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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DIEGO LEITE LIMA PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PARA A ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL ASSOCIAÇÃO ESPERANÇA E VIDA (AEV) João Pessoa 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

DIEGO LEITE LIMA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PARA A

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL ASSOCIAÇÃO

ESPERANÇA E VIDA (AEV)

João Pessoa

2014

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DIEGO LEITE LIMA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PARA A

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL ASSOCIAÇÃO

ESPERANÇA E VIDA (AEV)

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do curso de Graduação em Comunicação Social habilitação em Relações Públicas, do Centro de Comunicação Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às exigências para a Obtenção do Grau de Bacharel em Comunicação Social habilitação Relações Públicas. Orientadora: Prof.ª Me. Emília Rodat

João Pessoa

2014

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DIEGO LEITE LIMA

PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PARA A

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL ASSOCIAÇÃO

ESPERANÇA E VIDA (AEV)

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Comunicação Social – Habilitação em Relações Públicas –, do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social pela Banca Examinadora composta dos seguintes membros:

Data da defesa: 18 de agosto de 2014 Resultado:_____________________ Banca Examinadora Nota _______________________________________________ ___________ Prof.ª Me. Emília Rodat Orientadora _______________________________________________ ___________ Prof.ª Me. Andrea Karinne Albuquerque Maia Examinador _______________________________________________ ___________ Prof. Dr. Severino Alves de Lucena Filho Examinador

Média __________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus familiares e aos grandes e queridos amigos, pela compreensão e

apoio ao entender minha ausência nesse período conturbado de conclusão de

curso. A professora Emília Rodat, pela dedicação, esforço e orientação para que

este trabalho fosse cumprido da melhor maneira possível. Ao professor Severino

Lucena, pela sua contribuição e apoio para o ingresso desse trabalho. A todos os

professores da academia, que ao correr desses cinco anos contribuíram para a

formação do meu pensamento crítico. A ONG AEV por aceitar a proposta de

trabalho possibilitando a concretização deste resultado e a todas as suas

colaboradoras pela gentileza e simpatia com que me receberam.

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma intervenção no ambiente da Organização Não Governamental (ONG) AEV – Associação de apoio aos portadores de câncer Esperança e Vida – com o objetivo de propor um Programa de Relações Públicas, voltado para o fortalecimento dos relacionamentos e da cultura organizacional da instituição perante seus públicos. Tem como ponto de partida deficiências no setor comunicacional pela falta de conhecimento por parte da gestão administrativa de planejar estrategicamente a relação com seu público de interesse. Com base na abordagem quantitativa, utilizou- se como procedimento metodológico a pesquisa de clima organizacional de modo a possibilitar que as opiniões, necessidades e experiências dos sujeitos/públicos envolvidos diretamente com a realização das atividades da AEV fossem consideradas no que tange o planejamento e a implementação das ações de comunicação. Em seguida, elaborou - se o Programa de Relações Públicas voltado para a solução dos problemas comunicacionais no sentido de contemplar as ações sugeridas pelos sujeitos/públicos participantes como também deficiências no pensamento estratégico de firmar e consolidar parcerias, dentre elas a criação de um vídeo institucional capaz de esclarecer aos públicos de interesse sobre a história, os objetivos, as metas, as atividades da ONG AEV.

Palavras- chave: Terceiro Setor. Relações Públicas. Comunicação Audiovisual. Vídeo Institucional. Pesquisa de clima organizacional. Planejamento de Comunicação.

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ABSTRACT

This current research is actually an intervention within the non-governmental organization (NGO) AVE – it is an association that gives support to people with cancer, its name is: Esperança e vida, in English (Hope and Life). We had as a goal: to propose a program of public relations turned to strengthen the relationships and organizational Culture from the institution facing its users. It had as main point of beginning some deficiencies in the communication sector by the lack of knowledge by the administrative staff in terms of planning its relationship with its users. We used the qualitative and quantitative approach, as methodological procedure we used the research of organizational climate in a way to make possible that the opinions, necessities and experiences from the involved individuals in the activities of AEV were in the planning and implementation of communication actions. We also elaborated a program of public relationship turned to solve the communication problems, such as partnership, strategic thinking and the creation of an institutional video able to clarify the users about history, objectives, tasks and activities of the NGO AEV.

Key words: Third sector; Public Relations; Audio-visual communication;

Institutional video; Research of organizational climate. Communication Planning.

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LISTA DE FIGURAS

Logomarca ................................................................................................................ 97 Placa da fachada da AEV ......................................................................................... 97 Folder ....................................................................................................................... 98 Facebook .................................................................................................................. 98 Blog .......................................................................................................................... 99 CNPJ ....................................................................................................................... 100 Clipping ................................................................................................................... 101 Depoimentos da Pesquisa de Clima Organizacional .............................................. 103 Ficha Cadastral de Usuários .................................................................................. 106 Documento de Autorização ..................................................................................... 109 Mapa de atendimento ao usuário............................................................................. 110

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Corpo Funcional ............................................................................. 19

Quadro 2: análise dos públicos ....................................................................... 22

Quadro 3: Criação de Maillinglist Informativo ................................................. 69

Quadro 4: Padronização do fardamento e uso do crachá .............................. 70

Quadro 5: Estabelecer Missão, Visão e Valores ............................................. 71

Quadro 6: Implementar no ambiente de trabalho um Quadro Mural ............... 72

Quadro 7: Estabelecer uma política de valorização do funcionário “Funcionário

do mês” ..................................................................................................................... 73

Quadro 8: Atualização e monitoramento das redes sociais ............................ 74

Quadro 9: Atualização e monitoramento do Programa de Estágio ................. 75

Quadro 10: Criar Vídeo Institucional para consolidação de parcerias ............ 76

Quadro 11: Estruturar e implementar um código de relações com empresas 77

Quadro 12: Elaboração de um Programa de Treinamento ............................. 78

Quadro 13: Orçamento ................................................................................... 79

Quadro 14: Cronograma ................................................................................. 80

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Divulgação da AEV ........................................................................ 41

Gráfico 2: Canal de veiculação das atividades da AEV .................................. 42

Gráfico 3: Comunicação Interna ..................................................................... 43

Gráfico 4: Tempo de trabalho do corpo funcional na AEV .............................. 46

Gráfico 5: Distribuição de funcionários por gênero e cargo ............................ 46

Gráfico 6: Distribuição de funcionários por atividades .................................... 47

Gráfico 7: Distribuição de funcionários por grau de escolaridade ................... 48

Gráfico 8: Relacionamento interpessoal e Realização profissional ................ 49

Gráfico 9: Reconhecimento do trabalho.......................................................... 49

Gráfico 10: Autonomia no trabalho ................................................................. 50

Gráfico 11: Motivação ..................................................................................... 52

Gráfico 12: Satisfação salarial ........................................................................ 53

Gráfico 13: Oportunidades de emprego em outras empresas ........................ 54

Gráfico 14: Salário como elemento de motivação no ambiente de trabalho ... 54

Gráfico 15: Oportunidade salarial em uma empresa privada .......................... 54

Gráfico 16: Satisfação no ambiente de trabalho ............................................. 55

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LISTA DE SIGLAS

ONG Organização Não Governamental

AEV Associação de apoio aos portadores de câncer Esperança e Vida

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 12 2. BRIEFING DA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL AEV………......... 15 2.1 Dados Gerais da Organização...................................................................... 15 2.2 História da Instituição................................................................................... 15 2.3 Descrição Estrutural da Organização.......................................................... 17 2.4 Descrição Econômica da Organização e de Seu Mercado de Atuação... 21 2.5 Análise dos Públicos da Organização............…......................................... 22 2.6 Análise da Cultura Organizacional.............................................................. 25 2.6.1 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS............................................................. 26 2.6.2 ARTEFATOS VISÍVEIS................................................................................ 27 2.6.3 SISTEMA DE SÍMBOLOS............................................................................ 28 2.6.4 TIPO DE CULTURA AFLITIVA.................................................................... 29 2.6.5 RELAÇÃO ENTRE CULTURA E O CLIMA ORGANIZACIONAL................. 30 2.6.6 AUDITORIA DE COMUNICAÇÃO................................................................ 30 2.6.7 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO ÉTICO DA ORGANIZAÇÃO............... 32 2.6.8 IDENTIDADE CORPORATIVA.................................................................... 32 3 OBJETIVOS...................................................................................................... 34 3.1 Geral............................................................................................................... 34 3.2 Específicos..................................................................................................... 34 3.3 Metodologia.................................................................................................... 34 3.4 Método de Abordagem.................................................................................. 36 3.5 Tipo de Pesquisa........................................................................................... 37 3.6 Participantes................................................................................................. 37 3.7 Procedimentos Metodológicos..................................................................... 39 3.8 Instrumentos de Coleta de Dados............................................................... 40 3.9 Análise dos Dados........................................................................................ 40 4 DIAGNÓSTICO.................................................................................................. 57 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 60 5.1 Terceiro Setor................................................................................................ 60 5.2 Atuação das Relações Públicas no Terceiro Setor.................................... 62 5.3 Planejamento Estratégico de Comunicação para o Terceiro Setor.......... 64 5.4 A Construção da Imagem Institucional no Terceiro Setor......................... 65 5.5 O Audiovisual como Instrumento de Comunicação para as Organizações....................................................................................................... 66 5.6 Vídeo Institucional........................................................................................ 68 6 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS.............................,.......................... 69 6.1 Objetivos do Programa de Relações Públicas........................................... 69 6.1.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................... 69 6.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 70 6.2 Público-alvo.................................................................................................. 70 6.3 Ações............................................................................................................. 70 6.4 Orçamento..................................................................................................... 80 6.5 Cronograma Unificado do Planejamento de Relações Públicas e Ações para a ONG AEV........................................................................................................... 85 7 APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA AÇÃO.......................................................... 86

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7.1 Execução e Avaliação da Ação – Vídeo Institucional............................... 86 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 88 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 90 APÊNDICES.......................................................................................................... 92 ANEXOS................................................................................................................ 107

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1. INTRODUÇÃO

Dentre os diversos problemas que as organizações enfrentam para manter

sua subsistência, independente de que setor esteja inserida, é a maneira como elas

constroem seus relacionamentos com seus diversos públicos que define sua

sobrevivência. A instituição escolhida é uma Organização Não Governamental que

está dentro do hall das organizações do Terceiro Setor.

As organizações necessitam atribuir práticas voltadas ao desenvolvimento

social e democrático da comunidade como também integrá-los dentro de sua

responsabilidade social, como um ser vivo que está dentro de um sistema e se

relaciona com variados públicos. É fundamental buscar o desenvolvimento e

valorização do capital humano. É nesse contexto que as ONGs surgiram, para

prestar assistência se desvinculando do capital de iniciativa privada e do Governo.

Essas instituições necessitam de um olhar mais atencioso, quando o assunto é a

relação que constrói com seus públicos. A transparência, e a confiabilidade nos

relacionamentos são muito importantes para que a organização se torne conhecida

e os laços de congruência se fortaleçam entre esses públicos por meio de suas

intenções, objetivos e de seu trabalho desenvolvido.

Como gestor da comunicação, o Relações públicas deve estabelecer uma

política voltada para os interesses dos públicos e da instituição contribuindo para um

relacionamento efetivo entre eles. Por meio de um planejamento estratégico para a

comunicação, abre-se espaço para se entender bem a funcionalidade da instituição,

os seus objetivos, as suas possibilidades, assim como descobrir e resolver os

conflitos que giram em torno dela.

Para este trabalho foi escolhida uma instituição do Terceiro Setor. A

Associação de apoio aos portadores de câncer Esperança e Vida é uma

Organização Não Governamental fundada em 2008 em Campina Grande. A

organização tem como foco dá assistência jurídica, social, terapêutica e psicológica

aos portadores de câncer. Tem como filosofia de atuação o tratamento da saúde

integral (física, psíquica e emocional) e não apenas da doença. No ano de 2010, a

presidente e sócio fundadora decidiu abrir uma filial em João Pessoa com mesmo

objetivo da matriz de Campina Grande.

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Este trabalho foca o desenvolvimento da comunicação da filial, que está

encontrando dificuldades de fortificar laços com parcerias. Já foi votada na câmara

municipal, sobre o título de utilidade pública, e a organização aguarda o prefeito da

cidade de João Pessoa sancionar para obtê-lo. Em Campina Grande os apoios com

a prefeitura e pessoas jurídicas está consolidado. O problema da filial é se inserir de

forma estratégica em João Pessoa para que os públicos tenham uma percepção do

trabalho realizado pela ONG. E a partir disso, se envolverem como parceiros e/ou

voluntários para a subsistência da instituição.

Nesse contexto, algumas questões importantes surgem como ponto de

partida para a execução deste trabalho, conduzindo o processo de investigação e

solução, configurando-se como problema de estudo, sendo elas: Qual é a

percepção dos públicos em relação as políticas, ao trabalho desempenhado,

os objetivos, metas e resultados da instituição obtidos junto à população em

geral? Quais são as ações mais adequadas para construção de

relacionamentos duradouros com parcerias? Quais são as condições

necessárias para promoção da AEV em João Pessoa?

Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo principal

propor um Programa de Relações Públicas voltado ao fortalecimento dos

relacionamentos e da percepção dos trabalhos desenvolvidos perante seu público

de interesse. Propondo ações que visem estabelecer uma filosofia de construção de

relacionamentos fortes e duradouros.

Estruturado em oito partes, o presente trabalho primeiramente faz uma

análise teórica dentro do contexto da temática do objeto de estudo, onde se expõem

as teorias e conceitos que embasam a elaboração do plano. Foram utilizadas

citações de autores ligados a Relações Públicas, História do Terceiro Setor,

Comunicação audiovisual, Comunicação integrada e Vídeo Institucional.

Na segunda parte, consta o briefing. Nesta parte, está todo o levantamento de

dados sobre a organização, assim como conhecer mais a fundo seu trabalho, para

que nos forneça base para detectar os problemas comunicacionais existentes na

mesma e nos auxilie no processo de planejamento.

Na terceira parte, uma pesquisa quantitativa/qualitativa de clima

organizacional com o objetivo de conhecer as percepções do corpo funcional da

instituição para executar ações direcionadas tanto para o público interno como para

o público externo, juntamente com o briefing para elaboração de um diagnóstico

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onde irá nortear os direcionamentos do planejamento comunicacional a ser

executado na ONG.

Logo após, a apresentação do Programa de Relações Públicas, composto por

ações sistemáticas, assim como sua justificativa, objetivo, público-alvo, recursos

utilizados, estratégia, resultados esperados e avaliação que se propõe a solucionar

os problemas identificados e contribuir na promoção da imagem e identidade

institucional da organização. Por fim a aplicação e avaliação da ação escolhida a

critério da instituição, o apêndice e anexos contendo todo o complemento relativo a

dados da ONG.

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2 BRIEFING DA ORGANIZAÇÃO

2.1 Dados Cadastrais

Nome e razão social: Associação de apoio aos portadores de câncer

Esperança e Vida

CNPJ: 090426528/0003-63

Setor: 3° Setor

Endereço: Rua Raniere Masílli 256, Cristo

Número de telefone: 3221-6040

Home Page: www.blogspot.com.br-esperançaevidajp

Perfis nas redes sociais: ONG AEV João Pessoa(Facebook)

email: [email protected]

Horário de funcionamento: 08h00 ás 17h00 de SEG. á SEX.

Trabalham na ONG atualmente 31 funcionários, sendo 28 mulheres que

atuam na equipe de trabalho e 3 homens, dentre o corpo de funcionários há 5

voluntários.

2.2 História da organização

A associação de apoio aos portadores de câncer Esperança e Vida (AEV) foi

criada em março de 2008 com o objetivo de dar voz ao portador de câncer. O berço

da organização está entrelaçado a história de vida da presidente e sócio-fundadora

Márcia Cordeiro. Sua mãe, e colaboradora da instituição, Dona Lurdes, recebeu

diagnostico de neoplastia maligna quando Márcia tinha apenas 9 anos de idade. A

recuperação dela foi a principal motivação de incitar a vontade da presidente em

prestar assistência a pessoas com câncer.

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Alguns anos depois, Márcia recebeu um convite para trabalhar dando

assistência a pessoas com câncer em uma ONG. Em 2006, ela se uniu a alguns

amigos e familiares para fazer um estudo na região de Campina Grande em busca

de criar uma ONG de apoio ao portador de câncer. Primeiro, por não haver um

hospital especializado no tratamento oncológico, sendo limitado a obter esse serviço

no hospital universitário, com apenas dois médicos especializados atuando.

Segundo, a demanda de leitos não são suficientes para atender todas as pessoas

que precisam de tratamento e internação, pois atendem não só a cidade de

Campina Grande como também municípios do cariri e do sertão do estado da

paraíba. Diante disso, surgiu a ideia de criar um espaço em virtude da necessidade

de apoio a essas pessoas em seu estado de vulnerabilidade.

Houve planejamento com algumas pessoas que possuíam o mesmo ideal em

comum. Os cinco sócio-fundadores começaram a viajar por Campina Grande em

busca de uma instituição que estivesse dentro do perfil que eles desejavam ter,

investiram capital para poder iniciar as atividade. No ano de 2008, foi registrado o

estatuto da AEV.

O nome foi criado pela presidente e sócio-fundadora juntamente com a

logomarca. A ideia da borboleta significa transformação e também diante das

dificuldade e necessidades de muitas pessoas que foram diagnosticadas com

câncer, a falta de conhecimento dos direitos diante das necessidades que o estado

deveria suprir na saúde dessas pessoas, os diagnósticos tardios, e por fim o

aumento do índice de pessoas diagnosticadas a cada ano, segundo dados da INCA

(PB).

