LIMONGI-FRANÇA et al, 2002) afirma que a QVT faz parte dos

novos conceitos da década de 60. Para ele, a QVT nada mais é do que a junção dos

movimentos reformistas com as vontades e aspirações humanas.

Para CHIAVENATTO (2008) a qualidade de vida no trabalho representa o

grau de satisfação dos colaboradores no sentido de satisfazer suas necessidades

pessoais com a sua atividade na organização. Para o autor, a qualidade de vida

envolve uma série de fatores, como: satisfação no trabalho, possibilidades de futuro

na organização, reconhecimento pelo resultado alcançado, relacionamento humano

dentro do grupo e da organização, ambiente psicológico e físico do trabalho, entre

outros.

A QVT busca criar, manter e melhorar o ambiente de trabalho não só nos

aspectos psicológicos, mas nos aspectos físicos do trabalho, como condições

atmosféricas, higiene, segurança, ambiente físico, entre outros.

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4.3.1 Higiene e segurança no trabalho

A higiene no trabalho é uma ciência que busca através do conhecimento,

avaliação e controle, prevenir as doenças relacionadas com o trabalho.

(TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2004). Para CHIAVENATTO (2008, p. 348)

“a higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que visa à

proteção da integridade física e mental do trabalhador”.

A higiene do trabalho tem caráter preventivo, pois, objetiva a saúde e

conforto do trabalhador, evitando as doenças ocupacionais. CHIAVENATTO (2008)

menciona que os principais objetivos da higiene do trabalho é eliminar ou minimizar

os fatores que geram doenças ocupacionais, reduzir os efeitos prejudiciais

provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de deficiência física,

prevenir o agravamento de doenças, lesões e deficiências, controlar o ambiente de

trabalho, através da manutenção da saúde dos trabalhadores e do aumento da

produtividade.

Para BAPTISTA (apud CHIAVENATO, 2008), esses objetivos podem ser

alcançados através da sensibilização dos trabalhadores para os perigos existentes,

constante estado de alerta contra os riscos existentes e estudos e observações dos

novos materiais e processos a serem utilizados.

Segundo TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA (2004), os principais

fatores que ocasionam riscos a saúde são classificados em três categorias:

a) riscos químicos: são aqueles relacionados a manutenção de produtos

químicos. Quando necessário a sua manutenção é preciso estar

devidamente protegido por equipamentos de proteção;

b) riscos físicos: consideram riscos físicos aqueles referentes as

condições ambientais de trabalhos. São as circunstancias físicas que

envolvem o empregado enquanto ele desempenha uma função.

c) Riscos biológicos: são aqueles relacionados à ação dos agentes como

bactérias, vírus e outros microrganismos.

Dentro dos riscos físicos podem se destacar iluminação, ruído e condições

atmosféricas.

Iluminação refere-se à luminosidade existente no local. CHIAVENATO

(2008, p. 350) afirma que “a má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema

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19

nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e é responsável por razoável

parcela de acidentes de trabalho”.

Ruído é o barulho ou som indesejável. Os sons possuem duas

características principais: freqüência e intensidade. Freqüência refere-se ao número

de vibrações emitidas pela fonte de ruído num determinado espaço. Intensidade é o

volume do som, medido em decibéis (db). De acordo com TACHIZAWA; FERREIRA

e FORTUNA (2004) consideram prejudiciais a saúde os ruídos acima de 85 db, pois

provocam a perda paulatina da capacidade auditiva.

Englobam as condições atmosféricas a temperatura e umidade. A

exposição a temperaturas muito elevadas ou muito baixas acarreta sérios danos à

saúde do empregado. Como na temperatura, o empregado quando exposto a alta

umidade ou baixa umidade também poderá ter sérios danos a saúde.

Junto com a higiene do trabalho está a segurança no trabalho. Segundo

CHIAVENATO (2008), segurança no trabalho é o conjunto de medidas técnicas,

educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, através da

eliminação das condições inseguras, da instrução e sensibilização das pessoas

referente à utilização das práticas preventivas.

Para TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA (2004), a segurança é um

dos fatores decisivos para o aumento da produtividade, pois reduz o número de

faltas decorrentes das condições inadequadas de trabalho.

A higiene e segurança no trabalho estão interligadas, pois, buscam

garantir saúde e bem-estar dos funcionários através das condições pessoais e

materiais de trabalho.

4.3.2 Fadiga

Segundo LOBO (1976, p. 41), fadiga é “um mecanismo de defesa que vai

inibindo os movimentos e atividades em geral, quando o conseqüente desgaste

ameaça a integridade do organismo”.

Há várias formas de fadiga. A mais conhecida delas é denominado

cansaço físico. Quando uma pessoa ergue certo número de vezes um mesmo peso,

não conseguirá mais levantar, pois o cansaço em pouco tempo paralisa os

movimentos. Mas, após um período de descanso a pessoa conseguirá erguer o

peso novamente, porém, em menor número de vezes.

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20

Alguns esforços nos obrigam a repousar absolutamente, outros, mesmo

estando cansados, nos permitem continuar. Entretanto, quando estamos cansados e

continuamos uma atividade o rendimento tende a decair.

LOBO (1976) cita ainda dois tipos de cansaço, cansaço pelo tédio e

cansaço mental.

O cansaço pelo tédio é decorrente das tarefas que não exigem esforços

musculares muito intensivos, mas que são desinteressantes. Pode ocorrer queda de

rendimento pelo fator de aborrecimento resultante da monotonia da tarefa. Alguns

recursos como assobio, canto, música e conversas podem reduzir o tédio em uma

tarefa.

O cansaço mental pode originar-se de carências ou distúrbios orgânicos,

alimentação deficiente, fraqueza geral, insuficiência de sono reparador, atenção

ininterrupta e prolongada, entre outros.

SPECTOR (2004) trás outro tipo de cansaço, a estafa que é um estado de

desgaste psicológico provocado após estar no trabalho por um longo período. Uma

pessoa que sofre de estafa tem baixa motivação para o trabalho.

A estafa é medida por meio de escalas. A escala mais conhecida é o

inventário de estafa de Maslach que mede três componentes da estafa:

a) exaustão emocional: é o sentimento de cansaço e fadiga no trabalho;

b) despersonalização: é o desenvolvimento de um sentimentos hostil e

cínico com relação aos outros;

c) redução da realização pessoal: é o sentimento de não estar realizando

nada de importante no trabalho.

No próximo tópico será abordado sobre o relacionamento interpessoal que

é um dos componentes que interferem no estado de ânimo do funcionário

4.3.3 Relacionamento interpessoal

Atualmente, se fala muito em trabalho em equipe, ser integrado na equipe,

ter um bom relacionamento com os demais funcionários, porém mesmo com tanto

destaque, muitas empresas não conseguem transformar os seus grupos de trabalho

em equipes integradas.

MOSCOVICI (1996) define equipe como um grupo que tem um objetivo

comum e interage para alcançá-lo. Tem a comunicação verdadeira e usam as

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21

opiniões divergentes para estimular a resolução de problemas. Há confiança e um

processo contínuo de auto-exame para identificar os problemas que afetam o

funcionamento da equipe. Já para QUICK (1995) a principal característica de uma

equipe é que seus membros tenham como prioridade a meta da equipe.

COHEN (1999) destaca três aspectos que otimiza-se ao conseguir uma

equipe bem integrada:

a) a qualidade de solução de problemas: quando se está reunido, tende a

aumentar o número de idéias e pontos de vista sobre os problemas, o

que irá conduzir a soluções com maior sinergia;

a) a implementação das idéias: tem maiores chances de serem

implementadas de forma eficaz as idéias tomadas por um grupo bem

integrado;

b) o aprendizado para os seus membros: ao se reunir, as pessoas trazem

experiências e capacitações diferentes para compartilhar com o grupo.

QUICK (1995) trás outro beneficio das equipes: a cooperação. Segundo o

autor, as pessoas, ao se identificarem com a equipe, colaboram de boa vontade e

entregam-se ao esforço da equipe, pois querem realizar juntas um bom trabalho.

4.3.5 Satisfação com o trabalho

ROBBINS (2002, p. 74) define satisfação com o trabalho como “a atitude

geral de uma pessoa em relação ao trabalho que realiza”, onde atitude é uma

afirmação avaliadora, favorável ou não, em relação a algo, em outras palavras

expressa como o indivíduo se sente em relação a alguma coisa. Já SPECTOR

(2004, p. 221) simplifica usando o termo “satisfação no trabalho é o quanto as

pessoas gostam de seu trabalho”.

SPECTOR (2004) trás duas formas de se fazer a mensuração da

satisfação do funcionário com o trabalho. Um usa o enfoque global e o outro de

facetas. No enfoque global, a satisfação é tratada como um sentimento único e geral

em relação ao trabalho. Já o enfoque das facetas, utiliza os diferentes aspectos do

trabalho, como as recompensas, as relações interpessoais, a natureza do trabalho,

entre outros. Nesse último enfoque a visualização da satisfação é mais completa,

porque, como o autor exemplifica, um indivíduo pode estar insatisfeito com o salário,

mas pode estar feliz com o trabalho que executa.

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Estudos mostram que algumas características são responsáveis pela

satisfação no trabalho, pois pessoas com o mesmo tipo de emprego e condições de

trabalho similares podem variar a satisfação com o trabalho. De acordo com

SPECTOR (2004), a satisfação é derivada da adequação do indivíduo ao seu

trabalho, observando três perspectivas: ambiente, personalidade e interação.

No ambiente incluem as características com o trabalho, a tarefa, e

aspectos da organização. Quanto às características com o trabalho, HACKMAN e

OLDHAM (apud SPECTOR, 2004) apontam as cinco principais que influenciam na

satisfação: variedade das habilidades, identidade da tarefa, importância da tarefa,

autonomia e feedback no trabalho. Outra variável que influencia na satisfação é a

ambigüidade do papel, onde o funcionário não tem clara as suas funções e

responsabilidade no trabalho.

A personalidade engloba as características pessoais, como idade, gênero,

cultura, relações familiares, a tendência de um individuo experimentar emoções

negativas, como depressão, entre outros.

Já a interação trata da adequação da pessoa com o trabalho. Segundo

KRISTOF (apud SPECTOR, 2004, P. 239), “a satisfação irá ocorrer quando houver

uma boa combinação entre pessoa e o trabalho”.

Porém pode haver insatisfação por parte do funcionário em relação ao

trabalho. De acordo com ROBBINS (2002), a insatisfação pode ser expressa de

várias formas, pelo pedido de demissão, por reclamações, insubordinação,

pequenos furtos, fuga das responsabilidades, entre outros.

ROBBINS (2002) comenta ainda que, quando uma empresa busca um

funcionário, devem preocupar-se em procurar funcionários que tenham valores que

coincidam com os da empresa, pois o desempenho e a satisfação tendem a serem

maiores. A empresa deve conhecer as atitudes de seus funcionários, porque elas

influenciam o comportamento, e precisa pesquisar sempre o nível de satisfação dos

seus funcionários, porque funcionários satisfeitos são mais comprometidos com a

empresa.

Uma das formas de aumentar a satisfação dos colaboradores é

melhorando a qualidade de vida no trabalho.

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4.4 Cinco S

“O 5S é um sistema de qualidade pessoal que enfatiza a prática dos bons

hábitos apreciados por todos” (SILVA, 1995, p.6), é uma atividade que foi concebida

em 1950 no Japão por Kaoru Ishikawa. Acredita-se que foi inspirado na necessidade

de ordenar o país no pós-guerra.

O método se chama 5S porque os 5 sensos originaram-se de 5 palavras

japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke. No Brasil, os 5S é representado

pelas seguintes denominações:

a) primeiro S – Senso de Utilização (Seiri)

b) segundo S – Senso de Ordenação (Seiton)

c) terceiro S – Senso de Limpeza (Seiso)

d) quarto S – Senso de Saúde (Seiketsu)

e) quinto S – Senso de Autodisciplina (Shitsuke)

Segundo a apostila do SEBRAE – d-olho na qualidade (1994) com a

aplicação do programa 5S se alcança resultados imediatos como: melhora a

qualidade de produto e serviços, diminui o desperdício de material, melhora o

espírito de equipe, eleva a moral dos empregados e melhora o aproveitamento dos

espaços físicos. Também melhora o ambiente de trabalho, pois reduz o número de

acidentes, motiva os empregados, cria uma atmosfera de cooperação, participação

responsabilidade e criatividade e combate às formas de poluição. Além disso,

fornece base cultural para novas melhorias, aprimora a relação

empresa/trabalhador, viabiliza a implantação de outros programas e acelera a

modernização da empresa. Mas para implantar o programa é necessário conhecer

as particularidades de cada senso.

4.4.1 Senso de utilização (Seiri)

Para UMEDA (1997) o senso de utilização é deixar o mínimo necessário, é

limpar o desnecessário. Separar o que é utilizado nas tarefas do que não é utilizado.

UMEDA (1997) ainda, dá algumas dicas para promover o senso de

utilização através da operação descarte:

a) reunir todos os materiais desnecessários em um local;

b) aproveitar os materiais à disposição;

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c) vender os materiais para os funcionários que manifestarem interesse;

d) vender como sucata;

e) não deixar acumular materiais que não estão ocupando e devolver para

o almoxarifado;

f) comprar somente materiais para serem utilizados imediatamente,

evitando assim grandes estoques.

Segundo ÁVILA (et. al. 2008), as principais vantagens do senso de

utilização são: liberação de utensílios, equipamentos e documentos desnecessários,

redução do tempo de procura, melhor visualização do local de trabalho,

desocupação de espaços, ambiente mais confortável e facilidade de limpeza, evitar

compras de materiais desnecessário e aumenta a produtividade.

O segundo passo para implantação do programa é organizar.

4.4.2 Senso de ordenação (seiton)

Segundo UMEDA (1997), deixar tudo no lugar, sempre disponível e em

locais de fácil acesso é o princípio do senso de ordenação. O ato de organizar evita

atraso no trabalho, em virtude de procura, e desperdício de tempo.

De acordo com ÁVILA (et. al, 2008), há algumas regras que podem ser

usadas na prática do senso de ordenação:

a) definir critérios para organizar e guardar, pois tudo deve ter fácil

acesso;

b) ter um lugar para cada coisa e a forma correta de guardá-la;

c) identificar visualmente os objetos com etiquetas, códigos, entre outros;

d) habituar-se a guardar os objetos sempre no seus devidos lugares.

Ainda, segundo o autor acima citado, as principais vantagens desse senso

são: rapidez e facilidade na busca de materiais, agilidade nos processos, controle do

uso de equipamentos, estímulo a criatividade, facilidade de comunicação, redução

dos riscos de acidentes, racionalização dos espaços, melhora o ambiente de

trabalho reduzindo o esforço físico e mental.

Para UMEDA (1997, p. 26) “o segundo S, é a atividade fundamental

dentro dos primeiros S’s. A prática do Senso de Ordenação, de maneira completa,

melhora o primeiro S e facilita o desenvolvimento do terceiro S”.

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4.4.3 Senso de limpeza (Seiso)

Deixar o local sempre limpo e deixar as máquinas e equipamentos sempre

prontos para usá-los é o princípio deste senso. (ÁVILA, et. al, 2008).

UMEDA (1997) diz que para promover o senso de limpeza é preciso: não

sujar e quando sujar, limpar; não levantar e não espalhar pó; não derramar e não

provocar derramamento de água, óleo, entre outros; limpar máquinas e outros

equipamentos; não produzir lixo; procurar reaproveitar e reciclar material; praticar a

arrumação depois de executado o trabalho.

As principais vantagens desse senso são: manutenção do local de

trabalho, ambiente de trabalho limpo e arrumado, elimina desperdício, permanece

um local agradável para quem trabalha. (ÁVILA, et. al, 2008)

4.4.4 Senso de saúde (Seiketsu)

De acordo com SILVA (1995) os senso de saúde ajuda a mantém as

conquistas alcançadas com os três primeiros sensos. Já para UMEDA (1997),

aplicar o senso de saúde significa ter saúde mental e física. No Japão, o sentido

está mais para a saúde física, porém no Brasil, engloba também a saúde mental.

Para ÁVILA (et. al, 2008) para ter e manter a saúde é preciso:

a) adotar como rotina a prática dos passos anteriores;

b) manter as boas condições do ambiente;

c) praticar e disseminar boas relações interpessoais;

d) adotar posturas de hábitos saudáveis e higiênicos;

e) manter o ambiente esteticamente agradável e prático.

UMEDA (1997) acrescenta que, para ter uma boa saúde mental e física, é

preciso também:

a) ter instalações com finalidade de recuperação do cansaço;

b) prática de ginástica nos postos de trabalho;

c) promover contramedidas em relação a pó, ruídos, trabalhos pesados,

entre outros;

d) construir instalações destinadas ao lazer;

e) submeter ao exame médico periódico;

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f) procurar assistentes sociais em casos de problemas de natureza

pessoal ou ordem íntima.

Conforme ÁVILA (et. al, 2008) as vantagens da aplicação desse senso

são: melhorar a saúde mental e física, melhorar o ambiente de trabalho, melhorias

em todos os setores, redução de acidentes.

Após praticar todos os sensos é preciso continuar a praticá-los sempre.

4.4.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke)

O senso de autodisciplina consiste em adquirir bons hábitos, fazer

naturalmente o correto, ter força de vontade e disciplina na continuação das

atividades praticadas nos outros sensos. É apresentar postura crítica em relação aos

ambientes de trabalho e nos processos. (ÁVILA, et. al, 2008; OPPITZ, 1999).

Para dar continuidade ao que foi conquistado e preciso cumprir

regulamentos e padrões, honrar os compromissos, agir com boas maneiras, praticar

sempre a arrumação depois de executado o trabalho, esforçar-se para ser um bom

funcionário e um bom cidadão. (UMEDA, 1997).

Ao implantar o 5S a empresa melhora sua qualidade porque as tarefas

são cumpridas no prazo, procura ter a prática dos bons hábitos, tem facilidade na

execução das tarefas, proporciona aos funcionários o auto desenvolvimento pessoal

e profissional.

4.4.6 Implantação do programa 5S

Para OPPITZ (1999) antes de implantar o programa 5S é preciso elaborar

um projeto que sustenta a mesma base da Qualidade Total, o PDCA (iniciais de

Plan, Do, Check, Action – planejar, treinar, checar e agir). Para cada meta a ser

prevista é preciso raciocinar um PDCA, um para planejar a implantação, outro para

planejar a execução e outros para preparar maneiras de checagem.

Primeiramente é preciso sensibilizar os funcionários da implantação do

programa, através de cursos, palestras, cartazes, conquista da confiança, entre

outros. Depois é preciso planejar a educação e treinamento dos funcionários.

Segundo o autor, “a educação não pode ficar restrita ao “saber fazer”, devendo

27

27

também estimular o “querer fazer””. Portanto, é preciso mostrar aos funcionários a

idéia de como irá ficar no final do programa.

Para realizar a tarefa de educação, é preciso nomear um grupo de gestão

que irá elaborar um manual de treinamento da empresa. Nesse manual, devem

constar todas as informações sobre o programa 5S, os critérios de avaliação, as

práticas dos sensos, entre outras informações importantes e necessárias.

Realizadas as tarefas iniciais é preciso analisar a situação atual e registrar

através de fotos, vídeos, entre outros, para servir de visualização e comparação

após a implantação.

Terminada a análise, inicia-se a definição da implantação. Para começar é

preciso responder as seguintes perguntas: onde fazer o 5S? Quem são os

responsáveis? Quais serão os itens de verificação? Respondidas as perguntas

passa-se para o plano de ação.

No plano de ação definem-se as metas da organização, as formas de

aplicação dos sensos, o regulamento do programa, o sistema de acompanhamento

e formas de divulgação dos resultados.

Quando estiver tudo planejado, o plano de ação concluído e as pessoas

treinadas é hora de aplicar os sensos. O autor ainda menciona que é importante a

participação de todos na implantação para sensibilizá-los para a continuação das

práticas realizadas.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O objetivo deste estágio é propor, pesquisar, diagnosticar e analisar a

qualidade do clima organizacional, do ambiente e da relação colaborador/empresa

do Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de Cascavel. Para alcançar o objetivo

proposto, foram utilizados alguns métodos de pesquisa. Para TURATO (apud

OLIVEIRA, 2007), “a palavra método deriva do latim methodus e do grego

methodos, cujo significado é “caminho através do qual se procura chegar a algo ou

um modo de fazer algo”.

Inicialmente, para conhecer e identificar os problemas existentes na

organização utilizou-se a pesquisa diagnóstico, onde analisou-se a empresa e

definiu-se o problema a ser trabalhado no presente projeto.

Foi então coletado dados de fontes secundárias, através dos autores

SPECTOR (2004) e CHIAVENATTO (1998, 1999, 2008), que tem por principal

finalidade oferecer conhecimento e meios para definir e resolver, não só problemas

já conhecidos, como também auxiliar na exploração de novas áreas onde os

problemas não foram cristalizados. (MARCONI e LAKATOS, 1999)

Para que se pudesse analisar o clima organizacional do Setor de Zeladoria

da Prefeitura Municipal de Cascavel e avaliar se o projeto atingiu os objetivos

propostos, foi utilizada a técnica de coleta de dados. “Chama-se coleta de dados à

fase do método de pesquisa, cujo objetivo é obter informações da realidade”

(RUDIO, 1978, p.89). Como instrumento da coleta de dados foi utilizado,

inicialmente, o questionário, que constitui em uma lista de indagações que,

respondidas, dão ao pesquisador as informações que ele pretende atingir (RUDIO,

1978). Também foi utilizada a entrevista, que permite a interação do pesquisador

com o entrevistado, buscando obter descrições detalhadas do que se esta

pesquisando (OLIVEIRA, 2007)

No dia 19 de junho de 2009, foi realizada uma reunião, onde se explicou

os motivos do questionário e a aplicação do mesmo, e foi entregue o questionário

contendo 14 questões com resposta optativas para as 16 pessoas presentes na

reunião. Posteriormente, os questionários foram transcritos em gráficos e serviram

como base para entrevistas, onde se buscou identificar com um maior detalhamento

os motivos que geram insatisfação nos colaboradores.