Após 6 anos de vitórias e derrotas na luta contra o câncer, passaram 137

famílias assistidas pela instituição, que conquistou o certificado de utilidade pública.

Por meio da doação de um terreno pela prefeitura de Campina Grande, está sendo

construída a nova sede da AEV que proporcionará leitos para internar os assistidos

em tratamento.

A instituição nasceu em campina grande, hoje tem 80 pessoas trabalhando de

faixas etárias variáveis, com apoios e parcerias que os ajudam. Após 2 anos de

atividade na matriz, a sócio-fundadora e presidente que reside em João Pessoa

decidiu abrir uma filial com o mesmo objetivo e diretoria da matriz no ano de 2010.

Tem três anos de funcionamento; hoje estão com cerca de 70 usuários assistidos

pela casa juntamente com seus familiares. Já foi votada na câmara municipal o título

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de utilidade pública, a organização aguarda o prefeito da cidade de João Pessoa

sancionar para obtê-lo.

2.3 Descrição estrutural da organização

Trata-se de uma Organização Não Governamental ou do Terceiro Setor

(ONG). Uma ONG não se encaixa perfeitamente na classificação do Sebrae quanto

ao porte, pois o Sebrae faz essa distinção apenas para empresas. Intuitivamente

classificamos a AEV como ONG de pequeno porte.

O perfil administrativo da ONG é considerado tradicional, pois existe um

presidente que ‘manda’ funcionários executarem funções, com mandato de 4 anos,

segundo o estatuto da instituição, pode ser renovado por meio de eleições entre os 5

sócio-fundadores. O presidente é responsável juridicamente pela organização,

porém o gerente operacional gerencia a parte estrutural da organização, dividindo

funções. O grau de formação dos funcionários em sua grande maioria é ensino

médio. Os funcionários que trabalham no setor social tem formação do superior

completo. A AEV funciona semelhante a uma cooperativa e sua estrutura

administrativa é participativa. O que existe é um grupo gestor da administração que

tomam as decisões mais importantes acerca do curso que a organização deve

seguir, e dessa forma a comunicação com os demais funcionários é estruturada.

O grau de formação da equipe de colaboradores entre cooperadas e

voluntários varia entre todos os níveis de escolaridade, cabendo ao atendimento

social um grau de escolaridade superior, que consiste na assistente social, nos três

auxiliares administrativos e o gerente operacional. Os voluntários da instituição são

voltados a serviços que são oferecidos para o tratamento dos usuários. Um

advogado para lidar com questões jurídicas, relacionado a emergências em

cirurgias, e outros assuntos ligados ao direito deles diante do estado. Uma psicóloga

para fazer o acompanhamento deles, toda semana. Quatro oficineiros, que preenche

as atividades durante a semana, cabendo a áreas que geram renda para a

instituição, como o artesanato das bonecas de pano, a pintura em tela e tecido, os

crochês. São confeccionados pelos próprios usuários por meio das aulas. Os

extensionistas que desenvolveram o projeto de nutrição foram vinculados a

faculdade de ciências médicas, proporcionaram o atendimento nutricional durante o

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período de um ano, de junho de 2013 até junho de 2014. Foi a primeira experiência

da instituição com aproximação da comunidade acadêmica.

A organização admite certa flexibilidade de horários, distribuição e limite de

tarefas, respeitando a opinião e a disponibilidade de cada funcionário,

principalmente no caso dos voluntários, sendo os horários de trabalhos definidos de

maneira a respeitar a quantidade de horas que cada um pode doar a instituição. De

maneira que entre a equipe de trabalho existem horários que vão desde seis horas

diárias (trinta horas semanais), já a equipe de voluntários normalmente disponibiliza

quatro horas, uma vez por semana. As atividades da instituição vão de segunda a

sexta. Os mensageiros não têm carga horária estabelecida porque fazem externas,

entrando em contato direto com doadores físicos para arrecadação. A instituição dá

ajuda de custo aos funcionários que lidam com a captação de recursos que está

inclusa no próprio contracheque e na dinâmica de premiação por meta.

O sistema de decisão é de acordo com a presidente e socio-fundadora que

reside e trabalha na filial em João Pessoa juntamente com o gerente; a grande

maioria dos funcionários tem comprometimento e motivação pela causa da

organização; estabelecimento de metas a serem alcançadas de acordo com as

regras estabelecidas na organização, porém nada de forma imposta, pois o contrato

de trabalho está assinado. A cobrança visando a melhoria da qualidade dos

atendimentos e a conscientização.

O recrutamento do corpo de funcionários é feito mediante avaliação do

curriculum vitae, porém não ficou claro como se dá esse processo. O recrutamento

dos estagiários é feito através de parcerias que a instituição tem com a faculdade de

ciências médicas. Eles solicitam o projeto dos estudantes interessados através de

um processo seletivo. Aos funcionários que não exige um grau maior de

escolaridade, geralmente são voluntários que foram assistidos pela organização ou

familiares e agregados que se identificam com os objetivos e a missão da instituição.

Os voluntários geralmente procuram a organização por meio do telefone.

Não existe uma avaliação de desempenho e critérios de promoção. Porém,

existe estímulos e/ou incentivos para as função que lidam diretamente com

arrecadação de dinheiro para a instituição – os mensageiros e as funcionárias de

telemarketing. Além do salário, ganham um extra por desempenho por quantidade

arrecadada.

O corpo funcional está descrito no quadro abaixo:

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Quadro 1: Corpo Funcional

Cargo Função Componentes

Presidente

Gerencia os conflitos e administra a instituição em toda a sua estrutura

Márcia Cordeiro

Gerente

Administra a instituição de modo geral, coordena a equipe de funcionários e voluntários

Fábio Costa

Aux. Administrativo

Cadastramento de doadores e de assistidos

Larissa Cordeiro (sede de atendimento aos usuários), Junior e Kaline (sede de registro de doações/captação de recursos)

- Atendimentos, triagens, encaminhamentos, visitas domiciliares aos usuários para cadastramento. - Apresentação dos benefícios e atividades que a Associação oferece a todos os usuários portadores de câncer que se encontram em condição de vulnerabilidade física, psicológica e social, e informando aos mesmos seus direitos segundo as Leis Municipais, Estaduais e Federais; - Realização de visitas institucionais a órgãos públicos e empresas privadas

Jéssica Santos

Operadores de Telemarketing

Captam recursos para instituição

Lidiane (supervisora) 24 pessoas no setor de telemarketing

Mensageiros

Captam recursos para instituição

8 pessoas na captação de doações em domicílio

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Aux. de serviços gerais

Executa a limpeza e organização do ambiente de trabalho

Jefry e Manuel

Voluntários

Doam serviços prestados sem receber nada em troca, em prol dos objetivos da organização.

Lindinalva (psicóloga) Josinaldo (advogado) Hildebran (oficineiro de pintura e tela) Luciene (oficineira de crochê) Marinalva (oficineira de pintura e tecido) Izeuda (oficineira de boneca de pano)

Estagiários

Executam projetos de conclusão de curso que a instituição vai avaliar ou não se é cabível no contexto em que a organização se encontra. Atualmente, conta com uma equipe de nutrição concluinte que está encarregada do atendimento nutricional aos assistidos e duas estagiárias de serviço social.

6 estagiários de nutrição da faculdade de ciências médicas da paraíba

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

A equipe de voluntários consiste em um advogado, três professores

responsáveis pelas oficinas e uma psicóloga. O advogado é responsável pelo setor

jurídico da organização, esclarece as dúvidas para os portadores, e caso haja

necessidade de entrar com uma ação, está à disposição deles de forma gratuita.

Exercendo um papel informativo de conscientização de direitos e deveres. A ONG

paga consultoria por mês no valor de um salário mínimo para resolver o regimento

interno, normas trabalhistas, ações caso haja necessidade.

Os técnicos da área das oficinas de artesanato (pintura, crochê) que é uma

atividade que gera renda para manutenção da instituição, nas terças e quintas, a

confecção é feita pelos assistidos e vendida pela ONG. E por fim, uma psicóloga,

que dá assistência ao tratamento dos usuários toda sexta-feira.

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Por meio de uma parceria feita com a universidade de ciência médicas, a

ONG recebeu uma equipe de estagiários de nutrição que fizeram parte das

atividades da casa por um período de um ano.

O projeto visa conscientizar alimentação, avaliação nutricional de todos os

atendidos, nas segundas-feiras. O setor social da instituição conta com a assistente

social e uma auxiliar administrativa que recepciona, faz cadastros de beneficiados e

lida com os atendidos portadores de câncer. Prestação de serviço social -

atendimento duas vezes por mês, durante as tardes para os portadores e familiares.

A ONG oferece atendimento psicológico, de nutrição, social e jurídico, oficinas

de artesanato, entrega de cestas básicas mensalmente, disponibilização de

medicamentos, exames e suplementos alimentares. Encaminhamento de cirurgias,

próteses. E eventos que geram renda para manutenção da casa.

2.4 Descrição econômica da organização

Analisando o faturamento da organização, foi observado que circula cerca de

R$ 540 mil por ano, provenientes do telemarketing e dos mensageiros. Além disso, a

instituição conta com o artesanato para arrecadação, feita pelos próprios assistidos.

Geralmente, se apresentam em stands, porém a grande maioria das arrecadações

vêm do setor de telemarketing. Apresenta mais doadores de pessoa física que

jurídica.

Os princípios seguidos são de responsabilidade com a saúde e o bem estar

físico, psicológico e emocional dos assistidos. A avaliação dos resultados obtidos

pelos usuários é feito mediante relatório da assistente social. Dessa forma, não

conta com um local próprio para hospedar os assistidos que estão em tratamento,

tendo eles que recorrer a instituição para obter o atendimento e os suplementos

alimentares, ou alguma outra necessidade a ser sanada, seja de nutrição, jurídica,

psicológica ou social.

Não há uma pessoa responsável pelo planejamento estratégico da

organização, pois a consciência da importância desta começou a aparecer nas

visitas para coleta de dados do briefing. O que pode ser considerado um diferencial

é o atendimento atencioso frisado pela grande maioria dos assistidos, com base em

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seus relatos cotidianos. Um ponto fraco seria a falta de um pensamento estratégico,

o que pode gerar perda de oportunidades.

Uma oportunidade seria o fato de que o segmento tem uma demanda em

expansão e neste sentido identificam-se muitas chances de crescimento,

principalmente devido aos incentivos da sociedade e da própria prefeitura que irá

sancionar o título de utilidade pública, que já foi votada na câmara municipal de João

Pessoa. A instituição prevê investimentos de ampliação do espaço para comportar

os assistidos em tratamento como também no prevê agregar outros profissionais de

outras áreas para dá assistência aos usuários.

Uma ameaça para a organização seria a dificuldade de estabelecer

estratégias de fidelização de parcerias e colaboradores em João Pessoa. Pois as

parcerias que a instituição tem, não são de frequência mensal, e sim esporádica,

anual ou semestral, dependendo do que as empresas parcerias e colaboradoras

acharem necessário ajudar. Certos exames oncológicos dos assistidos têm altos

custos para organização, pois ela supre o diagnóstico precoce para o tratamento da

doença, como também os suplementos alimentares necessários para o tratamento.

No caso, os usuários se beneficiam disso quando a secretaria de saúde do estado

não os possui. O que ocorre com certa frequência pela maioria que anda em

tratamento na instituição.

2.5 Análise dos públicos da organização

Quadro 2: análise dos públicos

Públicos Importância para a organização

Situação do relacionamento

Canais de comunicação usados

Equipe de trabalho

É ela quem vai ser a linha de frente da ONG, mostrando na prática a identidade da instituição

Bom relacionamentos à medida que todos fazem aquilo que gostam e não é exercida sobre eles nenhuma forma de coação

Conversas informais quando há necessidade variando de setor para setor, dentro da cultura organizacional não há um momento para

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reuniões com todos os funcionários

Gestão administrativa

É ele que vai gerir os recursos e conflitos e trazer soluções

Bom relacionamento à medida que todos fazem aquilo que gostam e não é exercida sobre eles nenhuma forma de coação

Telefonemas e reuniões

Comunidade

Este público é a razão de ser da instituição, é para ele que o trabalho é voltado

Em geral os assistidos estão bem satisfeitos com os serviços de atendimento da ONG

Telefone

Instituições parceiras

Essas instituições vão ajudar com doações e parcerias

Apoio, doações e parcerias

Visitas Institucionais, Telefonemas, Folder Informativo/ Site/ redes sociais

Governo

Dá suporte legal e constitucional para o funcionamento. Recolhe impostos e fiscaliza

Há um apoio esporádico perante a secretaria de saúde em fornecer suplementos alimentares e remédios para a ONG

Visitas institucionais, telefonemas

Voluntários

Realizam atividades que ajudam no cotidiano da instituição e na assistência aos usuários da casa

Bom relacionamento à medida que todos fazem aquilo que gostam e não é exercida sobre eles nenhuma forma de coação

Email, Telefonemas

Estagiários

Realizam trabalhos voltados para somar o atendimento voltados aos assistidos na instituição.

Bom relacionamento à medida que todos fazem aquilo que gostam e não é exercida sobre eles nenhuma forma de coação

Email, Telefonemas

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Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

A porta de entrada para o relacionamento da organização com estes públicos

se dá através da busca por parte da comunidade de baixa renda pelo diagnóstico

precoce para tratamento do câncer, ou pela necessidade de alguma parceria ou

incentivo por parte das instituições e parceiros. O relacionamento dá-se de forma

harmoniosa, visto que é uma política da organização cultivar o equilíbrio nos

relacionamentos. Os assistidos se beneficiam com o atendimento e, sobretudo com

a educação e orientação; pois a ONG não lida apenas com o tratamento da doença

em si, mas também com o tratamento psicológico, social e jurídico dos assistidos e

familiares envolvidos, visto que uma parcela significativa da população não sabe

seus direitos e deveres e muito menos desconhece as causas e o tratamento da

doença.

Desde que a instituição surgiu, o relacionamento com os públicos tem sido em

grande parte harmonioso. Pela ótica da instituição, o público tem uma boa opinião

sobre como são recepcionados e tratados. A organização é ciente que este público

tem sua visão crítica, muitas vezes mostrando insatisfação sobre a divulgação do

espaço e padronização de serviços. Alguns instrumentos de comunicação dirigida

existem, como por exemplo o folder informativo, o site e as redes sociais, mas seu

uso não é estratégico e não atendem de maneira satisfatória aos públicos externos

da ONG; com o público interno a comunicação é bem mais informal.

Falta um envolvimento maior com as instituições parceiras, pois não há

políticas estratégicas por parte da gestão para consolidá-las. As instituições

parceiras doam semestralmente ou anualmente, variando de acordo com

disponibilidade. A ONG conta com apoio do banco de alimentos, que fornece

alimentos não perecíveis para fomentar a cesta básica que é dada mensalmente,

porém a instituição arca com os adicionais da cesta, pois exige uma alimentação

nutricional completa para repor proteínas para os portadores em tratamento.

Geralmente, são alimentos perecíveis perto do prazo de validade, frutas e verduras.

Além do banco de alimentos, há algumas igrejas que ajudam esporadicamente com

alimentação, porém não é recorrente e consolidada essa parceria, é variável.

A secretaria de saúde é outra parceria não consolidada que também entra na

mesma situação, fornece suplementos alimentares. Quem está no tratamento de

câncer precisa deles mensalmente durante o período pré-cirúrgico/pós-cirúrgico.

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Como também disponibilizam remédios, porém é esporádico, cabendo a semestres,

ou anualmente. Por meio de solicitação na secretaria feita pelos próprios usuários.

Os gastos mensais da instituição vão para essa parte, quando não se consegue com

a secretaria, o que é recorrente.

A Paraíba Cap deu auxílio de divulgação e reportagem, porém foi apenas

uma vez o que não é algo que está consolidado. Alguns canais de televisão já

fizeram algumas reportagens com relação ao trabalho desenvolvido na AEV João

Pessoa.

As parcerias consolidadas são o Fundo de assistência a crianças com câncer

em São Paulo, que ajudam mensalmente, em exames de alto custo para crianças,

medicamentos de alto custo e um repasse de custo anual para ajudar a organização

em finais de ano. Consolidada já há 6 anos essa parceria. E os doadores físicos,

sendo estes pouco envolvidos no relacionamento com a instituição.

A matriz já tem parcerias consolidadas, apoio da prefeitura de Campina

Grande, o Hotel Vilage e Garden, e a UEPB. E também apoio de mídia com a

empresa Taz Aqui. A matriz lida com públicos de diversos lugares, para além de

campina, como o cariri e o sertão paraibano. Como a filial está há 3 anos atuando e

se firmando, e também o prefeito que ainda não sancionou o título de utilidade

pública, apesar de já ter sido votado na câmara municipal, atrasa qualquer

procedimento de firmar, fidelizar e consolidar qualquer parceria jurídica em João

Pessoa. É positivo o saldo de ajuda semestral e anual, porém a instituição necessita

firmar um apoio consolidado e não esporádico devido a urgência dos tratamentos

voltados aos usuários assistidos pela organização.

Uma deficiência considerável nas relações entre os públicos é a ausência de

feedback das atividades desenvolvidas, ainda que a instituição possua site, redes

sociais e folder informativo, não são atualizados de maneira satisfatória. Contudo, o

nível de satisfação dos públicos com a instituição é considerado alto e eles

depositam muita confiança no trabalho desenvolvido, passando essa imagem para

os demais espaços de convivência desses usuários (trabalho, universidade, igreja

etc.) e trazendo mais pessoas para serem atendidas na organização.