29

29

Após as entrevistas e análise dos dados coletados, observou-se que a

maioria dos funcionários não conheciam o programa 5S, então foi realizada uma

palestra com o intuito de apresentar os sensos e a aplicação dos mesmos no

trabalho, em casa e na vida pessoal.

A palestra foi realizada no dia 28 de setembro, com 20 funcionários que

estavam presentes no setor no dia. Na palestra, foi solicitado para que os

funcionários colocassem em prática os sensos apresentados nas suas tarefas

diárias durante a semana. Após esse período, no dia 06 de outubro de 2009 foi

entregue um questionário para os funcionários, o qual foi estipulado um prazo de 2

dias para a devolução do mesmo, contendo 7 questões, destas 2 questões optativas

e 5 questões abertas com a finalidade de avaliar a dificuldade ou a facilidade da

aplicação dos sensos. Ressalta-se que, dos 20 questionários entregues aos

funcionários 35% não foram devolvidos, obtendo-se assim 13 questionários

devolvidos.

6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

A fim de conhecer a empresa e compreender a organização como um todo

e desta forma chegar ao alcance dos objetivos propostos neste trabalho, fez-se

necessário o estudo do ambiente organizacional da empresa, conforme segue

descrição.

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

A Prefeitura Municipal de Cascavel está inscrita no C.N.P.J.

nº 76208867/0001-07, sendo pessoa jurídica de direito público interno. É unidade

territorial que integra a organização político-administrativa da República Federativa

do Brasil, no pleno gozo de sua autonomia político-administrativa, financeira e

legislativa, nos termos assegurado pela Constituição Federal, pela Constituição do

Estado e pela Lei Orgânica do Município.

Está localizada na Rua Paraná, 5000, no centro da cidade de Cascavel.

Seu ramo de atividade é a administração pública e prestação de serviços aos

munícipes. Está jurisdicionada aos limites geográficos do município de Cascavel.

Sua Estrutura Básica está descrita na Lei Municipal nº 2.557/1995. Já a

Lei Municipal nº 3.205/2001, trás a Estrutura Organizacional da Administração

Municipal onde está o organograma da Secretaria Municipal de Administração. O

estágio desenvolveu-se no Setor de Zeladoria, que está inserido na Divisão de

Serviços Gerais.

FIGURA 1 – ORGANOGRAMA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE

ADMINISTRAÇÃO

Fonte: Lei Municipal nº. 3.205/2001.

31

31

A descrição das funções do cargo de zelador (a) encontra-se na Lei

Municipal nº. 3.322/2001, conforme segue:

a) efetuar a limpeza e manter em ordem, prédios, pátios, laboratórios e

outros locais, varrendo, tirando o pó e encerrando, limpando e

lustrando móveis, lavando vidraças, utensílios, providenciando o

material e produtos necessários, para manter as condições de

conservação e higiene requerida;

b) proceder a higienização e desinfecção em áreas e equipamentos sob

responsabilidade, conforme normas técnicas estabelecidas na área de

saúde;

c) zelar pelas condições de acondicionamento e destino do lixo, conforme

normas da vigilância sanitária;

d) coletar o lixo, recolhendo-o e depositando na lixeira;

e) lavar, secar e passar peças de roupas, quando necessário;

f) mudar a posição dos móveis e equipamento, colocando-os no locais

designados;

g) preparar e servir café, chá, sucos, lanches, merenda, refeições e

outros;

h) guardar e manter o controle de gastos de materiais e produtos

utilizados na desinfecção e higiene;

i) zelar pela manutenção da limpeza e conservação de todo o material e

equipamento sob sua responsabilidade;

j) desempenhar outras tarefas correlatas.

6.1.1 Histórico da organização

Com o deslocamento de tropeiros e caboclos pela estrada que ligava Foz

do Iguaçu a Guarapuava muitos moradores da região construíam pousadas que

eram pontos de alimentação e descanso dos tropeiros e seus animais. Em uma

dessas pousadas a margem do riacho, alguns tropeiros encontraram grande

quantidade de ninho de cascavéis. Por esse motivo o riacho ficou conhecido como

rio Cascavel e a pousada, um encontro de picadas e trilhas percorridas pelos

colonos e viajantes, conhecida como Encruzilhada dos Gomes. Este nome se deve a

uma das famílias que para cá vieram e se estabeleceram.

32

32

Foi na Encruzilhada dos Gomes que Antonio José Elias, um agricultor

catarinense estabeleceu-se em 1920 e em 1930 arrendou as terras de José Silvério

de Oliveira, conhecido como “Nhô Jeca”, um agricultor de Guarapuava.

No dia 28 de março de 1930, José Silvério de Oliveira se instalou com sua

família na Encruzilhada dos Gomes e ali construiu em armazém capaz de fornecer

provisões e combustível, pois automóveis e caminhão começavam a trilhar os

caminhos do oeste.

O povoado se formou a partir do armazém do “Nhô Zeca” por colonos que

chegaram do sul atraídos e destinados por Silvério à áreas propicias no interior.

O vilarejo recebeu o nome de Cascavel, mas devido a influência do

Monsenhor Guilherme, prelado de Foz do Iguaçu, passou a chamar de Aparecida

dos Portos, pois o Monsenhor Guilherme considerava que o nome de Cascavel

lembrava a serpente que iludiu Adão e Eva no paraíso e com um nome de Santo o

vilarejo teria a proteção divina.

Entre as décadas de 30 e 40, os colonos sulistas de Santa Catarina e Rio

Grande do Sul migraram para essa região e se dedicaram ao corte de madeira,

substituindo as árvores por plantação de cereais e criação de rebanhos de suínos.

Em setembro de 1931, Othon Mader, nomeado para dirigir a Prefeitura de

Foz do Iguaçu, requereu ao governo do estado, em nome da Prefeitura de Foz, a

propriedade sobre as terras da Encruzilhadinha. No ano de 1933 foi recomendada

ao Governo a criação do Patrimônio Municipal de Aparecida dos Portos de

Cascavel, contentando no mesmo nome os religiosos e aos pioneiros.

O inventor do estado, Manoel Ribas, que já instituíra a primeira escola

estadual em 1932, criou em 1934 o Distrito Policial. No ano seguinte, a produção

dos colonos já seguiam para a região de Porto Mendes, começavam assim a vida

econômica da vila.

No dia 16 de abril de 1936, o interventor Ribas expediu título de domínio

pleno das terras ao primeiro perímetro urbano de Cascavel em favor de Foz do

Iguaçu, uma área de 1.001 hectares e recebia a confirmação do seu nome:

Patrimônio Municipal de Aparecida dos Portos de Cascavel.

Em 20 de Outubro de 1938, o decreto-lei nº 7.573 criou o Distrito

Administrativo de Cascavel, pertencente à Foz do Iguaçu, tendo como primeiro sub-

prefeito José Silvério de Oliveira “Nhõ Zeca”.

33

33

Finalmente, na data de 14 de novembro de 1951 foi decretada a

emancipação política de Cascavel, através da Lei nº 790/51. No pleito de 19 de

novembro de 1952 foi eleito o primeiro prefeito de Cascavel, José Neves Formigueri,

com 383 votos e em 14 de dezembro de 1952 tomou posse. Também foram eleitos

os vereadores: Adelito Cattani, Dimas Pires Bastos, Donato Matheus Antônio, Adelar

Bertolucci, José Bartinik, Helberto Scwarz, Jacob Munhak, Francisco Stocker e

Antonio Massaneiro.

A instalação do Município deu-se em 14 de dezembro de 1952, e esta é,

oficialmente, a data maior do Município de Cascavel.

A primeira sede da Prefeitura Municipal e Câmara Municipal foi construída

em 1953, porém em 1960, dois dias antes da posse do novo prefeito o cartorário

Octacílio Mion eleito em 3 de outubro, ao anoitecer de 12 de dezembro, um incêndio,

ainda não explicado, devorou rapidamente o prédio de madeira da prefeitura,

queimando toda a documentação do paço e da Câmara. Com o incêndio a Prefeitura

passou a funcionar no então colégio Rio Branco, hoje Marista.

Em 1961, iniciaram-se as obras para a reconstrução do Paço Municipal.

Hoje, o Paço Municipal José Silvério de Oliveira é localizado na Rua

Paraná, 5.000 e foi construído em 1993 com arquitetura arrojada pelo então prefeito

Salazar Barreiros. Atualmente, o município possui 6.201 funcionários, distribuídos

entre as diversas secretarias.

6.1.2 Operacionalização da organização

6.1.2.1 Cultura organizacional

Segundo a Lei Orgânica do Município, o Governo Municipal tem como

missão constituir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento

harmônico em todo o território, promover o bem estar de todos os munícipes,

indistintamente, garantir vida digna ais seus moradores e ser administrado com

transparência, moralidade, participação popular nas decisões e com

descentralização administrativa. Entretanto, toda e qualquer ação deve ser realizada

de acordo com as leis existentes, principalmente a Constituição Federal e a Lei

Orgânica do Município.

34

34

6.1.2.2 Políticas organizacionais

A Prefeitura Municipal possui regime jurídico único dos Servidores

Públicos Municipais, do Poder Legislativo e do Poder Executivo, regulamentados

pela Lei Municipal nº. 2.215 de 27 de junho de 1991. O regime jurídico de que se

trata esta lei é i regime estatutário, através da qual é denominado servidor público a

pessoa legalmente investida no cargo público.

Assim, os servidores da Prefeitura Municipal são pagos pelos cofres

públicos, cabendo aos mesmos um conjunto de deveres, direitos, atribuições e

responsabilidades.

6.1.2.3 Sistema de remuneração

Em se tratando de vencimentos e remuneração, o Governo Municipal

adota a política própria, com a realidade do município, sendo considerado como

vencimentos à retribuição pecuniária pelo exercício do cargo com, valor fixado em

lei, e como remuneração o vencimento do cargo, acrescido de vantagens como

tempo de serviço, função gratificada, entre outros.

O plano de cargos, vencimentos e carreira está regulamentado pela Lei

Municipal nº. 3.800 de 31 de março de 2004. Este plano destina-se a organizar os

cargos públicos quanto aos vencimentos, carga horária, avanços e avaliação de

desempenho.

Os cargos estão constituídos nos seguintes grupos ocupacionais: técnico

administrativo, superior, magistério, confiança, operacional.

O processo de desenvolvimentos do servidor na carreira ocorrerá

mediante progressão funcional, ou seja, através da concessão de avanços e do

adicional de desempenho, mediante avaliação de desempenho. Esta é realizada,

após o estágio probatório, a cada ano e através dela o servidor pode atingir um

acréscimo de 0% a 7% do valor do vencimento, dependendo do resultado da

avaliação. A avaliação é aplicada por uma comissão constituída por um avaliador e 2

assistentes.