2.6 Análise da cultura organizacional

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2.6.1 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS

A organização tem um planejamento definido em seu surgimento, conta com

um estatuto que define direitos e deveres de cada um responsável pela coordenação

administrativa e financeira da instituição. O que transparece nas pesquisas e

observações é que tudo “foi acontecendo’’ e que o progresso da ONG foi uma

resposta aos acontecimentos da matriz que está consolidada há 6 anos. Percebe-se

claramente que a instituição adota uma postura reativa, pois não são elaborados

planejamentos de médio e/ou longo prazo, apenas respostas às demandas sazonais

e oportunidades.

A missão, segundo a própria ONG, é “Desenvolver atividades de prevenção e

cura focando na saúde integral (mental, física e emocional) dos usuários assistidos e

a integração destes a sociedade.” Esta é a definição de missão que consta no

estatuto da organização. Ao longo do levantamento percebemos que, em essência,

a AEV busca o bem estar integral (físico, mental, espiritual, social e jurídico) para

todas as pessoas em estado de vulnerabilidade social que frequentam seu espaço.

Suas ações refletem diretamente na melhoria da qualidade de vida das

pessoas em tratamento de câncer, na reestruturação familiar, garantindo que as

pessoas tenham acesso aos alimentos, suplementos, medicamentos, equipamentos,

terapias complementares e de apoio, palestras e orientações, redução de conflitos,

de re-interação hospitalar e de desestruturação familiar.

Mesmo não expresso de maneira formalizada fica nítido nas falas da gestão

que a visão da organização é ser reconhecida como referência no tratamento de

assistência aos portadores de câncer e melhoria de qualidade de vida e integração

destes a sociedade.

Os objetivos da organização são muitos e definidos no Estatuto, formulado

em 2008.

Em seu Artigo 1° são Objetivos da AEV:

I- Promover a assistência visando amenizar o sofrimento e a desestruturação bio-psico-social que a doença provoca, melhorando a

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qualidade de vida e proporcionando uma possível chance de cura aos portadores de câncer carentes. II- Viabilizar as necessidades básicas como: medicamentos, alimentação e suplementos, próteses, exames, consultas e outros; III- Criar mecanismos para melhoria da qualidade de vida dos usuários; IV- Orientar sobre os recursos existentes na comunidade e sobre os direitos dos usuários; V- Oferecer orientação psicológica, terapêutica e social;

Em essência, os objetivos estão centrados na razão de ser da organização,

por meio da qualidade de vida de seus usuários. É perceptível que os públicos têm

uma relação harmônica e se identificam com os objetivos da organização. O que não

fica claro é como isso chega aos usuários ou como suas diretrizes são divulgadas ao

público.

2.6.2 ARTEFATOS VISÍVEIS

-Arquitetura: Se trata de uma residência alugada pela associação. Espaço

grande e bem dividido, lugar com boa ventilação e iluminação. A fachada externa

contém uma faixa afixada no muro, informando a respeito dos dados da instituição.

A porta de entrada para a recepção está em boas condições e a pintura externa

também. Há dois banheiros bem instalados, o escritório, uma sala especializada

para atendimento nutricional, uma sala para a assistente social, uma sala no qual

são realizadas as oficinas de artesanato, e a parte da cozinha. O setor do

telemarketing atua em uma sala especializada para isso, alugada por fora, em um

empresarial no bairro do centro da cidade, onde têm cadeiras, mesas, telefones e

computadores para registros dos doadores. Na matriz a instituição já possui um

terreno próprio para construção de sua ampliação com financiamento da prefeitura

irão criar um albergue no qual poderão internar pacientes em tratamento e tem

interesse para que ocorra o mesmo na filial aqui em João Pessoa.

- Mobiliário: Os móveis são diversos, alguns adquiridos com recursos próprios,

outros provindos de doações, todos em bom estado de conservação. Na sala há

mesas para oficinas de artesanato e para exibição dos artesanatos, sofás

confortáveis e cadeiras. No escritório há cadeiras e mesas e gavetas para arquivar

dados referentes aos registros de todos que passaram pela assistência da

organização. A cozinha não está equipada ainda para um porte industrial na

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realização de oficinas de culinária, mas a organização prevê o maquinário industrial

para realizar almoços diariamente. No telemarketing, 24 mesas, cadeiras e telefones

para os funcionários. Um quadro para anotar as metas alcançadas diariamente. Uma

mesa para a supervisora. Na sala da alta administração, uma mesa, estante para

livros e arquivos.

- Equipamentos: No escritório da sede de atendimento aos usuários contém um

computador, impressora, fax, scanner e telefone. Na sala há uma TV, DVD e caixa

de som que precisam ser trocados. Na parte de sede de captação, um computador

com sistema de registro de recibos para os doadores físicos, um computador para a

alta administração.

- Nível de ruídos e poluição: O bairro tem muita circulação de carros pôr a

instituição está localizada em uma avenida pavimentada no Cristo na sede de

atendimento ao usuário. Não possui muitos ruídos ao redor, sendo considerados

razoáveis. A vizinhança é composta por casas de família e não é rodeada por

centros comerciais. A sede de captação de recursos é localizada próxima a centros

comerciais no bairro do Centro, próxima ao ponto Cem Reís.

- Organização do ambiente de trabalho: Os móveis estão bem dispostos, e os

ambientes são bem organizados, não há poluição visual e a decoração é simples e

remete ao bem-estar. Os arquivos da secretaria, estão na recepção e são dispostos

em uma prateleira, de forma espontânea, dentro de um ambiente fora do campo

visual de quem entra no espaço.

2.6.3 SISTEMAS E SÍMBOLOS

-Heróis:

Dona Lurdes: Principal colaboradora e conselheira fiscal, mãe da presidente

regente, inspirou a criação e atuação da organização. Teve diagnóstico de câncer há

30 anos quando a presidente tinha apenas seis anos de idade. A força que ela teve

durante o tratamento motivou essa maneira de dá assistência aos usuários para

tratá-los por completo, não apenas o físico, a doença em si, como também o

psicológico e social que foi o que gerou vitórias ao longo desses 6 anos de atuação

da instituição.

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Seu Beto: Pela dedicação, esforço e contribuição na organização, ele era

funcionário de serviços gerais. Tornou-se símbolo por lá, antes de seu falecimento

em meados de setembro do ano de 2013.

-Ritos, festas, confraternizações e cerimônias:

A ONG participou do Abril pro Bem em parceria com o Tambiá Shopping, que

é um evento beneficente para divulgar e vender os artesanatos feito na casa para

gerar renda a instituição. E também participou na feira Brasil Mostra Brasil com um

espaço cedido para veicular o mesmo trabalho beneficente feito pelos usuários.

Ambos não foram parcerias consolidadas.

A ONG promove palestras informativas mensalmente voltada para os

portadores atendidos, mediante diálogos com os próprios aos moldes de seus

interesses (tudo voltado a oncologia, prevenção e conscientização). Além disso,

realiza o Dia da beleza há dois anos, iniciado no ano de 2013, onde em parceria

com uma empresa de cosméticos, que não é consolidada, levam as mulheres

assistidas kits de maquiagem, reforçando a importância de ter vaidade e autoestima

daquelas que estão em tratamento. O dia da mulher, também é algo que está nas

suas confraternizações voltadas aos usuários, tendo iniciado no ano de 2013. Como

também o dia das mães, no qual entra outra parceria esporádica que dá auxilio nos

salgadinhos e doces para a confraternização. E também confraternização de São

João, Carnaval, Páscoa e Natal. Todos os eventos são voltados para gerar renda a

instituição, a ajuda é por meio da venda de rifas e parcerias para a realização dos

eventos.

- Mitologia da empresa: O fato de considerarem a ONG como um local de

renascimento que surge das histórias de cura que elas presenciaram e participaram.

Os usuários mais experientes e que passaram pela ONG deixando seu

conhecimento e sua energia são vistos como heróis, pessoas de muita importância e

que fazem parte da saga da organização.

2.6.4 TIPO DE CULTURA

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Ao fazer uma análise do comportamento dos integrantes da ONG foi

identificado que o tipo de cultura que mais se aproxima da realidade existente é a

cultura afiliativa. A gestão é participativa e centrada nas pessoas envolvidas, que se

ajudam mutuamente, priorizando a construção de relações interpessoais e a

continuidade do trabalho desenvolvido. O setor administrativo cria empatia com seus

funcionários; isso faz com que a convivência seja saudável entre os integrantes

demonstrando assim um ambiente agradável, deixando os usuários confortáveis

com a sensação de estarem em casa. É notório até mesmo para quem faz uma

breve visita.

2.6.5 RELAÇÃO ENTRE CULTURA E O CLIMA ORGANIZACIONAL

A ONG não possui plano de cargos e carreiras. A política adotada é a de

cooperativismo. A quantidade de tempo dedicado para atividades define a

quantidade de rendimentos de cada colaborador. Porém, é estabelecido uma carga

horária de 30 horas semanais segundo as normas CLT para os funcionários.

O benefício que a ONG dá no contra cheque da equipe de telemarketing e

dos mensageiros é de acordo com as arrecadações. Os funcionários dessas duas

equipes são motivados pelo trabalho que a instituição desempenha, essa comissão

apenas reforça o desempenho e comprometimento de cada um para a organização.

Os mensageiros por fazerem externas, possuem um horário mais flexível.

O fato de exercer um papel para realização da missão organizacional faz com

que os funcionários trabalhem motivados, demonstrem satisfação e maior

comprometimento para com a organização sem aparentemente sofrerem pressão

com relação à suas obrigações. Os voluntários, se enquadram no mesmo quadro,

visto que, possuem os horários mais flexíveis diante de sua disponibilidade de

colaboração na instituição. A Organização demonstra ter grande preocupação com o

bem-estar e a qualidade de vida das suas colaboradoras.

2.6.6 AUDITORIA DE COMUNICAÇÃO

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A organização não possui um departamento ou setor de comunicação, como

também não possui um funcionário voltado para gerir e mediar o relacionamento

com os públicos interno e externo. Há uma conscientização diante da alta

administração que é importante um profissional para mediar o relacionamento, mas

não há ações planejadas. Não há ninguém responsável pela comunicação interna a

todo o corpo funcional da instituição.

A comunicação é feita pela própria presidente/sócio-fundadora que delega

demandas para o gerente operacional e os auxiliares administrativos. Os avisos

surgem de acordo com as necessidades de informar algo, nesse caso, geralmente

feito em reuniões pela parte administrativa da instituição. O contato com a sociedade

para captação de recursos é por meio dos operadores de telemarketing e

mensageiros.

Outro canal utilizado, mas não de forma estratégica é as mídias digitais. Onde

há atualizações que não são tão frequentes, tendo em média quatro postagens por

mês, cerca de três funcionários são responsáveis pela página do facebook e

também no blog da instituição, o que de certa forma não padroniza a periodicidade

das mensagens. O blog é pouco alimentado, quase em desuso.

Em entrevista com alguns usuários assistidos, percebi que alguns deles não

sabiam da existência da página. Grande parte deles sabem da organização através

de indicação de pessoas próximas ou do próprio folder informativo.

Por não ter um setor específico de gerenciamento, a comunicação externa

não é planejada. A ideia de comunicação externa que a organização se atém é a

produção de folders que são direcionados ao público externo, e a página do

facebook e blog. Precisam ser constantemente atualizados para que as pessoas

tenham visibilidade do trabalho da ONG. Não tem um orçamento de gastos voltados

a comunicação mensal ou anual, voltado apenas para demandas sazonais, quando

há necessidade.

O site está em manutenção para aplicabilidade de mudanças facilitando o

processo de doações por meio da internet. Durante o desenvolvimento deste

trabalho e da coleta de dados nas entrevistas com a sócio-fundadora, ela mencionou

que um voluntário já estava desenvolvendo a implementação das mudanças no site

da Associação.

Em uma visão geral, a organização necessita de mais subsídios financeiros

para o desenvolvimento e implementação de ações de comunicação, visto que, as

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ações que acontecem são executadas de maneira aleatória. É necessário à

organização um gestor de comunicação, além do telemarketing, para estabelecer

uma aproximação mais estratégica perante os públicos de interesse.

2.6.7 ANÁLISE DE COMPORTAMENTO ÉTICO DA ORGANIZAÇÃO

A ONG acredita que o atendimento deve ser orientado com base no respeito,

na democratização, na integração, na responsabilidade ética e social, na

transparência e no comprometimento. Esses valores se tornaram mais claros diante

do acompanhamento do dia-a-dia da instituição, das conversas e entrevistas com a

presidente, o corpo funcional e os usuários. Porém, não existe posicionamento

documentado a respeito desses valores no estatuto da instituição. Nos instrumentos

de comunicação dirigida também não há registros desses valores.

Através do relacionamento com os usuários, do atendimento humanizado é

perceptível o importante papel de responsabilidade ética que a instituição exerce

diante da sociedade. Dessa forma, contribui para a democratização e integração

social deles.

A instituição é reconhecida por desempenhar a educação integral dessas

pessoas em estado de vulnerabilidade social. Desenvolve um papel fundamental na

vida deles para além da assistência contribuindo para formação de sua cidadania.

Enquanto organismo que se relaciona no macro-ambiente é estratégico

adequar políticas voltadas a responsabilidade ambiental. A AEV têm interesse em

trabalhos de educação ambiental, prevê projetos voltados à reciclagem para gerar

renda e contribuir na manutenção da casa.

2.6.8 IDENTIDADE CORPORATIVA

A identidade corporativa para uma organização pode ser entendida como a

sua personalidade, o que ela é e como ela deseja que os públicos que a envolve a

vejam. Sua importância é incalculável, pois o sucesso de uma empresa e,

consequentemente, de seus produtos, se dá através de uma identidade bem

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trabalhada, com pensamentos, valores e ações bem estabelecidos em prol da

valorização e reconhecimento da sua imagem.

A construção dessa identidade é feita diariamente, vai desde o

comportamento de um funcionário, dos itens de identidade visual, até os meios e

atitudes tomadas pelo alto escalão da empresa para construir uma boa imagem

perante os públicos, seja ele interno ou externo. Sendo assim, a AEV é bem

delineada e reconhecida no que diz respeito aos atributos que descrevem, provindos

de materiais como logotipo, ambiente, identidade visual.

O símbolo que representa a transformação é a borboleta, este foi escolhido a

critério da presidente sócio-fundadora como logotipo da instituição juntamente com o

nome Esperança e Vida que ilustra esse quadro de superação da doença. As cores

branco e azul têm um caráter suave. O azul representa calma, confiança e

segurança. Estimula a criatividade, contemplação e espiritualidade. O branco e o

azul estão associados a paz. E denota o ambiente da instituição. O logotipo é

utilizado nas páginas(facebook/site), nos folders informativos, e na placa de entrada

da ONG.

Na faixada da instituição, há uma placa com boa visibilidade, onde vemos o

logomarca da instituição com os dados cadastrais dela. Tem cerca de 4 metros de

altura e 3 metros de largura. A organização não conta com fardamentos nem

crachás para seus funcionários. Toda a visibilidade conseguida é por meio do boca-

a-boca dos usuários através de seu envolvimento com a AEV. A organização se

identifica como um espaço que oferece a esperança de cura por meio do tratamento

físico, mental e emocional aos usuários portadores de câncer que se encontram em

estado de vulnerabilidade social.

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3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Propor um programa de relações públicas para a AEV voltado para o

fortalecimento dos relacionamentos e visibilidade do trabalho desenvolvido perante

os públicos envolvidos.

3.2 Específicos

a) Identificar os problemas de comunicação entre a AEV e seus públicos de

interesse

b) Identificar de forma participativa as ações de comunicação adequadas para a

promoção/divulgação das atividades desenvolvidas na instituição

c) Elaborar um programa de relações públicas composto pelas ações sugeridas

pelos públicos da organização

d) Aplicar e avaliar uma das ações propostas no programa de relações públicas

4 Metodologia

Podemos dizer que a metodologia é um caminho pelo qual se observa um

fenômeno afim de entender sua funcionalidade, avaliando as técnicas, como

também experimentando ou construindo novas formas de codificar e analisar

informações para se obter uma amplitude do quadro sistêmico onde está inserido.

Este projeto foi realizado através de uma pesquisa descritiva que se propõe a

estudar o nível do clima organizacional da ONG AEV e assim levantar opiniões,

atitudes e crenças dos funcionários que nela trabalham. Podemos dizer que a

pesquisa descritiva não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve,

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embora sirva de base para tal explicação. Ela expõe características de determinada

população ou de determinado fenômeno.

Para Cervo e Bervian (1996) a pesquisa descritiva pode ser observar,

registrar e analisar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, porém não consideram

como um documento. Ela aborda dados e problemas que devem ser analisados para

compreensão da dimensão do fenômeno em questão. No presente projeto foi

utilizado o método de pesquisa indutivo que segundo Lakatose Marconi (1991) é

interferir em uma verdade geral ou universal, partindo de pressupostos

especificamente constatados por meio de um processo mental.

Para Gil (1996), este estudo estimula novas descobertas pelo seu

procedimento de coleta e análise de dados serem simples e se caracterizarem por

uma linguagem e forma mais acessível do que outras técnicas de pesquisa,

permitindo assim um detalhado e amplo conhecimento onde se descreve uma fase

ou a totalidade do processo social de uma unidade.

4.1 Método de abordagem

A pesquisa utilizou o método de abordagem quantitativo e qualitativo, pois

existiu a necessidade de detectar características específicas relacionadas a

dinamicidade e sistematização do trabalho em si, como também elementos que

compõe a funcionalidade e participação dos atores sociais nesse processo. Para

Richardson (1999) “expõe que a principal diferença entre uma abordagem qualitativa

e quantitativa reside no fato de a abordagem qualitativa não empregar um

instrumento estatístico como base do processo de análise do problema”.

Dessa forma, alguns elementos são fundamentais para entender a

complexidade desse quadro de forma estatística e não-probabilística ampliando a

dimensão da amostra acerca do fenômeno compreendido. Decidimos então por este

método tendo como objetivo encontrar a solução de problemas ou gerar

transformação.

De acordo com Gil (1994.p.160), o Clima Organizacional pode dificultar o

envolvimento dos funcionários e assim se torna mais complicado a empresa saber

como realmente as pessoas se sentem. Alguns fatores como motivação e

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satisfação, tem que fazer parte da vida das pessoas que na organização trabalham

pra que haja otimização na produtividade.

É importante que a empresa desenvolva sistematicamente pesquisas sobre o

Clima Organizacional “de forma a”:

a) Constatar e analisar o comportamento dos funcionários para

estabelecer políticas em prol do desenvolvimento de um ambiente mais sinérgico.

Diante desses dados, a empresa poderá avaliar os efeitos da tomada de decisão;

b) Promover melhores relações de trabalho entre a alta direção e seus

subordinados;

c) Identificar os possíveis ruídos no processo de comunicação

organizacional;

d) Mensurar a eficiência da política organizacional. Os dados obtidos

podem ser utilizados para obter uma melhor compreensão acerca dos fatores que

intervém na motivação e satisfação do funcionário;

e) Promover a participação do funcionário na tomada de decisão da

empresa para melhorar a qualidade de vida no trabalho.

4.2 Tipo de Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, tendo em vista que os dados

coletados poderão ser de grande utilidade, tanto em nível de conhecimento da

realidade, como podem servir de base para futuras estratégias de relacionamento

com o público de interesse.

Para a realização dessa análise utilizaremos a pesquisa na modalidade

descritiva, observando o seguinte conceito: “... é a pesquisa que descreve o

comportamento dos fenômenos. É usada para identificar e obter informações sobre

as características de determinado problema ou questão”. (COLLIS e 26 HUSSEY,

2005, p. 24).

4.3 Participantes

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37

Por se tratar de uma pesquisa quantitativa e qualitativa a amostra se deu de

forma probabilística e não-probabilística, por conveniência, sendo escolhida a critério

do pesquisador. A escolha se deu por quatro fatores: existência de espaço para

melhorias, identificação dos possíveis problemas entre a gestão e o corpo funcional;

fatores que mais contribuem para a satisfação e motivação dos funcionários;

identificação dos possíveis efeitos das percepções negativas dos funcionários

acerca da política da instituição.

A organização não conta com setor de comunicação, nem de recursos

humanos o que me levou a mensurar o nível de motivação e satisfação destes para

implementar ações de comunicação organizacional envolvendo o clima interno e

externo de relacionamento com o público de interesse.

Considerando ainda a pesquisa de clima organizacional como um instrumento

para levantamento dos níveis de satisfação no trabalho. A alta administração

necessita de informações para medir o clima predominante na organização. Os

indicadores auxiliam na tomada de decisões, no sentido de prevenir ou até mesmo

resolver problemas que eventualmente foram identificados. A pesquisa apresentou a

sequência das etapas básicas do planejamento de políticas dentro da instituição por

meio dessas informações sobre percepções do corpo funcional. Através de

questionários e entrevistas mostramos a importância da realização da pesquisa de

clima organizacional dentro das organizações.

Como a organização conta com uma fragmentação de setores, separadas por

duas unidades distintas, uma de atendimento ao usuário e outra para captação de

recursos, observamos que cada um é responsável por uma parte de colaboração

significativa. Dessa forma, aplicamos a pesquisa por setores. No total foram duas

visitas. A primeira visita foi ao setor de telemarketing. No total foram 24 pessoas que

responderam ao questionário. Cerca de 19 funcionárias operadoras de

telemarketing, a supervisora responsável por elas, duas auxiliares administrativas,

um funcionário encarregado do registro das doações e um de serviços gerais que

compõe o corpo funcional da instituição no centro da cidade. Todos foram bem

receptíveis a minha presença na hora de aplicar o questionário, foi logo após a

confraternização de aniversário do gerente operacional na sexta-feira dia 23 de

maio. Tanto por parte da gerência, como também do corpo funcional

compreenderam a importância de se avaliar o clima organizacional para fazer as

mudanças necessárias na organização.

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38

O segundo encontro para aplicação da pesquisa se deu na sede da

instituição, onde atendem os usuários e trabalham cerca de 8 funcionários fixos,

contando com parcerias não fixas. São 6 voluntários de nutrição que

desempenharam no período de um ano, um projeto de extensão na ONG, foi a

primeira iniciativa de parceria com a faculdade de ciências médicas, que se finalizou

na segunda-feira dia 26 de maio. Foi interessante monitorar a efetividade do

programa de estágio na instituição. Recentemente foram contratadas duas

estagiarias de serviço social que estão na instituição desenvolvendo projetos

pesquisa, porém não consegui encontra-las para obter informações sobre o

processo de seleção das duas, nem aplicar a pesquisa com elas. No geral, foram 31

entrevistados, apliquei o questionário em um lugar reservado longe da alta direção, e

de cargos superiores aos dos entrevistados para que eles se sentissem mais à

vontade.

4.4 Procedimentos Metodológicos

Buscando abranger todos os públicos da organização, decidimos realizar

duas visitas para aplicação da pesquisa nas duas sedes da instituição em João

Pessoa. Segundo Chiavenato (1994), o Clima Organizacional é a qualidade ou

propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos

membros da organização e que influência no seu comportamento.

O clima organizacional é resultante das variáveis culturais que são

determinantes da satisfação ou insatisfação dos colaboradores para com a empresa.

Dessa maneira, escolhemos a pesquisa de clima organizacional para identificar os

processos de comunicação entre o relacionamento de funcionários, voluntários,

estagiários e a própria gestão administrativa da ONG para avaliar a percepção sobre

a política implantada.

Nos dois encontros foi perceptível um certo receio. Isso se mostrou

significativamente na quantidade de questionários subjetivos respondidos. De trinta

e um funcionários, apenas dezesseis responderam, sendo seis estagiários

voluntários de nutrição. Como o número de questões era extenso, intuitivamente

associamos ao cansaço devido a rotina de trabalho.

Porém como tivemos o apoio da presidente e sócio-fundadora na realização e

aplicação da pesquisa, alguns funcionários se sentirem mais à vontade em dar

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39

sugestões e críticas. A participação deles foi fundamental na identificação dos

problemas o que auxiliou no planejamento do programa de relações públicas para a

AEV.

4.5 Instrumento de Coleta de Dados

Quanto ao método de coleta de dados, considerou-se o questionário como

sendo de melhor aplicação, devido ao sigilo de identificação das pessoas. O

questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série

ordenado de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante sem

a presença do pesquisador. De acordo com o objetivo geral do projeto, pode-se

dizer que este constitui de natureza qualitativa e quantitativa.

Para Gil (1996) o questionário tem como objetivo o conhecimento das

opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, e situações vivenciadas

pelo corpo funcional da empresa. É uma técnica de investigação composta por um

número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas.

No caso em questão, foram vinte duas questões, sendo vinte e uma objetivas e uma

subjetiva.

4.6 Análise de Dados

O questionário aplicado continha 21 questões quantitativas e uma qualitativa,

para avaliar sugestões e críticas dos funcionários e voluntários nesse período de

trabalho desenvolvido na instituição. Diante disso, começamos a análise com as

propostas de melhorias dos funcionários. Mais da metade dos funcionários não

responderam essa última questão. Entretanto, os que responderam ajudaram a

complementar a análise dos itens avaliados nessa pesquisa. Uma boa parte dos

funcionários identifica a comunicação como principal ruído no processo de

percepção da imagem institucional diante dos públicos de interesse. Alguns

sugeriram em suas respostas que:

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40

A instituição deveria divulgar mais o trabalho para a sociedade, tanto para fazer-se conhecer mais, como para melhorar a relação com o doador, e melhorar o trabalho de captação de recursos, para não ser confundida com instituições de má fé.

Melhor comunicação entre os funcionários, organização, acompanhamento dos beneficiados, maior divulgação.

A instituição não trabalha o relacionamento com cada um dos seus públicos

de forma estratégica e segmentada. Pelos depoimentos, podemos observar uma

certa dificuldade no trabalho de captação de recursos, pois a ONG não usa

ferramentas de comunicação estratégicas para inserir o doador dentro da realização

de atividades. Não direciona o acompanhamento de seu trabalho, tanto por meio de

um convite para realizar uma visita institucional ou pela internet. O único contato que

a instituição tem de fato com o doador físico é pelo telefone, nos mostra uma relação

mais distante.

A página não é muito movimentada, o que dificulta o trabalho de

acompanhamento das atividades da instituição pela internet. O blog não é mais

utilizado pela AEV, sua última atualização foi no dia 31 de dezembro de 2013. O que

não acarreta transparência diante da percepção dos públicos e contribui para

construção de laços sazonais.

No questionário quantitativo, três questões abordam o tema de comunicação

da ONG AEV relativo a percepção do público interno. A partir delas, buscamos

identificar como souberam das atividades da instituição, quais os canais de

veiculação das atividades são efetivos e a avaliação do clima/periodicidade da

comunicação interna. Grande parte dos funcionários e voluntários, cerca de 55%,

consideram que a divulgação da instituição é muito fraca. A falta de um setor

específico ou de um funcionário que gerencie as demandas de comunicação denota

as deficiências comunicacionais de imagem e percepção diante de seu público

externo e interno.

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41

Gráfico 1: Divulgação da AEV

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

No gráfico 2, buscamos saber qual das alternativas abaixo está sendo efetiva

para divulgação do trabalho desenvolvido na instituição. As mídias são pouco

utilizadas e necessitam de um reforço maior para atingir otimização. Priorizar maior

periodicidade de atualizações e interações afim de mensurar o feedback de seu

público-alvo. A eficiência do poder das mídias se dá de forma estratégica para

construção da percepção dos públicos diante dos trabalhos da AEV.

Boa parte do público interno da instituição, cerca de 55%, conheceu os

trabalhos desempenhados por amigos que já conheciam o trabalho ou estavam

atuando dentro da instituição. Por falta de logística na construção de parcerias com

órgãos de comunicação para publicação de notas ou de acontecimentos na

instituição, a AEV perde oportunidade de alcançar mais pessoas em prol da sua

missão organizacional. Porém, o setor do telemarketing tem suprido esse quesito, o

que não faz muita diferença investir na divulgação de rádio, TV e jornal.

A divulgação é muito fraca

55%A divulgação é regular

29%

A divulgação é boa 13%

A divulgação é muito boa

3%

Como você avalia a divulgação da AEV relativa ás politicas, ao trabalho

desempenhado, os objetivos, metas e resultados obtidos junto a população em

geral?

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Gráfico 2: Canal de veiculação das atividades da AEV

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

No gráfico 3, buscamos avaliar o clima interno entre a alta direção e os

funcionários. Nas visitas, um dos problemas que identificamos era a falta de

conhecimento do corpo funcional dentro da instituição por parte da administração,

visto que, quando perguntei o número de funcionários, não sabiam exatamente

responder a quantidade exata.

A alta administração se reúne apenas com funcionários administrativos para

passar direcionamentos. Como também gerencia a tomada de decisão dos grandes

conflitos que existem em torno das demandas da instituição. Dividida pela

presidente, um gerente operacional, uma auxiliar administrativa, e a supervisora da

equipe de telemarketing. Os funcionários de nível hierárquico baixo não participam

ativamente de tomadas de decisão, e nem exercem autonomia para tal.

Notamos que não existia ferramentas de comunicação interna, como por

exemplo, um quadro de avisos ou quadro-mural, uma caixa de sugestões. As

Boca-a-boca, ouvi de amigos

que já conheciam

55%

Pela página na internet, vi os

trabalhos desempenhados

na página do facebook e blog

3%

Pelo jornal, rádio ou tv 6%

Não sei 36%

Por onde você conheceu os trabalhos desempenhados pela Associação Esperança

e Vida?

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43

informações são passadas quando há necessidade, não tendo um padrão de

periodicidade estabelecido.

Portanto, não existe um diálogo direto com todos os funcionários ou algum

momento em que todos estejam reunidos por meio de reuniões setoriais. Na análise

da questão qualitativa, percebemos que se sentem pouco envolvidos com o que

acontece dentro da instituição e nas tomadas de decisões. Cada funcionário fica

recluso ao seu setor.

Gráfico 3: Comunicação Interna

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Cerca de 39% dos funcionários avaliam a comunicação como muito ruim, pois

ela é inexistente. O que acarreta ruídos diante da padronização de serviços de

atendimento ao público, a adaptabilidade no ambiente de trabalho, e a integração

deles na construção de relações interpessoais. No questionário qualitativo, um

funcionário comentou em uma de suas sugestões a importância de integrar a equipe

por meio de reuniões setoriais: “Reuniões trimestrais para melhorar a comunicação

entre os empregados e para o crescimento da instituição”.

A cultura da AEV é afiliativa. Porém, a gestão administrativa é tradicional, um

cargo superior, faz com que a colaboração dos funcionários seja por meio de

demandas, outros por meio de metas a serem alcançadas. Os funcionários não

enxergam com clareza as diretrizes institucionais. Não têm conhecimento claro da

visão, dos valores e dos símbolos que são primordiais para a aceitação ou

adaptação comportamental no ambiente de trabalho. Na questão qualitativa, um

funcionário enfatiza reconhecimento informal como fator para motivação no

ambiente de trabalho: “Que independente de meta sejamos mais elogiados pela

Muito Boa 3%

Boa 22%

Razoável 26%

Ruim 10%

Muito ruim 39%

Como você avalia a comunicação interna:

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44

própria supervisora, pois estamos para nos esforçarmos no trabalho independente

de meta”.

Ilustra as práticas e ações de uma gestão tradicional. Uma instituição de

liderança insere seu funcionário dentro da sua realidade, reconhece sua colaboração

e seu comprometimento, estimula a descentralização, e promove a participação dos

contribuintes nas decisões. A comunicação tem sido o principal problema

demarcado nessa pesquisa.

Por falta de práticas estratégicas para integração da equipe funcional

impossibilita alcançar um nível de otimização para o desenvolvimento do trabalho

interno, como também externo. Algumas sugestões dos funcionários reforçam

algumas questões abordadas na ineficiência da atual gerência de relações humanas

dentro da instituição:

Averiguar com provas nítidas o trabalho dos funcionários, maior comissão, maior divulgação da AEV, melhor reconhecimento no trabalho.

Que a instituição faça mais divulgação do seu trabalho, e escute mais

opiniões dos funcionários com relação a melhoria da empresa. Que faça palestras com todos os funcionários promovendo um momento no qual eles se sensibilizem com a causa.

Na minha opinião, deveria haver mais comunicação e mais

reconhecimento. Por parte da gerência e dar mais motivação aos funcionários, porque trabalhamos não só com deveres mais com motivação, crescimento e principalmente reconhecimento. Gosto muito de trabalhar na parte social é muito gratificante fazer ao menos um pouco para pessoas que merecem muito mais e que a empresa continue com esse trabalho e tenham mais condições de fazer muito mais.

A instituição deveria procurar mais profissionais ou voluntários para

participar da mesma.

Precisamos com urgência de fardamentos, para identificação e divulgação da AEV. Proponho que seja dado, pois não cabe em nosso orçamento.

O sistema de reconhecimento não têm sido eficiente, por mais que haja uma

bonificação que estimula a competitividade, apenas o setor de captação de recursos

recebe esse benefício. Entretanto, não têm sido efetivo para melhorar o clima

organizacional. Os funcionários não têm autonomia para propor melhorias. É

necessário integrar a equipe de trabalho para se sentirem mais motivados,

reconhecidos. A medida que todos demonstram estar satisfeitos com realização do

trabalho na instituição.

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45

Nessa primeira experiência de aproximação com a comunidade acadêmica,

observamos que relativo ao relacionamento construído com os estagiários havia

falhas significativas de comunicação. Eles realizaram seu projeto de extensão no

período de um ano. Em meados do final de maio desse ano concluíram suas

atividades na instituição, coincidentemente caiu no dia da aplicação dessa pesquisa.

Foi importante para monitorar a eficácia do programa de estágio e do próprio

convênio estabelecido com a Faculdade de Ciências Médicas. Os estagiários no

questionário qualitativo abordaram algumas dificuldades enfrentadas na execução

de suas atividades, devido à falta de integração e envolvimento com a gestão

administrativa:

Como a troca de assistente social na instituição, é por vezes, frequente, creio que profissionais deveriam além de estar integrado das questões burocráticas, deveria acolher melhor os grupos voluntários, visto que por vezes não fomos incluídos nas atividades que realizamos aqui.

O trabalho que tive oportunidade de realizar na AEV foi de grandioso aprendizado para o meu curso e para a vida, não tenho como elencar o quanto foi bom. Acredito que se outros tivessem essa experiência seria melhor, no entanto, voluntariado e comprometimento não é desejo de todos. Neste tempo presenciei uma alteração na administração, que fez uma falta enorme, pois a que lhe sucedeu não detinha do conhecimento burocrático. Sugiro que divulguem mais ainda o trabalho nobre da associação para que tenham mais laços inquebráveis e duradouros.