Ao servidor efetivo é concedido, a cada 5 anos de efetivo exercício no

serviço público municipal, um adicional, acumulativo, correspondente a 5% sobre o

vencimento como adicional por tempo de serviço.

35

35

Quanto ao sistema previdenciário, o Município está filiado ao I.P.M.C. –

instituto de Previdência e Assistência aos Servidores Públicos Municipais de

Cascavel, regime esse adotado através da Lei nº 748 de 1970.

6.1.2.4 Sistema de seleção e desenvolvimento

Os cargos públicos são considerados de caráter efetivos ou comissão. Os

de caráter efetivos são aqueles organizados em grupos ocupacionais dispostos de

acordo com a natureza profissional e as complexidades de suas atribuições.

Os cargos em comissão se destinam a atender encargos ocupacionais,

integrantes da estrutura de Poder Executivo. Estes se destinam a cargos de direção,

chefia, assessoramento superior ou função de natureza técnica especializada e

administrativa. Também, são providos mediante livre escolha do Prefeito Municipal,

dentre as pessoas que satisfaçam os requisitos, sendo estes denominados cargos

de confiança declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

No entanto, a investidura em cargo público de provimento efetivo,

depende da prévia aprovação em concursos públicos de provas escritas, práticas e

de títulos, exame médico, entrevistas e outras condições especiais.

O servidor nomeado em caráter efetivo fica sujeito ao estágio probatório,

com duração de 3 anos, durante o qual se apurará a sua adaptabilidade e

capacidade de desenvolvimento das funções, cabendo ao chefe imediato fazer o

acompanhamento das atividades do servidor em estágio probatório.

A Prefeitura Municipal firmou convênio com o CIEE – Centro de Integração

Empresa Escola, para a contratação de estagiários para o preenchimento de

eventuais vagas que possam surgir.

Quanto a jornada de trabalho, esta é de 40 horas, 30 horas, 20 horas ou

15 horas semanais dependendo do cargo que o servidor exerce. O afastamento do

exercício do cargo é permitido para o exercício de mandato eletivo e sindical,

freqüentar curso de pós-graduação na área de atuação e outras eventuais

necessidades que possam surgir, mediantes autorização da Secretaria de

Administração.

36

36

6.1.2.5 Estilo gerencial

O estilo gerencial adotado pelo governo municipal é o de estilo

democrático, pois percebeu-se que a maioria das decisões a serem tomadas são

discutidas entre o grupo, ou seja, entre o Prefeito Municipal, os dirigentes de cada

departamento e a participação popular. Porém, nos casos de urgência e emergência

ou ausência do Prefeito, os Secretários Municipais tem autonomia para tomar a

decisão da melhor forma, de acordo com a situação em que se encontrar.

6.1.2.6 Gestão de qualidade

O Município não possui, até o momento, um programa de controle de

qualidade. No entanto, cada setor trabalha de acordo com as suas atividades,

sempre buscando atender de maneira satisfatória a todas as pessoas que procuram

seus serviços, principalmente os munícipes.

6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

Através de dados coletados observou-se que o Setor de Zeladoria da

Prefeitura Municipal de Cascavel não possuía nenhum método de análise da

organização no nível ambiental e da satisfação e/ou insatisfação dos seus

colaboradores.

A partir da definição do problema, realizou-se uma pesquisa literária sobre

os fatores que influenciam no clima organizacional e sugeriu-se uma Pesquisa de

Clima Organizacional, para avaliar o nível de satisfação dos colaboradores com os

aspectos da empresa.

Para que se pudesse avaliar o clima organizacional do Setor de Zeladoria

da Prefeitura Municipal de Cascavel, foi elaborado um questionário contendo 14

questões com resposta optativas (APÊNDICE 1). No dia 19 de junho de 2009, foi

realizada uma reunião, onde compareceram 16 funcionários dos 26 que o setor

possuía na data, com o objetivo de aclarar os motivos do questionário e a aplicação

do mesmo. Ressalta-se que os funcionários não presentes na data de aplicação do

questionário estavam de férias, licença tratamento de saúde, licença maternidade,

atestado médico, folga ou estavam trabalhando em outro setor no dia.

37

37

Posteriormente, os questionários foram transcritos em gráficos e analisados os

fatores que mais geravam satisfação ou insatisfação. Essa análise serviu como base

para entrevistas, onde se buscou identificar os motivos que geram insatisfação nos

colaboradores.

Para BARÇANTE e CASTRO (apud LUZ, 2003) o clima organizacional

resulta da percepção que os funcionários têm dos diferentes aspectos que

influenciam seu bem estar e sua satisfação no dia-a-dia de trabalho.

Abaixo seque o questionário aplicado aos funcionários, com os

respectivos percentuais. Os gráficos que representam as questões 10, 11 e 12 estão

dispostos em barras e os gráficos das demais questões estão representados em

forma de pizza.

TABELA 1 – PRIMEIRA PARTE DO QUESTIONÁRIO APLICADO NA PESQUISA

DE CLIMA ORGANIZACIONAL

QUESTÕES E PERCENTUAIS DAS RESPOSTAS

1 - O relacionamento entre as pessoas da sua equipe é:

Excelente 37%

Bom 44%

Mais ou menos 19%

Ruim 0%

2 - O relacionamento entre a sua equipe e os outros departamentos é:

Excelente 12%

Bom 63%

Mais ou menos 25%

Ruim 0%

3 - A liberdade que você sente para propor melhorias na execução do seu trabalho é:

Muito satisfatória 0%

Satisfatória 56%

Pouco satisfatória 44%

Insatisfatória 0%

4 - Em termos de sentir que suas idéias e sugestões são ouvidas pela empresa você está:

Muito satisfeito 0%

Satisfeito 50%

Pouco satisfeito 37%

Muito pouco satisfeito 13%

5 - Você tem liberdade para fazer o fazer o seu trabalho da forma como considerar melhor:

Sempre 31%

Quase sempre 44%

Raramente 19%

Nunca 6%

6 - Você se sente reconhecido pelo trabalho que você executa:

Muito reconhecido 31%

38

38

Reconhecido 50%

Pouco reconhecido 19%

Muito pouco reconhecido 0%

7 - Você se considera respeitado pelo seu superior imediato:

Sempre 38%

Quase sempre 56%

Raramente 6%

Nunca 0%

8 - O seu trabalho lhe dá sentimento de realização profissional:

Sempre 40%

Quase sempre 40%

Raramente 13%

Nunca 7%

9 - As condições físicas de trabalho na empresa são satisfatória:

Temperatura:

Sim 92%

Não 8%

Espaço

Sim 60%

Não 40%

Ferramentas de trabalho

Sim 62%

Não 38%

Instalações sanitárias

Sim 36%

Não 64%

10 - Indique os principais fatores que gera mais insatisfação no seu trabalho:

Falta de reconhecimento 31%

O trabalho que realizo 31%

Salário 75%

Sobrecarga de trabalho 50%

Falta de valorização 63%

Ambiente de trabalho ruim 31%

Relacionamento com a chefia 38%

Falta de treinamento 31%

Instalações inadequadas 31%

Impossibilidade de crescimento profissional 63%

11 - indique as principais razões pelas quais você trabalha na empresa:

Salário 50%

Estabilidade no emprego 63%

O trabalho que realizo 31%

Ambiente de trabalho 31%

Reconhecimento 31%

Benefícios oferecidos pela empresa 50%

Relacionamento com a chefia 25%

A falta de opção de um outro emprego 44%

Autonomia da empresa 25%

39

39

As chances de crescimento profissional 44% 12 - dos itens abaixo, marque as opções que você considera atualmente como os principais fatores de motivação para os funcionários:

Instalações físicas 13%

Integração da equipe de trabalho 6%

Autonomia 0%

Gostar do que faz 44%

Imagem da empresa 6%

Relação com liderança da equipe 13%

Ser ouvido 13%

Qualidade dos treinamentos que recebem 13%

Oportunidade de crescimento 25%

Estabilidade no emprego 31%

Salário somado a benefícios 13%

Desafios existentes no trabalho 0%

Ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa 25%

13 - Você conhece o programa 5 s

Sim 44%

Não 56%

14 - Você já acompanhou a implantação do programa 5 s

Sim 37%

Não 63% Fonte: Dados da pesquisa

Após a aplicação do questionário, observou-se que a maioria dos

funcionários não conheciam o programa 5S, que compreende como uma ferramenta

importante para a organização e para os funcionários, pois melhora o ambiente de

trabalho, reduz os acidentes, motiva os funcionários, cria uma atmosfera de

cooperação, participação, responsabilidade e criatividade, em síntese proporciona

qualidade de vida. Então sugeriu-se a realização de uma palestra com o intuito de

apresentar os sensos e a aplicação dos mesmos no trabalho, em casa e na vida

pessoal.

A palestra foi realizada no dia 28 de setembro, as 09hs30min da manhã,

contando com 20 funcionários que estavam presentes no setor no dia. Como

conteúdo da palestra, apresentou-se o conceito do programa 5S, os aspectos sobre

cada senso e como aplica-los, individualmente no dia-a-dia e os 5 passos para

colocar o programa 5S em prática, interligando cada senso.

Após a palestra, foi solicitado para que os funcionários colocassem em

prática nas suas tarefas diárias, durante a semana, os sensos apresentados. Para

que se pudesse avaliar a aplicação dos sensos pelos funcionários foi elaborado um

questionário contendo 7 questões, destas 2 questões optativas e 5 questões abertas

40

40

com a finalidade de avaliar a dificuldade ou a facilidade da aplicação dos sensos.

Ressalta-se que, dos 20 questionários entregues aos funcionários 35% não foram

devolvidos, obtendo-se assim 13 questionários devolvidos. A data de aplicação do

questionário foi 06 de outubro de 2009, sendo estipulado um prazo de 2 dias para a

devolução do mesmo. A análise dos dados obtidos em decorrência da aplicação do

questionário encontra-se no tópico Cinco S.

6.2.1 Análise e interpretação dos dados

Para a análise dos dados coletados serão utilizadas as teorias sobre

motivação e qualidade de vida no trabalho que envolve uma série de fatores como:

satisfação no trabalho, possibilidades de futuro na organização, reconhecimento

pelo resultado alcançado, relacionamento humano dentro do grupo e da

organização, ambiente psicológico e físico do trabalho, entre outros.

6.2.1.1 Relacionamento Interpessoal

Conforme teoria de MOSCOVICI (1996), uma equipe bem integrada é

aquela que tem um objetivo em comum, interação, comunicação verdadeira e

confiança. E o resultado de uma equipe bem integrada é a qualidade na solução de

problemas, a implementação de idéias e o aprendizado para os seus membros.

Assim, passaremos a analisar o questionário proposto, inicialmente sobre esses

aspectos.

GRÁFICO 1 – O RELACIONAMENTO ENTRE AS PESSOAS DA EQUIPE

38%

43%

19%0%

EXCELENTE

BOM

MAIS OUMENOS

RUIM

Fonte: Dados da pesquisa

41

41

GRÁFICO 2 – RELACIONAMENTO ENTRE A EQUIPE E OS OUTROS

DEPARTAMENTOS

13%

62%

25%

0%

E XC E L E NTE

B OM

MAIS OUME NOS

R UIM

Fonte: Dados da pesquisa

O relacionamento da equipe com os seus próprios membros e com os

funcionários de outros departamentos é visto de forma positiva. No relacionamento

interno da equipe obteve-se percentual de 38% ótimo e 43% bom, que resulta em

81% dos funcionários que consideram uma equipe de trabalho integrada, vejamos o

comentário de um funcionário: “quando entra alguma pessoa nova, nós ensinamos a

pessoa por vontade própria, não há nenhum treinamento”. Outro funcionário

comenta: “gosto das amizades que fiz dentro da empresa”.

Porém, há alguns conflitos que geram desavenças entre os funcionários,

vejamos alguns relatos: “Elas se encrencam demais entre elas”. Da mesma forma

outro funcionário faz a seguinte colocação: “eu tenho medo porque ela me

persegue”.

O relacionamento com os outros departamentos também atingiu

percentuais positivos sendo 13% excelente e 62% bom, resultando em 75%

satisfatório. Segundo alguns funcionários não há problemas de relacionamento com

os funcionários dos outros departamentos, ”nunca tive problema com ninguém,

sempre me respeitaram” relata um funcionário.

Já para outros, os funcionários do Setor de Zeladoria são humilhados,

vejamos o que dizem alguns funcionários: “quero sair do paço, porque me trataram

com desrespeito..., me chamaram de mentirosa”. Outro funcionário diz: “gostaria que

as pessoas de outros setores e demais profissões respeitassem mais e valorizassem

mais o nosso trabalho”.

42

42

Comparando graficamente percebemos que o relacionamento entre a

própria equipe de trabalho é mais satisfatório do que o relacionamento da equipe

com os outros departamentos, porém com pouca diferença, isso mostra que há

respeito entre os funcionários independentemente do departamento em que

trabalham.

GRÁFICO 3 - COMPARAÇÃO ENTRE O RELACIONAMENTO ENTRE A EQUIPE E

DA EQUIPE COM OS OUTROS DEPARTAMENTOS

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

R E L A C IONA ME NTO INTE R NO R E LA C IONA ME NTO C OM OS

OUTR OS DE P A R TA ME NTOS

Fonte: Dados da pesquisa

Para QUICK (1995) quando as pessoas se identificam com a equipe,

colaboram com vontade e entregam-se ao esforço da equipe, pois querem realizar

juntas um bom trabalho. Por isso, é muito importante para o bom andamento da

equipe que elas estejam integradas e indo na mesma direção.

GRÁFICO 4 – VOCÊ SE CONSIDERA RESPEITADO PELO SEU SUPERIOR

IMEDIATO

38%

56%

6% 0%

S E MP R E

QUAS ES E MP R E

R A R AME NTE

NUNC A

Fonte: Dados da pesquisa

43

43

Conforme LEITE (2002), a gerência pode ter a seu favor todos os fatores

de motivação, porém se não souber respeitar o funcionário limitará todas as

possibilidades de ser um motivador do seu time.

Analisando o gráfico, podemos perceber que muitos funcionários estão

satisfeito com o trabalho e o respeito da Sra. Cleuza, a encarregada do setor, com

os colaboradores. Segundo declaração de um funcionário: “a Cleuza é muito

querida, compreensiva”, outro disse: “me sinto motivada com a Cleuza”.

Entretanto, outros funcionários não se consideram respeitados em todos

os momentos. Alguns acreditam que a chefia deveria se preocupar mais, conforme

relata um funcionário “gostaria que a chefia se preocupasse mais com as zeladoras.

Que se possível desse mais atenção ao nosso material de limpeza.” Outros

acreditam sofrerem perseguições por parte da superiora. Isso cria um ambiente de

desconfiança que resulta em desmotivação dos funcionários.

O trabalho do líder é identificar o que motiva os funcionários e fazer o

possível para motivá-los, buscando sempre criar um clima de integração e confiança

entre todos, pois, quando exercida com excelência, a liderança estimula o

comprometimento dos indivíduos, conduzindo-os a altos desempenhos, o que

certamente gera resultados positivos crescentes para a organização.

GRÁFICO 5 – A LIBERDADE QUE VOCÊ SENTE PARA PROPOR MELHORIAS NA

EXECUÇÃO DO SEU TRABALHO

0%

56%

44%

0%MUITOS ATIS F ATÓR IA

S ATIS F ATÓR IA

P OUC OS ATIS F ATÓR IA

INS ATIS F A TÓR IA

Fonte: Dados da pesquisa

44

44

GRÁFICO 6 – EM TERMOS DE SENTIR QUE SUAS IDÉIAS E SUGESTÕES SÃO

OUVIDAS PELA EMPRESA

0%

49%

38%

13%MUITOS A TIS F E ITO

S A TIS F E ITO

P O UC OS A TIS F E ITO

MUITO P OUC OS A TIS F E ITO

Fonte: Dados da pesquisa

GRÁFICO 7 – VOCÊ TEM LIBERDADE PARA FAZER O FAZER O SEU

TRABALHO DA FORMA COMO CONSIDERAR MELHOR

31%

44%

19%

6%

S E MP R E

QUAS ES E MP R E

R A R AME NTE

NUNC A

Fonte: Dados da pesquisa

Essas questões objetivam analisar a interação dos superiores com os

funcionários na busca de soluções para os problemas decorrentes do dia-a-dia. Em

média, os funcionários não estão totalmente satisfeitos com a liberdade de

apresentar idéias e da aprovação das mesmas, porém, a maioria se sente livre para

fazer o trabalho da forma que considerar melhor. Vejamos o que diz um funcionário:

”precisa de mais reunião, mais opinião”. O outro complementa “é raro fazer reunião

e quando fazem valorizam somente os guardas e se esquecem das zeladoras”.

Entretanto, para outros funcionários há acesso quando se quer falar com a

chefia e afirma: “a chefia pede opinião, tem acesso a ela”.

Segundo LACOMBE (2005), a motivação humana aumenta e melhoram os

resultados quando são dadas as pessoas oportunidades de participar com maior

envolvimento e poder decisório no trabalho e nas metas a eles pertinentes.

45

45

Integrar os funcionários nos processos decisórios traz benefícios para a

empresa como redução de custos e tempo, diminuição de erros, atrasos e reparos

gerados por esses erros. Além de, criar um clima de comprometimento com os

colaboradores, porque os funcionários assumem mais responsabilidades.

Por isso, é importante a participação efetiva dos funcionários nas

decisões, porque, ao apresentarem idéias na forma de desempenhar o trabalho, eles

poderão mostrar o jeito mais eficaz para maximizar a produção.

6.2.1.2 Satisfação no trabalho

De acordo com SPECTOR (2004) se mensura a satisfação no trabalho

observando o quanto a pessoa gosta dele. Quanto mais ela gosta do seu trabalho e

dos aspectos relacionados a ele, maior será a sua satisfação. Assim, faremos a

análise do grau de satisfação dos funcionários com o trabalho que realizam e com a

empresa que trabalham.

GRÁFICO 8 – VOCÊ SE SENTE RECONHECIDO PELO TRABALHO QUE VOCÊ

EXECUTA

31%

50%

19%0%

MUITOR E C ONHE C IDO

R E C ONHE C IDO

P OUC OR E C ONHE C IDO

MUITO P OUC OR E C ONHE C IDO

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com os percentuais das respostas a esta questão, os

funcionários se sentem reconhecido pelo trabalho que executam. O reconhecimento

é um dos fatores importantes que geram satisfação no trabalho, pois, as pessoas

não querem somente trabalhar para receber o salário e sim serem reconhecida pelo

que fazem.

46

46

Porém, há funcionários que não sentem esse reconhecimento. Para

SPECTOR (2004) as pessoas terão um bom desempenho no trabalho se

acreditarem que seus esforços resultarão em uma recompensa. Portanto, alguns

colaboradores acham que a empresa poderia valorizar mais o funcionário

oferecendo cursos e oportunidades de crescimento, conforme diz um funcionário:

“precisa de mais treinamento para melhorar o nosso trabalho e o reconhecimento do

desempenho de cada um”, outro completa: “eu acho que poderia ter mais

oportunidade para crescer profissional [sic]”.

O treinamento aumenta a capacidade e prepara o funcionário para exercer

eficazmente sua função, proporcionando um melhor desempenho do colaborador.

Isso auxilia na sua busca por crescimento profissional, porém, não basta somente

capacitar o funcionário, é preciso reconhecer o trabalho que ele executa, mostrando

o que se espera do funcionário e prestigiando-o quando alcança o esperado.

Quando a empresa prioriza o valor do trabalho executado pelo funcionário,

procurando formas de reconhecê-lo, mostra a importância que a organização atribui

às pessoas.

GRÁFICO 9 – O SEU TRABALHO LHE DÁ SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO

PROFISSIONAL

40%

40%

13%

7%

S E MP R E

QUAS E S E MP R E

R AR A ME NTE

NUNC A

Fonte: Dados da pesquisa

Ao analisar o gráfico 8 podemos perceber que os colaboradores gostam

do que fazem e isso é positivo, porque de acordo com a teoria, quanto mais a

pessoa gosta do que faz, mais ela estará motivada para trabalhar. Segundo

KRISTOF (apud SPECTOR, 2004) a satisfação virá quando houver interação entre a

47

47

pessoa e o trabalho. Por isso, gostar do que faz se torna indispensável para

alcançar uma motivação completa no trabalho.

GRÁFICO 10 – INDIQUE OS PRINCIPAIS FATORES QUE GERA MAIS

INSATISFAÇÃO NO SEU TRABALHO

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

F A LTA DE R E C ONHE C IME NTO

O TR A B AL HO QUE R E A L IZO

S A LÁ R IO

S OB R E C A R G A DE TR A B A L HO

F A LTA DE V A LOR IZA Ç ÃO

A MB IE NTE DE TR A B A L HO R UIM

R E LA C IONA ME NTO C OM A C HE F IA

F AL TA DE TR E INAME NTO

INS TAL A Ç ÕE S INA DE QUA DA S

IMP OS S IB IL IDA DE DE C R E S C IME NTO

P R OF IS S IONA L

Fonte: Dados da pesquisa

Essa questão tem a finalidade de avaliar os fatores que geram

insatisfação nos funcionários do Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de

Cascavel. De acordo com o gráfico os principais fatores são: o salário,

impossibilidade de crescimento profissional, falta de valorização e sobrecarga do

trabalho.