A rotatividade de funcionário nesse período foi um problema constatado,

foram três profissionais em menos de um ano que passaram pelo setor social. Um

mês antes de concluírem o projeto foi contratada uma nova assistente social, pois a

anterior passou em um concurso e não pode mais exercer sua função dentro da

organização. O que provocou ruídos de comunicação com o trabalho desenvolvido

pelos alunos de nutrição no projeto de extensão.

A falta de um treinamento de capacitação, observamos que não ficou muito

claro como se dá esse processo com a entrada de novos funcionários. Entretanto,

todos estão satisfeitos com o trabalho que a instituição dá aos usuários portadores

de câncer. É notório que ações de comunicação e recursos humanos otimizaria o

relacionamento com o público interno e externo. Em relação ao convênio, é

imprescindível que a instituição se proponha à aderir práticas de integração aos

próximos estagiários para que não aconteça ruídos na comunicação e percepção

deles diante da imagem institucional da AEV.

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Gráfico 4: Tempo de trabalho do corpo funcional na AEV

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

A instituição tem apenas 3 anos de atuação em João Pessoa. É notável que

no seu desenvolvimento, quando fora inaugurada, surgiram novas necessidades e

demandas. Com 36% de funcionários a desempenhar suas atividades em menos de

um ano, analisamos que a ONG promove uma significativa circulação de

funcionários. A maior dificuldade é fidelizar colaboradores por mais tempo de

serviço, visto que, apenas 19% estão desempenhando seus trabalhos desde o

surgimento. Saíram e entraram muitas pessoas na instituição, a rotatividade é

recorrente.

Gráfico 5: Distribuição de funcionários por gênero e cargo

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

3 anos19%

1 a 2 anos45%

Menos de 1 ano36%

Há quanto tempo você trabalha na ONG AEV?

Masculino 13%

Feminino 87%

Distribuição de Funcionários por

Gênero

Voluntário 19%

Funcionário 81%

Distribuição de Funcionários por

Cargo

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Grande parcela dos funcionários são do sexo feminino, representando cerca

de 87% da população mensurada na aplicação dessa pesquisa. É notório pouca

participação de grupos voluntários, pois o corpo funcional contém mais funcionários,

com 81%, do que voluntários, com 19%. Isso advém de uma falta de planejamento

estratégico para atingir os estudante de saúde e humanas afim de agregarem valor

aos serviços da AEV.

A parceria com a comunidade acadêmica que a instituição possui é por meio

de um convênio estabelecido com a faculdade de ciências médicas. Fortificar os

laços com a comunidade acadêmica deve ser uma estratégia recorrente para

ampliar o atendimento ao usuários e agregar valor as atividades da casa.

Gráfico 6: Distribuição de funcionários por atividades

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Cerca de 52% dos funcionários captam recursos financeiros para a instituição,

26% dá assistência ao tratamento dos usuários e 18% lida com a parte

administrativa. É notório que a organização necessita ampliar seu foco de

atendimento ao usuário, pois ela possui uma dificuldade para se manter devido a

parcerias não consolidadas. A maior parte de seu corpo funcional é voltado para

sustentar a continuidade do trabalho.

Capta os recursos para instituição

52%

Dá assistência ao tratamento dos

usuários 26%

Lida com a parte administrativa da

instituição 16%

Serviços gerais (limpeza, vigia, manutenção, cozinha, etc)

6%

Distribuição de Funcionários por Atividades

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Gráfico 7: Distribuição de funcionários por grau de escolaridade

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

O corpo funcional da instituição conta com uma quantia majoritária de

funcionários que concluíram o ensino médio. Outros estão em busca de se

profissionalizar buscando o ensino superior. A instituição não possui um setor

estruturado de recursos humanos.

Falta uma política de planos de carreiras e de cargos para reconhecer a

capacitação profissional e desempenho dos funcionários estimulando-os a mudarem

de função e continuarem exercendo seu papel dentro da ONG.

Nos gráficos abaixo, observei que 61% considera bom o relacionamento

interpessoal mediante a equipe. O que denota uma média razoável. Cerca de 42%

dos funcionários consideram realizados com o trabalho que desempenham. Outros

26% constam uma dificuldade em definir um nível de realização do trabalho.

Como havia sido mencionado anteriormente nos depoimentos qualitativos, os

funcionários são pouco envolvidos com as diretrizes para adaptabilidade do

ambiente de trabalho.

Não Alfabetizado 3%

Ensino Médio Completo

55%Ensino Médio

Incompleto 7%

Superior Incompleto

32%

Especialização 3%

Distribuição de Funcionários por Grau de Escolaridade

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Gráfico 8: Relacionamento interpessoal e Realização profissional

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Gráfico 9: Reconhecimento do trabalho

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Não existe nenhum instrumento de controle interno utilizado por parte da

gestão atual da ONG que mensure o nível de reconhecimento do trabalho ou apenas

estimule o reconhecimento. As metas por dia, por parte da captação de recursos, no

qual representa a maior parte do corpo funcional da instituição, são de 80 reais. A

parte de telemarketing é composta por 24 mulheres, e uma supervisora que exerce

função administrativa do setor. A carga horária é de 6 horas de trabalho.

Cerca de 52% dos funcionários se sentem reconhecidos no trabalho, pelo fato

de existir uma bonificação no contracheque por meio de quantidades arrecadadas.

Excelente 20%

Bom 61%

Mais ou

menos 19%

Relacionamento interpessoal

Muito realizado

32%

Realizado

42%

Mais ou menos

realizado 10%

Pouco realizado

6%

Não sei 10%

Realização profissional

Muito reconhecido 12%

Reconhecido 52%Pouco reconhecido

9%

Muito pouco reconhecido

12%

Nada reconhecido

3%

Não sei 12%

Reconhecimento do trabalho

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Porém, 36% dos funcionários reconhecem que não há uma política voltada por parte

da gestão ou algum mecanismo de controle interno. A supervisora é encarregada do

setor de telemarketing, ela realiza diálogos semanais com o gerente operacional e a

presidente da instituição. O pilar da instituição está no setor de telemarketing que é o

motivo pelo qual a organização sobrevive.

Gráfico 10: Autonomia no trabalho

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Grande parte dos funcionários não possuem autonomia para propor

melhorias. Não existe nenhum momento específico que estimula os funcionários a

expressar suas ideias ou algum instrumento de comunicação interna. Observamos

pouca participação nas tomadas de decisão em relação a um melhor

Muito satisfatória 16%

Satisfatória 28%

Mais ou menos satisfatória

41%

Pouco satisfatória 9%

Não sei 6%

Autonomia para propor melhorias

Muito satisfeito 13%

Satisfeito 32%

Mais ou menos

satisfeito 39%

Pouco satisfeito 3%

Nada satisfeito 3%

Não sei 10%

Em termos de sentir que suas ideias são ouvidas pela instituição, você está:

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desenvolvimento do clima de trabalho ou do próprio envolvimento com a alta

direção.

Cerca de 41% dos funcionários se sentem mais ou menos satisfeitos com o

quesito da autonomia dentro do seu setor de trabalho e 39% deles mais ou menos

satisfeitos em opinar a respeito do clima organizacional.

No gráfico abaixo, cada funcionário/voluntário da instituição iria elencar três

critérios como os principais motivos para estarem na instituição, foram escolhidos 12

principais critérios de motivação para o questionário: Oportunidade de crescimento;

Integração da equipe de trabalho; Autonomia; Estabilidade no emprego; Gostar do

que faz; Salário somado a benefícios; Imagem da instituição; Participação das

decisões; Ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa; Ser ouvido;

Nada; e Outro.

Por meio da mensuração dos resultados, os principais critérios que motivam

a grande maioria dos funcionários são: Gostar do que faz, Oportunidade de

crescimento e a Integração da equipe de trabalho. Na probabilística, 23% está

desempenhando seus serviços por gostarem do que faz, 19% pela oportunidade de

crescimento profissional dentro da ONG, e por fim, 15 % pela integração da equipe

de trabalho.

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52

Gráfico 11: Motivação

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

42% dos funcionários no quesito salarial reconhece que o salário é baixo,

porém está compatível com a função. O nível de satisfação salarial é de 29%. É

perceptível que todos estão atuando na instituição pela sua missão organizacional.

A maior parte do corpo funcional da instituição é de funcionários contratados,

aplicamos questões mais voltadas para essa realidade que objetiva um foco de

satisfação salarial e do ambiente de trabalho. Ilustrado nos gráficos abaixo.

Oportunidade de crescimento

19%

Integração da equipe de trabalho

15%

Autonomia 3%

Estabilidade do emprego

2%

Gostar do que faz 23%

Salário somado a benefícios

3%

Imagem da instituição

3%

Participação das decisões

2%

Ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa

11%

Ser ouvido 7%

Nada 1% Outro

11%

Motivação

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53

Gráfico 12: Satisfação salarial

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Propomos questões relacionadas à rotatividade de funcionários, por ser

frequente. Buscamos identificar quais oportunidades universais fariam com que o

funcionário decidisse optar por trabalhar em uma empresa privada ou em outra

instituição sem fins lucrativos.

Em relação a oportunidade de trabalho em outros lugares, observamos que o

tempo de duração dos funcionários no trabalho é de curta duração. Torna

perceptível que a ONG têm uma certa dificuldade de fidelizar seu colaborador. Cerca

de 61% dos funcionários consideram que teriam facilidade em conseguir em outras

empresas o mesmo salário que na AEV.

meu salário é injusto e baixo pelo que faço

7%

meu salário é baixo mas está compatível ao

que faço 42%

meu salário está abaixo da média

do mercado 3%

estou satisfeito com meu trabalho

29%

não recebo salário, sou

apenas voluntário e estou satisfeito

com meu trabalho

19%

Distribuição por satisfação salarial

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Gráfico 13: Oportunidades de emprego em outras empresas

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Gráfico 14: Salário como elemento de motivação no ambiente de trabalho

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Gráfico 15: Oportunidade salarial em uma empresa privada

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Sim 61%Não

3%

Seria muito fácil 7%

Não sei responder

29%

Você considera que teria facilidades de conseguir em outras empresas o

mesmo salário que na AEV?

Considero muito 26%

Considero pouco 29%

Considero 32%

Não considero 13%

No ambiente de trabalho você considera que o salário é o elemento

que mais motiva o funcionário?

Sairia certamente

13%Talvez saísse 19%

Não sairia 45%

Certamente não sairia

23%

Por um salário igual ao que você recebe, você sairia da AEV para

trabalhar em uma empresa privada?

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55

45% dos funcionários não sairiam da ONG para trabalhar em outra empresa

recebendo o mesmo salário. Cerca de 32% dos funcionários consideram o salário

como elemento que mais os motivam a desempenhar sua contribuição.

A ONG lida com a valorização do capital humano. Levando isso em

consideração, é interessante para a AEV estabelecer uma política de valorização do

funcionário. Ela irá auxiliar as deficiências que a instituição não pode arcar, como

exemplo, o aumento salarial. Envolver o funcionário diante dessas limitações é um

dos rumos a ser traçado no planejamento.

Por fim, na última questão dessa pesquisa, avaliamos o nível de satisfação

em todas as variáveis levantadas. Cerca de 61% do público interno da instituição

está satisfeito com seu trabalho. Apesar da instituição ter dificuldade em diversos

aspectos para gerir e direcionar uma melhor aproximação com o funcionário e

envolver a participação deles na tomada de decisão.

Esse modelo precisa ser reformulado para otimizar o relacionamento com os

funcionários, estruturar uma imagem da instituição diante de seu público de

interesse e fortificar laços inquebráveis e duradouros com colaboradores e parcerias.

Gráfico 16: Satisfação no ambiente de trabalho

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Muito satisfeito 13%

Satisfeito 61%

Pouco satisfeito

16%

Não estou satisfeito

10%

Considerando todas as suas respostas com relação as variáveis levantadas, em termos gerais de satisfação no trabalho, como você

se sente:

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5. DIAGNÓSTICO

No curso deste trabalho, o diagnóstico nos permitiu conhecer mais

profundamente o funcionamento da ONG AEV. De que maneira são planejadas as

ações de comunicação na organização, possibilitando identificar os problemas que

inviabilizam a sua eficiência.

A relação desenvolvida com seus usuários foi baseada essencialmente nas

relações interpessoais, não havendo preocupação em planejar sistematicamente

ações de divulgação, aproximação ou informação com os stakeholders. Essa

relação mantida de forma individualizada reflete em muito a cultura da instituição

que prioriza o cuidado pessoal e a excelência no atendimento. A instituição não

pode arcar com uma demanda que sua capacidade estrutural não comporta no

momento.

Um dos principais problemas constatados é a falta de um pensamento

estratégico para estruturar laços inquebráveis com parcerias institucionais, visto que,

sentimos falta de ações direcionadas ao público de interesse da instituição por

serem laços sazonais. Como também buscar maneiras de aproximar, envolver e

inserir esse público nas políticas, metas, objetivos, atividades da instituição. Uma

aproximação requer uma fortificação dos laços com os doadores físicos,

colaboradores, instituições parceiras que auxiliariam na otimização do trabalho

desenvolvido e na sobrevivência da ONG AEV.

A organização não possui verba para comunicação, como também não possui

uma verba para poder estruturar um setor voltado para tal, pois os altos custam vêm

do tratamento especializado aos usuários beneficiados que são a razão de ser da

organização. Essa dificuldade de percepção dos públicos de interesse e da falta da

aproximação advém de uma melhor divulgação de suas ações para conhecimento

da população em geral e atrair potenciais doadores e parcerias. A organização não

usa suas mídias sociais de forma estratégica dificultando essa relação de

aproximação com o público.

Relativo a sua identidade visual, a instituição necessita providenciar recursos

para aplicabilidade dos fardamentos e crachás, por isso estimular uma identificação

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com os valores e simbologias da instituição por parte de seu público interno e

externo. As duas medidas inserem os funcionários dentro do contexto institucional.

A comunicação interna necessita de um maior cuidado, visto que, os

funcionários são porta voz da instituição. Os instrumentos de controle interno são

necessários para valorização e reconhecimento de seus funcionários e para que

estimulem também um grau de proximidade maior. Devem ser aplicados propondo

uma melhor autonomia dos funcionários para manter a integração harmônica do

clima organizacional. Além de promover um maior envolvimento destes com o que

acontece dentro do contexto organizacional por meio de reuniões. Utilizar

instrumentos que aproxime os laços internos entre funcionários e alta direção, pois

sentimos pouca sensibilidade na relação entre contratante-contratado. Os próprios

contribuintes citaram nas sugestões da questão qualitativa da pesquisa de clima

organizacional.

Há uma rotatividade de funcionários, principalmente no último ano, do setor

social, que é responsável por uma grande demanda de articulações para a

instituição. A AEV não utiliza instrumentos de controle para fidelizar seus

colaboradores boa parte do corpo funcional é recente na instituição.

Não ficou claro como a instituição lida com o treinamento e capacitação de

funcionários na parte social. Nos depoimentos dos estagiários, eles mencionaram

dificuldades de executar seus serviços pela falta de instrução da assistente social

nos recursos burocráticos e articulações que a instituição está envolvida.

A organização têm uma urgência em desenvolver um processo de

recrutamento de voluntários ampliado as áreas de saúde e humanas, envolvendo

mais a comunidade acadêmica na atuação dos serviços prestados aos usuários

beneficiados. Os usuários necessitam de serviços de assistência no tratamento de

fisioterapia, como também fora constatado uma necessidade de aprimorar o corpo

funcional de voluntários no serviço social prestado.

É nesse sentido que para a AEV se torna necessário o desenvolvimento da

gestão estratégica de sua comunicação, no intuito de estabelecer e ampliar relações

firmes e confiáveis com seus públicos de interesse, divulgando suas ações e sua

missão. A partir deste ponto poderá divulgar estrategicamente seu comportamento

organizacional fortalecendo assim seu posicionamento institucional frente a seus

públicos.

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6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 Terceiro Setor

O conceito de Terceiro Setor é algo recente na ordem sociopolítica

contemporânea, nos quais os setores públicos e privados delineiam com mais

clareza seus alcances e limitações. Tradicionalmente eram apresentados de forma

bem distinta dos setores públicos e privados. O estado, a administração pública e a

sociedade formavam uma frente e do outro lado o mercado, a iniciativa privada e os

indivíduos. Entre eles, havia conflitos por questões de limites e invasões de território

(PAES, 2001, p. 67).

Segundo Bueno (2003), o terceiro setor é responsável por 5% ou mais do PIB

mundial. Dessa maneira, levando em consideração todo o processo histórico do

surgimento das ONGs na América latina, a sua importância no Brasil não tem tanta

expressão como em outros países desenvolvidos, apesar de existir um crescimento

de associações que prestam assistência. Elas surgiram em oposição ao governo, e

ao estado de autoritarismo, promovendo uma nova forma de pensar e agir. Segundo

Ruth Cardoso (1997, p. 43):

Haviam surgido em um contexto de regimes militares, como alternativa ao fechamento do sistema político e seu principal propósito era o de manter espaços de ação cidadã e de defesa de certos valores democráticos. Tinham um caráter transitório, devido aquele momento histórico cuja tendência seria a de desaparecer, quando fosse retomada a democracia, e com ela, as formas tradicionais de representação e participação, tais como partidos políticos e sindicatos.

A política de assistência tomou uma nova direção após o ingresso da

democracia. A responsabilidade social e democrática foi injetada por essas

instituições aos grupos minoritários que estão à margem das políticas estatais. O

Terceiro setor na América Latina passou a integrar essa bandeira como missão

organizacional.