Por se tratar de um órgão público, o salário dos funcionários é

determinado por Lei, tornando difícil satisfazê-los com melhores salários, pois, os

aumentos necessitam ser previstos em Lei. Porém, a Prefeitura dispõe do plano de

cargos, carreiras e salários que visa bonificar os funcionários conforme o seu

desempenho. Mas, de acordo com os funcionários essas informações não são

repassadas, e quando repassam não é feita de forma clara, dificultando o

entendimento dos funcionários, vejamos um depoimento: “esse plano de cargos só

veio para atrapalhar a gente, porque o meu salário deveria estar maior”.

O mesmo ocorre com o crescimento profissional. Para alterar de cargo o

servidor necessita ser aprovado no concurso público, porém, dentro das

organizações há outras formas de crescimento profissional como o investimento em

cursos de capacitação para os funcionários, pois funcionários capacitados

desenvolvem com maior criatividade e satisfação as atividades inerentes ao cargo.

Como mencionado na análise do gráfico 7 a falta de valorização

desmotiva o funcionário, porque ele quer ser reconhecido pelo trabalho que realiza,

48

48

da mesma forma a sobrecarga do trabalho desmotiva porque gera cansaço físico e

faz o rendimento decair.

De acordo com os funcionários, o número de zeladores no paço está

inferior ao necessário, por isso, os funcionários, muitas vezes, precisam fazer o

trabalho de duas pessoas. Além disso, em algumas vezes, eles precisam sair do

paço para fazer a limpeza de outros lugares que não possuem zeladores. Vejamos o

depoimento de alguns funcionários “precisa de mais funcionários, tem muito pouco”,

outro funcionário solicita” eu gostaria que tivesse mais zeladoras e que as zeladoras

daqui do paço não tivesse que sair para trabalhar fora do paço” e outro funcionário

questiona “eu queria saber porque só a gente precisa ir limpar em outros lugares,

mesmo sabendo que tem outras zeladoras disponíveis”.

A empresa precisa sempre procurar saber quais são os motivos de

insatisfação dos seus funcionários e preocupar-se em amenizar ou zerar os motivos,

pois, quando ocorre insatisfação por parte do funcionário, ele tende a se expressar

de formas não colaborativas com a empresa como a insubordinação, o absenteísmo,

o pedido de demissão, fuga das responsabilidades, entre outros.

GRÁFICO 11 – INDIQUE AS PRINCIPAIS RAZÕES PELAS QUAIS VOCÊ

TRABALHA NA EMPRESA

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

S AL ÁR IO

E S TAB IL IDA DE NO E MP R E G O

O TR A B AL HO QUE R E AL IZO

AMB IE NTE DE TR AB A LHO

R E C ONHE C IME NTO

B E NE F ÍC IOS OF E R E C IDOS P E L A E MP R E S A

R E LA C IONAME NTO C OM A C HE F IA

A F AL TA DE OP Ç ÃO DE UM OUTR O E MP R E G O

A UTONOMIA DA E MP R E S A

AS C HANC E S DE C R E S C IME NTO P R OF IS S IONA L

Fonte: Dados da pesquisa

Essa questão objetiva saber o porquê os funcionários do Setor de

Zeladoria trabalham na Prefeitura Municipal de Cascavel e os principais motivos são:

estabilidade no emprego, salário e benefícios oferecidos pela empresa.

Todas as pessoas têm necessidades que precisam ser sanadas e quando

uma necessidade é satisfeita, surge outra no lugar. Mas, para passar para outras

49

49

necessidades é preciso satisfazer as necessidades básicas como moradia,

alimentação, segurança, entre outros.

Por isso, os funcionários da Prefeitura Municipal de Cascavel, não só do

Setor de Zeladoria, sentem-se seguros, pois, possuem um emprego com

estabilidade, em virtude de prestarem o concurso público e após o estágio probatório

com duração de 3 anos, durante o qual irá se apurar sua adaptabilidade e

capacidade de desenvolvimento das funções, adquirem o direito de estabilidade,

sendo o qual só poderá ser exonerado do cargo a seu pedido ou após processo

administrativo.

Juntamente com a estabilidade, o trabalhar na prefeitura proporciona

também a segurança de ter todos os meses o seu salário garantido. Muitos

consideram o valor do salário e dos benefícios muito baixo, como diz essa

funcionária “acho o nosso salário muito baixo, merecemos receber mais pelo

trabalho que fazemos”, porém, a segurança de conseguir satisfazer as necessidades

básicas torna um motivador para se trabalhar nesta empresa.

Além do salário, os benefícios que a empresa possui também são

considerados um dos principais motivos para se trabalhar na Prefeitura Municipal de

Cascavel. Atualmente, a prefeitura dispõe como benefício a cesta-básica, oferecida

em dinheiro ou produto, e o vale-transporte. Entretanto, os funcionários esperam que

volte o plano médico que eles possuíam em conjunto com a prefeitura, porque o

gasto com médico para algumas pessoas é muito alto, como relata essa funcionária

“eu gasto muito com fisioterapia e exames depois que deu o problema nas minhas

costas por causa do trabalho, se voltasse o plano de saúde iria me ajudar muito”.

50

50

GRÁFICO 12 – DOS ITENS ABAIXO, MARQUE AS OPÇÕES QUE VOCÊ

CONSIDERA ATUALMENTE COMO OS PRINCIPAIS FATORES DE MOTIVAÇÃO

PARA OS FUNCIONÁRIOS

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

INSTALAÇOES FISÍCAS

INTEGRAÇÃO DA EQUIPE DE TRABALHO

AUTONOMIA

GOSTAR DO QUE FAZ

IMAGEM DA EMPRESA

RELAÇÃO COM LIDERANÇA DA EQUIPE

SER OUVIDO

QUALIDADE DOS TREINAMENTOS QUE RECEBEM

OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO

ESTABILIDADE NO EMPREGO

SALÁRIO SOMADO A BENEFÍCIOS

DESAFIOS EXISTENTES NO TRABALHO

SER VALORIZADO E RECONHECIDO PELO TRABALHOQUE EXECUTA

Fonte: Dados da pesquisa

Essa questão visa analisar os fatores que os funcionários do Setor de

Zeladoria da Prefeitura Municipal de Cascavel consideram como os principais

fatores de motivação. Para eles, no momento, o que mais motiva um funcionário é

gostar do que faz, a estabilidade no emprego, as oportunidades de crescimento e

ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa.

De acordo com a teoria de Maslow (apud CHIAVENATO, 2008), as

pessoas têm necessidades que estão dispostas em forma de hierarquia. Quando

uma necessidade é satisfeita, vem o desejo de satisfazer a próxima.

As necessidades estão separadas em grupo de necessidades fisiológicas,

como alimentação, sono e repouso, abrigo, entre outros; necessidades de

segurança que estão relacionadas com a sobrevivência da pessoa, como as

ameaças de privações, a falta de emprego e moradia, entre outros; necessidades

sociais que estão relacionadas com a necessidade do indivíduo de ser aceito no

meio em que vive; necessidades de estima que são os fatores internos de estima

como o amor-próprio, autoconfiança, prestígio, entre outros; necessidade de auto-

realização que constitui a tentativa da pessoa realizar seu próprio potencial, nele

estão relacionadas à autonomia, autocontrole, sentimento de realização entre

outros.

As quatro necessidades iniciais podem ser satisfeitas por recompensas

externas e tem a realidade concreta, porém a necessidade de auto-realização

51

51

somente depende da pessoa para satisfazê-la e quanto mais à pessoa obtiver

retornos que a satisfaçam, mais ainda a pessoa desejará satisfazê-la.

Analisando o gráfico através da teoria, pode-se perceber que a

estabilidade no emprego torna-se um fator motivador em virtude de despertar o

sentimento de segurança nas pessoas em relação à satisfação das necessidades

básicas e permitir um planejamento seguro para o futuro. Além das necessidades

básicas e de segurança, as pessoas precisam sentir-se bem consigo mesmas e isso

ocorre através da valorização, seja da pessoa ou do trabalho que realiza.

Em virtude disso, o impulso de destacar-se torna-se um grande motivador

para fazer as tarefas cada vez melhor e de forma mais eficiente do que o modo

anterior. Para isso, gostar do que faz é imprescindível, porque quando você faz

aquilo que gosta, irá fazer com dedicação e o resultado será o crescimento

profissional e a valorização do trabalho efetivado.

Segundo CHIAVENATO (2008), a motivação humana vem de dentro do

próprio indivíduo, porém, pode ser estimulada com fatores externos. Portanto, os

líderes precisam estar atentos para saber quais são as necessidades dos seus

subordinados, porque um funcionário insatisfeito dificilmente trabalhará com

dedicação.

6.2.1.3 Higiene e segurança no trabalho

Conforme a teoria de CHIAVENATTO (2008) e TACHIZAWA; FERREIRA ;

FORTUNA (2004), compreende por higiene e segurança no trabalho o conjunto de

regras que visam prevenir, controlar e avaliar as doenças e acidentes relacionados

com o trabalho para proteger a integridade física e metal do trabalhador.

As questões seguintes objetivaram avaliar o grau de satisfação dos

funcionários em relação a alguns aspectos da empresa. De acordo com os gráficos,

a maior parte dos funcionários do Setor de Zeladoria da Prefeitura Municipal de

Cascavel estão satisfeitos com as condições físicas de trabalho na empresa.

Somente no item instalações sanitárias o resultado maior foi negativo. Diante disso,

passemos para análise dos gráficos.

52

52

GRÁFICO 13 – TEMPERATURA

92%

8%

S IM NÃO

Fonte: Dados da pesquisa

Em relação à temperatura, quase todos os funcionários do Setor de

Zeladoria estão satisfeitos com a temperatura do local de trabalho, pois, consideram

os locais bem arejados e tranqüilos para trabalhar.

Entretanto, os funcionários que trabalham na copa reclamaram que em

seu local de trabalho não há ventilação, porque as janelas são muito altas em

relação à cozinha, e que sofrem muito com o calor em virtude de permanecerem

muito tempo próximo ao fogo.

GRÁFICO 14 – ESPAÇO

60%

40%

S IM NÃ O

Fonte: Dados da pesquisa

No item espaço, 60% dos funcionários consideram que o espaço de

trabalho está satisfatório. Porém, 40% estão insatisfeitos. Segundo eles, é

necessária uma lavanderia estruturada em cada andar, conforme relata uma

funcionária “cada andar precisa de um espaço para lavar os equipamentos de

trabalho e não no banheiro masculino”. Hoje, os funcionários dispõem de uma

lavanderia localizada no térreo, o que dificulta o trabalho de quem está trabalhando

53

53

nos outros andares, porque é preciso se deslocar ao térreo para lavar os panos e

demais ferramentas de trabalho. Além disso, os funcionários reclamam da estrutura

da lavanderia, acham que não tem espaço suficiente e que os equipamentos são

precários, vejamos o que diz uma funcionária “está faltando uma lavanderia

descente, porque ninguém merece lavar panos num lugar mal feito daqueles”.

Outra dificuldade que as funcionárias encontram é em relação a um local

para refeição. Na parte da manhã elas estão liberadas para lanchar, em virtude de

iniciarem suas atividades as 06h30min da manhã e no horário de almoço, algumas

funcionárias não vão para casa e trazem o almoço para comer no local de trabalho.