O que caracteriza uma organização do Terceiro setor, de acordo com o

Handbook on Non – Profit Institutions in the System of National Accounts (Manual

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sobre as Instituições Sem Fins Lucrativos no Sistema Nacional de Contas)1

desenvolvido pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas em conjunto com a

Universidade Johns Hopikins, estas instituições são pessoas jurídicas:

1) Institucionalizadas: constituídas legalmente;

2) Privadas: não integrantes do aparelho do Estado;

3) De fins não lucrativos: não distribuem lucros para os seus administradores

ou dirigentes;

4) Autônomas: gerenciam suas próprias atividades;

5) Voluntárias: podem ser constituídas livremente por qualquer pessoa ou

grupo de pessoas.

Portanto, para que uma entidade seja definida como instituição sem fins

lucrativos é necessário que reúna, simultaneamente, todas estas características. No

Terceiro Setor estão as ONGs (Organizações Não Governamentais) entidades

filantrópicas, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público),

Organização sem fins lucrativos e outras formas de associações civis sem fins

lucrativos.

Hoje o terceiro setor se relaciona com o capital privado e público para

promoção de sua subsistência. Necessita carecer de um olhar mais atencioso na

construção de seus relacionamentos por ser um setor da convergência de interesses

e transitar por várias camadas. De acordo com Ruth Cardoso (1997, p. 22): “As

fundações podem ser catalisadoras, mas não podem fazer tudo sozinhas. Podem

ser a inspiração, o catalisador, o motivador, mas, uma vez concretizada uma

parceria entre governo e setor civil, muitas oportunidades novas podem ser criadas”.

Observando esse panorama, e adequando ao ponto de vista das relações

públicas, Bueno (2003, p. 89) afirma:

A empresa é uma parceira importante do processo de formação da imagem de uma organização perante determinados públicos e a própria sociedade. O relacionamento com os meios de comunicação requer planejamento adequado, capacitação profissional e, sobretudo, ética e transparência como atributos indispensáveis.

O profissional de Relações Públicas tem hoje no terceiro setor uma grande

oportunidade de posicionar-se de forma qualificada e inovadora como mediador dos

relacionamentos. Através de seus conhecimentos, da análise ambiental, da

1 NOVA YORK, 2003, p. 27

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aplicabilidade de um planejamento estratégico, ele alcança de forma eficaz o seus

objetivo das instituições. É essencial direcionar a comunicação ao público de

interesse usando a ferramenta adequada no lugar e momento certo.

6.2 Atuação das Relações Públicas no Terceiro Setor

Segundo Kunsh (1997, p. 15), toda e qualquer organização deve ter seus

objetivos delineados com os interesses do público a ela vinculado para que sua

comunicação seja sistematizada. Integrar as atividades comunicacionais em favor da

concretização da sua missão organizacional. Esse processo comunicacional interno

estando em harmonia com o sistema social mais amplo, propicia não só um

equilíbrio, como também o surgimento de mecanismos de crescimento.

Se posicionando em favor da missão organizacional, as Relações Públicas

proporciona esse crescimento diante da sociedade, auxiliando as necessidades

existentes no setor comunicacional de organizações do Terceiro Setor. É um dos

elos principais para gerir o relacionamento com o público de interesse. As ONGs

principalmente por não ter uma política voltada ao pensamento estratégico da

construção de relacionamentos, e sabendo que isso é importante para sua

subsistência, necessita de um olhar de um profissional qualificado para convergir

seus interesses. Por meio de uma análise ambiental, as políticas adotadas para a

comunicação serão efetivas.

Segundo Lesly (1995, p. 46), é imprescindível conhecer seus públicos, saber

como atingi-los e que ferramentas utilizar no estabelecimento das políticas

comunicacionais:

Toda organização precisa saber o que está acontecendo com os grupos que a influenciam e como atingir os diversos públicos com os quais lida. O grau de complexidade e de uma sociedade pode ser medido em termos de quantas informações, opiniões e conhecimentos especulativos são necessários para mantê-la operando com um razoável grau de consistência.

As organizações do terceiro setor enfrentam muitas dificuldades por já

prestarem assistência social. O papel que o Estado deveria desempenhar na

assistência a pessoas em estado de vulnerabilidade social. É interessante que se

estabeleça ações de geração de renda para manter a sobrevivência dessas

associações. A melhor forma é se relacionando com o governo e o capital privado.

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Muitas organizações não possuem setores de comunicação, como também não se

relacionam diretamente com a mídia e nem de forma estratégica com seus públicos

de interesse.

Buscar credibilidade e transparência nessas relações passando confiabilidade

no trabalho desenvolvido por essas instituições, é nesse sentido, que se deve

priorizar a comunicação. A atuação do profissional de Relações Públicas nesse

contexto é o de diagnosticar os possíveis ruídos da percepção dos públicos da

imagem institucional, planejar estratégias a fim de atingir os objetivos da missão

organizacional, coordenar as ações necessárias para promoção da imagem e

monitorar o feedback das mensagens enviadas a todos os públicos participantes

desse processo comunicacional. Segundo Antônio Vasconcelos e Celso Oliveira

(apud KUNSH, 1997, p. 128):

A comunicação dirigida é uma forma de comunicação humana destinada a propiciar maior interação entre pessoas e grupos, pois quanto mais direta for melhor será o resultado de qualquer comunicação. Na comunicação dirigida o comunicador e receptor se identificam. O código empregado é o mais adequado para ambos, o conteúdo é destinado a perdurar no tempo e as mensagens são programadas para atingir toda a audiência.

As ferramentas de comunicação precisam ser melhor utilizadas pelo

profissional, dessa forma, não pensando em atingir a massa, mas sim direcionando

ações aos públicos que estão em torno da organização. É um quadro sistêmico, a

definição das políticas deve ser segmentada e sistematizadas, classificando os

públicos, criando e elaborando diretrizes e mensagens adequadas de acordo com

suas expectativas e interesses (FERRARI, 2009).

6.3 Planejamento Estratégico de Comunicação para o Terceiro Setor

A reputação e imagem de uma organização é de suma importância para o

estabelecimento de parcerias e laços duradouros para manter a sua funcionalidade.

As organizações que constituem o Terceiro setor precisam pensar de forma

estratégica, bem como estabelecer sua política de comunicação. Fortalece a relação

com o público para promoção e identificação de sua imagem institucional.

Levando isso em consideração, o planejamento estratégico ele é

segmentado, dirigido a cada público em especifico, as ferramentas promoverão a

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imagem institucional. A medida que se estabelece essas políticas, as mensagens

precisam ser enviadas no canal adequado para que consiga atingir seu objetivo.

Portanto, há necessidade de monitorar essas respostas diante das expectativas

depositadas.

O público é cada vez mais exigente em relação ao comportamento e cultura

organizacional. É importante que se crie um ambiente favorável a opinião pública

para criar esse vínculo de identificação. Dessa forma, envolve cada vez mais o

público com as ações institucionais e participação da tomada de decisão. Trabalhar

de forma transparente gera confiabilidade na construção desses relacionamentos, e

consequentemente a identificação. É nesse contexto que deve ser elaborado o

planejamento estratégico de comunicação para o terceiro setor. Bueno entende que

o planejamento deve ser estruturado para a internet por ser um mecanismo de baixo

custo para a estruturação da comunicação nessas instituições:

Embora haja diferenças importantes quanto á estrutura, particularmente de comunicação, dos diversos componentes do terceiro setor, não há dúvida de que seu “poder de fogo” reside na sua capacidade de divulgação e de mobilização pela internet. Sobretudo para organizações menores, com poucos recursos, a internet tem propiciado condições para um trabalho efetivo, permitindo a disseminação de suas ideias, seja pelos sites próprios, seja pela participação de seus representantes em grupos de discussão que se multiplicam pelo mundo todo. (BUENO, 2003, p. 143-144)

Kunsch (1997, p. 58) afirma que o planejamento estratégico é um processo

contínuo e sistemático que direciona o melhor aproveitamento das oportunidades

para aplicabilidade dos resultados desejados. É por meio de um processo de análise

ambiental que se constituíra o desencadear das mudanças necessárias para criar

um ambiente propício e favorável no curso das ações institucionais.

Para se chegar a essa análise organizacional, é necessário conhecer os

passos das instituições e suas políticas internas. Fazer um levantamento dos

problemas setoriais que definem os ruídos de sua operacionalização. Através dessa

investigação, é fundamental conhecer as opiniões de todos envolvidos no processo

para avaliar as mudanças necessárias que irão otimizar o ambiente organizacional.

Portanto, suas diretrizes organizacionais têm de ser divulgadas de forma precisa e

clara para conseguir atingir essa empatia/identificação com a seriedade do trabalho

desenvolvido por essas instituições.

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64

6.4 A Construção da Imagem Institucional no Terceiro Setor

A forma pela qual as organizações planejam estrategicamente a construção

eficiente de sua imagem será diretamente proporcional ao comportamento e aos

hábitos que essas organizações têm diante do ambiente que se relaciona. Para a

construção de relacionamentos mais duradouros, as organizações têm que levantar

variáveis que formulam sua imagem em seus variados públicos.

Segundo Vaz (1995, p. 53-54) a imagem é um conjunto de ideias que o

público tem ou assimila a respeito de algo, dessa forma, as ideias que estão

constituídas no público como algo verdadeiro é resultado de diversas variáveis que

consequentemente constituem as suas crenças para decidirem se a organização

merece ou não sua simpatia e apoio.

Diante disso, existe uma tendência para que as pessoas sejam mais

resistentes na mudança de uma imagem já formulada. A falta de informação, os

hábitos, o respeito pelo passado são alguns indicativos que ilustram que nós não

nos adaptamos com facilidade à mudanças. Principalmente no quesito da

construção da imagem institucional. Por isso, é de extrema importância que as

organizações saibam lidar no gerenciamento de seus relacionamentos por ser

fundamental na percepção do seu público de interesse. Gil Nuno Vaz (1995, p. 60)

afirma que:

Uma organização sem fins lucrativos, no curso de suas atividades, também defronta muitas vezes com a necessidade de reformular conceitos e posturas, por conveniência ou pressão de novas circunstâncias que ameaçam sua posição na sociedade.

Nesse sentido, esse ajuste ideológico é algo que está caracterizado por

mudanças de hábitos institucionais para promover uma aproximação direta com seu

público de interesse na formulação de sua imagem. A sobrevivência está na viés

mercadológica, as organizações do terceiro setor precisam de recursos e de táticas

para pensar estrategicamente sua comunicação.

Marchiori (2008, p. 83) entende que a organização é composta por

construções sociais e formada por redes de relacionamento humano entre o público

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interno e externo, são esses os fatores que proporcionam o nascimento da imagem

organizacional.

6.5 O Audiovisual como Instrumento de Comunicação para as Organizações do

Terceiro Setor

A escolha pelo audiovisual é entendida como uma opção vantajosa por

acionar a confiabilidade visual proporcionada pela imagem. É uma poderosa

ferramenta para auxiliar um discurso sensorial amplo a percepção do público. Torna

as atividades realizadas mais transparentes, e com isso, a identificação das

diretrizes.

Santoro (1989, p. 31) acredita que a tecnologia do vídeo constrói espaços

democráticos no processo de comunicação da expressão popular. O vídeo amplia o

debate de discursão de determinado tema ou de uma realidade social. Para o

terceiro setor isso é estratégico, pois as empresas modernas se interessam em fazer

investimentos em causas sociais.

O audiovisual é uma ferramenta de excelência, dependendo da forma que for

realizado e a que público ele é direcionado. Segundo Serra (1986, p. 16), o vídeo é

destinado prioritariamente ao público externo. Seu principal objetivo é difundir a

imagem da instituição de forma atraente e comercializável. Porém, no contexto do

terceiro setor, esse tipo de imagem comercializável seria voltado para a captação de

recursos, pois as ONGs utilizam desse mecanismo do marketing mercadológico para

sobreviverem dando continuidade ao processo de sua funcionalidade. Ruth Cardoso

(1997, p. 30) entende que “(...) o terceiro setor é co-extensivo com o mercado”. Vaz

(1995, p. 65) afirma no processo de funcionalidade do terceiro setor que:

Muitas vezes as técnicas do marketing empresarial são empregadas pelas organizações sem fins lucrativos como meio de canalizar recursos para suas atividades. Um esforço para sensibilizar o público, engajado ou não na causa da entidade, no sentido de ajudar na manutenção e continuidade do trabalho.

Um aspecto interessante a ser considerado pelas instituições do Terceiro

setor é a linguagem adequada em seu discurso institucional para promoverem a

sensibilização da causa, por meio do vídeo esse processo se mostra de uma forma

mais espontânea, clara e coerente. Moutinho (2000, p.130) entende que o vídeo é

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um dos veículos mais importantes entre as organizações e seu relacionamento com

os vários públicos em seu entorno, pois têm um grande poder de atração para todos

os tipos de audiência. Bueno (2003, p. 145) afirma:

Como maior parte da receita das organizações do terceiro setor provém de prestação de serviços e doações, o esforço de comunicação para captação de recursos é fundamental, e, com certeza, responde por parcela substantiva do trabalho de seus profissionais.

Por isso é imprescindível abordar o campo audiovisual adequando a essa

realidade, aprimorando as possibilidades de canais de veiculação de mensagens

organizacionais, e dessa forma agregando valor no trabalho e na continuidade de

manutenção dessas organizações.

6.6 Vídeo Institucional

A funcionalidade do vídeo varia dependendo do grau de interesses das

empresas, pois existe atividades especificas que o vídeo pode ser utilizado para

funções distintas. Santoro (1989, p. 52) cita sete funcionalidades para empresas: o

acompanhamento de reuniões, palestras, registro de eventos, treinamento para o

corpo funcional, programas de integração de funcionários, acompanhamento de

teste de produtos, arquivo de imagens para estudo e promoção do produto de

marketing.

Segundo Kunsh (1997, p. 129) instrumentos de comunicação dirigida

propiciam resultados mais eficazes. Dentre eles, se destaca o vídeo institucional, por

muitas organizações utilizarem com o propósito de promoverem a imagem da

empresa diante de seus fornecedores, acionistas e parceiros. Por meio do vídeo

institucional se apresenta um histórico da empresa, toda a sua estrutura

organizacional, seus produtos e serviços e sua responsabilidade social junto à

comunidade. Tem caráter comercial de promoção da imagem institucional, mas se

disfarça de um discurso informativo sútil.

Serra (1986, p. 15) o conceitua como um instrumento de apoio para que a

organização atinja metas institucionais, comerciais e administrativas. É destinado a

um público restrito, específico e ligado aos objetivos da empresa. Trata-se de uma

produção com duração média de até 10 minutos que reúne as informações mais

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relevantes da organização. A sua intencionalidade é de mostrar a essência da

missão organizacional, suas diretrizes, sua cultura e seus valores.

É um canal pouco explorado por boa parte de instituições do terceiro setor,

por conta do alto custo de produção. Porém, ele sintetiza toda a essência

organizacional. Quando uma organização escolhe o recurso do vídeo institucional

para estabelecer uma comunicação, ela opta por uma ferramenta que é o resultado

do avanço tecnológico.

7 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Após o diagnóstico organizacional, identificamos problemas na comunicação

entre a organização e seus públicos de interesse. Na fase investigativa, onde fiz

entrevistas com todos os públicos e também na aplicação da pesquisa de clima

organizacional com o intuito de entender melhor como está sendo construído os

relacionamentos com esse público de interesse, constatei que a maior dificuldade da

organização é fidelizar laços e parcerias, sejam por parte dos voluntários,

colaboradores, funcionários, contribuintes ou instituições parceiras. Dessa forma, o

programa de relações públicas busca ações para contornar essa situação e construir

laços mais duradouros e inquebráveis com os públicos inseridos no entorno da

instituição.

Sabendo que a utilização dos instrumentos e técnicas de relações públicas

como recurso estratégico é imprescindível para tornar pública a filosofia da

organização, elaboramos um programa com propostas de ações. Segundo Kunsch

(1986), um programa de Relações Públicas é a “colocação sistematizada das ações

necessárias, no que se refere tanto ao planejamento como à execução das

atividades propostas”, tendo em vista que o programa objetiva solucionar os

problemas encontrados, levando em consideração segmentos como relacionamento,

informação, imagem e identidade organizacional, o programa se apresenta como um

meio mais adequado e eficiente.

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7.1 Objetivos do Programa de Relações Públicas

7.1.1 OBJETIVO GERAL

Criar, mediante instrumentos e técnicas de Relações Públicas estratégias,

planos de ações com a finalidade de contribuir para a promoção da imagem e

identidade institucional da organização e estabelecer relacionamentos duradouros

com o público de interesse.

7.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Promover a imagem e identidade da organização;

b) Fortalecer o relacionamento com os públicos de interesse

7.2 Público-alvo

Doadores potenciais

Instituições parceiras

Colaboradores/Voluntários

Funcionários

Comunidade

7.3 Ações

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Quadro 3: Criação de Maillinglist Informativo

Criação de Maillinglist Informativo

Justificativa Para melhor estabelecer uma rede de relacionamentos, será elaborada uma lista de contatos com nomes, endereços, telefonemas, e-mails dos usuários, órgãos públicos, entidades e empresas parceiras sendo organizados de acordo prioridades que sejam interessantes para a organização a fim de estabelecer uma maior proximidade.