No momento, as funcionárias não possuem um local próprio para lanchar. Quando

precisam, lancham nas cozinhas, porém, os locais são muito pequenos e elas

acabam atrapalhando a funcionária daquele setor no desempenho das suas

atividades, vejamos o que diz uma funcionária “eu gostaria de um espaço melhor

para nós, principalmente uma cozinha só para nós, porque nós temos que dividir

espaço com os outros”. Outro local que elas recorrem quando vão comer é na

lavanderia, conforme depoimento de uma funcionária “falta um espaço adequado e

com igiene (sic) e não com produtos de limpesa (sic) junto (sic) para lanchar”.

GRÁFICO 15 – FERRAMENTAS DE TRABALHO

62%

38%

S IM NÃO

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto as ferramentas de trabalho, a maior parte dos funcionários estão

satisfeitos, pois, é fornecido luvas, mascará de proteção para o uso de produtos

químicos, material para limpeza, entre outros. Mas, nem todos estão totalmente

satisfeitos. Alguns funcionários sentem falta de materiais importantes para o bom

desempenho das tarefas, como expõe uma funcionária “precisa de um lugar com

tanque, máquinas e varais pra estender os panos”.

54

54

Além desses itens, os funcionários apresentaram outras dificuldades com

relação às ferramentas de trabalho. Quando precisam escoar a água que acumulou

em algum setor, em decorrência de ter sido lavado o setor ou por causa de goteira,

não há ralo para o escoamento, sendo necessário ser retirada a água com pazinhas

de lixo e balde e quando o balde está cheio é preciso carregá-lo até o banheiro mais

próximo. Isso é um agravante, porque no momento em que a funcionária se abaixa

para pegar a água com a pazinha, se ela não o fizer de forma correta pode vir a ter

problemas na coluna. Do mesmo modo, ao carregar o balde pesado o funcionário

está correndo o risco de ter problemas não só no braço, como na coluna também.

GRÁFICO 16 – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

36%

64%

S IM NÃO

Fonte: Dados da pesquisa

No quesito instalações sanitárias a maior parte dos funcionários não estão

satisfeitos, pois os banheiros que eles utilizam são abertos para todos, não havendo

um banheiro exclusivo, além disso, nem todos os banheiros estão funcionando como

deveriam e alguns deles ficam do lado das cozinhas, gerando desconforto.

6.2.1.4 Cinco S

De acordo com SILVA (1995), o 5S é um programa de qualidade pessoal

que através dos 5 sensos enfatiza a prática dos bons hábitos apreciados por todos.

Este programa tem a finalidade de tornar mais ágil e eficaz a realização das tarefas,

porque, ao aplicar os 5 sensos no dia-a-dia, consegue-se deixar organizado os

materiais que serão utilizados, tendo somente aquilo que será necessário. Além de

criar o hábito de manter tudo limpo e no lugar.

55

55

GRÁFICO 17 – VOCÊ CONHECE O PROGRAMA 5S

44%

56%

S IM

NÃ O

Fonte: Dados da pesquisa

GRÁFICO 18 - VOCÊ JÁ ACOMPANHOU A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S

38%

62%

S IM

NÃ O

Fonte: Dados da pesquisa

Analisando o gráfico, observou-se que a maior parte dos funcionários não

conhecem o programa 5S e não participaram de nenhuma implantação do

programa, mesmo já praticando alguns dos sensos, porém de forma isolada.

Assim, programou-se uma palestra, que foi realizada no dia 28 de

setembro as 09hs30min da manhã, com os 20 funcionários que estavam presentes

no setor no dia, para apresentar os sensos e para mostrar como pode ser a

aplicação dos mesmos no trabalho, em casa e na vida pessoal.

Após a palestra, foi solicitado para que os funcionários colocassem em

prática nas suas tarefas diárias, durante a semana, os sensos apresentados. Para

que se pudesse avaliar a aplicação dos sensos pelos funcionários foi elaborado um

questionário contendo 7 questões (APÊNDICE 2), destas 2 questões optativas e 5

questões abertas com a finalidade de avaliar a dificuldade ou a facilidade da

56

56

aplicação dos sensos. Ressalta-se que, dos 20 questionários entregues aos

funcionários 35% não foram devolvidos, obtendo-se assim 13 questionários

devolvidos. A data de aplicação do questionário foi 06 de outubro de 2009, sendo

estipulado um prazo de 2 dias para a devolução do mesmo.Como resultado, obteve-

se os dados analisado a seguir.

Na primeira pergunta foi questionado se o funcionário concordava com a

definição do senso de utilização onde devem-se separar o que é necessário do

desnecessário. Como resposta, obteve-se o percentual de 100% dos funcionários

que concordam com esta definição. Em seguida, foi questionado como o funcionário

aplicou este senso durante a semana. Para alguns funcionários, a aplicação do

senso foi realizada através da classificação dos objetos que ainda estão sendo

usados e descartando os que não serão mais usados. Outros, utilizaram os sensos

em casa e no trabalho, como respondeu esta funcionária “ arrumei meu guadaropa

(sic), tirei as que não servem mais e ofereci para as colegas escolher as que serviam

e organisei (sic) os armários de trabalho”. Já alguns funcionários, continuaram

separando os objetos como sempre fazem.

Na terceira pergunta e quarta pergunta foi questionado se o funcionário

encontrou dificuldades para aplicar o senso de ordenação e o porquê da resposta.

Para 92% dos funcionários que responderam o questionário não houve dificuldade,

uns porque já estão acostumados a organizar, outros aplicaram, mas, não

encontraram dificuldades e perceberam como facilita o trabalho quando está tudo

organizado, como relata esta funcionária “se estiver tudo organizado é bem mais

prático e não perde tempo”. Porém, 8% encontraram dificuldade, como respondeu

esta funcionária “sou um pouco anciosa (sic) e tenho um pouco de dificuldade”

Na quinta pergunta foi solicitado para que os funcionários indicassem

onde tinham mais dificuldades para aplicar os Sensos de Limpeza e Saúde. Como

resposta muitos funcionários responderam que não tem dificuldade, como informa

esta funcionária “não tenho dificuldades nesse campo. Já fui educada para manter

limpo todas as coisas e não encher a cabeça com coisas desnecessárias”. Já para

outros funcionários a dificuldade está em limpar os vidros no trabalho, vejamos o

que diz esta funcionária “ fazer a limpeza dos vidros, pois, subimos em escada e

mureta sem proteção”. Há, ainda, alguns funcionários que responderam que a maior

dificuldade é encontrar tempo para fazer atividades físicas.

57

57

A sexta questão objetiva saber qual é o senso que os funcionários

sentiram maior dificuldade em aplicar. Para alguns, não houve dificuldades em

nenhum senso porque eles já fazem parte da rotina de trabalho. Já para outras

pessoas, a dificuldade está no senso de saúde, por não terem tempo de cuidar de si

mesmas, como responde uma funcionária “o Senso de Saúde porque não tiro tempo

para cuidar de mim e muitas vezes trabalho doente”. Outros, ainda, sentem a

dificuldade no Senso de Organização, porque acham difícil manter tudo organizado.

Para alguns funcionários, o Senso de Limpeza é o mais difícil por não terem

proteção para limpar os vidros.

A sétima questão possui a finalidade de saber qual foi o Senso que os

funcionários consideram mais fácil para aplicar no dia-a-dia. Como resposta, obteve-

se os Sensos de Utilização e Limpeza como sendo os mais fáceis, como responde

uma funcionária em relação ao Senso de Utilização “o Senso de Utilização, pois o

que não se usa mais a gente descarta e joga fora”. Já em relação ao Senso de

Limpeza uma das funcionárias responde “ limpeza dos pisos, pois temos os EPI para

nos proteger”. Para outros funcionários, todos os sensos são de fácil aplicação,

porque já fazem parte do seu dia-a-dia.

6.2.2 Sugestões e recomendações

A Prefeitura Municipal de Cascavel é um órgão público prestigiado e

respeitado, que está em expansão juntamente com o crescimento da cidade de

Cascavel, porém através da análise do clima organizacional do Setor de Zeladoria

diagnosticou-se alguns aspectos falhos na organização que servem como base para

a formulação de estratégias de mudanças e auxiliam a alta gestão a compreender o

nível de satisfação dos funcionários.

Por se tratar da percepção que cada funcionário possui em relação aos

aspectos da empresa, e por essas percepções variarem de funcionário para

funcionário, este estudo não tem a intenção de indicar uma receita pronta sobre os

aspectos considerados insatisfatórios, mas, limita-se a sugerir mudanças que

auxiliarão as lideranças na correção de problemas a fim de otimizar o ambiente

organizacional.

Analisando o setor através dos dados obtidos, observou-se que os

funcionários do Setor de Zeladoria possuem muitos problemas de saúde, em

58

58

decorrência das atividades que exercem com a postura errada ou por não possuírem

ferramentas de trabalho adequadas para a execução das atividades. A forma como

carregam os baldes, se abaixam, como mantém a postura, como realizam a limpeza,

influenciam na sua saúde. Em virtude disso, há varias funcionárias com problemas

de coluna, ou com dores pelo corpo por, muitas vezes, não possuírem o

conhecimento da forma correta e segura de realizarem o seu trabalho.

Por isso, sugiro que seja realizado um treinamento sobre higiene e

segurança no trabalho ensinando as formas corretas de realizar cada trabalho

primando pelo bem estar e pela segurança. Também sugiro a implantação da

ginástica laboral que além de auxiliar na prevenção de doenças ocupacionais, ajuda

a aumentar a motivação dos funcionários.

Concomitantemente, também sugiro que seja adquirido para as zeladoras

carrinhos para levarem os baldes de um departamento para outro, porque com isso

evitariam de carregar tanto peso e preveniria também as doenças. A prevenção de

doenças e acidentes de trabalho não é só importante para os funcionários, mas para

a empresa também porque evita perda de produtividade.

Com a análise dos questionários, percebeu-se que os funcionários do

Setor de Zeladoria não estão satisfeitos com as oportunidades de apresentarem

idéias e poderem participar dos processos decisórios em relação aos trabalhos a

eles pertinentes. Isso desmotiva o funcionário porque, além de não se sentir

valorizado, ele se sente uma maquina que está na empresa somente para a

execução das tarefas. Sobre isso, é importante destacar a importância de ser

realizada uma reunião mensal para discutir as idéias apresentadas pelos

funcionários, com o intuito de incentivar a colaboração deles na melhoria contínua

do trabalho. O envolvimento do funcionário com as decisões trás benefícios para a

empresa, pois, cria um ambiente de confiança e comprometimento, além de motivar

os funcionários, em virtude de se sentirem valorizados.