Objetivo Facilita contato com seus públicos de interesse

Público-alvo Externo Recursos utilizados Telefone, computador, planilha do excel Estratégia Ser utilizado nas atividades cotidianas da ONG Resultados esperados Aproximação com os públicos externos de interesse como usuários, órgãos públicos, entidades e empresas parceiras Avaliação da ação Após implementação será realizada uma entrevista com a colaboradora responsável pela secretária com o intuito de identificar quais benefícios trazidos

Fonte: Dados da pesquisa 2014

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Quadro 4: Padronização do fardamento e uso do crachá

Padronização do fardamento e uso do crachá

Justificativa A identificação das colaboradoras é facilitada perante os públicos, além de transmitir segurança e confiança com a padronização do fardamento e uso de crachás durante o horário de expediente da ONG. Objetivo Formalizar a imagem dos colaboradores perante o público externo

Público-alvo Público interno e externo Recursos utilizados Arte em photoshop, impressão em gráfica e confecção de camisas

Estratégia Utilizá-los no dia-a-dia e para qualquer evento, palestra e outras atividades em que as colaboradoras estejam inseridas com o intuito de padronizar e divulgar a identidade visual da AEV. Resultados esperados Fácil identificação do corpo funcional da instituição pelo público externo Avaliação da ação Serão feitas entrevistas com o corpo funcional da instituição para identificar

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aceitação e grau de satisfação

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 5: Estabelecer Missão, Visão e Valores

Estabelecer Missão, Visão e Valores

Justificativa O estabelecimento de missão, visão e valores, bem como torna-la visível perante os públicos interno e externo, colabora com o esclarecimento do proposito da organização, dando maior credibilidade e concisão a sua filosofia Objetivo Desenvolver e reforçar as qualidades da organização, divulgando e tornando importante para os funcionários bem como para o público visitante sua missão, visão e valores Público-alvo Público interno e externo Recursos utilizados Recurso humano, quadros contendo missão, visão e valores

Estratégia Fixação de quadros informativos em locais de fácil visibilidade, utilizando-os para treinamento e capacitação como também disponibilizá-los no blog e na página da rede social do Facebook Resultados esperados Tornar conhecido aos públicos da ONG sua filosofia e propostas, através da compreensão da Missão,

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da visão e dos valores Avaliação da ação Através de entrevistas identificar se houve concepção dos conceitos pelos públicos de interesse

Fonte: Dados da Pesquisa 2014

Quadro 6: Implementar no ambiente de trabalho um Quadro Mural

Quadro Mural

Justificativa Informar e complementar a política de motivação mediante valorização dos funcionários Objetivo Informar e motivar o corpo funcional da instituição Público-alvo Interno Recursos utilizados Recursos materiais, dois quadros

Estratégia O quadro deve ser colocado em local de fácil visualização pelos colaboradores; na parte do setor de telemarketing afixá-lo em frente à entrada do setor de registro dos doadores físicos. No local de tratamento aos assistidos e base sede da filial em João Pessoa afixá-lo no hall da sala Resultados esperados Informar ao corpo funcional a respeito de datas importantes, como aniversários e feriados, lembrar políticas de comportamento e eventos

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promovidos pela organização Avaliação da ação Em entrevistas realizadas para avaliar outras ações, será abordado o tema para saber se o corpo funcional está satisfeito com a proposta do quadro de avisos.

Fonte: Dados da Pesquisa 2014

Quadro 7: Estabelecer uma política de valorização do funcionário “Funcionário do mês”

Funcionário do mês

Justificativa Inserir um maior grau de motivação e reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo corpo funcional da instituição, através determinação de um critério por meio da gestão administrativa para bonificar o funcionário pelo esforço, dedicação e energia disposta em prol da missão da AEV Objetivo Envolver e motivar o corpo funcional da instituição Público-alvo Interno Recursos utilizados Recursos humanos, placa de funcionário do mês, bonificação a critério da gestão Estratégia A placa deve ser colocado em local de fácil visualização pelos colaboradores; na parte do setor de telemarketing afixá-lo em frente à entrada do setor de registro dos doadores físicos. No local de tratamento aos assistidos e base sede

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da filial em João Pessoa afixá-lo no hall da sala Resultados esperados Reforçar a importância de colaboração de cada funcionário no corpo funcional diante dos trabalhos desenvolvidos dentro dos objetivos da missão organizacional da AEV Avaliação da ação Em entrevistas realizadas para avaliar outras ações, será abordado o tema para saber se o corpo funcional está satisfeito com a proposta da placa.

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 8: Atualização e monitoramento das redes sociais

Atualização e monitoramento das redes sociais

Justificativa Fortalecer a imagem da ONG diante de seus vários públicos Objetivo Fortalecer e criar laços duradouros no relacionamento com o público de interesse Público-alvo Externo Recursos utilizados Recurso humano e um computador com internet Estratégia Divulgar as atividades da instituição e reforçar e envolver o apoio dos colaboradores, promover processo de recrutamento de voluntários, estagiários, e o que for preciso para a manutenção das atividades da casa

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por parte de doações. Divulgar eventos e palestras no qual a instituição esteja envolvida. Resultados esperados Envolver os públicos externos com a missão da organização, promovendo uma maior aproximação destes com as atividades da AEV Avaliação da ação Por meio do programa de monitoramento Google Analytics para avaliar o fluxo de eficiência das mídias sociais da ONG.

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 9: Atualização e monitoramento do Programa de Estágio

Atualização e monitoramento do programa de estágio

Justificativa Promover aproximação da ONG com a comunidade acadêmica, visando a melhoria no atendimento aos usuários beneficiados. Objetivo Estabelecer a inserção de projetos de extensão na área de saúde e humanas afim de ampliar o atendimento dos assistidos Público-alvo Comunidade acadêmica Recursos utilizados Estabelecer novos convênios e fortificar os laços com os convênios existentes Estratégia Divulgar as atividades da instituição e reforçar e envolver o apoio dos colaboradores da comunidade acadêmica, promover processo de

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recrutamento de voluntários, estagiários. Resultados esperados Envolver os públicos externos com a missão da organização, promovendo uma maior aproximação e participação destes com a missão da AEV Avaliação da ação Após a seleção, entrevistar os colaboradores para saber o nível de aceitação e satisfação deles.

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 10: Criar Vídeo Institucional para consolidação de parcerias

Vídeo Institucional

Justificativa Fortalecer a imagem da ONG diante de seus vários públicos. Tornar conhecida as políticas, atividades, metas, objetivos junto a população em geral Objetivo Fortalecer e criar laços duradouros no relacionamento com o público de interesse Público-alvo Externo Recursos utilizados Recurso humano, uma câmera, um gravador de áudio, um computador com o software de edição Estratégia Divulgar as atividades da instituição e reforçar e envolver o apoio dos públicos de interesse

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Resultados esperados Envolver os públicos externos com a missão da organização, promovendo uma maior aproximação destes com as atividades e imagem da AEV e firmamento de novas parcerias Avaliação da ação Por meio de visitas institucionais para fomento de alianças potenciais. E pelo monitoramento das páginas da AEV para visualização e divulgação do vídeo.

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 11: Estruturar e implementar um código de relações com empresas

Código de relações com empresas

Justificativa Tornar público e transparente as intenções da ONG com o setor empresarial no firmamento de parcerias Objetivo Fortalecer e criar laços duradouros no relacionamento com pessoas jurídicas Público-alvo Externo Recursos utilizados Recurso humano, computador, word, impressora, Datashow Estratégia Fortalecimento do relacionamento e da imagem da AEV entre as empresas parceiras de forma transparente e congruente Resultados esperados Encontrar pontos de convergência de

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valores e princípios no relacionamento da AEV com as empresas parceiras, como também no firmamento de novas parcerias

Avaliação da ação

Por meio de visitas institucionais para fomento de alianças potenciais

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

Quadro 12: Elaboração de um Programa de Treinamento

Programa de treinamento

Justificativa Ambientar os novos funcionários; fornecer aos mesmos novos conhecimentos; desenvolver comportamentos necessários para o bom andamento do trabalho e conscientizá-los da importância de autodesenvolver-se e buscar o aprendizado contínuo Objetivo Ter um melhor desempenho nas atividades desenvolvidas pelos funcionários Público-alvo Interno Recursos utilizados Recurso humano, computador, word, Datashow Estratégia Promover uma melhor desempenho das atividades desenvolvidas pelos novos funcionários Resultados esperados Aprimoramento do relacionamento interno do corpo funcional da instituição

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Avaliação da ação Mediante entrevista para saber as melhorias do relacionamento entre os funcionários, voluntários e estagiários

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

6.4 Orçamento

Quadro 13: Orçamento

Ação Recurso Despesa

Criação do Mainling List

Humano

Voluntario

Padronização do fardamento e crachá

31 camisetas e 31 crachás de

identificação (arte)

R$ 465,00 e R$ 46,50 Arte produzida por um

voluntário

Estabelecer Missão, Visão e Valores

Humano

Moldura tamanho A3

R$ 60,00

Implementar no ambiente de trabalho

um Quadro Mural

Humano

Dois Quadros Mural tamanho 90x120

R$ 42,20

Estabelecer uma política de valorização

do funcionário “Funcionário do mês”

Moldura da placa tamanho A4

Impressão da foto do

funcionário

R$ 55,00

A Bonificação voltada ao funcionário será

estabelecida a critério dos 5 sócio

fundadores da AEV mediante uma

assembleia geral

Atualização e monitoramento das

redes sociais

Humano e computador com internet

Voluntário

Atualização e Humano Mediante o reforço nas

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monitoramento do Programa de Estágio

articulações com as universidades

parceiras já existentes (Faculdade de

Ciências Médicas e Unipê) e por meio do estabelecimento de

novas parcerias, como a UFPB nos cursos de

saúde/humanas

Criar Vídeo Institucional para consolidação de

parcerias

Humano e editor de vídeos

Voluntário

Estruturar e implementar um

código de relações com empresas

Humano e computador,

impressora, Datashow

Por meio de visitas institucionais para fortalecimento de

parcerias com empresas já existentes

e no firmamento de novas parcerias

Elaboração de um

Programa de Treinamento

Humano e computador,

impressora, Datashow Voluntário

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

6.5 Cronograma Unificado do Planejamento de Relações Públicas e Ações para

a ONG AEV

Quadro 14: Cronograma

Atividades abr 2014

mai /2014

jun /2014

jul /2014

Aago /2014

set /2014

Oout /2014

nov/2014

Ddez /2014

Visita a Ong e elaboração do briefing X X

Realização da pesquisa

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X X Análise dos dados X

Diagnóstico X

Elaboração do programa de relações públicas, definição de metas e objetivos e escolha da ação pela organização

X

Elaboração do roteiro do roteiro do vídeo institucional

X

Gravação de imagens da Ong e depoimentos dos usuários assistidos

X X

Gravação do OFF para discurso institucional

X

Edição e montagem do vídeo institucional X

Avaliação da divulgação do vídeo institucional

X

X X

X

X X

XX

X

Atualização e monitoramento das redes sociais

X

X

X X

X

X X

X

X

Atualização e monitoramento do programa de estágio

X

X

X X

X

X X

X

X

Criação do Mailling List informatizado

X

X

Fixação do quadro contendo missão, visão e valores

X

X

Confecção dos

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fardamentos e dos crachás

X

Alimentação e utilização do Mailing List

X

X

X X

X

X

Uso do fardamento e dos crachás pelos funcionários, voluntários, estagiários

X

X X

X

X

Implementação do quadro-mural

X

Atualização e monitoramento do quadro-mural

X

X X

X

X

Elaboração do código interno de relacionamento com empresas

X

X

Assembleia geral com os 5 sócio-fundadores para discutir a proposta da política de valorização do funcionário “Funcionário do Mês”

X

X

Aprovação da política de valorização do funcionário “Funcionário do mês”

X

X

Fixação da placa do Funcionário do Mês

X

Implementação do código interno de relacionamento com empresas

X

x

X X

x

X

Atualização e monitoramento da

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política de valorização do funcionário “Funcionário do mês”

X

Avaliação por meio de entrevistas com os funcionários, voluntários, estagiários para identificar

1- A concepção da missão, visão e valores da organização

2- A aceitação e o grau de satisfação do fardamento e do crachá

3- A satisfação dos funcionários relativo ao quadro mural

4- A aceitação e satisfação do funcionário do mês

x

X

Avaliação dos resultados alcançados do código interno de relacionamento com empresas

x

X

Elaboração do programa de treinamento

X

Implementação do programa de treinamento

X

x

X X

x

X

Avaliação dos resultados alcançados com o programa de treinamento

x

X

Fonte: Dados da Pesquisa 2014.

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8. APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA AÇÃO

8.1 Execução e Avaliação da Ação – Vídeo Institucional

Identificada a necessidade da AEV em fazer uso de práticas comunicacionais

de maneira mais sistematizada para melhor aproveitamento das oportunidades.

Dessa forma, estabelecer uma aproximação estratégica com o público externo, foi

desenvolvido um vídeo institucional para auxiliar a ONG na promoção da imagem e

divulgação das atividades desenvolvidas.

Através das ações sugeridas no plano e por nós analisadas, a medida mais

efetiva na divulgação dos serviços da ONG é o vídeo institucional. Por passar

confiabilidade e transparência, sensibilizar o público diante das dificuldades

enfrentadas pela organização, envolver todos os públicos colaboradores, e auxiliar

na consolidação de parcerias. É uma forma de apresentar de forma sucinta e clara

um breve histórico da organização, suas diretrizes, identidade e cultura

organizacional.

Diante do tempo e disponibilidade dos equipamentos, o vídeo foi o

instrumento escolhido. Possuímos uma câmera 60D da cannon, o que facilitou as

gravações nas atividades cotidianas da ONG. Os depoimentos foram captados com

um gravador de celular. E por fim, a familiaridade com o software adobe première

para montagem do vídeo e tratamento de imagem/som.

O planejamento de gravação foi harmônico ao desenvolvimento de atividades

da AEV. Observamos que seria estratégico tentar transmitir a essência da

organização através do acompanhamento das ações/atividades, por passar em si

mais credibilidade e espontaneidade nas gravações. As atividades da ONG são

feitas mediante o planejamento do setor social, que cabe aos funcionários que dão

auxílio ao atendimento dos usuários.

Portanto as gravações foram delineadas a partir dele. Dia 30 do mês de maio,

registramos a entrega de cestas básicas. Dia 14 de junho, colhemos depoimentos

dos funcionários que captam recursos e imagens do setor. No dia 20 e 28 de junho,

fizemos entrevistas com os usuários. No dia 26, aconteceu o arraiá de São João da

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AEV, onde registramos toda a cobertura do evento e premiação de cestas básicas

por meio da venda de rifas.

Houve uma certa dificuldade de registrar as oficinas, por conta do tempo hábil

para que o vídeo ficasse pronto e contratempos por parte da organização das

oficinas, por conta da falta de material, devido a isso, não conseguimos um registro

delas. Como todo o material desenvolvido nas oficinas fica no hall da sala de

recepção da ONG, fizemos imagens para ilustrar com voz-off essas atividades que

não conseguimos gravar.

O mecanismo da voz-off serve para nortear descrição das imagens. Por ter

um afastamento do objeto. Utilizamos a voz-off como complemento do discurso dos

entrevistados. As entrevistas foram escolhidas para compor a montagem do vídeo

por transmitir maior confiabilidade e sensibilidade. Através deles, conseguimos

identificar a identidade da AEV, a cultura organizacional e suas diretrizes.

O vídeo institucional irá auxiliar eventos, palestras, visitas a empresas

privadas. A mensuração de seus resultados é feita mediante a formulação de

parcerias empresariais. O objetivo principal é focar parcerias institucionais para

arrecadação de dinheiro afim de custear a manutenção da ONG a longo prazo. O

código de relações com empresas será implantado conjuntamente a medida que se

estabelece essas relações.

A divulgação do vídeo se dará por meio do site, que deve estar disponível em

meados de agosto. O vídeo foi utilizado em uma palestra no Rotary, no dia 22 de

julho, com o intuito de divulgar os trabalhos da instituição para fomento de parcerias.

Pessoas da sociedade civil, instituições filantrópicas e alguns representantes do

setor privado estavam na palestra.

Por ser uma ferramenta utilizada a longo prazo, serão realizadas entrevistas

com a presidente e sócio-fundadora para verificar a efetividade do vídeo na

construção de relações com o público externo, direcionado a empresas privadas.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi a realização de um Programa de Relações

Públicas para a ONG AEV – Associação de apoio aos portadores de câncer

Esperança e Vida. Ao realizarmos este trabalho, tivemos a oportunidade de

identificar a importância das Relações Públicas no terceiro setor. Com este

Programa, podemos viabilizar ferramentas e técnicas de comunicação para

promoção da imagem institucional da ONG diante da percepção de seu público de

interesse. O programa contempla problemas de comunicação encontrados tanto em

âmbito interno, como externo. Diante dessa perspectiva, identificamos quais canais

são mais adequados para divulgação do trabalho da AEV, que ferramentas são

necessárias para consolidar parcerias e de que maneira se integra a equipe de

trabalho no contexto institucional.

Após a fase de coleta de dados, fizemos uma análise ambiental afim de

nortear ações direcionadas a solução de cada problema constatado. Na fase

investigativa, aplicamos uma pesquisa de clima organizacional para constatar dados

que não estavam presentes no briefing. O questionário foi aplicado ao corpo

funcional da ONG, dentre eles destacamos funcionários, voluntários e estagiários.

Foi importante para avaliar o monitoramento do programa de estágio, conhecer as

ideias/propostas para um melhor desenvolvimento das ações do Programa de

Relações Públicas. A definição dos problemas do diagnóstico foi crucial para pensar

estrategicamente as políticas do programa e a relação que a ONG estabelece com

seus parceiros.