Na questão sobre os fatores que geram insatisfação nos funcionários,

constatou-se que os funcionários não estão satisfeitos com o salário (75%) que

recebem. O salário constitui uma medida de valor de uma pessoa na organização,

além de colocá-la em uma hierarquia de status dentro da organização. Ele é a fonte

de renda que define o padrão de vida de cada pessoa e auxilia no alcance de muitos

objetivos, por isso é um instrumento motivador. Entretanto, percebeu-se após

análise do clima organizacional que muitos funcionários não entendem o plano de

59

59

cargos, carreiras e salários empregado na organização, impedindo assim de

conhecerem as forma existentes de aumentar o seu salário. É dever do

Departamento de Recursos Humanos repassar, de forma clara, as leis que

envolvem os funcionários. O que sugere-se então é a realização, por parte do

Departamento de Recursos Humanos, de uma apresentação do plano de cargos,

carreiras e salários, a fim de sanar as dúvidas existentes dos funcionários com

relação aos seus salários.

Quando questionados sobre as condições físicas de trabalho, as principais

reclamações foram em relação ao espaço de trabalho que possuem, principalmente

a lavanderia que, após verificação do local, notou-se que este é escuro, sem

ventilação e desorganizada. Outra reclamação foi em relação a não ter um local para

lavar os panos e ferramentas de trabalho em cada andar, sendo que no momento,

os funcionários utilizam as pias dos banheiros para lavar os materiais, em virtude de

não perderem tempo descendo até o térreo. Em relação a estes aspectos, sugere-se

a possibilidade de implantação de outras lavanderias no prédio ou mesmo um

tanque em cada andar, a fim de facilitar e agilizar o desempenho das funções.

Sugere-se também a reestruturação da lavanderia existente, através de pintura das

paredes, reforma do tanque, compra de uma máquina de lavar e instalações de

varais para otimizar os processos de trabalho. Alem disso, os funcionários reclamam

de não possuírem um local para lanche e descanso, isso é importante, porque os

funcionários precisam de um local higiênico e tranqüilo para lanchar e após um

período de trabalho pesado as pessoas precisam parar um pouco e descansar, em

virtude do desgaste da atividade realizada. Esse local precisa ser arejado e

estruturado de forma a passar a sensação de paz e tranqüilidade. Esse aspecto

precisa ser trabalhado junto aos colaboradores, para que eles ajudem na

estruturação do local a fim de criar um ambiente satisfatório e despertar o

comprometimento do funcionário em relação à higiene e zelo do local.

É importante ressaltar que essas informações foram utilizadas em termos

genéricos para diagnosticar o clima organizacional do Setor de Zeladoria da

Prefeitura Municipal de Cascavel a fim de avaliar como os funcionários observam os

vários aspectos da empresa, para posteriormente ser elaborado uma ação

estratégica com o objetivo de solucionar os problemas levantados. Ressalta-se

também que, algumas variáveis que influenciam no clima organizacional mudam de

60

60

organização para organização, pois elas são ligadas à história e a cultura da

empresa.

Sugere-se também que seja aplicada a pesquisa de clima organizacional

anualmente ou a cada dois anos, porque períodos superiores a estes podem trazer

surpresas para a empresa.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste momento de acirrada competição e da velocidade de mudanças das

empresas, é comum encontrarmos pessoas reclamando das organizações onde

trabalham, pois, muitas esquecem da qualidade de vida dos funcionários e das

pessoas no ambiente de trabalho. Esquecem-se de que investir nas pessoas

também faz bem para os negócios, porque quando a empresa melhora a qualidade

de vida das pessoas no trabalho, consequentemente, também melhora a qualidade

dos serviços prestados.

Por isso é importante que os administradores estejam atentos para o

comportamento das pessoas. É importante que avaliem o nível de satisfação,

conheçam as opiniões e atitudes dos funcionários em relação aos mais variados

aspectos da empresa.

A realização da pesquisa permitiu conhecer as variáveis da empresa e

avaliar o nível de satisfação dos funcionários em relação a elas e possibilitou

diagnosticar os aspectos tidos como indesejáveis nos diferentes temas analisados.

Ao seguir as recomendações anteriormente citadas, a administração demonstra a

preocupação e o interesse da melhora da qualidade do clima organizacional da

empresa.

Igualmente, é responsabilidade do gestor direto a administração do clima

organizacional, pois, ele tem a incumbência de manter os subordinados satisfeitos e

motivados, porque o desempenho de cada funcionário depende da sua capacidade

e motivação para o trabalho.

Portanto, com este trabalho, obteve-se dados relevantes, por meio de

pesquisa, análise e entrevistas, que poderão ser utilizados pela Prefeitura Municipal

de Cascavel para a criação de uma estratégia a fim de melhorar o ambiente

organizacional objetivando a busca contínua da satisfação dos funcionários em

relação ao trabalho.

A elaboração e aplicação do estágio supervisionado são importantes tanto

para o acadêmico, que pode usar na prática a teoria aprendida em sala de aula,

quanto para a organização que abriu portas para a Universidade recebendo uma

oportunidade de implementar novas estratégias.

Após a conclusão do trabalho, o estagiário pode apresentar sugestões e

melhorias capazes de aprimorarar a qualidade do clima organizacional,

62

62

proporcionando um embasamento para as possíveis ações estratégicas que

poderão ser desenvolvidas pela empresa.

Por fim, ressalta-se o grau de satisfação em relação ao trabalho realizado,

pois, para a acadêmica o estágio proporcionou o aprimoramento do conhecimento

que o curso de Secretariado Executivo Bilíngüe oferece.

REFERÊNCIAS

ÁVILA, Carlos Alberto et.al. Apostila do curso de tecnologia em gestão pública.

Curitiba, 2008. Apostila digitada.

CARVALHO, Antônio Vieira de; SERAFIM, Oziléa Clen Gomes. Adminstração de

Recursos Humanos. Vol. II. São Paulo: Thomson Pionera, 1995. 212 p.

CHIAVENATO, Adalberto. Teoria geral da administração: abordagem descritiva

e explicativa. Vl II. 5 Ed. São Paulo: Makron Books, 1998. 831 p.

_______________________. Administração de recursos humanos:

fundamentos básicos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999. 194 p.

______________________. Recursos humanos: o capital humano das

organizações. 8 ed.

São Paulo: Atlas, 2008. 515 p.

FARIA, José Carlos. Administração: teorias & aplicações. São Paulo: Thomson

Pionera, 2002. 270 p.

LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos humanos: princípios e tendências.

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LEITE, Terezaa Cristina. Apostila do curso de melhoria da gerência pública.

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APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA PESQUISA DE CLIMA

ORGANIZACIONAL.

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QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL

Esta pesquisa tem por objetivo conhecer sua opinião sobre diferentes

aspectos da empresa. Queremos, com os resultados, melhorar a qualidade no

ambiente de trabalho. Por isso sua participação é muito importante para nós.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1. Não escreva seu nome no formulário.

2. Leia com atenção cada pergunta e responda com toda sinceridade.

3. Assinale um “X” a resposta que você escolher.

1 - O relacionamento entre as pessoas da sua equipe é: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Mais ou Menos ( ) Ruim 2 - O relacionamento entre a sua equipe e os outros departamentos é: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Mais ou Menos ( ) Ruim 3– A liberdade que você sente para propor melhorias na execução do seu trabalho é: ( ) Muito satisfatória ( ) Satisfatória ( ) Pouco satisfatória ( ) Insatisfatória

4- Em termos de sentir que suas idéias e sugestões são ouvidas pela empresa você está: ( ) Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Muito pouco satisfeito

5– Você tem liberdade para fazer o seu trabalho da forma como considerar melhor? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

6- Você se sente reconhecido pelo trabalho que você executa? ( ) Muito reconhecido ( ) Reconhecido ( ) Pouco Reconhecido ( ) Muito pouco reconhecido 7 – Você se considera respeitado pelo seu superior imediato? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( 8 – O seu trabalho lhe dá sentimento de realização profissional? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 9 – As condições físicas de trabalho na empresa são satisfatórias Temperatura ( ) Sim ( ) Não Espaço ( ) Sim ( ) Não Ferramentas de trabalho ( ) Sim ( ) Não

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Instalações sanitárias ( ) Sim ( ) Não 10 – Indique os 2 principais fatores que gera mais insatisfação no seu trabalho. Coloque número 1 no fator que mais gera insatisfação e número 2 no segundo maior fator de insatisfação. ( ) Falta de reconhecimento ( ) Ambiente de trabalho ruim ( ) O trabalho que realizo ( ) Relacionamento com a chefia ( ) Salário ( ) Falta de treinamento ( ) Sobrecarga de trabalho ( ) Instalações inadequadas ( ) Falta de valorização ( ) Impossibilidade de crescimento Profissional 11 - Indique as principais razões pelas quais você trabalha na empresa. ( ) Salário ( ) Benefícios oferecidos pela empresa ( ) Estabilidade no emprego ( ) Relacionamento com a chefia ( ) O trabalho que realizo ( ) A falta de opção de um outro emprego ( ) Ambiente de trabalho ( ) Autonomia da empresa ( ) Reconhecimento ( ) As chances de crescimento profissional 12 – Dos itens abaixo relacionados, marque as opções que você considera atualmente como os principais fatores de motivação para os funcionários. ( ) Instalações físicas ( ) Qualidade dos treinamentos que recebem ( ) Integração da equipe de trabalho ( ) Oportunidade de crescimento ( ) Autonomia ( ) Estabilidade no emprego ( ) Gostar do que faz ( ) Salário somado a benefícios ( ) Imagem da empresa ( ) Desafios existentes no trabalho ( ) Relação com a liderança da equipe ( ) Ser valorizado e reconhecido pelo ( ) Ser ouvido trabalho que executa 13 – Você conhece o programa 5 S? ( ) Sim ( ) Não 14 – Você já acompanhou o implantação do programa 5 S? ( ) Sim ( ) Não

Obrigada pela colaboração.

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APÊNDICE 2 – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA AVALIAÇÃO DA PALESTRA

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QUESTIONÁRIO SOBRE A PALESTRA E APLICAÇÃO DOS 5 SENSOS

Esta pesquisa tem por objetivo avaliar a aplicação dos sensos

apresentados na palestra do dia 28/09/2009. Pedimos a sua colaboração para que o

nosso trabalho alcance os objetivos esperados. Desde já, obrigada.

1 – De acordo com a palestra, o Senso de Utilização nos mostra que devemos

separa o que é necessário do desnecessário, descartando o que não será usado

mais. Você concorda com isso?

( )Sim ( )Não

2 - Se sim, como você aplicou esse Senso durante a semana.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3 – No segundo Senso, o Senso de Ordenação, percebemos que para evitar o gasto

desnecessário de tempo procurando algo é preciso deixar tudo organizado de forma

que cada coisa tenha o seu lugar? Você encontrou dificuldades para colocar em

prática este Senso?

( )Sim ( )Não

4 – Se sim, por quê?

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5 – O Senso de Limpeza e o Senso de Saúde nos mostra que para termos qualidade

de vida precisamos cuidar da limpeza e da saúde física e mental. Onde você tem

mais dificuldade para aplicar este Senso? Justifique sua resposta.

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6 – Qual foi o senso que você sentiu maior dificuldade para aplicar? Por quê?

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7 – Qual foi o mais fácil? Por quê?