A comunicação audiovisual foi escolhida por ser mais eficiente na relação que

se estabelece com as parcerias. Propicia um discurso sensorial mais amplo. Por

meio do vídeo institucional, podemos adentrar na realidade da instituição, conhecer

suas diretrizes, sua cultura organizacional e a essência de sua identidade. Durante

as visitas e todo o processo de planejamento, fomos bem acolhidos e tivemos

nossas dúvidas solvidas, deixando claro a cultura afiliativa da organização.

Percebemos que a gestão colaborou favoravelmente para que as ideias propostas

fossem pensadas, socializadas entre as colaboradoras e aceitas quando

consideradas possíveis. O método de pesquisa quantitativa/qualitativa que

utilizamos nos guiou de maneira hábil, nos dando os caminhos para coletarmos as

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informações necessárias que nos levaram a escolher quais ações melhor se

enquadram dentro da situação da organização. Assim, chegamos à conclusão que a

ação alcançou o objetivo esperado. No entanto, não pudemos avaliar com mais

clareza, como também executar mais ações que foram propostas, por questão de

prazos incompatíveis com a necessidade desse processo. O que não impede que

seja um trabalho contínuo, pois as informações coletadas estarão à disposição da

organização e, além disso, possuímos o interesse em dar continuidade aos

trabalhos em comunicação na organização.

Sendo assim, observamos o potencial da comunicação audiovisual nas

Relações Públicas Estratégicas diante às organizações do terceiro setor. Para nós,

foi satisfatório poder mostrar a organização que as mudanças e aberturas para

novos caminhos dentro desse mercado se configuram como necessidades

fundamentais. Constituindo em apenas uma amostra dos objetivos que se pode

alcançar por meio do planejamento e comunicação estratégica, bem como

mostrando um meio de como a organização pode se posicionar favoravelmente

diante de seus públicos de interesse, essas ações representam uma parcela mínima

do trabalho que pode ser feito ao longo do caminho trilhado no terceiro setor, sem

deixar de atentar às novas oportunidades.

A comunicação audiovisual como aliada apresenta novas possibilidades para

a gestão da comunicação. Este processo de midiatização se integra com a

comunicação organizacional, reconfigurando as maneiras de produção de sentido.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

Logomarca

Placa da Fachada da AEV

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Folder Informativo

Facebook

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Blog

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CNPJ

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Clipping

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Palestras Informativas

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Entrega de Cestas Básicas

Oficina de crochê

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Depoimentos da Pesquisa de Clima Organizacional

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Ficha Cadastral de Usuários

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Documento de Autorização

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Mapa de Atendimento ao Usuário

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ANEXOS

Questionário

A Associação de ajuda a portadores de câncer Esperança e Vida

estabeleceu metas para o desenvolvimento institucional e satisfação do funcionário.

Atingir bom nível de satisfação interna dos servidores é uma das mais significativas

metas para o crescimento de qualquer organização, portanto, sua opinião é muito

importante para nós!.

A direção da AEV planejou a aplicação de uma pesquisa para conhecer o nível

atual de satisfação de seus colaboradores. Neste sentido, o funcionário estará

participando dando sua opinião e a partir dos resultados obtidos, serão

implementadas ações que busquem contribuir para elevar o nível de satisfação dos

mesmos. O bem estar dos servidores deve ser uma meta prioritária em qualquer

instituição.

Sabemos, no entanto, que nem todos os avanços podem ser feitos de uma única

vez, porém um ambiente criativo, saudável e motivador, inspiram à produtividade e a

qualidade nos serviços, e é este ambiente que estamos procurando proporcionar.

Portanto, nas perguntas a seguir, assinale a alternativa que melhor representa sua

opinião. Não é necessário identificar-se.

Muito obrigado pela sua colaboração!

1. Assinale o quadro correspondente a sua categoria funcional:

( ) Voluntário

( ) Estagiário

( ) Funcionário

2. Há quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) Menos de 1 ano

( ) 1 a 2 anos

( ) 3 anos

3. Sexo

( ) Masculino

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( ) Feminino

4. Assinale a natureza da sua atividade na AEV:

( ) Capta os recursos para instituição

( ) Dá assistência ao tratamento dos usuários

( ) Lida com a parte administrativa da instituição

( ) Serviços gerais (limpeza, vigia, manutenção, cozinha, etc)

5. Assinale a alternativa abaixo qual corresponde à sua escolaridade:

( ) Não Alfabetizado

( ) Ensino Fundamental Incompleto

( ) Ensino Fundamental completo

( ) Ensino Médio Completo

( ) Ensino Médio Incompleto

( ) Superior Incompleto

( ) Superior Completo

( ) Especialização

( ) Mestrado

( ) Mestrado em curso

( ) Doutorado

( ) Doutorado em curso

6. Por onde você conheceu os trabalhos desempenhados pela Associação

Esperança e Vida?

( ) Boca-a-boca, ouvi de amigos que já conheciam

( ) Pela página na internet, vi os trabalhos desempenhados na página do

facebook e blog

( ) Pelo folder informativo

( ) Pelo jornal, rádio ou tv

( ) Não sei

7. Você considera o salário que recebe em relação ao trabalho que executa:

( ) meu salário é injusto e baixo pelo que faço

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( ) meu salário é baixo mas está compatível ao que faço

( ) meu salário está abaixo da média do mercado

( ) sou apenas estagiário e estou satisfeito com meu trabalho

( ) não recebo salário, sou apenas voluntário e estou satisfeito com meu trabalho

8. Você considera que teria facilidade de conseguir em outras empresas o

mesmo salário que recebe na AEV:

( ) Sim

( ) Não

( ) As chances são poucas

( ) Seria muito fácil

( ) Não sei responder

9. No ambiente de trabalho, você considera que o salário é o elemento que mais

motiva o funcionário?

( ) Considero muito

( ) Considero pouco

( ) Considero

( ) Não considero

10. Por um salário igual ao que recebe, você sairia da AEV para trabalhar em

uma empresa privada?

( ) Sairia certamente

( ) Talvez saísse

( ) Não sairia

( ) Certamente não sairia

11. Como você avalia a divulgação da AEV relativas ás políticas, ao trabalho

desempenhado, os objetivos, metas e resultados obtidos, junto a população em

geral?

( ) A divulgação é muito fraca

( ) A divulgação é regular

( ) A divulgação é boa

( ) A divulgação é muito boa

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12. Como você avalia a comunicação interna:

( ) Muito Boa

( ) Boa

( ) Razoável

( ) Ruim

( ) Muito ruim

13. Como é o relacionamento entre as pessoas da sua equipe?

( ) Excelente

( ) Bom

( ) Mais ou menos

( ) Ruim

14. Como é a autonomia que você tem para propor melhorias na execução do

seu trabalho?

( ) Muito satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Mais ou menos satisfatória

( ) Pouco satisfatória

( ) Nada satisfatória

( ) Não sei

15. Em termos de realização profissional com o trabalho que executa, como você

se sente?

( ) Muito realizado

( ) Realizado

( ) Mais ou menos realizado

( ) Pouco realizado

( ) Não realizado

( ) Não sei

16. Em termos de sentir que suas ideias e sugestões são ouvidas pela instituição,

você está:

( ) Muito satisfeito

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( ) Satisfeito

( ) Mais ou menos satisfeito

( ) Pouco satisfeito

( ) Nada satisfeito

( ) Não sei

17. Você se sente reconhecido pelo trabalho que você executa na AEV?

( ) Muito reconhecido

( ) Reconhecido

( ) Pouco reconhecido

( ) Muito pouco reconhecido

( ) Nada reconhecido

( ) Não sei

18. . O relacionamento entre o superior imediato e os subordinados dentro do seu

setor é:

( ) Muito satisfatório

( ) Satisfatório

( ) Mais ou menos satisfatório

( ) Pouco satisfatório

( ) Muito pouco satisfatório

( ) Não sei

19. Levando em consideração tudo que foi perguntado até aqui, como você se

sente em trabalhar na Associação Esperança e Vida?

( ) Muito satisfeito

( ) Satisfeito

( ) Mais ou menos satisfeito

( ) Pouco satisfeito

20. Dos itens abaixo relacionados, marque até 3 opções que você considera,

hoje, como os principais fatores que te motivam a trabalhar na Associação

Esperança e Vida:

( ) Oportunidade de crescimento

( ) Integração da equipe de trabalho

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( ) Autonomia

( ) Estabilidade do emprego

( ) Gostar do que faz

( ) Salário somado a benefícios

( ) Imagem da empresa

( ) Participação das decisões

( ) Ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa

( ) Ser ouvido

( ) Nada

( ) Outro

21. Considerando todas suas respostas com relação as variáveis levantadas, em

termos gerais de satisfação no trabalho, como você se sente?

( ) Muito satisfeito

( ) Satisfeito

( ) Pouco satisfeito

( ) Não estou satisfeito

22. Deixe registrado alguma crítica ou sugestão para melhorar os serviços da

instituição.

Roteiro do Vídeo Institucional

Imagem

Audio

Logomarca com a rua principal da AEV ao fundo

Fachada da AEV Folder Informativo da AEV ‘’Saiba mais sobre a AEV’’

Música instrumental

VOZ OFF “A associação Esperança e Vida nasceu em Campina Grande com o objetivo de dar assistência a saúde física, psíquica e emocional de usuários portadores de câncer”

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Usuários assistindo TV na recepção da AEV

Usuário fazendo cadastro com a assistente social

Depoimento da presidente e sócio-fundadora

Quadro-mural com histórico de Cestas Básicas da AEV

Cestas básicas dentro de uma sala

Usuárias recebendo as cestas

Bonecas de pano, chaveiros de crochês, pinturas

Pinturas de paisagens

VOZ OFF “Em 2010, a presidente e sócio-fundadora decidiu abrir uma filial em João Pessoa com o mesmo objetivo da matriz”

Música instrumental “O próprio nome Esperança e

Vida, ela me surgiu em mente mais ou menos há uns 10 anos atrás, já existia a ideia com foco tanto na questão familiar que aconteceu e tivemos a vitória do câncer de mama da minha mãe. Como também no tempo que eu trabalhei com pessoa com câncer em outras instituições”

Música instrumental

VOZ OFF “Todo dia 30 do mês, os

usuários recebem cestas básicas” Música instrumental

VOZ OFF “Uma das atividades que gera renda para instituição são os artesanatos, feito pelos próprios usuários feitos durante as oficinas de pintura e

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Zoom em uma pintura com um preço etiquetado

Garrafas artesanais

Várias canjicas em pratos numa mesa Bolo de milho sendo tirado por uma mão

Comida sendo servida aos usuários em clima de festa junina

Brincadeira do chapéu na festa junina

Usuários sentados em uma mesa Usuária filmando as amigas dançando forró na festa junina

Depoimento de usuários

Angelica Batista Willamis

crochê.”

VOZ OFF “Traço de sua cultura afiliativa”

VOZ OFF “Os eventos da casa também estão voltados para arrecadação para manutenção da instituição. “

VOZ OFF “Os usuários ajudam com a venda de rifas”

“Aqui eu me senti muito bem, todos me acolheram bem. Eu faço curso de pintura. Sempre tou com a psicóloga, toda semana tou com ela, porque eu preciso. Como outras amigas usuárias também. Todos os funcionários são excelentes ajudam no que podem. Tem as nossas comemorações. E trago a minha mãe para me fazer companhia, praticamente somos só nós duas, se eu tou aqui, ela também tá, os cursos que eu faço, ela também faz. Ela me ajuda bastante. Aqui eu me sinto em casa. É minha segunda família.”

“O aparo aqui para mim tá sendo bom, até para desopilar um pouco minha mente. A minha mente tava muito travada. É isso que eu tou precisando, desenterter.”

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Janaína

Etiene Belarmino

Depoimento de Márcia Cordeiro, presidente e sócio-fundadora

Ana Maria (usuária/voluntária)

Usuária (Preferiu não ser identificada para prestar depoimento)

Janaína

“Eu tava precisando de um aparelho que custava em média R$ 2.200, e a instituição me ajudou com isso e me ajuda com alimentação”

“A minha medicação que os médicos passou eu sempre consegui todas aqui, na instituição. Sempre supriu toda medicação toda medicação que foi passada pelo médico eu peguei aqui. Sustage, suplemento.”

“De uma forma ou de outra, a gente consegue suprir essas necessidades, principalmente quando ela vem de forma emergencial”

“Onde eu consegui apoio, das pessoas, dos profissionais, que aqui oferecido, psicólogo, nutrição, advocacia, amizade, cumplicidade. A gente escuta muito as dores do outro. É uma maneira da gente se senti curada, quando a gente passa por um tratamento dessa e chega uma que vai passar por isso, a gente dá força, passei por isso tudo.”

“Aqui me faz muito bem. É um tratamento muito pesado. Eu não tou participando de tudo agora porque tou em tratamento. Mas eu gosto demais de vim para cá. É muito bom, eu me sinto bem.”

“Aqui eu digo que é minha segunda casa e eu quero ficar aqui um bom tempo”

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Aldilene

Setor de cadastramento de doações

Close nos boletos emitidos saindo da máquina

Operadoras de telemarketing plano mais aberto

Operadoras de telemarketing plano médio

Close em uma operadora de telemarketing

Depoimento da supervisora de telemarketing Lidiane

“A estadia aqui com minhas amigas é muito boa, aprendo coisas aqui que eu nunca achei que tivesse capacidade de aprender. Aprendo muito aqui, cada dia aprendo mais.”

Música instrumental

VOZ-OFF “Buscamos a transparência nas relações. Esse é o setor de cadastramento de doações. “

VOZ-OFF “Onde emitimos os recibos dos doadores.”

Música instrumental

“Eu sou supervisora de telemarketing, eu acompanho as operadoras no seu dia-a-dia de produção, lutando também pela motivação da equipe, auxiliando ai nos maiores obstáculos, em dúvidas, em dificuldades, fazendo por onde a instituição em si, crescer, tomar forma, evoluir, ser mais conhecida, onde tivemos muitas vitórias aqui também, daqui saíram muitas parcerias, várias reportagens. E nós estamos lutando não apenas falando com o doador, mas buscando patrocínio, buscando em quem acredita no nosso trabalho, quem nos ajuda de forma direta ou indiretamente.”

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Depoimento de Márcia Cordeiro presidente e sócio-fundadora

Plano médio de usuárias sentadas conversando

Panorâmica de usuárias conversando Close em uma usuária

Depoimento de Luciene (usuária/voluntária)

Usuária (Não foi identificada

por escolha própria)

“O câncer ele é uma célula que se reproduz muito rápido, então se você não combater o quanto antes o preventivo, quando chega na fase da metástase, o tratamento é muito mais caro e a chance de cura é quase nula. Então a gente fica nessa luta, nesse cabo de guerra. Inclusive existe exames que não é feito pelo SUS de alto custo.”

“Da suspeita ao diagnóstico, e ao tratamento existe um processo muito longo pela via pública. Quando está nesse processo, fora seu psicológico que tá abalado, que acelera, então a célula cresce de uma maneira rápida. Então se você tem um exame pra fazer, você tem que fazer logo. Se você tem uma medicação para tomar, você tem que tomar ela logo. Então o preventivo ele é mais barato.”

Som ambiente Som ambiente Som ambiente

“Aqui uma amiga me falou que conhecia uma ONG que ajudava pessoas com câncer quase em depressão, ai eu fui procura, a ONG era lá em Jaguaribe, quando cheguei lá eu tive todo o apoio.”

“Aqui a minha concunhada, ela já é usuária daqui. Ela é usuária, dai ela me indicou. A assistente social foi na minha casa, e ai eu vim pra cá.”

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Etiene Belarmino

Depoimento de Márcia Cordeiro presidente e sócio-fundadora

Ana Maria (usuária/voluntária) Luciene (usuária/voluntária)

“O tempo, eu fui uma das primeiras, quando comecei aqui era só eu e mais 3. Faz 3 anos. Só tinha eu e mais três pessoas, quando a gente começou lá em Jaguaribe. E ai, eu não tenho o que falar assim de ruim. Até agora pra mim, sempre foi tudo ótimo. Eu tive minha cirurgia, eu fui bem atendida.”

“Com relação a religião

também, lá eu respeito toda e qualquer tipo de religião, ela é bem vinda. Não temos preconceito algum. Nós vemos, tratamos o ser humano, dentro da sua necessidade, não só a questão do câncer.”

“Pretendo ficar aqui por muito tempo, mesmo acabando o tratamento, mas sendo voluntária. Eu sou cabelereira voluntária aqui. E ajudar minhas amigas. Com palavras, com atitudes, com ações.”

“Eu sou usuária e voluntária, eu ensino crochê. Já passei no paraíba Cap esse ano. Já passei na record, quando vieram filmar. Foi, eu gosto. É porque a gente tem que se acostumar com o nosso novo jeito de viver. A gente vivia de uma maneira era boa, era. A gente era feliz, era. Agora, a gente tem que aprender a ser bom nessa e ser feliz nessa vida que a gente tá aprendendo a viver. E contribuir com as outras, as amigas. Tudin gosta de mim, porque diz que eu sou meia doidinha. Diz que eu aumento o astral delas”

“Então a casa está aberta a muitos

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Depoimento de Márcia

Cordeiro presidente e sócio-fundadora

Logomarca com informações

de comunicação da ONG

profissionais que quiserem vir somar com a gente.”

Música instrumental

VOZ OFF “Precisamos da sua

colaboração, seja nosso parceiro”